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EXPERIMENTAÇÃO COM ÊNFASE CTSA NA FORMAÇÃO INICIAL

DE PROFESSORES DE QUÍMICA

Marlene Rios Melo1


Thaise Marques Reis2

Eixo temático: 6 – Educação e Ensino de Ciências Exatas e Biológicas.

RESUMO: As Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio sugerem que os


conteúdos de química sejam trabalhados através de temas envolvendo ciência, tecnologia,
sociedade e meio ambiente. Uma das formas de atender a essa expectativa é através do ensino
CTSA que está essencialmente comprometido com a formação da cidadania e o
desenvolvimento da capacidade da tomada de decisões. No entanto, os licenciandos da UFS
pouco conheciam sobre essa abordagem curricular. Para aproximá-los das abordagens
possíveis para mediar o conhecimento na sala de aula, durante a disciplina Estágio
Supervisionado III, adotamos a experimentação com ênfase CTSA, para discutir o tratamento
de água na cidade de Aracaju. Algumas dificuldades foram percebidas, principalmente no
momento da elaboração de seus próprios experimentos com essa abordagem.
Palavras chaves: ensino CTSA; experimentação; formação de professores

ABSTRACT: The National Curriculum Guidelines for Secondary Education suggest that the
chemical contents are worked through issues involving science, technology, society and
environment. One way to meet this expectation is through education that STSE. It is
essentially committed to the formation of citizenship and the development of the capacity of
decision-making. However the licensees of the UFS knew little about this curricular approach.
To approach them about possible approaches to mediate the knowledge in the classroom
during the discipline Supervised Stage III, we adopt experimentation with emphasis STSE, to
discuss the treatment of water in the city of Aracaju. Some difficulties were perceived,
especially when drawing up their own experiments with this approach.
Keywords: STSE education, experimentation, training of teachers.

1
Docente cadastrada no Núcleo de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática – NPGECIMA/UFS.
Professora Adjunta I do DQI-UFS desde 2010. Doutora em ensino de ciências e matemática pela USP; Mestre
em química inorgânica com linha de pesquisa em ensino de química pela Unicamp; licenciada e bacharel em
química pela USP. Coordenadora do GRUPEQ - Grupo de pesquisa em educação química. E-mail:
marlenemelo@terra.com.br
2
Licencianda em química pela UFS e bolsista de Iniciação científica – PIBIC (1º semestre de 2011).
Pesquisadora participante do GRUPEQ. E-mail: thaise.ufs@gmail.com

1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivos do ensino CTS
As orientações curriculares nacionais e internacionais propõem para o Ensino de
Ciências Naturais uma abordagem para os conteúdos de ciências diferente da aplicada nas
décadas de cinqüenta e setenta, onde predominou a preocupação com a formação de
especialistas em ciência e tecnologia durante a denominada ‘era do sputnik’ (VÁZQUES-
ALONSO e col. 2005), portanto esses conteúdos eram voltados para a formação de cientistas.
No entanto, o desenvolvimento de pesquisas sobre concepções alternativas, iniciada pela
apresentação em Paris da tese de doutorado de Laurence Viennot em 1979, deixou evidente
que os alunos não estavam aprendendo ciência e tecnologia de modo significativo e que os
conhecimentos adquiridos pelos alunos na escola, não se aplicavam fora da mesma.
Para atender as novas exigências sociais e educacionais surge o movimento com
pretensões de que uma nova ênfase curricular permita que professores, e conseqüentemente
alunos, consigam compreender o significado do desenvolvimento sustentável e as questões
éticas coletivas envolvidas em um mundo dependente da tecnologia. Essa perspectiva para o
ensino de ciência é chamada de perspectiva da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
(OSÓRIO, 2002):
Ciência, Tecnologia e Sociedade, CTS, corresponde ao nome que se deu a
uma linha de trabalho acadêmico e investigativo, que tem por objetivo
perguntar-se pela natureza social do conhecimento científico-
tecnológico e suas incidências nos diferentes âmbitos econômicos, sociais,
ambientais e culturais das sociedades ocidentais (principalmente).
Para Hofstein e col (1988) o ensino CTS significa integrar a compreensão que os
alunos têm do mundo natural, com o mundo artificialmente construído pelo homem e o
mundo social do seu cotidiano, melhor explicitado pela figura 1 a seguir.

