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O documento apresenta uma introdução sobre o estudo de jyotiḥśāstra na Índia antiga e moderna, abordando os principais textos e autores de astronomia, matemática e astrologia indianos, desde os séculos I a.C. até o século XVII d.C.
O documento apresenta uma introdução sobre o estudo de jyotiḥśāstra na Índia antiga e moderna, abordando os principais textos e autores de astronomia, matemática e astrologia indianos, desde os séculos I a.C. até o século XVII d.C.
O documento apresenta uma introdução sobre o estudo de jyotiḥśāstra na Índia antiga e moderna, abordando os principais textos e autores de astronomia, matemática e astrologia indianos, desde os séculos I a.C. até o século XVII d.C.
2. Os primeiros textos são métricos, mas também obscuros, valendo-se de bhūtasaṅkhyā, kaṭapayādi e outros artifícios. 3. Nos dias atuais, o interesse de estudo recai mais sobre jātaka, tājika, muhūrta, praśna, etc., sendo que a astronomia e a matemática clássica tem deixado de ser estudada e ensinada desde o século XIX.
Śulbasūtras
Astronomia
Matemática
Divinação
Genetialogia
1. A genetialogia teria se desenvolvido no Egito helenístico, por volta do século II a.C.
2. Ela adentrou a Índia no século II d.C., provavelmente na corte do Kṣatrapa Rudradāman em Ujjayinī. 3. O YJ provavelmente advém do Egito, século I d.C., tendo sido traduzido pelo líder da comunidade grega, Yavaneśvara. 4. Posteriormente, o YJ foi versificado por Sphujidhvaja em 269-270 d.C., durante o reinado de Kṣatrapa Rudrasena II. 5. O YJ foi sendo caracterizado à maneira hindu já desde Yavaneśvara. 6. O YJ de Sphujidhvaja contém setenta e nove adhyāyas (1-51: jātaka; 52-72: praśna; 73- 76: yātrā; 77-78: muhūrta; 79: siddhānta). 7. Sphujidhvaja abordou o 'prorrogador', algo que foi ignorado por autores posteriores e reinserido na forma do hillāja (haylāj em arábe) em textos que tratam de tājika. 8. Vṛddhayavanajātaka é um texto composto por Yavanādhirāja Mīnarāja, baseado no tratado perdido de Satya e no YJ. Esse texto data de 300-325 d.C., época de Rudrasiṃha II ou Yaśodāman II. 9. No VYJ Rāhu é uma vez mencionado como um graha pela primeira vez, mas a inclusão de navagraha é posterior ao VYJ. 10. Autores posteriores datam dos séculos IV e V ao que tudo indica, pois foram mencionados por Varāhamihira (BJ, 7.1) como sendo Maya, Yavana, Maṇittha e Śaktipūrva (Parāśara). Além disso, Devasvāmin, Viṣṇugupta (Cāṇakya), Siddhasena (BJ, 7.7) e Jīvaśarman (BJ, 7.9/11.1) também foram mencionados. Além disso, há um jātaka que foi composto por Bādarāyaṇa e outro por Māṇḍavya, mas ambos não ficaram populares, embora precedam Varāhamihira. 11. Há uma correspondência maior do BJ com o YJ do que com o VYJ. 12. O melhor comentário ao BJ é o Jagaccandrikā, composto por Bhaṭṭotpala na Kāśmīra em 967-969. Outros comentadores são Rudra que escreveu o Naukā no Kerāla em 1527, Mahīdhara que compôs seu vivaraṇa em Vārāṇasī em 1599; Kṛṣṇa, Gadādhara Miśra e dois Parameśvaras (Jātakachandrikā e Horābhiprāyanirṇaya), sendo que Rudra e Mahīdhara copiaram muito do Jaggacandrikā. 13. Varāhamihira também escreveu um sumário do BJ, o Laghujātaka com dezesseis adhyāyas que foram comentados por Bhaṭṭotphala em 966 na Kāśmīra, por Maheśvara (pai de Bhāskara) em 1100, por Ananta em 1534 e por Īśvaramiśra. 