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FACULDADE DE DIREITO
Nampula
2019
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
Nampula
2019
LISTA DE ABREVIATURAS
Al. - Alínea
Art.º - artigo
N º - número
CC – Código Comercial
CC – Código Civil
DL – Decreto-Lei
Introdução ..................................................................................................................................................... 2
1. Tema ..................................................................................................................................................... 3
2. Delimitação Do Tema ........................................................................................................................... 4
3. Problematização .................................................................................................................................... 5
4. Hipóteses ............................................................................................................................................... 6
5. Justificativas .......................................................................................................................................... 6
6. Objectivos ............................................................................................................................................. 7
a) Objectivo Geral ................................................................................................................................. 7
b) Objectivos específicos ...................................................................................................................... 7
7. Metodologia ......................................................................................................................................... 8
8. Referencial teórico ................................................................................................................................ 9
Noções gerais ............................................................................................................................................ 9
Conceito das autarquias locais .................................................................................................................. 9
Características das autarquias locais ....................................................................................................... 10
Autonomia das autarquias locais............................................................................................................. 10
Autarquia Local Como Representação do Estado................................................................................... 11
Tutela administrativa .............................................................................................................................. 11
Tipos de autarquias locais ....................................................................................................................... 12
Considerações finais .................................................................................. Error! Bookmark not defined.
9. Cronograma de actividades ................................................................................................................. 12
10. Referências bibliográficas ............................................................................................................... 14
Legislação ............................................................................................................................................... 14
Doutrina .................................................................................................................................................. 14
Introdução
Este documento é o resultado de um trabalho de pesquisa. O tema em estudo - A
Desconsideração Da Personalidade Jurídica Das Sociedades Comerciais, Análise Artigo 87º Do
Código Comercial.
O trabalho que se encontra composto por três partes, sendo eles: parte pré-textual, textual,
e pós-textual. No que tange a pré-textual é constituído por capa, página de rosto e índice.
Relativamente a parte textual é elencado por capítulos que são os seguintes: tema, onde se vai
identificar o tema a ser abordado e a ser pesquisado, qual é a questão em foque, será aqui onde
através de estudos sociais, se vai identificar o tema; Delimitação do tema, se vai delimitar onde o
tema irá abranger e qual é o seu campo de estudo, porem o tema em questão vai abarcar a área do
direito comercial; problematização será aqui onde vai se procurar os sintomas do problema e
origem deste, donde o problema é oriundo, desta feita o nosso problema se cingirá na questão do
legislador trazer a figura da desconsideração da personalidade jurídica das sociedades
comerciais; hipóteses que serão as possíveis respostas que se vai trazer em consonância com o
tema em alusão e demostrar quais serão as possíveis soluções das questões colocadas no tema;
justificativa, vai se procurar perceber e compreender porque a escolha do tema e qual é a sua
relevância pertinência e de seguida virá a parte dos objectivos dentre eles os gerais e specificos.
O mesmo trabalho que terá como tipo de pesquisa, a pesquisa bibliográfica e no discorrer
do trabalho se usará ou aplicará o método hermenêutico, isto visa interpretar a questão em foque,
onde a técnica de recolha de dados a ser usado será a de revisão bibliográfica, e a sua técnica de
processamento será de word 2013
2
1. Tema
A questão de A Desconsideração Da Personalidade Jurídica Das Sociedades Comerciais,
apesar de pouco discutido no ordenamento jurídico moçambicano.
3
2. Delimitação Do Tema
O estudo destacado neste projecto de pesquisa vai inserir nas autarquias locais no
Ordenamento Jurídico Moçambicano. Em princípio é de referenciar que a escolha do tema, foi
devido a sua relevância jurídica, uma vez que este tema já foi, é e será de grande debate a nível
da área jurídica e penal.
4
3. Problematização
O trabalho em causa vê imperioso analisar, de maneira aprofundada, a questão da
desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais. A personalidade jurídica
como avança a doutrina em consonância com a legislação, conceitua como sendo a
susceptibilidade de ser titular de direitos e cumpridor de deveres, para as pessoas físicas, adquire-
se no momento do nascimento completo e com vida, como reza o artigo 66 do Código Civil e,
para as sociedades comerciais, adquire-se a partir da data do respectivo acto constitutivo, como
reza o artigo 86 do CC (Código Comercial). Já constituída a sociedade comercial, ela
consequentemente tem ou recebe esta personalidade e vontade própria, autonomia e
separadamente dos seus sócios. A sociedade passa a agir e a responder por si própria.