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Fig. 01 - Relação entre ciência, tecnologia e sociedade (HOFSTEIN et al. 1988, p. 358)
O estudo do ambiente natural é chamado de ciência, enquanto que o estudo do
ambiente artificialmente construído é chamado de tecnologia e a compreensão do ambiente
social é chamada de sociedade. As linhas cheias representam a interpretação que o aluno faz
do ambiente construído, do ambiente natural e social. As linhas tracejadas representam o
estudo da ciência através das múltiplas relações ciência-tecnologia-sociedade e que até certo
ponto engloba ciência no ambiente tecnológico e social do estudante. Em outras palavras, a
instrução CTS aponta para ajudar o estudante a dar sentido a suas experiências cotidianas e
faz isso de maneira que apóia a tendência natural do estudante para integrar as suas
compreensões pessoais tanto do ambiente natural, quanto social e tecnológico.
Educar sob a perspectiva CTS vai além da apresentação da importância da ciência na
fundamentação das tecnologias, inclui também preparar o educando a tomar decisões e
entender os riscos envolvidos nessas tecnologias, a partir da compreensão do discurso
científico intrínseco às mesmas, preparando o aluno para compreender que vivemos em uma
Sociedade de Risco (BECK, 1999), conseqüência de uma Sociedade Industrializada (SI), e a
primeira contempla riscos distintos da segunda (LENZI, 2006, p. 133):
“Os riscos provenientes da Sociedade Industrial (SI) estavam associados à
criação e distribuição de riqueza. Encontrava-se em jogo, na SI, a luta entre
capital e trabalho pelos frutos e benefícios gerados por um sistema industrial
voltado para a criação de bens materiais e serviços. Na Sociedade de risco
(SR), ocorre um processo distinto. A principal disputa não se dá em relação
ao acesso e a distribuição desses bens, mas antes, ao poder de evitar ou
distribuir os males provindos da própria modernização..” (LENZI, 2006).
O objetivo da educação CTS está então diretamente relacionado com a capacidade de
se entender o mundo, suas múltiplas relações ciência-tecnologia-sociedade para se ter
condições de avaliar a quais riscos estamos dispostos a nos expor a partir da proposição de
uma dada tecnologia, e daí então poder agir criticamente na sociedade em que vivemos. Ou
ainda, o objetivo geral é desenvolver a capacidade de tomada de decisão, que está relacionada
com (SANTOS & SCHNETZLER, 2003, p. 68):
[...] solução de problemas da vida real que envolve aspectos sociais,
tecnológicos econômicos e políticos, o que significa preparar o indivíduo
para participar ativamente na sociedade democrática.

