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TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 4 – 12º ANO

ESCOLA______________________________________________________ DATA ___/ ___/ 20__

NOME_______________________________________________________ N.O____ TURMA_____

GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A

Leia o excerto.
George

Já não sabe, não quer saber, quando saiu da vila e partiu à descoberta da cidade grande,
onde, dizia-se lá em casa, as mulheres se perdem. Mais tarde partiu por além-terra, por além-
-mar. Fez loiros os cabelos, de todos os loiros, um dia ruivos por cansaço de si, mais tarde
castanhos, loiros de novo, esverdeados, nunca escuros, quase pretos, como dantes eram.
5 Teve muitos amores, grandes e não tanto, definitivos e passageiros, simples amores, casou-
-se, divorciou-se, partiu, chegou, voltou a partir e a chegar, quantas vezes? Agora está −
estava −, até quando? em Amesterdão.
Depois de ter deixado a vila, viveu sempre em quartos alugados mais ou menos modestos,
depois em casas mobiladas mais ou menos agradáveis. As últimas foram mesmo francamente
10 confortáveis. Vives numa casa mobilada sem nada de teu? Mas deve ser um horror, como
podes?, teria dito a mãe, se soubesse. Não o soube, porém. As cartas que lhe escrevia nunca
tinham sido minuciosas, de resto detestava escrever cartas e só muito raramente o fazia.
Depois o pai morreu e a mãe logo a seguir.
Uma casa mobilada, sempre pensou, é a certeza de uma porta aberta de par em par, de
15 mãos livres, de rua nova à espera dos seus pés. As pessoas ficam tão estupidamente presas a
um móvel, a um tapete já gasto de tantos passos, aos bibelots acumulados ao longo das vidas
e cheios de recordações, de vozes, de olhares, de mãos, de gente, enfim. Pega-se numa jarra
e ali está algo de quem um dia apareceu com rosas. Tem alguns livros, mas poucos, como os
amigos que julga sinceros, sê-lo-ão? Aos outros livros, dá-os, vende-os a peso, que leve se
20 sente depois!
− Parece-me que às vezes fazes isso, enfim, toda essa desertificação, com esforço, com
sofrimento – disse-lhe um dia o seu amor de então.
− Talvez – respondeu −, talvez. Mas prefiro não pensar no caso.
Queria estar sempre pronta para partir sem que os objetos a envolvessem, a segurassem,
25 a obrigassem a demorar-se mais um dia que fosse. Disponível, pensava. Senhora de si. Para
partir, para chegar. Mesmo para estar onde estava.

Maria Judite de Carvalho, “George” in Conto português. Séculos XIX-XXI – Antologia crítica, vol. 3
(Coord. Maria Isabel Rocheta, Serafina Martins), Porto, Edições Caixotim, 2011.

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1. Apresente dois traços caracterizadores da personagem, ilustrando a sua resposta com


excertos textuais significativos.

2. Explique o recurso à sucessão de verbos entre as linhas 5 e 7, relacionando-o com as


características do conto.

3. Esclareça a expressividade da personificação e da enumeração presentes em “aos bibelots


acumulados ao longo das vidas e cheios de recordações, de vozes, de olhares, de mãos, de
gente, enfim.” (ll. 16-17), comentando a sua expressividade.

4. Explicite o sentido da interrogação retórica presente em “Tem alguns livros, mas poucos,
como os amigos que julga sinceros, sê-lo-ão?” (ll. 18-19).

PARTE B
Leia o excerto.