14. Em 600 é escrito o pūrvakhaṇḍa [51 adhyāyas, consistindo de uma rica mas confusa coleção de material, muito dele sem precedentes] do que ficou conhecido como o BPHS atribuído a Parāśara. Nele o ayanāṁśa é computado, devido a uma incompreensão de Āryabhaṭa, de 522. 15. Kalyāṇavarman, de 800, usou o pūrvakhaṇḍa do BPHS, enquanto o uttarakhaṇḍa foi comentado por Govindasvāmin em 850. Portanto, o primeiro deve ter sido composto entre 600-750, enquanto o segundo antes de 800. 16. No pūrvakhaṇḍa há muitas seções que parecem ter sido interpoladas. Um estudo não só de Kalyāṇavarman e do uttarakhaṇḍa como também da ṭīkā de Bhaṭṭotpala ajudaria a compreender melhor a estrutura original do pūrvakhaṇḍa. 17. O uttarakhaṇḍa é mais homogêneo e sua estrutura é precisa, graças ao comentário de Gosvindasvāmin em 850, Kerāla, denominado Prakaṭārthadīpikā. 18. Śrīdhara e Harikṛṣṇa comentaram todo o BPH em Jayapura, por volta de 1875. 19. O BPH apresenta uma evolução em relação a astrologia helenística, especialmente por parte das teorias dos āyurdāya-daśās e das computações de forças planetárias. 20. A Sārāvalī foi composta pelo rei de Vyāghrapadi, na Bengala, em 800, aproximadamente. Ele foi baseado em grande parte no YJ, VYJ, BJ e no BPH, embora Citragupta, Cūḍāmaṇi, Devakīrti, Brahmaśaṇḍa, Kanaka e Hari também sejam citados, muitos desses mencionados também por Varāhamihira. 21. Durante o período Abbāsid, astrologos indianos como Āryakula, Indra, Ṛṣi, Jitāri, Jina, Rāja, Saṅghadhāra e Siṅghala foram mencionados pelos árabes, incluindo também Kanaka, que serviu no reino de al-Ma'mūn em Baghdād. 22. al-Bīrūnī conheceu a Sārāvalī e Govindasvāmin em seu Prakaṭārthadīpikā (850 aproximadamente) o mencionou. 23. Govindasvāmin cita em seu comentário ao uttarakhaṇḍa vários outros astrólogos como Kṛṣṇa, Bhagadatta, Cirantana Yavana, Yavaneśvara e Haridatta. No Jagaccandrikā de Bhaṭṭotpala também são mencionados Yama, Vaṅkalaka e Śrutakīrti. 24. Houve dois Śrīdharas que escreveram jātakas antes de Śrīpati (1039-1056) escrever o seu Jātakakarmadhipati em Rohiṇīkhaṇḍa. Um deles foi mencionado por Śrīpati. 25. O Jātakakarmadhipati de Śrīpati tem oito adhyāyas e segue o estilo do pūrvakhaṇḍa do BPH. Ele ficou muito popular, recebendo inúmeros comentários e também sendo imitado por autores posteriores. Sūryadeva em 1250 (Jātakālaṅkāra), Parameśvara em 1425 (Bālaprabhodinī), Acyuta em 1525 (Bhāvārthamañjarī), Sūryadāsa em 1550 (Bodhasudhākara), Raghunātha, Sumatiharṣa Gaṇi em 1616 (Subodhā), Kṛṣṇa em 1625, Dullaha em 1776, Kāmābhaṭṭa (Sampradāyapariśuddhi), um brāhmaṇa de Parakroḍa no Kerala, por Bhāveśa, Bhāskara, Bhūdhara, Mādhava e Śivadāsa todos comentaram ou imitaram o Jātakakarmadhipati de Śrīpati. 26. Em 1167 um astrólogo jainista escreveu um Beḍājātaka que é um vṛtti em verso de seu próprio Janmasamudra, que possui oito kallolas. 27. Visto que o Horāsāra contém ślokas da Sārāvalī, ele tem de ser posterior a 850 e anterior a 1350, pois Viṣṇuśarman faz menção ao HS. 28. Uḍudāyapradīpa se destinou a esclarecer como utilizar a uḍudaśā de Parāśara. Posteriormente, baseando-se nesse trabalho, foi composto o Jātakacandrika, um poema curto de Veṅkaṭeśvara, neto de Govinda Dīkṣita, o astrólogo da corte de Acyutappa Nāyaka (1560-1600) em Tanjore. 