1.2 Os conteúdos necessários para uma educação CTS

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Aqueles que defendem um ensino CTS voltado para a formação da cidadania
consideram que o conteúdo básico desse ensino envolve dois componentes básicos, ou seja, a
informação química e os aspectos sociais, para tanto (SANTOS & SCHNETZLER, 2003):
Tais componentes precisam ser abordados de maneira integrada, o que
implica necessariamente a adoção de temas sociais. (p. 97, grifo nosso)
Bybee (1987) apresenta uma relação de temas sociais para o ensino CTS, entre eles
citamos: qualidade do ar e atmosfera; recursos hídricos; falta de energia; reatores nucleares;
recursos minerais; substâncias perigosas, etc.
Santos e Mortimer (2000) discutem que para o contexto brasileiro poderiam ser
discutidos diversos temas, entre eles: exploração mineral e desenvolvimento científico,
tecnológico e social; ocupação humana e poluição ambiental; o destino do lixo e o impacto
sobre o ambiente; desenvolvimento da agroindústria; as fontes energéticas no Brasil, seus
efeitos ambientais e seus aspectos políticos; entre outros.
A adoção de temas no ensino CTS coincide com as orientações dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002, p. 93):
Uma maneira de selecionar e organizar os conteúdos a serem ensinados são
pelos ‘temas estruturadores’, que permitem o desenvolvimento de um
conjunto de conhecimentos de forma articulada, em torno de um eixo central
com objetos de estudo, conceitos, linguagens, habilidades e procedimentos
próprios. Tomando como foco de estudo as transformações químicas que
ocorrem nos processos naturais e tecnológicos.
E ainda, as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2004) que
sugerem que os conteúdos de química sejam abordados por meio de temas sociais e situações
reais que atendam as condições e os interesses da comunidade escolar, como descrito a
seguir:
Pode-se trabalhar, por exemplo, a partir de temas como poluição, recursos
energéticos, saúde, cosméticos, plásticos, metais, lixo, química agrícola,
energia nuclear, petróleo, alimentos, medicamentos, agrotóxicos, águas,
atmosfera, solos, vidros, cerâmicas...
1.3 Abordagem dos temas sociais – Transposição didática
Como os temas sociais podem ser discutidos nas salas de aula de tal forma a resultar
em uma aprendizagem que conduza a formação da cidadania é a grande questão na formação
de professores, ser professor inclue saber transformar um saber sábio em um saber escolar
sem a deturpação desse saber, sem o uso excessivo de analogias, ou mesmo metáforas que
comprometam o conhecimento.
Para Chevallard (1991:31 apud PINHO ALVES, 2001) a transposição didática
consiste em:
um processo no qual, um conteúdo do saber que foi designado como saber a
ensinar sofre a partir daí, um conjunto de transformações adaptativas que

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vão torná-lo apto para ocupar um lugar entre os objetos de ensino. O
trabalho que transforma um objeto do saber a ensinar em um objeto de
ensino é denominado de Transposição Didática”.

A meta de qualquer professor, em formação ou atuante, é transformar um


conhecimento científico em um conteúdo didático. Os livros são incapazes por si só de efetuar
essa transformação, logo a transposição didática envolve um série de ações, efetuadas pelo
professor, para que ocorra a transformação do saber sábio, oriundo dos cientistas, em saber
ensinável.
Considerando a importância da adoção de temas no ensino CTS interessa-nos estudar
como será feita a transposição didática em sala de aula. De acordo com Ainkenhead (1994), a
forma de se planejar a instrução CTS, é explicitada pela figura 02.

Fig. 02 – A seqüência para o ensino de ciências CTS (AIKENHEAD, 1994)


A instrução CTS se inicia na região da sociedade que traz uma questão a ser analisada,
questão essa oriunda de um tema social de relevância para aquela comunidade escolar. Na
compreensão dessa questão social, normalmente, há alguma tecnologia envolvida. A análise
tanto da questão social quanto da tecnologia envolvida criam a necessidade do conhecimento
de algum conteúdo científico. As compreensões das múltiplas relações CTS fazem com que o
aluno passe a ter uma visão crítica do problema social inicialmente levantado, fazendo-o agir
socialmente na modificação e interpretação dessa questão.
Santos e Schnetzler (2003, p. 78) sintetizam a abordagem proposta na figura 2:
1. uma questão social é introduzida;
2. uma tecnologia relacionada ao tema social é analisada;
3. o conteúdo científico é definido em função do tema social e da tecnologia introduzida;
4. a tecnologia correlata é estudada em função do conteúdo apresentado;
5. a questão social original é novamente discutida.
1.4. Ensino CTS e a formação inicial de professores
É especialmente nos cursos de licenciatura para formação de professores, que as
discussões não podem mais se limitar às formas de ensinar ciências e aos experimentos mais
adequados para a assimilação de conteúdos científicos. É necessário também levar em
consideração, durante o planejamento das aulas por parte dos licenciandos, o impacto, para o

