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COMÉRCIO EXTERIOR

1 - Introdução

A evolução do Comércio Exterior ocorreu a partir da década de 50. Durante esta


década, o país assumiu o processo de industrialização plena.
A partir dos anos 60, diversas políticas de promoção à exportação foram
apresentadas e levadas a prática.
No Plano de Ação Econômica do Governo era determinado que as exportações
gerariam divisas para a importação.
Após esse período conhecido como milagre econômico, na década de 70, as
exportações assumiriam um papel semelhante ao plano anterior, porém com a diferença
de ajudar a reduzir o déficit provocado pelo aumento da dívida externa com o segundo
choque do petróleo.
No final dos anos 80, o processo de substituição das importações está esgotado
nos setores industriais, mas nos setores de informática e química fina estava distante da
realidade.
Embora constassem do planejamento governamental os temas como
competitividade internacional, permitindo exportar produtos com maior valor agregado,
não passavam de meras regras.
Só no início da década de 90, o ex-presidente Fernando Collor de Mello,
implementou o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e de Apoio à
Capacitação Tecnológica e abriu o debate de liberalização do comércio exterior
brasileiro.
Durante esse período e com maior importância a partir de 1992, o Brasil assume
um compromisso de integrar a sua economia a um espaço econômico e político maior,
surgindo em 1995, o primeiro mercado comum da América Latina, o MERCOSUL.
A globalização da economia exigiu e exige das empresas uma crescente
modernização, principalmente no comportamento empresarial, em função do aumento
da competição no mercado interno quanto no mercado externo.
A globalização acelerou as chamadas desregulamentação de mercados,
flexibilizou os monopólios e as parcerizações das empresas. Com o seu surgimento, a
concorrência rompeu fronteiras.
A empresa inserida no contexto atua com venda competitiva e padronizada de
seu produto em qualquer parte do mundo.
O Brasil deverá estar atento a todas as oportunidades de negociações de acesso a
mercados que se apresentem. Embora seja custoso para o país participar dessa
multiplicidade de iniciativas, o avanço do regionalismo no comércio internacional não
permite posturas de isolamento daqueles que atribuem às exportações papel relevante
para suas expectativas de crescimento econômico.
Para fazer frente a esses desafios, o futuro governo deverá enfrentar também
uma vasta agenda doméstica. No topo dessa agenda está a remoção dos conhecidos
componentes do chamado “custo Brasil”. Outra questão relevante é o reforço da
capacitação dos negociadores brasileiros para lidar com esta difícil e complexa agenda.
Entretanto, há também um fato novo que não se pode ignorar: as negociações
comerciais com países desenvolvidos atraíram o interesse de diferentes segmentos da
sociedade civil e provocaram o debate sobre legitimidade interna da política comercial.
O futuro governo deverá dar respostas à demanda social por participação, de
forma compatível com as necessidades de eficácia da política comercial que será
implementada.
Principais diferenças entre o comércio intra-regional e o comércio exterior

Variação no Grau de Mobilidade dos Fatores de Produção

Embora a mobilidade dos fatores ocorra tanto no mercado interno como no


internacional, ela se apresenta em maior grau no primeiro, especialmente em relação ao
fator trabalho.
Se para a instalação de uma determina indústria no Nordeste se fizerem
necessários equipamentos ou máquinas produzidos em São Paulo, sua remessa para
aquela região far-se-á sem maiores dificuldades jurídicas, políticas, etc. Se em uma
região houver falta de mão-de-obra enquanto houver excesso em outra, verificam-se
movimentos migratórios espontâneos por parte da população. No caso de um
empreendimento em uma região necessitar de recursos financeiros e, desde que se
ofereça adequada compensação aos possuidores desses recursos, estes imediatamente se
àquela região.
No mercado internacional, porém, essa mobilidade de fatores é muito menor, por
uma infinidade de motivos. Se países como o Brasil não oferecem dificuldades em
relação à entrada de elementos alienígenas, o mesmo não ocorre em países como os
Estados Unidos, onde a legislação imigratória dificultam grandemente a entrada de
trabalhadores de outras nacionalidades.
A transferência de matérias-primas e outros produtos também esta sujeita a
restrições de diversas naturezas, tais como existência de quotas para importação (ou
exportação), exigências quanto a embalagens, regulamentos sanitários, pressões de
produtores locais etc.
O mesmo ocorre em relação as capitais, cuja, movimentação poderá ser
dificultada ou, conforme o caso proibida.

Natureza de Mercado

Quando se considera o mercado interno, o que salta a vista é a unidade de


idioma, costume, gostos, hábitos de comércio, sistemas de pesos e medidas, etc. Essa
unidade tende a padronizar os hábitos de consumo e os bens produzidos, o que,
indiscutivelmente, apresentará maiores facilidades para a produção de um sistema de
produção em larga escala.
No mercado internacional, porém, as existentes diferenças com relação aos
aspectos apontados tornam problemática essa padronização. Uma empresa que opere no
mercado internacional deverá aprofundar-se no estudo dos hábitos e reações dos
habitantes dos países com os quais comercie e adaptar seus produtos de modo a atender,
na medida do possível, às peculiaridades de cada população.
O fato de um produto ser bom e ter êxito no mercado interno é insuficiente para
se impor no exterior. Muitos artigos podem ter sucesso em um mercado e fracassar em
outro. Cada mercado deve ser tratado e analisado separadamente.
Isso, evidentemente, dificultará de certo modo a aplicação de uma política de
produção em massa.

Embalagens brancas devem ser evitadas na China, pois significa luto.


O vermelho para alguns países africanos é cor de feitiçaria ou morte.
A figura do porco não deve ser utilizada em países muçulmanos.
A imagem do cachorro deve ser evitada em países árabes onde é considerado um animal
maldito.
A vaca é um animal sagrado para os indianos.
Para os americanos o número 13 é considerado número de azar..
Entre nós o 24 . . .

2 - Estrutura do Comércio Exterior brasileiro

Organograma

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Conselho de Governo

CAMEX Secretaria Executiva

Conselho de Ministros

CONEX GECEX COFIG

A Camex

A CAMEX é um órgão integrante do Conselho de Governo da Presidência da


República e tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e coordenação de
políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o
turismo.
É composta pelos seguintes representantes:
Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a quem cabe a
presidência da CAMEX;
Ministro de Estado Chefe da Casa Civil;
Ministro das Relações Exteriores;
Ministro da Fazenda;
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Ministro do Desenvolvimento Agrário.

Tendo em vista a abrangência do tema comércio exterior, diversos órgãos da


administração pública possuem competências relacionadas ao assunto, bem como
executam ações e desenvolvem políticas sobre esta matéria.
Dessa forma, a fim de permitir uma ação integrada por parte do governo, é
função da CAMEX definir diretrizes, bem como coordenar e orientar ações dos órgãos
do governo que possuam competências na área de comércio exterior. Ademais, a
Câmara deve ser previamente consultada sobre matérias relevantes relacionadas ao
tema, ainda que consistam em atos de outros órgãos federais.

Os principais órgãos no âmbito da CAMEX são:

 Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior


 Comitê Executivo de Gestão – GECEX;
 Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações – COFIG;
 Conselho Consultivo do Setor Privado - CONEX;
 Secretaria-Executiva

Competências da CAMEX

Destacam-se:

• definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio


exterior;
• coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de
comércio exterior;
• definir, no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações
sobre normas e procedimentos, para os seguintes temas, observadas a reserva legal:

a) racionalização e simplificação do sistema administrativo;


b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio exterior;
c) nomenclatura de mercadoria;
d) conceituação de exportação e importação;
e) classificação e padronização de produtos;
f) marcação e rotulagem de mercadorias; e
g) regras de origem e procedência de mercadorias;

• estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao


comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;
• orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da
Fazenda;
• formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;
• estabelecer diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e racionalização do
comércio exterior;
• estabelecer diretrizes e procedimentos para investigações relativas a práticas desleais
de comércio exterior;
• fixar diretrizes para a política de financiamento das exportações de bens e de
serviços, bem como para a cobertura dos riscos de operações a prazo, inclusive as
relativas ao seguro de crédito às exportações;
• fixar diretrizes e coordenar as políticas de promoção de mercadorias e de serviços no
exterior e de informação comercial;
• opinar sobre política de frete e transportes internacionais, portuários, aeroportuários e
de fronteiras, visando à sua adaptação aos objetivos da política de comércio exterior e
ao aprimoramento da concorrência;
• orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários, aeroportuários, de
transporte e de turismo, com vistas ao incremento das exportações e da prestação desses
serviços a usuários oriundos do exterior;
• fixar as alíquotas do imposto de exportação, respeitadas as condições estabelecidas
em lei;
• fixar as alíquotas do imposto de importação, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei;
• fixar e suspender salvaguardas, direitos antidumping e compensatórios, provisórios
ou definitivos;
• estender as medidas antidumping e compensatórias a terceiros países, bem como a
partes, peças e componentes dos produtos objeto de medidas vigentes;
• homologar compromissos de preços no âmbito dos processos de defesa comercial;
• definir a utilização das receitas oriundas da cobrança dos direitos antidumping e
compensatórios, bem como sua extensão, e das receitas oriundas da cobrança das
salvaguardas;
• alterar, na forma estabelecida nos atos decisórios do Mercado Comum do Sul -
MERCOSUL, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL;
• adotar medidas para proteger os interesses comerciais brasileiros nas relações
comerciais com países que descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou
multilateralmente, inclusive de retaliação;
• deliberar sobre as matérias submetidas pelos membros e órgãos integrantes.

Áreas de Atuação

Conforme Decreto nº 4.732/2003, a Câmara de Comércio Exterior tem por objetivo a


formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao
comércio exterior de bens e serviços.

 Defesa Comercial
 Tarifa Externa Comum
 Consolidação de Normas
 Facilitação de Comércio E Logística
 Financiamento e Garantia às Exportações
 Negociações Internacionais

Perguntas Freqüentes - CAMEX

Estrutura da CAMEX

1 - O que é a CAMEX e como é o seu funcionamento?

R: A CAMEX é uma câmara do Conselho de Governo com atribuição de formular


políticas públicas, cujas ações e políticas ultrapassem as competências de um único
Ministério (Lei nº 10.683/2003), relacionadas com o comércio exterior. Atualmente,
compõem a CAMEX os seguintes ministérios:
(i) Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que o presidirá;
(ii) Chefe da Casa Civil da Presidência da República;
(iii) Ministro das Relações Exteriores;
(iv) Ministro da Fazenda;
(v) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
(vi) Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
(vii) Ministro do Desenvolvimento Agrário.

O órgão de deliberação superior e final da CAMEX é o Conselho de Ministros. Os


outros órgãos que compõem a CAMEX são a Secretaria-Executiva (SE), o Comitê
Executivo de Gestão (GECEX), o Comitê de Financiamento e Garantia às Exportações
(COFIG) e o Conselho Consultivo do Setor Privado (CONEX). A SE/CAMEX é o
órgão permanente da CAMEX com competências próprias previstas no Decreto nº
4.732/2003 e no Decreto nº 7.096/2010, com destaque para:

 a assistência direta ao Presidente do Conselho de Ministros da CAMEX,


 a preparação das reuniões do Conselho de Ministros, do GECEX e do CONEX,
 o acompanhamento da implementação das deliberações e diretrizes fixadas pelo
Conselho de Ministros e pelo GECEX,
 o acompanhamento do trabalho do COFIG,
 a coordenação de grupos técnicos interministeriais,
 promover estudos, pareceres, reuniões e publicações sobre assuntos pertinentes ao
comércio exterior.

2. Como eu posso encaminhar propostas de comércio exterior para a CAMEX?


R: Propostas podem ser encaminhadas à Secretaria-Executiva da CAMEX, direcionadas
para os Grupos Técnicos que tratam de temas ligados ao comércio exterior, tais como:
(i) o Grupo Técnico de Facilitação do Comércio – GTFAC;
(ii) o Grupo Técnico de Defesa Comercial – GTDC;
(iii) o Grupo sobre Alterações Temporárias da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL
– GTAT-TEC;
(iv) o Grupo Técnico de Contratações Públicas – GTCOP;
(v) o Grupo Técnico de Acompanhamento da Resolução Grupo Mercado Comum -
GMC nº 08/08-GTAR 08/08;
(vi) o Grupo Técnico de Consolidação da União Aduaneira do MERCOSUL;
(vii) o Grupo Técnico de Coordenação MERCOSUL - União Européia- GC
MERCOSUL-EU;
(viii) o Grupo Técnico Interministerial de Consolidação da legislação interna de
comércio Exterior – GTIC;
(ix) o Grupo Técnico de Avaliação de Interesse Público – GTIP;
(x) o Grupo Técnico de Estudos Estratégicos para Comércio Exterior - GTEX.
Maiores informações podem ser encontradas em: Grupos Técnicos.

Financiamento e garantia à exportação

3 - Qual é a empresa elegível para o Programa de Financiamento à Exportação –


PROEX?

R: O PROEX Financiamento está voltado fundamentalmente para o atendimento às


empresas com faturamento bruto anual de até R$ 600 milhões. Por sua vez, o PROEX
Equalização atende empresas com qualquer faturamento.

4 - Quais bens e serviços são financiáveis?


R: Os bens e serviços elegíveis ao PROEX estão elencados na Portaria MDIC nº 208, de
20 de outubro de 2010.
5 - Como contratar o PROEX Financiamento?

R: O Banco do Brasil atua com exclusividade como o agente financeiro da União


responsável pela gestão do PROEX. Assim, para obter informações mais detalhadas
acerca o Programa, contate diretamente uma das 18 Gerências Regionais de Apoio ao
Comércio Exterior do Banco do Brasil (GECEX).

6. Como obter o financiamento via BNDES?

R: O BNDES concede financiamento à produção de bens e de serviços brasileiros


destinados à exportação e à comercialização destes itens no exterior. Para mais
informações, consulte o site do banco (www.bndes.gov.br).

Imposto de importação

7 - Quais as formas de alteração do imposto de importação?


A alíquota do imposto de importação pode ser alterada de forma definitiva, por meio da
alteração permanente da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL – TEC, ou de forma
provisória, por meio (i) da redução da alíquota do Imposto de Importação ao Amparo da
Decisão Grupo Mercado Comum do MERCOSUL 08/08, por abastecimento, (ii) da
redução ou majoração da alíquota de Imposto de Importação na Lista de Exceções à
TEC, (iii) de reduções temporárias da alíquota do Imposto de Importação para bens de
capital e bens de informática e telecomunicações não produzidos por mecanismo de ex
tarifário, (iv) da elevação tarifária temporária ao amparo da Decisão Conselho Mercado
Comum do MERCOSUL 39/11, sendo que esta última entrará em vigor brevemente.
Todas as formas de alteração são deliberadas pela CAMEX e mais informações podem
ser encontradas em:
http://www.camex.gov.br/conteudo/exibe/area/3/menu/41/Tarifa%20Externa
%20Comum%20-%20TEC

Facilitação de comércio

8. O que é a Facilitação de Comércio e qual o papel da CAMEX nesse contexto?

A Facilitação de Comércio visa à simplificação, harmonização, padronização e


modernização de procedimentos de comércio. O seu objetivo principal é reduzir
barreiras e custos de transação relativos ao comércio internacional. O papel da CAMEX
é coordenar esforços de Governo para a ampliação do comércio em um contexto de
competição mais agressiva e de necessidade de recursos logísticos mais eficientes
(infra-estrutura, transporte, prestadores de serviços e controle governamental). A
CAMEX promove reuniões com as agências e órgãos do Governo intervenientes no
comércio exterior para avaliar procedimentos e modernizar a legislação, buscando
racionalizar o controle de exportações, importações e trânsito de mercadorias.

Perguntas Freqüentes – Resolução CAMEX nº 79/2012

Ausência de similaridade no ICMS

Glossário
TEC - Tarifa Externa Comum

NCM - Nomenclatura Comum do MERCOSUL

LETEC - Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum

LEBIT - Lista de Exceções de Bens de Informática e de Telecomunicações

1- Para que um bem seja considerado sem similar nacional basta que esteja
classificado em um dos capítulos e códigos NCM citados no inciso I do art. 1º da
Resolução Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012?

Resposta. Para se caracterizar a ausência de similaridade, não basta que o bem esteja
classificado nos capítulos e códigos NCM citados no inciso I do art. 1º da Resolução
Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012. Também se faz necessário que a alíquota do
imposto de importação esteja fixada em zero ou dois por cento.

2- Para que um bem seja considerado sem similar nacional basta que a alíquota
correspondente do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois por cento?

Resposta. Para se caracterizar a ausência de similaridade, não basta que a alíquota


correspondente do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois por cento.
Também se faz necessário que o bem esteja classificado nos capítulos ou códigos NCM
citados no inciso I do art. 1º da Resolução Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012.

3- O produto que importo classifica-se em código NCM cuja descrição é


apropriada. No entanto, a alíquota de imposto de importação respectiva é superior
a 2%. Nesse caso, como devo proceder para que o produto importado seja
considerado sem similar nacional?

Resposta. Os critérios de similaridade foram fixados de forma objetiva na Resolução


CAMEX nº 79, de 1º de novembro de 2012. Dessa maneira, o procedimento adequado
para incluir bens na lista de sem similar nacional é solicitar a alteração definitiva da
TEC, atualizando a alíquota do imposto de importação para o patamar compatível.
Alternativamente, também se pode apresentar pleito de alteração temporária por meio
de inclusão na Lista de Exceções à TEC. Os roteiros necessários para realizar as
solicitações correspondentes, quando cabíveis, se encontram no sítio eletrônico do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, especificamente nos
seguintes endereços:

Alteração da TEC: http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1255556871.doc

Alteração da LETEC: http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1328114778.doc

Cabe ressaltar que este procedimento só será eficaz para fins de não similaridade do
ICMS se o produto estiver enquadrado em um dos capítulos citados no inciso I do art. 1º
da Resolução Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012.
4- O produto que importo classifica-se em código NCM cuja descrição não reflete a
especificidade do bem. Além disso, o código remete a uma alíquota de imposto de
importação superior a 2%. Nesse caso, como devo proceder para que o produto
importado seja considerado sem similar nacional?

Nesta situação, o interessado deve pleitear a alteração permanente da TEC no sentido de


se criar um código NCM mais específico, indicando a alíquota de imposto de
importação entre 0 e 2%. Maiores informações sobre este procedimento, inclusive o
roteiro de solicitação, podem ser obtidos em
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1850.

Cabe ressaltar que este procedimento só será eficaz para fins de não similaridade do
ICMS se o produto estiver enquadrado em um dos capítulos citados no inciso I do art. 1º
da Resolução Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012.

No caso específico de bens grafados na TEC como BK ou BIT, o interessado tem a


alternativa de pleitear a concessão de um Ex-Tarifário cujo roteiro se encontra
disponível no anexo da Resolução Camex nº 17, de 3 de abril de 2012. Maiores
informações sobre os pleitos de Ex-Tarifário podem ser obtidas em
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=340
Vale ressaltar que a formalização de pleito não implica no seu deferimento.

5- Considerando que a mercadoria vinda de determinado país tem alíquota zero de


imposto de importação em razão de acordo comercial, posso considerar que estará
cumprido o requisito do inciso I do art. 1º da Resolução Camex nº 79, de 1º de
novembro de 2012?

Resposta. O inciso I do art. 1º da Resolução Camex nº 79, de 1º de novembro de 2012,


refere-se às alíquotas constantes do Anexo I, II e III da Resolução Camex nº 94, de 8 de
dezembro de 2011. Em outras palavras, a resolução abrange apenas o que está previsto
na TEC, na Letec e na Lebit, não valendo para os bens e mercadorias beneficiados por
acordos comerciais de preferências.

6- Qual a base legal para excluir os produtos importados sem similar nacional da
alíquota interestadual de 4% referente ao ICMS?

Resposta. No caso, o Senado Federal invocou a competência atribuída pelo art. 155, §
2º, IV, da Constituição Federal para editar a sua Resolução nº 13, de 25 de abril de 2012,
que fixou a alíquota interestadual de ICMS em 4%, ressalvando os bens sem similar
nacional.

7- Porque as alíquotas zero ou dois constantes das listas de exceção à TEC (Letec e
Lebit) também foram utilizadas na elaboração dos critérios para definir bem sem
similar nacional?
Resposta. O Senado Federal, por meio da sua Resolução nº 13, de 25 de abril de 2012,
atribuiu à Camex a incumbência de definir os critérios para elaboração da lista de bens
sem similar nacional. Para cumprir a função, foram reutilizados os mesmos critérios que
nortearam a negociação da TEC no âmbito do MERCOSUL. Para manter a coerência da
norma expedida pela Camex (Resolução nº 79, de 1º de novembro de 2012) estendeu-se
o mesmo critério para a Letec e a Lebit. No processo de formação da TEC, os produtos
não produzidos na região (MERCOSUL), em geral, foram gravados com alíquotas do
Imposto de Importação de zero ou 2%. No entanto, deve se ressaltar que não basta a
alíquota zero ou dois para que o bem seja considerado sem similar nacional. Para que a
mercadoria seja assim considerada faz-se também necessário que ela esteja classificada
em NCM pertencente a um dos capítulos ou códigos citados no inciso I do art. 1º da
Resolução Camex supracitada.

Defesa Comercial

As medidas de defesa comercial consistem na aplicação de direitos antidumping e


direitos compensatórios, provisórios ou definitivos, com vistas a neutralizar os efeitos
de práticas desleais de comércio de determinado país ou grupo de países, a saber,
dumping e subsídios, respectivamente. As salvaguardas dizem respeito a aplicação de
medidas tarifárias ou restrições quantitativas frente a um surto de importações de
diversas origens, com vistas a coibir prejuízo grave à indústria nacional.

A CAMEX é a autoridade brasileira competente para a aplicação de medidas de defesa


comercial. Para tanto, conta com o auxílio do Grupo Técnico de Defesa Comercial -
GTDC, que é presidido e secretariado pela Secretaria-Executiva da CAMEX.

O instrumento normativo que torna pública a aplicação da medida de defesa comercial é


a Resolução CAMEX, a qual é submetida diretamente à aprovação do Conselho de
Ministros da CAMEX ou do Comitê Executivo de Gestão da CAMEX (GECEX), ad
referendum do Conselho.

Os processos de investigação relacionados aos temas de defesa comercial e


salvaguardas são conduzidos pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - SECEX/MDIC.

Excepcionalmente, a CAMEX poderá suspender a aplicação de medida de defesa


comercial, ou aplicar direito diferente do recomendado pela SECEX/MDIC, se
verificadas razões de interesse nacional (artigo 64, § 3º, do Decreto nº 1.602, de 1995;
artigo 73, § 3º, do Decreto nº 1.751, de 1995, e artigo 10 do Decreto nº 1.488, de 1995).
Nesses casos, a análise técnica é realizada pelo Grupo Técnico de Avaliação de Interesse
Público - GTIP, que é secretariado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda e presidido pela Secretaria-Executiva da CAMEX.

Tarifa Externa Comum - TEC

A CAMEX é o colegiado do governo brasileiro que tem a competência de fixar a


alíquota do imposto de importação, observados os compromissos internacionais do
Brasil, notadamente, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e no
MERCOSUL.
Dessa maneira, a Secretaria-Executiva da CAMEX coordena uma série de Grupos que
analisam tecnicamente as solicitações de alterações, permanentes ou temporárias, da
Tarifa Externa Comum do MERCOSUL.

Consolidação de Normas

No âmbito da melhoria do ambiente jurídico, a Secretaria-Executiva da CAMEX elegeu


como prioridade a consolidação da legislação de comércio exterior, de forma a
promover, com transparência, a sua unificação, racionalização e modernização haja
vista que as normas sobre a matéria encontram-se esparsas em diversos diplomas legais,
muitas delas já defasadas em relação ao crescimento do comércio exterior brasileiro.

Nesse sentido, foi criado o Grupo Técnico Interministerial de Consolidação da


Legislação Interna de Comércio Exterior (GTIC).

O GTIC tem feito uma série de reuniões plenárias, havendo realizado um levantamento
da legislação pertinente ao comércio exterior. O objetivo é a elaboração de um Projeto
de Norma que:

* relacione os órgãos anuentes que atuam no comércio exterior, com as respectivas


competências em relação aos tipos de produtos ou atividades que anuem;

* identifique as penalidades aplicadas pelos órgãos intervenientes no comércio exterior;


e

* consolide várias leis que disponham sobre o comércio exterior, de forma a atualizá-las
em relação à referência a órgãos que foram substituídos por outros ou extintos; a
harmonizá-las com as regras da OMC e do MERCOSUL; e a declarar a revogação
expressa de dispositivos implicitamente revogados por leis posteriores.

A proposta de consolidação da legislação de comércio exterior está inserida no Plano


Plurianual 2012-2015. Ao final dos trabalhos, a proposta normativa será apresentada ao
Conselho de Ministros da CAMEX.

Sobre a Facilitação de Comércio

A Facilitação de Comércio refere-se à simplificação e à desburocratização das


atividades e procedimentos relacionados ao comércio exterior. Possui o intuito de
reduzir barreiras e custos de transação relativos a esse comércio.

Podem ser destacados ainda os seguintes objetivos:

 Simplificar e facilitar as operações de comércio exterior sem prejuízo da


segurança e dos controles necessários;
 Modernizar e racionalizar normas e procedimentos administrativos, de modo a
reduzir os custos operacionais, tanto para o Estado quanto para os agentes
privados;
 Criar oportunidades para a ampliação do comércio e facilitar o acesso ao
mercado externo para a empresa brasileira, em especial para as pequenas e
médias empresas;
 Melhorar a coordenação das atividades dos diferentes órgãos do governo federal
que atuam no comércio exterior;
 Contribuir para a redução da fraude e da evasão fiscal; e
 Ampliar o diálogo e a cooperação entre o público-privado.

Dessa forma, a facilitação de comércio pode contribuir para melhorar a competitividade


do país, atrair investimentos produtivos e gerar novos e melhores empregos.

Nesse contexto, o papel da CAMEX tem sido o de coordenar esforços, promovendo


reuniões com as agências e órgãos do governo competentes para rever procedimentos e
modernizar a legislação, objetivando racionalizar as exigências referentes a
procedimentos para exportações, importações e trânsito.

Na estrutura da CAMEX o tema é tratado dentro do Grupo Técnico de Facilitação do


Comércio (GTFAC). O Grupo auxilia na formulação e implementação das políticas
sobre o tema.

Resolução CAMEX nº 70, de 2007 - Inclusão do tema facilitação entre as prioridades da


CAMEX Grupo Técnico de Facilitação do Comércio - GTFAC

O Grupo Técnico de Facilitação do Comércio (GTFAC) foi instituído pelo Conselho de


Ministros da CAMEX para fornecer assessoramento técnico na formulação e
implementação das políticas sobre facilitação de comércio.

Por intermédio do GTFAC, são promovidas reuniões entre representantes de diversos


órgãos de governo, intervenientes no comércio exterior brasileiro. Nas reuniões são
discutidas e propostas medidas para racionalização dos procedimentos relativos a esse
comércio.

Nesse sentido, o GTFAC tem avançado significativamente para a construção de um


ambiente mais célere, transparente e seguro para incremento da competitividade das
empresas brasileiras no comércio internacional.

Logística

A eficiência logística é fator determinante para a competitividade das empresas e dos


seus produtos e exerce particular influência no sucesso das trocas internacionais.

Nesse sentido, a fim de manter coerência com os objetivos da política de comércio


exterior e visando o aprimoramento da concorrência e da eficiência da ação
governamental, a CAMEX coordena e participa de reuniões técnicas intra-
governamentais, inclusive por solicitação de operadores de comércio e entidades de
classe, com o propósito de discutir as propostas, avaliar os impactos, monitorar as
decisões tomadas e indicar aperfeiçoamentos.

São tratados, em especial, os seguintes temas:

 Navegação (interior, cabotagem e longo curso);


 Rodovias; ferrovias e outras modalidades de transporte interno ou internacional
de mercadorias;
 Terminais de movimentação de carga, dentre os principais, os portos e
aeroportos;
 Política de frete e transportes internacionais;
 Transporte multimodal;
 Contêineres;
 Acordos internacionais relativos ao tema; e
 Outros.

O Conselho de Ministros pode, se for o caso, deliberar sobre esses temas por meio de
Resolução CAMEX. Pode ainda manifestar-se com o intuito de orientar políticas de
incentivo à melhoria da infra-estrutura e dos serviços logísticos no país.

Programa de Financiamento à Exportação - PROEX

O Programa de Financiamento às Exportações – PROEX é um programa do Governo


Federal de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços, viabilizando
financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional. O
Banco do Brasil S.A é o agente exclusivo da União para o PROEX.

O PROEX oferece duas modalidades de apoio à exportação:

PROEX Financiamento: financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao


importador com recursos do Tesouro Nacional. Essa modalidade apóia exportações
brasileiras de empresas com faturamento bruto anual até R$600 milhões. Os prazos de
financiamento variam de 60 dias a 10 anos de pagamento, definidos de acordo com o
conteúdo tecnológico da mercadoria exportada ou a complexidade do serviço prestado.
Para os financiamentos com prazo até 2 anos, o percentual financiado pode chegar a
100% do valor da exportação. Nas operações com prazo superior, a parcela financiada
fica limitada a 85% do valor das exportações.

PROEX Equalização: exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no


exterior, na qual o PROEX assume parte dos encargos financeiros, tornando-os
equivalentes àqueles praticados no mercado internacional. Esta modalidade pode ser
contratada por empresas brasileiras de qualquer porte. A equalização pode ser concedida
nos financiamentos ao importador, para pagamento à vista ao exportador brasileiro, e
nos refinanciamentos concedidos ao exportador. Os prazos de equalização variam de 60
dias a 15 anos, definidos de acordo com o valor agregado da mercadoria ou a
complexidade dos serviços prestados, e o percentual equalizável pode chegar a até
100% do valor da exportação.

Fundo de Garantia à Exportação - FGE

O Fundo de Garantia à Exportação – FGE é um fundo de natureza contábil, vinculado


ao Ministério da Fazenda, que tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas
pela União nas operações de Seguro de Crédito à Exportação.

O Seguro de Crédito à Exportação visa garantir as operações de crédito à exportação


contra os riscos comerciais, políticos e extraordinários que possam afetar a produção de
bens e a prestação de serviços destinados à exportação brasileira, bem como as
exportações brasileiras de bens e serviços, podendo ser utilizado por exportadores,
instituições financeiras e agências de crédito à exportação que as financiarem,
refinanciarem ou garantirem.

SBCE

A Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A – SBCE, constituída em 1997 sob


a forma de sociedade anônima, é a única empresa seguradora autorizada a operar o
Seguro de Crédito à Exportação - SCE ao amparo do FGE.

A SBCE é a empresa responsável pela estruturação, gestão e acompanhamento das


operações de Seguro de Crédito à Exportação, com garantias do FGE. Dessa forma, a
estrutura com a garantia do SCE deverá necessariamente passar pela análise técnica
daquela empresa, que é contratada pela União, representada pela Secretaria de Assuntos
Internacionais do Ministério da Fazenda, para a execução desses serviços.

Negociações Internacionais

Compete à CAMEX estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e


convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral.

Compete também à CAMEX propor as medidas que considerar pertinentes para


proteger os interesses comerciais brasileiros nas relações comerciais com países que
descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou multilateralmente. A CAMEX é
responsável, entre outros, pela decisão de iniciar procedimento contencioso contra
outros países ou de autorizar retaliação comercial quando cabível.

Nesse contexto, a Secretaria-Executiva da CAMEX acompanha, por meio de sua equipe


técnica, as negociações dos acordos internacionais de comércio do Brasil, assim como o
relacionamento do país com outros países e com órgãos internacionais. Dessa forma, a
Secretaria-Executiva coordena ou participa de grupos técnicos intra-governamentais, a
fim de realizar e promover estudos e preparar propostas sobre matérias de competência
da CAMEX, para serem submetidas ao Conselho de Ministros e ao Comitê Executivo
de Gestão;

A título de exemplo, pode-se citar a participação da Secretaria Executiva nas seguintes


negociações:

 Organização Mundial de Comércio (OMC);


 Negociações Intra-regionais do MERCOSUL;
 Negociações Extra-regionais do MERCOSUL; e
 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Comitê Executivo de Gestão (GECEX)

Ao GECEX cabe supervisionar e determinar aperfeiçoamentos em relação a qualquer


trâmite, barreira ou exigência burocrática que se aplique ao comércio exterior de bens e
serviços; decidir, ad referendum, sobre matérias da competência do Conselho de
Ministros; e decidir sobre outras matérias delegadas pelo Conselho de Ministros.
São membros natos do Comitê Executivo de Gestão:

I. O Presidente do Conselho de Ministros da Camex, que o preside;


II. O Secretário-Executivo da Casa Civil da Presidência da República;
III. O Secretário-Geral das Relações Exteriores;
IV. O Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda;
V. O Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento;

VI. O Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio


Exterior;
VII. O Secretário-Executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
VIII. O Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes;
IX. O Secretário-Executivo do Ministério do Trabalho e Emprego;
X. O Secretário-Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia;
XI. O Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente;
XII. O Secretário-Executivo do Ministério do Turismo;
XIII. O Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
XIV. O Secretário-Executivo da Camex;
XV. O Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Ministério das
Relações Exteriores;
XVI. O Subsecretário-Geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores;
XVII. O Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda;
XVIII. O Secretário da Receita Federal do Ministério da Fazenda;
XIX. O Secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XX. O Secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior;
XXI. O Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil;
XXII. O Diretor de Comércio Exterior do Banco do Brasil S.A.;
XXIII. Um membro da Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social; e
XXIV. Um representante do Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de
Exportações do Brasil - APEX - Brasil.

Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações – COFIG

O COFIG é um colegiado integrante da CAMEX, com as atribuições de enquadrar e


acompanhar as operações do Programa de Financiamento às Exportações – PROEX e
do Fundo de Garantia à Exportação – FGE, estabelecendo os parâmetros e condições
para concessão de assistência financeira às exportações e de prestação de garantia da
União.

O Comitê também possui a competência de orientar a atuação da União no Fundo de


Financiamento à Exportação - FFEX.

O COFIG é composto por um representante titular e respectivo suplente, indicados


nominalmente pelos seguintes órgãos:

• Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio


Exterior, que exerce a função de Presidência do Comitê;
• Ministério da Fazenda, representado pela Secretaria de Assuntos Internacionais, que
exerce a função de Secretaria-Executiva do Comitê;
• Ministério das Relações Exteriores;
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
• Casa Civil da Presidência da República; e
• Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

Participam do COFIG, sem direito a voto, um representante titular e respectivo suplente,


indicados nominalmente pelos seguintes órgãos:

• Banco do Brasil S.A.;


• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES;
• Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. - SBCE.
.

Conselho Consultivo do Setor Privado – CONEX

O Conex é o núcleo de assessoramento privado da CAMEX, competindo-lhe apresentar


estudos e propostas de aperfeiçoamento da política de comércio exterior. É composto
por até 20 representantes do setor privado, sob a presidência do Presidente do Conselho
de Ministros da CAMEX.

3- CONCEITOS

Economia internacional: É o estudo das transações econômicas entre as nações


(operações comerciais, prestação de serviços, remessas).

Importância:

a) para adquirir bens e serviços que não possuem e nem tem condições de produzir;
b) para obter no exterior, a custos menores do que produzindo internamente;
c) para exportar bens que podem produzir além de sua necessidade, o que permitira o
pagamento das importações.

MERCOSUL: Mercado Comum do Cone Sul


CEE: Comunidade Econômica Européia
AELC: Associação Européia de Livre Comércio
ALADI: Associação Latino-Americana de Integração
OPEP: Organização dos Países Exportadores de Petróleo
NAFTA: Acordo de livre comércio da América do Norte (EUA, Canadá e México).

Organização Mundial do Comércio

Organização Mundial do Comércio (OMC) é uma organização criada com o


objetivo de supervisionar e liberalizar o comércio internacional.
A OMC surgiu oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo de
Marraquexe, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que
começara em 1947.
A organização lida com a regulamentação do comércio entre os seus países-
membros; fornece uma estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais
e um processo de resolução de conflitos que visa reforçar a adesão dos participantes aos
acordos da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos Estados-
membros e ratificados pelos parlamentos nacionais.
A maior parte das questões em que a OMC se concentra são provenientes de
negociações comerciais anteriores, especialmente a partir da Rodada Uruguai (1986-
1994). A rodada de negociações atualmente em curso - a primeira da OMC (as
anteriores eram rodadas do GATT) - é a Rodada Doha.

História
Após a Segunda Guerra Mundial, instituições mercantilistas dedicadas à
cooperação social internacional foram criadas pelos Acordos de Bretton Woods:
o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização Internacional
do Comércio.
Esta não se materializou e a saída para a regulação no comércio foi o Acordo
Geral de Tarifas e Comércio (GATT), até quando no fim do século XX, uma
organização intergovernamental foi estabelecida, a OMC.

Antecedentes

Ambos foram fortes defensores de um ambiente de comércio internacional


liberal e recomendaram a criação de três instituições: o FMI (para questões fiscais e
monetárias), o Banco Mundial (por questões financeiras e estruturais) e a OIC (para a
cooperação econômica internacional).
Em Agosto de 1942, os Estados Unidos convidaram seus aliados de guerra a
iniciar negociações a fim de criarem um acordo bipolar para a redução recíproca das
tarifas de comércio de bens. Para realizar este objetivo, tentou-se criar a Organização
Internacional do Comércio (em inglês, International Trade Organization - ITO).
Um Comitê Preparatório teve início em fevereiro de 1946 e trabalhou até
novembro de 1947. Em Março de 1943 as negociações quanto à Carta da Organização
Internacional do Comércio (OIC) não foram completadas com sucesso em Havana.
Esta Carta tentava estabelecer efetivamente a OIC e designar as principais regras
para o comércio internacional e outros assuntos econômicos. Esta Carta nunca entrou
em vigor, foi submetida inúmeras vezes ao Congresso dos Estados Unidos que nunca a
aprovou.
Em fevereiro de 1946 um acordo foi alcançado, o GATT. Finalmente, em 29 de
novembro de 1949, 148 países assinaram o “Protocolo de Provisão de Aplicação do
Acordo Geral de Tarifas e Comércio” com o objetivo de evitar a onda protecionista que
marcou os anos 40.
Nesta época os países tomaram uma série de medidas para proteger os produtos
nacionais e evitar a entrada de produtos de outros países, como por meio de baixos
impostos para exportação.
Na ausência de uma real organização internacional para o comércio, o GATT
supriu essa demanda, como uma instituição provisória. O GATT foi o único
instrumento multilateral a tratar do comércio internacional de 1947 até o
estabelecimento, em 1994, da OMC.
Apesar das tentativas de se criar algum mecanismo institucionalizado para tratar
do comércio internacional, o GATT continuou operando por quase meio século como
um mecanismo semi-institucionalizado.
Criação
Após uma série de negociações frustradas, na Ronda do Uruguai foi criada a
OMC, de caráter permanente, substituindo o GATT. Importante ressaltar que qualquer
um de seus membros pode dela se retirar, após o transcurso de seis meses da sua
comunicação, através de correspondência encaminhada ao diretor-geral da Organização.
O surgimento da OMC foi um importante marco na ordem internacional que
começara a ser delineada no fim da Segunda Guerra Mundial.
Ela surge a partir dos preceitos estabelecidos pela Organização Internacional do
Comércio (OIC), consolidados na Carta de Havana, e, uma vez que esta não foi levada
adiante pela não aceitação do Congresso dos Estados Unidos, principal economia do
planeta, com um PIB maior do que o das outras potências todas somadas, imputou-os
no GATT de 1959, um acordo temporário, que acabou vigorando até a criação efetiva da
OMC após as negociações da Rodada do Uruguai em 1993.
A OMC entrou em funcionamento em 1 de janeiro de 1995. Em 23 de
julho de 2008, Cabo Verde tornou-se membro. Em 16 de dezembro de 2011,
a Rússia tornou-se membro.
Doha
Lançada em 2001, a Rodada Doha possui foco explícito em atender as
necessidades dos países em desenvolvimento. Em junho de 2012, o futuro da Rodada
Doha continuava incerto: o programa de trabalho apresenta 21 temas em que o prazo
original de 1º de janeiro de 2005 foi perdido e a rodada continua incompleta.
O conflito sobre o livre comércio de bens industriais e de serviços, está entre a
manutenção do protecionismo em subsídios agrícolas para os setores agrícolas nacionais
(defendido pelos países desenvolvidos) e o compromisso da liberalização internacional
do comércio justo de produtos agrícolas (defendido pelos países em desenvolvimento),
o que continua a ser o principal obstáculo das negociações.
Estes pontos de discórdia têm impedido qualquer progresso de novas
negociações na OMC, além da Rodada Doha. Como resultado deste impasse, tem
havido um número crescente de assinaturas de acordos de livre comércio bilaterais.
Em 07 de maio de 2013, o diplomata brasileiro Roberto Azevedo foi eleito
diretor-geral da organização, após concorrer ao cargo com um mexicano, e assumiu em
setembro de 2013. Azevedo lidera uma equipe de mais de 600 pessoas
em Genebra, Suíça, onde fica a sede da organização.

Funções

Suas funções são:



Gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio.

Servir de fórum para comércio nacional (firmar acordos internacionais).

Supervisionar a adoção dos acordos e implementação destes acordos pelos
membros da organização (verificar as políticas comerciais nacionais).

Outra função muito importante na OMC é o sistema de resolução de controvérsias,


o que a destaca entre outras instituições internacionais. Este mecanismo foi criado para
solucionar os conflitos gerados pela aplicação dos acordos sobre o comércio
internacional entre os membros da OMC.
Além disso, a cada dois anos a OMC deve realizar pelo menos uma Conferência
Ministerial.
Existe um Conselho Geral que implementa as decisões alcançadas na Conferência e
é responsável pela administração diária. A Conferência Ministerial escolhe um diretor
geral com o mandato de quatro anos. Atualmente o Diretor geral é o brasileiro Roberto
Azevedo.
A OMC foi criada com a conclusão da Ronda do Uruguai, em 15.12.1993, e com a
assinatura de sua Ata Final, em 15.4.1994, em Marrakech.

Princípios
A atuação da OMC pauta-se por alguns princípios na busca do comércio náutico
e também nas rivalidades entre os países.

1. Princípio da não-discriminação: este princípio envolve duas considerações. O


artigo I do GATT 1994, na parte referente a bens, estabelece o princípio da
nação mais favorecida. Isto significa que se um país conceder a outro país um
benefício terá obrigatoriamente que estender aos demais membros da OMC a
mesma vantagem ou privilégio. O artigo III do GATT 1994, na parte referente a
bens, estabelece o princípio do tratamento nacional. Este impede o tratamento
diferenciado aos produtos internacionais para evitar desfavorecê-los na
competição com os produtos nacionais.
2. Princípio da Previsibilidade: para impedir a restrição ao comércio internacional
este princípio garante a previsibilidade sobre as regras e sobre o acesso ao
comércio internacional por meio da consolidação dos compromissos tarifários
para bens e das listas de ofertas em serviços. Regula também outras áreas da
OMC, como TRIPS. O Acordo TRIPS (em inglês: Agreement on Trade-Related
Aspects of Intellectual Property Rights, em português: Acordo sobre Aspectos
dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio). Acordo
sobre Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio (TRIMS), Acordo
Geral de Tarifas e Comércio, Barreiras Técnicas e SPS. O Acordo sobre a
Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Agreement on the
Application of Sanitary and Phytosanitary Measures – SPS Agreement),
comumente chamado de Acordo SPS, é um dos acordos da OMC que resultou da
Rodada Uruguai de Negociações Comerciais Multilaterais, que ocorreram de
1986 a 1993, sob os auspícios do GATT.
3. Princípio da Concorrência Leal: este princípio visa garantir um comércio
internacional justo, sem práticas desleais, como os subsídios (alguns Estados
dão dinheiro aos agricultores de seus países, permitindo a produção de itens
mais baratos e mais competitivos perante os itens/produtos dos outros países), e
está previsto nos artigos VI e XVI. No entanto, só foram efetivados após os
Acordos Antidumping e de Subsídios, que, além de regularem estas práticas,
também previram medidas para combater os danos delas provenientes.
4. Princípio da Proibição de Restrições Quantitativas: estabelecido no Art. XI do
GATT 1994 impede que os países façam restrições quantitativas, ou seja,
imponham quotas ou proibições a certos produtos internacionais como forma de
proteger a produção nacional. A OMC aceita apenas o uso das tarifas como
forma de proteção, desde que a lista de compromissos dos países preveja o uso
de quotas tarifárias.
5. Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado para Países em
Desenvolvimento: estabelecido no Art. XXVIII e na Parte IV do GATT 1994.
Por este princípio os países em desenvolvimento terão vantagens tarifárias, além
de medidas mais favoráveis que deverão ser realizadas pelos países
desenvolvidos.

Estrutura
O Conselho Geral tem os seguintes órgãos subsidiários que supervisionam
comitês em diferentes áreas:
Centro William Rappard, sede da OMC em Genebra, Suíça.
Conselho para o Comércio de Bens
Existem 11 comitês sob a jurisdição do Conselho de Bens, cada um com uma
tarefa específica. Todos os membros da OMC participam das comissões. A
Supervisão dos Têxteis é separada dos outros comitês, mas ainda sob a
jurisdição do Conselho de Comércio. O corpo tem seu próprio presidente e
apenas 10 membros, além de também ter vários grupos relacionados aos têxteis.

Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual


Informações sobre propriedade intelectual na OMC, notícias e registros oficiais
das atividades do Conselho TRIPS e os detalhes do trabalho com outras
organizações internacionais no domínio da OMC.

Conselho para o Comércio de Serviços


O Conselho para o Comércio de Serviços opera sob a orientação do Conselho
Geral e é responsável por supervisionar o funcionamento do Acordo Geral sobre
Comércio de Serviços (GATS). É aberto a todos os membros da OMC e pode
criar órgãos subsidiários conforme necessário.

Comitê de Negociações Comerciais


O Comitê de Negociações Comerciais (CNC) é a comissão que lida com as
atuais rodadas de negociações de comércio. O presidente é o diretor-geral da
OMC. Em junho de 2012, o comitê foi encarregado da Rodada Doha.
O Conselho Federal tem três órgãos subsidiários: serviços financeiros,
regulamentos internos, as regras do GATS e compromissos específicos. O Conselho
Geral tem vários comitês e grupos de trabalho diferentes.
Existem comitês sobre os seguintes temas:

Comércio e Meio Ambiente;

Comércio e Desenvolvimento (Subcomissão de Países menos Desenvolvidos);

Acordos regionais de comércio;

Balança de pagamentos e restrições;

Orçamento, Finanças e Administração, Adesão, Comércio, Dívida e Finanças e
Comércio e Transferência de Tecnologia.

Rodadas

As negociações no âmbito do antigo GATT e hoje na OMC são chamadas de


rondas. A cada ronda é lançada uma agenda de temas que serão discutidos entre os
membros da OMC para firmarem acordos.
O Art. DXIV do GATT prevê as rondas como forma dos membros da OMC
negociarem e decidirem sobre a diminuição das tarifas de importação e a abertura dos
mercados, por exemplo.
No GATT (1941 a 1954) ocorreram 17 Rondas de Negociação e na OMC em
2003 iniciou-se a Rodada de Doha ainda em curso.
O resumo das Rondas de Negociação na história do sistema multilateral de
comércio:
1ª ronda: Genebra - 1947 - 23 países participantes - tema coberto: tarifas
2ª ronda: Annecy - 1949 - 13 países participantes - tema coberto: tarifas
3ª ronda: Torquay - 1950-51 - 38 países participantes - tema coberto: tarifas
4ª ronda: Genebra - 1955-56 - 26 países participantes - tema coberto: tarifas
5ª ronda: Dillon - 1960-61 - 26 países participantes - tema coberto: tarifas
6ª ronda: Kennedy - 1964-67 - 62 países participantes - temas cobertos: tarifas e
medidas antidumping
7ª ronda: Tóquio - 1973-79 - 102 países participantes - temas cobertos: tarifas,
medidas não tarifárias, cláusula de habilitação
8ª ronda: Uruguai - 1986-93 - 123 países participantes - temas cobertos: tarifas,
agricultura, serviços, propriedade intelectual, medidas de investimento, novo
marco jurídico, OMC.
9ª ronda: Doha - 2001 até os dias atuais - 149 países participantes - temas
cobertos: tarifas, agricultura, serviços, facilitação de comércio, solução de
controvérsia, "regras"

Comércio Internacional: Comércio entre todos os países do mundo.

Exportação: Remessa de bens de um país para outro. Em um sentido amplo poderá


compreender, além de bens propriamente ditos, também serviços ligados a essa
exportação (fretes, seguros, serviços bancários etc.).

As exportações poderão ser com cobertura cambial ou sem cobertura cambial. Diz-se
que a exportação é com cobertura cambial quando implica um pagamento a ser efetuado
pelo importador estrangeiro. A exportação sem cobertura cambial quando não acarretar
pagamento da parte do importador.
É importante observar que as exportações, cujo pagamento é feito em R$ (reais)
é considerada sem cobertura cambial.

Reexportação: Entrada de mercadorias em um país para serem exportadas


posteriormente.

Importação: Denomina-se importação a entrada de mercadorias em um país,


provenientes do exterior.

Reimportação: Retorno de mercadorias a um país após sua saída temporária.

Comércio Exterior: Conjunto de ações no sentido de promover a saída de bens e


serviços nacionais para o exterior (exportação) e o ingresso de bens e serviços
estrangeiros em nosso país (importação), ou seja, comércio de um país em relação a
terceiros ou blocos.

Produto Exportável: Primeiro é preciso fazer um minucioso estudo sobre o produto.


Nem sempre o produto que é aceito internamente, é também aceito no exterior, pois os
gostos e padrões diferem entre os povos.

Território Aduaneiro: A jurisdição dos serviços aduaneiros abrange todo o território


aduaneiro. O território aduaneiro ocupa o mesmo espaço que o território nacional.

Zona Primária: Compreende as faixas internas de portos e aeroportos, recintos


alfandegados e locais habilitados na fronteira terrestre, bem com outras áreas nas quais
se efetuem operações de carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque
de passageiros, procedentes ou destinados ao exterior.

Zona Secundária: Compreende o restante do território aduaneiro, nela incluídas as


águas territoriais e o espaço aéreo.

Cidades Fronteiriças: É facultado à autoridade regional e local exercer o controle


aduaneiro.

Recintos Alfandegados: São locais dentro do território aduaneiro onde se realizam os


serviços aduaneiros propriamente ditos, com a presença da autoridade aduaneira
acompanhando a operação objeto do controle fiscal.

Terminais Alfandegados:

I- Estação aduaneira de fronteira – é de uso público; localizado em zona primária;


vinculada a um ponto alfandegado de fronteira; instalada em imóvel da união, mas que
também, à título precário poderá ser imóvel de empresa habilitada como permissionária
por prazo máximo de cinco anos.

II- Estação aduaneira interior – EADI, comumente denominada porto seco (dry port)
é um terminal alfandegado de uso público; localizado em zona secundária, destinado à
prestação, por terceiros, dos serviços públicos de movimentação e armazenagem de
mercadorias sob controle aduaneiro, em uma região com expressiva concentração de
carga para importação e/ou exportação de mercadorias; substituem os depósitos
alfandegados públicos.

III- Terminais retro-portuários alfandegados – instalada em zona contígua à de porto


alfandegado, onde são realizadas operações de unitização e desunitização de
mercadorias embarcadas em container, reboque, semi-reboque e excepcionalmente, de
mercadorias a granel ou cargas especiais.

IV- Nacionalização: É a seqüência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para a


economia nacional.

Despacho Aduaneiro: É o procedimento fiscal mediante o qual se processa o


desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior.

Reserva de Praça: É a contratação do espaço da carga no navio, ou seja, é o


fechamento do frete junto à agência marítima.
Balanço de Pagamentos

O balanço de pagamentos é o registro sistemático de todas as transações econômicas


realizadas entre os residentes em determinado país e os residentes no resto do mundo,
durante um período, usualmente um ano.
Por residentes entendamos não só as pessoas naturais, mas também - e principalmente -
as empresas.
O registro sistemático não é feito à mão, mas utilizando-se os diversos sistemas
informatizados do governo, em especial o Siscomex, Sistema Integrado de Comércio
Exterior, onde são registradas as declarações de importação e exportação, e o Sisbacen,
Sistema do Banco Central, onde são registrados os contratos de câmbio. Esses registros
utilizam códigos para classificar as operações, o que facilita a produção de estatísticas e
a elaboração do balanço.
Com os dados do balanço pode ser avaliada a saúde internacional do país, o resultado
das ações de política econômica, diagnosticados os problemas.
A estrutura do balanço de pagamentos, conforme estabelecido pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI) até 1999 é a seguinte, tendo como exemplo o balanço brasileiro de
1999, em milhões de dólares americanos:

TRANSAÇÕES CORRENTES - 24.379


Balança Comercial (FOB) - 1.207
Exportação FOB 48.011
Importação FOB 49.218
Balança de Serviços - 25.212
Juros - 15.168
Viagens Internacionais - 1.437
Fretes - 2.804
Seguros - 127
Lucros e Dividendos - 4.058
Outros Serviços - 1.618
Transferências Unilaterais 2.040
Receitas 2.335
Despesas - 295
MOVIMENTO DE CAPITAIS 13.804
Investimentos 30.122
Financiamentos 16.033
Amortizações - 51.905
Empréstimos 19.554
Curto Prazo - 8.409
Médio e Longo Prazo 27.963
Ouro Monetário 0
ERROS E OMISSÕES - 165
SALDO DO BALANÇO - 10740

A partir de 2000, o balanço teve algumas modificações:

Balanço de Pagamentos de 2011.


TRANSAÇÕES CORRENTES - 52.480
Balança Comercial (FOB) 29.807
Exportação FOB 256.040
Importação FOB 226.233
Balança de Serviços - 37.950
Transportes - 8.334
Viagens - 14.709
Financeiros 858
Seguros - 1.212
Computação e informações - 3.800
Royalties e licenças - 2.710
Aluguel de equipamentos - 16.686
Serviços governamentais - 1.411
Outros serviços 10.054
Rendas - 47.321
Transferências Unilaterais 2.984
Receitas 4.915
Despesas 1.931
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 112.389
Conta Capital 1. 573
Conta Financeira 110.816
Investimento Direto 67.689
Investimento em carteira 35.311
Derivativos 3
Outros investimentos 7.813
ERROS E OMISSÕES - 1.272
SALDO DO BALANÇO 58.637

Balanço de Pagamentos de 2012


TRANSAÇÕES CORRENTES - 54.246
Balança Comercial (FOB) 19.431
Exportação FOB 242.580
Importação FOB 223.149
Balança de Serviços - 41.076
Transportes - 8.769
Viagens - 15.588
Aluguel de equipamentos - 18.741
Outros serviços 2.022
Rendas - 35.448
Transferências Unilaterais 2.847

CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 72.762


Conta Capital - 1.877
Conta Financeira 74.639
Investimento Direto 68.093
Investimento em carteira 8.273
Derivativos 25
Outros investimentos - 1.752
ERROS E OMISSÕES 384
SALDO DO BALANÇO 18.900

Balanço de Pagamentos de 2013


TRANSAÇÕES CORRENTES - 81.374
Balança Comercial (FOB) 2.558
Exportação FOB 242.179
Importação FOB 239.621
Balança de Serviços - 47.523
Transportes - 9.786
Viagens - 18.632
Financeiros 1.115
Seguros - 1.076
Computação e informações - 4.469
Royalties e licenças - 3.066
Aluguel de equipamentos - 19.060
Serviços governamentais - 1.442
Outros serviços 8.891
Rendas - 39.772
Transferências Unilaterais 3.363
Receitas 5.476
Despesas 2.113
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 73.778
Conta Capital 1.194
Conta Financeira 72.583
Investimento Direto 67.541
Investimento em carteira 25.830
Derivativos 110
Outros investimentos - 20.898
ERROS E OMISSÕES 1.670
SALDO DO BALANÇO - 5.926

Balanço de Pagamentos de 2014


TRANSAÇÕES CORRENTES - 90.948
Balança Comercial (FOB) - 3.930
Exportação FOB 225.101
Importação FOB 229.031
Balança de Serviços - 48.667
Transportes - 8.938
Viagens - 18.695
Financeiros 208
Seguros - 795
Computação e informações - 4.427
Royalties e licenças - 3.341
Aluguel de equipamentos - 22.651
Serviços governamentais - 1.696
Outros serviços 11.668
Rendas - 40.273
Transferências Unilaterais 1.922
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 99.572
Conta Capital 589
Conta Financeira 98.983
Investimento Direto 66.035
Investimento em carteira 30.004
Derivativos - 1.568
Outros investimentos 4.512
ERROS E OMISSÕES 2.209
SALDO DO BALANÇO 10.833

Nova Metodologia de Apuração do Balanço de Pagamentos em 2015

Houve mudanças importantes nos critérios de cálculo do Investimento Estrangeiro


Direto (IED), que agora passa a se chamar Investimento Direto no País (IDP). Um
deles é a inclusão de empréstimos intercompanhias feitos por multinacionais brasileiras
com operações no exterior às suas contrapartes dentro do Brasil, um fluxo de recurso
que até então integrava os Investimentos Brasileiros Diretos (IBD).

Isso faz com que pelo menos uma parte do investimento direto não seja mais capital
estrangeiro. Por isso, o indicador deixa de ser uma medida pura da confiança das
multinacionais de outros países no Brasil.

A metodologia estatística adotada pelo BC segue os novos padrões da sexta edição do


Manual de Balanços de Pagamento do Fundo Monetário Internacional (FMI),
conhecido pela sigla BPM6.

O déficit em conta corrente ficou maior basicamente porque passou a incluir lucros de
multinacionais reinvestidos no país e o reinvestimento de juros semestrais de títulos
públicos pagos a investidores estrangeiros. A nova metodologia também afeta a
contabilização de remessas de lucros e dividendos e pagamento de juros. O BC
considera, agora, lucros reinvestidos e pagamento de cupons de títulos nas estatísticas.
Quando reinvestidos, esses recursos sensibilizam os investimentos externos no país.
Houve mudança, ainda, no cômputo da balança comercial. Os dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) continuam como base das
estatísticas do balanço de pagamentos, mas o BC agora soma informações relativas à
compra de energia, exportações com “saída fictícia” (quando o bem não deixa o país,
caso das plataformas de petróleo) e busca dados também com a Receita Federal e
grandes empresas.

Na conta de serviços, o BC abre novos itens, como serviços de propriedade intelectual


(antigo royalties) e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas
com softwares,

Balanço de Pagamentos de 2015

TRANSAÇÕES CORRENTES - 58.942


Balança Comercial (FOB) 19.685
Exportação FOB 191.134
Importação FOB 171.449
Balança de Serviços - 36.978
Transportes - 5.723
Viagens - 11.513
Serviços Financeiros - 282
Seguros - 333
Serviços de propriedade - 4.669
intelectual
Telecomunicação, computação e - 1.768
informações
Serviços culturais, pessoais e - 659
recreativos
Aluguel de equipamentos - 21.532
Serviços governamentais - 1.046
Outros serviços de negócios 10.247
Demais serviços 300
Renda \primária - 44.373
Renda Secundária 2.724
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 57.132
Conta Capital 440
Conta Financeira 56.692
Investimento Direto no Exterior -13.498
Investimento Direto no País 75.075
Investimento em carteira - ativos 2.148
Investimento em carteira - - 24.997
passivos
Derivativos 3.450
Outros investimentos - ativos 46.195
Outros investimentos - passivos - 31.681
ATIVOS DE RESERVA 1.569
ERROS E OMISSÕES 1.810
SALDO DO BALANÇO 1.569
Balanço de Pagamentos de 2016

TRANSAÇÕES CORRENTES - 23.507


Balança Comercial (FOB) 45.037
Exportação FOB 184.453
Importação FOB 139.416
Balança de Serviços - 30.449
Transportes - 3.731
Viagens - 8.473
Seguros - 554
Serviços Financeiros - 149
Serviços de propriedade - 4.490
intelectual
Telecomunicação, computação e - 1.445
informações
Aluguel de equipamentos - 19.506
Outros serviços de negócios 9.422
Serviços culturais, pessoais e - 288
recreativos
Serviços governamentais - 1.566
Demais serviços 331
Renda \primária - 41.055
Renda Secundária 2.960
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 16.445
Conta Capital 248
Conta Financeira 16.197
Investimento Direto no Exterior - 7.748
Investimento Direto no País 78.929
Investimento em carteira - ativos - 169
Investimento em carteira - - 12.536
passivos
Derivativos 4.459
Outros investimentos - ativos - 36.904
Outros investimentos - passivos - 9.834
ATIVOS DE RESERVA 9.237
ERROS E OMISSÕES 7.062
SALDO DO BALANÇO 9.237

Balanço de Pagamentos de 2017

TRANSAÇÕES CORRENTES - 9.762


Balança Comercial (FOB) 64.028
Exportação FOB 217.243
Importação FOB 153.215
Balança de Serviços - 33.851
Transportes - 4.975
Viagens - 13.192
Seguros - 671
Serviços Financeiros - 25
Serviços de propriedade - 4.570
intelectual
Telecomunicação, computação e - 1.673
informações.
Aluguel de equipamentos - 16.838
Outros serviços de negócios 9.536
Serviços culturais, pessoais e - 551
recreativos.
Serviços governamentais - 1.234
Demais serviços 342
Renda Primária - 42.572
Renda Secundária 2.633
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 5.610
Conta Capital 380
Conta Financeira 5.230
Investimento Direto no Exterior - 6.268
Investimento Direto no País 70.332
Investimento em carteira – ativos. - 14.062
Investimento em carteira – - 1.075
passivos.
Derivativos 705
Outros investimentos - ativos - 37.884
Outros investimentos - passivos - 6.518
ATIVOS DE RESERVA 5.093
ERROS E OMISSÕES 4.152
SALDO DO BALANÇO 5.093

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

I - SALDO DO BP EM TRANSAÇÕES CORRENTES (A + B + C + D)


A - BALANÇA COMERCIAL
1. Exportações (FOB)
2. Importações (FOB)

B - SERVIÇOS
1. Transportes
2. Viagens
3. Seguros
4. Serviços financeiros
5. Serviços de propriedade intelectual
6. Telecomunicação, computação e informações.
7. Aluguel de equipamentos
8. Outros serviços de negócio
Inclui serviços de pesquisa e desenvolvimento, serviços jurídicos,
serviços de publicidade, serviços de engenharia e arquitetura, serviços
de limpeza e manutenção.
9. Serviços culturais, pessoais e recreativos.
Inclui serviços audiovisuais, serviços de educação e serviços de saúde.
10. Serviços governamentais
11. Demais serviços
Inclui serviços de manufatura, serviços de manutenção e reparo e serviços
de construção.

C – RENDA PRIMÁRIA
1. Salários e ordenados
2. Renda de investimento
3. Renda de investimento em carteira
4. Renda de outros investimentos (inclui juros)
5. Demais rendas primárias
Inclui impostos sobre a produção e sobre as importações, subsídios e
aluguel.

D - RENDA SECUNDÁRIA
1. Transferências pessoais
Transferências para pessoas físicas.
2. Outras transferências

II - CONTA CAPITAL
1. Investimento direto no exterior
Participação no capital
Operações intercompanhias
2. Investimento direto no país
Participação no capital
Operações intercompanhias
3. Investimento em carteira – ativos.
Ações e cotas em fundos
Títulos de renda fixa
4. Investimento em carteira – passivos.
Ações e cotas em fundos
Títulos de renda fixa
5. Derivativos – ativos e passivos
6. Outros investimentos – ativos
7. Outros investimentos – passivos
8. Ativos de reserva

III - ERROS E OMISSÕES


Parcela residual registrada no Balanço de Pagamentos em vista das diferenças
apuradas no levantamento das transações com o exterior.

IV - RESULTADO DO BALANÇO

Salto Total do BP = I + II + III

Superávit (+) Déficit (-)

DUMPING
Caracteriza-se pela prática de baixos preços de exportação, ampliando o poder
de concorrência externa.

1º Grau: produtos são colocados no exterior a preço mais baixo que os vigentes no
mercado interno, por força de isenção de impostos.

2º Grau: encontra forte reação externa; consiste na adoção de subsídios em favor das
exportações, de forma a que bens são colocados no exterior a preços inferiores ao
custo de produção.

Operações de regularização.

Compreende as operações com instituições internacionais (FMI) sob o caráter de


empréstimos, visando financiar eventuais déficits no balanço de pagamentos.

Conceito de equilíbrio do Balanço de Pagamentos.

Quando a soma das transações correntes, movimento de capitais e capitais


autônomos mais erros e omissões se anulam, sem a existência de déficit ou superávit,
portanto, estaria o balanço de pagamentos em equilíbrio.

Alternativas para ajuste de desequilíbrio do BP

Para a eliminação ou redução dos desequilíbrios em contas correntes, existem


duas maneiras:
a) a busca da ampliação das receitas na exportação de bens; ou
b) tentativa de redução dos dispêndios com importação de bens e serviços.

O Reequilíbrio.

O reequilíbrio somente poderá ser alcançado:


a) com o aumento do endividamento externo do país;
b) com o aumento de ativos de propriedade de estrangeiros;
c) com a utilização de reservas acumuladas.

Relação do balanço de pagamentos com a Economia.

O balanço de pagamentos constitui documento inteiramente relacionado com a


economia do país.
Reflete tanto o estágio e evolução da economia, como suas principais
características e fornece elementos de controle e orientação a ação governamental.
O Balanço de Pagamentos reflete o próprio estágio de desenvolvimento do país.
Constitui o Balanço de Pagamentos, portanto, um documento de maior
relevância na orientação da política econômica global do país.

Balanço de Pagamento (Saldo em milhões de US$)


Ano Total
1992 6.109 bilhões
1993 - 676 milhões
1994 - 1.811 bilhão
1995 - 18.384 bilhões
1996 - 23.502 bilhões
1997 - 30.452 bilhões
1998 - 33.416 bilhões
1999 - 25.335 bilhões
2000 - 24.225 bilhões
2001 - 23.215 bilhões
2002 - 7.693 bilhões
2003 8.496 bilhões
2004 2.244 bilhões
2005 4.319 bilhões
2006 30.569 bilhões
2007 87.484 bilhões
2008 3.000 bilhões
2009 46.651 bilhões
2010 49.101 bilhões
2011 58.600 bilhões
2012 18.900 bilhões
2013 - 5.926 bilhões
2014 10.833 bilhões
2015 1.569 bilhão
2016 9.237 bilhões
2017 5.093 bilhões
Fonte: Banco Central

Transações Correntes

Reflete o saldo da balança comercial (exportações e importações) e a balança de


serviços e rendas (juros, viagens internacionais, lucros e dividendos, seguros,
governamentais e outros).

