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03/05/2017 Master OAB

2º Simulado de Direito Penal (/segundafase)

Peça pro ssional


Vó Nadir, uma senhora de 57 anos, é muito conhecida na comunidade onde mora, localizada na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, porque
costuma sempre oferecer festas para as crianças moradoras do local todos os nais de semana. Contudo, todos também sabem que o dinheiro
arrecadado para as festas é proveniente da venda de medicamentos falsi cados, os quais produz na sua casa e vende durante a semana em diversos
estabelecimentos localizados no bairro.            

Coronel Borges, ao realizar uma blitz na comunidade, recebe de um dos moradores um medicamento que, supostamente, serviria para curar uma ferida
que o policial possuía na orelha. Borges descon a desse remédio e se articula com diversos policiais para ir até um dos estabelecimentos, adquiri-lo
diretamente de Nadir, para que assim possa, imediatamente, dar-lhe voz de prisão em agrante.
            
Desta forma, no dia 25 de outubro de 2013, Borges e um Tenente do mesmo batalhão, disfarçados, simularam que o Coronel estava com um princípio
de infarto e foram até o estabelecimento em que Nadir se encontrava, pedindo uma ajuda urgentemente. Nadir oferece a eles a “Solução Inibidora de
Infartos” e, no mesmo momento, Borges lhe dá voz de prisão e a conduz à Unidade da Polícia Judiciária, onde foi lavrado auto de prisão em agrante
pela prática do crime previsto no artigo 277 do Código Penal, sendo-lhe negado o direito de se entrevistar com seus advogados ou com seus familiares.
            
Uma semana após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de Vó Nadir ter permanecido encarcerada na Delegacia de Polícia, você é
procurado(a) pela família dela, sob protestos de que não conseguiam vê-la ou sequer entrar em contato, além do fato de que o Delegado não comunicou
o fato ao juízo competente, muito menos à Defensoria Pública.            

Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas do caso concreto acima narrado, na qualidade de advogado(a) de
Nadir, redija a peça cabível, excluindo-se a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes e
questionando eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial.

Pergunta 1
Alexandre, anestesista, primário e com bons antecedentes, aplicou uma dose superior de anestésico em Mauro, pois estava distraído conversando com
outros médicos durante o procedimento, o que veio a causar a morte do paciente no dia 16/02/2008. Sabe-se, também, que o trânsito em julgado da
referida sentença que condenou Alexandre pela prática do crime de homicídio culposo só ocorreu em 31/11/2008 e o médico terminou de cumprir sua
pena em 02/12/2010. Alexandre, contudo, também cometeu um crime de aborto em 18/03/2016, delito pelo qual foi condenado com sentença
transitada em julgado em 25/11/2016. O juiz, ao elaborar a dosimetria da pena de Alexandre para o crime de homicídio, fundamentou sua sentença
com base no artigo 121, §3º, CP agravado na segunda fase com base no artigo 61, II, “g”, CP e, ainda, majorado na terceira fase com base no artigo 121,
§4º, CP. Além disso, em momento posterior, um segundo juiz não considerou a reincidência na segunda fase da dosimetria no crime de aborto,
considerando apenas os maus antecedentes causados por conta do cometimento do crime de homicídio culposo alguns anos antes. Alexandre é muito
admirado na comunidade onde mora porque sempre auxilia crianças. 

a)     Os juízes cometeram algum erro durante as dosimetrias dos delitos descritos? 


b)     O juiz pode xar uma pena restritiva de direitos para Alexandre com relação ao crime de homicídio culposo?

