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Classe Gastrópoda
Possuem rádula
Classe Bivalve
Possuem como o nome indica duas valvas, que são articuladas a partir da
zona dorsal (zona da charneira), onde se localizam fortes músculos que
mantêm as valvas fechadas, protegendo o animal.
Classe Cephalopoda
Fonte: www.geocities.com
Filo Mollusca
Sistema tegumentário
A concha pode ser univalve, quando formada por uma só peça (caramujos e
caracóis), e bivalve, quando formada por duas peças, que se adaptavam e
articulam (ostras e mariscos).
Sistema respiratório
Sistema digestório
Sistema circulatório
Sistema nervoso
Reprodução
Localização
Filo Mollusca
Caracol
Características
Molusco terrestre, de concha relativamente fina, que não deve ser
confundido com o caramujo (concha mais grossa e de ambiente aquático).
Mede entre 28 e 35 mm e pesa em torno de 8 a 12 g. Concha geralmente
escura, embora existam variedades cujas conchas são mais claras e até
unicolores, em uma variedade de concha amarelada sem faixas. As estrias
de crescimento são pouco visíveis e as faixas espirais são bem escuras e
destacadas na variedade padrão. A concha não possui umbigo. Também
conhecido como escargot ou Petit Gris. Muito apreciado para fins
culinários, pois sua carne é saborosa e rica em proteínas, segundo os
especialistas. Por isso é a espécie mais criada em cativeiro. A helicicultura
ou criação de escargots no Brasil é ainda uma recente e pouco difundida
atividade econômica. Contudo se tratando de uma prática incomum, já
conta com grandes criadores espalhados pelo país, obtendo uma produção
abundante e de alta qualidade.
Habitat
Áreas úmidas com muita vegetação e hortas.
Ocorrência
É originário dos países mediterrânicos. Introduzido no Brasil, é a espécie
criada para fins comerciais.
Hábitos
É capaz de absorver ou rejeitar água através dos poros da sua pele. Em
função disso, o animal rege a sua atividade, hibernando-se quando a
temperatura for inferior a 5ºC e morre se descer abaixo dos 0ºC. O seu
período de atividade máxima é à noite. A temperatura ideal, para o
desenvolvimento da criação localiza-se entre 16 e 24 graus centígrados.
Dentro dessa faixa é onde o escargot alcança sua plenitude máxima de
atividade biológica. Sendo um animal de hábitos noturnos, sempre que a
temperatura se situa dentro dessa faixa, o escargot mostra-se extremamente
ativo durante à noite e excepcionalmente, em dias escuros, nublados e
chuvosos. Lembrando que abaixo de 10 e acima de 28 graus centígrados o
escargot entra em processo de hibernação, cessando completamente suas
atividades normais. Ele permanecerá neste estado de estagnação enquanto a
temperatura não voltar aos níveis normais.
Alimentação
Herbívoros
Reprodução
É hermafrodita, no entanto tem que acasalar para haver fecundação. O
ritual de acasalamento dura cerca de 10 horas e podem ocorrer várias vezes.
Predadores naturais
Ratos e as lagartixas, sapos, aves, alguns insetos e ácaros.
Ameaças
Além da temperatura outros fatores influenciam diretamente na vida dos
caracóis. A umidade é de importância vital para a sobrevivência e
desenvolvimento do escargot, já que o tegumento dos caracóis é
extremamente penetrável e, portanto de fácil desidratação. A umidade ideal
é de 85%, sendo acima de 80% satisfatória. Umidade excessiva também é
prejudicial. A exposição direta ao sol é fatal aos escargots. Por outro lado a
escuridão é prejudicial e se for duradoura é fatal. Portanto deve haver um
equilíbrio entre luz e sombra, já que são indispensáveis ao escargot. O solo
ideal para o escargot é neutro e de formação calcária.
Caramujo
Características
Molusco terrestre, de concha relativamente fina, que não deve ser
confundido com o caramujo (concha mais grossa e de ambiente aquático).
Mede entre 28 e 35 mm e pesa em torno de 8 a 12 g. Concha geralmente
escura, embora existam variedades cujas conchas são mais claras e até
unicolores, em uma variedade de concha amarelada sem faixas. As estrias
de crescimento são pouco visíveis e as faixas espirais são bem escuras e
destacadas na variedade padrão. A concha não possui umbigo. Também
conhecido como escargot ou Petit Gris. Muito apreciado para fins
culinários, pois sua carne é saborosa e rica em proteínas, segundo os
especialistas. Por isso é a espécie mais criada em cativeiro. A helicicultura
ou criação de escargots no Brasil é ainda uma recente e pouco difundida
atividade econômica. Contudo se tratando de uma prática incomum, já
conta com grandes criadores espalhados pelo país, obtendo uma produção
abundante e de alta qualidade.
Habitat
Áreas úmidas com muita vegetação e hortas.
Ocorrência
É originário dos países mediterrânicos. Introduzido no Brasil, é a espécie
criada para fins comerciais.
Hábitos
É capaz de absorver ou rejeitar água através dos poros da sua pele. Em
função disso, o animal rege a sua atividade, hibernando-se quando a
temperatura for inferior a 5ºC e morre se descer abaixo dos 0ºC. O seu
período de atividade máxima é à noite. A temperatura ideal, para o
desenvolvimento da criação localiza-se entre 16 e 24 graus centígrados.
Dentro dessa faixa é onde o escargot alcança sua plenitude máxima de
atividade biológica. Sendo um animal de hábitos noturnos, sempre que a
temperatura se situa dentro dessa faixa, o escargot mostra-se extremamente
ativo durante à noite e excepcionalmente, em dias escuros, nublados e
chuvosos. Lembrando que abaixo de 10 e acima de 28 graus centígrados o
escargot entra em processo de hibernação, cessando completamente suas
atividades normais. Ele permanecerá neste estado de estagnação enquanto a
temperatura não voltar aos níveis normais.
