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Use of therapeutic ultrasound in wrist ganglion cyst: case study

Article · July 2016

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6 authors, including:

Gilnei Lopes Pimentel


Universidade de Passo Fundo
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Fisioterapia Ser • vol. 11 - nº 3 • 2016

Relato de caso

Uso do ultrassom terapêutico


em cisto sinovial de punho: estudo de caso

Use of therapeutic ultrasound


in wrist ganglion cyst: case study

Julia Pancotte1, Elisiane Finato2,


Suélen Tansini , Gilnei Lopes Pimentel4, Luiz Otávio Rosa Gama5
3

1. Fisioterapeuta. Mestre em Envelhecimento Hu- Resumo


mano pela Universidade de Passo Fundo/RS.
2. Fisioterapeuta pela Universidade de Passo
Introdução: O cisto sinovial é uma lesão não neoplásica, de etiologia pouco
Fundo/RS. conhecida. Objetivo: avaliar o ultrassom terapêutico em cisto sinovial de punho.
3. Fisioterapeuta pela Universidade de Passo Metodologia: Um indivíduo portador de cisto sinovial em região volar e ulnar no
Fundo/RS, instrutora do Método Pilates. punho esquerdo foi avaliado por um questionário de dor e função e ressonância
4. Docente do curso de Fisioterapia da Universi-
dade de Passo Fundo/RS. Fisioterapeuta, Mes-
nuclear magnética, pré e pós-intervenção. O tratamento iniciou com ultrassom
tre em Ciências do Movimento Humano pela de 1MHz, contínuo, potência de 4W e intensidade de 1,00w/cm2 por 6 minutos
Universidade do Estado de Santa Catarina. durante 15 dias. Devido aos resultados, aplicou-se nova intervenção: ultrassom de
5. Fisioterapeuta, Mestre em Bioengenharia pela 1MHz, pulsado à 10%, 1W, 100Hz de frequência, intensidade de 0,03w/cm2 por
Universidade de São Paulo.
12 minutos durante 30 dias. Resultados: Após o ultrassom contínuo verificou-se
maior dificuldade nas atividades, piora da dor e aumento do diâmetro do cisto.
Pós-ultrassom pulsado houve maior facilidade nas atividades, melhora da dor e
Endereço para correspondência: Gilnei Lopes redução do diâmetro do cisto. Conclusão: o ultrassom terapêutico pode auxiliar
Pimentel – Curso de Fisioterapia da UPF –
BR 285 – São José – Passo Fundo – RS – CEP
nesses casos, porém é necessária maior investigação.
99052-900 – Telefone (54) 3316-8495 Palavras-chave: cisto sinovial, terapia por ultrassom.
E-mail: pimentel@upf.br

Abstract
Recebido para publicação em 15/07/2016 e acei- Introduction: The synovial cyst is a non-neoplastic lesion, of etiology little
to em 24/08/2016, após revisão. known. Objective: To evaluate therapeutic ultrasound in synovial cyst wrist. Me-
thodology: An individual with synovial cyst in the region volarand ulnar left wrist
was evaluated by a questionnaire of pain and function and MRI wrist, pre-and
post-intervention. Initial treatment with ultrasound of 1 MHz, continuous mode,
4W power and intensity of 1,00 w/cm2 for 6 minutes during 15 days. Because of
the results, we applied new intervention ultrasound 1MHz, pulsed at 10%, fre-
quency of 100Hz, 1W of power, intensity of 0.03 W/cm2 for 12 minutes during 30
days. Results: After continuous ultrasound there was greater difficulty in carrying
out activities, worsening pain and increasing the diameter of the cyst. While post
pulsed ultrasound was seen greater easy in performing the activities, pain relief
and reducing the diameter of the cyst. Conclusion: The therapeutic ultrasound can
help in these cases, but it is need for more research.
Keywords: synovial cyst, ultrasound therapy.

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Introdução mentos das células movem-se através de um efeito de micro-