29. O Horāmakaranda deve ter sido escrito após o HS, provavelmente entre 1100-1450, pois foi citado por Śivarāja em seu Jyotirnibandha (1475-1500). Esse, por sua vez, também cita muito o Lomaśasaṃhitā, um diálogo entre Lomaśa e Sujanma [o cp. 33 do pūrvakhaṇḍa do BPH consiste em um diálogo entre esses dois]. Ao que tudo indica, Lomaśa era da tradição do BPH. 30. O Jātaka pārījāta (1426 aprox.), que possui dezoito adhyāyas, foi composto baseado na Sārāvalī, embora também no BJ e HS. 31. Phaladīpikā foi composto em Śrīśālivāṭī (Tinevelly), pouco depois do JP e inclui um cp. do HS, além de ter tomado o Jātaka pārījāta por referência. 32. Em 1500, em Nandigrāma, o pai do celebrado Gaṇeśa, Keśava, compôs um conciso (42 versos) e popular tratado com os principais cálculos matemáticos essenciais em jātaka, o Jātakapaddhati. Ao que tudo indica, inspirado no JKP de Śrīpati, sendo uma espécie de versão condensada desse. Esse tratado foi comentado entre 1618-1824 por Viśvanātha, Divākara, Dharmeśvara, Nārāyaṇa e Gurudāsa, em Kāśī, Mālava e Jālandhara. 33. Jātakābharaṇa, composto por Dhuṇḍhirāja (1525, aprox.), contêm quarenta e cinco adhyāyas e ficou bastante popular. Outro astrólogo do mesmo século foi Nārāyaṇa Bhaṭṭa, o qual compôs o Chamatkārachintāmaṇi, em 115 ślokas e cujo manuscrito mais antigo foi copiado em 1596, recebendo também um comentário, o Anvayārthadīpikā de Dharmeśvara, na primeira metade do século XVII. 34. O Jātakālaṅkara de Gaṇeśa foi composto em 1613 em Tāpī, Gujarāt, baseado no Śukajātaka. Ele foi comentado por Haribhānu Śukla em 1809, assim como por Kṛpārāma e Narmadāgiri Avadhūta. 35. Divākara, comentador do Jātakapaddhati, também escreveu em 1625 um jātaka chamado Jātakamārgapadma, que apresenta a essência dos tantras de Śrīpati, Keśava e Sundara. Em 1627 ele compôs um comentário ao seu trabalho. 36. Em 1629, Harajī ou Harijit escreveu um Yoginīdaśāphalaprakaraṇa, descrevendo as oito yoginīs, de acordo com o Śivayāmala. Em 1633, Rājarṣi escreveu o daśācintāmaṇi em Gujarat, além de ter sido autor também de um Yoginīdaśāphala. Kalyāna, ao que tudo indica, pai de Rājarṣi, escreveu um vasto Janmapatrikāpaddhati, por vezes chamado Mānasāgarī. Esse mesmo texto foi incluído no Mānasāgara, juntamente do Yoginīdaśāphalaprakaraṇa de Harajī. A cópia mais antiga desse manuscrito data de 1708. 37. Em 1625, Nṛsiṃha uniu um vasto nibandha chamado Jātakasāradīpa, cuja cópia mais antiga data de 1637. Nesse tratado há referências ao YJ, VYJ, BJ, LJ, S, HM e também o Gaurījātaka, Sūryāruṇasaṃvāda e alguns trabalhos de tājika e hillāja. 38. Balabhadra compôs em 1654 o gigantesco nibandha, Horāratna, na corte de Shāh Shujā. 39. Sarvārthacintāmaṇi foi composto por Veṅkaṭeśa, próximo a Tirupati, Tamilnadu em 1650, aprox. Esse tratado foi comentado por Divānanda (ou Divānacandra) Miśra ou por seu filho, Rādhākṛṣṇa, ambos de Lavapura (Lahore, Panjāb). 40. Yājnikanātha, em Jambūsara, Gujarāt, compôs o Jātakacandrikā, que lida com os aspectos técnicos de jātaka em seis prabodhas. Nessa época Kāśīnātha escreveu o popular Lagnachandrikā, cuja cópia mais antiga data de 1670. Mas, se ele é o mesmo autor do Praśnapradīpa e Śīghrabodha, então floresceu antes de 1550. 41. Śambhuhorāprakāśa composto por Puñjarāja em 1700 para Śambhudāsa (nasc. 1662), rei de Nandidvārapura (Nander, Mahārāṣṭra?). Décadas depois Putumana Somayājin, autor do Karaṇapaddhati, escreveu o Jātakādeśamārga em Kerala. 