Desconsiderar a personalidade jurídica é retirar da sociedade está figura de responder por si só
ou por si própria. É desfocar a sociedade comercial enquanto sujeito de direito, negar a definitiva
e precisamente a separação patrimonial existente entre o capital desta sociedade em causa,
enquanto sujeito do direito e o património de seu sócio, nas demais sociedades. Olhemos que
desta forma existe a disparidade ou divergência em questões de personalidade jurídica das
sociedades comerciais. Porem de uma forma superficial estaria o legislador a violar o princípio
da separação entre a sociedade e a sociedade. O fundamento desta desconsideração relativa e
concreta é que o afastamento legal e casuístico da personalidade jurídica pode em primeira vista
tornar inválido o acto constitutivo da sociedade, dissolver a sociedade, mas também tornar
ineficazes os actos realizados pela sociedade, todavia imputáveis aos sócios, em incumprimento
à função social e económica da sociedade.
Porem o grave problema é sobre a retirada da personalidade jurídica das sociedades comerciais,
afastando assim a questão da autonomia das sociedades comerciais. Porquê será que o legislador
trouxe esta figura a cima mencionada, o que esta por baixo desta acção do legislador ao retirar e
ao negar a personalidade jurídica das sociedades comerciais. Presta-se atenção que o artigo 86 do
cc dá a personalidade jurídica as sociedades comerciais e o artigo 87 do mesmo diploma a retira.
Qual será o fundamento basilar da retira ou da negação das personalidade jurídica das sociedades
comerciais? O que estaria por baixo deste a acção do órgão legislativo ao negar esta
personalidade?
5
4. Hipóteses
Muito bem vê-se que o legislador tentou de uma forma minuciosa reconhecer que em alguns
momentos a personalidade da sociedade pode servir: i) como instrumento de fraude e de abuso
de poder económico; ii) como meio de violação dos direitos essenciais do consumidor e do meio
ambiente; iii) como meio de prejudicar os interesses do sócio, do trabalhador da sociedade, de
terceiro, do Estado e da comunidade onde actue a sociedade; ou iv) na hipótese de falência da
sociedade do mesmo grupo de sociedades quando definido em legislação especial como reza o
artigo 87 do Código Comercial.
Quer se acreditar que o legislador ao trazer esta figura quer fazer responsabilização pessoal dos
sócios por via da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade obedece ao princípio
da culpa ou da responsabilidade subjectiva, ou seja, é necessário que se demonstre que o (s)
sócio (s) terá (ão) agido com dolo ou com negligência na prática do acto ilícito que gera a
desconsideração
5. Justificativas
O interesse pelo tema surge pelo facto da Desconsideração Da Personalidade Jurídica Das
Sociedades Comerciais, especificamente a estar directamente ligado ao direito comercial, sendo
este um ramo jovem e recente, e que para sua efectiva consolidação merecer maior destaque, em
várias perspectivas. Neste ponto de vista, pretende-se contribuir com algum subsídio numa área
nova e que merece destaque.
A questão deste tema foi através da necessidade, antes de tudo de entender sobre a
personalidade jurídica de uma determinada pessoa (singular ou colectiva), como ela é definida e
oque acontece relações jurídicas. Isto significa que, a partir do momento em que adquire
personalidade jurídica, a pessoa torna-se titular de direitos e de deveres.
6
Porem este estudo prende-se pela importância de se ter domínio da área comercial e como é que
as sociedades comerciais ganham e perdem a personalidade jurídica. Assim sendo, justifica-se
primeiro, por se inserir numa área nova que é o direito comercial, segundo por ser uma figura
nova que o legislador trouce e que merece uma detalhada analise, e por sua vez por esta
personalidade estar ligada as sociedades comerciais na qual ficam integrado seus sócios, porem
estes também têm a personalidade jurídica em distinção com as sociedades
A razão da sua opção da escolha baseou-se no facto de este tema fornecer elementos específicos
e relevantes para a compreensão da personalidade jurídica das sociedades e a sua perda, e
também pelo facto do seu foco estar centrado nas questões sobre a sociedade comercial, nos
processos da desconsideração da personalidade das mesmas
6. Objectivos
a) Objectivo Geral
Compreender o grau da efectivação, eficácia da desconsideração da personalidade
jurídica das sociedades comerciais, no tocante aos momentos de perda desta personalidade e a
separação patrimonial entre a sociedade e o sócio.
b) Objectivos específicos
•Compreender o conceito da personalidade jurídica no seio das sociedades comerciais e sua
posterior autonomização relativamente aos sócios;
•Compreender as responsabilidades das sociedades comercias e dos seus sócios, isto é, quando é
que a sociedade responde por si só e os seus sócios também;
7
•Compreender os fins das Sociedades Comerciais, o seu destino principal.
7. Metodologia
Tipo de pesquisa
Neste projecto de pesquisa recorrer-se-á ao tipo de pesquisa bibliográfica, por ser vantajosa na
medida em que desenvolve, esclarece e modifica conceitos e ideias, permitindo a formulação
precisa de problemas ou hipóteses pesquisáveis, proporcionam uma visão geral acerca de
determinados factos, esperando encontrar qualquer coisa que explique o objectivo do trabalho
uma vez que procuramos questões bibliográficas tendo em atenção os manuais ou doutrinas e os
acontecimentos sociojurídicos, de modo a perceber o tema em questão.
