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O PAPEL DO PEDAGOGO FRENTE À INCLUSÃO SOCIAL

Graduação em Pedagogia

CLAUDETE APARECIDA MORAIS BENEDETI RM:8679271

VIVIANE PEREIRA MAGALHAES SILVA

Pontal-SP

2017
DEDICATÓRIA

Ao Senhor Deus que me deu força para enfrentar as dificuldades


em todos os momentos da minha vida, aos meus lindos filhos e meu
esposo que me dão força para continuar seguindo em frente sem
perder a ternura e o desejo de aprender cada dia mais...
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por fortalecer a minha alma e pela sabedoria que


tens dados na minha longa caminhada, mesmo com as dificuldades,
eu sinto a força de Deus me erguendo a cada batalha. Aos meus
filhos que são ótimos filhos e meu esposo, graças a eles que eu não
desisto mediante as dificuldades, pois quero ser sempre uma boa
mãe uma boa esposa e dar bons exemplos, principalmente na vida
acadêmica.
SUMÁRIO

Introdução......................................................................................

Capítulo I –....................................................................................

A INCLUSÃO DO ALUNO PORTADOR DE NECESSIDADES


EDUCATIVAS ESPECIAIS

Capítulo II – ................................................................................

A ESCOLA E A INCLUSÃO

Capítulo III – ..............................................................................

PARCERIA ESCOLA E FAMILIA DO ALUNO PORTADOR DE


NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................
“Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças" (Mantoan,
2002)
RESUMO

O presente trabalho aborda a realização do trabalho do


Pedagogo frente a novos desafios da educação inclusiva,
principalmente no que se refere a colocação de sujeitos com
transtorno globais do desenvolvimento(TGD). O pedagogo deve
repensar sua atuação frente as dificuldades especificas no
processo de escolarização desses educandos e atuar para que de
fato sejam oportunizados a esses indivíduos alternativas
metodológicas no processo de aprendizagem, A educação é um
direito de todos, mas ainda existe muitas pessoas que não tem
acesso a escola por apresentar alguma deficiência e muitas vezes
por imposição da própria família , esse alunos ficam segregados ,
fora do âmbito escolar.

Muitas vezes se espera que o aluno se adapte a escola, sem que a


escola tenha condições físicas de receber o aluno e oferecer-lhe
condições de permanecer na mesma . Incluir é mais que receber o
aluno no espaço físico da escola é respeita-lo como sujeito e
favorecer o aprendizado, sem deixar que por apresentar alguma
necessidade educacional especial , o aluno deixe de desfrutar de
todos os momentos que proporcionem o seu desenvolvimento.

Palavras-chave:; inclusão; deficiências; Família


ABSTRACT

The present work deals with the Pedagogue's work in the face of
new challenges of inclusive education, especially regarding the
placement of subjects with global developmental disorder (PDD).
The pedagogue must rethink his / her performance in face of the
specific difficulties in the process of schooling of these students and
act so that these individuals are in fact offered alternatives to the
learning process. Education is a right for all, but there are still many
people who do not have Access to school because of deficiencies
and often due to the imposition of their own family, these students
are segregated outside the school context.

It is often expected that the student will adapt to the school, without
the school having the physical conditions to receive the student and
offer him the conditions to remain the same. Including is more than
receiving the student in the physical space of the school is to
respect him as a subject and to promote learning, without letting it
because it presents some special educational need, the student fails
to enjoy all the moments that provide their development.

Key words:; inclusion; Deficiencies; Family.


INTRODUÇÃO

Quando se houve falar de inclusão, o que se espera, o trabalho tem


como tema , O papel do pedagogo frente a inclusão social, na salas
regular e para tanto busca subsídios que auxiliarem os educadores
no atendimento aos alunos portadores de necessidades educativas
especiais. A partir das considerações aqui propostas possa se
refletir sobre a inclusão e de como incluir o aluno para que o mesmo
tenha uma vida digna e com qualidade.

Para criança que nasce ou adquire necessidades especiais no


decorrer de sua vida aparecem muitos obstáculos e muitos desafios
tem eu ser alcançados tanto pela família, quando pelo aluno e
também para escola e os educandos, e especificamente nesse
sentido a criança sofre diante de preconceitos e geralmente não
encontra muito apoio nos lugares onde passa.

Os objetivos desse trabalho é buscar subsídios para educadores


que atuam com alunos portadores de necessidades especiais, e
como de fato a inclusão acontece no cotidiano desses alunos.

