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MANUAL TEÓRICO PRÁTICO

DE
CITOPATOLOGIA

PROFESSOR MSc EDIBERTO NUNES


BELÉM – PARÁ

AGOSTO - 2017

1
ÍNDICE

1 - CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 03


2 - EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO TRATO GENITAL FEMININO 07
3 - CÉLULAS E ARTEFATOS ENCONTRADOS NO ESFREGAÇO DO TGF 13
4 - DIAGNÓSTICO DESCRITIVO EM CITOPATOLOGIA 17
5 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DO TRATO GENITAL FEMININO 19
5.1 - LESÃO CELULAR 19
5.2 - CRITÉRIOS CITOLÓGICOS EM PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 22
5.3 - AGENTES POTENCIALMENTE CAUSADORES DE INFLAMAÇÃO NO TGF 27
6 - ASPECTOS CLÍNICOS LABORATORIAIS DO PAPILOMAVIRUS HUMANO 38
7 - ESTUDO DAS LESÕES PRÉ-MALIGNAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS 46
8 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS 55
9 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ENDOCERVICAIS 63
10 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ENDOMETRIAIS 68
- LITERATURA CONSULTADA E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO UTILIZADO 71

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1 - CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO
 CONCEITO
Estuda as estruturas e as funções celulares, analisando as diversas formas morfológicas
assumidas frente às condições fisiológicas e patológicas.

 HISTÓRICO
 Advento do Miscroscópio Óptico Comum ou de Luz no século XVIII.
 Atlas de Donné: 1845.
 Rubin: 1910.
 Kermuner: 1912 - lesão cancerosa.
 Papanicolaou (Dr George Nikolaou Papanikolaou): 1928 - lesão cancerosa.
 Mac Farlane 1938: 1º ambulatório visando diagnóstico precoce do câncer ginecológico no
mundo.
 NO BRASIL
 Arnaldo de Moraes:1948 - fundador do 1º ambulatório de citologia e colposcopia no Brasil –
UFRJ.
 Grimaldo Carvalho: 1960 - um eterno defensor da citologia esfoliativa no Brasil e no exterior.

 SÍNTESE DA ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO TRATO GENITAL


FEMININO
 Vulva.
 Vagina.
 Colo Uterino.
 Útero.
 Trompas de Falópio.
 Ovários.

Fonte: The Ciba Collction Of


Medical Illustrations. Frank H.
Netter M. D.

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 COLETA DE MATERIAL CITOLÓGICO DO TRATO GENITAL FEMININO
 Importância: coletar as células representativas da parede vaginal, fundo do saco vaginal e
colo uterino (ectocevix e endocervix).
 Cuidados especiais antes e durante a coleta: a paciente deve receber orientações
oportunas para não comprometer a qualidade da coleta da amostra.
 Dados clínicos: preenchimento da ficha com os dados da mesma.

 TIPOS DE COLETAS CITOLÓGICAS DO TRATO GENITAL FEMININO


 Parede vaginal.
 Fundo de saco vaginal.
 Ectocervix-endocervix (colo uterino).
 Em base líquida.
 Endométrio.

Legenda: Colo uterino normal.

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 MATERIAL UTILIZADO NA COLETA CERVICO-VAGINAL
 Especulo vaginal.
 Espátula de Ayres.
 Escova cervical.
 Swab.
 Lâmina de vidro de extremidade fosca.
 Porta lâmina.
 Pinças Cherron.
 Compressa de gaze.
 Algodão.
 Fixador (álcool à 92º)

 ESFREGAÇO CITOLÓGICO
 Padrão – aceitável.
 Fino.
 Espesso.
 Hemorrágico.

Legenda: Modo de espalhamento das


células coletadas das regiões: vaginal,
cervical e endocervical.

