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Aula 4: Esboçando a Teologia Bíblica

Sumário
Nosso
programa:

Aula 1: DEFINIÇÃO O Método Sintético (ou Temático) ........................................ 2

Aula 2 - A Relação da O Método Analítico................................................................ 3


TB e outras O Método da História da Religião.......................................... 4
disciplinas
O Método da Crítica da Tradição ........................................... 4
Aula 3 - O Método Cristológico ........................................................... 5
Desenvolvimento: É
O Método Confessional ......................................................... 6
possível um centro
unificador? Método Misto ........................................................................ 7
A Questão do Dispensacionalismo ........................................ 8
Aula 4 - Esboçando a
Teologia Bíblica Sistema Pactual ...................................................................... 9

Aula 5 – Mitte: Temas


integrados
Terminamos a aula passada afirmando que o reino, o
Aula 6 - Mandatos do
pacto da criação pacto e o mediador são os temas que interligam os

Aula 7 - Criação Testamentos e os livros de cada um, mostrando a unidade


essencial da revelação progressiva de Deus ao seu povo. Esse
Aula 8 - Os vice
gerentes da criação tema tríplice é o Mitte (centro unificador) adotado em nosso
curso. Grande parte de nossas aulas será em torno da análise
Aula 9 - A queda
do Mitte e suas implicações nos diversos blocos e livros da
Aula 10 -
Protoevangelho Bíblia. Na próxima aula estudaremos as características de
cada um desses temas integrados.
Porém, antes dessa análise ainda se faz necessário
determinar que metodologia seguiremos. Como abordar as
Escrituras com esses temas? Seria suficiente verificar tudo o que Bíblia fala sobre cada um
deles e condensar esse ensino em três grandes capítulos? Ou seria melhor abordar cada livro

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da Bíblia para ver o que fala sobre esses temas? Ou ainda, analisar o desenvolvimento desses
temas numa linha histórica?
Essas perguntas deverão ser respondidas abaixo, à medida em que analisamos diversas
possíveis abordagens.
Descrevo abaixo os métodos mais comuns usados na Teologia Bíblica e as vantagens e
desvantagens de cada um.
A base do material abaixo foi adaptada do livro de Grant Osborne e de um artigo, do
mesmo autor, na Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã (São Paulo: Vida Nova).

O Método Sintético (ou Temático)


Nessa abordagem temas teológicos são traçados através das camadas de material
bíblico em relação aos vários períodos históricos. Isto pode ser feito de duas formas:
1. seguindo a abordagem da história da religião, que estuda as fontes e mudanças
teológicas nos períodos estudados (grande parte dos teólogos bíblicos do AT);
2. simplesmente descrevendo os aspectos teológicos de diferentes autores sem
grande preocupação em traçar linhas de continuidade entre eles (muitos teólogos na área do
NT).
Esse método tende a enfatizar a unidade das Escrituras. No entanto, corre-se o risco
de tornar o resultado artificial e subjetivo, uma vez que as diferentes categorias ou temas
podem ser impostos da teologia ao texto ao invés de naturalmente serem percebidos nele.
Até mesmo temas considerados universais como o pacto podem acabar sendo usados de
forma indiscriminada, torcendo os dados bíblicos, ou mesmo ignorando-os, para que o
resultado se encaixe em um determinado padrão.
Método Conceito Valor Perigo
a) Sintético Segue os temas Ênfase que dá à Tendência para a
teológicos básicos por unidade das Escrituras. subjetividade: é
todas as partes das possível enquadrar
Escrituras a fim de notar a matéria do NT
seu desenvolvimento dentro de um
através do período padrão artificial.
bíblico.