Esse trabalho procura responder as seguintes questões .

Como podemos incluir um aluno portador de necessidades


especiais em sala regular?
As escolas possuem estrutura física para atender esses alunos?

Através dessa inclusão o aluno recebera toda atenção necessária


para seu desenvolvimento ?

Que tipo de ajuda , atendimento, e orientação são destinados aos


educadores e pais desses alunos?

O trabalho realizado através de pesquisa bibliográfica. Foram


pesquisadas sites, revistas, livros e periódicos que tratam da
inclusão e sobre o atendimento dentro das escolas aos portadores
de necessidades educacionais especiais.

Foram divididos em três capítulos; o primeiro fala sobre a inclusão


do aluno portador de necessidades educacionais especiais na
escola regular, incluindo estruturas da escola.

Segundo; ressaltar a importância que é dada ao tema inclusão


dentro das instituições escolares, e o que dizem as leis a esse
respeito.

Terceiro e ultimo: trata da parceria que deve ser estabelecida, entre


educador, escola e família, ressaltando a importância do
atendimento e acolhimento para com o educador, educando e
família.

CAPITULO 1 – A INCLUSÃO DO ALUNO PORTADOR DE


NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

A inclusão

Gonçalves (2005) cita que no Brasil há 24 milhões de pessoas que


apresentam algum tipo de deficiência e que isso deve ser tratado
como uma questão social de interesse de todos. Nos diversos
períodos da história da humanidade, a deficiência era vista de
diferentes maneiras.

Na Idade Média, por exemplo, a deficiência era entendida como


uma degeneração humana, sendo que as pessoas portadoras de
deficiência eram abandonadas, mortas ou ficavam sujeitas à
crenças ligadas ao sobrenatural. Havia, nessa época, para aqueles
que apresentavam deficiências a marginalização social, a
segregação, o asilamento e o prognóstico da incurabilidade. Era
comum que muitos portadores de necessidades educativas
especiais sofrerem diversos tipos de humilhação. Foi somente a
partir do século XX que a sociedade passou a compreender o
conceito de diversidade, defendo o direito de singularidade de cada
indivíduo.

Segundo Cavalcante (2005) na maior parte das escolas brasileiras


a inclusão das crianças portadoras de necessidades educativas
especiais não acontece da maneira que deveria realmente
acontecer. A referida autora cita que talvez por falta de informação
ou até mesmo pela omissão de muitos pais, dos educadores e do
poder público, muitas são as crianças que ainda vivem isoladas em
instituições especializadas, privadas de convier com as demais
crianças em uma escola regular. Pois, a partir da convivência das
crianças portadoras de necessidades educativas especiais dentro
de uma escola regular, haverá muitas possibilidades de
desenvolverem plenamente as suas potencialidades, além de quê,
as demais crianças aprenderão a conviver com um colega que
necessita de seu apoio e da sua compreensão. Haverá nisso uma
troca que favorecerá o aprendizado de todos. Como cita:
O motivo principal de elas estarem na escola é que lá vão encontrar
um espaço genuinamente democrático, onde partilham o
conhecimento e a experiência com o diferente, tenha ele a estatura,
a cor, os cabelos, o corpo e o pensamento que tiver. Por isso quem
vive a inclusão sabe que está participando de algo revolucionário.
(CAVALCANTE, 2005, p. 40)

Também Mantoan (2003) cita que as escolas de qualidade são


espaços educativos de construção de personalidades humanas
autônomas e críticas. Segundo a autora, nessas escolas os alunos
aprendem a valorizar a diferença a partir da convivência com seus
pares. Nessas escolas as aulas são ministradas embasadas em
relações de afetividade. Uma escola que funciona dessa maneira
estará aberta às diferenças e os educadores são capazes de
ensinar a turma toda sem discriminação.

0.2 Cuidados diferentes para cada deficiência

1- Quando a escola recebe um aluno portador de necessidades


educativas especiais, deve estar preparada para atender às suas
necessidades. Algumas orientações são norteadoras para que a
atuação vá de encontro ao que cada sujeito necessita.

Quando a escola recebe um aluno que apresente deficiência


auditiva, se faz necessário que na escola exista um professor ou um
monitor que seja especializado na Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS). Pois para que a comunicação com a criança aconteça é
importante que o professor da sala e as demais crianças aprendam
a comunicar-se através da Língua Brasileira de Sinais.
No caso de alunos que utilizam aparelho auditivo, o professor da
sala deverá obter junto à família da criança o funcionamento e a
potência do aparelho utilizado. Para que o aprendizado aconteça
mais sistematicamente, o professor também poderá fazer uso de
representações gráficas. Outro fator importante se refere à
comunicação direta com o aluno, pois todos devem falar sempre de
frente para ele, o que facilita a compreensão da situação
comunicativa.