Alimentação
Herbívoros
Reprodução
É hermafrodita, no entanto tem que acasalar para haver fecundação. O
ritual de acasalamento dura cerca de 10 horas e podem ocorrer várias vezes.
O período que decorre desde o acasalamento até à desova varia conforme a
temperatura, mas rondam os 15 dias. Para pôr os ovos, o caracol escava um
buraco na terra com 3 a 4 cm de profundidade, no qual introduz a parte
anterior do seu corpo. Cada postura dura várias horas e o caracol põe entre
60 e 150 ovos com 4 mm de diâmetro. Em seguida, o caracol cobre o
buraco, iniciando-se a fase de incubação (14 a 30 dias, de acordo com a
temperatura). Quando se dá a eclosão dos ovos, o caracol nasce já formado,
com uma casca de 3 mm e pesa em média 27 mg. Fica no seu “ninho”
durante alguns dias, alimentando-se dos resíduos orgânicos e dos restos dos
ovos.
Predadores naturais
Ratos e as lagartixas, sapos, aves, alguns insetos e ácaros.
Ameaças
Além da temperatura outros fatores influenciam diretamente na vida dos
caracóis. A umidade é de importância vital para a sobrevivência e
desenvolvimento do escargot, já que o tegumento dos caracóis é
extremamente penetrável e, portanto de fácil desidratação. A umidade ideal
é de 85%, sendo acima de 80% satisfatória. Umidade excessiva também é
prejudicial. A exposição direta ao sol é fatal aos escargots. Por outro lado a
escuridão é prejudicial e se for duradoura é fatal. Portanto deve haver um
equilíbrio entre luz e sombra, já que são indispensáveis ao escargot. O solo
ideal para o escargot é neutro e de formação calcária. A exposição ao vento
é extremamente prejudicial graças ao seu tecido corpóreo que é muito
vulnerável; da mesma forma que a exposição à poeira, provocando seu
ressecamento.
Coquille
Características
É nativa do litoral brasileiro, e apresenta um grande potencial para cultivo,
devido ao grande tamanho, rápido crescimento e alto valor de mercado,
além do suave e requintado sabor que faz dessa espécie uma rara iguaria. É
a espécie mais cultivada no Brasil atualmente.
Habitat
Mares
Ocorrência
Litoral brasileiro
Alimentação
Filtrador (plâncton)
Predadores naturais
Búzios, peixes, moluscos, cracas.
Ameaças
Poluição, destruição do habitat, pesca predatória e roubo nas unidades de
produção.
Lesma
Características
Apresentam brânquias na parte posterior do corpo. Têm cabeça bem
desenvolvida, provida de um ou dois pares de tentáculos. Podem apresentar
uma concha interna e uma cavidade posterior reduzida, onde se encontram
as brânquias (cavidade paleal) ou não apresentar concha nem cavidade
paleal, tendo as brânquias expostas. Tem simetria bilateral e tamanha
próxima a 15 cm de comprimento. Apresenta cabeça com dois pares de
tentáculos. Sua cor é amarelo-esverdeada, com manchas negras esparsas. A
concha desta espécie apresenta tamanho reduzido e não é visível
externamente, pois é encoberta por uma dobra delgada da epiderme,
denominada manto.
Habitat
Mares
Ocorrência
No Brasil, ocorre de Fortaleza a São Paulo.
Hábitos
Moluscos marinhos adaptados à vida em todos os tipos de fundos ou na
massa d’água. Bentônica, ou seja, vive associada ao substrato onde rasteja,
mas também pode nadar com projeções do pé (parapódios). Na época de
desova são encontradas na zona entre-marés, associadas com algas
marinhas, que lhes servem de proteção e alimento. São animais lentos e de
fácil captura, mas, em situações de ameaça, eliminam um líquido púrpura,
que facilita sua fuga.
Alimentação
Herbívora, alimentando-se de algas, sobretudo do gênero Ulva (alface-do-
mar).
Reprodução
Hermafrodita, e sua cópula promove troca mútua de espermatozóides. Os
ovos são depositados dentro de cordões gelatinosos amarelos, que ficam
presos entre as algas ou em outro substrato e o desenvolvimento é direto.
Ameaças
Poluição e destruição do habitat.
Lula
Características
Corpo alongado. O comprimento do corpo dos machos é de
aproximadamente 35 cm, podendo chegar a 50 cm, e o das fêmeas, 22 cm.
C abeça com dois grandes olhos, situados lateralmente, boca central
rodeada por tentáculos ou braços, estes constituem 5 pares, sendo e
menores mais grossos com numerosas ventosas no lado interno. Os dois
tentáculos restantes são bem mais longos, apresentando ventosas apenas
nas extremidades dilatadas. Os tentáculos têm a propriedade de alongar-se
ou retrair-se, até ficarem quase ocultos. Logo após o pescoço há uma
espécie de funil muscular chamado sifão. O resto do corpo é delgado,
cônico, com uma nadadeira triangular ao longo de cada lado da
extremidade afilada, as quais equilibram o animal durante a natação.
Habitat
Mares, raramente encontrada perto da costa.
Ocorrência
Toda a costa brasileira
Hábitos
Pelágica. Emite jatos de tinta, como os demais cefalópodes, quando
provocada, obscurecendo o meio e dificultando a ação de predadores.
Alimentação
Carnívoros, principalmente peixes e crustáceos. Lançam os tentáculos
sobre a vítima, agarrando-a com rapidez e colocando-a naquele ninho de
braços, matam-na com o poderoso bico de papagaio que fica no centro.
Reprodução
São dióicas, ou seja, cada indivíduo produz apenas um tipo de gameta
(espermatozóide ou óvulo). A fecundação pode ser interna, na cavidade
paleal, ou externa, mas sempre há cópula. Durante a cópula o hectocótilo
transfere os espermatozóides envoltos em uma cápsula gelatinosa
(espermatóforo) para a cavidade paleal da fêmea. O desenvolvimento é
externo e direto, ou seja, do ovo surge um novo indivíduo semelhante ao
adulto.