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O Método Analítico
O método analítico, seguido por George Ladd (Teologia do Novo Testamento) é o
método que se preocupa em estudar as ênfases distintivas dos livros individuais da Bíblia e o
desenvolvimento das tradições para verificar qual é a mensagem exclusiva de cada um. Daí
temos os conceitos de “Teologia Paulina”, “Teologia Joanina” e etc. Essa proposta tem suas
raízes naquele que é considerado o “pai” da teologia bíblica enquanto disciplina distinta da
teologia sistemática, Johann Philipp Gabler, que em 1787, trabalhou pela primeira vez nesse
tema: “Sobre a distinção apropriada entre Teologia Bíblica e Teologia Dogmática e os objetivos
específicos de cada uma.”[1] (O texto está entre as leituras desta semana. A leitura NÃO é
obrigatória). É a teologia bíblica do período pós-iluminista.
Esse método tenta evitar perigos que são comuns na tarefa da teologia, como a
tendência de impor um determinado pensamento pré-concebido ao texto ou de canonizar
determinados padrões de pensamento, como se os distintos autores dos livros canônicos não
tivessem características que lhe são peculiares.
No entanto, os perigos desse método são notórios. Um deles é exatamente o de se
perder de vista a unidade do pensamento bíblico, fazendo da teologia uma mera colagem de
“teologias”. Não é incomum, em determinados círculos, falar-se de teologias em
contraposição a uma teologia bíblica. Outro perigo é a degeneração da abordagem em uma
simples história da religião, preocupada em buscar as origens do pensamento teológico de um
escritor ao invés de analisar os seus frutos e implicações como Palavra de Deus.

Método Conceito Valor Perigo


b) Analítico Estuda a teologia distintiva Ênfase no Diversidade radical,
de seções individuais e significado do que resulta numa
nota a mensagem autor individual colagem de quadros,
específica de cada uma sem coesão.
delas

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O Método da História da Religião
Este método tem semelhanças com o anterior, mas tem suas peculiaridades enquanto
escola de pensamento. Seu proponente mais conhecido é Rudolf Bultmann. A proposta
principal deste método é a de elucidar o desenvolvimento das ideias religiosas dentro de Israel
e na Igreja primitiva. Na maioria dos casos os proponentes do método afirmam que as ideias
religiosas são tomadas de empréstimo das culturas e religiões subjacentes do Antigo Oriente
Próximo. Em geral, qualquer paralelo é tomado como uma “fonte” ou uma analogia para o
pensamento religioso conforme descrito no AT e NT. Dentro dessa perspectiva a história da
religião é o norteador da forma como se busca os dados teológicos e o existencialismo é o
controlador da interpretação. Quando o estudioso adotando esse método se atém puramente
aos dados bíblicos, pode-se obter algum resultado positivo. A tendência, no entanto, é a de
rever os dados à luz dos dados extra-bíblicos e suas conclusões se tornam especulativas.

Método Conceito Valor Perigo


c) Histórico Estuda o desenvolvimento Tentativa de entender Subjetividade da
de ideais religiosas na vida a comunidade dos maioria das
do povo de Deus crentes por trás da reconstruções, nas
Bíblia quais o texto bíblico
está à mercê do
pesquisador.

O Método da Crítica da Tradição


A crítica da tradição é, em certa medida, uma reação ao método da história da religião.
Von Rad, um dos principais representantes dessa escola de pensamento, trabalha com os
pressupostos de que a reconstrução histórica pura é impossível e o que de fato importa é o
desenvolvimento da confissão da comunidade na qual os escritos canônicos apareceram. Para
Von Rad, a tarefa da teologia bíblica é trabalhar com a “fórmula confessional” e não os eventos
que originaram esta fórmula.
Nesse sentido, a história objetiva não é importante. O que importa é a “história da
salvação,” que não tem conexão com a história real. Para tanto, o teólogo bíblico precisa
trabalhar com as teorias especulativas do desenvolvimento das tradições ou comunidades
(para fugir da especulação histórica trabalha-se com a especulação da tradição).

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Consequentemente, para Von Rad, não existe um princípio normativo de
interpretação. O AT contém uma série de confissões religiosas de Israel e o NT uma série de
interpretações destas confissões. A Escrituras se resumem a isto!