Para tal recorrer-se-á ao método hermenêutico para tentar interpretar, até onde existe e se
efectiva a questão da desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais,
partindo do pressuposto de que uma sociedade comercial só pode ser autónoma se ter a
personalidade jurídica.
Ora, na técnica de recolha ou colecta de dados para o projecto de pesquisa recorrer-se-á a revisão
bibliográfica, uma vez que será necessário fazer ou revisar e procurar doutrinas e obras doutrinas
para tentar alancar as os dados fundamentais para o fazer;
Neste projecto de pesquisa, para a sua elaboração no que tange a questão de processamento e
tratamento de dados recorrer-se-á ao Microsoft word 2010.
Porem no que tange a questão de estratégias ou discussão dos resultados, recorrer-se-á ao método
hermenêutico ou de interpretação, uma vez que se buscará chegar ao resultado final fazendo uma
interpretação dos dados e para discutir os resultados adquiridos.
8
8. Referencial teórico
Este capítulo apresenta o referencial teórico e conceitos que serviram de base para a
compreensão dos elementos discutidos neste estudo. O centro da discussão é a Desconsideração
Da Personalidade Jurídica Das Sociedades Comerciais 1
Noções gerais
As autarquias locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos representativos
próprios que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos
interesses nacionais e da participação do Estado (Lei no. 6/2018, art. 1).2
Ora, independentemente da discussão sobre a substância do conceito, tem o seu interesse indagar
sobre a entrada e a fixação, doutrinária e legislativa, da expressão “autarquia local” em
Moçambique.
Segundo Marcello Caetano, a expressão “autarquias locais” não teria sido introduzida
entre nós pela doutrina, mas por via legislativa. Ainda assim, nas décadas seguintes, a expressão
“autarquias locais” não viria a merecer grande adesão, nem nas leis, nem na prática, onde
continuou a ser preferentemente utilizada a expressão “corpos administrativos.4
1
CISTAC, GILLES, Manual de Direito das Autarquias Locais, Livraria Universitária, Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo, 2001, pag 333
2
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei nº 6/2018, lei das Autarquias Locais, Maputo, 2018, artigo 1
3
CISTAC, GILLES, Manual de Direito das Autarquias Locais, Livraria Universitária, Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo, 2001, pag 343
4
CAETANO, MARCELLO, Manual de Direito Administrativo, Vol. I, 10ª Ed., Ver. e atualiz., 10ª reimp.,
Almedina, Coimbra, 2010, pag 234
9
circunscrições do território nacional e que asseguram a prossecução dos interesses comuns
resultantes da vizinhança mediante órgãos próprios, representativos dos respectivos habitantes5”
5
AMARAL, DIOGO FREITAS DO, Curso de Direito Administrativo, 2ª Ed., Vol. I, Almedina, Coimbra, 1998.,
pag 432
6
CISTAC, GILLES, Manual de Direito das Autarquias Locais, Livraria Universitária, Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo, 2001, pag 567
7
AMARAL, DIOGO FREITAS DO, Curso de Direito Administrativo, 2ª Ed., Vol. I, Almedina, Coimbra, 1998,
pag 458
10
participar na definição das políticas públicas nacionais que afectam os interesses das respectivas
populações locais; o direito de compartilhar com o Estado o poder de decisão sobre as matérias
de interesse comum e o direito de regulamentar, na medida do possível, normas ou planos
nacionais, de maneira a melhor adaptá-las às realidades locais.8
Tutela administrativa
A autonomia de que beneficiam as autarquias locais significa, igualmente, que não há
relação de subordinação hierárquica das autarquias locais ao Estado. Contudo, a não
subordinação hierárquica não significa que as autarquias locais se tornaram independentes do
poder central. Por outras palavras, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua
8
AMARAL, DIOGO FREITAS DO, Curso de Direito Administrativo, 2ª Ed., Vol. I, Almedina, Coimbra, 1998,
pag 543
9
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei nº 6/2018, lei das Autarquias Locais, Maputo, 2018, artigo 11.
11
responsabilidade global sobre o país e o funcionamento das diversas instituições
constitucionalmente existentes.10
9. Cronograma de actividades
10
CISTAC, GILLES, Institucionalização, organização e problemas do poder local. Livraria Universitária,
Universidade Eduardo Mondlane, Maputo 2012, pag 129
11
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei nº 6/2018, lei das Autarquias Locais, Maputo, 2018, artigo 2
12
Março Março Abril Abril Abril
1 Revisão bibliográfica X
2 Definições de instrumentos X
de recolha de dados
3 Recolha de dados X
4 Processamento de dados X
5 Análise de dados X
6 Redacção X
7 Término do trabalho de X
pesquisa
13
10. Referências bibliográficas
Legislação
1. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, lei nº 6/2018, lei das Autarquias Locais, Maputo,
2818.
Doutrina
CISTAC, GILLES, Institucionalização, organização e problemas do poder local.
Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo 2012.
14