Ameaças
Pesca predatória e poluição.
MEXILHÃO (Perna)
Mexilhão
Características
Molusco marinho, comestível, que atinge 5,5 cm de comprimento, bivalve,
com duas conchas alongadas, de coloração escura e nuances azulada
metálica. O manto é o tecido que reveste internamente a concha do animal,
delimitando um espaço vazio interno onde estão os órgãos. Ventralmente
há uma abertura transversal por onde a água entra (sifão inalante) e é
eliminada por outra abertura na parte posterior superior (sifão exalante). Os
mexilhões são organismos onde a formação dos gametas se dá em toda a
extensão do manto, além do mesossoma. O conjunto de fibras de
escloroproteína que fixa os mexilhões ao substrato e permite a permanência
do animal mesmo em presença de fortes ondas é denominado “bisso”.
Originado pela glândula bissal, ligada diretamente ao conjunto de 3 pares
de músculos e a parede interna das valvas, é constituído de material córneo
e fixado com auxilio do pé.
Habitat
Região entre-marés (do supralitoral inferior até profundidades de 19
metros).
Ocorrência
Em toda a costa brasileira
Hábitos
Fixa-se a rochas ou qualquer estrutura dura (sólida) imersa.
Alimentação
São organismos filtradores por excelência. Sua dieta é constituída por algas
microscópicas (fitoplâncton), e por outros tipos de material orgânico
particulado e dissolvido. Os mexilhões apresentam taxas de filtração
elevadas, sendo que um indivíduo adulto pode filtrar até 100 litros de água
por dia. Na sua alimentação, os mexilhões utilizam as brânquias, mesmas
estruturas utilizadas para a respiração. As brânquias são formadas por dois
pares paralelos de lâminas, compostas por estruturas filamentosas ciliadas,
que se estendem da região anterior a partir da boca até a região posterior do
corpo. Nelas as partículas são capturadas por um material mucilaginoso que
envolve as próprias brânquias e, pelo movimento de cílios são direcionadas
em “calhas” até a boca.
Reprodução
O ciclo sexual dos mexilhões pode, através do aspecto e coloração, ser
observado e diferenciado em 3 estádios:
Estádio I – animais imaturos, folículos das gônadas pouco desenvolvidos e
manto incolor;
Estádio II – animais em maturação, folículos já visíveis permitindo a
observação da cor do manto diferenciando o branco dos machos do salmão
das fêmeas;
Estádio III – animais maturos, passando a repetirem as seguintes
fases: a – plenitude da maturação, folículos repletos; b – eliminação do
material gâmico, esvaziamento dos folículos e aspecto inconsistente do
manto; c – restauração das gônadas, folículos em desenvolvimento e manto
apresentando esboços de branco ou alaranjado. Após a expulsão dos
gametas, que ocorre simultaneamente na população, há a fecundação
externa, diretamente na coluna d’água. Cerca de 6 horas após a fecundação,
são formadas as larvas trocóforas com 45 micrômetros de tamanho (0,045
mm). Depois de 24 horas a larva se transforma numa larva do tipo véliger
ou larva “D”, com cerca de 115 micrômetros (0,115 mm), seguida por uma
veliconcha de 175 micrômetros (0,175 mm). Após 37 dias, esta larva passa
para o estágio de pedivéliger (com vélum e pé), quando possuem
fototropismo negativo e geotropismo positivo, procurando um local
adequado para sua fixação.
Predadores naturais
O “buzo” ou “búzio” Stramonita (=Thais) haemastoma e o “caramujo-
peludo” Cymatium parthenopeum, diferentes estrelas-do-mar e o siri
Callinectes danae. Os competidores dos mexilhões em cultivo constituem
praticamente a totalidade da fauna das redes, pois esta comunidade é
constituída basicamente de organismos filtradores (Jacobi, 1985). Devido à
sua abundância e alta taxa de crescimento, as cracas se destacam dos
demais organismos filtradores. Já as ascídias e os briozoários coloniais
prejudicam os mexilhões por recobrirem as valvas afetando o seu
desenvolvimento e o aspecto do produto.
São poucos os comensais de mexilhões, destacando-se o pequeno
caranguejo Pinnotheres maculatus e o poliqueta Polydora websteri. O
verme da família Bucephalidae, na sua fase de cercária, ocorre no manto de
mexilhões, comprometendo o desenvolvimento dos gametas e
consequentemente a produção.
Ameaças
Poluição e destruição de bancos naturais pela coleta predatória.
Ostra
Características
Também conhecida como ostra nativa, possui a concha com duas valvas
irregulares e ásperas. Tem cor cinzenta e comprimento máximo de cerca de
10 a 12 cm de concha. Vem sendo muito utilizada na maricultura.
Habitat
Estuários e mangues
Ocorrência
Do Caribe até Santa Catarina.
Hábitos
Estuarinas que se fixam nas raízes de mangue, tipicamente nas raízes
aéreas do mangue vermelho (Rhizophora mangle), podendo formar
agregados submersos (bancos). Suportam variedade de salinidade e
amplitude de maré.
Alimentação
Organismo filtrador, que se alimenta principalmente de fitoplâncton.
Reprodução
Sexos separados, com picos de reprodução nos meses de março e outubro.
Podem apresentar inversão sexual.
Predadores naturais
Pequenos caranguejos da família Porcellanidae e, principalmente, os
platelmintos dos gêneros Stylocus e Pseudostylochus, conhecidos
popularmente como planária ou lesma do mar. Os gastrópodes Thais
(Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum, conhecidos
popularmente como buzo e caramujo peludo, respectivamente, também
causam mortalidades expressivas nas ostras juvenis e adultas. O siri azul
Callinectes sapidus preda as ostras quebrando as conchas com auxílio de
suas quelas (garras). As estrelas-do-mar atacam as ostras abrindo as valvas
com auxílio de seus braços. Alguns peixes da família Scianidea (Pogonias
chromis), o baiacú (Spheroides testudineus) e os sargos (Arcosargus
probatocephalus) apresentam o hábito de se alimentar de mexilhões,
podendo também atacar as ostras.
