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Resumo: Em Organizações que utilizam o óleo diesel como matéria prima, atividades como:
Classificação, parametrização, padronização e controle são essenciais para redução de consumo
nas unidades geradoras. Desta forma, este trabalho tem o propósito de fazer um conjunto de
conhecimentos acerca das unidades injetoras diesel do tipo cambox “MEUI”, instaladas nos
motores Perkins 2806 de 6 cilindros equipados na FLUX ENERGIA S/A.(Empresa criada com
Nome Fictício). Após pesquisas bibliográficas, o estudo foi dividido nas seguintes partes: na
introdutória, serão apresentadas as características dos motores diesel, os processos de
combustão e os tipos de unidades injetoras instaladas apresentando o seu conteúdo. A segunda
parte tratará dos componentes das unidades injetoras diesel utilizadas pela Perkins, com suas
parametrizações e classificações. Em seguida serão abordados como os fluxos dos processos de
desmontagem e montagem, os quais influenciam no resultado do consumo obtido nos motores.
Logo em seguida serão abordados os sistemas de alimentação, refrigeração, indução,
lubrificação, exaustão e como eles influenciam diretamente no consumo de diesel. Foram
realizados vários testes com valores de atrack e nozzles diferentes e como o ECM (Engine
Control Module) do motor faz o gerenciamento eletrônico para medição do consumo final. Parte
desse trabalho é fruto de pesquisas realizadas na FLUX ENERGIA S/A.e tem como foco a
redução do consumo de diesel através das melhorias contínuas implantadas na retífica de
unidades injetoras que estão instaladas nos motores estacionários da mesma. Com a
implantação desses procedimentos houve redução de 6,8 l/h dos custos de insumos e produção
impactando financeiramente a receita mensal da empresa.
Palavras chave: Motores de Combustão interna, Injeção diesel, unidades injetoras diesel,
consumo de combustível.
Abstract: In Organizations that use diesel oil as raw material, activities such as:
Classification, parameterization, standardization and control are essential to reduce
consumption in the generating units. In this way, this work has the purpose of making a set of
knowledge about the "MEUI" cambox type diesel injection units, installed in the Perkins 2806
6-cylinder engines equipped with FLUX ENERGY S/A. After the bibliographic research, the
study was divided into the following parts: the introductory section will present the
characteristics of the diesel engines, the combustion processes and the types of injector units
installed presenting their content. The second part will deal with the components of the diesel
injection units used by Perkins, with their parameterizations and classifications. Next, we will
discuss how the disassembly and assembly process flows, which influence the result of the
consumption obtained in the engines. Soon after, the systems of feeding, refrigeration,
induction, lubrication, exhaustion and how they directly influence the consumption of diesel
will be approached. Several tests were carried out with different atrack and nozzles values and
as the engine ECM does the electronic management for final consumption measurement. Part
of this work is the result of research carried out at FLUX ENERGY S/A and focuses on the
reduction of diesel consumption through the continuous improvements implemented in the
grinding of injection units that are installed in the stationary engines of the same. With the
implementation of these procedures, there was a significant reduction of input and production
costs, impacting financially the company's monthly revenue.
Keywords: Internal Combustion Engines, Diesel Injection, Diesel Injection Units, Fuel
Consumption.
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1. INTRODUÇÃO
Os motores Diesel são um tipo especial de motores de combustão interna cuja principal
característica, que os faz diferir dos motores de ciclo Otto, (motores que precisam de centelha
primária para haver a fase de explosão) é a maneira com a qual ocorre a ignição do combustível.
Neste motor, durante a etapa de compressão do ar no cilindro, a temperatura do ar aumenta de
forma que, quando o combustível na forma pulverizada entra em contato com o ar quente, este
combustível sofre ignição, sem a necessidade de centelha primária.
Por essa razão os motores Diesel são também chamados de motores à compressão.
Quando utilizado para geração estacionária de energia, os motores diesel, assim como turbinas
a gás, são ideais para ser utilizados em unidades geradoras de pico, pois possuem a característica
de acionamento intermitente. Devido à facilidade de partida, estas unidades são utilizadas
muitas vezes como unidade de emergência.