Saldo das transações correntes (em bilhões de US$)


Mês/Ano Valor
31/12/2001 - 23.200
31/12/2002 - 9.300
31/12/2003 4.177
31/12/2004 11.679
31/12/2005 13.985
31/12/2006 13.530
31/12/2007 3.555
31/12/2008 - 28.192
31/12/2009 - 24.334
31/12/2010 - 47.518
31/12/2011 - 52.480
31/12/2012 - 54.246
31/12/2013 - 81.374
31/12/2014 - 104.181
31/12/2015 - 58.942
31/12/2016 - 23.507
31/12/2017 - 9.762
Fonte: Banco Central

Remessa de lucros ao exterior


Ano Valores (em US$ bilhões)
1995 2.951
1996 2.831
1997 5.443
1998 6.855
1999 4.115
2000 3.316
2001 4.961
2002 5.162
2003 5.640
2004 7.338
2005 12.686
2006 16.354
2007 21.236
2008 33.875
2009 25.210
2010 30.375
2011 47.300
2012 24.112
2013 39.800
2014 40.300
2015 42.708
2016 26.062
2017 27.119
Fonte: Banco Central

Investimento externo direto (agora Investimento direto no país)

Fluxo líquido de investimento direto no país, em US$ bilhões.


Ano Valor
1995 4.405
1996 10.791
1997 18.993
1998 28.856
1999 28.579
2000 32.780
2001 22.458
2002 16.565
2003 10.144
2004 18.166
2005 15.066
2006 18.782
2007 34.616
2008 45.060
2009 25.949
2010 48.400
2011 66.700
2012 65.300
2013 69.645
2014 96.851
2015 75.075
2016 78.929
2017 70.330
Fonte: Banco Central

OBS: Em 2015 o BC adotou nova metodologia estatística, que segue os novos padrões
da sexta edição do manual de balanços de pagamentos do Fundo Monetário
Internacional.

O DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL ( em milhões de US$ )


Ano Exportações Importações Saldo
1986 18.417 9.773 8.644
1987 19.025 11.163 7.862
1988 25.256 10.642 14.614
1989 26.292 13.172 13.120
1990 23.522 14.316 9.206
1991 31.620 21.040 10.580
1992 35.793 20.554 15.239
1993 38.555 25.256 13.299
1994 43.545 33.079 10.466
1995 46.506 49.972 - 3.466
1996 47.747 53.346 - 5.599
1997 52.990 61.347 - 8.357
1998 51.120 57.550 - 6.430
1999 48.014 49.219 - 1.196
2000 55.086 55.698 - 612
2001 58.223 52.580 2.643
2002 60.141 47.048 13.093
2003 73.084 48.253 24.831
2004 96.475 62.779 33.696
2005 118.308 73.551 44.757
2006 137.471 91.394 46.077
2007 160.649 120.610 40.039
2008 197.942 173.196 24.746
2009 152.994 127.647 25.347
2010 201.915 181.648 20.267
2011 256.040 226.243 29.797
2012 242.580 223.142 19.438
2013 242.178 239.621 2.557
2014 225.101 229.060 - 3.959
2015 191.134 171.449 19.685
2016 185.235 137.552 47.683
2017 217.739 150.749 66.990
Fonte: MDIC

O Comércio mundial em 2005


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º Alemanha 1º EUA
2º EUA 2º Alemanha
3º China 3º China
4º Japão 4º Japão
5º França 5º Reino Unido
6º Holanda 6º França
7º Reino Unido 7º Itália
8º Itália 8º Holanda
9º Canadá 9º Bélgica
10º Bélgica 10º Canadá
- -
- -
- -
23º Brasil 27º Brasil
Fonte: OMC
Em 2004, o Brasil estava na 24ª Em 2004, o Brasil ocupava a 29ª
Colocação. colocação.

O Comércio mundial em 2007


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º Alemanha 1º EUA
2º China 2º Alemanha
3º Estados Unidos 3º China
4º Japão 4º Japão
5º França 5º Reino Unido
6º Holanda 6º França
7º Itália 7º Itália
8º Reino Unido 8º Holanda
9º Bélgica 9º Bélgica
10º Canadá 10º Canadá
- -
- -
- -
23º Brasil 27º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2008


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º Alemanha 1º EUA
2º China 2º Alemanha
3º Estados Unidos 3º China
4º Japão 4º Japão
5º Países Baixos (Holanda) 5º França
6º França 6º Reino Unido
7º Itália 7º Países Baixos (Holanda)
8º Bélgica 8º Itália
9º Rússia 9º Bélgica
10º Reino Unido 10º Coréia do Sul
11º Canadá 11º Canadá
- -
- -
22º Brasil 24º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2010


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º China 1º EUA
2º Estados Unidos 2º China
3º Alemanha 3º Alemanha
4º Japão 4º Japão
5º Países Baixos (Holanda) 5º França
6º França 6º Reino Unido
7º Coréia do Sul 7º Países Baixos (Holanda)
8º Itália 8º Itália
9º Bélgica 9º Hong Kong
10º Reino Unido 10º Coréia do Sul
11º Hong Kong 11º Canadá
- -
- -
22º Brasil 20º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2011


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º China 1º EUA
2º Alemanha 2º China
3º EUA 3º Alemanha
4º Japão 4º França
5º Coréia do Sul 5º Reino Unido
6º França 6º Hong Kong
7º Itália 7º Japão
8º Hong Kong 8º Holanda
9º Holanda 9º Itália
10º Bélgica 10º Canadá
11º Reino Unido 11º Bélgica
- -
- -
22º Brasil 21º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2013


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º China 1º EUA
2º EUA 2º China
3º Alemanha 3º Alemanha
4º Japão 4º Japão
5º Holanda (Países Baixos) 5º França
6º França 6º Reino Unido
7º Coréia do Sul 7º Hong Kong
8º Reino Unido 8º Holanda (Países Baixos)
9º Hong Kong 9º Coréia do Sul
10º Rússia 10º Itália

- -
- -
22º Brasil 21º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2014


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º China 1º EUA
2º EUA 2º China
3º Alemanha 3º Alemanha
4º Japão 4º Japão
5º Holanda (Países Baixos) 5º Reino Unido
6º França 6º França
7º Coréia do Sul 7º Hong Kong
8º Reino Unido 8º Holanda (Países Baixos)
9º Rússia 9º Coréia do Sul
10º Itália 10º Canadá

- -
- -
25º Brasil 21º Brasil
Fonte: OMC

O Comércio mundial em 2016


Ranking dos maiores exportadores Ranking dos maiores importadores
1º China 1º EUA
2º EUA 2º China
3º Alemanha 3º Alemanha
4º Japão 4º Reino Unido
5º Holanda (Países Baixos) 5º Japão
6º Hong Kong 6º França
7º França 7º Hong Kong
8º Reino Unido 8º Holanda (Países Baixos)
9º Rússia 9º Coréia do Sul
10º Itália 10º Canadá

- -
- -
25º Brasil 28º Brasil
Fonte: OMC
Participação do Brasil
Evolução da participação das exportações brasileiras no comércio exterior

Ano Porcentagem
1950 2,19%
2000 0,84%
2001 0,92%
2002 0,96%
2003 0,99%
2004 1,08%
2005 1,16%
2006 1,17%
2007 1,18%
2008 1,26%
2009 1,25%
2010 1,36%
2011 1,44%
2012 1,30%
2013 1,30%
2014 1,20%
2015 1,00%
2016 0,98%
2017 1,20%
Fonte: OMC

Entraves à exportação

Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou pesquisa na qual identificou


as barreiras ás vendas externas brasileiras. Segundo a CNI o custo do transporte inibe
exportações. A indústria reclama também de tarifas alfandegárias e ineficiência
governamental.

Os maiores entraves para o comércio exterior


Custo do transporte
Tarifas cobradas por portos e aeroportos
Baixa eficiência governamental quanto a exportações
Oferta de preços competitivos
Tarifas cobradas pelos órgãos anuentes
Leis conflituosas, complexas e pouco efetivas
Excesso de leis e freqüente alteração de regras
Excesso e complexidade dos documentos de exportação
Tempo para realização, despacho e liberação de produtos
Dificuldade de conhecimento de leis originárias de diversas fontes
Múltiplas interpretações dos requisitos pelos agentes públicos
Taxa de juros
Taxa de câmbio
Exigência de documentos originais e/ou com diversas assinaturas
Procedimentos de desembaraço complexos
Greves de profissionais envolvidos nas atividades de exportação
Disponibilidade de capital para as exportações
Excesso de tributos
Falta de padronização de procedimentos nos diversos órgãos anuentes
Falta de sincronismo entre os órgãos anuentes e a Receita Federal
Prospecção de mercados potenciais
Marketing pouco efetivo no mercado ativo
Falta de assistência das instituições de governos e órgãos anuentes
Baixa disponibilidade e ineficiência dos portos
Ausência de acordos comerciais com os mercados de atuação
Fonte: CNI

AGRO NEGÓCIO (Bilhões de US$)

Ano Exportações Importações Saldo


2001 23,8 4,84 18,96
2002 24,8 4,49 20,31
2003 30,638 4,79 25,848
2004 39,02 4,88 34,14
2005 43,6 5,183 38,417
2006 49,4 6,7 42,7
2007 58,4 8,7 49,7
2008 71,9 11,8 60,1
2009 64,78 9,82 54,96
2010 76,4 13,4 63,0
2011 94,59 17,08 77,51
2012 95,8 16,4 79,4
2013 99,97 17,06 82,91
2014 100,1 16,8 83,3
2015 88,2 13,1 75,1
2016 84,9 13,6 71,3
2017 96,01 14,15 81,86
Fonte: MDIC

A contribuição para as exportações


Ano Contribuição (%) total exportado
1997 44,10
1998 42,10
1999 42,70
2000 37,40
2001 40,90
2002 41,10
2003 41,90
2004 40,40
2005 36,80
2006 35,90
2007 36,40
2008 36,30
2009 42,30
2010 37,90
2011 37,10
2012 39,50
2013 41,30
2014 43,00
2015 46,20
2016 45,90
2017 44,09
Fonte: MDIC

Número de Empresas Exportadoras


Ano Número
2000 16.743
2001 18.254
2002 18.796
2003 19.741
2004 21.925
2005 21.252
2006 20.588
2007 20.888
2008 20.408
2009 19.823
2010 19.275
2011 19.194
2012 18.630
2013 18.809
2014 19.234
2015 20.322
2016 25.541
2017 24.875
Fonte: MDIC

Número de Empresas Importadoras


Ano Número
2000 28.351
2001 28.807
2002 25.550
2003 22.324
2004 22.410
2005 22.628
2006 24.572
2007 28.911
2008 33.144
2009 34.044
2010 38.700
2011 42.338
2012 42.464
2013 42.075
2014 44.364
2015 42.375
2016 42.517
2017 43.202
Fonte: MDIC

Exportações sobre o PIB (em proporção).


Ano Valor em %
2000 8,4
2001 10,4
2002 11,9
2003 13,1
2004 14,4
2005 13,3
2006 12,5
2007 12,2
2008 11,7
2009 9,2
2010 9,1
2011 9,8
2012 10,1
2013 10,1
2014 9,3
2015 10,8
2016 9,2
2017 10,8
Fonte: MDIC

Exportação Brasileira por Blocos Econômicos – 2016– US$ FOB


Bloco Econômico Total Participação %
MERCOSUL 19.658 10,61
EUA (com Porto Rico) 23.156 12,50
ALADI (exclusive MERCOSUL) 10.376 5,60
União Européia 39.812 21,49
Ásia (Exclusive Oriente Médio) 62.139 33,55
Oriente Médio 10.146 5,48
Demais blocos 19.948 10,77
TOTAL 185.235 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais Produtos – US$ FOB - 2016


Produtos Valor Participação em %
Soja mesmo triturada 19.331 10,44
Minérios de ferro e seus concentrados 13.289 7,17
Óleo bruto de petróleo 10.074 5,44
Açúcar de cana, em bruto. 8.282 4,47
Carne de frango congelada 5.946 3,21
Celulose 5.569 3,01
Farelo e resíduos da extração de óleo de 5.193 2,80
soja
Café cru em grão 4.843 2,61
Automóveis de passageiros 4.671 2,52
Carne de bovino congelada 4.345 2,35
Aviões 4.291 2,32
Milho em grãos 3.655 1,97
Plataformas de perfuração 3.647 1,97
Produtos semimanufaturados de ferro ou 2.691 1,45
aços
Óxidos e hidróxidos de alumínio 2.337 1,26
Açúcar refinado 2.153 1,16
Ferro ligas 2.103 1,14
Veículos de carga 2.074 1,12
Fumo em folhas 2.054 1,11
Ouro 2.044 1.10
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais países de destino – US FOB – 2016


País Total Participação em %
China 35.134 18,97
Estados Unidos 23.156 12,50
Argentina 13.418 7,24
Países Baixos (Holanda) 10.323 5,57
Alemanha 4.861 2,62
Japão 4.604 2,49
Chile 4.081 2,20
México 3.813 2,06
Itália 3.322 1,79
Bélgica 3.233 1,75
Índia 3.161 1,71
Coréia do Sul 2.881 1,56
Reino Unido 2.841 1,53
Cingapura 2.828 1,53
Uruguai 2.744 1,48
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Regiões e Estados – 2016 – US$ FOB


Região/Estado Total Participação
São Paulo 46.206 24,94
Minas Gerais 21.920 11,83
Rio de Janeiro 17.186 9,28
Espírito Santo 6.531 3,53
REGIÃO SUDESTE 91.843 49,58
Rio Grande do Sul 16.578 8,95
Paraná 15.171 8,19
Santa Catarina 7.594 4,10
REGIÃO SUL 39.343 21,24
Bahia 6.777 3,66
Maranhão 2.210 1,19
Pernambuco 1.418 0,77
Ceará 1.294 0,70
Alagoas 421 0,23
Rio Grande do Norte 285 0,15
Piauí 175 0,09
Paraíba 121 0,07
Sergipe 113 0,06
REGIÃO NORDESTE 12.814 6,92
Pará 10.511 5,67
Rondônia 877 0,47
Tocantins 633 0,35
Amazonas 575 0,31
Amapá 264 0,14
Roraima 15 0,01
Acre 13 0,01
TOTAL NORTE 12.888 6,96
Mato Grosso 12.589 6,80
Goiás 5.930 3,20
Mato Grosso do Sul 4.071 2,20
Distrito Federal 164 0,09
TOTAL CENTRO-OESTE 22.754 12,29
NÃO DECLARADOS 5.593 3,01
TOTAL GERAL 185.235 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais empresas – US$ FOB 2016


Empresa Faixa de Valor Exportado
Vale S/A Acima de US$ 100 milhões
Petrobrás
Embraer
Bunge Alimentos
Cargill Agrícola
BRF
JBS
Braskem
GE CELMA
Adm. do Brasil
B&G Exp. Brasil
Louis Dreyfus S/A
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Categoria de Uso – 2016 – US$ FOB


Discriminação Total Participação %
Bens de Capital 18.356 13,35
Bens de Consumo 21.726 15,79
Combustíveis e Lubrificantes 12.406 9,02
Bens intermediários 84.942 61,75
Demais operações 122 0,09
TOTAL 137.552 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento
Importação Brasileira – Principais Produtos – US$ FOB - 2016
Discriminação Total Participação %
Medicamentos para medicina humana e 5.794 4,21
veterinária
Partes e peças para veículos automóveis e 4.852 3,53
tratores
Compostos heterocíclicos, seus sais e 2.940 2,14
sulfonamidas.
Óleos combustíveis 2.912 2,12
Óleos brutos de petróleo 2.899 2,11
Automóveis de passageiros 2.849 2,07
Circuitos integrados e microondas 2.848 2,07
eletrônicos
Naftas 2.545 1,85
Inseticidas, formicidas, herbicidas. 2.375 1,73
Circuitos impressos e aparelhos de telefonia 2.182 1,59
Partes de motores e turbinas para aviação 2.172 1,58
Instrumentos e aparelhos de medida, de 2.115 1,54
verificação
Adubos e fertilizantes 2.057 1,50
Cloreto de potássio 1.991 1,45
Motores, geradores e transformadores. 1.873 1,36
Hulhas 1.759 1,28
Rolamentos e engrenagens 1.728 1.26
Polímeros de etileno 1.568 1,14
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira 2016 – Blocos Econômicos – US$ FOB


Bloco Econômico Total Participação %
MERCOSUL 12.306 8,95
EUA (com Porto Rico) 23.803 17,30
ALADI (exclusive 6.517 4,74
MERCOSUL)
União Européia 36.447 26,50
Ásia (exclusive Oriente Médio) 43.249 31,44
Oriente Médio 3.569 2,59
Demais blocos 11.661 8,48
TOTAL 137.552 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira 2016 – Principais Países – US$ FOB


País TOTAL Participação %
Estados Unidos 23.803 17,30
China 23.364 16,99
Alemanha 9.131 6,64
Argentina 9.084 6,60
Coréia do Sul 5.449 3,96
Itália 3.703 2,69
França 3.679 2,67
Japão 3.566 2,59
México 3.528 2,56
Chile 2.882 2,10
Espanha 2.565 1,86
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Regiões e Estados – 2016 – US$ FOB


Região/Estado Total Participação
São Paulo 51.764 37,63
Rio de Janeiro 12.552 9,13
Minas Gerais 6.555 4,77
Espírito Santo 3.698 2,69
REGIÃO SUDESTE 74.569 54,22
Paraná 11.092 8,06
Santa Catarina 10.368 7,54
Rio Grande do Sul 8.313 6,04
REGIÃO SUL 29.773 21,64
Bahia 6.151 4,47
Pernambuco 4.449 3,23
Ceará 3.490 2,54
Maranhão 2.102 1,53
Alagoas 612 0,44
Paraíba 313 0,23
Rio Grande do Norte 185 0,13
Sergipe 145 0,11
Piauí 93 0,07
REGIÃO NORDESTE 17.540 12,75
Amazonas 6.250 4,54
Pará 1.104 0,80
Rondônia 544 0,40
Tocantins 117 0,09
Amapá 24 0,02
Roraima 7 0,01
Acre 2 0,00
TOTAL NORTE 8.048 5,86
Goiás 2.641 1,92
Mato Grosso do Sul 2.303 1,67
Distrito Federal 1.491 1,08
Mato Grosso 1.186 0,86
TOTAL CENTRO-OESTE 7.621 5,53
NÃO DECLARADOS 1 0,00
TOTAL GERAL 137.552 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Principais Empresas – 2016 – US$ FOB


Empresa Faixa de Valor Exportado
Petrobrás Acima de US$ 100 milhões
Embraer
Samsung
GE CELMA Ltda.
Braskem
CSP Cia. Siderúrgica do Pecem.
Yara Brasil Fertilizantes S/A
Toyota
Flextronics Tecnologia Ltda.
GE Motors do Brasil Ltda.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira - Por fator agregado – US$ FOB 2017


Discriminação Total Participação %
Básicos 101.063.316 46,41
Semimanufaturados 31.434.139 14,44
Manufaturados 80.253.457 36,86
Demais operações 4.988.265 2,29
TOTAL 217.739.177 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira por Blocos Econômicos – 2017– US$ FOB


Bloco Econômico Total Participação %
MERCOSUL 22.613.152 10,39
NAFTA 34.279.163 15,74
ALADI 40.703.544 18,69
União Européia 34.900.197 16,03
China, Hong Kong e Macau. 50.173.255 23,04
Oriente Médio 11.671.277 5,36
Demais blocos 23.398.589 10,75
TOTAL 217.739.177 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais Produtos – US$ FOB - 2017


Produtos Valor Participação em %
Soja mesmo triturada 25.717.737 11,81
Minérios de ferro e seus concentrados 19.199.154 8,82
Óleos brutos de petróleo 16.624.997 7,63
Açúcar de cana, em bruto. 9.042.181 4,15
Automóveis de passageiros 6.669.802 3,06
Carne de frango congelada 6.427.893 2,95
Celulose 6.345.211 2,91
Carne de bovino congelada 5.069.890 2,33
Farelo e resíduos da extração de óleo de soja 4.973.331 2,28
Café cru em grão 4.600.226 2,11
Milho em grãos 4.567.019 2,10
Demais produtos manufaturados 4.389.560 2,02
Produtos semimanufaturados de ferro ou aço 4.174.838 1,92
Aviões 3.516.717 1,61
Veículos de carga 2.825.640 1,30
Óxidos e hidróxidos de alumínio 2.768.874 1,27
Consumo de bordo – óleos e lubrificantes 2.499.797 1,15
Minérios de cobre e seus concentrados 2.485.258 1,14
Ferros-ligas 2.464.684 1,13
Açúcar refinado 2.364.820 1,09
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais países de destino – US FOB – 2017


País Total Participação em %
China 47.488.448.664 21,81
Estados Unidos 26.872.626.064 12,34
Argentina 17.618.814.028 8,09
Países Baixos (Holanda) 9.252.264.688 4,25
Japão 5.263.291.437 2,42
Chile 5.031.364.597 2,31
Alemanha 4.911.017.664 2,26
Índia 4.657.327.386 2,14
México 4.514.102.619 2,08
Espanha 3.813.820.772 1,75
Itália 3.561.003.119 1,64
Bélgica 3.174.543.121 1,46
Coréia do Sul 3.077.014.354 1,41
Reino Unido 2.844.192.412 1,31
Rússia 2.736.531.594 1,26
Fonte: Ministério do Desenvolvimento 217.739.177

Exportação Brasileira – Regiões e Estados – 2017 – US$ FOB


Região/Estado Total Participação
São Paulo 50.662.278.017 23,27
Minas Gerais 25.349.874.338 11,64
Rio de Janeiro 21.711.783.959 9,97
Espírito Santo 8.038.649.387 3,69
REGIÃO SUDESTE 105.762.585.701 48,57
Rio Grande do Sul 17.787.568.315 8,17
Paraná 18.082.394.413 8,30
Santa Catarina 8.510.969.269 3,91
REGIÃO SUL 44.380.931.997 20,38
Bahia 8.066.299.195 3,71
Maranhão 3.032.287.191 1,39
Ceará 2.102.683.030 0,97
Pernambuco 1.961.882.370 0,90
Alagoas 665.014.884 0,31
Rio Grande do Norte 304.510.509 0,14
Piauí 396.980.541 0,18
Paraíba 140.724.621 0,06
Sergipe 90.887.586 0,04
REGIÃO NORDESTE 16.761.269.927 7,70
Pará 14.484.463.701 6,65
Rondônia 1.082.853.743 0,50
Tocantins 951.283.140 0,43
Amazonas 673.012.646 0,31
Amapá 282.028.422 0,13
Roraima 41.410.094 0,02
Acre 21.656.406 0,01
TOTAL NORTE 17.536.708.152 8,05
Mato Grosso 14.728.002.577 6,76
Goiás 6.905.341.886 3,17
Mato Grosso do Sul 4.785.479.091 2,20
Distrito Federal 251.297.165 0,12
TOTAL CENTRO- 26.670.120.719 12,25
OESTE
NÃO DECLARADOS 6.627.560.581 3,05
TOTAL GERAL 217.739.177.077 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação Brasileira – Principais empresas – US$ FOB 2017


Empresa Faixa de Valor Exportado
Vale S/A - PA Acima de US$ 100 milhões
Petrobrás S/A - RJ
Embraer S.A
GE Celma |Ltda.
Vale S/A - ES
Arcelormittal Brasil S/A
Raizen Energia S/A
BRF S/A
Caterpillar Brasil Ltda.
Companhia Brasileira de Metalurgia e
Mineração
Renault do Brasil S/A
Petrobrás S/A - SP
Alunorte S/A
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Por fator agregado – 2017 – US$ FOB


Discriminação Total Participação %
Básicos 16.125.900 10,70
Semimanufaturados 6.635.845 4,40
Manufaturados 127.987.708 84,90
TOTAL 150.749.453 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Principais Produtos – US$ FOB - 2017


Discriminação Total Participação %
Demais produtos manufaturados 18.579.309 12,32
Aparelhos transmissores ou receptores 7.269.161 4,82
Demais produtos básicos 6.989.428 4,64
Medicamentos para medicina humana e 6.115.643 4,06
veterinária
Óleos combustíveis (óleo diesel, fuel-oil) etc. 5.647.590 3,75
Partes e peças para veículos automóveis e 5.449.556 3,62
tratores
Circuitos integrados e microconjuntos 4.158.775 2,76
eletrônicos
Naftas 3.725.135 2,47
Demais produtos semimanufaturados 3.481.743 2,31
Óleos brutos de petróleo 2.966.954 1,97
Automóveis de passageiros 2.956.681 1,96
Compostos heterocíclicos, seus sais e 2.842.342 1,88
sulfonamidas.
Adubos ou fertilizantes 2.567.981 1,70
Inseticidas, formicidas e herbicidas. 2.468.937 1,64
Instrumentos e aparelhos de medida, 2.120.366 1,41
verificação.
Veículos de carga 1.973.094 1,31
Motores para veículos automóveis e suas partes 1.809.259 1,20
Polímeros de etileno, propileno e estireno. 1.771.320 1,17
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira 2017 – Blocos Econômicos – US$ FOB


Bloco Econômico Total Participação %
MERCOSUL 11.892.346 7,89
Nafta 31.085.280 20,62
ALADI 24.481.192 16,24
União Européia 32.073.641 21,28
China, Hong Kong e Macau. 27.903.444 18,51
Oriente Médio 3.964.035 2,63
Demais blocos 19.349.515 12,83
TOTAL 150.749.453 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira 2017 – Principais Países – US$ FOB


País TOTAL Participação %
China 27.321.484 18,12
EUA 24.846.589 16,48
Argentina 9.435.192 6,26
Alemanha 9.227.150 6,12
Coréia do Sul 5.239.961 3,48
México 4.238.051 2,81
Itália 3.958.367 2,62
Japão 3.762.634 2,50
França 3.723.090 2,47
Chile 3.452.615 2,29
Índia 2.945.674 1,95
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Regiões e Estados – 2017 – US$ FOB


Região/Estado Total Participação
São Paulo 55.294.998.442 36,68
Rio de Janeiro 11.086.917.904 7,35
Minas Gerais 7.346.531.082 4,87
Espírito Santo 4.607.137.963 3,06
REGIÃO SUDESTE 78.335.585.391 51,96
Paraná 11.518.546.039 7,64
Santa Catarina 12.584.944.894 8,35
Rio Grande do Sul 9.923.282.227 6,58
REGIÃO SUL 34.026.773.160 22,57
Bahia 7.199.181.572 4,77
Pernambuco 5.703.995.162 3,78
Maranhão 2.559.414.713 1,70
Ceará 2.243.181.089 1,49
Alagoas 644.488.143 0,43
Paraíba 406.231.039 0,27
Piauí 348.473.319 0,23
Rio Grande do Norte 177.082.304 0,12
Piauí 137.913.682 0,09
REGIÃO NORDESTE 19.419.961.023 12,88
Amazonas 8.717.977.948 5,78
Pará 965.934.631 0,64
Rondônia 760.575.477 0,51
Tocantins 216.161.325 0,14
Amapá 61.088.524 0,04
Roraima 8.486.383 0,01
Acre 2.012.619 0,00
TOTAL NORTE 10.732.236.907 7,12
Goiás 3.237.279.897 2,15
Mato Grosso do Sul 2.526.478.469 1,68
Mato Grosso 1.404.552.233 0,93
Distrito Federal 1.065.057.196 0,71
TOTAL CENTRO-OESTE 8.233.367.795 5,47
NÃO DECLARADOS 0 0,00
TOTAL GERAL 150.749.452.949 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação Brasileira – Principais Empresas – 2017 – US$ FOB


Empresa Faixa de Valor Importado
Samsung S/A - AM Acima de US$ 100 milhões
Braskem S/A
Petrobrás S/A - RJ
Flextronics S/A
Samsung S/A - SP
Petrobrás S/A - MS
Arcelormittal Brasil S/A
General Motors do Brasil Ltda.
FCA Fiat Chrysler Automóveis Brasil S/A
Syngenta Ltda.
Ford Motor Brasil Ltda.
Toyota do Brasil Ltda.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

A EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERCIOR DE SANTA CATARINA


(em milhões de US$)

Ano Exportações Importações Saldo


1990 1.456 326 1.130
1991 1.510 368 1.142
1992 1.790 409 1.381
1993 2.198 491 1.707
1994 2.405 878 1.527
1995 2.652 1.199 1.453
1996 2.637 1.249 1.388
1997 2.806 1.407 1.399
1998 2.605 1.270 1.335
1999 2.567 882 1.685
2000 2.712 957 1.755
2001 3.028 860 2.168
2002 3.150 930 2.220
2003 3.695 1.025 2.670
2004 4.840 1.500 3.340
2005 5.594 2.188 3.406
2006 5.982 3.469 2.513
2007 7.381 5.001 2.380
2008 8.310 7.940 369
2009 6.427 7.283 - 855
2010 7.582 11.974 - 4.392
2011 9.051 14.854 - 5.803
2012 8.921 14.550 - 5.629
2013 8.689 14.779 - 6.090
2014 8.988 16.020 - 7.032
2015 7.644 12.613 - 4.969
2016 7.594 10.368 - 2.774
2017 8.511 12.585 - 4.074
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior e FIESC

Empresas sulistas que mais exportaram em 2002

Santa Catarina colocou nove companhias na seleta galeria de 29 empresas


sulistas que exportaram mais de 100 milhões anuais.
As empresas listadas no ranking compõem uma elite responsável por 65% das
exportações da região.
Em 2002, as empresas paranaenses, catarinenses e gaúchas exportaram juntas, US$
15 bilhões. O saldo comercial obtido nos três estados atingiu US$ 7,4 bilhões.