Ameaças
Poluição, destruição de bancos naturais pela cata predatódia, destruição do
habitat e roubo nas unidades de produção.
Ostra japonesa
Características
É a principal espécie de ostra cultivada no litoral brasileiro.
Habitat
No Brasil, como é uma espécie cultivada, a ostra é encontrada em
ambientes estuarinos, ao longo de baías, sempre longe da poluição.
Ocorrência
Litoral do sudeste e sul do Brasil. É uma espécie exótica com origem no
Japão.
Hábitos
Estuarinos
Alimentação
São organismos filtrantes, alimentando-se de microalgas e matéria orgânica
particulada. Os valores de filtração de cada ostra geralmente ficam em
torno de 5 a 25 litros/hora.
Reprodução
São organismos dióicos, ou seja, apresentam o sexo separado. Porém,
externamente, não é possível diferenciar o macho da fêmea, pois ambos
apresentam a gônada (órgão sexual masculino ou feminino) com a mesma
coloração. A diferenciação sexual somente é possível através de raspagem
da gônada e análise do material em microscópio, pois os ovócitos
apresentam o formato arredondado e os espermatozóides se mostram como
uma massa compacta. O desenvolvimento gonadal (maturação) é
influenciado por fatores externos como luminosidade, salinidade e,
principalmente, pela temperatura e disponibilidade de alimento. Durante a
desova, o esperma é lançado pelo canal exalante (lado direito das ostras),
de uma forma contínua. Este processo é semelhante a uma “fumaça de
cigarro”, pois o músculo adutor permanece relaxado, facilitando com isso a
desova. A fêmea, por sua vez, apresenta um comportamento distinto, pois
desova lançando os ovócitos contra o canal inalante (lado esquerdo das
ostras) em jorros abruptos. Sendo uma espécie exótica, sua reprodução e
desenvolvimento larval devem ser realizados em ambientes controlados
(laboratório). A fecundação é externa, ou seja, o contato entre o
espermatozóide e o ovócito ocorre na água. O óvulo fecundado sofre os
processos de clivagem após 2 horas, evoluindo para os estágios de mórula,
blástula e gástrula (6 horas). Após 12 a 16 horas, a larva já apresenta
capacidade natatória através de uma coroa de cílios, sendo então
denominada de trocófora. A larva continua seu desenvolvimento e após 24
horas surge uma larva transparente, medindo entre 61 e 72 micrômetros
(0.061 a 0,072 milímetros) em forma de “D”, possuindo uma coroa ciliada
denominada vélum, sendo denominada larva veliger de charneira reta ou
larva “D”. Com o tempo o formato “D” desaparece (6 dias) ocorrendo a
formação do umbo, que se completa totalmente ao redor do décimo quarto
dia. Neste momento, a larva apresenta uma forma arredondada e um vélum
bastante desenvolvido, sendo denominada de “véliger umbonada”, e
apresentando o tamanho aproximado de 230 a 240 micrômetros (0,230 a
0,240 milímetros). A larva continua a se desenvolver, e por volta do
décimo sétimo dia surge uma “mancha-ocular” e um pé, sendo a larva
denominada “pedivéliger”, com tamanho médio de 280 micrômetros.
Quando a larva apresenta o pé completamente desenvolvido e passa a
medir aproximadamente 300 micrômetros, ela abandona a coluna d’água e
dirige-se ao fundo em busca de um substrato adequado para completar a
sua metamorfose. Neste estágio, as ostras no ambiente natural procuram
rochas ou raízes de mangue para se fixarem. Em laboratório a fixação das
ostras ocorre em pó de concha moída, pratos plásticos ou em conchas de
moluscos. A duração deste ciclo depende do substrato disponível e da
temperatura da água do mar. A uma temperatura de 25º C este ciclo dura
em torno de 21 dias.
Predadores naturais
Pequenos caranguejos da família Porcellanidae e, principalmente, os
platelmintos dos gêneros Stylocus e Pseudostylochus, conhecidos
popularmente como planária ou lesma do mar. Os gastrópodes Thais
(Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum, conhecidos
popularmente como buzo e caramujo peludo, respectivamente, também
causam mortalidades expressivas nas ostras juvenis e adultas. O siri azul
Callinectes sapidus preda as ostras quebrando as conchas com auxílio de
suas quelas (garras). As estrelas-do-mar atacam as ostras abrindo as valvas
com auxílio de seus braços. Alguns peixes da família Scianidea (Pogonias
chromis ), o baiacú ( Spheroides testudineus ) e os sargos ( Arcosargus
probatocephalus ) apresentam o hábito de se alimentar de mexilhões,
podendo também atacar as ostras. Organismos competidores como cracas,
ascídeas e esponjas, apresentam os mesmos hábitos alimentares que as
ostras. Além disso, competem por espaço e oxigênio. As cracas são os
principais competidores das ostras, apresentando picos de incrustações
mais pronunciados durante a primavera e verão. Fixam-se nas lanternas de
cultivo e principalmente nas conchas, distribuindo-se em densas
aglomerações, o que prejudica o crescimento das ostras e o aspecto do
produto para comercialização. Os parasitas são organismos que utilizam o
corpo das ostras para sobreviverem, podendo algumas vezes até provocar a
morte. Destaca-se a espécie de poliqueta Polidora wesbsteri que se fixa
externamente na ostra, realizando uma perfuração nas valvas. Quando
atinge a porção interna da concha a ostra começa a produzir uma nova
camada nacarada para se proteger deste ataque, formando “bolhas de lodo”
(detalhe na figura) no interior da concha, prejudicando sua aparência
interna e depreciando o seu valor comercial. Muitas vezes esta camada
protetora não é suficiente e a perfuração atinge o músculo das ostras
causando a sua mortalidade. Outro organismo perfurador das conchas de
ostras é o mitilídeo Litophaga patagonica. Trematodas do gênero
Bucephalus e as bactérias patogênicas do gênero Nocardia foram
observadas nas gônadas das ostras, interferindo na reprodução destes
organismos. Além disso, a presença das bactérias foi associada ao
fenômeno de mortalidade massiva de verão.