Segundo Victor Alexandre Carlesse Martins, da Divisão de Engenharia Mecânica,
Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, SP- Brasil, onde escreve na
introdução do seu artigo científico (Ref.02-Estudos sobre motores diesel) a seguinte frase:
“estas unidades são caracterizadas por baixo investimento de capital e alto custo de combustível
“. A manutenção não só da unidade geradora, mas principalmente do sistema de alimentação
de combustível onde estão inseridas as unidades injetoras que são responsáveis pela entrega de
combustível (atomização) na câmara de combustão.
Com relação às perspectivas tecnológicas para a evolução dos motores Diesel, algumas
diretrizes devem ser levadas em conta. Considerando a preocupação ambiental quanto à
poluição atmosférica, o controle da poluição passou a ser um requisito de projeto para novos
motores. O alto custo de combustível passou a exigir mais dos novos projetos para a redução
de consumo do motor. Outras diretrizes a serem consideradas na evolução dos motores são o
baixo custo de manutenção, o gerenciamento eletrônico de sistemas do motor, a utilização de
materiais resistentes a altas temperaturas e a redução de vibração.
O Processo de combustão no ciclo Diesel é o fator fundamental para o bom rendimento
no motor. O termo ignição de compressão de injeção homogênea (HCCI), se refere aos
processos de combustão que facilitam a operação nos motores Diesel. Nestes sistemas o
combustível é injetado na câmara de combustão durante a fase inicial produzindo uma mistura
homogênea com o ar de combustão e reduz a emissão de particulados e óxido de nitrogênio. O
Sincronismo da ignição (ignição antecipada) faz com que a padronização da liberação de calor
na câmara de combustão reduza o coeficiente de compressão e considere o uso cada vez maior
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Figura1-Unidade Injetora MEUI - Mechanic Electronic Unit Injection -Perkins Motor 2806
que é fundamental no consumo de Diesel que é o Nozle, também chamado de ponteira do injetor
com seus orifícios e agulha vedante. A classificação dos componentes da unidade injetora,
assim como, a sua parametrização influenciam bastante no resultado final, pois qualquer erro
centesimal colabora para um excesso no consumo da máquina. Os componentes do conjunto
da solenóide são os seguintes: bobina de indução, calço da pastilha, mola da pastilha, pastilha
da solenóide, luva de apoio, base da pastilha, pino suporte, acoplamento da mola, mola da
solenóide, anel de apoio, tambor da solenóide, pistão da solenóide, parafuso do pistão, arruela
de vedação, base da solenóide, pino inferior da solenóide. Já os componentes que compõem o
conjunto da ponteira do injetor são: corpo do injetor, nozzle, agulha da ponteira, tambor da
ponteira, calço do tambor, mola do tambor, pino limitador da agulha, pinos de apoio, base da
ponteira, pinos do tambor, pistão do corpo.
Totalizando 27 componentes, a unidade injetora MEUI Perkins, tem sua particularidade
não injetando diretamente pela bobina, e sim quando o ressalto do eixo do comando de válvulas
aciona o balancim que por sua vez empurra a mola do injetor provocando a descida do pino do
corpo para o barrel vencendo a pressão hidráulica da mola da agulha do injetor. A importância
do dimensional entre estas pequenas peças e suas variações resultam no bom desempenho da
injeção. Para melhor entendimento, as figuras abaixo retratam as partes detalhadas da unidade
injetora.
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Figura 04-Corpo do Injetor Perkins Motor 2806 com mola e acionamento mecânico
Segue demonstrada abaixo uma tabela contendo os seguintes dados: descrição dos
equipamentos dos conjuntos, as medidas padrão e suas respectivas variáveis.
Tabela 01- Valores dimensionais e variações (Unidade injetora - Perkins Motor 2806
e sua base são fatores fundamentais para uma melhora no consumo de combustível. Pode-se
observar na tabela abaixo os componentes da unidade injetora que podem sofrer variações que
influenciam diretamente no rendimento da máquina.