O cisto sinovial é uma lesão não neoplásica que se de- massagem fazendo com que aumente o metabolismo celular,
senvolve da membrana sinovial de uma articulação, através o fluxo sanguíneo, o suprimento de oxigênio e a temperatura
da cápsula ligamentar nos tecidos periarticulares. É preenchi- local14, agindo como um catalisador físico, acelerando as tro-
do com líquido sinovial com aparência regular e translúcida. cas celulares15. E ainda, altera a concentração das moléculas
A etiologia ainda não é totalmente conhecida, acredita-se ter e íons de cálcio e potássio, estimulando a atividade celular
relação com degeneração mucinosa do tecido conjuntivo1. Se- caso as vibrações ocorram nos limites da membrana com o
gundo Angelides1, os cistos surgem a partir de células sinoviais líquido circunjacente16.
modificadas ou mesenquimais na interface sinovial-capsular Para não ocorrerem perdas de ondas ultrassônicas, o
em resposta a pequenas lesões repetitivas. O alongamento re- transdutor deve estar sempre em contato com a pele, evitan-
petitivo ligamentar e capsular suportando as estruturas arti- do assim o desacoplamento e o contato com o ar, pois este é
culares parece estimular a produção de ácido hialurônico por um péssimo condutor12. Existem dois modos de aplicação do
fibroblastos na interface cápsulo-sinovial2. Esse estresse pode ultrassom: o contínuo e o pulsado. A diferença entre eles está
estimular a secreção de mucina pelas células mesenquimais, na interrupção da propagação das ondas. No primeiro, o efei-
que se agrupam em pequenos conjuntos para formar o cisto to é 50% térmico e 50% mecânico17, os ciclos de frequên-
principal3. Porém, isso não explica o fato do fluído cístico re- cia são acima de 100% e a voltagem é contínua. No modo
acumular após aspiração ou excisão incompleta2. pulsado, a voltagem é aplicada em rajadas16 e a frequência
Gude e Morelli4 ainda citam que, o estresse articular é menor que 100%18. Por isso, o efeito do pulsado é prefe-
(agudo ou crônico) pode levar a uma abertura na cápsula ar- rencialmente mecânico14. A energia mecânica, em dosagem
ticular e permitir a fuga de fluído sinovial para dentro dos te- terapêutica, acelera o intercâmbio entre as células, não che-
cidos periarticulares. A consequente reação entre esse fluído gando a causar lesões nas membranas celulares19. Os efeitos
e o tecido local resulta na origem do fluído cístico gelatinoso mecânicos causam o aumento da permeabilidade celular,
e na formação da parede do cisto. da síntese proteica, do fluxo de íons de cálcio e da passa-
A massa de tecido mole mais comum na mão e punho gem através da membrana celular, favorecendo a reparação
é o cisto sinovial, representando 50 a 70% de todas as mas- tecidual20. Enquanto, para Prentice21, o efeito térmico pode
sas desta região anatômica. Ocorre independente de idade e promover cavitações, que elevam a temperatura local, o que
sexo1, mas há uma prevalência em mulheres, entre 20 e 50 poderá favorecer a dissolução do cisto sinovial.
anos de idade5. Dos cistos encontrados no punho, 60 a 70% Em relação à frequência, as mais altas (3 MHz) são ab-
são no dorso e se comunicam com a articulação através de sorvidas mais intensamente, específicas para tecidos superfi-
um pedículo. Somente 18 a 20% dos cistos são encontrados ciais, enquanto as frequências mais baixas (1 MHz) penetram
na região volar1,6. O diagnóstico pode ser realizado através da mais profundamente, usadas para tecidos mais profundos22.
apresentação clínica e da ressonância nuclear magnética4. O Tendo em vista os poucos recursos conservadores e a chan-
tratamento para cisto sinovial pode ser conservador ou cirúrgi- ce de recorrência com os tratamentos existentes, tanto não-inva-
co. Técnicas cirúrgicas são realizadas através de uma incisão, sivos quanto invasivos, e a pouca literatura encontrada sobre o
o local desta depende da região em que o cisto se encontra. É assunto abordado, o presente estudo teve como objetivo avaliar
recomendado identificar o pedículo e os anexos capsulares, o uso do ultrassom no tratamento de cisto sinovial de punho.
pois a não identificação tem sido fortemente associada a uma
maior taxa de recorrência1,7. A taxa de recorrência para cistos Metodologia
volares é diferente dos dorsais, pois, a origem do cisto volar A presente pesquisa caracteriza-se como estudo de caso,
é mais variável, o acesso é mais difícil devido às estruturas tendo sido aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o
adjacentes neurovasculares8, além de poder contar com um registro 387.411 /2013. Participou do estudo um indivíduo do
fator de risco: a inexperiência do cirurgião9. A grande maioria gênero feminino, 21 anos, portador de cisto sinovial em região
dos tratamentos conservadores utiliza a aspiração com agulha volar e ulnar no punho esquerdo, profundo ao tendão flexor
seguida de injeção com lidocaína e corticoesteróide2, mesmo ulnar do carpo, recorrente após retirada cirúrgica há 2 anos e 6
apresentando alta recorrência7, o que muitas vezes induz ao meses. O sujeito recebeu esclarecimentos de como seria reali-
tratamento cirúrgico. Poucos foram os estudos encontrados zado o tratamento, bem como suas etapas, objetivos e aspectos
que utilizaram o ultrassom nesses casos10. éticos da pesquisa, sendo assim, ao concordar em participar,
O ultrassom é uma forma de energia sonora longitudinal, assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
de penetração profunda11. Inicialmente, sua energia é elétri- Procedimentos de Avaliação
ca, mas ao passar pelo seu transdutor é convertida em mecâ- A paciente foi avaliada através de um questionário de
nica12. A energia do ultrassom se propaga pela transferência dor e função Patient Rated Wrist Evaluation (PRWE), adap-
de energia vibracional de uma molécula para outra, ao ser tado para a língua portuguesa23 e ressonância nuclear mag-
transmitida para os tecidos biológicos é capaz de provocar nética do punho, pré e pós-intervenção. Na anamnese foram
alterações celulares. O meio pelo qual a onda se propaga, lí- coletados os seguintes dados: gênero, idade, profissão, lado
quido, gasoso ou sólido13, oscila de forma rítmica com a fre- acometido, lado dominante e queixa principal. O questioná-
quência do ultrassom por efeito piezoelétrico, ao comprimir rio PRWE foi aplicado para mensurar o nível de dor no pu-
e expandir a matéria11. Através das vibrações é criada uma nho e de funcionalidade para realizar as atividades de vida
variação de pressão nas células individuais. Com isso, ele- diárias, pré e pós-intervenção. Este é composto por 15 itens