Ele cedeu à suplicação humilde e enternecedora dos seus olhos arrasados de água: e
sentou-se ao outro canto do sofá, afastado dela, numa desconsolação infinita. Então, muito
baixa, enrouquecida pelo choro, sem o olhar, e como num confessionário – Maria começou a
falar do seu passado, desmanchadamente, hesitando, balbuciando, entre grandes soluços que
5 a afogavam, e pudores amargos que lhe faziam enterrar nas mãos a face aflita.
A culpa não fora dela! Não fora dela! Ele devia ter perguntado àquele homem que sabia
toda a sua vida… Fora sua mãe… Era horroroso dizê-lo, mas fora por causa dela que conhecera
e que fugira com o primeiro homem, o outro, o irlandês… E tinha vivido com ele quatro anos,
como sua esposa, tão fiel, tão retirada de tudo e só ocupada da sua casa, que ele ia casar com
10 ela! Mas morrera na guerra com os Alemães, na batalha de Saint-Privat. E ela ficara com Rosa,
com a mãe já doente, sem recursos, depois de vender tudo… Ao princípio trabalhara… Em
Londres tinha procurado dar lições de piano… Tudo falhara, dois dias vivera sem lume, de
peixe salgado, vendo Rosa com fome! A pobre criança com fome! Com fome! Ah, ele não
podia perceber o que isto era!... Quase fora por caridade que as tinham repatriado para
15 Paris… E aí conhecera Castro Gomes. Era horrível, mas que havia de ela fazer! Estava perdida…
Lentamente escorregara do sofá, caíra aos pés de Carlos. E ele permanecia imóvel, mudo,
com o coração rasgado por angústias diferentes: era uma compaixão trémula por todas
aquelas misérias sofridas, dor de mãe, trabalho procurado, fome, que lha tornavam
confusamente mais querida; e era horror desse outro homem, o irlandês, que surgia agora, e
20 que lha tornava de repente mais maculada…
Ela continuava falando de Castro Gomes. Vivera três anos com ele, honestamente, sem
um desvio, sem um pensamento mau. O seu desejo era estar quieta em sua casa. Ele é que a
forçava a nadar em ceias, em noitadas…
E Carlos não podia ouvir mais, torturado. Repeliu-lhe as mãos, que procuravam as suas.
25 Queria fugir, queria findar!...
Eça de Queiroz, Os Maias: episódios da vida romântica, Lisboa, Livros do Brasil.

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5. Explicite a expressividade da pontuação e das repetições, no segundo parágrafo do excerto.

6. Demonstre que Carlos vivencia uma dualidade de sentimentos perante as revelações de


Maria Eduarda acerca do seu passado.

PARTE C

A “mulher” constitui uma temática recorrente desde os primórdios da literatura


portuguesa.

Escreva uma breve exposição sobre o confronto que se pode assistir relativamente ao papel
da mulher na Farsa de Inês Pereira.

A sua exposição deve incluir:


 uma introdução ao tema;
 um desenvolvimento onde demonstre os diferentes modos como a mulher é
perspetivada;
 uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

GRUPO II

Leia o texto.

Carta ao aluno que não lê Os Maias

O calhamaço que te obrigam a ler na escola está velho. Foi escrito há 130 anos, é pois,
natural que te pareça demasiado pesado, um cadáver de papel do qual queres livrar-te o mais
rapidamente possível.
Só o facto de te meterem o livro à frente, de o analisarem contigo, pior, de o limitarem
5 àquele tipo de estudo muito vazio que visa o exame, só isso já te estraga a vontade. A mim
também estragou. Mas repara: o Eça não tem culpa de o submeterem à burocracia do ensino,
de o terem posto nessa camisa de forças, e de te obrigarem a ti, que tens mais que fazer, a
acatar ordens.
Talvez por te sentires encurralado, preferes trocar apontamentos nos corredores, pedir
10 os esquemas ao idiota útil que até conseguiu ler a obra toda, ou, mais simples, talvez te
decidas pelos primeiros cinco resultados no Google. Estes falam das características físicas e
psicológicas das personagens, dão-te resumos de cada capítulo, expõem a biografia do Eça –
esse escanzelado de monóculo –, explicam a analepse inicial, sempre gigantesca, mostram
laivos da vida do século XIX, e descrevem o virar do Romantismo para o Realismo. Mas que te
15 interessa a ti como viviam as pessoas daquela época? De facto, concluis tu, só um parvo pode
achar que este livro tem qualquer interesse.

