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Cleonice Berardinelli Estupos CAMONIANOS Nova ediggo revista e ampliada A Ronen Pp te i Vi ea mo A Dimensio Tradicional na Poesia Lirica Camoniana Na lirica de CamSes uma bipartigao se faz evidente, 4 mais su- pperficial abordagem: de um lado, 0s poemas da medida velha; de outro, os da medida nova, Nos primeiros se encontra a dimensio tra- dicional, que é 0 que nos cabe aqui trata, ainda com o rsco de repe~ ‘ir do muito jf dito, pois que a matéria esti longe de ser nova ou poco explorada ‘Comecemos por definir medida velha, designagio que surgi no séc. XVI — nio sem certo tom pejorativo — para, em oposi¢ao a medida nova, splicar-se aos metros ¢ g@t ici pelos poetas do Cancionciro geral, Na falta de uma Arte de trovar! era ‘venéculo, como a que se tinha para olitismo dos velhos cancionei- 10s galaico-portugueses, temos de socorrer-nos da Arte de poesia castellana, de Juan del Enzina, onde se diz que “Toda le fue de trobar exten saber onocer los pes por que delos se hazen las coplasy por ello e iden, y pues asi es sepamos que case es pie, le nos es otra cosa en el robar sino un ayuntansiento de certo numer de sitabas, y Temase pie por que por else mide todo lo que trobamos, y sobre los tales pies ‘one y soda t sonido de la copla. Toss [Ane de wove), cujo ttalo, juntado pesteriormente, nfo consta do original caja primi parte 3 per (comega no capitulo IV), precede 2s cantigas do cha tnado pimitivamente Cancionsia Coloi-Bracuti, pasando a Cancion da Bibio- tece National quando da soa aquisigdo por eta Biblioteca, ent 1924. 168 + Estup0s CamoniaNos logo adiante: [1] los latinos amon verso ato que nosotos lamams pie: y nootas padremtos Waar verso adonde quiera que ay ayuatemiento de pies que consdnmente amemos copla que quiere dezie copula » ayustamiento, ‘Assim, pois, 20 que a medida nova chamari (como os latinos) verso, chama Enzina pé; a0 conjunto de pés, verso; explicitando melhor: el podemos dezir que en una copla ays dos verses, assi como si es de ocho les va de catro en cuatro son dos verso, o ide nueve el un verso es de cinco ye otto de aut, y se es de diez puede ser el un verso de cinta & e oto de ‘otros cinco, y assi por esta manera podenos poner otros enxemplosinfnites. "Os pés, segundo ele, sio de arte eal, quando tém oito silabas, >" ou de arte-mair, quando tém doze silates ou sua equivaléncia, Con- ¥én esclarecer o que é esta equivaléncia: como se sabe, a contagem das slabas mézricas & espanhola ou 4 italiana se fz até 3 Gl da palavra paroxitona, Se a palavra for proparoxitona, no se ¢ \Gltima, e, se oxftona, conta-se mais uma. E a isso que se refere 0 Mtatadista. quando explica: Led digo su equivalencia por que bien puede ser que tenga mas © menos en wt oa cantida, mas on vlor es impossible par sere pie pets? Nescuaeou bide (que & a que se usa em portugués des- elo menos, o fim VI. v tendo para nds ee slabat op de ate rele once de anesmaion Enzina ainda se refere ao pé quetrado FENZINA, Juan del. Arte de poesia exstellera. In: MENENDEZ PELAYO, Marcelino. Antologla de potas vos casellnas. 10 Santandet: Aldus, 1944-5, v. 1V, p. 38-9, Mantivernas 2 ortografia original 2» GUERREIRO, Miguel do Couto, Tiatado de venice portuguesa, Lisbos: Of Pate. de Francisco Luiz Ameno, 1784, "Contanso até o acento dominante, / (Que basta para © verso set constante)": Regra IX, p 6. A Ditensho TRADICIONAL NA POESIA Linuca CAMONIANA #169 fo] ques mdi ple aside art real como de mayor, del arte real son cuatro silabaso 0 equivaleciay est suele setobar el pie queirado mezclado comm les enteres ya las vezespassan cinco silabas por medio pe y entonces dezimos que va la una peri asi como dizo don Joye. Como devemos, En el arte mayor quando se parte ls pies y van guebrados ca suelen mezclar se com los enters; mas antes todos son quebrades,segun parte por uchoe villascos que ay de aguesta arte trobados> Na divisio em pés de arte-maior e arte real, aquele de doze (onze) silabis © este de oito.(sete), que habitualmente chamamos de redondilha maior, faltava 0 metro cutto ¢ gracioso — redondilha menor — de seis (cinco) silabas, muito usado pelos poetas do século XY, sobre os quais teoriza Enzina. Vemos agora que ele é, origina- riamente, 0 pé quebrado do de arte-maior, passando a constituit-se em verso inteiro, ‘Dos pés aqui citados, CamGes vai utilizar muito mais largamente_ para 1; a redondilha maior pode vir acompanhada do seu quebraco_ (de és silbas, mais raramente quatro). Apenas uma vex em toda a sua lirica usaté o pé de arte-maior, nas “Endechas” quese-iniciam por: “[Vés] sois tia dama / Do grio merecer”, de que falaremos adiante. Antes de passat aos tipos de composi¢io decorrentes das possi- bilidades de agrupar os versos, fizemos questio de lembrar 2 per Jorge Manrique, o célebre autor dis Caplas por la muerte dest patre don Rodrigo. SENZINA, op. et, p- 40. Em Gil Vicente encontramos os pésquebrados em com binaedo com os inceiros, num mesmo proceso de valorizagio de cemtos elementos fe quebra da monatoniaritmics. No Auto d fa, na fla do Seraim {v. 218-26), temor um belo exemplo diso: “A fern, 3 fer, igrsjas, mostecos,/ pastores das alas, Papas adormidor;/ compra aqul panos, mua os vestidos,/ busca assamarras dor outros primeiror, / 9 aleve, / Feira ocario que tazis dourado; / 6 pre= sidentes do Cruciicado, /Iembraivos da vida dos sntos pastores / do tempo passe- 1” Grifamos os dois pés quebradas para mai realgar a sua coineidéncia no aspecto basicamente enfocado: a opasigio entre o pasado exemplar e > presente condend- vel. Citamos apad BER AR DINELLI, Cleonice, Antolaga do tat de Gil Viet. 3. 1d, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, em convénio com o INL, 1984, p, 203-4 7 wl hei

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