Quando o aluno atendido apresentar dificuldades visuais existem


determinados materiais que devem ser usados para que as
situações de aprendizagem sejam realmente significativas para ele:
o uso de regletes ( uma espécie de régua para escrever em braile).
Se faz importante que o professor saiba como se dá o uso desse
material, que seja capacitado para este fim. Algumas orientações
que devem ser passadas para o aluno no que diz respeito à
locomoção, comunicação e acessibilidade. É necessário, por
exemplo, colocar cercados no chão, abaixo dos extintores de
incêndio e também deve ser instalados corrimões nas escadas,
caso existam escadas na escola. Também é importante que não se
modifique a disposição dos móveis e utensílios da sala, pois o aluno
aprende a posição em que se encontram e usa essa orientação
para locomover-se na sala de aula.

Quando a escola recebe um aluno portador de deficiência física os


espaços das escolas devem ser adequados as suas necessidades
e não o contrário. Não é o aluno que deve adaptar-se à escola, mas
sim a escola que deve ser adaptada para atende às necessidades
do educando. A adaptação do espaço físico deve conter: rampas de
acesso, barras de apoio e portas largas, móveis adequados para
tender as necessidades do aluno.

No caso de alunos que fazem uso de cadeiras de rodas, deve-se


atentar para que a posição seja mudada constantemente evitando
desconforto e cansaço para o aluno. Se faz importante questionar
aos pais do aluno se existem posições adequadas para ficar e o
professor deve certificar no decorrer das aulas se esta posição está
correta.

Nos casos em que a escola recebe alunos portadores de deficiência


mental deve possuir uma equipe que possa realizar um
acompanhamento individual e contínuo. Sabe-se que, geralmente
os deficientes mentais têm dificuldades para operar ideias
abstratas. O professor deverá receber todo o apoio dos
profissionais especializados para que possa oferecer ao aluno
condições de aprendizagem adequadas às suas necessidades, de
modo que o mesmo tenha todas as suas potencialidades
desenvolvidas.

Existem algumas posturas que devem ser adotadas pelos


educadores para favorecer o aprendizado e crescimento do aluno,
tais como: posicionar o aluno já nas primeiras fileiras de modo que
possa está a todo instante está sempre atento a ele; estimular o
aluno a desenvolver habilidades interpessoais e ensiná-lo a pedir
instruções e solicitar ajuda; trata-lo de acordo com a faixa etária,
somente deverá adaptar os conteúdos curriculares se receber
orientações de uma equipe de apoio multiprofissional; avalie a
criança sempre com base no seu crescimento individual e
respeitando o que ela é capaz de fazer até aquele momento, sem
jamais comparar o seu desenvolvimento com o dos demais colegas
da sala.

O professor deverá estar atento às necessidades de cada aluno,


para que a partir dessa observação possa auxiliá-lo nas dificuldades
que o mesmo apresenta. É importante afirmar que nem sempre
quando um aluno vai mal e toda a sala tem um desenvolvimento
satisfatório, esse aluno apresenta algum tipo de deficiência. Deve-
se considerar que, muitas vezes a forma como é ministrada a aula
atinge determinados alunos, mas não foi a forma correta para
atender a necessidade de aprendizagem de outro. Daí a
importância do olhar sempre atento do professor.

CAPITULO 2 - A ESCOLA E A INCLUSÃO

Camargo (2005) define que para que todas as necessidades dos


alunos portadores de necessidades educativas especiais sejam
verdadeiramente atendidas se faz necessário que os professores e
todos os outros profissionais saibam como atuar de modo a atender
estas necessidades. Não se pode falar de inclusão quando dentro
da instituição escolar a equipe não tem o devido preparo para
atender aos alunos. Muitas vezes é fundamental a atuação de uma
equipe multidisciplinar.