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º Volkswagen (PR) 685,9 16º ADM (PR) 193,2
2º Bunge (SC) 581,7 17º Bianchini (RS) 185,0
3º Sadia (SC) 407,1 18º International Engines 169,9
(RS)
4º Universal L. Tabacos 348,3 19º Dimon (RS) 162,3
(RS)
5º Perdigão (SC) 327,0 20º Avipal (RS) 155,5
6º COAMO (PR) 310,9 21º Marcopolo (RS) 153,1
7º Gargill (PR) 303,2 22º Cereol (SC) 145,4
8º Coinbra (PR) 280,7 23º Tupy (SC) 132,9
9º Seara (SC) 278,4 24º Imcopa (PR) 128,7
10º Embraco 271,4 25º WEG (SC) 121,3
11º Frangosul (RS) 250,7 26º Copesul (RS) 111,0
12º Klabin S/A (RS) 234,8 27º Chapecó (SC) 103,5
13º Tritec Motors (PR) 210,0 28º Robert Bosch (PR) 103,0
14º Petrobrás (PR) 207,0 29º Ipiranga (RS) 102,0
15º Souza Cruz (RS) 194,9
Fonte: Secex

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2008, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º Bunge (RS) 1.015 16º ADM do Brasil (RS) 535
2º Bunge (PR) 968 17º Alberto Pasqualini (RS 528
3º Sadia (PR) 881 18º Perdigão (RS) 500
4º Quip S/A (RS) 865 19º Perdigão (SC) 494
5º Volkswagen (PR) 787 20º Coop. Mouraoense (PR 491
6º Frangosul (RS) 752 21º Petrobrás (PR) 481
7º Seara (SC) 739 22º Agco do Brasil (RS) 453
8º WEG (SC) 658 23º Louis Dreyfus (PR 448
9º Bianchini (RS) 649 24º Usina Sta. Terezinha PR 417
10º Volvo (PR) 630 25º Robert Bosch (PR) 392
11º Whirpool (SC) 624 26º Cargill (PR) 387
12º Renault (PR) 592 27º Braskem (RS) 386
13º Sadia (SC) 587 28º CNH Latin América (PR) 369
14º Copesul (RS) 585 29º Tupy (SC) 348
15º Alliance (RS) 570 30º John Deere (RS) 345
Fonte: SECEX

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2010, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º Braskem (RS) 1.354.473 16º Alliance Ltda. (RS) 530.835
2º Renault do Brasil (PR) 1.003.154 17º Whirlpool S/A (SC) 524.926
3º Coop. 706.765 18º BRF Foods (SC) 524.351
Mouraoense(PR)
4º Cargill Agrícola (PR) 699.128 19º Adm. Do Brasil (RS) 447.892
5º Sadia (PR) 696.755 20º Universal (SC) 417.050
6º Bunge Alimentos (RS) 693.710 21º Tupy S/A (SC) 380.823
7º UsinaStaTerezinnhaRS 679.600 22º Petrobras (PR) 356.265
8º Bianchini S/A (RS) 674.632 23º Souza Cruz (SC) 354.378
9º Seara (SC) 646.858 24º Alberto Pasqualini (RS) 341.302
10º BRF Foods (RS) 626.371 25º CHS do Brasil (PR) 325.190
11º Weg S/A (SC) 581.495 26º Adm. Do Brasil (PR) 295.883
12º Bunge Alimentos (PR 570.829 27º Cargill Agrícola (RS) 295.558
13º Volkswagen (PR) 557.536 28º Volvo do Brasil (PR) 292.391
14º Frangosul S/A (PR) 553.226 29º Klabin S/A (PR) 284.990
15º Sadia (SC) 549.787 30º John Deere Ltda. (RS) 284.574
Fonte: SECEX

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2013, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º Quip S. A. (RS) 3.563.412 16º Louis Dreyfus (RS) 694.051
2º Braskem (RS) 1.833.654 17º Louis Dreyfus (PR) 685.920
3º CQG Construções 1.209.279 18º Seara Alimentos (SC) 673.103
Offshore (RS)
4º Renault do Brasil (PR) 1.169.239 19º CHS do Brasil (PR) 629.635
5º BRF Brasil Foods 1.114.549 20º Nidera Sementes (RS) 561.127
(SC)
6º BRF Brasil Foods (PR 1.100.255 21º WHIRPOOL (SC) 532.408
7º Bunge Alimentos (RS) 1.099.216 22º Volvo do Brasil (PR) 478.021
8º BRF Brasil Foods (RS 974.117 23º General Motors (RS) 453.911
9º Bunge Alimentos (PR) 911.871 24º Nidera Sementes (PR) 444.003
10º Cargill Agrícola (RS) 895.891 25º TUPY (SC) 441.726
11º Bianchini S.A (RS) 838.022 26º ADM. Do Brasil (RS) 430.946
12º Cooperativa Agrop. 805.380 27º Seara (PR) 430.256
Mouraoense Ltda. (PR)
13º Cargill Agrícola (PR) 770.842 28º Coop. Aurora (SC) 412.202
14º WEG (SC) 740.565 29º Petrobrás (RS) 411.119
15º Usina de Açúcar 710.936 30º JBS Alves Ltda. (RS) 407.373
Santa Terezinha (PR)
Fonte: SECEX

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2015, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º Braskem (RS) 1.474 16º Louis Dreyfus (PR) 465
2º Cargill Agrícola (PR) 864 17º Aurora (SC) 441
3º Bunge Alimentos (RS) 846 18º Usina de Açúcar Santa 441
Terezinha (PR)
4º BRF (PR) 823 19º Nidera Sementes (PR) 426
5º Bianchini SA (RS) 722 20º Tupy SA (SC) 405
6º BRF (SC) 719 21º ENGEVIX (RS) 404
7º Cargill Agrícola (RS) 714 22º WHIRLPOOL SA (SC) 395
8º Seara Alimentos (SC) 689 23º BTH Pactual 364
Commodities (RS)
9º BRF (RS) 664 24º Seara Ltda. (PR) 362
10º Cooperativa Agrop. 649 25º JBS Aves Ltda. (RS) 361
Mouraoense Ltda. (PR)
11º Nidera Sementes(RS) 623 26º Klabin (PR) 353
12º WEG (SC) 582 27º Volvo (PR) 342

13º ADM do Brasil (RS) 491 28º Souza Cruz (SC) 334
14º Renault SA (PR) 491 29º CHS do Brasil (PR) 328
15º Bunge Alimentos 490 30º JBS SA (RS) 326
(PR)
Fonte: SECEX

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2016, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º BRF S/A SC Mais de 100 16º ECOVIX Construções Mais de 100
milhões de Oceânicas S/A RS milhões de
dólares dólares
2º Renault do Brasil 17º Volvo do Brasil Veículos
S/A PR Ltda. PR
3º Coamo 18º Tupy S/A SC
Agroindustrial
Cooperativa PR
4º BRF S/A PR 19º General Motors do Brasil
Ltda. RS
5º Bunge Alimentos S/A 20º Souza Cruz Ltda. SC
RS
6º Bianchini S/A 21º Whirlpool S/A SC
Comércio e Agricultura
RS
7º CMPC Celulose 22º Universal Leaf Tabacos
Riograndense Ltda. RS Ltda. RS
8º Cooperativa Central 23º ADM. do Brasil Ltda. RS
Aurora SC
9º Usina de Açúcar 24º CHS Agronegócio Ltda.
Santa Terezinha Ltda. PR
PR
10º Braskem S/A RS 25º Bunge Alimentos S/A PR
11º Cargill Agrícola S/A 26º Bunge Alimentos S/A SC
PR
12º Louis Dreyfus 27º Klabin S/A PR
Company Brasil S/A PR
13º WEG S/A SC 28º Souza Cruz Ltda. RS
14º Nidera Sementes 29º Engelhart CTP Brasil
Ltda. RS S/A RS
15º Seara Alimentos 30º BMW do Brasil Ltda. SC
Ltda. SC
Fonte: SECEX

As trinta maiores empresas exportadoras da Região Sul em 2017, em milhões:

Empresa Exportações Empresa Exportações


1º BRF S/A SC Mais de 100 16º Volvo do Brasil Ltda. PR. Mais de 100
milhões de milhões de
dólares dólares
2º Renault do Brasil 17º Cargill Agrícola S/A RS.
S/A PR
3º Coamo 18º Klabin S/A PR.
Agroindustrial
Cooperativa PR
4º Bianchini S/A RS 19º Braskem S/A RS.
5º Louis Dreyfus S/A 20º SHB Com. E Ind. De
PR Alimentos PR.
6º Bunge Alimentos S/A 21º CMPC Celulose RS.
RS
7º ADM do Brasil Ltda. 22º Tupy S/A SC.
RS.
8º Braskem S/A RS 23º Gavilon do Brasil RS.
9º SHR Com. E Ind. 24º Bunge Alimentos S/A
De Alimentos SC. SC.
10º GM do Brasil RS 25º Adecoagro Vale do
Ivinhema S/A PR.
11º Cooperativa 26º ADM. Do Brasil Ltda.
Central Aurora SC PR.
12º Usina de Açúcar 27º BRF S/A PR.
Santa Terezinha PR
13º CARGILL Agrícola 28º Universal Leaf Tabacos
S/A PR Ltda. RS.
14º WEG S/A SC 29º Whirlpool S/A SC.
15º Seara Alimentos 30º Souza Cruz Ltda. SC.
Ltda. SC.
Fonte: SECEX

Principais produtos exportados – 2016


Colocação Produto
1º Pedaços e miudezas de galos/galinhas congelados
2º Soja
3º Outras carnes de suíno congeladas
4º Fumo
5º Blocos de cilindro. cabeçotes p/motores diesel
6º Motocompressor hermético
7º Automóveis com explosão 1500 cc
8º Carnes de galo, galinhas não cortadas em pedaços.
9º Motor elétrico corrente alternada 75 kw.
10º Galo/galinhas (miudezas) em peso cozidas
11º Carnes de outros animais salgadas, secas, etc.
12º Madeira de coníferas serrada/cortada
13º Portas, caixilhos e soleiras de madeira.
14º Papel/cartão "kraftliner"
15º Ladrilhos de cerâmica, vidrados, esmaltados.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento
Principais produtos Importados – 2016
Colocação Produto
1º Cátodos de cobra
2º Outros polímeros de etileno
3º Outros polietilenos
4º Fios têxteis de poliesteres crus
5º Outras luvas de borracha vulcanizadas
6º Batatas preparadas ou conservadas congeladas
7º Milho em grão
8º Fio de fibras artificiais 85% simples
9º Automóveis com motor 1500 cc
10º Azeite de oliva virgem
11º Fio de fibras artificiais 85% simples modal
12º Outras máquinas aparelhos elétricos
13º Carbonato dissódico anidro
14º Polipropileno sem carga
15º Pneus novos para automóveis de passageiros
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação: Totais por Fator Agregado – 2016 – US$ FOB


Setor Valor Participação em %
Básicos 3.263 42,97
Industrializados (A + B) 4.327 56,98
Semimanufaturados (A) 287 3,78
Manufaturados (B) 4.040 53,20
Operações Especiais 4 0,05
TOTAL 7.594 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação: Totais por Fator Agregado – 2016 – US$ FOB


Setor Valor Participação em %
Básicos 731 7,05
Industrializados (A + B) 9.637 92,95
Semimanufaturados (A) 995 9,60
Manufaturados (B) 8,642 83,35
Operações Especiais 0 0
TOTAL 10.368 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação – Totais por Setores – 2016 – US$ FOB


Discriminação Total Participação %
Bens de Capital 1.242 16,36
Bens intermediários 3.174 41,80
Bens de consumo 3.167 41,70
Combustíveis e lubrificantes 6 0,08
Demais operações 5 0,06
TOTAL 7.594 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento
Importação – Totais por Setores – 2016 – US$ FOB
Discriminação Total Participação %
Bens de Capital 1.938 18,69
Bens intermediários 5.968 57,56
Bens de consumo 2.447 23,60
Combustíveis e lubrificantes 15 0,15
TOTAL 10.368 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação - Principais Países – 2016 – US$ FOB


País TOTAL Participação %
Estados Unidos 1.261 16,61
China 854 11,25
Argentina 452 5,95
Rússia 371 4,89
México 331 4,36
Japão 323 4,26
Países Baixos (Holanda) 317 4,17
Reino Unido 266 3,50
Alemanha 221 2,91
Paraguai 211 2,77
Chile 203 2,67
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação – Blocos Econômicos – 2016 – US$ FOB

Bloco TOTAL Participação %


Ásia (exclusive Oriente Médio) 1.797 23,66
ALADI (exclusive MERCOSUL) 1.757 23,14
MERCOSUL 759 9,99
União Européia 1.311 17,26
EUA (com Porto Rico) 1.261 16,61
Oriente Médio 438 5,77
Demais Blocos 271 3,57
TOTAL 7.594 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação - Principais Países – 2016 – US$ FOB

País TOTAL Participação %


China 3.233 31,18
Argentina 902 8,70
Chile 795 7,66
Estados Unidos 748 7,22
Alemanha 680 6,56
Índia 270 2,60
Itália 235 2,27
Coréia do Sul 197 1,90
Malásia 187 1,80
Taiwan (Formosa) 186 1,79
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação – Blocos Econômicos – 2016 – US$ FOB

Bloco TOTAL Participação %


Ásia (exclusive Oriente Médio) 4.761 45,92
ALADI (exclusive MERCOSUL) 1.259 12,14
MERCOSUL 1.142 11,01
União Européia 1.855 17,89
EUA (com Porto Rico) 748 7,22
Oriente Médio 151 1,46
Demais blocos 452 4,36
TOTAL 10.368 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais Empresas Exportadoras – 2016 – US$ FOB

Empresa TOTAL
BRF Brasil Foods Acima de 100 milhões
Cooperativa Aurora
WEG
Seara Alimentos
Tupy
Souza Cruz
WHIRLPOOL S.A
Bunge Alimentos
BMW do Brasil Ltda.
AMAGGI Exportação e Importação Ltda.
AFG BRASIL S/A
BUNGE Fertilizantes S/A
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA 50 a 100 milhões
Seara Alimentos Ltda.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais Empresas Importadoras – 2016 – US$ FOB

Empresa TOTAL
Capital Trade Imp. e Exp. Ltda. Acima de 100 milhões
Columbia Trading S/A
Sainte Marie Imp. e Exp. Ltda.
SOW Brasil Ind. Com. de Produtos Químicos Ltda.
Comexport Trading Comércio Exterior Ltda.
Ascensus Trading & Logística Ltda.
Sertrading Ltda.
Komport Comercial Importadora S/A
BMW do Brasil Ltda.
Britania Eletrônicos S/A
Cooper Trading S/A
Roche Diagnóstica Brasil Ltda.
Lojas Renner S/A
Seara Alimentos
Plasinco Imp. e Exp. Ltda.
Whirlpool S/A
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais produtos exportados – 2017


Colocação Produto
1º Pedaços e miudezas de galos/galinhas
2º Soja. Mesmo triturada, exceto para semeadura.
3º Outras carnes de suíno
4º Fumo para manufatura
5º Blocos de cilindros, cabeçotes para motores a diesel.
6º Motocompressor hermético
7º Motor elétrico com corrente alternada 750 w 75 KW
8º Carnes de galos/galinhas não cortadas em pedaços
9º Madeira serrada ou fendida
10º Automóveis com explosão 1500 cc
11º Galo/galinha cozidas
12º Portas e caixilhos
13º Outras madeiras comp. folheada
14º Motor elétrico com corrente alternada trifásica 75 KW
15º Móveis de madeira para quartos de dormir
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais produtos Importados – 2017


Colocação Produto
1º Cátodos de cobre
2º Fios têxteis de poliésteres crus
3º Fio de fibras artificiais
4º Copolímeros de etileno e alfa-olefina
5º Pneus novos para automóveis de passageiros
6º Outras luvas de borracha vulcanizada, não endurecida.
7º Batatas preparadas ou conservadas, congeladas.
8º Azeite de oliva, virgem.
9º Outros polietilenos sem carga
10º Outros pneus novos para ônibus e caminhões
11º Policloreto de vinila
12º Automóveis com explosão 1500 cc
13º Uréia com teor de nitrogênio 45% em peso
14º Polipropileno se carga, em forma primária.
15º Polietileno sem carga em forma primária
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação: Totais por Fator Agregado – 2017 – US$ FOB


Setor Valor Participação em %
Básicos 3.584 42,11
Industrializados (A + B) 4.922 57,83
Semimanufaturados (A) 357 4,19
Manufaturados (B) 4.565 53,64
Operações Especiais 5 0,06
TOTAL 8.511 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação: Totais por Fator Agregado – 2017 – US$ FOB


Setor Valor Participação em %
Básicos 732 5,82
Industrializados (A + B) 11.853 94,18
Semimanufaturados (A) 1.216 9,66
Manufaturados (B) 10.637 84,52
Operações Especiais 0 0
TOTAL 12.585 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação – Totais por Setores – 2017 – US$ FOB


Discriminação Total Participação %
Bens de Capital 1.328 15,60
Bens intermediários 3.713 43,63
Bens de consumo 3.438 40,39
Combustíveis e lubrificantes 28 0,33
Demais operações 4 0,05
TOTAL 8.511 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação – Totais por Setores – 2017 – US$ FOB


Discriminação Total Participação %
Bens de Capital 2.267 18,02
Bens intermediários 7.343 58,35
Bens de consumo 2.953 23,46
Combustíveis e lubrificantes 22 0,17
TOTAL 12.585 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação - Principais Países – 2017 – US$ FOB


País TOTAL Participação %
Estados Unidos 1.410.513 16,57
China 960.403 11,28
Argentina 585.862 6,88
México 399.924 4,70
Japão 399.085 4,69
Rússia 383.820 4,51
Países Baixos (Holanda) 286.484 3,37
Reino Unido 259.067 3,04
Paraguai 259.013 3,04
Chile 229.185 2,69
Alemanha 216.281 2,54
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Exportação – Blocos Econômicos – 2017 – US$ FOB


Bloco TOTAL Participação %
Ásia (exclusive Oriente Médio) 2.083 24,47
ALADI (inclusive MERCOSUL) 2.022 23,76
União Européia 1.319 15,50
EUA (com Porto Rico) 1.616 18,98
Oriente Médio 543 6,38
Demais Blocos 928 10,91
TOTAL 8.511 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação - Principais Países – 2017 – US$ FOB


País TOTAL Participação %
China 4.231.052 33,62
Chile 994.618 7,90
Argentina 928.057 7,37
Estados Unidos 785.582 6,24
Alemanha 724.127 5,75
Índia 435.304 3,46
Itália 278.218 2,21
Taiwan (Formosa) 239.225 1,90
Coréia do Sul 234.756 1,87
México 228.608 1,82
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Importação – Blocos Econômicos – 2017 – US$ FOB


Bloco TOTAL Participação %
Ásia (exclusive Oriente Médio) 6.138 48,77
ALADI 2.788 22,15
União Européia 2.123 16,87
EUA (com Porto Rico) 949 7,54
Oriente Médio 220 1,75
Demais blocos 367 2,92
TOTAL 12.585 100,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais Empresas Exportadoras – 2017 – US$ FOB


Empresa TOTAL em Us$
BRF Acima de 100 milhões
SHB Comércio e Indústria de Alimentos
Cooperativa Central Aurora
WEG Equipamentos
Seara Alimentos
Tupy S/A
Bunge Alimentos
Whirpool S/A
Souza Cruz Ltda.
Amaggi Exportação e Importação
BWM do Brasil Ltda.
AFG Brasil S/A
COAMO Agroindustrial
Seara Alimentos Ltda. Entre 50 e 100 milhões
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Principais Empresas Importadoras – 2017 – US$ FOB


Empresa TOTAL em US$
Capital Trade Imp. e Exportação Acima de 100 milhões
Columbia Trading S/A
Comexport Trading Com. Exportação.
Sainte Marie Imp. e Exportação
Ascensus Trading & Logística
Sertrading Ltda.
DOW Brasil Ind. e Comércio
BMW do Brasil Ltda.
Britania Eletrônicos S/A
Komport Comercial Importadora
Lojas Renner S/A
Intelbrás S/A Ind. de Telecomunicações
Plasinco Importação e Exportação
Level Importação e Exportação
Cooper Trading S/A
Fonte: Ministério do Desenvolvimento

TAXA DE CÂMBIO

É preço da moeda estrangeira.


Mostra quantas unidades da moeda nacional são necessárias para obter uma
unidade de moeda estrangeira. É o preço que se paga para vender uma moeda e comprar
outra.
O nível da taxa de câmbio é de alta importância, já que os níveis dos preços
internos em relação aos estrangeiros são determinados por ela.
Assim, o importador leva em consideração o preço da mercadoria em moeda
estrangeira e o preço desta em termos de moeda nacional, a fim de determinar o custo
da importação.
As desvalorizações cambiais provocam uma mudança dos preços relativos em
favor do setor exportador, que aumenta as suas receitas por unidade de moeda
estrangeira, e em prejuízo das importações, cujos custos se elevam com os preços mais
altos das divisas estrangeiras, estimulando os ingressos de divisas e desestimulando os
dispêndios.
A taxa de câmbio poderá mudar diariamente, semanalmente ou anualmente,
dependendo da inflação interna e externa, políticas governamentais de incentivo às
importações ou exportações.

- Quando tem real:


Para transformá-lo em moeda estrangeira, divida o valor por aquele fixado
pelo BACEN.

- Quando tem moeda estrangeira.


Para convertê-la em real, multiplique o valor por aquele fixado pelo BACEN.

Exercícios:

1) A empresa na qual trabalho, possui uma dívida com um banco dos EUA, atualizada
em US$ 75.000,00. Qual o valor em termos de reais para liquidar esta dívida? Dado:
Taxa de câmbio de 3,0830 e 3,835

75.000,00

2) Vou aos EUA para passear. Tenho para esta viagem uma poupança de R$ 6.500,00.
Quantos dólares eu possuo. Dado: taxa de câmbio de 3,0830 e 3,835

6.500,00

Determinação da taxa de câmbio.

Pelo fato de ser um preço, a taxa de câmbio é determinada pela oferta e pela
procura de divisas.
No Brasil, as empresas que exportam suas mercadorias para os Estados Unidos,
por exemplo, recebem seus pagamentos em dólares. Entretanto, essas pessoas precisam
vender suas divisas, ou seja, trocá-las por reais, para que possam remunerar os fatores
de produção: pagar salários, juros, matérias-primas, etc.
Assim os exportadores constituem a oferta de divisas no mercado de divisas,
bem como as divisas oriundas da contratação de empréstimos externos, dos
investimentos feitos em nosso país pelas multinacionais, etc,
Por outro lado, temos os importadores, pessoas que querem comprar dólares para
importar mercadorias dos EUA. Essas pessoas compram os dólares com reais, sendo
que isso constitui a demanda por moeda estrangeira no mercado de divisas, assim como
o pagamento de empréstimos externos contraídos, etc.
Se colocarmos a oferta de divisas (exportadores) e a demanda de divisas
(importadores) num mesmo gráfico, o ponto em que a oferta é igual a demanda, será a
taxa de câmbio, que é o preço da moeda estrangeira.

S (exportadores, divisas oriundas


Taxa de empréstimos, investimentos)
de E
Câmbio

D (importadores, pagamento de
empréstimos externos)

Quantidade de divisas

Esse critério é adotado para todas as moedas estrangeiras. No Brasil até 1994,
não era o mercado de divisas quem determinava a taxa de câmbio e sim o Banco Central
do Brasil, através do sistema de taxa de câmbio administrativa. Esse procedimento não
causa maiores alterações, pois o Banco Central procurava mantê-la o mais próximo
possível da taxa que seria estabelecida no mercado de divisas.

Operações de câmbio.

- Quanto ao prazo - pronta ou a vista


- futura ou a prazo

- remessa antecipada
- Operações comerciais - cobrança documentária
- carta de crédito comercial
- remessa sem saque

* Remessa Antecipada.

O importador solicita ao seu banco a emissão de uma ordem de pagamento,


antes do embarque da mercadoria. Este recebe o pagamento, efetua o embarque e
remete os documentos correspondentes (conhecimento, fatura) ao comprador que, de
posse dos mesmos, retira as mercadorias da alfândega. Esse sistema é adotado quando o
comprador deposita inteira confiança no vendedor.

* Cobrança documentária.

O exportador embarca as mercadorias e entrega os respectivos documentos,


inclusive o saque pelo valor da exportação a um banco para efetuar a cobrança. Este
remete os documentos ao seu correspondente no exterior, que irá entregá-los ao
importador. Se a cobrança for a vista, os documentos somente serão entregues contra o
pagamento do respectivo saque, e se for a prazo, os documentos serão liberados contra
aceite do referido saque. De posse dos documentos, o importador retira as mercadorias.
Esse sistema é o mais seguro, garante ambas as partes.

* Carta de crédito comercial.

O importador solicita ao seu banco a emissão de uma carta de crédito a favor do


exportador. O documento contém as características das transações (beneficiário, valor,
vencimento, quantidade, espécie, peso). O exportador, após efetuar o embarque das
mercadorias, apresenta a documentação ao banco, acompanhado da carta de crédito. O
banco então, efetua o pagamento a débito do banco emitente do crédito, ao qual remete
os documentos para serem entregues ao importador, que por sua vez efetuará o
desembaraço das mercadorias.

* Remessa sem saque.

O exportador embarca as mercadorias e remete os respectivos documentos


diretamente ao importador. Este de posse dos referidos documentos retira as
mercadorias da alfândega e, depois efetua a remessa em pagamento. Este sistema exige
absoluta confiança do exportador em relação ao importador.

Como funciona o câmbio no Brasil?

Desde a criação do Plano Real, o país já teve câmbio fixo e flutuante. O Banco
Central interfere no valor do dólar sobre o real de diferentes formas.
1994
Câmbio fixo
Logo que o real foi adotado como modelo no Brasil, o governo fixou o câmbio em R$
1,00 por dólar.

De 1995 a 1999
Câmbio fixo “deslizante” ou
Regime de Banda Cambial
O Banco Central estabelecia uma banda limitando o crescimento e a queda do câmbio.

De 1999 até agora


Câmbio flutuante “sujo”
O valor do dólar passou a oscilar de acordo com a oferta e demanda, porém com
algumas ações do Banco Central.

O que é regime cambial?

É a maneira pela qual a taxa de câmbio é formada. O regime cambial pode ser
fixo, ou seja, com um valor estipulado pelo Banco Central, ou flutuante, com o valor da
moeda subindo ou caindo de acordo com as condições de mercado.

Como era o câmbio fixo no Brasil em 1994?

O Plano Real foi adotado em meio a um cenário de descontrole da inflação, e o


câmbio foi utilizado pelo governo como uma ferramenta para tentar controlar a alta
desorganizada de preços. Quando o Plano Real foi criado, em 1º de julho de 1994,
R$ 1,00 valia exatamente US$ 1,00.
Mas para manter o dólar no valor estipulado pelo governo, não é suficiente uma
decisão; o Banco Central tinha que atuar no mercado utilizando as reservas
internacionais em dólar do país. Na prática, significaria que o BC era obrigado a vender
e comprar dólares pelo valor em reais que ele estipulou, em qualquer quantidade e a
qualquer momento.
Vantagens do câmbio fixo:
Especialistas apontam que a vantagem desse tipo de regime é a previsibilidade
do câmbio e dos contratos de negócios.
Desvantagens:
Em contrapartida, pode haver pressão inflacionária, já que o BC eventualmente
precisa emitir uma quantidade maior de moeda nacional para “defender” a taxa de
câmbio que ele mesmo estipulou. Com mais dinheiro em circulação, ele perde o valor e
daí surge o efeito da inflação.
Pode haver ainda prejuízos para as empresas exportadoras em meio a uma
inflação crescente. Isso porque os produtos importados ficam mais atrativos para os
consumidores, e o produtor nacional pode não sobreviver à concorrência.

Como era o câmbio fixo com “banda cambial” entre 1995 e 1997?

Também chamado de “câmbio fixo deslizante” ou “crawling peg”, esse regime


funcionava da seguinte maneira: o BC estabelecia um limite de alta e a queda do
câmbio. Se o valor do dólar estivesse muito alto, além do patamar estabelecido como
limite, o BC injetava dólares na economia, fazendo o seu preço baixar. Para isso, eram
utilizadas as reservas internacionais em dólar do país.
Vantagens e desvantagens do câmbio fixo com “banda cambial”:
Esse regime é apontado como uma forma de controlar a inflação. O governo
pode induzir os produtores internos a baixar seus preços para enfrentar a concorrência
de produtos importados, que ficam mais atraentes para os consumidores. Assim
acontece uma baixa forçada da inflação. Isso, no entanto, pode representar perdas para
as empresas que exportam seus produtos, pois ele também é obrigado a reduzir seus
preços para fazer frente aos preços internacionais.

Como o câmbio passou a funcionar a partir de 1999, quando passou a ser


flutuante?

Em meio a uma crise cambial e com as reservas em dólares do Brasil esvaziadas,


em janeiro de 1999 o BC emitiu comunicado: “a partir de hoje, o Banco Central deixará
que o mercado interbancário defina a taxa de câmbio”.
Na prática, isso era uma permissão para que os bancos comprem e vendam
dólares entre si, sem o intermédio ou intervenção do BC. O valor do dólar em relação ao
real deixou de ser a principal forma de controle inflacionário e seu valor passou a
oscilar de acordo com a oferta e a demanda do mercado.

O BC então parou definitivamente de interferir no câmbio a partir de 1999?

Não. Ao comunicar ao mercado que o câmbio passaria a ser flutuante, o BC


também informou o seguinte: “o Banco Central poderá intervir nos mercados,
ocasionalmente e de forma limitada, com o objetivo de conter movimentos
desordenados das taxas de câmbio”. O que isso significa na prática na prática é que o
BC, mesmo com câmbio flutuante, pode intervir no mercado caso de valor do dólar em
relação ao real chegue a um patamar que, por algum motivo, seja considerado muito alto
ou muito baixo.
É por isso que esse regime cambial é chamado de “flutuante sujo”, ao contrário
do “flutuante puro”, em que não há nenhum tipo de interferência.
Vantagens e desvantagens do câmbio flutuante:
Alguns especialistas citam entre as vantagens do câmbio flutuante a flexibilidade
e adaptação dos preços da economia às condições de mercado, considerando os cenários
externo e interno, funcionando como o amortecedor de um carro. Outro aspecto é a
menor fragilidade das reservas internacionais em dólar do país. No entanto, entre os
pontos negativos está uma imprevisibilidade maior, com contratos de negócios sujeitos
às oscilações da moeda.
Como o BC interfere no mercado nesse regime de câmbio flutuante “sujo”?

A partir de 1999, o Banco Central passou a controlar esporadicamente o valor da


moeda pela compra e venda de dólares, para dar previsibilidade ao mercado. Existem
diferentes formas de intervenção do BC no câmbio. Entre as principais estão:
* swaps cambiais;
* venda direta e
* leilões de linha.

Swap cambial

Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que
equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão
sobre a alta da moeda.
Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda
de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-
americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma
taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Esses contratos servem também para dar “proteção” aos agentes que têm dívida
em moeda estrangeira – neste caso, quando o dólar sobe, eles recebem sua variação do
BC.
Os swaps trazem a tranqüilidade para que não haja desespero para sair (tirar
recursos do país). Se o sujeito está com o preço protegido, não há porque a pressa.

Venda direta

A venda direta de dólar são feitas no mercado à vista – ou seja, é dinheiro


entrando no mercado. Os recursos saem das reservas internacionais brasileiras. O Banco
Central reluta em utilizar este instrumento para evitar uma queda das reservas cambiais
– que são consideradas importantes para evitar uma desconfiança maior.
As vendas diretas tendem a reduzir a cotação do dólar frente ao real, seguindo o
princípio da oferta e da procura: quanto mais dólares à disposição, mais baratos eles
ficam.

Leilões de linha

Os leilões de linha também são feitos por meio da venda da moeda norte-
americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras.
Nesse caso, entretanto, os dólares têm de ser devolvidos ao Banco Central nos
meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado. Como retornam as reservas
cambiais, o BC considera que essas operações não impactam as reservas cambiais.
Os leilões de linha tendem a reduzir a pressão pela alta da moeda. Isso porque,
com mais dólares no mercado, seu preço tende a ficar menor.
Os leilões de linha são utilizados em momentos de baixa liquidez (falta de
dólares) no mercado de câmbio, como por exemplo, no fim de cada ano, quando cresce
a procura por moeda norte-americana por conta das férias e viagens de fim de ano.
Quando o dólar registra uma alta maior, o BC lança mão deste instrumento e realiza
ofertas de leilões de linha para atenuar as pressões sobre o câmbio.

Outros recursos do governo – mudanças em tributos

O governo também pode agir no câmbio fora do Banco Central. Uma dessas
medidas é a mudança na tributação, quer seja tentando conter a entrada de dólares no
país, ou a saída de divisas do país, o que até hoje não foi feito.
Em 2010, quando os Estados Unidos injetavam bilhões no mercado para
estimular a economia do país durante a crise financeira internacional, o governo
brasileiro agiu para evitar a entrada excessiva de recursos aqui – uma forte entrada de
dólares tende a derrubar a cotação da moeda, o que prejudica os exportadores
brasileiros.
Para isso subiu o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de
estrangeiros em renda fixa de 2% para 6%, e a aumento da alíquota do tributo para
margem de operações no mercado futuro de 0,38% para 6%, assim como também subiu
o tributo para empréstimos buscados no exterior.
Posteriormente, com a normalização do cenário externo e o fim da liquidez
excedente no mercado internacional de câmbio, o governo brasileiro retornou as
alíquotas mais baixas de IOF para o ingresso de recursos no Brasil.
O governo, até este momento, não optou por mexer em alíquotas de tributos, ou
tomar outras medidas, para impedir a saída de recursos da economia brasileira.

Quem ganha e quem perde com o dólar alto

Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em dólar nem
pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto
deixou o brasileiro mais pobre.
O impacto da alta do dólar na vida das pessoas chega a todos, inclusive à dona
de casa.
Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio.
A alta do dólar afeta a vida das pessoas comuns porque puxa a inflação para
cima.
Muitas matérias-primas são importadas – como trigo, gás e gasolina. Isso
provoca um aumento do pãozinho.
Além disso, alguns produtos que são produzidos aqui no Brasil também têm seu
preço atrelado ao dólar.
É o caso da soja, da carne, do café, do açúcar, do milho. Mesmo que eles sejam
produzidos no país, quando o dólar está mais caro fica mais vantajoso para o produtor
exportar. Então, se ele mantém o produto para ser vendido aqui dentro, ele vai querer
receber mais por isso.
Outra maneira pela qual a alta do dólar influencia os preços é que, com o
produto importado mais caro, os produtos nacionais acabam também sofrendo um
reajuste. Os produtores aproveitam a alta do importado para aumentar a margem de
lucro do nacional também.
Quem ganha?

1) Balança comercial – A balança comercial é a relação entre exportações e


importações de um país. Com o aumento do dólar, fica mais caro importar e
mais baixo exportar, o que ajuda a equilibrar essa conta.
2) Empresas exportadoras – Por terem custos em reais e receitas em dólar,
essas empresas se beneficiam da alta da moeda norte-americana. Exemplos
são as empresas de papel e celulose e do setor agrícola exportador, como
produtores de soja e de suco de laranja. Esses setores ficam mais
competitivos lá fora, mas isso não significa que as exportações vão aumentar
imediatamente. As empresas têm que buscar o mercado lá fora que perderam
antes, com o real valorizado.
3) Empresas voltadas ao mercado interno – Essas empresas se beneficiam da
alta do dólar, pois sofrem menos competição dos produtos importados.
4) Turismo doméstico – O turismo nacional deve ganhar fôlego com a
desistência dos brasileiros de tirar férias no exterior.

Quem perde?

1) Consumidor final – Os aumentos de custos na economia são


invariavelmente repassados para o consumidor, que sofre com a inflação e a
perda do seu poder de compra.
2) Empresas importadoras – As indústrias que vendem produtos importados
ou que dependem substancialmente de matérias-primas importadas são
prejudicadas com a alta do dólar. Exemplos são a indústria química,
farmacêutica, revenda de carros importados, perfumes, chocolates, vinho
importado. Vai depender da capacidade delas de repassar a alta dos custos ao
consumidor.
3) Empresas que tenham dívidas em dólar – Se a empresa fez dívidas em
dólar para compra de equipamentos ou insumos e não tem mecanismos de
proteção (hedge cambial) para pagamento dessa dívida, está com um
problema muito grande agora,
4) Pessoas que fizeram gastos com cartão de crédito no exterior – Além do
custo de 6,38 de IOF, o aumento do dólar faz com que o gasto no exterior
seja bastante aumentado. É por isso que não se indica fazer gastos
expressivos com cartão de crédito no exterior, mas deixar seu uso apenas
para emergências.
5) Quem tem viagem marcada para o exterior ou programa de estudos no
exterior – Com a alta dos preços lá fora, os turistas estão optando por trocar
a viagem por um destino nacional ou até mesmo escolher um país menos
caro. Muitos turistas estão optando por fazer viagens para a América do Sul
e intercâmbio em países como a Nova Zelândia.

Como se define a taxa de câmbio?