Ameaças
Poluição e roubo nas unidades de produção.
Polvo
Características
Molusco marinho com grande cabeça que abriga um cérebro desenvolvido,
além de oito braços, cada um provido de duas fileiras de ventosas. Olhos
grandes e complexos, dotados de cristalino, o que proporciona uma visão
bastante aguçada. Pode atingir um tamanho de até 1 m de comprimento.
Pode assumir diversas colorações, mimetizando-se de maneira bem rápida
no meio ambiente.
Habitat
Mares
Hábitos
Passam grande parte de sua vida escondidos em uma toca natural entre as
rochas ou escombros. Quando atacado ou quando se sente em perigo, o
polvo aspira uma grande quantidade de água e expele-a logo em seguida
por um sifão, que funciona como uma turbina, e que permite que o polvo
fuja em grande velocidade.
Alimentação
Carnívoro, alimentando-se de moluscos, peixes e crustáceos, sobretudo
lagostas e caranguejos.
Predadores naturais
Peixes como as moréias.
Ameaças
Pesca predatória e poluição
Sépia do atlântico
Características
Molusco não raro, comestível e de bom sabor, sendo pescado em anzol e,
mais comumente, no arrasto. Tem oito “braços” e dois tentáculos
distribuídos em torno da cabeça, todos providos de ventosas. Atinge 30 cm
de comprimento. Corpo relativamente largo e um quanto achatado, de
forma que em secção transversal é oval. Afunilado na face inferior perto da
cabeça. Barbatanas pares estendem-se da cabeça até à extremidade do
corpo. Coloração muito variável, podendo ir do preto ou castanho, estriado
ou pontuado por cima, descorado ou sépia branco por baixo. No interior de
seu corpo existe uma concha calcária que serve de esqueleto. Essa concha
possui câmaras que se enchem de gás ou esvaziam a fim de regular a
flutuabilidade.
Habitat
Infralitoral, sobre a areia, em baías e estuários, por vezes entre ervas-do-
mar.
Ocorrência
Em todo o litoral do Brasil.
Hábitos
Expele líquido negro turvando a água e ocultando-se assim dos seus
inimigos. Durante séculos sua tinta forneceu o pigmento sépia dos pintores.
Capaz de mudar a cor rapidamente, especialmente quando ameaçados,
podendo também adotar a cor ao padrão do ambiente que o rodeia.
Predadores naturais
Gaivota
Ameaças
Pesca predatória e poluição.
Fonte: www.vivaterra.org.br
Filo Mollusca
Ecologia
Considerados nada comuns em coleções particulares, devido as
profundidades onde vivem, algumas espécies vivem em profundidades
relativamente rasas. Na costa da Itália, espécimens de Veleropilina podem
ser encontradas em profundidades de 180 metros. Mas a grande maioria
ainda vive em profundidades abissais.
Estrutura
São animais pequenos, que variam de 3 até 35 mm.
Sua concha em forma de colher é composta de 3 camadas: perióstraco,
uma camada prismática e uma nacarada.
Alimentação
Acredita-se que os Monoplacóforos alimentem-se de espólios.
No Brasil são conhecidas três famílias e oito Gêneros, sabendo que pelo
fato da classe ser pouco estudada ou ter a devida importância este número
esta sujeito à alteração.
Ecologia
Os polyplacophoros estão basicamente restritos à substratos consolidados
como conchas de outros moluscos ou mesmo costão rochoso. Tem hábito
alimentar micrófago, ou seja, alimenta-se de algas e microrganismos
incrustados no substrato. Sua ocorrência em profundidade é variada,
podendo ocorrer espécies a profundidades de até 100m.
Sua reprodução é externa havendo fecundação através da liberação dos
gametas na água. O desenvolvimento do ovo é feito na cavidade do manto
de um dos indivíduos, apresentando assim cuidado parental, pode haver a
colocação dos ovos em um invólucro e preso ao substrato ou mesmo após a
fase planctônica da larva, esta tende a ir para o fundo e no substrato
continuar seu desenvolvimento. Pode haver fecundação e eclosão dos ovos
na cavidade do manto.
Não são conhecidos espécies da classe que não sejam marinhos.
Curiosidades
No Chile há ocorrência do maior polyplacophora existente, Cryptochiton
stelery, este apresenta todas as valvas recobertas pelo manto. Pelo animal
apresentar o maior tamanho já conhecido da classe este é utilizado como
iguaria para os nativos locais. A iguaria baseia-se na retirada do pé e
utilização como alimento.
Classe Aplacófora
Aplaco-phora, que significa “que não possui concha”, são raramente
coletados sem grande esforço e gastos. Por não possuírem uma concha, não
são integrantes de coleções particulares.
Estes animais são mais parecidos com vermes, com uma cobertura
brilhante composta de inúmeros espinhos ou escamas formados de
carbonato de cálcio, também conhecidos como escleritos. Cada espinho é
espelido de maneira extracelular como nos poliplacófora. O processo se
inicia com o encapsulamento de uma célula individual que cresce através
da cutícula. Estes espinhos são compostos de aragonita, com excessão das
espécies de Notomenia, que não possuem Carbonato de Cálcio.
Estrutura
São animais que variam de 1mm até 30 cm. Seus corpos variam do quase
esférico, alongado, achatado e estreito.
Alimentação
São animais carnívoros e/ou ornívoros que se alimentam de foraminíferos,
detritos e cnidários.
Classe Bivalvia
Bivalves, também chamados de Lamellibranchia ou Pelecypoda, são a
segunda maior Classe de moluscos com aproximadamente 15.000 espécies.