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Os bons professores libertam-se dos formalismos do ensino burocrático e são generosos
a ponto de te mostrarem Os Maias a outra luz, apesar de perceberem que tentas ignorá-los.
Querem mostrar-to não como livro-montanha, uma seca difícil de escalar, mas sim como
20 porta para a descoberta.
Se te mantiveres na tua, até podes acabar o ano letivo com uma nota decente no exame
e a consciência tranquila. Mas confessa lá, sê honesto. Apesar dos muitos preconceitos,
aposto que algures entre os teus afazeres já surgiu uma suspeita inquietante.
Por isso levantas-te, resgatas o livro e passas além de “A casa que os Maias vieram
25 habitar em Lisboa no outono de 1875, era conhecida na rua de São Francisco de Paula e em
todo o bairro das janelas verdes, pela casa do Ramalhete ou simplesmente o Ramalhete.”
Quando dás por ti, estás em pleno ritual de passagem, cativado por essa coisa
maravilhosa e produtiva chamada curiosidade; quando chegas a meio, percebes que o medo
do desconhecido, que até então te constrangia, caracteriza quem evita crescer; e ao acabares,
30 até sorris.
Descobriste que a ironia é uma forma de realçar incongruências, que a cultura é
insignificante se não entrarmos a fundo na vida (Carlos da Maia, a quem tudo foi dado, nada
fez), que o humor ilumina os momentos mais tensos (Vilaça a buscar o chapéu em plena
conversa difícil), e que a procura de projeção social sem substância é ridícula (quantos
35 Dâmasos Salcede não existem no Instagram?), entre tantos outros exemplos.
Tal como te avisaram, percebes que ainda hoje muitas das pessoas que ali encontras se
repetem, não porque a nossa sociedade seja igual à do século XIX, mas porque o ser humano
continua o mesmo, e o Eça conseguiu captá-lo na sua universalidade.
Se ainda não estiveres convencido, asseguro que este livro, embora calhamaço, te vai dar
40 simplesmente o prazer único e memorável de uma boa história.
Enquanto tens esse prazer, usas o melhor dos músculos. O mais potente. Exercitas o
cérebro contra a superficialidade, conheces os fios que cosem o dia a dia, enriqueces o
raciocínio – vais ganhando experiência. Na verdade, precisas de muitas vidas para viver a tua
vida, e podes encontrá-las nos livros.
45 A tua obrigação não é para com a escola, os professores, a nota. A tua única obrigação é
para contigo, para com o teu próprio crescimento, e obras como Os Maias e escritores como o
Eça de Queiroz dão-te armas para o futuro.
Se suspeitares disto e mesmo assim decidires não ler, preferindo resumos que
esquecerás logo depois do exame, paciência. Tu é que ficas a perder.

Afonso Reis Cabral, Visão, nº 1342, 22/11/2018 (com supressões).

1. A expressão “camisa de forças” (l. 7), no contexto em que é usada, transmite a ideia de que
o estudo da obra Os Maias, nas escolas, é frequentemente
(A) condicionado e desmotivante.
(B) limitado, mas interessante.
(C) desatualizado e redutor.
(D) rigoroso, mas enriquecedor.

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2. Na opinião de Afonso Reis Cabral, a leitura de Os Maias permite


(A) desenvolver o raciocínio e melhorar o vocabulário.
(B) exercitar o cérebro e experienciar vivências enriquecedoras para o futuro.
(C) conhecer uma intriga interessante, o Romantismo e o Realismo.
(D) perceber melhor o mundo atual e ter uma boa nota no exame.

