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Prova

1
Introdução à Antropologia – Turma A
Profº: João Lucas Moraes Passos

Tomando os textos que se seguem como mote para reflexão, responda as questões.

“Religião, poder e literatura: Notre Dame é o maior símbolo
do Ocidente
A importância de Notre Dame não se esgota, porém, nem no
espírito em que foi construída, nem no tempo em que melhor expressou a
mundividência reinante. Toda a história de França é marcada por esta
grande Catedral nas margens do Sena. Se a Revolução Francesa excitou a
iconoclastia, o Romantismo recuperou o encanto pela catedral de Paris. O
romance de Vitor Hugo não é importante apenas pela história do
arcediago Claudio Frollo, na sua relação doentia com Quasimodo e com a
cigana; Vitor Hugo recupera o amor pelos claustros, pelas gárgulas e pelo
mistério gótico que continuará moda por todo o romantismo, mas fá-lo
de uma maneira muito mais profunda. Claudio Frollo não é apenas um
apaixonado pela cigana ou pela sabedoria; é um Homem bom, que sofre
com a desordem das suas paixões e que perde tudo aquilo que lhe é
querido em nome de um desejo que ele próprio detesta; que o enredo
deste drama se dê nos claustros de Notre Dame não é inocente; Vitor
Hugo sabe que, melhor do que qualquer outra coisa, a Catedral Medieval
expressa a ordenação das paixões para o sublime. Toda a estética
medieval, como se pode ver na famosa obra de De Bruyne, radica na
ideia de que as paixões confundem a mente e a impedem de ver aquilo
que o Homem procura. Que Vitor Hugo, passado o encanto com o estado
de Natureza, recupere a Catedral como cenário do grande drama
humano que é o Homem desejar o que não quer, apenas demonstra de
que forma a Catedral é, ainda, a melhor ilustração dos grandes conflitos
do Homem.”

Trecho de matéria de Carlos Maria Bobone
paro o jornal português Observador.


Questão 1- No último parágrafo do texto acima, o autor cita a Revolução Francesa e
a retoma ao dizer que Vitor Hugo, o grande romancista francês, “recuperou” a
grandeza da Catedral após “passado o encanto com o estado de Natureza”. Ele se
refere aos ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade –, que
foram em larga medida inspirados na ideia de Rousseau acerca do “Bom Selvagem”.
Essa ideia, por sua vez, baseia-se no pensamento de que há um “estado de
Natureza” do ser humano onde a bondade se sobreporia.
Qual autor discutido durante o curso nos apresentou um pensamento semelhante, a
partir de informações que obteve sobre os povos indígenas da América do Sul?
Como, segundo esse autor, os europeus haviam perdido a bondade e a pureza
presentes nos índios?

Questão 2- No texto acima, o autor comenta que Vitor Hugo escolheu a Catedral de
Notre Dame como palco para “o grande drama humano que é o Homem desejar o
que não quer”. Claudio Frollo, personagem do romance “O corcunda de Notre
Dame”, seria, na visão do autor do texto acima, “um homem bom, que sofre pela
desordem das suas paixões”. Poderíamos pensar essa frase como um contraponto
entre a “natureza” do homem (seus instintos e paixões) e sua “cultura” (a mente que
controlaria suas paixões).
Tim Ingold, em “Humanidade e Animalidade”, diz que dicotomias do tipo “instinto e
razão” são paralelas àquela “animalidade e humanidade”. O instinto seria a parte
“animal” do ser humano. Como Ingold caracteriza uma ideia de humanidade que
pressupõe uma continuidade entre seres humanos e animais? E qual a outra
concepção de humanidade, que se opõe àquela de animalidade?

Questão 3- Tzvetan Todorov, em “Colombo e os índios”, diz que os colonizadores
tiveram dois tipos de atitudes frente aos colonizados, a depender de se dotavam os
índios de uma humanidade completa ou não. Quais seriam essas duas atitudes? E
como a ideia de uma humanidade “incompleta” dos índios guarda relação com a
tese gradualista do desenvolvimento da humanidade como caracterizada por Ingold?


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“Natureza é tema de duas exposições de Carlos Vergara em Brasília
Viagens a São Miguel das Missões, Mato Grosso, Minas Gerais e
Pantanal serviram de combustível para muitas das obras produzidas nos
últimos anos, e Natureza inventada é uma delas. Foi no Museu do Açude
(Rio de Janeiro), enquanto planejava uma exposição com esculturas
construídas com o lixo do jardim do local, que ele teve a ideia das peças
em aço corten. “A partir dali, comecei a olhar que, se você pegar um
detalhe de uma planta, a planta pode não aparecer, mas tem uma coisa
que é da anatomia da natureza. E aí, invento uma natureza nova”, conta,
lembrando que a escolha do material foi proposital porque é um tipo de
aço cuja coloração muda ao longo do tempo e que se protege das
intempéries com a própria oxidação.
As esculturas sugerem os mesmos grafismos encontrados nos
desenhos e pinturas expostos na Referência. Nota-se que são vegetais,
mas o convite do artista é para que o espectador olhe além. “O lance é
pictórico, então a imagem se forma muito na cabeça do espectador e
essa é a ideia que tenho de arte. Não faço uma coisa descritiva, imitativa
da natureza. É um estopim. O sonho de todo artista é provocar um susto
de ‘ah, nunca vi isso’. E ter uma espécie de coisa nova, de ser
contemporâneo”, conta.”
Trecho de matéria sobre o artista Carlos Vergara,
de Nahima Maciel para o Correio Braziliense.



Questão 4- O escultor Carlos Vergara fala em “inventar uma natureza nova”. Ele se
refere a fazer esculturas que retratem elementos da natureza a partir de fragmentos
de uma planta, por exemplo. A “invenção da natureza” de Carlos Vergara pressupõe
um certo tipo de distanciamento entre o inventor e aquilo que ele inventa, no caso o
artista e aquilo que chamamos de natureza. Por outro lado, a “Invenção da cultura”
de Roy Wagner se dá justamente pelo fato de o antropólogo também estar inserido
em uma cultura. No sentido proposto por Wagner, como se dá a “invenção” da
cultura do “nativo”, da cultura do antropólogo e da própria ideia de “cultura”?

Questão 5- Ainda no que se refere a “inventar a natureza”, poderíamos desvirtuar a
expressão do artista Carlos Vergara de seu contexto e pensar na artificialidade da
própria ideia de Natureza. Philippe Descola, em “Outras naturezas, outras culturas”,
nos mostra como a divisão entre o que é “natureza” e o que é “cultura” seria uma
criação da nossa própria cultura, por assim dizer. Descola nos mostra que os Achuar,
por exemplo, concebem alguns elementos daquilo que chamaríamos de natureza,
como os animais, de um maneira bastante diferente da nossa. Comente como é a
visão dos Achuar acerca desse ponto, e como as ideias que têm de “pessoa” se
distinguem e se aproximam das duas concepções de humanidade apresentadas por
Tim Ingold.

Questão 6- Geertz, a partir de sua crítica à tese do ponto crítico, tenta conciliar o
papel daquilo que chamamos “natureza” e aquilo que chamamos “cultura” no
processo evolutivo da humanidade. Como Geertz desconstrói a tese do ponto crítico
e como, a partir daí, postula o papel da “cultura” na evolução da “natureza
humana”?

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