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homem contemporâneo e seus descendentes, desse conhecimento científico responsável pela
elaboração de tecnologias de produção. Impacto este que deve ser medido tanto na quantidade
quanto na qualidade dos recursos físicos da terra e no direito do cidadão à vida de qualidade,
livre de danos corporais.
Esta preocupação atinge principalmente a formação de professores, pois deles será
uma das responsabilidades maiores de modificação do ensino, com o desenvolvimento de
valores ressaltado como um dos objetivos da educação de CTS, citado por Santos e Mortimer
(2000, p. 5):
Esses valores estão vinculados aos interesses coletivos, como os de
solidariedade, de fraternidade, de consciência do compromisso social, de
reciprocidade, de respeito ao próximo e de generosidade. Tais valores são,
assim, relacionados às necessidades humanas, o que significa um
questionamento à ordem capitalista, na qual os valores econômicos se
impõem aos demais.
O movimento CTS considera centrais as múltiplas inter-relações Ciência-Tecnologia e
Sociedade e nessa perspectiva caberia ao professor de ciências a seleção de abordagem de
temáticas envolvidas com CTS, ou a proposição de questões-problemas a serem resolvidas
(MARTINS, 2000). Na perspectiva CTS o objetivo de ensino amplia sua meta da
aprendizagem dos conhecimentos científicos clássicos para integrar objetivos culturais e
práticos.
Para MORTIMER e SANTOS (2002, p. 2), a adoção da perspectiva CTS implica em
um novo modo de produção de conhecimento que tem acarretado:
[...] um aumento da responsabilidade social dos produtores de conhecimento
científico e tecnológico. Nele os diferentes profissionais se unem no
interesse comum de resolver grandes problemas, tais como a escassez ou má
distribuição dos alimentos, AIDS, etc. Isso passa a exigir do novo cientista
uma maior reflexão e, sobretudo, a capacidade de dialogar com outras áreas
para participar da análise de tais problemas sob uma perspectiva
multidisciplinar.
1.4. Dificuldades dos licenciandos em adotar a ênfase curricular CTS
A mudança para uma ênfase curricular CTS implica em compreender também as
dificuldades encontradas na implantação de um programa de ensino sobre essa perspectiva,
tais como as colocadas por Martins (2002, p. 7):
A discussão das razões que funcionam como obstáculos à implementação
mais alargada do movimento CTS nas escolas pode ser equacionada em 3
eixos: (1) os professores – sua formação, concepções e crenças, e atitudes;
(2) os programas – sua lógica interna e sua articulação longitudinal e
transversal; (3) os recursos didáticos.
Nos programas de licenciatura das instituições de ensino superior, os licenciandos
estão expostos a modelos de ensino onde há uma grande valorização da aprendizagem de
conceitos e teorias, onde as relações entre professores e alunos são dominadas pelo Discurso

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do Mestre (VILLANI & BAROLLI, 2006). Sendo assim, valorizam-se as aulas expositivas
apoiadas na transmissão do conhecimento sem participação ativa do aprendiz, acompanhadas
de avaliações focadas na resolução de exercícios quantitativos e raramente estimulando
discussões qualitativas de temas abertos e interdisciplinares.
Como os licenciandos conviveram durante toda sua formação com esse tipo de modelo
de ensino, é difícil fazê-los mudar quando se tornam professores atuantes em escolas de
ensino médio. Assim, ele tende a aplicar o que ele vivenciou, sentindo-se seguro em
reproduzir o conhecido. Obstáculos desse tipo, referentes às práticas de ensino das ciências
em Instituições de Ensino Superior em Portugal, também são apontadas (MARTINS, 2002,
pp. 7-8):
[...] é plausível admitir que elas (as práticas de ensino) são
predominantemente de índole transmissiva, valorizando o conhecimento de
conceitos, leis e teorias, onde predomina a resolução de exercícios de
acentuado cariz quantitativo, por oposição à interpretação qualitativa de
situações-problemas abertas. Assim, não é legítimo admitir que os jovens
professores ao chegarem às escolas se sintam confortáveis e com coragem
para fazer de forma diferente daquela que viram fazer.
A incorporação da dimensão ambiental ao enfoque pedagógico-didático ciência
tecnologia e sociedade, deveu-se a importância da inclusão do tratamento dos problemas
sócio-ambientais. No enfoque CTSA (SOLBES e col. 2004) o professor de ciências é
(PÉREZ, 2007, pp. 1-2):
[...] profissional crítico comprometido com o estudo social da ciência, capaz
de construir estratégias pedagógicas e didáticas alternativas que promovam
nos estudantes a responsabilidade na tomada de decisões como futuro
cidadão.
Martins (2002, p. 9) também coloca a dificuldade dos futuros professores e professores
atuantes em discutir temas com abordagem CTS quando sua formação é limitada à sua área de
atuação:
Faltam disciplinas de espectro largo que permitam aos futuros professores
compreender como diferentes saberes podem contribuir para a interpretação
de temas de relevância social. Por exemplo, como aceitar que um professor
de Química não estude alguma Biologia [...]
Com relação aos obstáculos apresentados pelos professores no sentido de uma
formação multidisciplinar, Ricardo (2007) salienta que uma educação CTSA implica em uma
reorientação das práticas docentes, já que estas estão contaminadas por suas histórias de vida,
com características individuais e sociais. No entanto, em função das dificuldades de alguns
professores em questionar e refletir sua prática, a mudança se torna algo difícil de ser atingida.
Além disso, a ação da mídia de massa, como a televisão e em menor escala o jornal, na
discussão de temas envolvendo ciência e tecnologia, não tem estimulado uma visão crítica