Também Baptista e Rosa (2002) tratam sobre o tema inclusão,


afirmando quão importante é a integração da pessoa portadora de
necessidades educativas especiais. Os autores citam que na Itália,
país em que há um alto índice de inclusão existem alguns critérios
nas escolas para que a inclusão seja realmente eficaz para o aluno.
Como citam os autores mencionados:
A limitação numérica de 20 alunos para as classes que possuem
alunos com necessidades educativas. A presença de, no máximo,
dois alunos com necessidades educativas especiais em uma sala. A
presença de um professor de apoio para atuar junto à classe, como
suporte de todos os envolvidos (professor e alunos). (BAPTISTA E
BOSA, 2002, P. 131)

Outra autora que trata sobre os portadores de necessidades


educativas especiais Maria Tereza Mantoan (2003) que diz ser a
inclusão uma das melhores maneiras para que as escolas revejam
diversos fatores dentro do seu quadro.
O aluno portador de necessidades educativas especiais não pode
ser tratado como um sujeito que não tem habilidades a serem
desenvolvidas. Deve-se acreditar e investir no seu potencial.

A escola inclusiva oferece a todos as mesmas oportunidades.


Mantoan (2005) em entrevista concedida à Revista Pátio (2005, p.
24-26), quando questionada sobre o que é inclusão diz que:

Desta forma, é a nossa capacidade de entender e reconhecer o


outro e, assim, ter o privilegio de conviver e compartilhar com
pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as
pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física,
para os que têm comprometimento mental, para os superdotados,
para todas as minorias e para a criança que é discriminada por
qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se
aglomerar no cinema, no ônibus ou até na sala de aula com
pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir
com o outro.

Cada aluno que a escola recebe deve ser visto dentro da sua
singularidade, independente das necessidades que este apresenta,
ele é um ser único e que tem direito à educação de qualidade. O
espaço escolar deve ser organizado de modo a tornar a educação
acessível a todos os alunos. A LDB nº 9394/96 tem um capítulo
destinado à Educação Especial e, em seu artigo 58 diz que a
Educação Especial é uma modalidade destinada aos portadores de
necessidades educativas especiais e que deve ser ofertada, de
preferência na escola regular e, se necessário, os serviços
especializados atuarão juntamente com a escolar regular em que o
aluno está matriculado.

Mesmo com as leis diversas que buscam assegurar aos portadores


de necessidades educativas especiais todos os seus direitos, é
importante que cada cidadão procure compreender o quanto é
importante que a sociedade esteja pronta a oferecer a todos boas
condições de acesso e permanência na escola, no mercado de
trabalho e no meio social em geral.

2.1 Os direitos dos portadores de necessidades educativas


especiais

Em dezembro de 1982 foi aprovado na Assembleia Geral das


Nações Unidas o Programa de Ação Mundial para pessoas com
deficiência. A principal finalidade desse programa é servir de base
para todos os países interessados em lutar para defender os
direitos das pessoas portadores de deficiência, de forma que as
mesmas tenham os seus direitos garantidos.

Outro marco importante aconteceu em 1990, em Jomtien, na


Tailândia, foi aprovada a Declaração Mundial sobre Educação para
todos. Esta declaração serve de referência para governos,
organizações internacionais, ONGs e todos que estão interessados
e envolvidos na meta de Educação para todos.

No ano de 1994 foi elaborada pela Unesco e pelo governo da


Espanha a Declaração de Salamanca de Princípios, Política e
Prática para as Necessidades Educativas Especiais. Consta nessa
declaração o princípio de integração e preocupação em garantir
escola para todos. Como se afirma, a Declaração de Salamanca:

Proporcionou uma oportunidade única de colocação da Educação


Especial dentro da estrutura de “Educação para todos” firmada em
1990. Ela promoveu uma plataforma que afirma o princípio e a
discussão da prática de garantia de inclusão das crianças com
necessidades educativas especiais. (UNESCO, 1994, p. 15)

A Declaração de Salamanca cita ainda quão importante é que os


governos executem ações que acolham todas as crianças na
escola, independentemente de condições físicas, sociais,
intelectuais, emocionais e linguísticas.

A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para


todos os alunos, provoca e exige da escola brasileira novos
posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se
modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas.
É uma inovação que implica num esforço de atualização e
reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas
de nível básico.

O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova


perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a
qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que
se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de
seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas
teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.

O sucesso da inclusão de alunos portadores de necessidades


especiais com na escola regular decorre, portanto, das
possibilidades de se conseguir progressos significativos desses
alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue
atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as
dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam
em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a
aprendizagem é concebida e avaliada.
Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que
precisa ser assumido por todos os educadores. É um compromisso
inadiável das escolas, pois a educação básica é um dos fatores do
desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma tarefa
possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio
dos modelos tradicionais de organização do sistema escolar.