 FIXAÇÃO DE MATERIAL CITOLÓGICO


 Função: insolubiliza as proteínas celulares, evitando a autólise pelas suas próprias enzimas ou
bactérias.
 TIPOS DE FIXADORES
 Álcool a 96%.
 Álcool - éter (50/50).
 Álcool isopropílico + polietileno glicol (spray).
 TEMPO DE FIXAÇÃO: no mínimo 20 (vinte) minutos e no máximo 7 (sete) dias.

Legenda: Maneira correta de fixar


material citológico. (20 – 30 cm a
distância entre o frasco fixador e o
material).

5
 COLORAÇÃO DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO
 MÉTODOS
 Papanicolaou.
 Shorr.
 Automático.
 MATERIAIS UTILIZADOS PARA A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU
 Corantes: hematoxilina de Harris, EA 36 e orange “G”.
 HCl à 0,5%.
 Água potável.
 Álcool etílico.
 Xilol P.A.
 Suporte para lâminas.
 TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU
 FASE DE HIDRATAÇÃO.
 FASE DE DESIDRATAÇÃO.
1) As lâminas são colocadas em uma cestinha, e esta para uma cuba com ÁGUA POTÁVEL
CORRENTE (3 MINUTOS).
2) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÀGUA DESTILADA (MEGULHAR 10 VEZES).
3) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de HEMATOXILINA, tempo conforme o potencial do
corante (3 MINUTOS).
OBS: a HEMATOXILINA tem que ser FILTRADA todos os dias, quanto for usada.
4) Escorrer a cestinha e coloca – lá novamente na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE
(MERGULHAR 10 VEZES).
5) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁCIDO CLORÍDRICO À 0,5 %
(MERGULHAR RAPIDAMENTE 2 VEZES).
6) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE (3 MINUTOS).
7) Escorrer a cestinha e coloca – lá em uma cuba com ÁLCOOL AMONIACAL (MERGULHAR 10
VEZES).
8) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
9) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO: (MERGULHAR 10
VEZES).
10) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ORANGE “G” (3 MINUTOS).
11) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
12) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
13) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com “EA” (3 MINUTOS).
14) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
15) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
16) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES).
17) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES).
OBS: evitar contaminação dos corantes, deixando as cubas tampadas mesmo durante a
coloração, destampando-as individualmente.

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 MONTAGEM DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO
 TIPOS DE MONTAGENS: permanente.
 MATERIAIS UTILIZADOS NAS MONTAGENS: Entellan e Mercoglass.
 LEITURA DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO: a leitura deve ser realizada em toda a extensão
da lâmina e em quantas lâminas forem coletadas.

2 - EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO TRATO GENITAL FEMININO


 EPITÉLIO ESCAMOSO ESTRATIFICADO NÃO QUERATINIZADO
 ORIGEM: endoderma.
 FUNÇÃO: revestimento, proteção e lubrificação.
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: células escamosas distribuídas em camadas.
 CAMADA DE CÉLULAS BASAIS
 CÉLULAS BASAIS: raramente encontradas no esfregaço citológico e são as menores
células do epitélio escamoso (12 - 16 micras).
 CITOPLASMA: cora - se em cianófilo (azul).
 NÚCLEO: relativamente grande, forma arredondada ou oval, localização levemente
excêntrica e com padrão cromatínico finamente granular.

Legenda: Célula Basal corada pela


coloração de Papanicolaou.

 CAMADA DE CÉLULAS PARABASAIS


 CÉLULAS PARABASAIS: são distintamente maiores que as células basais (16 - 20
micras).
 CITOPLASMA: tem um grau maior de transparência e cora menos intensamente que as
células basais (cianófilo).
 NÚCLEO: forma redonda ou oval, localização levemente excêntrica, cromatina é finamente
granular com cromocentros ocasionais.

Legenda: Célula Parabasal corada pela


coloração de Papanicolaou.

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 CAMADA DE CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS
 CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS: são maiores que as células parabasais (20 - 36 micras).
 CITOPLASMA: forma poligonal, cora em cianófilo claro, translúcido e margens celulares
delimitadas.
 NÚCLEO: vesicular, localização central, padrão cromatínico finamente granular,
uniformemente distribuída e com cromocentros.