A taxa de câmbio é flexível. Isso significa que ela é negociada livremente por
quem compra e quem vende. O Banco Central divulga todos os dias, uma média da taxa
praticada entre os bancos (PTAX), mas ela serve apenas como referência.
Compra e venda

A taxa de venda é o preço cobrado pela instituição, como o banco ou a casa de


câmbio, para vender a moeda estrangeira. A taxa de compra é o preço que a instituição
para quando compra a moeda. Ou seja: o consumidor vai pagar a taxa de venda (o valor
pelo qual o banco vende aquela moeda).

Tipos de dólar

1) Dólar comercial – O dólar comercial é o nome dado informalmente à


cotação usada em importação e exportações. A cotação muda várias vezes ao
dia.
2) Dólar turismo – O dólar turismo é o nome dado informalmente à cotação
usada na compra de dólar para viagem e para pagamento de tratamentos de
saúde no exterior. Também muda várias vezes ao dia e costuma ser um pouco
maior do que o dólar comercial.
3) Dólar paralelo – Como o nome diz, é o dólar que circula em um mercado
paralelo, não oficial. É negociado por entidades ou pessoas que não têm
autorização para vender a moeda. Essa negociação é considerada ilícita. A
cotação do dólar paralelo costuma ser maior do que a cotação do dólar
oficial.

Instituições

Quem pode vender e comprar dólar?

Bancos, corretoras, agências de turismo e hotéis podem comprar e vender dólar


no Brasil. A lista de agentes autorizados pode ser consultada no site do Banco Central.

Por que a cotação que pago é diferente daquelas divulgadas pelo Banco
Central e pelos meios de comunicação?

A cotação divulgada oficialmente pelo Banco Central (PTAX) é apenas uma


referência e não precisa ser, obrigatoriamente, usada pelas instituições que fazem a
venda.
Os meios de comunicação divulgam cotações cobradas na venda de moeda para
viagem (dólar turismo) e em transações comerciais (comercial), mas as instituições
cobram, em cima desses valores, uma taxa de serviço.

Uma mesma corretora pode cobrar cotações diferentes?

Sim. Como o dólar é livre no país, a corretora pode cobrar uma cotação para
venda por telefone, outra pela internet e outra em loja física, por exemplo.

Variação do dólar de 1988 a 1993

Data Cotação
09/09/1988 307,38
20/10/1989 4,64
24/10/1990 85,50
16/10/1991 630,00
04/11/1992 8.305,00
15/10/1993 150,00

Variação do dólar no Plano Real

Data Cotação Data Cotação


01/07/1994 1,00 25/05/2006 2,400
14/10/1994 0,82 29/09/2006 2,171
03/04/1995 0,90 31/12/2006 2,132
01/07/1996 1,00 21/03/2007 2,0676
04/05/1998 1,14 31/12/2007 1,775
15/01/1999 1,45 29/05/2008 1,628
29/01/1999 1,99 01/08/2008 1,559
01/02/2000 1,79 05/12/2008 2,536
01/11/2000 1,90 02/06/2009 1,924
01/02/2001 1,97 28/12/2009 1,741
19/06/2001 2,46 12/04/2010 1,759
03/05/2002 2,37 13/08/2010 1,772
21/06/2002 2,79 30/12/2010 1,678
28/06/2002 2,82 04/02/2011 1,645
22/10/2002 3,955 01/04/2011 1,612
14/02/2003 3,67 28/06/2011 1,578
27/03/2003 3,38 03/07/2011 1,554
01/04/2003 3,31 26/07/2011 1,537
07/04/2003 3,155 11/08/2011 1,621
17/04/2003 3,03 13/12/2011 1,874
28/04/2003 2,9620 08/03/2012 1,785
20/05/2003 3,0450 17/04/2012 1,886
05/06/2003 2,8640 02/05/2012 1,925
12/08/2003 3,0290 14/05/2012 1,990
30/09/2003 2,8940 31/07/2012 2,056
14/11/2003 2,9500 10/10/2012 2,040
30/12/2003 2,9030 31/12/2012 2,045
02/02/2004 2,9430 28/05/2013 2,074
15/04/2004 2,9180 11/06/2013 2,210
29/04/2004 2,95 01/07/2013 2,290
21/05/2004 3,20 15/07/2013 2,330
14/06/2004 3,16 31/07/2013 2,340
01/07/2004 3,07 08/08/2013 2,380
05/08/2004 3,06 21/08/2013 2,451
02/09/2004 2,93 17/09/2013 2,194
20/10/2004 2,85 30/12/2013 2,361
01/11/2004 2,85 23/01/2014 2,400
10/12/2004 2,78 30/01/2014 2,436
12/01/2005 2,71 08/04/2014 2,203
03/02/2005 2,60 09/05/2014 2,215
15/02/2005 2,58 26/06/2014 2,196
18/03/2005 2,7180 30/09/2014 2,449
01/04/2005 2,6610 31/12/2014 2,572
20/04/2005 2,5630 30/06/2015 3,110
16/05/2005 2,4760 23/09/2015 4,145
31/05/2005 2,4090 31/12/2015 3,950
22/06/2005 2,3830 21/01/2016 4,1655
15/09/2005 2,296 30/06/2016 3,214
26/10/2005 2,278 30/12/2016 3,252
01/12/2005 2,220 28/04/2017 3,175
27/01/2006 2,217 30/06/2017 3,314
24/02/2006 2,139 31/12/2017 3,314
Fonte: Banco Central 28/02/2018 3,242

Cotação do EURO

Data Valor Data Valor Data Valor


01/06/05 2,9825 30/06/10 2,2043 31/12/14 3,010
12/09/05 2,8484 31/12/10 2,2280 31/03/15 3,446
23/12/05 2,7526 27/05/11 2,2928 30/06/15 3,460
16/04/06 2,6070 23/09/11 2,5322 31/12/15 4,250
29/09/06 2,7492 30/12/11 2,4341 30/06/16 3,541
31/12/06 2,8182 26/04/12 2,4963 30/12/16 3,429
25/05/07 2,7551 24/08/12 2,5386 28/04/17 3,485
31/12/07 2,6059 31/12/12 2,6956 30/06/17 3,775
22/04/08 2,6516 30/04/13 2,6364 31/12/17 3,977
28/08/08 2,3910 03/09/13 3,1460 28/02/18 3,956
31/12/08 3,2381 31/12/13 3,232
31/03/09 3,0782 17/04/14 3,110
21/08/09 2,6245 30/06/14 3,015
31/12/09 2,5073 30/09/14 3,095
Fonte: Banco Central

Cotação da Libra Esterlina


Data Valor Data Valor Data Valor
29/12/2007 3,5364 12/06/12 3,2232 01/08/14 3,8131
14/04/08 3,3440 12/09/12 3,2667 31/12/14 4,1425
18/09/08 3,4450 30/12/12 3,3292 31/03/15 4,7349
30/12/08 3,4057 13/02/13 3,0568 30/06/15 4,8105
05/05/09 3,2208 14/05/13 3,1175 31/12/15 5,8348
20/10/09 2,8558 02/07/13 3,3947 30/06/16 4,2754
31/12/10 2,5510 22/10/13 3,5728 30/12/16 4,0096
13/05/11 2,6513 31/12/13 3,9238 28/04/17 4,1068
12/10/11 2,7961 27/01/14 4,0397 30/06/17 4,3047
31/12/11 2,9003 09/03/14 3,9056 31/12/17 4,4746
05/02/12 2,7448 02/05/14 3,7940 28/02/18 4,4712
Fonte: Banco Central

Reservas Internacionais
Data Valor Bruto
1970 1.187
1978 11.895
1994 38.806
1995 51.840
1996 60.110
1997 52.173
1998 44.556
1999 33.056
2000 32.990
2001 35.640
2002 35.579
15/04/2003 41.025
29/07/2003 47.985
08/11/2003 58.856
31/12/2003 49.256
29/03/2004 51.316
31/12/2004 52.937
21/02/2005 52.937
12/05/2006 63.517
31/12/2006 85.870
20/03/2007 106.610
16/10/2007 162.890
31/12/2007 180.334
29/05/2008 197.298
31/12/2008 206.806
31/05/2009 205.576
31/12/2009 239.054
29/09/2010 275.029
31/12/2010 288.575
09/02/2011 300.271
17/05/2011 330.666
10/08/2011 350.881
29/12/2012 351.332
21/03/2012 362.362
19/04/2012 371.107
28/09/2012 378.726
31/12/2012 378.600
30/04/2013 378.700
30/08/2013 372.819
31/12/2013 375.794
30/06/2014 380.517
31/10/2014 376.033
31/12/2014 374.051
31/03/2015 371.044
30/06/2015 372.200
31/12/2015 368.739
30/06/2016 376.722
31/12/2016 372.221
31/03/2017 375.311
30/06/2017 378.375
31/12/2017 381.972
Fonte: Banco Central

Capitais Brasileiros no Exterior

Em 2002, o Banco Central do Brasil conduziu o primeiro levantamento sobre


capitais brasileiros no exterior, para mapear os estoques de ativos que residentes no país
mantinham no exterior na data-base de 2001. A partir daí, a cada ano foi realizada nova
apuração, sempre com dados relativos ao último dia do ano de referência.

I – Introdução

A pesquisa sobre Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é realizada anualmente,


desde o ano-base 2001, pelo Banco Central do Brasil, com objetivo de mensurar os
estoques de ativos externos detidos por residentes no Brasil, na posição de 31 de
dezembro de cada ano. A declaração é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que
detenham ativos no exterior, ao fim de cada ano-base, em montante igual ou superior a
US$100 mil.
Os resultados do CBE permitem completar o panorama do total de ativos
externos do Brasil, possibilitando, em conjunto com os passivos externos, a aferição da
Posição Internacional de Investimentos (PII) que, integrada ao Balanço de Pagamentos,
constituem as estatísticas fundamentais para a análise do setor externo da economia
brasileira. Tais informações fazem parte do conjunto de dados obrigatórios para os
países participantes do Padrão Especial de Disseminação de Dados (PEDD), iniciativa
do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ampliar a divulgação, transparência e
comparabilidade internacional das estatísticas econômicas. Adicionalmente, os dados
obtidos pelo CBE permitem ao país participar da pesquisa Coordinated Portfolio
Investment Survey (CPIS) e da pesquisa Coordinated Direct Investment Survey (CDIS),
ambas realizadas pelo FMI, visando apurar os estoques globais de investimentos em
carteira e diretos, bem como sua distribuição por país investido.
A coleta de informações e a produção de resultados relativos ao CBE ano-base
2015 apoiou-se metodologicamente nas recomendações da sexta edição do Manual de Balanço de
Pagamentos e Posição Internacional de Investimentos (BPM6), do FMI, e na quarta edição das Definições
de Referência de IED (BD4), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE).
Estoques dos ativos 2001 2002 2003 2004 2005 2006
(em US$ milhões)
Investimento Direto 49.689 54.423 54.892 69.196 79.259 114.175
Investimento Portfólio 5.163 4.449 5.946 8.224 9.586 14.429
Derivativos * 42 105 81 109 119 113
Financiamento 155 313 186 68 98 70
Empréstimo 696 537 687 631 726 562
Leasing 1 3 0 0 1 1
Depósitos 9.441 7.890 16.412 10.418 17.077 17.200
Outros investimentos 3.411 4.605 4.488 4.597 4.875 5.664
TOTAL 68.598 72.325 82.692 93.243 111.741 152.214
Nº de declarantes 11.659 10.164 10.622 11.245 12.366 13.404
Fonte: Banco Central
Estoques dos ativos 2007 2008 2009 2010 2011 2012
(em US$ milhões)
Investimento Direto 140.036 155.942 164.523 188.637 202.586 266.252
Investimento Portfólio 18.216 13.598 16.519 38.204 28.485 22.123
Derivativos 142 609 426 797 668 555
Créditos comerciais 0 0 0 0 0 8.096
Empréstimo 11.600 11.835 12.674 13.825 14.835 19.538
Moeda e Depósitos 23.251 24.368 23.424 27.342 26.376 30.780
Imóveis 1.844 1.854 2.625 2.712 3.601 4.612
Outros ativos 1.635 1.282 1.618 2.444 3.714 4.026
TOTAL 196.724 209.488 221.809 273.961 280.265 355.982
Nº de declarantes 15.231 16.105 16.925 20.071 21.738 26.456
Fonte: Banco Central
Estoques dos ativos 2013 2014 2015 2016 2017 2018
(em US$ milhões)
Investimento Direto 295.382 328.236 317.397 336.795 380.590
Investimento Portfólio 25.436 35.009 30.916 31.597 40.132
Derivativos 647 594 680 730 988
Créditos comerciais 8.420 7.963 7.214 7.328 12.193
Empréstimo 15.939 17.555 17.795 17.381 14.715
Moeda e Depósitos 35.998 43.861 51.756 45.035 32.358
Imóveis 5.409 6.139 5.896 6.180 6.279
Outros ativos 4.344 11.081 11.325 10.864 11.588
TOTAL 391.575 450.438 442.979 455.910 498.843
Nº de declarantes 30.573 55.154 57.790 58.558 60.301
Fonte: Banco Central

OBS:
* Derivativos são aplicações financeiras que “derivam” de outros valores, e por isso têm
esse nome. No mercado de câmbio, por exemplo, os derivativos são aplicações que
“derivam” do valor do dólar.

Política Tarifária.

Compreende a imposição de um imposto sobre a importação de mercadorias,


discriminando os produtos em função da essencialidade. Tradicionalmente utilizada
como instrumento de proteção a produção doméstica.
O imposto de importação é outro instrumento de ajuste de desequilíbrios do
balanço de pagamentos.
É um importante instrumento de controle, dado a sua flexibilidade e rapidez com
que pode ser acionado.
No Brasil o imposto de importação vem sendo utilizado para promover o
equilíbrio da Balança Comercial face as dificuldades surgidas para o incremento nas
exportações brasileiras, motivadas por medidas protecionistas adotadas pelos países
desenvolvidos e traduzidos pela imposição de cota, depósitos prévios e sobretaxas.

Principais efeitos do Imposto de Importação.

a) Balanço de Pagamentos.
* melhora na balança comercial via contenção das importações.
b) Efeito Consumo.
* a introdução de uma tarifa, ao aumentar o preço, tenderá a reduzir o consumo total.

c) Efeito Emprego.
* ao elevar o preço do produto importado, parte da demanda se deslocará para o
similar nacional, ou seja, declínio da importação com aumento da produção e renda
nacional.

Fundo Monetário Internacional (FMI)

Criado a 1º/07/1944, na Conferência de Bretton Woods.


EUA e Reino Unido, diante da ameaça do caos financeiro, julgavam necessário a
criação de um órgão que disciplinasse as relações financeiras internacionais.
O FMI visa a proporcionar o equilíbrio das contas internacionais.

Finalidades.

a) promover a cooperação monetária internacional;


b) facilitar a expansão e crescimento harmonioso do comércio internacional;
c) favorecer a estabilidade cambial;
d) auxiliar na correção de desequilíbrios do Balanço de Pagamentos;
e) ajudar a estabelecer um sistema multilateral de pagamentos para as transações
correntes.

Ajuda a país membro.

Cada país membro do FMI subscreve 25% de sua quota em ouro. A ajuda se
aplica às dificuldades de balaço de pagamentos.
O país solicitante de ajuda superior a 25% de sua quota, deve, portanto, discutir
com o fundo as causas das dificuldades e as medidas corretivas.
A não implementação de programas formulados de acordo com orientação do
FMI pode obstar que novos créditos sejam concedidos e até mesmo que quantias já
programadas sejam reembolsadas.
O FMI exige dos governos dos países solicitantes, que se execute programa de
estabilização, assumindo compromisso de não incorrer em:
a) déficit orçamentário;
b) de expressar a verdade cambial;
c) de conter os gastos públicos;
d) de fixar teto para empréstimos do Banco Central.

Técnicos do Fundo colhem no país solicitante, dados sobre execução


orçamentária, Balanço de Pagamentos, intercâmbio comercial com o exterior e situação
econômica de modo geral. Observam a execução do programa de estabilização. Os
pareceres do Fundo orientam os investidores privados estrangeiros.

O Brasil e FMI: uma história de muitos acordos

1944: O Brasil participa da conferência de Bretton Woods, que criou o FMI.


1958: o país faz o primeiro acordo formal com o Fundo, no governo Juscelino
Kubitscheck, para um empréstimo de US$ 200 milhões.
1959: O Brasil rompe com o FMI pela primeira vez. Juscelino se recusou a adotar
medidas de austeridade monetária e fiscal e controle da inflação. No fim, foram
liberadas apenas US$ 50 milhões.
1961: Jânio Quadros busca ajuda de US$ 2 bilhões com o FMI. Mas as negociações são
interrompidas com sua renúncia. João Goulart acaba conseguindo um acordo de US$
200 milhões, dos quais apenas US$ 78 milhões são liberados.
1965: O general Castello Branco consegue um empréstimo de US$ 125 milhões e se
compromete a conter a inflação e equilibrar o balanço de pagamentos.
1982: Durante a crise da dívida externa, o contato com o FMI é retomado. O então
ministro da Fazenda Delfim Netto negocia empréstimo de US$ 4,4 bilhões em quatro
parcelas. Apenas duas são desembolsadas.
1983: Feito um novo acordo, depois de uma maxidesvalorização de 30% e de duas
cartas de intenções: US$ 5,7 bilhões, mas o país acaba só retirando US$ 3,7 bilhões.
1984: Acordo de US$ 5,5 bilhões. Mas apenas metade chega ao país.
1985: Delfim Netto assina sua sétima carta de intenções ao Fundo. As metas não são
cumpridas, e o FMI suspende os desembolsos.
1987: Depois de longas negociações sem resultado e do lançamento do Plano Cruzado,
em 1986, o Brasil decreta moratória unilateral da dívida externa. O país suspende o
pagamento dos juros e do principal da dívida.
1988: Apesar da desconfiança generalizada, o Brasil fecha mais um acordo com o
fundo: US$ 1,4 bilhão, dos quais acaba recebendo apenas US$ 477 milhões.
1992: O governo Collor fecha um acordo de US$ 2 bilhões com o FMI, mas com o
impeachment que acontece em setembro, apenas US$ 170 milhões são liberados.
1994: O Brasil do presidente Itamar Franco renegocia a dívida externa e regulariza o
crédito externo depois do lançamento do Real. O Ministro da Fazenda é Fernando
Henrique Cardoso.
1998: Crises na Ásia e na Rússia deixam o Brasil em situação vulnerável. O país
negocia um pacote de socorro de US$ 41 bilhões, com o FMI, o Banco Mundial, o BID
e o Banco de Compensações Internacionais (BIS).
2001: O FMI socorre novamente o Brasil com um pacote de US$ 15 bilhões a ser
utilizado até o mês de dezembro deste ano.
2002: A crise internacional se agrava, e o Brasil tem problemas para rolar a dívida.
Resultado: mais US$ 30 bilhões do Fundo para o país.
2005: O Brasil zera sua dívida com o FMI, com um pagamento de US$ 15.460 bilhões
de dólares.
2009: O Brasil se torna credor do FMI. O Brasil compra por meio de bônus emitidos
pela instituição US$ 14 bilhões de dólares.

Quem manda no FMI

A partir de 2012, houve mudanças nas cotas do FMI. Com a mudança no número de
cotas, o Brasil saltará do 14º para o 10º e terá mais poder nas decisões do Fundo.
As economias emergentes de rápido crescimento terão maior influência no FMI.
De acordo com a decisão, mais de 6% das fatias de voto no FMI serão passadas a países
em desenvolvimento, como a China, que se tornará o terceiro maior integrante do órgão
de empréstimos, sediado em Washington e que tem 187 membros.

Cotas no FMI por país, em %


País Como era de 2008 até 2011 Como ficou em 2012
EUA 17,67 17,41
Japão 6,56 6,46
China 4,00 6,39
Alemanha 6,11 5,59
França 4,50 4,23
Reino Unido 4,50 4,23
Itália 3,31 3,16
Índia 2,44 2,75
Rússia 2,49 2,71
Brasil 1,78 2,32
Canadá 2,67 2,31
Arábia Saudita 2,93 2,10
Espanha 1,69 2,00
México 1,52 1,87
Holanda 2,17 1,83
Coréia do Sul 1,41 1,80
Austrália 1,36 1,38
Bélgica 1,93 1,34
Suíça 1,45 1,21
Fonte: FMI

4 - ORGANIZAÇÃO PARA EXPORTAR

Exportar é uma postura empresarial, alternativa estratégica de desenvolvimento,


é dar dimensão global a empresa e ganhar experiência.

Razões:
a) Diversificação de mercados e de riscos.
A exportação é uma escolha estratégica para a empresa brasileira, principalmente pelos
ciclos em que a economia brasileira passou. A empresa exportadora será afetada
diferentemente de uma empresa que comercializa 100% de sua produção no mercado
interno.

b) Aprimoramento da qualidade
A qualidade exigida no mercado externo é quase sempre superior a qualidade exigida no
mercado interno, em função de diferentes níveis de economia, cultura, educação e poder
aquisitivo.
O aprimoramento da qualidade reflete na melhoria do controle de produção, máquinas
modernas, treinamento de pessoal, nova tecnologia e isso reflete no mercado interno.

c) Implantação da marca internacional


Exportam com marcas do importador, ou exportam com sua própria marca, com isso
consolida sua imagem no mercado interno, ganhando maior credibilidade.

d) Aprimoramento do Marketing
Orientação global envolve concepção técnica do produto até embalagem, planejamento,
design, conservação em geral. Marketing internacional dinamiza o desempenho interno.
e) Redução de Custos Fixos
Melhor utilização da capacidade instalada e dos recursos disponíveis.

f) Redução de Custos Financeiros


Incentivos, adiantamento de câmbio, financiamentos a juros subsidiados, conseguindo
reduzir custos financeiros.

g) Melhor desenvolvimento de seus RH


Aprimora através de novas tecnologias, exigência de qualidade, prazo inflexível.

h) Extensão do ciclo de vida do produto


País de menor desenvolvimento tecnológico e estende o ciclo de vida que pode ter
alcançado a obsolescência em seu país.

i) Custos de produção menores


Centros de produção no exterior (custo de mão de obra, matéria prima, incentivos)

j) Lucratividade
O resultado final das vantagens descritas leva a uma maior lucratividade global da
empresa.

5 - POLÍTICAS DE EXPORTAÇÃO

Deve ser uma decisão de entrar no mercado externo, permanecer nele, sem que
deixe de atender o mercado interno. Para isso é necessário responder algumas questões:

5.1- O que Exportar?

1. Alguns ou todos os produtos de fabricação da empresa;


2. Se os produtos selecionados reúnem os requisitos: preço, qualidade e produção;
3. Se os produtos que não reúnem esses requisitos podem ser adaptados ao mercado
pretendido;
4. Pesquisar algum segmento onde a empresa possa atuar.

5.2 Para Onde Exportar?

1. Estados Unidos, Europa, América Latina, África, Extremo Oriente; o Brasil exporta
praticamente para todo mundo, sendo que a Europa e EUA absorvem em média 65% de
nossas exportações;
2. Produtos básicos (açúcar, café, soja, cacau, fumo, minério);
3. Produtos industrializados ou semimanufaturados (ferro, aço, pasta de madeira, papel,
petroquímico, alumínio, material de transporte, carro, autopeças, têxteis, confecções,
calçados, sucos de frutas, óleos, etc.);
4. Não queira exportar para todo mundo logo no início;
5. Procure efetuar uma seleção acurada (com muito cuidado) de mercados ou de grupo
de mercados onde for atuar
6. Você vai precisar pesquisar aspectos como: importância do mercado, concorrência,
cultura, etc.;
7. Comece pelos mercados onde poderá adquirir experiência com menor custo, antes de
iniciar vôos mais altos;
5.3 Para Quem Exportar?

Sucesso na exportação depende da seleção do nosso parceiro no exterior e da forma de


comercialização; inúmeras maneiras de desenvolver contatos visando a localização de
um comprador para nosso produto:

a) sem sair do país: - Ministério das Relações Exteriores; Coordenadoria de Intercâmbio


Comercial; Revistas especializadas; Câmaras de Comércio; Consulados e Embaixadas;
Outros.

b) viajando ao exterior: participando de feiras internacionais.

5.4 Como Exportar?

Restrições; documentos; embalagem adequada; tipo de transporte; financiamento;


incentivos; diferenças legais; modificações necessárias no produto e ainda quais os
canais de distribuição a serem utilizados: direto ou indireto.
A empresa exportadora será afetada diferentemente de uma empresa que comercializa
100% de sua produção no mercado interno.

6 - ANÁLISE DO PRODUTO A EXPORTAR

Um produto destinado ao mercado externo deverá apresentar um conjunto de


requisitos que formam um tripé. Este tripé é composto das seguintes peças:

6.1 Qualidade

É um aspecto que deve ser considerado pelo fabricante mediante aprimoramento


na seleção das matérias primas e na introdução de aperfeiçoados métodos no processo
de fabricação, na adoção de rigoroso controle da fabricação e da qualidade. A qualidade
tem características mutáveis e sofre variações em função de uma série de fatores que
são: odor, cor, sabor, dizeres, figuras, imagens, expressões, etc.
Um produto pode ser considerado excelente em determinada região, enquanto
que pode estar abaixo de um nível aceitável em outra região.
Identificados, em relação a um determinado mercado os fatores que podem
afetar a qualidade do produto, caberá ao exportador definir o tipo de adaptação a ser
nele introduzida, de forma a prepará-lo para ingressar no mercado exterior.
Uma forma de contornar o problema da rejeição do produto é o fornecimento de
amostras ao possível comprador no exterior.

6.2 Produção

Entende-se como sendo o volume daquela mercadoria que o industrial poderá


fabricar para servir os mercados externos, portanto a produção é um problema de
dimensão de mercado ou de dimensionamento da empresa em função do mercado a ser
atingido.
Para evitar a ocorrência de desencontros entre a capacidade de oferta da empresa
e os possíveis pedidos de um mercado, a empresa deve:
1 - tentar primeiro os mercados cujas compras habituais estão dentro da capacidade de
fornecimento da empresa;

2 - selecionar os mercados em função da produção da empresa.

Com cautelas dessa natureza, uma empresa pode realizar negócios em qualquer mercado
sem o perigo de passar vexames decorrentes da falta de um real dimensionamento de
sua capacidade de produção em face do mercado consumidor.

6.3 Preço

Ambos os aspectos abordados – qualidade e produção – podem ser conceituados


como fatores controláveis pelo fabricante. O preço, por outro lado, obedece à influência
de uma série de fatores internos e externos, nem sempre controláveis pelo empresário.
Dentre os fatores que influem no preço de um produto, estão os tributos de
mercado interno que oneram o produto e cuja eliminação não estaria ao alcance do
fabricante.

7- CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

São meios que a empresa emprega para saída de seus produtos em vários mercados,
tanto interno, como externo. A distribuição pode ser direta e indireta.

7.1 Direta – O faturamento é feito diretamente a um comprador com endereço no


exterior.

7.2 Indireta – Se a empresa optou pela exportação indireta, os meios à sua disposição
são:

a - associada com outra ou outras empresas;


b - por intermediários:
Comissionários – em nome do produtor, porém os riscos por sua conta;
Negociantes – conta e nome do exportador;
Corretores – aproximação entre vendedor e comprador;
Mandatários ou agentes.

c - por escritórios de compra do Estado, para os países socialistas onde as operações de


exportação e importação são exercidas monopolisticamente pelo Estado.

7.3 Os Intermediários do Comércio da Exportação

O exportador nem sempre é o produtor. Em muitas circunstâncias não convém


ao produtor executar suas próprias exportações. Nesses casos ele recorre a empresas
especializadas que funcionam como intermediárias do comércio de exportação.
Esses intermediários são geralmente comerciantes, cujas empresas atuam em
nome dos produtores ou trabalham com eles, cujas atividades profissionais se
caracterizam por especialização em diversos setores e com relações comerciais entre
dois ou mais países. Eles podem ser classificados em função das atividades que
desempenham no circuito de distribuição, da maneira apresentada no item acima.
7.3.1 Comissionários exportadores

São comerciantes, remunerados por comissão, que se encarregam de


providenciar e conduzir todas as etapas da operação de exportação por conta e risco de
terceiros.
Esses comerciantes normalmente estão organizados em empresas cuja reputação
pela seriedade nas operações é de primordial importância para o êxito comercial,
seguindo-se longa experiência na atividade, ótimas relações com os países importadores
e perfeito conhecimento de línguas estrangeiras, notadamente do inglês e das línguas de
países compradores.
O comissário exportador deve:
A - Ser especialista em comércio exterior;
B - Ter grande habilidade e meios de executar pesquisas;
C - Ser elemento de transmissão;
D - Ser elemento de publicidade;
E - Ser auxiliar de crédito.

Existem duas classes de comissários exportadores:


A - o comissário exportador de compra;
B - o comissário exportador de venda.
Os primeiros são agentes de compra para terceiros estrangeiros que se incumbem
de comprar e remeter para o importador estrangeiro as mercadorias adquiridas no local.
Os segundos são agentes exportadores que se incumbem de remeter para o
exterior as mercadorias vendidas no estrangeiro.

7.3.2 Negociantes exportadores

São comerciantes que operam por sua própria conta. Do ponto de vista do
exportador, a posição do negociante é comparável a de um escritório de compras,
assemelhando-se a um atacadista do mercado interno.
Em muitos casos o negociante exportador opera nos dois sentidos: na exportação
e na importação.
Sob o ponto de vista jurídico é bastante diferente a posição do negociante
exportador da do comissário exportador.
Os negociantes exportadores agem por sua própria conta, compram no mercado
internacional e vendem para exterior emitindo suas próprias faturas.

7.3.3 Corretores do comércio exterior

Trata-se de comerciantes cuja atividade consiste em aproximar os interessados


da compra e da venda no objetivo de realizar transações comerciais. Sua remuneração é
chamada corretagem, sua intervenção é limitada a de domínio muito especializado e,
geralmente, sua intervenção se faz presente na comercialização de mercadorias
primárias.
O corretor pode ser solicitado por um importador estrangeiro, sendo que neste
ele transmite o pedido ao produtor. Outras vezes ele é solicitado pelo produtor,
encaminhando então propostas a importadores.
O corretor faz jus à comissão após a concretização do negócio e recebe sua
comissão do vendedor, do comprador, ou ambos, conforme os acordos firmados com
antecedência.
Apesar de o corretor ser considerado um comerciante, sua intervenção nos
negócios pode ser considerada como de prestação de serviços.

7.3.4 Agentes do comércio de exportação

Esses agentes são comerciantes mandatários. Eles podem agir unicamente em


um país ou em outros diversos mercados. Podem ser agentes exclusivos ou não. O
recomendável é conceder áreas comerciais exclusivas capazes de serem trabalhadas com
eficiência por um agente, ficando determinado o número de agentes em função do
número de áreas possíveis. Sua ação é limitada por contrato a uma determinada área e a
um período estabelecido. O agente trabalha por conta própria, porém em nome de seu
mandante.
O agente, sendo a pessoa que representa a empresa, deve Ter estatura para poder
representá-la no nível que os negócios exigem. Os agentes também são chamados
representantes comerciais.
A escolha do agente implica um cuidadoso trabalho de seleção, seguindo-se a
elaboração de contrato e, posteriormente, a determinação das normas administrativas.
O agente é o mandatário comerciante que trata com os importadores estrangeiros
em nome dos exportadores.

7.3.5 Exportação em grupo

Por necessidade vital da empresa ou atendendo a apelo do Estado, o produtor


deve providenciar um estudo de viabilidade de exportação para o seu produto. Esses
estudos são de custos elevados, onde nem sempre o investimento é compensador pela
exportação limitada ou devido a seus custos fugirem às possibilidades financeiras da
empresa. Um dos caminhos recomendáveis para solução desse caso é a união de
produtores de mesma área com mesmos produtos a serem exportados. Do mútuo
interesse surge uma “organização coletiva”, geralmente sob forma de sociedade
convencional. Dessas, a mais recomendável seria a organização de uma “cooperativa de
exportação”. A organização coletiva é que iria definir as viabilidades do grupo, quais as
maneiras de comercialização, inclusive optando pelos caminhos mais acertados da
“distribuição” no exterior, conforme cada caso em particular. É um dos caminhos mais
lógicos para assegurar a exportação de produtos produzidos por pequenos e médios
produtores.
A organização coletiva seria de promoção e venda. Os pedidos seriam aceitos
pela organização e distribuídos entre os membros em função da capacidade de cada
associado.

8- TRADING COMPANY – Decreto-Lei nº 1248 de 29.11.72

“Apesar de muito difundida e popularmente conhecida nesses termos, no Brasil


não existe juridicamente a expressão Trading Company como denominação de
companhia brasileira de comércio exterior, a qual legalmente é denominada Empresa
Comercial Exportadora.”
Essa situação pode ser mais bem esclarecida por um exemplo real, em que a
entidade de classe que congrega as Tradings Companies brasileiras tem como razão
social ABECE – Associação Brasileira das Empresas Comerciais Exportadoras.
Outrossim, o fato de uma empresa estrangeira atuar como Trading Company no
mercado internacional, por exemplo, no Japão, não significa que sua filial no Brasil
tenha igual designação, salvo se ela adaptar-se à legislação brasileira.
Dessa forma, somente é considerada Trading Company no Brasil, a empresa
comercial com atuação no mercado internacional que preencha os requisitos definidos,
bem como atenda aos procedimentos administrativos pela legislação brasileira vigente.
(Castro, 1997).

Comparação entre Trading Company e Comercial Exportadora


Trading Company Comercial Exportadora
Está sujeita às normas de constituição e Não está sujeita a qualquer legislação
operação em comércio definidas e específica de comércio exterior
regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 1.248
de 29.11.72

Deve ser constituída sob a forma de É livre para decidir sobre sua forma de
sociedade por ações, ou seja, S/A. constituir-se, podendo ser S/A ou Ltda.