42. Antes de 1729, quando o mais antigo manuscrito foi copiado, Jaimini (ou alguém usando o seu nome) compôs o Upadeśasūtra, uma coleção de 1031 sūtras (há também uma série de versos kārikās que os sintetizam) divididos em quatro adhyāyas, cada um contendo quatro pādas. O mais antigo manuscrito do Upadeśasūtra contém um comentário de Kṛṣṇānanda Sarasvatī, o qual se proclama Drāviḍācārya. Outros comentários foram escritos por Nīlakaṇṭha Regmī em 1754, Bhatgaon, Nepāla; Ākumalla Nṛsiṃha no sul da Índia (Arthaprakāśikā); Nṛsiṃha Kheḍakara, em Mysore provavelmente; Parameśvara Yogīndra, aparentemente em Tamilnadu (Jyotiṣānanda); Premanidhi (Kāśikā); Malayavarman, regente de Tākumaparvata (Kāśikā); Lakṣmaṇa no sul da Índia (Jyotiḥpradīpikā) e por Veṅkaṭeśa no sul da Índia (Bhāvakaumudī). Tudo indica, portanto, que o Upadeśasūtra foi composto no século XVII, no sul da Índia. 43. Outro tratado escrito em sūtras é o Jātakatattva, por Uḍumbara Mahādeva Pāṭhaka, de Ratnapura (Ratlam, Madhya Pradeśa) em 1872. 44. Dois outros gigantescos tratados são o Bhṛgusaṃhitā, contendo treze adhyāyas - um para cada rāśi e um Yogasāgara -, sendo que o seu manuscrito mais antigo é de 1645 - embora sua data seja anterior ao século XVI, provavelmente; e o Saptarṣī nāḍi de Tamil. 45. Tājika deriva do pahlavī tāzīg, termo que os iranianos usavam para designar os árabes; o termo também derivou do nome de uma tribo árabe, ṭayyi. Desde o oitavo século, árabes e persas situados na costa oeste da Índia passaram a ser chamados de Tājikas. 46. Tājika foi introduzido no século XIII. 47. A adaptação indiana da astrologia árabe/persa (combinação de elementos gregos, siríacos, sasanianos e indianos) é designada tājika. 48. O tājika inclui elementos como o haylāj (hillāja) que foi parte do YJ, assim como termos técnicos estrangeiros ao jātaka, tais como: kabūla (qabūl), antihā (intihā), hadda (ḥadd), sahama (sahm), etc. 49. O mais antigo autor de tājika em sânscrito foi Samarasiṃha de Prārvāṭakula, que escreveu o seu Gaṇakabhūṣaṇa, Tājikatantrasāra ou Karmaprakāśikā em Gujarat, 1274. Seu trisavô, Caṇḍasiṃha, foi um saciva de Caulukya Mūlarāja II (1177-1179). Samarasiṃha faz referência a um trabalho de Khindika. Nārāyaṇa Sāmudrika escreveu um comentário ao seu trabalho em 1725, aprox. 50. Varṣaphala, atribuído a Maṇittha, contém setenta e três ślokas. A mais antiga cópia do texto data de 1475. Tājikamaṇi, com oitenta e cinco ślokas, foi composto por Mahīdhara em Vārāṇasī em 1585, baseando-se no Varṣaphala, ou seja, focando no hāyana/varṣaphala. 51. Por volta de 1500, Keśava de Nandigrāma compôs um Tājikapaddhati sobre hāyana em vinte e seis ślokas. Esse tratado foi comentado por Viśvanātha em 1610 e por Mallāri em 1612. 52. Tājikasāra foi composto por Hari em 1523, sendo mais abrangente do que o Tājikapaddhati. Esse tratado foi comentado por Sumatiharṣa Gaṇi em 1620. 53. Sūryadāsa foi autor do Tājikālaṅkāra, ainda no século XVI. 54. Govardhana escreveu um Tājikapadmakośa sobre hāyana, provavelmente em 1544. 55. Antes de 1559, data em que a primeira cópia foi feita, Vāmana compôs o Tājikasāroddhāra. 56. Em 1575, Nṛsiṃha escreveu um Varṣphaladīpikā sobre hāyana e um Hillājadīpikā sobre o haylāj. 57. O mais popular de todos os textos de tājika é o Tājikanīlakaṇṭhī, composto por Nīlakaṇṭha em Kāśī, 1587. Esse texto se divide em duas partes: saṃjñātantra sobre tājika geral e o varṣatantra, que lida com hāyana. O filho de Nīlakaṇṭha, Govinda, compôs um comentário ao texto em 1622; Viśvanātha em 1629; Mādhava, neto de Nīlakaṇṭha, em 1633 e Harṣadhara (Śrīphalavardhinī).