A B
Legenda: A) Célula Intermediária (aumento de 400X) e B) Células intermediárias (aumento de 100X).

 CAMADA DE CÉLULAS SUPERFICIAIS


 CÉLULAS SUPERFICIAIS: são as células maduras do epitélio escamoso, tamanho cerca
de 32 - 45 micras de diâmetro.
 CITOPLASMA: forma poligonal, cor levemente cianófilo ou eosinófilo (rosa), brilhante,
translúcido e as margens são proeminentes.
 NÚCLEO: picnótico (cerca de 6 micras), padrão cromatínico granular uniformemente
distribuído e condensado.

A B

Legenda: A) Células Superficiais Eosinofílicas e B) Células Superficiais Cianofílicas (coradas pela coloração de
Papanicolaou).

 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DA ENDOCEVIX


 EPITÉLIO CILÍNDRICO ENDOCERVICAL (GLANDULAR)
 FUNÇÃO: proteção e lubrificação.
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: há dois tipos celulares (ciliada e secretora).
 CÉLULAS ENDOCERVICAIS CILIADAS
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 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e é ocasionalmente vacuolizado, placa
terminal e cílios são frequentemente observados.
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. Ocasionalmente os nucléolos são
visíveis.
 CÉLULAS ENDOCERVICAIS SECRETORAS (MUCIPARAS)
 CITOPLASMA: cora em lavanda ou cianófilo claro, vacuolizado ou granulado e vacúolos
secretórios de vários tamanho.
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. Ocasionalmente os nucléolos
são visíveis.

A B

Legenda: A) Células Endocervicais Ciliadas (placa terminal) e B) Células Endocervicais Secretoras (coradas pela
coloração de Papanicolaou).

 ARRANJO CELULAR ENDOCERVICAL


 Formação Favo de Mel.
 Formação Paliçada.
 Formação Isolada.

A B

Legenda: A) Células Endocervicais Secretoras em formação de Favo de Mel e B) Células Endocervicais Secretoras
em Formação Paliçada (coradas pela coloração de Papanicolaou).

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Legenda: Células Endocervicais Ciliadas
isoladas e uma célula Intermediária. (coradas
pela coloração de Papanicolaou).

 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO ÚTERO


 EPITÉLIO CILINDRÍCO ENDOMETRIAL (GLANDULAR)
 FUNÇÃO: proteção, secreção e nutrição.
 CONSTITUIÇÃO citológica: dois tipos celulares (ciliada e secretora).
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS CILIADAS
 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e ocasionalmente vacuolizado. Placa
terminal e cílios são frequentemente observados.
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros.

 CÉLULAS ENDOMETRIAIS SECRETORAS (MUCIPARAS)


 CITOPLASMA: cora em cianófilofinamente vacuolizado e sem margens celulares nítidas.
 NÚCLEO: redondo ou oval, localização basal. Padrão de cromatina regularmente
distribuída, finamente granular e podendo mostrar cromocentros.
 OBS: normalmente são observadas no esfregaço citológico somente até o dia 10º - 12º
dia do ciclo menstrual.

Legenda: Células Endometriais observadas


durante a coleta de fundo de saco vaginal
no 8º dia após a menstruação. (coradas
pela coloração de Papanicolaou).

 JUNÇÃO ESCAMO – COLUNAR (JEC)


 ORIGEM HISTOLÓGICA: endoderma (células de reserva).
 LOCALIZAÇÃO: depende da idade da paciente, condição de saúde e uso hormonal.

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 IMPORTÂNCIA: 95% dos casos de câncer ginecológico são observados na JEC. A coleta
obrigatoriamente deve obter células deste local.