Deve Ter capital social mínimo Está dispensada da exigência de qualquer


equivalente a 703.380 UFIR, atualizável capital social mínimo
anualmente até junho do mesmo ano,

Além do registro no Siscomex para atuar Está sujeita apenas ao registro no


na exportação e importação, deverá obter Siscomex, indispensável para operar em
ainda o Certificado de Registro Especial exportação e importação.
para operar como Trading Company,
emitido em conjunto pela
SECEX/DECEX e Superintendência
Regional da Receita federal do Estado
onde estiver localizada.

Atualmente não tem compromisso de Não tem compromisso algum de exportar


exportar qualquer montante qualquer valor

As vendas pelas empresas industriais no As vendas internas pelas empresas


mercado interno às TC, com o fim industriais a CE representam apenas um
específico de exportação, são intenção de exportar, sem gerar qualquer
consideradas exportações de fato e de incentivo antes da efetiva exportação da
direito, apenas para a indústria, com a mercadoria, sendo a saída da mercadoria
saída da mercadoria do estabelecimento do estabelecimento industrial feita com
industrial sendo isenta de pagamento do suspensão do pagamento do IPI
IPI.

As vendas internas às TC, com o fim As vendas internas às CE serão realizadas


específico de exportação, serão feitas com com a não incidência de pagamento do
a não incidência de pagamento do ICMS ICMS, pelo prazo de 90 ou 180 dias,
pelo prazo máximo de 180 dias. Todavia, dependendo do produto e prorrogável uma
existem Estados que entendem que prazo única vez por igual período
é de 90 ou 180 dias, conforme o produto,
renovável uma única vez por igual
período;

Se a mercadoria adquirida internamente Se a mercadoria adquirida no mercado


pela TC, livre do pagamento de impostos, interno pela CE não for exportada no
não for exportada no prazo de 180 dias, prazo de 90 (primários e semi elaborados)
caberá a TC o recolhimento de IPI e ou 180 (manufaturados) dias, o fabricante
ICMS, recebidos com isenção e não será responsável imediato pelo pagamento
incidência de pagamento. de ICMS recebido com suspensão de
pagamento e a CE pelo pagamento do IPI.

O fabricante que vender internamente às O fabricante que vender internamente à


TC, com o fim específico de exportação, CE, com a intenção de posterior
terá direito à isenção de pagamento da exportação, terá direito à isenção de
COFINS e do PIS. pagamento da COFINS, mas pagará o PIS.

O acesso do fabricante aos incentivos à O acesso aos incentivos à exportação pelo


exportação nas vendas internas às TC, fabricante ocorrerá apenas após a entrega
com o fim específico de exportação, pela CE do documento “Memorando
ocorrerá no momento do visto da TC em Exportação”, acompanhado do
sua Nota Fiscal, antes da efetiva Conhecimento de Embarque e do
exportação da mercadoria. Para fins do Comprovante de Exportação emitido pela
ICMS, a TC emitirá e entregará o Receita Federal, caracterizando a
documento “Memorando-Exportação” ao realização da exportação da mercadoria,
fabricante, acompanhado do tanto para fins de IPI como ICMS.
Conhecimento de Embarque e do
Comprovante de Exportação emitido pela
Receita Federal.

Fonte: (Exportação: aspectos práticos e operacionais – José Augusto de Castro –


Aduaneiras- 1998).

9- A PROCURA DO MERCADO

Quando se pensa em determinar um mercado e conhecer os vários fatores que


sobre ele influem, o primeiro recurso que vem à mente é a pesquisa de mercado, como
única forma de solucionar esta etapa do programa da empresa que se volta para o
exterior.
Acontece, entretanto, que pesquisas podem reclamar recursos volumosos, e a
empresa, à falta de uma segurança em sua previsão para os resultados esperados, muitas
vezes não se dispõe ao risco representado pelos expressivos desembolsos necessários à
tarefa.
Ocorre, no entanto, que em geral há informações sobre quase tudo, em quase
todos os lugares, apenas não as notamos ou não sabemos aproveitá-las
convenientemente.
Podemos afirmar que a exportação repousa, além de seus aspectos técnicos, em
dois elementos básicos: a informação e a criatividade.
Para possibilitar uma visão mais ampla dos recursos que tem à sua disposição,
citamos:
9.1 Fontes de Informação

Nossas empresas dispõem de uma série de fontes de informação relacionadas


com o mercado externo para seus produtos, e a mais importante delas é o trabalho
desenvolvido pelo Ministério das Relações Exteriores, através da Divisão de
Informação Comercial do Itamaraty, simplificadamente chamada DIC.
Para se ter uma idéia da importância desse trabalho e da qualidade das
informações que proporciona, é suficiente descrever seu mecanismo:
- a DIC, através de nossas representações diplomáticas externas, mantém
permanente divulgação dos produtos brasileiros no exterior;
- atraídos por essa promoção constante, os interessados na importação de
produtos dirigem-se às representações no exterior e indicam as mercadorias sobre as
quais gostariam de receber ofertas de exportadores brasileiros;
- a representação diplomática elabora então uma ficha com todos os dados
relativos à mercadoria de interesse do importador, inclusive seu nome e endereço, e
encaminha à DIC no Brasil;
- a DIC, de posse dessa ficha, procedemos à sua reprodução e distribuição para
as entidades de classe e para os exportadores registrados em seu cadastro, interessados
naquele produto;
- de posse da comunicação recebida da DIC, ou divulgada pelas entidades de
classe, o exportador faz contato direto com o interessado no exterior, ofertando seu
produto;
- o serviço é inteiramente gratuito, e a única solicitação feita pela DIC é ser
informada do contato estabelecido pelo exportador, com o intuito de avaliar o efetivo
interesse do exportador na oportunidade comercial divulgada.
Além da DIC, também nossas representações diplomáticas no exterior têm
funcionado como excelente ponta-de-lança para os produtos brasileiros no exterior.
Mediante solicitação do exportador, o Setor de Promoção Comercial nas
Embaixadas levanta informações solicitadas e indica, inclusive, possíveis compradores
ou distribuidores para os produtos naquele país.
Além das fontes acima, podemos citar ainda outras fontes de pesquisa: Câmaras
de Comércio; Associações de Exportadores; Publicações especializadas.

9.2 Análise das Informações

Definirá os produtos mais importantes, que devem constituir objeto de esforço


da empresa que pretende entrar no comércio externo.

9.3 O Mercado

Selecionar os mercados de seu interesse e iniciar o trabalho, mediante


identificação dos possíveis compradores.

9.4 Criatividade

Como atingir um mercado ou como divulgar um produto em determinado


mercado é procedimento particular de cada empresa, em função da maior ou menor
criatividade do administrador.
10- PESQUISA DE MERCADO

O estudo mais importante para o empresário que se lança no comércio


internacional deve estar voltado à pesquisa para determinar as perspectivas de venda de
determinados produtos no mercado e à maneira de obter melhores resultados.
Devem ser feitos com clareza e de forma a permitir que o empresário tome a
decisão de lançar-se ou não a um mercado, a fim de facilitar a adoção de medidas
concretas.
A pesquisa diminui a possibilidade de a empresa incorrer em erros de apreciação
em mercados potenciais, tanto no País como no exterior. No caso do mercado externo, a
análise deve ser minuciosa, pois a motivação dos consumidores é diferente. Objetiva
revelar se o produto poderá ser vendido a um preço razoável e em quantidade
satisfatória. Permite analisar os mercados que oferecem melhores perspectivas, as
modificações no produto para aumentar o nível de aceitabilidade e o tempo necessário
para se alcançar o nível ideal de vendas.
Para ingressar no mercado mundial sem o risco de ser mal sucedido, o
procedimento básico é recorrer a uma pesquisa de mercado por menor que seja a
empresa. Há produtos que têm excelente aceitação no mercado interno, mas, lá fora, por
contingência de costumes, gostos ou tradição de cada país importador, podem ter pouca
aceitação e até mesmo ser rejeitados. A empresa deve oferecer o produto que o
consumidor realmente deseja, e não o que a empresa quer vender.
Ao conseguir comercializar os produtos com razoável margem de lucratividade,
o empresário não deve se acomodar. Tem de se lembrar que o mercado é dinâmico, pois
as motivações e as necessidades dos consumidores sempre se alteram. É preciso estar
atento às mudanças de natureza econômica e de outra ordem que influenciar o mercado.
A empresa que se estabelecer em determinado mercado deve regularmente:
- supervisionar as operações, verificando se os objetivos estão sendo cumpridos;
- observar o andamento do mercado e prevenir-se para modificações que possam
ocorrer;
- verificar sempre se, em termos de comercialização das exportações, a relação
custo/beneficio é compensadora.

A pesquisa poderá delinear uma projeção a curto, a médio e alongo prazo para as
exportações de determinada empresa, com base em dados passados e atuais e nas
tendências de consumo que se verificam no tempo e no espaço. A análise destas
variáveis fornecerá a informação concreta sobre o seu produto.
A pesquisa de mercado deve enfocar vários aspectos, como:
• levantamento de dados comerciais do país importador, junto aos setores
comerciais das embaixadas do Brasil no exterior, câmaras de comércio, associações de
classe e bancos.
• Necessidades do mercado; é indispensável que se saiba do que o consumidor
necessita, pois erros são cometidos quando se tenta impingir ao consumidor um produto
• Regularidade e assiduidade de linhas de transporte/localização geográfica
• Existência de linhas de crédito
• Quais são as formas tradicionais de pagamento do país importador
• População e seu respectivo grau de educação
• A qualidade do produto da concorrência e sua respectiva fatia de mercado

11- PREÇO NA EXPORTAÇÃO


A formação do preço de exportação de um produto depende da avaliação
conjunta de três fatores indispensáveis: custos internos, mercados externos e poder de
percepção do negociador da empresa.
Entre as variações de custos, são relacionadas a seguir as mais comuns, ficando
sua aplicação no modelo escolhido de cada empresa, em virtude das peculiaridades dos
diferentes sistemas de comercialização e de produção existentes.

1- Embalagem
Na exportação pode significar aumento ou diminuição de custos, dependendo das
condições definidas no contrato de exportação.

2- Gastos com pessoal


De acordo com o sistema de custo adotado pela empresa – departamental ou geral – os
gastos com pessoal podem ser definidos conforme a modalidade de venda, se direta ou
indireta.

3- Comissão de agente
O pagamento da comissão de agente, no seu todo, poderá representar aumento,
diminuição ou até mesmo nenhuma alteração nos custos gerais do produto a ser
exportado, pois normalmente as empresas já computam no seu custo as comissões de
vendedores, no mercado interno.
Na exportação a comissão do agente é calculada sobre o preço FOB faturado ao
importador.

4- Gastos de viagem ao exterior


Dependendo das condições negociadas com o agente de exportação, esse item pode
estar computado dentro do percentual de sua comissão.

5- Qualidade
Esse item influencia diretamente o custo das matérias-primas e dos insumos
empregados na fabricação do produto destinado à exportação.

6- Quantidade
As listas de preços elaboradas para o mercado interno geralmente apresentam variações
inversamente proporcionais às quantidades, o mesmo ocorrendo nas operações de
exportação.

7- Propaganda e Publicidade
Em comparação ao que se verifica no mercado doméstico, a empresa exportadora
poderá ter redução, ou mesmo eliminação, dos custos com propaganda e publicidade nas
vendas externas devido à pouca utilização desse mecanismo pelos exportadores.

8- Frete e seguro interno


No mercado interno o frete e o seguro correm por conta do destinatário, na exportação
esses itens – compreendendo o percurso da fábrica ao local de embarque – integram o
valor FOB do produto exportado e devem sempre ser computados no cálculo do preço
de exportação.

9- Outros Custos
- despesas com despachante;
- despesas portuárias;
- vistos consulares;
- variação da margem de lucro por país.

EXEMPLOS DE FORMAÇÃO DE PREÇO P/ EXPORTAÇÃO

a) Modelo baseado no preço do produto no mercado interno.

Roteiro:
a) Tomar o preço interno do produto, incluindo o IPI;
b) Deduzir o valor relativo ao IPI pago no mercado interno e pertencente ao fisco
federal, mediante simples regra de três:
R$ %
Preço interno com IPI 100 + alíquota IPI
X (valor do IPI) alíquota do IPI;

c) Deduzir o valor relativo ao ICMS pago no mercado interno e pertencente ao


fisco estadual, mediante aplicação direta da alíquota de ICMS sobre o preço sem
IPI;
Preço sem IPI x alíquota de ICMS = valor de ICMS a deduzir;

d) Deduzir o valor correspondente à COFINS, mediante utilização da alíquota


sobre o preço interno sem IPI;
e) Deduzir a importância obtida com a aplicação do PIS sobre o preço interno sem
IPI;
f) Após a dedução de todos os impostos que gravam o produto no mercado interno,
a empresa incluirá os fatores que podem ocasionar redução ou aumento nos
custos dos produtos destinados ao exterior (fretes, seguros e despesas, entre
outros necessários à colocação do produto a bordo do veículo transportador
internacional).
g) Computadas as deduções e adições, o valor obtido representa a receita mínima
que a empresa deverá obter para cobrir custos, despesas e lucro, se não houver
pagamento de comissão de agente no exterior.
h) Existindo comissão de agente, incluir este custo mediante simples regra de três:
R$ %
Preço parcial de exportação 100 – índice da comissão
X (valor da comissão) índice da comissão

i) Após a inclusão da despesa com o pagamento da comissão ao agente no exterior,


chega-se à receita (em reais) que o exportador deverá auferir para cobrir seus
custos e obter a mesma margem de lucro nominal proporcionada no mercado
interno;
j) Finalmente, dividir o valor obtido (i) pela cotação da moeda em que se realizará
a exportação, obtendo-se o preço de exportação em moeda estrangeira.

Exemplo.
Dados:
Preço interno com IPI e ICMS R$ 1.140,00
Alíquota interna de IPI 14%
Alíquota interna de ICMS 18%
Frete interno fábrica-porto R$ 60,00
Seguro interno fábrica-porto R$ 10,00
Despesas portuárias R$ 80,00
Despesas com despachante R$ 30,00
Comissão do agente 5% s/FOB

Resolução:
Preço interno com IPI e ICMS R$ 1.140,00
( - ) Isenção do IPI (14%) R$ 140,00
( = ) Preço interno sem IPI R$ 1.000,00
( - ) Não incidência do ICMS (18%) R$ 180,00
( - ) Isenção do PIS e da COFINS R$ 26,50
( = ) Preço interno sem impostos R$ 793,50
( + ) Frete interno fábrica-porto R$ 60,00
( + ) Seguro interno fábrica-porto R$ 10,00
( + ) Despesas portuárias R$ 80,00
( + ) despesas com despachante R$ 30,00
( = ) Preço cobrindo custos, despesas e lucro R$ 973,50
( + ) Comissão do agente (5% sobre FOB) R$ 51,24
( = ) Preço FOB em R$ R$ 1.024,74
Taxa de câmbio R$ 2,03 = US$ 1,00
( = ) Preço FOB para faturamento ao exterior US$ 504,80

b) Modelo baseado no custo do produto a ser exportado.

Roteiro:
a) Somar os itens que possuem valor definido e compõem o custo do produto a
ser exportado, tais como matéria-prima, mão de obra, custos fixos, custos
burocráticos, embalagem, despachantes aduaneiros, entre outros, obtendo-se
o total de custos, sem impostos;
b) Por meio de regra de três simples, somar ou diminuir os fatores que guardam
proporcionalidade com o preço FOB de exportação, entre os quais, margem
de lucro, custos financeiros e comissão de agente de exportação.
R$ %
Total dos custos. 100 FOB –lucro – custos financ. – comissão agente
x (Preço FOB) 100

c) Conhecido o preço FOB de exportação, este representa a receita total, em


Reais, que o exportador deverá obter para cobrir seus custos e atingir a
margem de lucro definida para a operação;
d) Finalmente, dividir o preço FOB de exportação gerado, em Reais, pela taxa
de câmbio correspondente à moeda a ser utilizada na exportação e obter o
preço FOB de exportação, em moeda estrangeira.
Exemplo.
Dados:
Custo da matéria-prima (sem IPI e ICMS) R$ 8.500,00
Custo de pessoal R$ 1.800,00
Custos fixos R$ 700,00
Custos administrativos R$ 200,00
Frete e seguro internos R$ 150,00
Margem de lucro líquido 10% s/FOB
IR – 35% sobre lucro 3,5% s/FOB
Custo portuário e despachante 2% s/FOB
Ganhos financeiros com ACC 3% s/FOB
Defasagem cambial projetada 3%

Resolução:
( + ) Custo da matéria-prima (sem IPI/ICMS) R$ 8.500,00
( + ) Custo de pessoal R$ 1.800,00
( + ) Custos fixos R$ 700,00
( + ) Custos administrativos R$ 200,00
( + ) Frete e seguro internos R$ 150,00
( = ) Custos parciais R$ 11.350,00
( + ) Custo portuário e despachante (2% s/FOB) R$ 268,64
( - ) Ganhos financeiros com ACC (3% s/FOB) R$ 402,96
( + ) Margem de lucro (10% s/FOB) R$ 1.343,19
( + ) IR sobre lucro (3,5% s/FOB) R$ 470,12
( + ) Defasagem cambial projetada (3% s/FOB) R$ 402,96
( = ) Preço FOB em R$ R$ 13.431,95
Taxa de câmbio R$ 2,03 = US$ 1,00
( = ) Preço FOB para faturamento ao exterior R$ 6.616,72

Exercícios:
1) Com os dados abaixo, calcule o preço de exportação em reais e dólares.
Preço interno com IPI e ICMS R$ 150.000,00
Alíquota interna de IPI 12%
Alíquota interna de ICMS 17%
Frete interno fábrica-porto R$ 800,00
Seguro interno fábrica-porto R$ 600,00
Despesas portuárias R$ 1.100,00
Despesas com despachante R$ 450,00
Comissão do agente 5% s/FOB
Taxa de câmbio 2,044

Resolução:
2) Com os dados abaixo, calcule o preço de exportação em reais e dólares.
Preço interno com IPI e ICMS R$ 160.000,00
Alíquota interna de IPI 12%
Alíquota interna de ICMS 17%
Frete interno fábrica-porto R$ 3.500,00
Seguro interno fábrica-porto R$ 2.700,00
Despesas portuárias R$ 1.500,00
Despesas com despachante R$ 1.300,00
Comissão do agente 5% s/FOB
Taxa de câmbio 2,016

Resolução:

3) Com os dados abaixo, calcule o preço de exportação em reais e dólares.


Custo da matéria-prima (sem IPI e ICMS) R$ 105.000,00
Custo de pessoal R$ 20.500,00
Custos fixos R$ 9.300,00
Custos administrativos R$ 5.100,00
Frete e seguro internos R$ 2.250,00
Margem de lucro líquido 11% s/FOB
IR – 25% sobre lucro 2,5% s/FOB
Custo portuário e despachante 2% s/FOB
Ganhos financeiros com ACC 2% s/FOB
Defasagem cambial projetada 2%
Taxa de câmbio = 2,044
Resolução:

4) Com os dados abaixo, calcule o preço de exportação em reais e dólares.


Custo da matéria-prima (sem IPI e ICMS) R$ 850.000,00
Custo de pessoal R$ 71.800,00
Custos fixos R$ 33.700,00
Custos administrativos R$ 12.200,00
Frete e seguro internos R$ 4.150,00
Margem de lucro líquido 10% s/FOB
IR – 25% sobre lucro 2,5% s/FOB
Custo portuário e despachante 2% s/FOB
Ganhos financeiros com ACC 3% s/FOB
Defasagem cambial projetada 3%
Taxa de câmbio = 2,016
Resolução:

12- EXPORTAÇÃO SOB CONTROLE.

Como acontece com a maioria das atividades humanas, também a exportação


está sujeita a algum tipo de controle.
Esse controle tem por fim, prover instrumento que possibilite aos órgãos de
Comércio Exterior:
a- acompanhar o comportamento dos negócios de determinados produtos;
b- regular sua saída e quantidades permitidas;
c- observar a evolução dos preços.

É comum por isso, recomendar-se à empresa que pretende exportar, como


medida preliminar a qualquer plano de exportação, a consulta às instruções do Decex
que regulam o assunto, de forma a verificar se o produto, objeto de seus planos, está
sujeito a restrições ou procedimentos especiais antes da concretização de negócio no
exterior.
Deve a empresa adotar as seguintes normas:
A - selecionar os produtos que pretende exportar;
B - organizar os produtos por ordem de classificação da NCM;
C - examinar, em relação a cada produto, a sua inclusão ou não na listagem pelo Decex
e considerar, no caso de sua inclusão, as exigências a atender para sua exportação;
D - proceder à classificação dos produtos exportáveis com observância do seguinte:
d.1- produtos de exportação livre;
d.2- produtos de exportação sujeita à observância de condições especiais;
E - de posse dessa seleção, transmitir instruções expressas aos encarregados de
exportação no sentido de dispensarem especial atenção aos produtos sujeitos a
providências prévias, antes de se iniciar qualquer negociação relativa a esses produtos.

Como regra geral, as mercadorias destinadas à exportação obedecem a três


grupos distintos:
1- Mercadorias de exportação proibida;
2- Mercadorias dispensadas da exigência do RE;
3- Mercadorias sujeitas à emissão do RE.

Iremos encontrar quatro situações:


1- exportações que estão isentas de requisitos prévios;
2- mercadorias cuja exportação depende de prévia autorização;
3- Mercadorias cuja exportação depende de prévia aprovação de preço pelo Decex,
sendo livre a quantidade a ser exportada;
4- Mercadorias cuja exportação depende de controle prévio pelo Decex para fins de
aprovação do preço e quantidade;

A existência de controles sobre as exportações exige da empresa as seguintes


providências:
1- conhecer os produtos que estão sujeitos a controle na exportação;
2- conhecer as providências que devem ser tomadas com relação aos produtos que têm
sua exportação controlada;
3- acompanhar os regulamentos que estabelecem controles permanentes ou temporários
sobre a exportação de determinados produtos.

Embora a política brasileira de exportação seja mais ou menos estável no que se


refere ao controle sobre produtos exportáveis, cumpre ao exportador, antes de formular
qualquer plano comercial e antes de iniciar a negociação de qualquer produto no
exterior, tomar conhecimento dos regulamentos atualizados que estabelecem alguma
forma de controle sobre os produtos, para evitar que venha a assumir compromissos que
não poderão, em muitos casos, ser cumpridos, em virtude das exigências a atender.

13- PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS

No comércio mundial, as exportações de determinados produtos apresentam-se


mais viáveis quando são apoiadas por financiamentos concedidos a taxas de juros
compatíveis com as praticadas no mercado internacional.
Para enfrentarem essa realidade e não ficarem excluídas do cenário
internacional, as empresas exportadoras brasileiras tem à sua disposição o PROEX –
Programa de Financiamento às exportações e Equalização de Taxas de Juros, o ACC –
Adiantamento sobre Contrato de Câmbio e ACE – Adiantamento sobre Cambiais
Entregues.
O objetivo do PROEX é oferecer às empresas exportadoras, financiamentos em
moeda estrangeira e liberados em reais, a taxas de juros competitivas e prazos realistas,
permitindo-lhes participar do mercado externo em igualdade de condições com seus
concorrentes de outros países.
Os itens financiáveis são: bens relacionados em Portaria do MDIC, serviços de
instalação, montagem, manutenção e posta em marcha, no exterior, de máquinas ou
equipamentos de fabricação nacional, programas de computador/softwares e filmes.
O prazo é o tempo decorrido entre a data de embarque dos bens ou de
faturamento dos serviços e a data do vencimento da última prestação.
• Nas exportações de bens, os prazos de pagamento variam de 60 dias até 10
anos. Em função do valor unitário, as mercadorias podem ter seus prazos ampliados.
• Nas exportações de serviços, o prazo é decidido caso a caso pelo Comitê de
Crédito às Exportações (CCEx).

Nas exportações com prazo superior a 2 anos, o percentual máximo financiado é


de 85%.
A amortização do financiamento é feita pelo importador em prestações iguais e
sucessivas, preferencialmente com vencimento semestral. O pagamento é efetuado em
dólar dos EUA ou em outra moeda de livre conversibilidade aceita internacionalmente.
A taxa de Juros poderá ser fixa ou variável.
• Taxa de juros fixa – fixa para todo o prazo do financiamento, vigente na data
do embarque dos bens ou do faturamento dos serviços.
• Taxa de juros variável – oscila no decorrer do prazo de financiamento. A taxa
para cada período (semestre) é definida no vencimento da parcela imediatamente
anterior, exceto na primeira parcela, cuja taxa é definida na data embarque dos bens ou
do faturamento dos serviços.

Nas exportações conduzidas em outras moedas aceitas e conversíveis, as taxas


de juros serão arbitradas pelo BACEN.
As garantias constituem no aval, fiança ou carta de crédito de estabelecimentos
de créditos ou financeiros, seguro de crédito à exportação, créditos documentários ou
títulos emitidos ou avalizados por instituições autorizadas dos países do Convênio de
pagamento e Créditos Recíprocos (CCR) com cláusula de reembolso automático.
A modalidade Equalização é o financiamento concedido diretamente ao
exportador ou importador de bens e serviços brasileiro, incluídos programas de
computador/softwares e filmes, realizados pelas instituições financeiras, cabendo ao
Tesouro Nacional o pagamento de parte dos encargos financeiros, tornando-os
equivalentes àqueles praticados no mercado internacional.
Os beneficiários são as instituições financeiras ou de crédito (Financiador) que
provêem os recursos do financiamento.
• No Brasil, os bancos múltiplos, comerciais, de investimento, de
desenvolvimento e a Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME).
• No Exterior, estabelecimento de crédito ou financeiro, cujo estatuto possibilite
a concessão de crédito sob qualquer forma de mútuo.
Os itens Equalizáveis são os mesmos da modalidade PROEX-Financiamento.
O prazo é o tempo decorrido entre a data de embarque dos bens/faturamento dos
serviços e a data do último pagamento da equalização.
Na condição de crédito, o exportador negocia livremente com o Financiador a
garantia, a taxa de juros, o prazo de financiamento e o percentual financiável (que
poderá atingir 100%).
A Equalização é calculada sobre até 100% do valor exportado de acordo com a
mercadoria, na modalidade ”Incoterm” pactuada.
A Equalização é paga ao Financiador com Notas do Tesouro Nacional. (Informe
BB, 1999)
A modalidade ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio, tem por
finalidade antecipar recursos em moeda nacional, decorrentes de uma exportação a ser
realizada no futuro, para aplicação na produção, acondicionamento e despesas de
embarque da mercadoria.
A modalidade ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues, tem por
finalidade, antecipar ao exportador, após o embarque da mercadoria para o exterior,
recursos em moeda nacional, mediante a transferência ao Banco do Brasil dos
documentos e direitos sobre a venda a prazo. (Informe BB).

14- INCENTIVOS FISCAIS À EXPORTAÇÃO

A exemplo do que ocorre nos principais países exportadores, o Brasil também


dispõe de uma estrutura de incentivos à exportação. Concedidos de acordos com as
normas técnicas definidas pela OMC – Organização Mundial do Comércio.
Seguindo essas regras, os incentivos fiscais à exportação concedidos pelo Brasil
são representados apenas pela desoneração ou dispensa do pagamento de determinados
tributos devidos no mercado interno.
Para que as empresas instaladas no Brasil possam participar do mercado
internacional em igualdade de condições com os demais exportadores, existe um
conjunto de incentivos fiscais, cujo objetivo precípuo é reduzir os custos dos produtos,
tornando-os competitivos externamente sob o aspecto preço.
Relacionamos abaixo os incentivos fiscais à exportação, assim como outros
impostos e taxas não dispensados de tributação nas vendas ao mercado internacional:
• Isenção do pagamento de IPI e ICMS;
• Suspensão do pagamento de IPI e de ICMS;
• Manutenção dos créditos fiscais de IPI e de ICMS;
• Isenção do pagamento da COFINS;
• Isenção do pagamento do PIS;
• Isenção do pagamento da Contribuição Social;
• IR – Imposto de Renda
• ISS – Imposto sobre serviços
• Encargos Sociais.

Isenção do pagamento do IPI e de ICMS

Nas saídas fiscais de quaisquer produtos primários, semi-elaborados ou


industrializados para o exterior, as empresas exportadoras estão isentas de pagamento
do IPI que seria devido em operações de venda no mercado interno, da mesma forma
que esses produtos desfrutam ainda da não incidência do ICMS, refletindo esta medida
um redução dos custos de exportação.
Sob o aspecto administrativo-fiscal, a saída de produtos para o exterior com a
isenção de pagamento do IPI e a não incidência do ICMS é realizada mediante a
menção, no corpo da nota fiscal, das expressões:
• Isento de IPI conforme art.44, Inciso I do Decreto 87.981/82 – RIPI;
• Não incidência do ICMS conforme art.3, Inciso II da Lei Complementar 87/96.

Analisando-se sob outro prisma, o fato gerador da isenção de pagamento do IPI


e/ou ICMS é saída física do produto para o exterior, independentemente da condição de
venda ou da modalidade de pagamento negociada.
Portanto a simples emissão da nota fiscal registrando isenção do IPI e/ou ICMS
para acompanhar a mercadoria destinada à exportação até seu local de embarque não
caracteriza a exportação, mas apenas a intenção de exportar.
Se após a saída da mercadoria da empresa exportadora algo lhe acontecer, antes
de seu efetivo embarque para o exterior, por exemplo, ser roubada, acidentada,
estragada, danificada, etc., a empresa quase exportadora deverá pagar o valor do IPI
e/ou ICMS que estariam isentos se a mercadoria tivesse saído fisicamente para o
exterior.
Como não ocorreu a exportação, a operação transformou-se em saída para o
mercado interno e, como os regulamentos do IPI e ICMS estabelecem que o fato
gerador desses impostos é a saída da mercadoria do estabelecimento para o mercado
interno, serão devidos seus pagamentos.
Para prevenir essa situação e evitar perdas financeiras, o seguro interno da
fábrica/depósito ao local de embarque para o exterior deve ser feito cobrindo o valor da
mercadoria mais os impostos a princípio isentos de pagamento, tais como IPI, ICMS,
PIS e COFINS.

SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DE IPI E DE ICMS


As saídas internas de produtos primários, semi elaborados e industrializados de
estabelecimento fabricante visando à posterior exportação por organizações
intermediárias capacitadas a realizar exportações indiretas – consórcios de exportadores,
cooperativas, empresas comerciais exportadoras e mesmo Trading Companies – gozam
de incentivos fiscais de IPI e ICMS diferenciados.
Ao remeter a mercadoria à empresa intermediária, o estabelecimento industrial
(remetente) deverá registrar no corpo da nota fiscal as expressões adiante, além de
mencionar no campo Informações Complementares a frase ”Remessa com fim
específico de exportação”:
• Suspensão de IPI conforme art. 36, Inciso VIII, Letra “a” do Decreto 87.981/82
– RIPI;
• Não incidência do ICMS conforme art. 3, Inciso II, Parágrafo Único, Item I da
Lei Complementar 87/96.

A efetiva isenção de pagamento do IPI e a não incidência do ICMS para o


fabricante ou remetente somente será configurada quando a entidade exportadora
indireta (empresa intermediária) emitir e entregar-lhe, dentro dos prazos estabelecidos
pelos Estados, o documento “Memorando-Exportação”, emitido em três vias e contendo
as seguintes indicações:
• Denominação: “Memorando-Exportação”
• Número de ordem e número da via
• Data da emissão
• Nome, endereço e números de inscrição estadual e no CGC do estabelecimento
emitente.
• Nome, endereço e números de inscrição estadual e no CGC do estabelecimento
remetente.
• Série, número e data da Nota Fiscal do estabelecimento remetente e do
destinatário exportador da mercadoria.
• Número do Despacho de Exportação de Exportação, data de seu ato final e
número do RE – Registro de Exportação.
• Número e data do Conhecimento de Embarque
• Discriminação do produto exportado
• País de destino da mercadoria
• Data e assinatura do representante legal da emitente.

A empresa intermediária exportadora deverá encaminhar ao fabricante ou


remetente, até o último dia do mês subseqüente ao da efetivação do embarque da
mercadoria para o exterior, a 1ª via do Memorando-Exportação, acompanhado de cópia
do Conhecimento de embarque e do Comprovante de Exportação emitido pelo órgão
competente.
A não apresentação desses documentos atestando a efetiva exportação da
mercadoria implicará no pagamento do IPI e/ou ICMS pela empresa fabricante.

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DA COFINS

A isenção do pagamento dessa taxa é assegurada tanto nas exportações de


produtos e serviços realizadas diretamente pela empresa produtora, quanto nas vendas
externas concretizadas indiretamente.
Entretanto essa isenção não se aplica às seguintes operações de venda:
• Empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus, na Amazônia Ocidental ou
em Área de Livre Comércio.
• Empresas estabelecidas em ZPE – Zona de processamento de exportação

O objetivo da isenção é desonerar o custo das exportações em 2%.Essa


contribuição social, instituída pelo Decreto-Lei nº 1940 de 25.05.82, teve suas
condições definidas quanto à isenção pelo art.7º da lei Complementar nº 70 de 30.12.91.

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DO PIS

São consideradas para fins desse incentivo somente as exportações realizadas


diretamente pela própria empresa produtora e as vendas ao exterior efetuadas
indiretamente através de Trading Company.
A desoneração do pagamento do PIS é prevista no Art. 5º da Lei nº 7714 de
29/12/88 e assegurada pela edição de diversas Medidas Provisórias, ainda em fase de
análise.