Pergunta 2
Rômulo, 22 anos, estudante universitário, de bons antecedentes, perdidamente apaixonado por Natália, sua colega de classe, a convida para jantar em
um dos restaurantes mais caros do Rio de Janeiro, oferecendo-se ainda para buscá-la em casa. Querendo surpreender sua colega, Rômulo pega as
chaves do carro importado de Matheus - seu colega de quarto, que estava viajando no dia -, acreditando que não teria nenhum problema em pegar
emprestado o carro de seu amigo. No entanto, em razão de imprevistos ocorridos na viagem, Matheus volta para casa antes do esperado, bem no
horário em que Rômulo havia saído para levar Natália ao restaurante, e se surpreende com o desaparecimento do carro. Matheus então liga para o 190
e informa o furto do veículo. A Polícia se dirige à casa de Matheus no momento em que Rômulo se aproximava da garagem para estacionar o carro. Ao
verem o veículo de Matheus, abordam Rômulo e o prendem em agrante. Dentro do veículo, encontram uma mensagem escrita por Rômulo para
Matheus dizendo que ele havia pego o carro para impressionar Natália e que o estava devolvendo com o tanque cheio. Apresentado à autoridade
competente, a mesma comunica o juiz competente, e envia o auto de prisão em agrante ao juízo uma semana após ser lavrado.

Sobre o caso responda:


a)      Rômulo pode ser mantido preso em agrante? Justi que, indicando eventual medida cabível
b)      Rômulo cometeu algum crime? Por que?

Pergunta 3
Joana, transtornada pelo puerpério e logo após o parto de seu lho, solicitou a Jasão, enfermeiro do berçário, que as xiasse o recém-nascido, pois ela
nunca o desejou, no que foi prontamente atendida por Jasão. Os dois, agindo em conluio, levam o corpo da criança para fora do hospital, o qual foi
queimado, sumindo com qualquer vestígio do crime.

Com base no relatado acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao

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caso.
a)      Cometeram Joana e Jasão algum crime?
b)      Imaginemos que apenas 13 (treze) anos após o fato ocorrido, o juiz que recebera a denúncia do Ministério Público resolveu citar as partes para que
fosse marcada Audiência de Instrução e Julgamento. Isso seria possível? Qual a principal conseqüência dessa demora para Joana e Jasão?

Pergunta 4
No dia 7 de maio de 2011, Lucas, 22 anos de idade, funcionário do caixa do Banco Baú, subtraiu para si a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais) do
estabelecimento, ao nal de seu expediente na agência de Bangu, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No dia seguinte, percebendo a facilidade
ocorrida no dia anterior, Lucas voltou a subtrair determinada quantia do caixa, só que, dessa vez na agência de Vila Isabel, localizada na Zona Norte da
mesma cidade. Ainda, na mesma semana, o rapaz, com o mesmo modus operandi, subtraiu, por mais uma vez, valores pertencentes ao banco, nessa
última vez no bairro da Pavuna, ainda no mesmo município. Ocorre que as condutas dele foram lmadas e os vídeos foram encaminhados para o
Ministério Público, que ofereceu denúncia pela prática do crime descrito no art. 155, § 4º, inciso II, do Código Penal, por três vezes, na forma do art. 69
do mesmo diploma legal. Em 20 de abril de 2013 a denúncia foi recebida, tendo o feito seu regular processamento, até que, em 25 de novembro de
2019, foi publicada decisão condenando Lucas à pena nal de 3 anos e 6 meses de reclusão e 30 dias multa, substituída por duas penas restritivas de
direitos. Para cada um dos crimes foi aplicada a pena mínima de 1 ano e 2 meses de reclusão e 10 dias multa, mas xou o magistrado a fração relativa ao
cúmulo da pena em virtude do reconhecimento do concurso material de crimes. As partes não interpuseram recurso de apelação.

Considerando que não existe mais possibilidade de interposição de recurso da decisão, responda aos itens a seguir:
a)      Qual a tese defensiva a ser alegada, de modo a impedir que Lucas cumpra a pena que lhe foi aplicada? Fundamente.
b)      Houve algum erro durante a dosimetria da pena?
c)      Quais as consequências jurídicas do acolhimento dessa tese? Aquela condenação poderá ser considerada para efeito de reincidência futuramente? 

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