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que apresentam pontuação entre 0 e 10. É dividido em duas preensão, além de parestesia por compressão dos nervos ul-
sub-escalas: Dor (5 itens), onde 0 (zero) pontos correspon- nar ou mediano ou ainda suas ramificações3, 24.
de a ausência dor e 10 é a pior dor; e Função (6 itens para O questionário PRWE aplicado anteriormente ao trata-
atividades específicas e 4 para atividades habituais), onde a mento com ultrassom contínuo obteve um resultado de 25,5
pontuação 0 (zero) não representa dificuldade e 10 pontos pontos do total de 100, sendo 20 pontos representados pela
indica incapacidade de realizar.. dor. Posterior ao tratamento ocorreu um aumento na pon-
A ressonância nuclear magnética do punho foi o exame tuação, corroborando com a queixa da paciente. A partir da
de imagem utilizado para acompanhar a evolução do cisto. resposta encontrada, optou-se pelos novos parâmetros de
Foram realizadas sequências multiplanares ponderadas em tratamento. Ao fim deste, foi aplicado novamente o questio-
T1, T2 e DP, antes e após a infusão endovenosa de contraste nário PRWE, onde o resultado encontrado foi menor, mesmo
paramagnético, a fim de verificar o diâmetro do cisto pré e comparado com o resultado pré-tratamento e com o pós-ul-
pós-tratamento e outras possíveis alterações. trassom contínuo. Portanto, quando comparadas à pontuação
pré-tratamento com cada uma das intervenções houve piora
Procedimentos de Tratamento
da algia com ultrassom contínuo e melhora com ultrassom
As avaliações e os atendimentos foram realizados na
pulsado, como demonstra a tabela 1. Além disso, a tabela
Clínica de Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo.
explana que na escala função as dificuldades em realizar
A intervenção inicialmente proposta foi baseada por uma
atividades usuais e/ou específicas aumentaram com o modo
experiência relatada pela literatura10, sendo realizados 15
contínuo e diminuíram com o pulsado.
atendimentos com duração de 30 minutos cada, no período
matutino, sem exceções aos finais de semana, sendo que nes- Tabela 1: Resultados do questionário PRWE apresentados
tes dias a sessão era realizada no domicílio do indivíduo. O na forma total e divididos em suas escalas.
ultrassom utilizado foi de 1 MHz, no modo contínuo, potência Escala Pré Pós-USC* Pós-USP** Pré x Pós-USC Pré x Pós-USP
de 4W e intensidade de 1,00w/cm2 por 6 minutos. O transdu- Dor 20*** 22*** 16*** ↑ 10% ↓ 20%
Função 5,5*** 8*** 4,5*** ↓45% ↑ 18%
tor foi acoplado na pele sob a região do cisto, utilizando gel Total 25,5**** 30**** 22,5**** - -
como meio condutor, permanecendo o tempo da terapia em * USC: Ultrassom Contínuo; ** USP: Ultrassom Pulsado; *** Cada escala do questio-
contato direto e contínuo na pele, com movimentos circulares. nário corresponde a 50 pontos; **** O total corresponde a 100 pontos.
Fonte: dados coletados pelos pesquisadores.
Anteriormente a cada terapia com ultrassom, foi realizada a
assepsia do local com álcool a 70% ou água e sabão neutro, a Em um estudo de Dal Agnol et al.10, realizado com ul-
fim de remover qualquer substância aplicada na pele. Para re- trassom contínuo no tratamento de cisto sinovial de punho,
alizar o tratamento com ultrassom, a paciente foi posicionada ocorreu uma melhora no quadro álgico. Esse resultado con-
sentada, com o braço junto ao tronco, ombro com leve rotação corda com outros autores25 ao descreverem que os efeitos tér-
externa, cotovelo fletido a 90º, antebraço em supinação apoia- micos causam alívio da dor, da inflamação aguda ou crônica,
do na maca e punho neutro. Ao término do período proposto, inibição dos espasmos musculares e aumento da extensibili-
foram realizadas as avaliações previstas. A partir disso, nova dade do colágeno, porém no presente estudo foi visto o oposto
intervenção terapêutica foi proposta, ainda baseada na terapia destes achados. Analisando que, no estudo realizado houve
por ondas ultrassônicas, porém no formato pulsado. uma mensuração da dor através de um questionário, sugere-
Decorrido um período de 30 dias, iniciou-se a interven- -se maior fidedignidade ao resultado, portanto, supõe-se que
ção no formato de onda pulsada, com novos parâmetros. Os o modo contínuo no tratamento da dor em caso de cisto sino-
atendimentos ocorreram no mesmo período e sem exceções vial de punho seja inadequado. O edema ósseo, na literatura, é
aos finais de semana. Após a avaliação, a paciente recebeu mencionado como sinônimo de contusão óssea, microfratura
tratamento com ultrassom com as seguintes características: ou lesão óssea oculta26. Alguns autores sugerem que a contu-
1MHz, modo pulsado à 10%, 100Hz de frequência, 1W de são óssea pode causar dor, mesmo na ausência de outras lesões
potência, intensidade de 0,03w/cm2, por 12 minutos durante de tecidos moles27,28, mostrando que pode haver relação com o
30 dias consecutivos. A forma de aplicação, a assepsia local e aumento da dor no punho pós-ultrassom contínuo, onde veri-
o posicionamento do indivíduo foram os mesmos descritos an- ficou-se edema ósseo, e diminuição da mesma pós-ultrassom
teriormente. A paciente não utilizou nenhuma outra forma de pulsado, quando houve resolução parcial do edema ósseo.
tratamento durante este estudo, apenas uma tala imobilizadora A resolução da contusão óssea vem sido discutida por mui-
por seis semanas após o tratamento com ultrassom pulsado tos anos, apesar disso um estudo demonstrou que o tempo mé-
devido à continuidade do edema ósseo visto no exame de ima- dio de cicatrização não é uma medida exata. Essa lesão é presu-
gem. Não houve restrições nas atividades de vida diárias. mível como resultado de microfraturas trabeculares29. Uma vez
considerada como tal, no presente estudo, optou-se em utilizar
Apresentação e análise dos dados uma tala imobilizadora de punho a fim de auxiliar a cicatrização
O caso estudado apresentava como queixa principal da óssea. Admite-se que após esse período não foi realizado exame
paciente a dor no punho esquerdo (lado não dominante), de imagem para analisar a situação da lesão óssea.
principalmente com a atividade, o que concorda com a lite- A imobilização é comumente usada nos tratamentos para le-
ratura ao descrever que os sintomas causados pela presença sões musculoesqueléticas, porém, sabe-se que os efeitos incluem
de cisto sinovial no punho podem ser dor no punho, com a redução da reserva de glicogênio muscular, proliferação do te-
irradiação para o antebraço, com atividade ou à palpação do cido conjuntivo intramuscular, atrofia muscular, alteração do nú-
cisto, diminuição da amplitude de movimento e da força de mero de sarcômeros em série e diminuição da força muscular30.