Com base nas informações de classificação e parametrização dos componentes das unidades
injetoras, agora podemos formatar o fluxo do processo de montagem e trazendo uma
padronização e controle de qualidade para o resultado final de uma unidade injetora perfeita.
Este processo contendo ordem na instalação dos componentes e medições, resultam no produto
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Pode-se observar que são muitas as variáveis que influenciam no consumo excessivo de
um motor em uma unidade geradora e como essas devem ser observadas junto com a instalação
de unidades injetoras devidamente calibradas.
Um grupo gerador é um conjunto de motor, alternador, base, radiador e painel
controlador e para se ter êxito no consumo de combustível temos que envolver todos os sistemas
que o pertencem para resultados perfeitos através da elaboração de formulários de check-list e
repetições de testes nos componentes.
Para realização dos testes foi necessário observar o painel controlador que informa o
consumo através do ECM e fazer um comparativo com o equipamento fluxômetro Techmeter
com dois sensores de fluxo nas linhas de entrada e retorno para veracidade dos fatos.
Após sabermos que o valor de atrack das unidades injetoras é diretamente proporcional
ao consumo, realizamos vários testes com valores de atrack diferentes e nozles de fabricação
italiana (ITALY) e original do fabricante (PERKINS) chegando assim, uma melhor resolução
para o resultado final.
A unidade injetora Perkins vêm com uma escala de fábrica de valor de atrack de 2,6A
a 3,0A sendo que a maioria dos injetores oscilam em uma escala de 2,7A. Ao baixarmos o valor
de atrack para 2,0A verificamos que o motor trabalha forçado fazendo com que o ECM trabalhe
forçadamente para alimentá-lo tendo uma sensação de falta de combustível e provocando uma
oscilação na rotação.
Depois de vários testes executados com vários valores de atrack, verificamos que o
valor de 2.3A montado junto com os nozle italiano é o ideal para o equilíbrio entre potência x
consumo. Neste valor o motor fica equilibrado, não aquece o coletor de exaustão e não oscila
rotação e economiza em média 6,8 Lts/hora em um grupo gerador conforme gráfico 01 abaixo.
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Gráfico 01- Valores de redução e comparativo entre tipos de Nozzles do Injetor Perkins e valores de
atrack variados com análise comparativa entre Fluxômetro e Controlador
Fonte: Planilha de acompanhamento de consumo – Laboratório de Unidades injetoras - Flux Energia S/A.
Gráfico 03- Valores de redução e comparativo entre tipos de Nozzles do Injetor Perkins e valores de
atrack variados com análise comparativa entre Fluxômetro e Controlador
Fonte: Planilha de acompanhamento de consumo – Laboratório de Unidades injetoras - Flux Energia S/A.
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Figura 5 – Dados do motor – TAG PH8B25 – Tela Supervisório – Flux Energia S/A.
Fonte : Print da tela do Supervisório -Centro de Controle de Operações -Flux Energia S/A.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Motor Perkins utilizado é do tipo 2806 TAG03 onde o sistema de combustível é alimentado
por uma bomba mecânica que mantém a entrega com pressão constante e o sistema de indução
alimentado pelos turbo-compressores e uma rotação de 1800 RPM de ciclo contínuo, recebendo
uma carga dependendo da configuração de entrega de energia configurada em seu controlador
de carga e no caso dos testes foram aplicados 420 kw.
Ao tratar-se de Consumo de combustível Diesel, beneficiados pela eficácia da manutenção em
unidades injetoras, de forma correta com benefícios ao motor, ao ativo financeiro e ao meio
ambiente, podemos concluir que através de técnicas utilizadas podemos agregar valores com
aplicabilidade comprovada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2. XVI Encontro de iniciação científica e pós graduação do ITA, 16, 2010 , São José dos Campos.
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http://www.noticiasautomotivas.com.br/por-que-nao-temos-automoveis-movidos-a-dieselno-
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8. Diesel Fuel. Disponível em <https://en.wikipedia.org/wiki/Diesel_fuel>, acessado em
21/10/2015.