3. No segmento “um cadáver de papel do qual queres livrar-te o mais rapidamente possível.”
(ll. 2-3) está presente
(A) um oxímoro.
(B) uma anástrofe.
(C) uma ironia.
(D) uma metáfora.

4. O elemento sublinhado no segmento textual “apesar de perceberem que tentas ignorá-


-los.” (l. 18) assegura a coesão
(A) gramatical frásica.
(B) gramatical interfrásica.
(C) lexical por reiteração.
(D) gramatical referencial.

5. Em “percebes que o medo do desconhecido, que até então te constrangia” (ll. 28-29), os
elementos sublinhados correspondem a
(A) dois pronomes relativos.
(B) um pronome relativo e a uma conjunção, respetivamente.
(C) duas conjunções subordinativas.
(D) uma conjunção e a um pronome relativo, respetivamente.

6. Indique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal nas seguintes frases:

a) “que até então te constrangia” (l. 29).


b) “escritores como o Eça de Queiroz dão-te armas para o futuro.” (ll. 46-47).

7. Classifique a oração subordinada que integra o segmento “aposto que algures entre os teus
afazeres já surgiu uma suspeita inquietante.” (l. 23).

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GRUPO III

Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e cinquenta e um máximo de


trezentas palavras, elabore uma apreciação crítica da obra de Botticelli apresentada.

Botticelli, O nascimento de Vénus (1483-1485), Galeria dos Ofícios, Florença.

Para a elaboração do seu texto, poderá seguir os seguintes tópicos:

 cor, luz e formas;


 figuras representadas;
 relação entre o título e a pintura;
 possível articulação com a figura de Maria Eduarda em Os Maias.

FIM
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
Parte A Parte B Parte C
I 1. 2. 3. 4. 5. 6.
16 16 16 8 16 16 16 104
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II
8 8 8 8 8 8 8 56
III Item único 40
TOTAL 200

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Proposta de correção

GRUPO I

PARTE A

1. A personagem feminina é determinada, afirma-se como uma mulher livre, com espírito de aventura,
que revela capacidade de decisão, pois luta pelo seu projeto de vida próprio (“saiu da vila e partiu à
descoberta da cidade grande, onde, dizia-se lá em casa, as mulheres se perdem. […]. Queria estar
sempre pronta para partir sem que os objetos a envolvessem, a segurassem, a obrigassem a
demorar-se mais um dia, que fosse.”); é desprendida de bens materiais (“As pessoas ficam tão
estupidamente presas a um móvel, […] Pega-se numa jarra e ali está algo de quem um dia apareceu
com rosas.”), inconstante (“Fez loiros os cabelos, de todos os loiros, um dia ruivos por cansaço de si,
mais tarde castanhos, loiros de novo, esverdeados, nunca escuros, quase pretos, como dantes eram.
Teve muitos amores, grandes e não tanto, definitivos e passageiros”); atribui mais importância à
liberdade do que aos afetos (“Parece-me que às vezes fazes isso, enfim, toda essa desertificação,
com esforço, com sofrimento […] – Talvez – respondeu- talvez. Mas prefiro não pensar no caso.”).

2. Dada a forma narrativa mais concentrada que caracteriza o conto, a sucessão de verbos permite, de
facto, pôr em destaque a vida vertiginosa de George e, simultaneamente, concentrar a narrativa,
pois, numa só frase, são referidos vários anos da vida desta personagem. Sendo a unidade de ação
uma das características do conto, esta concentração temporal responde a essa exigência do conto.

3. A atribuição de características animadas aos bibelots (personificação) reforça a ideia de que as


recordações que eles acarretam são lembranças vivas, que presentificam as gentes que pertencem
ao passado da personagem. Por outro lado, a enumeração, constituída por nomes que remetem
para as memórias que esses bens materiais acumulados ao longo da vida lembram, acentua o
desprezo da personagem por esses mesmos bens.