Sendo assim, é de suma importância que o aluno portador de


alguma necessidade educacional especial seja visto como um
sujeito eficiente, capaz, produtivo e principalmente um ser que tem
aptidão para aprender a aprender. Esse aluno deve receber todo o
apoio para que se desenvolva em toda a sua potencialidade.

Todos têm direitos à educação, isso é um direito que é assegurado


por lei e que precisa ser cumprido para que se garanta a todos o
seu pleno desenvolvimento e o pleno exercício de sua cidadania.
Independente de qualquer necessidade, transtorno ou distúrbio que
apresente todo e qualquer aluno merece ser tratado em condições
de igualdade com os demais, não se pode de forma alguma excluir
o aluno das situações vivenciadas na escola. O que se pode é criar
condições que assegurem a todos as melhores formas de aprender
e de atender as suas necessidades.

Na luta por uma educação que respeite a individualidade de cada


sujeito pode entrar todo e qualquer cidadão que esteja
comprometido com o crescimento e desenvolvimento da sociedade.

A LDB 9394/96 em seu artigo 59 prescreve que é de


responsabilidade dos sistemas de ensino assegurar aos educandos
com necessidades especiais a sua efetiva integração na vida no
meio social, inclusive criando condições de inserção no mercado de
trabalho para aqueles que possuem condições de exercer uma
profissão.

Mesmo tendo garantido por lei o seu acesso e permanência na


escola, sabe-se que o aluno portador de necessidades educativas
especiais ainda não tem todos os seus direitos garantidos, uma vez
que, a Educação Especial ainda é mal interpretada e questionada.
O que pode ser considerado como favorável é que, cada vez mais
cresce o reconhecimento por parte da sociedade e dos
responsáveis pelas políticas públicas a necessidade de atender a
todos, sem discriminação.

O que faz uma escola ser realmente inclusiva, inclui, acima de tudo,
o seu projeto pedagógico. Pois de acordo com MANTOAN (2005)
quando se trata de inclusão é importante considerar que não se
trata apenas de se colocar dentro da escola rampas e banheiros
adaptados, mas sim uma a modificação nas práticas pedagógicas,
com atividades e programas diversificados afim de atender as
potencialidades de cada sujeito envolvido no processo de ensino-
aprendizagem. Todos têm o direito a aprender e isso deve ser visto
dentro da capacidade que cada sujeito apresenta, cada um têm as
suas condições e isso deve sempre ser levado em consideração
pela equipe escolar.

Ao educador que atua com alunos que apresentam alguma


deficiência é de responsabilidade está sempre atento às reais
necessidades e dificuldades que o educando apresenta. Em
determinados momentos se faz importante que o aluno receba um
cuidado mais individualizado, uma atenção maior para que as suas
potencialidades sejam desenvolvidas plenamente. O aluno tem
capacidade de aprender, mas é de suma importância que o
professor saiba como organizar as atividades de forma que o aluno
possa desenvolvê-las. Deve-se sempre respeitar o ritmo de
aprendizado de cada um. Isso vale para qualquer sujeito aprendiz,
seja ele um aluno com deficiência ou não.

CAPÍTULO III- PARCERIA ESCOLA E FAMILIA DO ALUNO


PORTADOR DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

3.1 A família

Sabe-se que para a família do aluno portador de necessidades


educativas especiais não é tarefa fácil lidar com todas as
adversidades encontradas na sociedade, pois elas vão desde
barreiras reais até aquelas que existem baseadas nos preconceitos
que ainda existe na sociedade. Como cita Wise (2003):

O entendimento de que um bebê é diferente, e de que pode


apresentar uma variedade de limitações é o começo de uma longa
e dura luta para garantir o melhor para tal criança. Alguns pais
sabem, desde o nascimento, que seu filho terá problemas
duradouros. Se o diagnóstico é óbvio, eles receberão a notícia logo
após a criança nascer. Esse é um momento crítico, e a maneira
como eles recebem o diagnóstico pode ter um efeito duradouro
sobre a atitude e as respostas dos pais para com as dificuldades de
seu filho. Os pais lembram para sempre a forma como a notícia foi
dada, do quão apoiadores os profissionais foram e que mensagem
subjacente foi transmitida. (WISE, 2002, p. 17)

Se faz importante que no contato com os pais, os professores e a


coordenação da escola questionem que tipo de ajuda o aluno
necessita, qual o tipo de medicamento faz uso, que horários são
determinados para ir ao banheiro, por exemplo, se tem crise e quais
procedimentos devem ser adotados.