Legenda: A) JEC do tipo Entropia


(observada durante a menopausa),
B) JEC do tipo Normotropia
(observada na fase reprodutiva em
mulhes hígidas) e C) JEC do tipo
Ectropia (observada em condição
patológica e em mulheres durante a
fase da pré-menarca normalmente).

A B C

Legenda: Colposcopia (aumento de


10X) mostrando a JEC em uma
paciente hígida.

 CÉLULAS DE REPARO
 CITOPLASMA: cora em cianófilo com margens nítidas e disposição em lençol.
 NÚCLEO: oval ou redondo, padrão de cromatina granular fino e uniforme, com
cromocentros, macronucléolo único e proeminente.
 CARACTERÍSTICA GERAL DE PROCESSO REPARATIVO
 Falta de diátese tumoral.
 Ausência de células isoladas.
 Falta de padrão de cromatina grosseira.
 Ausência de organização sincicial com perda de polaridade.

 METAPLASIA ESCAMOSA
 CONCEITO: transformação celular com objetivo reparativo ou protetivo.
 TIPOS CELULARES:
 MATURAS: células metaplásicas grandes e poligonais que irão originar as células
intermediárias e superficiais.
 IMATURAS: células metaplásicas pequenas e arredondadas que irão originar as células
basais e parabasais.
 ORIGEM HISTOLÓGICA: endoderma (células de reserva).
 IMPORTÂNCIA: proteção contra possíveis lesões celulares na JEC.
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A B

Legenda: A) Células Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos proeminentes e B) Células
Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos pouco proeminentes.

A B

Legenda: A) Células Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos proeminentes e B) Células
Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos pouco proeminentes (acima várias células
intermediárias e superficiais).

Fonte: Oncologia Ginecológica. C. Thomas Griffiths.

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Fonte: The Ciba Collection Of
Medical Illustrations. Frank H.
Netter M. D.
Legenda: JEC envolvidas em
lesões malignas.

3 - CÉLULAS E ARTEFATOS ENCONTRADOS EM ESFREGAÇO


CITOLÓGICO DO TRATO GENITAL FEMININO
 TIPOS CELULARES
 POLIMORFONUCLEARES DO TIPO NEUTRÓFILOS
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro.
 FUNÇÃO: destruição de agentes bacterianos.
 ORIGEM: sangue.
 POLIMORFONUCLEARES DO TIPO EOSINÓFILOS
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro.
 FUNÇÃO: processos inflamatórios e alérgicos.
 ORIGEM: sangue.

A B

Legenda: A) Polimorfonucleares do tipo Neutrófilos (eritrócitos) e B) Polimorfonucleares do tipo Eosinófilos,


neutrófilos e eritrócitos (corados pelo método de Papanicolaou).

 LINFÓCITOS
 TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro.
 FUNÇÃO: imunidade celular e humoral.
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 ORIGEM: sangue.
 PLASMÓCITOS
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro.
 FUNÇÃO: imunidade humoral.
 ORIGEM: sangue.
 ERITRÓCITOS
 TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro.
 ORIGEM: sangue.
 IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA: sangramento com lesão celular.

A B

Legenda: A) Linfócitos e B) Plasmócitos.

Legenda: Eritrócitos e células intermediárias em


esfregaço citológico com lesão inflamatória
acentuada. (corados pelo método de
Papanicolaou).

 CÉLULAS DA MUSCULATURA LISA


 ORIGEM: erosão provocada durante a coleta, lesão maligna ou processo inflamatório
grave.
 MACRÓFAGOS
 TAMANHO: cerca de 12 - 40 micras de diâmetro.
 CITOPLASMA: cianófilo ou acidófilo, vacuolizado e de forma redonda ou oval.
 NÚCLEO: forma variada e localização excêntrica. Multinucleação frequente.
 ORIGEM: sangue.
 FUNÇÃO: fagocitose, remoção de células mortas.

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 OBS: importante fazer diferenciação com células endocervicais.