4. A interrogação retórica permite intuir a solidão, o vazio e, talvez, até o desencanto que marcam a
vida da personagem, já que põe em dúvida a sinceridade dos amigos que possui, já de si em pequeno
número.

PARTE B

5. As exclamações (“A culpa não fora dela! Não fora dela!”. l. 6; “com fome! Com fome!”, l. 13) e as
reticências (“Fora sua mãe…”. l. 7; “depois de vender tudo… Ao princípio trabalhara…”, l. 11, “Estava
perdida…”, l. 15) conferem maior expressividade ao segundo parágrafo do excerto, na medida em
que transmitem e acentuam a emotividade do discurso, reforçando a angústia e o sofrimento de
Maria Eduarda ao narrar um período difícil do seu passado; as reticências revelam um discurso
entrecortado pelo choro, e as exclamações ganham mais força pelo facto de serem acompanhadas
de repetições.

6. Carlos ouve Maria Eduarda, desgostoso e infeliz, num misto de sentimentos: se, por um lado, sente
misericórdia, se condói e enternece com o sofrimento de uma mãe sem meios para alimentar a filha,
por outro, ela surge agora aos seus olhos corrompida, desonrada, o que aumenta o seu sofrimento:
“numa desconsolação infinita.” (l. 2); “E ele permanecia imóvel, mudo, com o coração rasgado por
angústias diferentes: era uma compaixão trémula por todas aquelas misérias sofridas, dor de mãe,
trabalho procurado, fome, que lha tornavam confusamente mais querida; e era horror desse outro
homem, o irlandês, que surgia agora, e que lha tornava de repente mais maculada…” (ll. 16-20).

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PARTE C

Tendo em conta que na Farsa de Inês Pereira estão representadas duas gerações, encontramos duas
perspetivas diferentes relativamente ao papel da mulher.
Inês recusa o papel tradicional da mulher de família, submissa, que realiza as tarefas domésticas, que
leva uma vida rotineira dedicada à casa. Esta recusa é visível nos diálogos com a mãe, com quem entra,
de certa forma, em conflito. Defende que a mulher deve ser livre para tomar as suas próprias decisões e
viver de acordo com a sua vontade e os seus interesses.
Por outro lado, a mãe de Inês e Lianor Vaz, de uma geração obviamente diferente, consideram que o
papel da mulher é dedicar-se à lida da casa e à família, que deve procurar uma vida calma, desafogada,
e, para isso, deve privilegiar o conforto monetário. Por isso, aconselham Inês a casar com Pero Marques,
garante dessa “tradição”.

GRUPO II

1. (A); 2. (B); 3. (D); 4. (B); 5. (D).


6.
a) Complemento direto.
b) Complemento indireto.
7. Oração subordinada substantiva completiva.

GRUPO III

Em primeiro plano vemos a figura de Vénus, representada a sair de uma concha (daí o título da obra:
“O nascimento de Vénus”), suscitando uma comparação quase inevitável com uma pérola e acentuando,
assim, a sua preciosidade; no corpo iluminado destaca-se o longo cabelo cor de fogo, sobre o qual incide
a luz; sobressaem as cores quentes, em contraste com o fundo de cores frias. A pose de Vénus é
descontraída (está apoiada num só pé), mas simultaneamente frágil, o que é sugerido pela nudez, e
sedutora (como é expectável na deusa do Amor), já que a tentativa de ocultar essa nudez é apenas
aparente – o manto que a tapará não é mais do que uma intenção.

As duas figuras à esquerda representam um par amoroso, o que confere mais força à imagem, já que
sugerem o amor conjugal (o que se infere pelo abraço dos amantes). A figura feminina à direita deverá
ser uma das deusas ligadas à Natureza, uma vez que a representação das flores espalhadas pelo ar, no
vestido e no manto que oferece a Vénus lembram a primavera.

Assim, poder-se-á afirmar que a mulher, o amor e a natureza são temas sugeridos pela pintura em
apreciação.

(200 palavras)

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