Para incluir verdadeiramente os portadores de necessidades


educativas especiais, a escola necessita contar com a participação
da família do mesmo. A família tem um significado de grande
importância, principalmente no que se refere ao lado emocional do
aluno. É a partir do convívio familiar que se estabelecem as
relações sociais, é a família a primeira instituição social que o
sujeito está inserido. Por isso, a importância de que a escola a todo
instante tenha a família como parceira.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) utilizaram como base


o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e determinaram que
existem princípios que servem de orientação para a educação
escolar. Seguem as ideias centrais que regem esses princípios, de
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Dignidade da pessoa humana - Implica respeito aos direitos


humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a
condições de vida digna, respeito mútuo nas relações interpessoais,
públicas e privadas.

Igualdade de direitos - Refere-se à necessidade de garantir a todos


a mesma dignidade e possibilidade de exercício de cidadania. Para
tanto há que se considerar o principio da equidade, isto é, que
existem diferenças (étnicas, culturais, regionais, de gênero, etárias,
religiosas, etc) e desigualdades (socioeconômicas) que necessitam
ser levadas em conta para que a igualdade seja efetivamente
alcançada.

Participação - Como principio democrático, traz a noção de


cidadania ativa, isto é, da complementaridade entre a
representação política tradicional e a participação popular no
espaço público, compreendendo que não se trata de uma
sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe,
étnicas, religiosas, etc...
Corresponsabilidade pela vida social - Implica partilhar com os
poderes públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a
responsabilidade pelos destinos da vida coletiva. É, nesse sentido,
responsabilidade de todos a construção e a ampliação da
democracia no Brasil.

Se faz importante que a integração da pessoa portadora de


necessidades educativas especiais também abarque a família, ela
deve está inserida nesse processo para que a aceitação e a
adaptação aconteça de modo a fazer com que o pleno
desenvolvimento do sujeito aconteça. A todo o momento o mais
importante é o bem-estar do portador de necessidades educativas
especiais, a sua melhor qualidade de vida e o atendimento às suas
reais necessidades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola é um espaço no qual todos têm direito ao acesso, e é de


suma importância que aqueles que ingressam nela tenham todas as
necessidades verdadeiramente atendidas. Os alunos portadores de
necessidades educativas especiais não são diferentes dos demais
ditos “normais”, pois, cada um possui sua singularidade e uma
instituição que atende a todos tem o dever de levar essa
singularidade em conta em cada aluno que atende.

Os preconceito contra os portadores de necessidades educativas


especiais existem, porém, também já foram quebradas muitas
barreiras. Prova disso é o aumento de acesso destes alunos em
escola regular. E não apenas o acesso, mas o acompanhamento, o
desenvolvimento que muitos têm conseguido atingir.

Toda sociedade, a família e as instituições têm buscado juntas


soluções e encaminhamentos para fazer com que todos os
portadores de necessidades educativas especiais possam
desenvolver todas as suas potencialidades. Não tem sido tarefa
fácil, porém, há a cada dia melhores resultados. Isso mostra que
quando todos se unem em prol de uma boa causa não há como não
atingir os objetivos almejados. O melhor de tudo é observar que a
inclusão dos alunos nas escolas regulares tem sido feita de modo a
fazer com que sua qualidade de vida melhore, que ele se sinta parte
de um grupo e que, neste grupo ninguém é exatamente igual. Cada
sujeito que faz parte dele é diferente, aprende de uma forma
diferente e deve ser tratado de acordo com as suas peculiaridades.

Ainda podemos fazer muitas coisas para mudar , mas a bandeira da


inclusão já foi levantada e tem conseguido fazer a luta valer a pena.
Juntamente com isso todos ganham a sociedade, a escola, a família
e os portadores de necessidades educativas especiais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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projetos de intervenção. Porto Alegre. Artmed, 2002.

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BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros


Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais e
Ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CAMARGO, Jr. Walter. Transtornos invasivos do desenvolvimento:


3º milênio. Secretaria Especial dos direitos Humanos,
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, Brasília, 2005.
CAVALCANTE, Meire. A escola que é de todas as crianças. IN:
Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita,nº 183,
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GUIMARÃES, Arthur. Inclusão que funciona. IN: Revista Nova


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MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por


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MANTOAN , Maria Teresa Eglér. Ensinando a turma toda, Revista


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2003.

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