O Método Cristológico
Esse é um ponto de certa forma “crítico” dentro de nossa definição. Crítico porque a
tendência “evangélica” é a de fazer uma leitura cristológica do Antigo Testamento. De acordo
com os proponentes dessa leitura, devemos interpretar cada parte do AT à luz do evento de
Cristo. Até mesmo Karl Barth propõe esta leitura.
Em certo sentido, essa leitura representa um cuidado contra o método da história da
religião e a desvinculação entre a mensagem do AT e NT que é produzida, por exemplo, pelo
método analítico ou história da tradição. Por outro lado, existem grandes perigos em uma
leitura cristológica. O primeiro deles é exatamente a alegorização do AT para que os textos
possam ser lidos de acordo com o NT (por exemplo, a tentativa de se ler a relação de Cristo e
a Igreja no livro de Cantares de Salomão). De certa forma perde-se a noção do progresso da
revelação e sacrifica-se a mensagem do AT em função do NT.
Que toda a Escritura aponta para Cristo é de fato o que cremos. Como, porém, isto
acontece, é o que deve ser bem esclarecido. Devemos partir do pressuposto que antes do
advento de Cristo o AT era incompreensível aos seus leitores? Creio que não. Ainda que o AT
seja promessa e o NT o cumprimento (essa é a proposta do Mitte – centro unificador- de
Walter Kaiser), existe uma mensagem no AT que era compreendida pelos leitores e receptores
da revelação naquele período, a saber, a vinda do Messias e todas as suas implicações. Que o
NT nos esclarece pontos obscuros da mensagem do AT também é parte do que cremos, mas
na aplicação do nosso método hermenêutico devemos caminhar passo a passo, considerando
a mensagem do AT no seu próprio contexto e não simplesmente ler a mensagem do NT nas
páginas do AT.

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Método Conceito Valor Perigo
d) Cristológico Faz de Cristo a chave Reconhecimento Tendência de
hermenêutica dos dois do verdadeiro espiritualizar passagens
Testamentos centro da Bíblia e forçar interpretações
que lhes são estranhas,
especialmente em
termos da experiência
veterotestamentária de
Israel. Não se deve
considerar que tudo no
AT ou no NT seja um
"tipo de Cristo”.

O Método Confessional
Essa abordagem é a que considera a Bíblia como uma série de declarações de fé. Essa
proposta desconsidera o aspecto histórico da revelação e a interpretação que devemos fazer
da mesma.
O método confessional impõe ao texto categorias de pensamento. É relevante
conquanto enfatiza a necessidade dos credos, mas é extremamente negativo no domínio que
exerce sobre o texto bíblico. Ao contrário do que se possa pensar, vários estudiosos liberais e
neo-ortodoxos fazem uso desse método (von Rad, Oscar Cullmann, Eissfeldt).
Um dos princípios que gera essa abordagem é a constatação de que é impossível ter
uma aproximação neutra e só as comunidades originais podiam entender a teologia bíblica.
Nossa proposta é que nos aproximemos, através do método gramático histórico, o máximo
possível, da compreensão dos primeiros leitores e assim possamos entender a teologia bíblica.
Método Conceito Valor Perigo

e) Confessional Considera a Bíblia como Reconhecimento dos Separação radical


uma série de declarações credos e da adoração entre a fé e a
de fé que estão além do no NT história
alcance da história

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Método Misto
Como vimos acima, cada um dos métodos possui algum ponto positivo. A combinação
dos pontos positivos e o uso do texto bíblico como guia, com pressupostos claros, pode
eliminar várias de suas dificuldades. É por este caminho que vamos trabalhar o nosso esboço
bíblico teológico. Osborne propõe alguns critérios que devemos ter em mente aos quais
acrescento meu pensamento e modifico abaixo:

1. Os dados na construção teológica devem refletir o pensamento individual de um


autor assim como o gênero literário que é utilizado (sabedoria, o pensamento de Marcos ou
Mateus, ou Rute).
2. Devemos trabalhar com a forma canônica final dos documentos (para evitar a
reconstrução especulativa) e buscar o inter-relacionamento dos temas teológicos entre
autores e livros da Bíblia.
3. Começar com o pensamento das obras e autores individualmente e depois traçar os
temas à medida em que eles emergem naturalmente desses escritos e depois verificar os
aspectos de unidade.
4. Descobrir os temas individuais e depois a sua unidade dinâmica e os aspectos
múltiplos que os unem.
5. Trabalhar com o pressuposto de que os autores individuais conheciam, em certa
medida, o pensamento de autores anteriores a eles, assim como aspectos do pensamento de
seus contemporâneos.
6. Trabalhar com ambos os testamentos, enfatizando tanto a sua unidade como a
diversidade.

