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Educação Escolar Indígena: diversidade sociocultural indígena

ressignificando a escola

Os povos indígenas do Brasil têm reconhecidos suas formas próprias de


organização social:

 valores simbólicos,
 tradições,
 conhecimentos e processos de constituição de saberes
 e transmissão cultural para as gerações futuras.

Assim os povos indígenas atribuem a escola a identidade e função


peculiares

"O direito a uma Educação Escolar Indígena[...]foi uma conquista das


lutas empreendidas pelos povos indígenas e seus aliados, e um importante
passo em direção da democratização das relações sociais no país( p.09)"

2. MARCOS INSTITUCIONAIS
2.1. Os povos indígenas e a Educação Escolar

A escola para índios no Brasil começa a se estruturar a partir de 1549,


quando chega ao território nacional a primeira missão jesuítica enviada de
Portugal por D. João III. Composta por missionários da Companhia de Jesus e
chefiada pelo padre Manuel da Nóbrega, a missão incluía entre seus objetivos
o de converter os nativos à fé cristã.(p.10)

[...]para ensinar os índios a ler, escrever e contar, bem como lhes


inculcar a doutrina cristã, os missionários jesuítas percorriam as aldeias em
busca, principalmente, das crianças[...] (p.10). Para ministrar o ensino definiu-
se dois ambientes: as casas destinada aos índios não batizados e o colégio
para os portugueses, mestiços e índios batizados.

"[...] os jesuítas recorreram ao aldeamento, procedimento já utilizado em


outras colônias portuguesas e que consistia na criação de grandes aldeias
próximas das povoações coloniais para agrupar índios trazidos de suas
aldeias no interior. Nelas os índios passavam a viver sob as normas civis e
religiosas impostas pelos padres missionários, sem nenhum contato com o
mundo externo a não ser quando esse atendesse a algum interesse dos
jesuítas(p.11)

"Os aldeamentos assumiam também a função de negar valor às culturas


indígenas e impor uma nova ordem social[...] O ensino praticado centrava-se
na catequese, sendo totalmente estruturado sem levar em consideração os
princípios tradicionais da educação indígena, bem como as línguas e as
culturas desses povos(p.11)"

Em 1957 foi implatado o Diretório de Índios, o qual [...] não


representou mudanças significativas para as populações indígenas[...]
Ressalte-se, porém, a proibição pelos Diretórios do uso de línguas
indígenas em salas de aulas, inclusive da Língua Geral, e a definição da
obrigatoriedade do ensino da língua portuguesa e de seu uso.

"[...] O Regulamento da Catequese e Civilização dos Índios, de 1845,


propunha a criação de oficinas de artes mecânicas e o estímulo à agricultura
nos aldeamentos indígenas, bem como o treinamento militar e o alistamento
dos índios em companhias especiais, como as de navegação(p.12)

Vale ressaltar que em 1870 há "[...] dificuldade de manter os índios nas


escolas dos aldeamentos[...](p.12). Com isso, algumas províncias investem em
institutos de educação, internatos e em orfanatos para crianças indígenas. O
objetivo e transforma-las em intérpretes linguísticos e culturais para que as
mesmas auxiliem futuramente na civilização de seus
parentes(SECAD∕MEC,2007).
Neste sentido, nota-se que a educação oferecida aos indígenas neste
período em nenhum momento atendia aos interesses dos mesmos. De acorco
com Secad∕MEC(2007,p.13):

[...] até o início do século XX o indigenismo brasileiro viverá uma fase


de total identificação com a missão católica e o Estado dividirá com
as ordens religiosas católicas, mais uma vez, a responsabilidade pela
educação formal para índios.

Contudo, [...] cria-se em 1910 o Serviço de Proteção aos Índios (SPI),


que será extinto em 1967, sendo suas atribuições repassadas para a Fundação
Nacional do Índio-Funai(2007, p.13).