É um grupo exclusivamente aquático, bilateralmente simétrico,
caracterizado por um corpo comprimido lateralmente com uma concha
externa composta por duas valvas. Algumas espécies, contudo, como as
que vivem presas a algum substrato, como as ostras, não são bilateralmente
simétricas e umas poucas possuem uma concha interna.
A concha pode ser totalmente ou parcialmente calcificada e consiste de
uma valva esquerda e uma direita. As valvas são unidas na parte dorsal,
conectadas por um ligamento elástico parcialmente calcificado e mantida
juntas por músculos adutores, um ou dois, que estão presos à superfície
interna da concha. As valvas são abertas pelo ligamento e fechadas pela
contração dos músculos adutores.
Alguns Pectinides são um exemplo de bivalves que podem nadar por curtas
distâncias, fechando rapidamente suas valvas, o que causa deslocamento de
água que o impulsiona promovendo uma fuga rápida de predadores.
Escultura externa
As conchas dos bivalves antigos possuíam muito pouca escultura externa.
O desenvolvimento de costelas, escamas e espinhos apareceram nas
espécies que passaram a habitar águas mais rasas e quentes, que foi
interpretado como mecanismo de defesa ou para estabilização da concha.
Os tipos de escultura ilustrados estão na sua forma mais simples, mas uma
combinação destes elementos forma várias espécies de nossa fauna.
Tipos de musculatura
O sistema muscular consiste principalmente de músculos adutores, pé,
músculos do manto e os sifões. Os músculos adutores conectam as valvas
esquerda e direita. Mesmo os moluscos que possuem um único músculo
adutor em fase adulta, já possuíram os dois músculos em alguma fase
inicial de sua vida. Quando a concha possui os dois músculos ela é
chamada dimiana.
Isomiário
Quando as impressões do músculo são do mesmo tamanho ou bastante
próximo
Anisomiário
Quando o músculo adutor anterior é bem menor que o posterior. Também
chamado de eteromiário.
Filo Mollusca
Características Gerais
CÉLULAS NERVOSAS
Sua visualização já possível logo que removida e dissecada da superfície do
gânglio. Elas são ovais ou redondas nos cortes e variadas em seu tamanho,
variando de 7 a 200 um. A presença de neurônios enormes nos moluscos
pulmonados contrasta com todos os outros grupos de animais. Todos, com
exceção dos menores neurônios, são poliplóides, e existem evidências de
que diferentes replicações de DNA. Muito provavelmente, isso está ligado
com o tamanho e a proporção de DNA que o neurônio possui, o que reflete
na área total da célula. Quanto maior a área, mais porteínas são necessárias.
Filo Mollusca
Os moluscos formam o segundo maior grupo de invertebrados. Há mais de
90.000 espécies, muitas da quais vivem na água, embora alguns vivam em
terra.
Todos os moluscos têm corpo mole, em geral protegido por uma concha
dura.
BIVALVES
O mexilhão passa boa parte da vida preso a uma rocha por um feixe de
filamentos resistentes, o bisso. Como a maioria dos bivalves, o mexilhão
bombeia água através das brânquias e, ao mesmo tempo, se alimenta de
pequenas partículas. Alguns bivalves podem se entocar e se mover.
Pouquíssimos, como as vieiras, podem nadar.
CEFALÓPODES
As lulas gigantes são os maiores cefalópodes e, também, os maiores
invertebrados. Vivem nas profundezas do mar, onde apanham suas presas
com tentáculos providos de ventosas. Há histórias sob lulas gigantes, mas
na verdade pouco se sabe sobre elas. A maior lula capturada media 15m.
MOLUSCO INTELIGENTE
Os polvos têm boa visão e cérebro grande. São, provavelmente, os mais
inteligentes entre os invertebrados. Podem lembrar formas e cores e são
muito eficientes para conseguir alimento. Como as lulas, os polvos movem-
se com rapidez jogando para trás um jato de água por meio de um funil.
ACASALAMENTO DE LESMAS
Estas duas lesmas estão acasalando penduradas por um fio de muco.
Ambas são hermafroditas (têm dois sexos, masculino e feminino).
Quando as lesmas acasalam, trocam esperma por meios de órgãos
especiais: cada uma põe ovos. O hermafroditismo não é incomum no
mundo dos moluscos.
Alguns iniciam a vida com um sexo e depois mudam.
Fonte: www.trabalhoescolar.hpg2.ig.com.br
Filo Mollusca
O que é um molusco?
Classes
1 – MONOPLACOPHORA
São mais conhecidos pelos seus registros fósseis; entretanto existem
atualmente cerca de 12 espécies viventes. Eles possuem vários músculos
retratores, brânquias e corações, porém seu corpo não é segmentado. Todos
são marinhos, pastadores de algas e microorganismos no fundo dos
oceanos. Eles vivem em profundidades de 200 a 6.000 metros e possuem
tamanhos entre 2 a 35 milímetros.
2 – POLYPLACOPHORA
Contém cerca de 900 espécies viventes e são comumente chamados de
chitons. Possuem uma concha composta por 8 placas encaixadas. Simetria
bilateral.
3 – APLACOPHORA
Consiste de 250 espécies viventes. São animais marinhos, vermiformes,
bilaterais, que vivem em profundidades de moderada a grandes, geralmente
em substratos moles. Não possuem concha, mas possuem espículas
calcáreas na superfície do corpo. O pé é restrito a uma fenda pedal anterior
ou a uma pequena fenda no manto. Possuem rádula e uma cavidade do
manto posterior. Alguns são detritívoros outros predadores. Seu tamanho
varia de 1 a 300 milímetros.
4 – SCAPHOPODA
Compreende cerca de 350 espécies viventes. São bilateralmente simétricos
e sua concha alongada, tubular se abre dos dois lados. O pé cônico pode
sair para cavar no sedimento. A cabeça é rudimentar e não possui olhos e
tentáculos. Ele se alimenta por meio de filamentos contráteis chamados
captáculos. Todos são marinhos e vivem enterrados no sedimento de areia
ou lama. São detritívoros. Seu Tamanho varia de 2 a 150 milímetros.
