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Ficha Técnica:
Título: Samora Moisés Machel - História de Uma Vida Dedicada ao
Povo Moçambicano
Autores: Fernando Dava, Alexandre António, Rosário Lemia, Arrissis
Mudender, Marílio Wane, Célia Mazuze, Sónia Lopes, Dulámito
Aminagi, Daniel Lopes
Direcção: Fernando Dava
Coordenação: Hermínia Manuense, Arrissis Mudender, Célio Tiane
Colaboração: Célio Tiane, António Macanja, Angélica João, Cândido
Nhaquila, Edith Chongo, Alda Damas, Sérgio Manuel, Cremildo
Bahule, Belchior Canivete
Designer e Maquetização: Cândido Nhaquila
Edição: ARPAC - Instituto de Investigação Sócio-Cultural
Impressão: ACADÉMICA
Tiragem: 3000
Número de Registo: 7141/RLINLD/2011
Colecção Embondeiro: Edição Especial
Maputo, 2014
Índice
Acrónimos........................................................................................ 6
Agradecimentos............................................................................... 8
Prefácio............................................................................................. 9
Introdução...................................................................................... 10
Bibliografia.............................................................................. 176
Acrónimos
Agradecimentos
Prefácio
Introdução
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O m’fecane é definido como um longo movimento de pessoas ou comunidades da Zululândia (na
actual África do Sul) para Este e Nordeste da África Austral, motivado por factores combinados entre si,
sobretudo os conflitos intestinais e calamidades naturais, levando à fixação de povos de origem Zulu, na
Suazilândia, Zimbabwe e Moçambique.
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Honwana, 2002.
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Esta atitude era reflexo das contradições existentes entre esta Igreja
e as Protestantes, pois as últimas tinham maior aderência de crentes,
sobretudo, os moçambicanos de raça negra. Estes conflitos iriam
marcar Samora Machel, tendo, consequentemente criado certa aversão
à Igreja Católica durante muitos anos, em virtude da sua natureza
discriminatória.
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De uma forma geral, esta escola era frequentada por filhos de famílias
negras não assimiladas, e ministrava-se o ensino rudimentar. Os
alunos que concluíam este nível de ensino, iam para o Seminário São
Paulo de Messano, na Macia e outros, emigravam para continuar os
seus estudos na África do Sul.
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Os aspectos da discriminação religiosa serão desenvolvidos no capítulo sobre a infância de Samora
Machel.
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Joshuwa Tchambale, entrevista de 08/04/2011. Chilembene.
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Então Primeiro-Ministro de Portugal.
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Entenda-se a sua transformação em reaccionários.
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Os nomes de registo dos administradores ainda carecem de um trabalho de arquivo. De um modo
geral, as comunidades não conheciam os seus nomes completos, tendo usado mais alcunhas para o seu
tratamento.
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Joshua Tchambale, entrevista de 05/08/2011. Chilembene.
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Josefate Moisés Machel, entrevista de 16/09/2009. Cidade de Maputo.
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Para se chegar aos pastos, passava-se por cursos de água. Numa das
vezes, ocorreu um incidente que ficou memorável na sua mente e
na dos seus irmãos. Enquanto atravessavam o rio Nhlampfungeni,
Samora Machel atacou um crocodilo que tentava arrastar uma vaca
para a água. O crocodilo desistiu e o bovino escapou com ferimentos,
tendo-se curado posteriormente. Conta-se, ainda, que, demonstrando
a sua coragem, Samora pegou e despedaçou uma cobra grande com
as suas mãos.30
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Devido a razões ainda pouco claras, Samora deixou esta missão, tendo
voltado a ficar fora dos bancos escolares. Depois, foi reintegrado em
Nwamutxinga, onde concluiu a 3ª Classe rudimentar, por sinal o nível
de ensino mais elevado ministrado neste estabelecimento de ensino.
Por este motivo, viu-se na missão de Messano a única saída para
Samora continuar a estudar. Em 1949, concluiu a 3ª Classe elementar
e, no ano seguinte, a 4ª Classe.
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efectuava com assiduidade. Aliás, ele praticava boxe, o que lhe valeu a
alcunha de Jack Dempsey. A propósito das suas qualidades, Martinho
Cossa, referiu:
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Gabriel Simbine, entrevisata de 23/05/2011. Cidade de Maputo.
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Samora Moisés Machel - História de Uma Vida Dedicada ao Povo Moçambicano
Parte da família de Samora Machel, vendo-se Samora e Graça Machel, ladeados pelos filhos Olívia,
Samora Júnior, Jusceline e Malenga, à esquerda, e Josina e Edelson, à direita. Fonte: CDSM
3/11/15 9:36 AM
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Matias Mboa.
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por matas densas. Igualmente, a via que, por volta de 1962 e 1963, tinha
sido usada por alguns nacionalistas, a que saía de Lourenço Marques
através da Linha Férrea do Limpopo, até Malvérnia (Chicualacuala)
e desembocava na Rodésia, já se encontrava bastante obstruída pelas
acções de vigilância realizadas pela PIDE, com o apoio dos regimes
racistas da Rodésia do Sul e da África do Sul.62
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Christie, 1996:52. Este depoimento dá ideia de que somente Samora Machel foi único moçambicano
que embarcou neste avião, tendo Matias Mboa ficado em terra. No entanto, este último, em entrevista
garantiu ter viajado nesta aeronave para Dar-es-Salaam. Ironizando o facto de o seu nome nunca ser
mencionado neste episódio, disse: “eu como não sou chefe grande, sou ignorado”.
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Hélder Martins
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Christie, 1996.
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Alberto Chipande, entrevista de 28/10/2008. Maputo.
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Martins, 2001: 304.
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Martins, 2001:290-1.