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

As empresas exportadoras de produtos manufaturados estão isentas do


pagamento da contribuição social de 10% que incide sobre o resultado do exercício,
referente à parcela correspondente às exportações incentivadas.

IR – IMPOSTO DE RENDA

Desde março de 1990, o lucro gerado na exportação não mais desfruta de


qualquer incentivo fiscal, sendo tributado integralmente pelo Imposto de Renda, como
se fosse gerado no mercado interno.

ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS

O ISS é um tributo sob a responsabilidade dos municípios e que alcança a


prestação de serviços em geral. Assim, as exportações de serviços de qualquer natureza,
mesmo aqueles realizados no exterior, terão suas receitas tributadas pelo ISS na mesma
alíquota fixada para as operações internas, ou seja, não existe qualquer benefício fiscal
na área do ISS às exportações de serviços.

ENCARGOS SOCIAIS

Finalmente, na área dos encargos sociais não é previsto qualquer estímulo à


exportação que permita às empresas exportadoras deixarem de considerar INSS, FGTS
e outros encargos sociais como itens de custo em suas operações externas. (Castro,
1997)

15- EXPORTAÇÃO

Exportar é uma postura empresarial, alternativa estratégica de desenvolvimento,


é dar dimensão global a empresa e ganhar experiência.

OS DEZ MANDAMENTOS DO EXPORTADOR


01- Analisar o mercado
(tipo e visual do produto, hábitos dos consumidores, exigências especiais do exterior)

02- Atentar para o padrão de qualidade


(tamanho, cor, sabor, espessura, peso, capacidade, durabilidade, acabamento, etc.)

03- Observar a quantidade


(leve em conta os padrões existentes: um contêiner, por exemplo, pode ter a capacidade
de 33 m3 ou de 66 m3).

04- Praticar preço competitivo


(acompanhe a prática da concorrência e dos valores correntes no país comprador)

05- Ser rigoroso e ético


(obedeça a prazos de entrega, preços, condições e saiba dizer “não” quando necessário)

06- Adequar-se ao mercado


(conheça bem as características do país importador e de seus compradores)

07- Atender bem ao comprador


(a gentileza, o bom senso e a disposição para diálogo agregam valor ao seu produto)

08- Perseguir a modernização


(no comércio atual, a rotina é marcada pela mudança constante, atualize-se)

09 - Usar a ajuda adequada


(um agente ou uma assessoria em comércio exterior pode ser bom negócio)

10- Ser persistente


(tempo e custos demasiados são normalmente justificados e compensados,
principalmente no médio e longo prazo).

16- DEPARTAMENTO DE EXPORTAÇÃO

“A exposição a seguir tanto interessa a empresas que mantenham departamento


de exportação com aquelas que têm apenas um serviço, um setor ou até mesmo uma
diretoria para essa especialização.”
É a definição das funções e tarefas que devem ser atribuídas àquela unidade da
empresa encarregada das atividades de exportação.

Funções Tarefas
1- registrar a empresa como exportadora e 1- Siscomex
controlar a validade e defesa desse
registro
2- dispensar especial atenção às 2- acompanhar comunicados e resoluções
exportações de mercadorias sujeitas a dos órgãos competentes
controles especiais
3- conhecer e coordenar a utilização dos 3- habitual – direto, se indireto observar
diversos canais de distribuição para exigências de ordem fiscal
mercadorias destinadas ao exterior
4- determinar o preço de venda das 4- serviços de custo, manter planilha,
mercadorias a exportar conferência,
5- coordenar a execução dos expedientes 5- manter arquivo: assuntos gerais e
que estabelecem contato com importador cotação de preço
no exterior
6- obter informações sobre o país e sobre 6- pesquisas sobre país e sobre o
o importador importador
7- controlar o processo de consulta sobre 7- alternativas de transportes (dimensão,
transportes de exportação volume, particularidades).
8- receber, examinar e decidir pedidos 8- conferência geral, aceite ou recusa
recebidos do exterior.
9- coordenar a abertura do processo de 9- listagens das providências a serem
exportação tomadas, cronograma.
10- controlar a preparação da mercadoria 10- entrosar-se com a produção,
a exportar estocagem e expedição
11- orientar a contratação das operações 11- taxa cambial vigente, financeiro.
de câmbio
12- contratar transporte e seguro internos 12- época para o transporte até o local de
para mercadoria embarque
13- controlar à contratação e utilização do 13- condições para contratação
seguro de crédito
14- preparar e coordenar a obtenção dos 14- providenciar documentos e sua
documentos de exportação validação
15-contratar o seguro internacional 15- Incoterms
16- contratar o transporte internacional16- Incoterms
17- coordenar o transporte, desembaraço e
17- estado geral do lote, saída e chegada,
embarque de mercadoria. documentos comprobatórios.
18- controlar o colecionamento e 18- embarques efetuados, coleção dos
conferência dos documentos documentos.
19- controlar ou efetuar a entrega dos 19- estar atento aos prazos previstos,
documentos ao banco negociador do borderô, coleção de documentos, efetuar
câmbio entrega/protocolo, arquivo.
20- controlar as operações que promovem 20- selecionar os documentos necessários
incentivos em benefício da empresa ao gozo dos incentivos
21- controlar as operações de drawback 21- controle especial, desde pedido inicial
22- controlar financiamento 22- coleção de documentos para
comprovação financiamentos
23- zelar pela guarda e conservação dos 23- colecionar todos os documentos
documentos de exportação relativos ao negócio

17 - CONTRATO DE VENDA

A negociação formaliza-se através de um contrato. Esse contrato não precisa ter


necessariamente uma forma pré-estabelecida; uma carta em que se definam as
condições da operação, já é um contrato em si. Outro modelo de contrato muito
freqüente é a fatura pró-forma, que é devolvida pelo importador ao exportador, uma vez
aposta no documento sua concordância com as especificações nele contida.
16.1 Modalidade de Pagamento

Entre as condições mais usuais para pagamento dos negócios internacionais


encontram-se:

Remessa antecipada ou pagamento antecipado

Se dá quando o importador remete previamente o valor da transação, ou parte


dele, e só então o exportador providência a exportação da mercadoria e o envio do
respectiva documentação.
Essa modalidade garante plenamente o vendedor, cabendo ao comprador a
assunção dos riscos relativos ao cumprimento ou não da negociação. Esta condição
beneficia plenamente o exportador.

Cobrança

Nesta modalidade pode ou não haver garantia do banco no exterior sobre a


operação; não havendo garantia, o risco da operação é bem maior.
A garantia é feita mediante um aval pelo banco no exterior nos saques emitidos
contra o importador.
Efetuado o embarque, o exportador entrega os documentos ao banco do câmbio
no Brasil, que remeterá ao seu correspondente no exterior os documentos de exportação
e o saque ou cambial a serem apresentados ao importador.
Esta operação constitui concessão de crédito ao comprador.
Encontramos duas situações: cobrança à vista, e cobrança a prazo.

A- Cobrança à vista

- o exportador embarca a mercadoria, respeitando as condições pactuadas com o


comprador e remete, via banco, os documentos para o exterior.
- o banco portador dos documentos exige o pagamento por parte do destinatário
e, sendo cumprido, faz a entrega dos documentos liberatórios da mercadoria.

B - Cobrança a prazo

- o importador adquire a mercadoria, mediante a remessa de um pedido, no qual


conste a condição.
- o exportador providencia, de acordo com as condições constantes do pedido, a
remessa do produto e a negociação dos documentos junto ao banco;
- o banco, no exterior, após colher o aceite do importador, no respectivo saque,
cede ao importador os documentos para que ele possa providenciar o desembaraço da
mercadoria, resgatando seu débito no respectivo vencimento cambial.

Carta de crédito

Esta condição é uma forma usual de garantia que torna vital para o exportador
que procura uma condição de pagamento segura.
O exportador deve, para que possa operar sob Carta de Crédito, e para que este
documento represente certa segurança para a operação, dispor de conhecimentos que lhe
permita analisar adequadamente este instrumento de pagamento. Todas as
particularidades que devem ser do conhecimento de quem opera sob Carta de Crédito
encontram-se na Publicação nº 500, da Câmara de Comércio Internacional – CCI,
revisão 1993, em vigor desde 1994 (também denominadas de Brochura 500).
A mencionada publicação é respeitada pelos bancos de todos os países que
aderiram ao sistema, para as operações da espécie.
Esta modalidade recebe a garantia de um ou mais bancos. O importador também
recebe garantias, embora seja obrigado a mobilizar capital, uma vez que deve depositar
o valor correspondente ao valor da carta de crédito para emissão da mesma.
A carta de crédito é um instrumento de garantia de pagamento, desde que todas
as condições sejam cumpridas.
O banco emissor emite a L/C; o banco avisador entrega a L/C ao beneficiário
(exportador); o banco negociador confere os documentos de embarque, sendo o mesmo
que fecha o câmbio, e por fim o banco reembolsador paga as divisas.

Tipos e itens de uma carta de crédito:

I) Revogável – podem ser emendadas (alteradas) ou canceladas, a pedido do importador,


a qualquer momento e sem prévio aviso ao exportador, desde que os documentos de
embarque ainda não tenham sido entregues ao banco negociador. Para que uma carta de
crédito seja considerada revogável é indispensável dela constar a expressão revogável.

II) Irrevogável – não podem ser emendadas ou canceladas pelo importador, salvo se
houver expressa concordância do banco emissor e principalmente do exportador. Na
ausência de indicação explícita de que o crédito é revogável, considera-se que a carta de
crédito é irrevogável.

a) Transferíveis – permitem ao beneficiário (exportador), mediante expressa


autorização, a transferência de seu valor para um (ou mais de um) novo beneficiário, o
qual não tem poder ou direito de realizar nova transferência.

b) Intransferível – não permitem ao beneficiário (exportador) transferir seu valor para


outros beneficiários. A ausência de menção autorizando a transferência, indica que o
crédito é intransferível.

c) Confirmadas – têm seu pagamento assegurado, adicionalmente, por um terceiro


banco, normalmente de primeira linha e estabelecido em outro país, o qual garantirá
eventual dificuldade financeira enfrentada pelo banco emissor e/ou falta de moedas
conversíveis do país importador que possam inviabilizar a remessa das divisas ao país
exportador.

d) Divisíveis – permitem embarques parciais, com pagamentos igualmente parciais.


Normalmente a carta de crédito mencionará se embarques parciais são permitidos ou
não. Na falta de clara indicação, considera-se que embarques parciais são permitidos.

e) Restritas – definem especificamente qual o banco negociador dos documentos de


exportação. Não havendo indicação expressa de um banco autorizado a negociá-la, seu
crédito será negociável por qualquer banco, livremente escolhido pelo exportador.

f) Transbordo – permitem a carga ou descarga da mercadoria entre diferentes ou


idênticos meios de transporte durante a viagem, desde que o percurso seja coberto pelo
mesmo conhecimento de transporte. Caso não haja proibição expressa, o transbordo será
permitido, embora a carta de crédito geralmente assinale se é ou não permitido.

A confirmação da carta de crédito tem um custo, o qual varia de acordo com o


risco do país importador e/ou do banco emissor e que será assumido por quem solicitar
a confirmação do crédito, o importador ou o exportador. (Castro, 1998)

18 - SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX)

Foi instituído pelo Decreto Lei nº 660/92. É um instrumento administrativo que


integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio
exterior, mediante fluxo de informações único e computadorizado, possibilitando, a
partir de janeiro de 1993: a simplificação e a padronização das operações de comércio
exterior; a redução de tempo para liberação das mercadorias envolvidas nessas
operações e a ampliação de pontos de atendimento no país.

Para operar esse sistema, o interessado deverá comunicar a Secretaria da Receita


Federal, e cadastrar a empresa, posteriormente adquirir o serviço Renpac (soft) junto a
Embratel para acesso à rede Serpro. A conexão é pelo computador via fax/modem,
estando, portanto, integrado ao Siscomex, ou seja, o exportador formaliza todo o
processo em sua empresa pelo seu computador, conectado à rede Serpro, a qual está
interligada às alfândegas. No ato da exportação, o produto é fiscalizado fisicamente com
os dados registrados no Siscomex. Estando cadastrado na Receita Federal, o interessado,
caso achar mais prático, poderá utilizar a rede bancária, (somente bancos que operam
em câmbio), para efetuar seus processos. A rede bancária utiliza com exclusividade um
sistema chamado Sisbacen (está incorporado no Siscomex).

19- REGISTRO DE EXPORTADOR/IMPORTADOR

Normas Administrativas de Exportação


Portaria SCE nº 02/92
Portaria Secex nº 08/93 e 10/93
Portaria MICT nº 27/93; 94/94; 378/94 e 399/94.

Art. 1º - A inscrição no registro de Exportadores e Importadores do SCE-REI é condição


básica para a realização de operações de Exportação.
Parágrafo Primeiro – Os exportadores já inscritos no REI anteriormente à implantação
do Siscomex terão a inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência
adicional.
Parágrafo Segundo – Nos casos não abrangidos pelo parágrafo anterior, os interessados
deverão inscrever-se no REI no ato de sua primeira operação – Registro de Exportador
(RE), Registro de Venda (RV), ou Registro de Operação de Crédito (RC), através de
qualquer ponto conectado ao Siscomex, informando o nº de inscrição no Cadastro Geral
de Contribuintes – CGC.
Art. 2º - A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de
punição em decisão administrativa final, pelos motivos abaixo, ressalvado o
cumprimento de decisão de suspensão ou elisão de penalidade imposta:
1- por infrações de natureza fiscal, cambial e de Comércio Exterior ou,
2- por abuso de poder econômico.
O Registro de Exportação no Siscomex – RE, é o conjunto de informações de
natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de
exportação de uma mercadoria e definem o seu enquadramento (Normas administrativas
de Exportação)

20 - CONTATOS COMERCIAIS

É muito importante, a forma com que o empresário deve abordar seu potencial
comprador ou fornecedor. O sucesso de uma negociação está intimamente relacionado
com a forma de apresentação de sua proposta. Um meio usual é a “Carta Comercial”,
desde que respeitados seus principais fundamentos.
Itens a serem considerados numa correspondência:
1- Produto
Descrição do produto
2-Embalagem
Tipo de embalagem a ser utilizada no produto, seja embalagem de apresentação do
produto e/ou embalagem de transporte.
3- Volumes mínimos e máximos
Quantidades mínimas e máximas de fornecimento
4- Prazos de entrega
Indicar o prazo de entrega da mercadoria
5- Preço
Anexar tabela de preço, ou especificar em caso de um único produto.
6- Modalidades de venda/porto de embarque
Incoterms Revisão 1990, estabelecer o porto em que a mercadoria será embarcada.
7- Condições de pagamento/modalidade de pagamento
Estabelecer qual a modalidade de pagamento a ser negociada a mercadoria
8- Fontes de referência
Solicitar fontes de referência de empresas comerciais e/ou bancos
9- Prazo de validade da proposta
Indicar o prazo de validade da proposta para manter preço ofertado
10- Documentos
Informam-se os documentos normalmente fornecidos.

21- INCOTERMS

Modalidade de Venda

Incoterms é a abreviatura da expressão "International Commercial Terms".


São regras básicas, padronizadas, criadas pela "International Chamber Of
Commerce - ICC (Câmara de Comércio Internacional - CCI), órgão mundialmente
reconhecido com encarregado de orientar os negócios internacionais, bem como dirimir
e resolver eventuais conflitos, controvérsias e letígios, oriundos dos vários contratos de
venda celebrados internacionalmente.
Baseiam-se nas práticas comerciais mais correntes das diversas nações do
mundo e nos princípios gerais do Direito Internacional - Público e Privado.
A 1ª edição dos Incoterms foi publicada em 1936, e encerrava apenas 7 termos
de comércio. Em 1953, procedeu-se à primeira revisão, inserindo-se 2 novos termos. A
2ª revisão ocorreu em 1967, e a 3ª em 1976. Quatro anos depois, em 1980, uma quarta
revisão foi feita, atualizando-se as condições de venda até então existentes e inserindo-
se quatro novas, com a finalidade precípua de atender às exigências sempre crescentes
das práticas comerciais internacionais.
Permaneceria a revisão 1980 em vigor até 30 de junho de 1990, quando em 01
de julho de 1990, passou a vigorar a Edição de 1990, que reduziu de 14 para 13 as
condições de venda internacionais, abolindo duas (FOR/FOT e FOA), e introduzindo
uma nova, DDU.
Os motivos que levaram a proceder à revisão 1990 dos Incoterms foram
principalmente, adaptar os termos de comércio às novas práticas internacionais de
comunicação por processamento eletrônico de dados (Electronic Date Interchange -
EDI), racionalizar os termos em relação às diversas modalidades de transporte, e
otimizá-los tecnicamente, quanto aos processos de manuseio, embalagem, embarque,
desembarque, desembaraço aduaneiro, etc.
Além disso, foram mudadas siglas e nomenclaturas de vários termos e foram os
mesmos agrupados em 4 categorias ("E", "F", "C", e "D"), segundo sua
operacionalização, para mais fácil entendimento e aplicação ao caso particular e a
modalidade de transporte utilizado.

O Incoterms 2000, instituído a partir de janeiro 2000, leva em conta a recente


expansão das zonas de livre comércio, o aumento do uso de comunicação eletrônica em
transações comerciais, e mudanças nas práticas de transporte. O Incoterms 2000 oferece
uma apresentação mais simples e mais clara das 13 definições, todas as quais foram
revisadas.
Os termos da nova Edição 2000, estão assim agrupados:

1- Grupo "Ë", identificando "contrato de partida


EWX - Ex-works - Na origem (local nomeado)

2- Grupo "F", dando idéia de "contrato de transporte principal não pago", isto é, pagável
no destino.
FCA - Free Carrier - Livre no transportador (local nomeado)
FAS - Free Alongside Ship - Livre ao lado do navio (porto de embarque nomeado)
FOB - Free on Board - Livre a bordo (porto de embarque nomeado)

3 - Grupo "C", determinando "contrato de transporte principal pago", isto é, pagável na


origem
CFR - Cost and Freight - Custo e Frete (porto de destino nomeado)
CIF - Cost, Insurance and Freight - Custo, seguro e frete (porto de destino nomeado)
CPT- Carriage Paid To... - Transporte pago até (local de destino nomeado)
CIP - Carriage and Insurance Paid To... - Transporte e seguros pagos até (local de
destino nomeado)

4- Grupo "D", sugerindo "contrato de chegada"


DAF - Delivered at Frontier - Entregue na fronteira (local nomeado)
DES - Delivered Ex - Ship - Entregue no navio (porto de destino nomeado)
DEQ - Delivered Ex - Quay - Entregue no cais (porto de destino nomeado)
DDU - Delivered Duty Unpaid - Entregue com direitos não pagos (local de destino
nomeado
DDP - Delivered Duty Paid - Entregue com direitos pagos (local de destino nomeado)
A seguir, uma conceituação resumida e objetiva de cada um dos 13 termos da
Edição 2000, com suas siglas e nomenclaturas:

GRUPO "E" - CONTRATO DE PARTIDA

EX - WORKS - EXW
Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega quando coloca as
mercadorias disponíveis em suas dependências (instalações, fábrica, usina, moinho,
plantação, armazém, etc.), ou outro local nomeado, conforme convencionado no
contrato, para o comprador.
O vendedor não é literalmente responsável pelo carregamento das mercadorias a bordo
do veículo transportador que, contratualmente, deve ser fornecido pelo comprador, nem
pelo desembaraço das mesmas para a exportação.
Todos os custos e riscos envolvidos em retirar as mercadorias das instalações do
vendedor, até que cheguem ao destino pactuado, são assumidos pelo comprador,
inclusive os expedientes para obtenção da licença de exportação.
Esta condição não deve ser aplicada quando o comprador não possa direta ou
indiretamente atender tais formalidades.
Neste termo pode ser utilizado qualquer modalidade de transporte.

GRUPO "F" - TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO

FREE CARRIER - FCA


Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega, quando tenha encaminhado
as mercadorias, desembaraçadas para exportação, à custódia do transportador nomeado
pelo comprador, no local ou ponto determinado.
Se o comprador não determinar o ponto, o vendedor pode escolher, dentro do perímetro
ou local estipulado, o ponto onde o transportador assumirá as mercadorias em custódia.
Quando for requerida a assistência do vendedor na confecção do contrato de transporte
(nos casos de ferroviário e aéreo), o vendedor agirá por conta e risco do comprador.

Este termo pode ser aplicado em qualquer em qualquer modalidade de transporte,


inclusive o multimodal.

FREE ALONGSIDE SHIP - FAS


Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega das mercadorias uma vez
que tenham sido as mesmas colocadas "ao longo do costado do navio", no cais ou em
barcaças, no porto de embarque indicado. A partir desse momento o comprador assume
todos os custos e riscos por perda ou dano às mercadorias.
O termo FAS exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.
FAS só pode ser usado nos transportes marítimos e de cabotagem.

FREE ON BOARD – FOB


Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega, quando as mercadorias
tenham cruzado a amurada do navio (Ship's rail), no porto de embarque designado.
Isto determina que o comprador assuma todos os custos e riscos de perda ou dano às
mercadorias, a partir daquele ponto.
O vendedor providencia o documento de exportação e desembaraça as mercadorias para
exportação.
Este termo só pode ser usado para transporte marítimo e de cabotagem.
Se as partes não pretenderem entregar as mercadorias ultrapassada a amurada do navio,
o termo FCA deve ser usado.

GRUPO "C"- TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO

COST AND FREIGHT – CFR


Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando elas transpõem a amurada do
navio no porto de embarque.
O vendedor deve pagar os custos e o frete necessário para levar as mercadorias até o
porto de destino designado, todavia o risco de perda ou dano às mercadorias, bem como
quaisquer custos adicionais, devidos a eventos que ocorram após terem as mesmas sido
entregues a bordo do navio, são transferidos do vendedor ao comprador, no momento
em que as mercadorias cruzarem a amurada do navio, no porto de embarque.
A condição CFR determina que o vendedor agilize os trâmites referentes à emissão do
documento de exportação e desembarace as mercadorias para exportação.
Se as partes não pretenderem entregar as mercadorias ultrapassada a amurada do navio,
o termo CPT deve ser usado. CFR só pode ser usado para transporte marítimo e de
cabotagem.

COST, INSURANCE AND FREIGHT – CIF


"CUSTO, Seguro e Frete" significa que vendedor entrega as mercadorias quando elas
transpõem a amurada do navio no porto de embarque.
O vendedor deve pagar os custos e frete necessários para levar as mercadorias ao porto
de destino nomeado. MAS o risco por perda ou dano às mercadorias, bem como
quaisquer custos adicionais devidos a eventos ocorridos após o momento da entrega, são
transferidos do vendedor ao comprador. Todavia, no termo CIF o vendedor também tem
que obter o seguro marítimo contra o risco do comprador de perda ou dano às
mercadorias durante o transporte.
Conseqüentemente, o vendedor contrata o seguro e paga o prêmio de seguro. O
comprador deve notar que sob o termo CIF o vendedor é exigido a obter o seguro
somente para a cobertura mínima. Se o comprador desejar ter a proteção de uma
cobertura maior, ele precisa ou acordar isto expressamente com o vendedor ou fazer o
seu próprio seguro extra.
O termo CIF exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.
Este termo pode ser usado somente para o transporte marítimo ou hidroviário interior.
Se as partes não pretenderem entregar as mercadorias ultrapassada a amurada do navio,
o termo CIP deve ser usado.

CARRIAGE PAID TO... CPT


Determina que o vendedor pague o frete internacional referente ao transporte das
mercadorias até o destino pactuado. O risco por perda ou dano às mercadorias, bem
como quaisquer despesas adicionais devidas a eventos após a entrega das mesmas ao
transportador internacional, transferem-se do vendedor ao comprador, quando o
transportador assume a custódia das mercadorias.
O "transportador" é quem se compromete, contratualmente, a agilizar, ou a providenciar
a agilização do transporte, por qualquer via, ou por uma combinação de várias
modalidades. Se forem utilizados transportadores subseqüentes para o transporte até o
destino pactuado, o risco transferir-se-á mediante a entrega das ao primeiro
transportador.
O termo CPT determina que vendedor agilize o documento de exportação e proceda ao
desembaraço das mercadorias, para exportação.
Este termo pode ser usado para qualquer modalidade de transporte, sobretudo o
multimodal.

CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO – CIP


Significa que o vendedor entrega as mercadorias ao transportador designado por ele,
mas o vendedor deve, além disso, pagar o custo de transporte necessário para levar as
mercadorias até o destino nomeado. Isto significa que o comprador arca com todos os
riscos e quaisquer custos adicionais que ocorram depois que as mercadorias tenham sido
entregues. Todavia, no CIP o vendedor também tem que obter o seguro contra os riscos
de perda ou dano das mercadorias pelo comprador durante o transporte.
O vendedor contrata o seguro e paga o respectivo prêmio.
O comprador deve notar que no CIP o vendedor é exigido a obter o seguro somente para
cobertura mínima. Se o comprador deseja ter a proteção de uma cobertura maior, ele
precisa ou acordar isto expressamente com o vendedor ou fazer o seu próprio seguro
extra.
O termo CIP exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.
Se transportadores subseqüentes são usados para o transporte até o destino acordado, o
risco transfere-se quando as mercadorias tenham sido entregues ao primeiro
transportador.
Este termo pode ser aplicado em qualquer modalidade de transporte.

GRUPO "D" - CONTRATO DE CHEGADA

DELIVERED AT FRONTIER – DAF


Significa que o vendedor cumpre sua obrigação de entrega, quando as mercadorias
estiverem disponíveis para o comprador, desembaraçadas para exportação, no ponto e
local designados na fronteira, porém antes da divisa aduaneira do país limítrofe. A
designação "fronteira" pode identificar qualquer fronteira, inclusive a do país de
exportação. Assim sendo, é de fundamental importância que a "fronteira" em questão
seja precisamente definida.
O termo DAF é para ser aplicado, em princípio, no transporte ferroviário e rodoviário.
Quando a entrega deve ter lugar no porto de destino, a bordo de um navio ou no cais
(atracadouro), os termos DES ou DEQ devem ser usados, porém pode ser usado para
qualquer modalidade de transporte entre países limítrofes.

DELIVERED EX-SHIP – DES


Significa o vendedor cumpre sua obrigação de entregar as mercadorias ao comprador a
bordo do navio, não desembaraçadas para importação no porto de destino designado.
O vendedor terá de assumir todos os custos e riscos envolvidos em transportar as
mercadorias até o porto de destino designado antes do desembarque.
Se as partes desejarem que o vendedor arque com os custos e riscos de desembarque das
mercadorias, então o termo DEQ deve ser usado.
Este termo pode ser usado apenas quando as mercadorias devem ser entregues por
transporte marítimo ou hidroviário interior ou multimodal em um navio no porto de
destino.

DELIVERED EX-QUAY – DEQ


Significa que o vendedor cumprirá sua obrigação de entrega ao colocar as mercadorias
disponíveis ao comprador, no cais (atracador), no porto de destino designado, não
desembaraçadas para importação. O vendedor deve arcar com custos e riscos envolvidos
para levar as mercadorias ao porto de destino nomeado e desembaraçar as mercadorias
no cais (atracadouro). O termo DEQ exige de o comprador desembaraçar as
mercadorias para a importação e pagar por todas as formalidades, direitos, impostos e
outras despesas sobre a importação.
Este termo pode ser usado apenas quando as mercadorias forem entregues por transporte
marítimo ou hidroviário ou multimodal, no desembarque do navio no cais no porto de
destino.
Todavia se as partes desejarem incluir nas obrigações do vendedor os riscos e custos do
manuseio das mercadorias do cais para outro local dentro ou fora do porto, os termos
DDU ou DDP devem ser usados.

DELIVERED DUTY UNPAID – DDU


Significa que o vendedor entrega as mercadorias ao comprador, não desembaraçadas
para importação, e não desembarcadas de qualquer meio de transporte chegado no local
de destino nomeado. Assim, o vendedor assumirá todos os custos e riscos envolvidos
para levar as mercadorias a esse lugar, diferentes, onde aplicável, de qualquer direito
(cujo termo inclui a responsabilidade e os riscos pela execução de formalidades
alfandegárias, e o pagamento de formalidades, direitos alfandegários, impostos e outras
despesas para importação no país de destino. Tal direito deve ser suportado pelo
comprador bem como quaisquer custos e riscos causados pela sua falha em
desembaraçar as mercadorias para importação em tempo.
Esta condição pode ser aplicada independentemente da modalidade de transporte.

DELIVERED DUTY PAID – DDP


Determina que o vendedor cumpra sua obrigação de entrega, ao colocar as mercadorias
disponíveis ao comprador, no local designado, no país de importação. O vendedor
deverá assumir os custos e riscos envolvidos, inclusive direitos, impostos e outros
eventuais encargos, para a entrega das mercadorias naquele local, desembaraçadas para
importação e não desembarcadas. Enquanto o termo EXW representa a obrigação
mínima para o vendedor, DDP representa a obrigação máxima.
Este termo, evidentemente, não deverá ser aplicado, se o vendedor direta ou
indiretamente não tiver condições de assumir tais responsabilidades.
O termo DDP pode ser usado sem restrição do modo de transporte, mas quando a
entrega deve ter lugar no porto de destino a bordo do navio ou no cais, os termos DES
ou DEQ devem ser usados.

MODO DE TRANSPORTE E O INCOTERM 2000

QUALQUER MODO DE TRANSPORTE

- Grupo E
EXW - na origem (local nomeado)

- Grupo F
FCA - Livre no transportador (local nomeado)

- Grupo C
CPT - transporte pago até (local de destino nomeado)
CIP - transporte e seguro pagos até (local de destino nomeado)

- Grupo D
DAF - entregue na fronteira (local nomeado)
DDU - entregue com direitos não pagos (local de destino nomeado)
DDP - entregue com direitos pagos (local de destino nomeado)

TRANSPORTE MARÍTIMO E HIDROVIÁRIO INTERIOR

- Grupo F
FAS - livre ao lado do navio (porto de embarque nomeado)
FOB - livre a bordo (porto de embarque nomeado)

- Grupo C
CFR - Custo e frete (porto de destino nomeado)
CIF - custo, seguro e frete (porto de destino nomeado)

- Grupo D
DES - Entregue no navio (porto de destino nomeado)
DEQ - entregue no cais (porto de destino nomeado)

(Incoterms 2000 - Regras Oficiais da CCI para a interpretação de termos comerciais -


em vigor a partir de 1º de janeiro de 2000 - Coordenação: João dos Santos Bizelli e
Tradução: Elisangela Batista Nogueira e Samir Keedi - Edições Aduaneiras)

22- DOCUMENTOS DE EXPORTAÇÃO

A maioria dos documentos de exportação é padronizada, com vistas a facilitar


intercâmbio comercial. Alguns países exigem documentação mais específica em razão
das particularidades de determinados produtos e da legislação local.
Quanto à forma de apresentação, além dos documentos eletrônicos, obtidos
através do SISCOMEX, outros documentos são necessários à consecução da
exportação, são eles:

22.1 Fatura Pro Forma (PRO FORMA INVOICE)

Documento emitido pelo exportador, a pedido do importador, para providenciar


o início da efetivação da importação;

22.2 Nota Fiscal de Exportação

Documento que acompanha a mercadoria do estabelecimento do exportador até


o embarque para o exterior; é um documento de âmbito interno;

22.3 Romaneio de Embarque (PACKING LIST)

Lista com as características dos diferentes volumes que compõem um embarque:


número, peso, marca, dentre outras; facilita a localização do produto dentro de um lote,
para fins de completa verificação no decorrer do desembaraço aduaneiro na exportação.
22.4 Fatura Comercial (COMMERCIAL INVOICE)

Documento emitido pelo vendedor ao comprador, que substitui, no âmbito


externo do país, a Nota Fiscal; contém as características da transação efetuada: tipo de
mercadoria, quantidade, preço, data de pagamento e outras.

22.5 Contrato de Câmbio

Documento firmado entre o exportador e o banco operador, com ou sem a


intermediação de corretora, no qual o exportador (vendedor de divisas) se compromete a
transferir ao banco operador (comprador das divisas) o valor em moeda estrangeira
proveniente de uma operação de exportação; os dados são tele processados pelo
SISBACEN.

22.6 Apólice de Seguro

Documento emitido pela companhia seguradora com base na proposta feita pelo
interessado, exportador ou importador; cobre riscos de transporte da mercadoria, que
confere ao segurado o direito de ressarcir-se, quando houver ocorrência de sinistro, de
perdas e danos da mercadoria. Quando se refere a seguro de crédito, cobre riscos
comerciais, políticos e extraordinários.

22.7 Certificado de Origem

Documento que atesta a origem da mercadoria; é emitido por exigência do


importador e de acordo com o país de destino da mercadoria; representa, em geral,
benefícios fiscais a serem auferidos pelo importador no ato de liberação das mercadorias
na alfândega.

22.8 Conhecimento de Embarque (BILL OF LADING)

Documento emitido pela companhia de transporte que atesta o recebimento da


carga, as condições de transporte e a obrigação de entregá-la ao destinatário legal, por
meio rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo e em local previamente
determinado; é ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e
um documento de propriedade.

22.9 Saque ou Cambial

Documento emitido pelo exportador contra o importador; representa o direito do


exportador às divisas decorrentes da venda de mercadorias a um país estrangeiro; o
saque ocorre normalmente, nas operações sob a modalidade de cobrança e nas
operações amparadas por carta de crédito.
A documentação de exportação exige cuidados. Não basta cumprir as normas do
país exportador, é necessária a preparação dos documentos em face das exigências do
país importador; a fim de não causar atropelos no desembaraço aduaneiro e na
tramitação cambial de exportação.