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sobre a ação da ciência e da tecnologia na sociedade. Quando essa discussão ocorre, na
maioria das vezes, é feita através do enaltecimento das produções tecnológicas sem um
tratamento dos riscos envolvidos nessas aplicações (BAZZO & VALÉRIO, 2006, p. 7):
[...] em instrumentos de comunicação de massa, como é o caso da televisão,
o que se tem é uma noção bastante simplificada da prática
científica/tecnológica. Na maioria dos casos, os temas em C&T são tratados
de maneira bastante descontextualizada e pouco reflexiva, fazendo
perdurar a ultrapassada concepção de superestima e otimismo cego na
C&T. (grifo nosso)
A falta de material didático com abordagem CTS é uma das principais reclamações
(MEMBIELA, 1997), tanto dos professores atuantes quanto dos licenciandos, já que poucos
professores têm condições de elaborar seu próprio material, seja pela formação limitada ou
pela ausência de tempo causada pela extensa carga de trabalho.
Sabemos, no entanto, que um currículo de química com abordagem CTS envolve
muito mais que a disponibilidade de materiais didáticos comprometidos com essa proposta.
Faz-se necessário formar professores capazes de utilizá-los e, portanto dotados de visão
multidisciplinar do corpo teórico específico de sua área de atuação e com condições de adotar
um modelo de ensino diferente do vivenciado por ele durante toda a sua vida escolar. Isso o
tornaria capacitado a reorganizar programas de ensino de ciências para que a abordagem CTS
vá além das ilustrações do cotidiano e rumo à conscientização política, comprometida com a
formação da cidadania. Para Mortimer e Santos (2002, pp. 17-18):
[...] as mudanças a serem efetivadas são muito mais profundas do que a mera
adoção de temas. Os princípios diferenciadores são: a preocupação com a
formação de atitudes e valores em contraposição ao ensino memorístico de
pseudopreparação para o vestibular; a abordagem temática em contraposição
aos extensos programas de ciências alheios ao cotidiano do aluno; o ensino
que leve o aluno a participar em contraposição ao ensino passivo, imposto
sem que haja espaço para a sua voz e suas aspirações. Enfim, uma reforma
curricular de CTS implica mudanças de concepções do papel da educação e
do ensino de ciências.

2. PROBLEMATIZAÇÃO
Um ponto a ser questionado é como seria uma abordagem experimental com ênfase
CTSA? De que forma mediar um experimento envolvendo as múltiplas relações CTSA de tal
forma a fugir da forma tradicional de discussão experimental ‘receita de bolo’? Como seria
uma abordagem experimental levando em consideração o objetivo da educação CTSA, ou seja,
a capacidade de tomada de decisão e da formação da cidadania, trabalhar com temas sociais de
tal forma que o professor formador seja orientador e os licenciandos o centro do processo de
aprendizagem como requer as orientações construtivistas? De que forma levantar os

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conhecimentos prévios dos alunos sobre um determinado tema social e os estimulá-los a
ampliar seus conhecimentos de forma a resultar na formação de professores com uma visão
diferente da transmissão/recepção, característica do ensino tradicional, e de um currículo
voltado para a formação do cientista, com estrutura conceitual e fragmentada?

3. METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1. Objetivo de Pesquisa
Mediar um experimento com abordagem CTSA sobre tema de relevância para a
comunidade na qual os licenciandos vivem, propiciando discussões de questões sócio
ambientais sendo estas relacionadas com o conhecimento científico-tecnológico, minimizando
concepções alternativas, e ainda, resultar em uma compreensão menos salvacionista (AULER
& DELIZOICOV, 2006; MIRANDA & FREITAS, 2008) da ciência, discutir sobre formas de
abordagens de conceitos químicos diferentes das vivenciadas pelos licenciandos durante sua
vida escolar, assim como levantar as principais dificuldades.
3.2. Sujeitos de Pesquisa
Licenciandos matriculados na disciplina Estágio supervisionado III e a professora
formadora.
3.3. Desenvolvimento da pesquisa
Apoiamo-nos na concepção construtivista para mediar, ou ainda transpor didaticamente
(CHEVALLARD, 1991) nosso experimento, essa concepção deve ser assumida pelos futuros
professores para que estes a adotem nas relações de ensino e aprendizagem, pois como afirma
Pinho Alves, 2009 (p. 2):
Será indispensável que a concepção construtivista sobre a produção de
Ciência seja assumida pelos responsáveis pela Transposição Didática
correspondente e que também haja a adoção da mesma concepção para o
processo de ensino-aprendizagem. Estas duas condições devem ser
satisfeitas, pois, caso contrário se estabelecerá uma situação de conflito
epistemológico, não oferecendo condições para que se realize uma
Transposição Didática adequada aos objetivos de introduzir o laboratório
didático no processo de ensino, na condição de elemento mediador para
ensinar os conteúdos... e não mais o método experimental.

Para Santos e Schnetzler (2003) a orientação metodológica apoiada nos princípios


construtivistas é coerente com os objetivos da educação CTSA, pois a capacidade de tomada
de decisão está associada a uma participação critica e ativa na solução de problemas da
comunidade a qual pertencem e essas condições contemplam a visão construtivista de ensino.
E ainda, essa orientação metodológica leva em consideração os conhecimentos prévios dos

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alunos, e estes serão acessados através da explicitação da opinião e visões do aluno sobre o
tema sócio-ambiental por ela relevado.
As razões pelas quais adotamos a experimentação para discutir a abordagem CTSA
para os conteúdos químicos estão apoiadas no que Tamir (1991) considerou cinco justificativas
para a inserção da experimentação nas aulas de ciências, essas justificativas foram adequadas
ao nosso contexto de ensino como sendo:
1) as experiências práticas propiciam a indução de mudanças conceituais;
2) o ensino experimental na perspectiva construtivista estimula a participação do aluno, através
de questionamentos, em um processo de investigação de problemas que lhe dizem respeito,
problemas encontrados em seu contexto diário, no nosso caso questões sócio-ambientais
levantadas pelos licenciandos, questões pelas quais sentem interesse em entender;
3) o experimental permite o desenvolvimento de habilidades e estratégias, no nosso caso de
ensino com abordagem CTSA.
4) cria condições para que identifiquemos, minimizemos concepções alternativas dos alunos,
no nosso caso tanto no que diz respeito a conceitos químicos, como concepções sobre a
abordagem curricular CTSA.
5) os estudantes se sentem motivados a trabalhar com experimentos, no caso da química essa é
sempre uma das razões para justificar a atividade experimental, tanto por parte dos professores
como por parte dos alunos.
Necessitamos ainda ressaltar que a abordagem experimental por nós proposta não está
voltada para a formação de cientistas como ocorreu nas décadas de sessenta/setenta, mas para a
formação da cidadania e isso ocorre através da contextualização do tema social através do
experimento.
3.4. Coleta e Análise dos dados
Exemplificaremos como foi feita a abordagem experimental CTSA, levando em
consideração o citado por Santos e Schnetzler (2003, p. 78) na interpretação da figura 2:
1. uma questão sócio-ambiental foi introduzida – os alunos levantaram como questão
relevante o tratamento de água tanto na cidade de Aracaju, como em cidades próximas à
Aracaju, já que se mostraram insatisfeitos com a qualidade da água que recebiam em suas
casas e principalmente na Universidade. Discutimos também as implicações da utilização de
fossas septicas pela maioria dos moradores da região na qualidade da água dos rios, mar e
lençois freáticos.
2. uma tecnologia relacionado ao tema social é analisada – iniciamos essa etapa através do
levantamento de quais as formas de tratamento de água caseiro que os licenciandos