4 – SCAPHOPODA
Compreende cerca de 350 espécies viventes. São bilateralmente simétricos
e sua concha alongada, tubular se abre dos dois lados. O pé cônico pode
sair para cavar no sedimento. A cabeça é rudimentar e não possui olhos e
tentáculos. Ele se alimenta por meio de filamentos contráteis chamados
captáculos. Todos são marinhos e vivem enterrados no sedimento de areia
ou lama. São detritívoros. Seu Tamanho varia de 2 a 150 milímetros.
6 – GASTROPODA
É os moluscos de maior sucesso com cerca de 60.000 espécies viventes.
Geralmente possuem uma única concha espiralada; mas esta está ausente
em algumas espécies. Possuem cabeça com tentáculos cefálicos e um pé
bem desenvolvido. Alguns possuem pulmão para respiração e outros
brânquias. No seu estágio larval a massa visceral e a cavidade do manto
sofrem uma rotação de 180°, em um processo chamado torção. Isto faz com
que seus órgãos saiam de uma posição posterior para uma posição anterior
atrás da cabeça. Em muitos casos, o animal é capaz de se retrair para dentro
da concha para proteção. Alguns possuem opérculo para fechar a concha.
Ocorrem em ambientes marinhos, de água doce e terrestre. Seu tamanho
varia de 0,5 a 750 milímetros.
7 – BIVALVIA
Compreendem cerca de 10.000 espécies viventes. Possuem uma concha
composta por duas valvas conectadas por um ligamento flexível e músculos
adutores para fechar as valvas. A cavidade do mento é alargada para conter
a massa visceral e outros órgãos internos. Não possuem cabeça
diferenciada nem rádula. A maioria é filtradora, com as brânquias atuando
como filtro. A boca possui geralmente um par de palpos labiais que
direcional a comida coletada pelas brânquias.
Fonte: www.fag.edu.br
Filo Mollusca
Gastrópodos
Características Gerais
Os gastrópodos são moluscos, em sua maior parte aqúaticos e marinhos,
que formam a maior classe de moluscos viventes e cerca de 15.000
espécies fósseis.
Podemos distinguir separadamente: cabeça, pé e saco visceral
(gaster=estômago + podos =pés). Esta última porção é coberta pelo manto.
Em geral possuem uma concha univalve, ainda que várias espécies sejam
desprovidas de concha ou possuam somente um concha vestigial.
Em geral, os gastrópodos perdem a simetria bilateral da concha por causa
da torção de toda a massa viceral, que se reflete na disposição de todos os
seus órgãos, sendo que freqüentemente, de órgãos pares, um está atrofiado
(geralmente o direito), apresentando assim a organização anatômica dos
moluscos (Melendez, 1970).
Além disso, eles possuem uma cabeça bilateralmente simétrica com olhos
pedunculados.
Predominantemente marinhos
As brânquias situam-se na frente do coração
Sistema nervoso é do tipo estreptoneuro
Maior subclasse dos gastropodos
As formas mais antigas datam do Cambriano.
O.Archaeogastropodina
Mais primitivos; maioria Paleozoica (Cambriano-R);
Concha não típica: em barrete, taça, helicone, sem simetria bilateral;
Peristoma holostomado;
As vezes possui selenizona.
O. Cenogastropodina
Muito abundantes; conhecidos do O-R.
Formas pelágicas a partir do Cretáceo;
Peristoma presente;
Grande importância para os representantes atuais.
Subclasse Opisthobranchia
Marinhos, pelágicos;
São dotados de apenas uma brânquia, situada atrás do coração;
Sistema nervoso é do tipo eutineuro;
As formas mais antigas datam do Cambriano;
Possivelmente se tenham derivado dos prosobranquios por distorção;
Volta corporal muito grande.
Subclasse Pulmonata
São terrestres e aquáticos;
Não tem brânquias, respiram por pulmões ou sacos respiratórios;
As formas mais antigas datam do Carbonífero;
Existem mais de 6.000 espécies viventes e as espécies fósseis são mais ou
menos 1.000.
O. Basommastophorida
Aparecem no Jurássico Superior e sobrevivem até hoje;
Concha de paredes finas e peristoma não engrossado;
Espiração branquial.
O. Stylommatophorida
Aparecem no Carbonífero e sobrevivem até hoje;
Concha de paredes grosseiras e peristoma engrossado;
Respiração pulmonar.
Paleoecologia e Ecologia
Cefalópodos
Características Gerais
Os Cefalópodos são o grupo mais importante do ponto de vista
estratigráfico.
São os moluscos de organização mais complexa: tem simetria bilateral,
possuem a cabeça bem diferenciada, composta por uma coroa de tentáculos
e a boca dotada por um par de mandíbulas quitinosas e de uma rádula. Os
seus olhos são bem desenvolvidos, semelhantes, em construção, ao olho
humano.
Respiram por brânquias e deslocam-se graças à expulsão rápida da água
através de uma diferenciação ventral do manto. Os sexos são separados e o
desenvolvimento dos ovos dá-se diretamente sem as fases trocófora e
velíger (modificado de Mendes, 1977).
Paleoecologia e Ecologia
Todos os cefalópodos atuais são marinhos, e não se conhece casos fósseis
associados a qualquer outro ambiente, ainda que possuam hábitos muito
variados.
Bibalves ou Pelicípodes
Características Gerais
Os bivalves ou pelecípodos ou ainda lamelibrânquios, são moluscos
aquáticos, fundamentalmente bilaterais simétricos, compridos lateralmente
e providos sempre de uma concha composta por duas valvas semelhantes,
de igual convexidade e calcárias. Em alguns gêneros foi perdida a simetria
bilateral, freqüentemente como resultado da cimentação de uma das valvas
a um substrato.