23- FRETE INTERNACIONAL


Nos fretes marítimos internacionais existem dois setores de características bem
diversas: granéis e carga geral comum e/ou refrigerada.
Os fretes de granéis variam conforme o mercado de transporte e estão sujeitos à
Lei de Oferta e Procura.
No que se refere à carga geral comum e/ou refrigerada, normalmente é
transportada por navios de conferência.
O frete normalmente inclui as despesas de estiva. As despesas de docas,
capatazias, remoções de carga, armazenamento, despacho aduaneiro, etc., não se
incluem no custo do frete.
É conveniente que sejam claramente determinada entre comprador e vendedor as
atribuições de cada um. É recomendável seguir as bases contratuais determinadas no
Incoterms, tendo em vista os termos do transporte marítimo.

CONFERÊNCIA DE FRETE

Abrange ampla variedade de serviços e obrigações comuns, assumidas por


armadores que servem um determinado tráfego. É um aglomerado de companhias de
navegação, servindo uma área determinada e pré-estabelecida num acordo básico para
manter a uniformidade dos serviços. A conferência pode ser resultado de um acordo
informal, ou uma organização complexamente elaborada com secretariado permanente.
O propósito fundamental da conferência é manter os tráfegos
(exportação/importação) da área abrangida. Para isso, seus membros se comprometem a
atuar conjuntamente visando aos seguintes objetivos:

1. Propiciar um “preço” uniforme pelo transporte das mercadorias em uma rota definida
dentro da área abrangida pela conferência;
2. Excluir ou admitir novos membros;
3. Dividir, de diferentes maneiras, o tráfego entre eles, levando em consideração,
principalmente, os interesses nacionais dos países participantes;
4. Adotar política comum em todos os assuntos e, especialmente, cumprir o nível dos
descontos e rebates para manter a lealdade dos usuários;
5. Combater a competição dos armadores não membros (out-sides);
6. Calcular e dividir a receita dos fretes entre eles (pool sharing);
7. Reforçar e cumprir os acordos e tarifas.

Particularidades

Estiva: São despesas referentes aos salários pagos aos estivadores pelos serviços de
embarque, manuseio, arrumação e remoção da mercadoria no porão ou convés do navio.

Conferentes: São despesas representadas pelos salários pagos aos trabalhadores


portuários pelos serviços de contagem dos volumes, anotações dos números, marcas,
porto de origem e destino, verificação das condições da mercadoria, assistência na
pesagem e registro da tonelagem movimentada com finalidade de calcular a
remuneração dos estivadores; comparação com os manifestos e a supervisão desses
serviços durante o embarque do navio.
Consertadores: São as despesas com remuneração dos trabalhadores portuários pelos
serviços de reparo e recomposição de embalagem, marca, grampeação e rotulagem,
abertura dos volumes para inspeções e devida recomposição dos mesmos.

24- RECEBIMENTO E EXAMES DE PEDIDO

Recebido um pedido ou uma contraproposta do importador, os procedimentos


normais são: exame do pedido e sua conferência; exame do instrumento de pagamento;
aceitação, recusa e comunicação.

1. Exame do pedido e sua conferência

Recebido um pedido e após seu transito pelos canais administrativos normais da


empresa, deve ser conferido pelo setor encarregado, de preferência aquele que elaborou
a cotação do produto ao interessado no exterior. Os itens a serem examinados são:
produto, embalagem, volume, prazo de entrega, preço do produto, modalidade de venda,
condições de pagamento, transporte internacional, seguro internacional, prazo de
validade da cotação, documentos de exportação.

2. Exame do instrumento de pagamento

Terminada a conferência do pedido e antes de se dar qualquer satisfação ao


importador, deverão ser examinados todos os itens da carta de crédito, se foi esta a
condição estabelecida para o negócio. Já com a carta de crédito, deverão ser conferidos:
banco instituidor no exterior, banco avisador no Brasil, modalidade do crédito aberto e
sua irrevogabilidade, dados completos sobre o favorecido, quantia a ser paga pelo banco
e respectiva moeda, data-limite para negociação e para embarque, divisibilidade e
transferibilidade do crédito, se for esta a condição, documentos exigíveis para
cumprimento do crédito, permissão ou proibição para embarques parciais e para
transbordo. Se houver divergência significativa, esta deverá ser solucionada mediante
entendimento direto com o importador, para que instrua o banco instituidor do crédito.

3. Aceitação, recusa e comunicação

Terminada a conferência do pedido e do instrumento de pagamento, deverá o


exportador expedir comunicação ao comprador no exterior, dando conhecimento de sua
decisão: aceitação do pedido, recusa em virtude da impossibilidade de atender a
contraproposta e divergências ou envio de nova proposta, ajustada ou adaptada àquilo
que o importador deseja.

25- PREPARAÇÃO DA MERCADORIA A EXPORTAR

Concluída a fase de negociação, caberá à empresa cuidar dos aspectos


relacionados com a preparação da mercadoria destinada ao exterior. A determinação do
momento ideal para se preparar um produto destinado à exportação dependerá de uma
série de condições peculiares à empresa e ao produto, não podendo estabelecê-lo com
rigidez ou de modo preciso. Cada caso obedecerá a circunstâncias especiais e deve
merecer processo de coordenação pelo departamento de exportação, que atentará para as
demais variáveis envolvidas no negócio. Como norma geral para se estabelecer o
controle da produção, estocagem e expedição de produto a exportar, recomenda-se
considerar a seguinte linha:
• tipo de produto a fabricar,
• o fato de ser produto de linha ou sob encomenda,
• o prazo para chegada da mercadoria ao local de embarque, evitando-se antecipações
onerosas ou atrasos altamente prejudiciais e mesmo desastrosos para o negócio.

Terminada a fabricação do produto a exportar, caberá a empresa proceder a


cuidadoso exame do lote destinado ao exterior. Esse exame tem por finalidade:
• atender a quantidade solicitada,
• cumprir os aspectos relativos à qualidade e às condições gerais do produto,
• verificar se o produto está em condições de ser embalado e encaminhado para
embarque.

De parte da empresa o exame do lote a exportar tem por objetivo assegurar-se de


que o lote está conforme com o combinado. O exame da mercadoria, deve ser feito por
alguém que não o faz normalmente, para se evitar a simples inspeção mecânica.
Terminado o exame do lote e achado conforme, é feita a supervisão, se for o
caso, e passa-se à última fase do processo.
Após examinado o produto e considerado em ordem todo o lote caberá
determinar sua colocação na embalagem de apresentação para a seguir, pensar-se na
embalagem de transporte. A embalagem de transporte destina-se a proteger o produto
desde o momento de sua saída da fábrica até à sua entrega no depósito do comprador no
exterior.
Após a colocação da mercadoria nas embalagens de transporte caberá a empresa
proceder à marcação dos volumes, isto é, aposição da marca do exportador já registrado
anteriormente, bem como as indicações quanto aos cuidados a observar no manuseio
dos volumes: este lado para cima, frágil, teme calor, etc. Embalada a mercadoria, deverá
ser relacionado com precisão o conteúdo de cada caixa para fins de preenchimento do
romaneio de embarque, para o desembaraço e embarque para o exterior.

26- OPERAÇÕES DE CÂMBIO

As exportações em moeda estrangeira exigem contratação de câmbio. São


utilizados expressões: negociação do Câmbio, fechamento do câmbio, negociação das
divisas.
A contratação do câmbio nada mais é do que um contrato firmado entre
exportador e um banco autorizado a operar câmbio, onde o exportador vende àquele
banco, as divisas da operação de exportação.
Nessa operação de câmbio de exportação existem três fases distintas:

• Câmbio contratado

Mediante assinatura de um contrato com o banco autorizado a operar em


câmbio, o exportador assume o compromisso de negociar com o banco indicado no
contrato as divisas provenientes da operação de exportação.
No corpo do contrato são dadas as características gerais da operação de
exportação: prazo de entrega das cambiais, modalidade de crédito decorrente da
operação, taxa cambial aplicável a conversão das divisas, valor global das divisas e sua
distribuição no valor FOB, frete e seguro, mercadoria objeto da negociação, importador
estrangeiro, etc.
Quando se firma um contrato de câmbio, já fixa de imediato o montante em
moeda nacional, a ser recebido pelo exportador, isto porque no contrato já se indica a
taxa cambial a ser aplicada quando da conversão da moeda.

• Câmbio Entregue

Têm-se o cumprimento das obrigações assumidas pelo exportador.


Ao se embarcar as mercadorias para o exterior, obtemos os documentos que
comprovam essa exportação. O exportador junta esses documentos e entrega ao banco.
Geralmente esses documentos são os seguintes: três vias negociáveis do
conhecimento de embarque, a fatura comercial, romaneio de embarque, fatura consular,
certificados eventualmente exigíveis e o saque ou cambial, representado por uma letra
de câmbio internacional, emitida em três vias.
Quando ao entregar esses documentos no banco, necessário se faz relacionar
esses documentos ou através de carta ou borderô de entrega, mediante protocolo,
ficando dessa forma cumprida a obrigação do exportador na contratação do câmbio.
De posse desses documentos o banco efetuará o pagamento a título de
adiantamento, até que o importador confirme e aceite os documentos daí o adiantamento
se transformará em efetivo pagamento.

• Câmbio Liquidado

Quando se dá o pagamento dos saques no exterior ou a liquidação do crédito


entre os bancos.

27- TRANSPORTE

O transporte de carga significa a atividade de circulação de mercadorias.


O início deu-se com a tração humana, o simples ato de o homem levar um objeto
de um lugar a outro, pelas mãos ou em suas costas.
O segundo estágio na evolução do transporte foi a utilização da tração animal.
Enquanto este processo dava-se em terra, o homem explorava também as
possibilidades do transporte aquaviário, tendo no início, como seu meio de transporte,
um simples tronco de árvore que, com o tempo foi sendo unido e amarrado para formar
o que chamamos hoje de jangada.
Este modal deixou de ser impulsionado pela força humana, através de remos, e
passaram a ser movidos pela força dos ventos, através da vela, o que permitiu a ligação
de países distantes separados por mares e oceanos. Nascia o transporte internacional.
Com a Revolução Industrial criou-se o trem e o barco a vapor.
A invenção do barco a vapor possibilitou que o transporte aquaviário
incrementasse largamente as trocas comerciais entre nações de todo o mundo.
No final do século XIX, o homem criou a indústria automobilística, que trouxe o
caminhão.
No século XX, o homem criou o avião, que possibilitou a integração definitiva
do nosso mundo.
Atualmente, temos, portanto, completo, todos os meios de transporte possíveis,
quais sejam, o rodoviário, e ferroviário, que formam o complexo terrestre; o marítimo,
fluvial e lacustre, que são o complexo aquaviário e o aéreo.
O meio de transporte mais utilizado no momento é o marítimo, sendo que os
navios cargueiros apresentam-se em várias formas, como os convencionais de carga
geral, carga frigorífica, graneleiro, tanque, minero/petroleiro, lash, roll-on roll-off,
mistos, porta-containers, entre outros.
No início, os embarques e desembarques das mercadorias eram realizados
individualmente, por unidade, e demoravam muito para serem concluídos.
O avanço no embarque de cargas deu-se com a criação do conceito de carga
unitizada, primeiramente, de forma mais rudimentar, através de amarrados, tambores,
redes, etc. e, posteriormente, através da criação de pallets, pré-lingadas e,
principalmente, pela criação do container, a grande vedete da unitização.
Através da ISO (Internacional Organization for Standardization), os containers
são padronizados e utilizados mundialmente, sendo que os portos também estão, em
menor ou maior grau, equipados para sua movimentação.
Esta padronização permitiu a construção de navios porta-containers exclusivos
ou em conjunto com outros tipos de carga (mistos).

TIPOS DE MODAIS

Aquaviários

• MARÍTIMO

O transporte marítimo é aquele utilizado por navios em mares e oceanos.


Pode ser utilizado para todos os tipos de carga e para qualquer porto do globo,
sendo o único meio de transporte que possibilita a remessa de milhares de toneladas ou
de metros cúbicos de qualquer produto de uma só vez.
O transporte marítimo é dividido em:
• navegação de longo curso – faz a ligação entre países próximos ou distantes
(navegação internacional)
• navegação de cabotagem – realiza a conexão entre os portos de um mesmo país
(navegação nacional.

Os navios podem ter os mais diversos tamanhos e características, com


capacidade para, por exemplo, 1000 ou 100.000 toneladas, e diversas finalidades, pois
podem carregar vários tipos de produtos.
A maioria das cargas como gerais, frigoríficas, automóveis, tanto soltas quanto
unitizadas, são transportadas normalmente em navios de armadores que mantém linhas
regulares de tráfego, e as commodities, como grãos, líquidos, minérios e petróleo são
geralmente transportadas em navios afretados para este fim, ou em frota própria, como
ocorre no da Petrobrás, com o petróleo.

• Fluvial

Navegação fluvial é a interna, ou seja, dá-se dentro do país e/ou continente


(típica de interligação do interior), pois é a navegação praticada em rios.
A exemplo do marítimo, também pode haver transporte de qualquer carga e com
navios de todos os tipos e tamanhos, desde que a via navegável os comporte.

• Lacustre
Navegação lacustre é aquela realizada em lagos e tem como característica a
ligação de cidades e países circunvizinhos. É um tipo de transporte bastante restrito em
face de serem poucos os lagos navegáveis.

• TERRESTRE: Rodoviário e Ferroviário

São executados nacional e internacionalmente, ligando com facilidade países


limítrofes.
Apresentam limitações em relação ao marítimo e aéreo; são utilizados entre
continentes, como ocorre na Europa e Ásia.
Pode-se transportar qualquer produto.

• AÉREO

Transporte realizado por empresas de navegação aérea, através de aeronaves de


vários tipos e tamanhos, nacional e internacionalmente.
Utiliza-se para todas as cargas, embora com limitação à quantidade e
especificação.
Pode-se atingir qualquer ponto do planeta; interessante para cargas de alto valor
ou de alta perecibilidade, ou amostras que necessitam chegar rapidamente ao seu
destino.

*** Unitização de cargas

Unitizar uma carga significa juntar vários volumes pequenos em um único


maior, com o intuito de facilitar a movimentação, armazenagem e transporte, fazendo
com que esta transferência, do ponto de origem até o seu destino final, possa ser
realizada, tratando o total de volumes envolvidos em cada unitização como apenas um
volume.

TRANSPORTE NA EXPORTAÇÃO

INTERNO

Contratado o câmbio e obtida a liberação de exportação, a empresa deve cuidar


do transporte interno da mercadoria até o local de embarque para o exterior.
Esse transporte poderá ser feito com veículos da própria empresa ou através de
transportadora.
Para esse transporte a empresa deverá considerar alguns pontos:
1. Verificar a época ideal para que a mercadoria esteja no de embarque para o
exterior.
2. Determinar a época ideal, que deve levar em conta a data para início do
carregamento do veículo, e a melhor data para se levar essa mercadoria até o local de
embarque.
É necessário que no local de embarque esteja sempre um representante da
empresa para conferir o estado geral da mercadoria e sua embalagem.

INTERNACIONAL
O exportador deve tomar as seguintes providências para contratação do
transporte internacional:
1. Tipo de transporte – marítimo, ferroviário, rodoviário ou aéreo;
2. Existência de linha regular para o país de destino;
3. A freqüência das viagens, isto é, semanal, quinzenal, mensal e sua
regularidade.
4. A rota habitualmente cumprida pelo transporte;
5. As escalas normais das viagens;
6. O tempo de duração das viagens e os eventuais atrasos a que possam estar
sujeitas;
7. A necessidade ou não de transbordo para se atingir o ponto de destino;
8. A disponibilidade de praça em função da reserva feita anteriormente.

CONTRATAÇÃO DO TRANSPORTE

Para essa contratação, denominada Reserva de Praça o exportador deverá


informar a Cia de transporte:
1. Tipo de mercadoria
2. Embalagem e dimensões
3. Número de volumes
4. Peso líquido e bruto dos volumes
5. Local de embarque e porto de destino
6. Época desejada para embarque

Com esses dados a Cia poderá reservar a praça e informar o valor do frete a ser
cobrado.

28- SEGUROS

28.1 Seguro de Mercadorias

O seguro marítimo teve seu início no século XVII, em Londres, em um café


pertencente a Edward Lloyd, onde os armadores se reuniam para trocar informações e
ter suas mercadoria e embarcações seguradas, o que transformou este centro no que é
hoje, a mais importante sociedade mundial no que se refere a assuntos de seguro, o
Lloy’s of London.
O seguro de mercadorias para os demais meios de transporte foram
desenvolvidos tendo como base o seguro marítimo.
O objetivo do seguro é dar à carga proteção contra danos ou perdas, ou seja, visa
sempre repor um dano advindo da ocorrência de um sinistro. O seguro nunca deve ter
como objetivo produzir lucros com relação ao bem segurado.
Para que exista uma operação de seguro no Comércio Exterior é necessário que
ocorram dois fatos distintos, porém interligados, quais sejam, venda ou compra de
determinada mercadoria e transporte internacional envolvido.

Seguro

É uma operação que se realiza entre duas partes, segurado e segurador,


coordenada por uma terceira parte denominada corretora.
Uma operação de seguro é um conjunto jurídico realizado entre as partes
envolvidas. O que caracteriza são as coberturas e cláusulas estabelecidas na assinatura
do contrato.

Estrutura do Sistema Nacional de Seguro Privado

Este sistema está estruturado da seguinte maneira:


• CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados): é o órgão normalizador das
operações de seguros no país
• SUSEP (Superintendência de Seguros Privados): tem por objetivo fiscalizar o
cumprimento das normas estabelecidas pelo CNSP (corretoras e seguradoras)
• IRB (Instituto de Resseguros do Brasil): regula, controla e fiscaliza as
operações de resseguro, co-seguro e retrocessão, sempre seguindo as diretrizes
emanadas do CNSP

Conceito Básico de Seguro

Segurado/Beneficiário

Segurado é o dono do bem, podendo ser uma pessoa física ou jurídica.


Beneficiário de um seguro é aquele que será indenizado num eventual sinistro
com o bem segurado.

Bem Segurado

É qualquer bem que tenha valor econômico e pelo qual o segurado tenha pago
um prêmio à seguradora para protegê-lo do risco de danos e perdas.

Risco

É algo a que o bem segurado está sujeito e que independe da vontade das partes
envolvidas.

Valor Segurado

É determinado pelo segurado e deverá sempre manter relação lógica com o seu
valor real, pois o segurador poderá exigir uma comprovação deste.

Prêmio de Seguro

É o valor pago pelo segurado à empresa seguradora, de modo a ter os seus bens
protegidos, e que cobre indenizações pagas aos segurados em caso de sinistro.

Documentos de Seguro

Apólice de Seguro

É o documento que representa o contrato de seguro realizado entre as partes


intervenientes e que tem valor jurídico.
A apólice de seguro pode ser:
• Simples ou Avulsa: é a apólice emitida para cada viagem/embarque que cobre
um risco desde o local de origem da mercadoria até o local de destino, mencionando o
momento em que tais riscos começam e findam.
• Flutuante: é aquela na qual se estabelecem apenas as condições gerais do
seguro e que é emitida para um tempo determinado, normalmente com máximo de 12
meses. Visa cobrir uma série de embarques individuais e consecutivos que vão sendo
averbados à mesma.

Certificado de Seguro

É o documento que costuma substituir a apólice de seguro. É normalmente


emitido pelas companhias seguradoras para cada embarque, quando há diversos
embarques num determinado período de tempo, cobertos por uma apólice única, que
pode ser Aberta ou Flutuante. Este documento é negociado e enviado ao importador,
juntamente com os demais documentos de exportação referentes ao embarque efetuado.
Pode-se dizer que a apólice de seguro é o “Documento-mãe”, enquanto o
certificado de seguro é o “Filhote”, estabelecendo-se um paralelo com os
Conhecimentos de Embarque.

Averbação

Constitui o documento utilizado para informe à seguradora sobre os bens a


serem segurados, em caso de utilização de uma apólice Aberta ou Flutuante, para que
possam ser considerados para efeito de cobertura.

Obrigatoriedade do Seguro no Brasil

A legislação brasileira obriga à contratação do seguro de nossas importações no


país, sendo vedada a contratação com empresas no exterior, o que significa que não
pode haver importações brasileiras na modalidade CIF, salvo raras exceções, sujeitas à
autorização do IRB.

29- EMBARQUE DA MERCADORIA

Divide-se nas seguintes fases:

29.1 Exame da Mercadoria a Exportar

É conveniente antes de se autorizar a saída da mercadoria para exportação que se


faça um exame geral do lote, com o fim de evitar qualquer deficiência ou falha.

29.2 Conferência dos Documentos

Preparados os documentos cuja execução está nas mãos da empresa, obtidos os


vistos necessários e obtidos ainda os documentos cuja emissão está a cargo de órgãos
estranhos à empresa, a coleção dos documentos de exportação deverá sofrer conferência
geral para atestar sua regularidade e providenciar complementos que se tornarem
exigíveis.
Todos os documentos devem manter uma uniformidade de informação.
29.3 Transporte para Embarque

As providências básicas que precedem e acompanham o transporte da


mercadoria, podem ser resumidos nas seguintes:
• acompanhamento do carregamento da mercadoria para se certificar de que todo
o lote foi embarcado;
• entrega, ao condutor, os documentos necessários ao trânsito da mercadoria até
o local de embarque;
• designação de elemento da empresa que se encarregará de recepcionar a
mercadoria no local de seu embarque para o exterior.

29.4 Coleção dos Documentos de Exportação

Transportada a mercadoria para o local de embarque e efetuado seu despacho


para o exterior, a empresa ficará de posse de uma série de documentos que comprovam
a saída do produto para o comprador no exterior, e que deve merecer rigorosa
conferência para comprovar a uniformidade de informações. Terminada a conferência
relativa aos documentos, caberá encaminhá-los para os destinos respectivos.

30- DESTINO DOS DOCUMENTOS

O destino dos documentos de exportação compreende as seguintes etapas:

30.1 Colecionar os Documentos

É o processo de recolhê-los nos diversos pontos onde foram produzidos, isto é,


documentos produzidos na empresa (NF, Romaneio de embarque, fatura comercial,
saque); documentos produzidos pela empresa, mas validados em outros órgãos como a
RE; documentos produzidos em outros órgãos como conhecimento de embarque,
certificado ou apólice de seguro.
Após reunir esses documentos passa-se a 2ª etapa.

30.2 Conferência dos Documentos

Uma conferência deve compreender não só o exame individual de cada papel


como também a relação que os documentos mantém entre si.

30.3 Destino dos Documentos

Os documentos originários de uma exportação devem Ter a seguinte destinação:

30.3.1 Entrega ao banco negociador do câmbio

É a entrega dos documentos ao banco que comprovam o direito às divisas contra


um país no exterior e os documentos normalmente exigidos são: conhecimento de
embarque, saque ou cambial e apólice de seguro.
O formulário utilizado para proceder a entrega pode ser o borderô (documento
do próprio banco) ou através de carta relacionados os documentos e protocolado pelo
banco.
30.3.2 Documentos para registro na empresa

Para fins de registro na empresa, os documentos de exportação irão interessar:


• a contabilidade (NF, contrato de câmbio, conhecimento de embarque,
comprovante de seguro);
• serviços fiscais (NF, extrato da RE, conhecimento de embarque);
• finanças (contrato de câmbio)
• cobrança (cópia do saque ou cambial)

30.3.3 Comprovação da efetiva exportação

Isto ocorre quando há financiamentos específicos ou que utilizaram


componentes importados sob regime de drawback.

30.3.4 Arquivo dos documentos

Um arquivo de exportação está sujeito a verificação fiscal durante 5 anos, sendo


verificado os seguintes documentos: fatura comercial, NF, RE, conhecimento de
embarque, contrato de câmbio, apólice de seguro.

31- IMPORTAÇÃO

BOAS RAZÕES PARA IMPORTAR

1. Modernização do parque industrial.


2. Custos internacionais mais baixos.
3. Insumos inexistentes no mercado interno
4. Aquisição de novas tecnologias.
5. Solução alternativa de negócios.
6. Ampliação do quadro de fornecedores.
7. Benefícios das vantagens da parceria com o MERCOSUL.
8. Aperfeiçoamento técnico e administrativo.
9. Utilização de créditos internacionais a juros baixos.
10. Utilização do drawback (importação de matéria-prima sem pagamento de tributos
para o fim de exportação).

CAMINHOS PARA O SUCESSO

1. Definir o produto a importar.


2. Descobrir fornecedores no exterior.
3. Pedir amostras do produto.
4. Identificar a existência de similar nacional.
5. Tomar conhecimento sobre a legislação fiscal, cambial e comercial.
6. Estudar o auxílio de um representante ou agente no país ou no exterior.
7. Estabelecer o total de investimento.
8. Comparar os preços da concorrência interna com os custos da importação.
9. Montar um plano de ação.
10. Diversificar fornecedores no exterior.
11. Perseguir a modernização.
12. Ser rigoroso, ético e pontual nos negócios e nos pagamentos.
O primeiro passo é registrá-la na SRF no Sistema Siscomex de Importação:
• Contrato Social e alterações;
• Cartão do CGC ou CNPJ;
• Documentos Pessoais.
Com esse sistema a empresa está apta a efetuar a importação através de senhas.

PASSOS DA IMPORTAÇÃO

01. Solicitar da empresa exportadora no exterior que envie um documento chamado


Proforma Invoice do que pretende importar;
02. Solicite que sejam enviados também catálogos, folhetos explicativos para melhor
identificar o produto junto ao SECEX e/ou SRF caso solicitem;

03. A classificação fiscal do produto à ser importado é dividida da seguinte forma:


a) em seções – onde são agrupados de forma global os produtos.
b) Em capítulos – agrupa os produtos que tenham certa identificação entre eles.
c) Em posição e sub-posição – separa os produtos identificados com semelhança
técnica.
d) Em item e subitem – detalha o produto de forma a enquadrá-lo fiscalmente para
efeito dos impostos federais (II - Imposto de Importação, IPI - Imposto de Produtos
Industrializados e ICMS - Impostos s/ Circulação de Mercadorias e Serviços).

Portanto se formos importar uma torradeira de pão, a classificação seria: - Seção


XVI, Capítulo 85, Posição 8516
• Classificação fiscal da torradeira é: 8516.72.00 – NCM – Nomenclatura Comum do
MERCOSUL – 8516.72.00.00.

04. Para os casos de LI não automática, o Siscomex analisará e emitirá um nº de


identificação e uma validade para embarque. Neste momento você estará apto a
proceder ao embarque da mercadoria no exterior.

05. Forma de Pagamento – negociou com o fabricante as condições de compra da


mercadoria, ele mencionou que o pagamento seria através de “Carta de Crédito”, à vista,
confirmada e irrevogável.

Você deve ir a um banco que opera em câmbio que tem bons relacionamentos, e
obter um limite cambial que é um crédito em US$ que o banco vai conceder baseado
nas garantias que sua empresa pode oferecer.
Com base nas informações registradas no Siscomex, o banco emite a carta de
crédito e envia ao banco do fabricante/exportador; o mesmo recebe a notificação do
Banco sobre a carta de crédito e que o valor negociado está à disposição dele e será
pago tão logo efetue o embarque da mercadoria.
Após o embarque os documentos são enviados ao seu banco aqui no Brasil e,
para que o banco entregue deverá ser pago em moeda nacional (R$), o correspondente
em dólares, mencionado na carta de crédito.
Esta operação chama-se fechamento de câmbio ou contratação do câmbio.

ATENÇÃO
Caso o fornecedor no exterior embarcar a mercadoria antes da aprovação da LI
não automática pelo Siscomex, você pagará multa de 30%, além dos impostos, quando
for liberar a mercadoria na Alfândega.

COMO RETIRO A MERCADORIA DA ALFÂNDEGA

Essa operação chama-se desembaraço aduaneiro, ou, liberação alfandegária. DI


– Declaração de Importação é o principal documento fiscal alfandegário que, após, os
pagamentos dos impostos (II e IPI), praticamente considera-se que a mercadoria está
nacionalizada, ou seja, internada em Território Brasileiro.
Principais custos na importação
• Impostos
II – Impostos de Importação;
IPI – Imposto de Produtos Industrializados;
ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (taxação conforme
cada Estado).
O fato gerador do imposto de importação é a entrada da mercadoria estrangeira
no território aduaneiro e para efeito do cálculo do imposto considerar-se-á o registro da
Declaração de Importação na repartição da Secretária da Receita Federal.

ESTIMATIVA DE UM CUSTO DE IMPORTAÇÃO

Exemplo: Produto – Torradeira de Pão


Preço no exterior – R$ 12,00 a unidade
Lote de Compra – 10.000 peças

O fabricante enviou a Pro forma mencionando que a venda seria FOB, então teremos:
Valor Total FOB = R$ 12,00 x 10.000 = R$ 120.000,00
Peso Bruto total é de 12.000 kg = 12 toneladas é o volume das mercadorias (18 m3).
Com estas informações você contata um agente marítimo.
O frete informado é de R$ 2.800,00.

Você tem o valor da mercadoria R$ 120.000,00, tem o valor do frete R$ 2.800,00, então,
falta contratar o seguro internacional. Contate um corretor de seguro, que poderá ser
ligado ao banco onde está negociando o crédito.

O prêmio de seguro (é a taxa cobrada) para esta importação, considerando o valor


segurado para a mercadoria e frete, ou seja, R$ 122.800,00, foi de R$ 614,00 (a Cia
considerou risco baixo e aplicou a taxa de 0,5%).

A classificação da torradeira de pão – 8516.72.00.00 tem o Imposto de Importação (II) =


32%. Como os impostos são calculados sobre o valor da mercadoria, do frete e do
seguro somados, sendo que a seqüência é o Imposto de Importação, teremos então o
seguinte:

Valor da Mercadoria FOB R$ 120.000,00


Frete Marítimo R$ 2.800,00
Seguro Internacional R$ 614,00
Temos o Incoterms CIF R$ 123.414,00
Imposto de Importação (II- 32%) R$ 39.492,48
Na seqüência é calculado o IPI, que a base é a somatória do CIF com II que resulta em
R$ 162.906,00 e com o IPI da torradeira é de 12%, teremos: R$ 19.548,78.

O ICMS é o último imposto a ser calculado também sobre a somatória dos outros
impostos (R$ 162.906,48 + R$ 19.548,78 = R$ 182.455,26) é nesse resultado que
vamos calcular o ICMS.
Em Santa Catarina o ICMS é de 17%, então teremos R$ 31.017,39.
Até aqui nosso custo de importação está no seguinte: R$ 213.472,65.
Mas temos outras taxas a serem consideradas para finalizar:

DESPESAS GERAIS E ALFANDEGÁRIAS

AFRMM – Adicional de frete para a Renovação da marinha Mercante. É uma taxa


federal, calculada na razão de 25% sobre o valor do frete marítimo.
SDA- Sindicato dos Despachantes Aduaneiros. É uma cobrança instituída pela classe
dos despachantes de efeito não obrigatório, mas institucionalizada como uma tarifa que
deve ser paga em todos os processos de importação. Calculada na razão de 2,2% sobre o
valor CIF, sendo que há um valor mínimo e máximo que é ajustado entre as partes
(importador e despachante).
CDA – Comissão dos Despachantes Aduaneiros. Corresponde a prestação de serviços
executados na preparação do despacho aduaneiro para liberação da mercadoria
importada. Não há um taxa pré-fixada, é um acordo entre as partes (importador e
despachante). Geralmente há uma cobrança mínima (dois salários mínimos) podendo
chegar à 1,5% do valor CIF, tudo dependerá de fatores quanto ao valor da importação,
continuidade do serviço.

DESPESAS BANCÁRIAS - Se houve abertura de carta de crédito, as taxas podem


variar de 0,5% a 3% do valor negociado para a remessa ao exterior. Se for cobrança, as
taxas poderão ser menores em torno de 1%.

DESPESAS PORTUÁRIAS E AEROPORTUÁRIAS – A mercadoria ao ser


descarregada já começa a pagar taxa de armazenagem para o primeiro período
considerado de 15 dias.

CAPATAZIA – São despesas ocorridas dentro da zona primária, ou seja, na área da


alfândega, local de fiscalização e abertura das caixas, onde ocorre todo o trâmite legal
para liberação da mercadoria. São diversas pequenas taxas, que são cobradas por uso de
equipamentos disponíveis no porto para a movimentação da mercadoria.

DESPESAS DIVERSAS – São fotocópias, impressos, despesas para emissão de


documentos extraordinários, etc.

FRETE INTERNO – Transporte do porto até o depósito do importador.

Após visto todas essas despesas, continuaremos com o cálculo:

Custo já alcançado R$ 213.472,65


AFRMM (25% s/frete R$ 2.800,00) R$ 700,00
DAS (negociamos o mínimo) R$ 250,00
Comissão despachante (negociamos) R$ 600,00
Despesas bancárias (carta de crédito) R$ 1.800,00
Despesas Portuárias (armazenagem) R$ 1.234,00
Capatazias R$ 450,00
Despesas Diversas R$ 250,00
Frete interno R$ 350,00
Custo Total Estimado R$ 219.106,65

Portanto o custo de importação de uma torradeira em nosso estoque (com ICMS e IPI
incluso) = R$ 21,91/unidade, ou seja, do valor de compra R$ 12,00/unidade, houve um
acréscimo de 83% como custo.
O fator da importação é 1,8258 x R$ 12,00 = R$ 21,91

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