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Até a sua morte em 1966, Filipe Samuel Magaia dirigia o DSD e, sob
a sua orientação foram criadas as bases para o desencadeamento da
insurreição geral armada. Na altura da morte de Magaia, a FRELIMO
tencionava constituir o Comando Nacional ou Estado Maior das
Forças de Libertação de Moçambique e, para o efeito, os seus
membros deviam ter algum contacto com a realidade das frentes de
combate. Esta medida fazia parte de uma decisão tomada pelo Comité
Central, e preconizava a criação de um alto comando, operando a
partir de um quartel-general. A responsabilidade pelos vários aspectos
da actividade militar seria distribuída de uma forma racional.85
Guerrilheiros transportando Filipe Magaia, após ser atingido por uma bala.
Fonte: Sopa, 2001.
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Mondlane, 1995.
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Entre elas, Ngungunyane, Moçambique e Nampula.
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Tembe & Saide, 2010.
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Christie, 1996.
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Cervelló. In: http://www.guerracolonial.org. Acessado em 25/06/2011.
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Christie, 1996.
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Sérgio Vieira
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Atanásio Salvador M’tumuke, entrevista de 22/05/2010. Cidade de Maputo.
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Após esta reunião, houve uma outra, tendo como actores Melo
Antunes, Victor Crespo, Almeida e Costa, Mário Soares, Almeida
Santos e a direcção da FRELIMO, onde se abordou a proposta de texto
para um acordo. No entanto, os portugueses solicitaram a separação
do texto político do militar (cessar-fogo), que se referia ao julgamento
dos criminosos de guerra e à troca de prisioneiros, pedindo que este
último se mantivesse secreto. Igualmente, foi marcada a data para as
negociações finais, entre os dias 5 e 7 de Setembro.118
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Muiuane, 2006.
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Extracto do discurso de Samora Machel no estádio de FABA, província de Iringa. In: Jornal Notícias.
06/05/1975.
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Pachinuapa, 2005:16.
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Raimundo Pachinuapa.
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Jornal Notícias. 25 de Maio de 1975.
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Jornal Noticias de 19 de Junho de 1975
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Pachinuapa, 2005:50
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Samora Machel ao ser recebido pelo seu pai aquando da Marcha Triunfal.
Fonte: CDSM.
Tradução livre
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Entrevista com Abílio Salomão, cidade de Inhambane, 24.05.2011
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Raimundo Pachinuapa, entrevista de 19/09/2011, Cidade de Maputo; Abílio Salomão, entrevista de
24 de Maio de 2011, Cidade de Inhambane.
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Participaram na reunião cerca de trinta personalidades, dentre elas, Marcelino dos Santos, Joaquim
Chissano, Fernando Ganhão, Graça Simbine, Deolinda Guezimane, José Luís Cabaço, João Facitela
Pelembe, Sebastião Marcos Mabote, Alberto Chipande, Armando Panguene, Jorge Rebelo, Armando
Guebuza, Mariano Matsinha, Jonas Geraldo Namachulua, Manuel dos Santos, Vitorino Olímpio Vaz,
Marina Pachinuapa e Raimundo Domingos Pachinuapa.
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Revista Tempo Especial,1975:46.
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bandeira há um símbolo emblemático da nação, representado por uma roda dentada (que representa a
indústria), tendo no seu interior uma enxada (que representa a agricultura) e uma arma (que representa o
combate e a defesa), cruzadas sobre um livro (que representa a educação), figurando ao alto uma estrela
vermelha (que representa a solidariedade entre os povos).
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Revista Tempo Especial, 1975.
116
- “Moçambicanas, moçambicanos;
Operários, camponeses, combatentes;
Povo Moçambicano:
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Pachinuapa, 2005:28.
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Revista Tempo Especial, 1975:22
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A kuna mundau,
A kuna mulungu,
A kuna mulandi,
Hi va moçambicano hinkweru, swoswi”.
Tradução
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Palavras de ordem que animaram a II Conferência do Departamento de Educação e Cultura, realizado
em 1970. Nesta frase podemos verificar o sentido que se atribuía à educação como factor de unidade
nacional.
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Mário, 2002:129-130.
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Lopes, 2004.
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II Conferência Nacional do Departamento do Trabalho Ideológico, 1978: 88-90.
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Edifício do ARPAC.
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Para mais detalhes sobre este processo em relação à Makwaela, vide Soeiro, 1999.
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Cardoso, 1978: 29.
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“Teremos fartura, teremos fartura em Moçambique”.
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Machel, 1975:51.
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Martins, 2001:98.
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Eneas Comiche.
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Idem, p. 173-174
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homem novo dando a partir da criança aquilo que ela quer” e “motivar
para que a unidade nacional seja uma realidade através da escola”,
a Continuadores teve várias realizações, entre as quais, formação
de monitores, criação de redes de apoio, convívios e a adesão a
dispositivos internacionais. São exemplos deste último aspecto, o
facto de Moçambique ter sido um dos primeiros países na África
Austral, a aderir, em 1984, à Declaração dos Direitos da Criança.206
206
Ivone Mahumana, entrevista 22/09/ 2011. Changalane.
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(Samora Machel)
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Obra citada
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Alguns dos exemplos dessas intervenções foram os ataques a Matola.
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Armando Panguene.
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Oliveira, 2006:355.
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Bibliografia
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Periódicos
Jornal Notícias de 06, 11, 17, 19, 25, 26, 29, de Maio de 1975.
Jornal Notícias de 02, 04, 06, 10, 12, 13, 14, 15, 17, 25 de Junho de
1975.
Revista Tempo Especial. Do Rovuma ao Maputo: Independência
Total. Maputo, 1975.
Revista Tempo de 26/10/1986. “Amigo Samora até Sempre!” Maputo.
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Lista de Entrevistados
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