Dessa forma estaremos aplicando os pontos positivos dos métodos acima. Aceitando
como verdadeiras as perspectivas dos autores bíblicos (método confessional), procurando,
porém, não deixar de lado a abordagem descritiva, que considera de maneira relevante o
aspecto histórico e o desenvolvimento da revelação na história.

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A Questão do Dispensacionalismo
O dispensacionalismo é uma forma de esboço bíblico teológico que merece uma
pequena descrição por ser o método mais popular de interpretação das Escrituras. Sugiro a
leitura do capítulo "Alianças ou Dispensações: Qual destas estrutura a Bíblia?" de Palmer O.
Robertson, O Cristo dos Pactos (O texto está nas leituras desta semana).
A divisão da história da redenção conforme
o pensamento dispensacionalista
Inocência
Consciência
Governo Humano
Promessa
Lei
Graça
Plenitude dos Tempos

A interpretação dispensacionalista é oposta à interpretação pactual. A literatura que


popularizou o dispensacionalismo na sua forma mais básica foi a Bíblia Anotada de Scofield
(1910) e a literatura dispensacionalista é representada hoje por autores como Ryrie, Dwight
Pentecost, John McArthur, Charles Swindoll e Tim LaHaye. O Seminário Teológico de Dallas é
certamente o maior centro de divulgação desta teologia. É certo que a interpretação
dispensacionalista moderna difere em muito da antiga interpretação de Scofield. É importante
observar que dispensacionalistas, ainda que em oposição à teologia Reformada pactual, são
grandes aliados contra o liberalismo, modernismo e neo-ortodoxia (veja-se o exemplo de
MacArthur).
O dispensacionalismo básico divide a história da salvação em sete dispensações
(períodos), começando com a dispensação da inocência (veja a tabela acima). Mais
recentemente já se fala em aliança edênica.
Um dos resultados mais problemáticos, e mais visível dessa forma de interpretação é
a distinção entre diferentes propósitos de Deus através da história. No dispensacionalismo
não se vê uma unidade de propósito no plano de Deus. Não se pode afirmar simplesmente

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que Deus trabalha para redimir um povo para si mesmo. Segundo o dispensacionalismo Deus
tem um propósito para o Israel étnico e outro para a igreja! São dois propósitos distintos.
Robertson faz uma boa comparação do sistema dispensacionalista com o pactual.

Sistema Pactual
No sistema pactual afirmamos que a história da redenção é contínua e que a vinda do
Messias é o cumprimento da promessa feita por Deus a Adão e Eva em Gênesis 3, no que
chamamos de o proto-evangelho. O propósito de Deus na redenção é único: redimir um povo
para si, sem a distinção entre Israel e a Igreja. A igreja é o verdadeiro Israel de Deus e Jesus
Cristo, o Rei da aliança davídica, é o mesmo Rei e Senhor da Igreja. A Confissão de Fé de
Westminster fala de duas dispensações, referindo-se à forma de administração do pacto da
graça no período do AT e NT. Para maior esclarecimento dessa relação, faça a leitura
obrigatória, "Lei e Graça" (O texto está nas leituras desta semana.)
A proposta do nosso curso é pactual. O esquema abaixo esboça a ideia do progresso
da revelação de Deus dentro do princípio pactual. A ideia abaixo não é de nos dar um "molde"
para ler as Escrituras, mas é a reflexão do que cremos ser a estrutura da revelação conforme
a encontramos nas Escrituras.
Ver o material adicional nesta semana, arquivo em Power Point, Teologia Pactual.
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[1] “Johann Philipp Gabler and the Delineation of Biblical Theology” em Scottish
Journal of Theology 52/2 (1999), 139-57.

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