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conheciam. Citou-se a utilização de diferentes filtros, discutimos então a função de cada parte
da vela do filtro, aqueles que continham uma camada de argila externa com carvão ativado,
outras velas que além do carvão ativado continham um colóide de prata, chegamos a
conclusão que primeiro ocorria uma filtração seguida da retirada de odores pelo carvão
ativado, já que alguns alunos afirmaram sobre a importância da utilização de carvão para
retirada de odores em geladeiras, por exemplo. E por último, discutimos a importância do
colóide de prata como bactericida e a relação dessa função com o seu potencial de redução.
Discutimos também como é feito tratamento de água de piscinas, o que eles sabiam a respeito,
as substâncias utilizadas e a função de cada uma, tentamos então relacionar a escolha dessas
substâncias para exercer funções como clarificadores e desinfectantes com produto de
solubilidade de alguns hidróxidos e potencial de redução de outros. Percebemos a dificuldade
de relacionar conceitos químicos já estudados na solução e compreensão das propostas
discutidas, ou seja, o aluno conhece o conceito de solubilidade, mas não entende como este
pode estar relacionado com tratamento de água.
Os licenciandos foram convidados a pesquisar estações de tratamento de água nos sites
oficiais da empresas que tratavam água em São Paulo (SABESP) e em Sergipe (DESO), lá
encontraram as principais etapas do tratamento de água, claramente descrito no site da
Sabesp, no entanto o mesmo não foi relatado em relação ao site DESO. Convidamos um
bacharel e mestrando em química da UFS que trabalhava na Deso para nos explicar a forma
de tratamento de água, e este nos esclareceu que três etapas essenciais eram utilizadas, a
filtração grosseira, seguida da adição de cal e sulfato de alumínio ou sulfato de ferro III, para
ocorrer a coagulação, seguida de decantação, nova filtração com filtro formado de camada de
cascalho, areia e carvão e por último a etapa de desinfecção utilizando cloro e flúor.
Questionamos quando se utilizava o sulfato de alumínio como coagulante e quando se
utilizava sulfato de ferro III, este mestrando nos informou que estava associado à quantidade
de matéria orgânica existente. Discutimos também sobre os rios provedores de água quais
eram os mais poluídos, assim como os problemas enfrentados no tratamento de água da
região. Por fim, sistematizamos as principais etapas do tratamento de água.
3. o conteúdo científico é definido em função do tema social e da tecnologia introduzida –
definimos então quais conteúdos cientificos estavam relacionados com o tratamento de água
caseiro e de águas de piscinas e se esses eram os mesmos utilizados pelas empresas que
tratavam água tanto em São Paulo, quanto em Sergipe. E ainda, quais fatores interferem na
tomada de decisão sobre reagentes e sistema de tratamento de água, tais como,
posicionamento dos governantes em relação à questão, posicionamento da população em