Assim a educação escolar "[...] assume papel fundamental no projeto


republicano de integração do índio à sociedade nacional por meio do
trabalho[...]". Com isso, e oferecido aos indígenas outros conhecimentos, tais
como: higiene, saneamento, estudos sociais, aritmética, técnicas agrícolas,
mecânica, dentre outros. No entanto, o objetivo é:

[...] fazer com que os indígenas passem a atuar como produtores de


bens de interesse comercial para o mercado regional e como
consumidores das tecnologias produzidas pelos não-índios,
constituindo também uma reserva alternativa de mão-de-obra barata
para abastecer o mercado de trabalho(2007,p.13-14)

Neste período o ensino bilíngue e estabelecido como prioridade, o qual


e implantado nas escolas mediante materiais voltados para alfabetização. O
ensino no primeiro momento era realizado na língua materna dos índios e
posteriormente na língua portuguesa, buscava ainda formar alfabetizadores
indígenas (2007). "Essa metodologia, na qual a língua materna é usada como
ponte para o domínio da língua nacional, é chamada de bilingüismo de
transição(2007,p.14)".

Nesta perspectiva em 1970, a Funai estabelece convênios com o


Summer Institute of Linguistics- SIL, visando ao "[...]desenvolvimento de
pesquisas para o registro de línguas indígenas, à identificação de sistemas de
sons, elaboração de alfabetos e análises das estruturas
gramaticais[...](2007,p.14)". Assim a Funai passa a ser a responsável pela
elaboração de matérias de alfabetização, leitura, treinamentos e capacitação
de autores indígenas. No entanto, vale ressaltar que o objetivo do SIL era a
conversão dos indígenas a religião protestante.
Vale ressaltar que em julho de 1990 foi realizado o III Encontro de
Professores Indígenas do Amazonas e Roraima, cujo documento final
afirmava que:

[...] naquele momento, a maioria das escolas indígenas estava


estruturada e possuía normas de funcionamento consoantes às
diretrizes das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação,
sendo que, tal estrutura geralmente impunha práticas educativas e
conteúdos programáticos que não levavam em consideração as
especificidades culturais de cada comunidade e seus processos
próprios de aprendizagem (MARI apud FREIRE, 2004:25).

Mas a partir de 1970 Os indígenas articulam-se politicamente e vao em


busca de seus direitos, com isso são criadas as organizações e associações
indígenas, as quais eram responsáveis pelas realizações de reuniões,
encontros, assembleias. Com isso, criou-se em criação, em 1980 a União das
Nações Indígenas (Unind, hoje UNI) e suas regionais(2007)

A Constituição de 1988 "[...] serviu como alavanca em um processo de


mudanças históricas para os povos indígenas no Brasil [...] (2007, p.16)". Pois
mediante ela Estado e povos indígenas mantem uma relação transformadora
na qual e rompido o caráter integracionista e homogeneizador vigente desde o
período colonial, surgindo então um novo paradigma, o qual considera os os
indígenas como sujeitos de direitos(2007).
As políticas públicas relativas à Educação Escolar Indígena pós-
Constituição de 1988 passam a se pautar no respeito aos
conhecimentos, às tradições e aos costumes de cada comunidade,
tendo em vista a valorização e o fortalecimento das identidades
étnicas. A responsabilidade pela definição dessas políticas públicas,
sua coordenação e regulamentação é atribuída, em 1991, ao
Ministério da Educação(2007,p.16)

Neste sentido e que “[...] iniciativas de caráter local tornam-se referência


ampla para a conceituação e implementação de uma política pública de
educação escolar indígena [...] (2007, p.16)”. Vale destacar que essa politica
tem um novo paradigma, o qual valoriza as especificidades, diferenças, a
diversidade e a interculturalidade dos povos indígenas (MONTE, 2000)

Em 2003, tem início no Ministério da Educação um movimento para a


inserção e enraizamento do reconhecimento da diversidade
sociocultural da sociedade brasileira nas políticas e ações
educacionais, que se consolida com a criação da Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), à
qual está vinculada a Coordenação-Geral de Educação Escolar
Indígena (CGEEI)(2007,p.17)

2.2. Conceitos Envolvidos na Educação Escolar Indígena

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