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A partir de tais achados, sugere-se que a dor, causada ou Considerações finais


não pelo edema ósseo, e a imobilização exerceram influên- Através desse estudo, pode-se observar que, as ondas ul-
cia nos resultados obtidos da força de preensão manual. O trassônicas contínuas não favoreceram a diminuição da algia
tamanho do cisto sinovial, avaliado pela ressonância nuclear e, possivelmente, provocaram o aumento do tamanho do cis-
magnética, apresentou alterações após cada modo de ultras- to sinovial bem como dificultado a realização de atividades
som. Primeiramente, com a aplicação do USC, verificou- usuais e/ou específicas. Já as ondas pulsadas mostraram a
-se que seus valores aumentaram e, seguida à aplicação do melhora do quadro álgico, diminuição das dificuldades em
USP houve redução em todos os diâmetros analisados, sen- realizar atividades, e também do tamanho do cisto sinovial
do estes apresentados sequencialmente (tabela 3 e figura 2). do punho. Diante dos achados, percebe-se que o ultrassom
Além disso, o exame de imagem pré-intervenção apresenta- terapêutico pode auxiliar no tratamento de cistos sinoviais,
va sinais de lesão cística na região ulnar e volar do punho, porém é notável a necessidade de maior investigação prática
profundamente ao tendão flexor ulnar do carpo, com áreas quanto aos seus efeitos nesses casos.
de impregnação pelo contraste junto à lesão. No exame pós-
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