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relação a qualidade da água e, fundamentalmente, o que a população deveria saber
científicamente sobre o tratamento de água que auxiliasse na formação da cidadania e tomada
de decisão em relação ao tema.
4. a tecnologia correspondente é estudada em função do conteúdo apresentado – tinhamos
então duas formas de tratamento de água, uma utilizando sulfato de alumínio e outra sulfato
de ferro III em meio basificado por cal, discutimos então quais os riscos envolvidos em cada
uma dessas tecnologias, percebendo então que não há tecnologia que não resulte em impactos
ambientais, e a importância da alfabetização científica utilizando problemas contextualizados,
está no poder de decisão e participação social em problemas que dizem respeito à
comunidade. No entanto, essa partiticipação só é possível através do conhecimento da ciência
e da tecnologia envolvida na questão sócio-ambiental, assim como suas multiplas inter-
relações com a sociedade e o ambiente. Os alunos foram então convidados, a partir da
discussão e compreensão das principais etapas de tratamento de água (filtragem grosseira,
coagulação, decantação, filtração, cloração e fluoretação), a elaborarem um experimento
didático e formas de mediá-lo, utilizando materiais de fácil acesso, tais como, garrafa pet com
camada de cascalho, areia e carvão, para simular um tanque de filtragem (MELO, 2007),
substâncias encontradas em lojas que trabalhassem com tratamento de água de piscina para
adquirir os coagulantes, e finalmente nos postos de saúde a busca por cloro, distribuído
principalmente no interior de Sergipe, para a cloração da água.
5. a questão social original é novamente discutida – os licenciandos trouxeram suas
propostas e tinhamos como intenção discutir experimentos que contemplassem as duas formas
de tratamento de água no estado de sergipe, que se resumia na mudança do coagulante, hora
sulfato de alumínio em meio básico, hora sulfato de ferro três em meio basificado por cal. A
partir dai iríamos discutir formas de mediar esses experimentos em sala de aula, levando em
consideração uma abordagem construtivista que considera as concepções dos alunos como
ponto de partida e contexto histórico social dos mesmos. Em seguida, mediar discussões sobre
os riscos inerentes a qualquer tecnologia, especificamente a comparação entre os riscos
envolvidos na utilização de tratamento de água com sulfato de alumínio ou sulfato de ferro III
ambos em meio básico e utilizados como coagulantes.

4. Resultados e Considerações Finais:


As propostas apresentadas pelos licenciandos contemplavam experimentos retirados
de livros, internet e que não utilizavam abordagens construtivistas para a discussão
experimental, nem tão pouco substâncias de fácil acesso e de uso comum. Os conteúdos

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científicos necessários para a mediação em sala de aula estavam separados da discussão
experimental. Através da transcrição das discussões percebemos que os licenciandos
apresentaram dificuldades em:
• desenvolver autonomia para elaboração de experimentos, acostumaram-se com
experimentos prontos onde as quantidades de reagentes são claramente especificadas,
não se sentindo preparados para experimentar idéias, criar hipóteses, propiciar o erro
para a formulação de novas hipóteses, até chegar em um experimento que
considerassem interessante, com múltiplos caminhos a serem percorridos para a
aprendizagem de conceitos químicos acompanhados da formação cidadã.
• mediar o conceito a partir do experimento, já que estão habituados a serem
apresentados à teoria antes da experimentação (visão empírico/indutivista), o caminho
inverso, ou seja aprender a teoria a partir da experimentação (hipotético/dedutivista),
lhes parece muito difícil.
• Relacionar o conceito químico com a questão sócio ambiental de maneira contínua e
não fragmentada, ou seja, os licenciandos estavam habituados a aprender os conceitos
químicos sem considerar as inter-relações com ciência, tecnologia, sociedade e meio
ambiente.
• Influenciar nas decisões CT através da educação cidadã, não se sentem instruídos o
suficiente para propiciar a tomada de decisão por parte dos alunos, até porque eles
mesmos não praticam isso.
• definir temas sócio-ambientais relacionados a ciência e tecnologia, já que tinham uma
visão salvacionistas de C e T, portanto a concepção de Sociedade de Risco não fez
parte da sua formação escolar, nem tão pouco de vida.
Os principais avanços admitidos pelos licenciandos foram:
• Reconhecer que a forma como abordamos a discussão sobre tratamento de água é
eficiente na aprendizagem dos conceitos químicos e os fez compreender as múltiplas
relações ciência-tecnologia-sociedade-ambiente.
• Compreender como mediar um experimento com ênfase CTSA com abordagem
construtivista, embora não tenha sido suficiente para torná-los autônomos para
elaborar seus próprios experimentos.
Propostas futuras:

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• Iniciar levantando quais são as concepções desses licenciandos sobre C, T e S e suas
múltiplas inter-relações através de discussões de problemáticas que lhe dizem respeito,
mas que não tinham pensado sobre elas.
• Utilizar as concepções sobre CTS e suas múltiplas inter-relações para gerar conflitos
em algumas situações reais. Solicitar de maneira mais persistente a participação dos
licenciandos na elaboração de experimentos, utilizando a criatividade, o ‘erro’,
caminhos alternativos para percorrer a experimentação, sempre através de materiais
escritos com posterior apresentação oral.

6. REFERÊNCIAS
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