Conhecem-se então:
Impressões musculares
Produzem-se através da inserção dos músculos adutores, que por sua
contração produzem o fechamento das valvas.
Paleoecologia e Ecologia
Filo Mollusca
Características Gerais
O corpo dos moluscos é dividido em três regiões:
Cabeça,
Pé e
Massa visceral.
Na cabeça estão localizadas a boca e estruturas sensoriais como os olhos e
tentáculos. O pé é musculoso e responsável pela locomoção do animal.
Gastrópodes
Bivalves
Os indivíduos desse grupo têm o corpo protegido por uma concha com
duas valvas: (bi: dois: valva=valvas) características que deu origem ao
nome do grupo.
Os mariscos, mexilhões, ostras e péctem são exemplos de bivalves. Todos
são aquáticos.
Existem espécies hermafroditas, mas a maior parte dos bivalves tem sexos
separados.
O desenvolvimento é indireto.
Cefalópodes
Cefalo=cabeça
Pode=pé
Os polvos possuem oito tentáculos, e as lulas dez.
Todos os cefalópodes têm sexos separados. O desenvolvimento é direto.
Filo Mollusca
MOLUSCO CONTAGIOSO
O molusco contagioso é uma infecção cutânea causada por um poxvírus
que produz protuberâncias lisas, céreas e da cor da pele.
Algumas vezes, uma protuberância isolada pode atingir até 3,8 cm.
O vírus pode infectar qualquer parte da pele, embora seja mais freqüente na
virilha e na região pubiana (embora não ocorra geralmente no órgão genital
masculino ou feminino).
Filo Mollusca
Molusco
A coleção de conchas é um passatempo popular e tem contribuído
significativamente para o conhecimento dos moluscos. Conchas fósseis
encontram-se freqüentemente bem conservadas e servem como indicadores
úteis das épocas geológicas antigas
Caracteres Gerais
Corpo geralmente curto e parcial ou totalmente circundado por uma
formação carnosa da parede do corpo chamada manto e que pode ser
modificada de varias maneiras; entre o manto e a massa viceral existe uma
cavidade do manto contendo os componentes de diversos sistemas
(secundariamente perdidos em alguns grupos).
Uma concha, quando presente, secretada pelo manto e composta de uma,
duas ou oito partes; cabeça e o pé muscular ventral próximo, sendo o pé
modificado de diversas formas para rastejar, cavar, nadar ou capturar
alimento.
Trato digestivo completo, complexo, com tratos ciliados para selecionar
partículas pequenas; boca com rádula apresentando fileiras transversais de
diminutos dentes quitinosos para raspar alimento (exceto BIVALVIA);
orifício retal abrindo-se na cavidade do manto; uma glândula digestiva
grande e freqüentemente glândulas salivares.
Sistema circulatório aberto (exceto nos CEPHALOPODA), incluindo
tipicamente um coração dorsal com um ou dois átrios e um ventrículo,
usualmente em uma cavidade pericárdica, uma aorta anterior e outros vasos
e muitos espaços sanguíneos (hemocelos) nos tecidos.
Respiração através de um a muito ctenídios de estrutura peculiar
(brânquias) no interior da cavidade do manto (secundariamente perdidos
em alguns), pela cavidade do manto ou pelo manto.
Excreção por rins (nefrídios), geralmente ligados à cavidade pericárdica e
terminando na cavidade do manto; celoma reduzido às cavidades dos
nefrídios, gônadas e pericárdio.
Sistema nervoso tipicamente com 1 anel nervoso circunfaríngeo com
vários pares de gânglios e dois pares de cordões nervosos, 1 par inervado o
pé e o outro, a massa visceral; muitos com órgãos para o tato, olfato ou
gosto, manchas ocelares ou olhos complexos e estatocistos para o
equilíbrio.
Sexos geralmente separados (alguns monóicos, poucos protrândricos), com
ductos; fecundação externa ou interna; a maioria ovípara; clivagem do oco
determinada, espiral, desigual e total (meroblástica nos CEPHALOPODA);
larvas trocófora e véliger desenvolvimento direto (PULMONATA,
CEPHALOPODA)
Conchas
Filo Mollusca
Filo Mollusca
Corpo mole
Geralmente coberto por uma concha calcária, produzida pelo manto.
Massa visceral
Concentra a maioria dos sistemas (digestivo, excretor, reprodutor, etc.);
Pé
Órgão musculoso utilizado na locomoção, captura de presas, natação, etc.,
pelo que pode ser extremamente modificado;
Manto
Prega de tecido da parede dorsal do corpo que recobre a massa visceral e
contém glândulas que segregam a concha. O manto delimita uma cavidade,
do manto ou paleal, onde se localizam os órgãos respiratórios;
Sistema digestivo
Completo, com boca e orifício retal, e com órgãos diferenciados (faringe,
esófago, estômago, intestino e glândulas digestivas anexas); – excepto nos
cefalópodes, o sistema circulatório é aberto, ou seja, parte do trajeto do
sangue é feito fora de vasos sanguíneos, em espaços designados lagunas, o
que para animais de movimento lento será suficiente. O coração localiza-se
dorsalmente;
Caracterização
A grande maioria dos moluscos apresenta os sexos separados, com
fecundação externa nos animais aquáticos. Algumas espécies, no entanto,
apresentam fecundação interna ou metamorfoses.
CLASSE CEPHALOPODA
Nos chocos, além dos oito tentáculos vulgares, como nos polvos, existem
dois com que capturam as presas, que podem ser projetados com grande
rapidez.
Caracterização
Polvo de anéis azuis, com apenas 10 cm de comprimento, pode matar um
homem em 15 minutos com a sua picada venenosa.
CLASSE GASTROPODA
Caracterização
A maioria dos gastrópodes apresenta os sexos separados, mas existem
formas hermafroditas (caracóis, por exemplo) e, em outros casos, os
animais podem mudar de sexo ao longo da vida.