A B

Legenda: A) Macrófagos mono e binucleados e B) Macrófagos mono – binucleados e polimorfonuclear neutrófilo.

 FORMAÇÃO SINCICIAL
 TAMANHO: variável, pode chegar até 80 micras de diâmetro.
 CITOPLASMA: cianófilo ou acidófilo, vacuolizado ou não e geralmente células fagocitadas
no seu interior.
 NÚCLEO: forma, quantidade variada e localização central.
 FUNÇÃO: fagocitose.
 ORIGEM: sangue.
 OBS: não confundir com células malignas e células citotrofoblásticas.

Legenda: Formação Sincicial.

 BACILOS DODERLEIN (LACTOBACILOS)


 FUNÇÃO: manutenção do pH vaginal.
 ORIGEM: flora normal da vagina.
 OBS: não confundir com Leptothrix vaginales.

 ÓVULO HUMANO: raro a observação do esfregaço citológico vaginal.

 ESPERMATOZÓIDE

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 ORIGEM: sêmem.
 OBS: não deve ser registrado no laudo citológico.

A B

Legenda: A) Bacilos de Doderlein e núcleos de células intermediárias desnudos (citólise) e B) Espermatozóides.

 ARTEFATOS
 MUCO CERVICAL
 FORMA: variada, depende da ação hormonal.
 COR: esbranquiçado ou levemente acinzentado.
 CONSTITUIÇÃO QUÍMICA: água, cloreto de sódio e proteína.
 IMPORTÂNCIA: defesa, impedindo a entrada de microrganismos e também dos
espermatozóides no ambiente vaginal.

A B

Legenda: A) Muco cervical denso e filamentoso (paciente menopausada) e B) Muco cervical após período fértil (18º
dia do ciclo menstrual).

 CISTOS DE PROTOZOÁRIOS
 OVOS E LARVAS DE HELMINTOS
 CONTAMINANTES
 Talco.

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 Cremes.
 Fibra de algodão.
 Grãos de pólen.
 Fungo do ambiente.
4 - DIAGNÓSTICO DESCRITIVO EM CITOPATOLOGIA

 CLASSIFICAÇÃO DE PAPANICOLAOU (1943 – 1949)


 CLASSE I: ausência de células atípicas.
 CLASSE II: presença de células atípicas.
 CLASSE III: sugestivo, mas não conclusivo de malignidade.
 CLASSE IV: fortemente sugestivo de malignidade.
 CLASSE V: conclusivo para malignidade.

 REAGAN (1953)
 CÉLULAS DE REPARO: classe II.
 CÉLULAS METAPLÁSICAS: classe II.
 DISPLASIA: LEVE, moderada e grave.
 CARCINOMA IN SITU E MICRO INVASIVO.
 CARCINOMA INVASIVO (ESCAMOSO OU GLANDULAR).

 RICHART (1968)
 NEOPLASIA INTRA – EPITELIAL CERVICAL (NIC): NIC I; NIC II E NIC III.

 MÜNCHNER (1976 - 1990)


 CLASSE I: células benignas, sem inflamação, sem metaplasia e sem reparação.
 CLASSE II: células benignas, cervicite e metaplasia.
 CLASSE III: suspeito de malignidade.
 CLASSE III D: displasia leve e moderada.
 CLASSE IV A: displasia grave e carcinoma in situ.
 CLASSE IV B: displasia grave/carcinoma in situ e suspeito de micro invasão.
 CLASSE V: carcinoma invasivo (escamoso ou glandular).

 SISTEMA DE BETHESDA (1988 - 1992)


 OBJETIVOS:
 Proteção judicial.
 Uniformizar as terminologias.
 Facilitar a comunicação entre laboratórios e médicos.
 CLASSIFICAÇÃO DA AMOSTRA COMO:
 AMOSTRA ADEQUADA PARA ANÁLISE CITOLÓGICA:
 Identificação da amostra e da paciente.
 Informações clínicas relevantes.
 Número adequado de células epiteliais escamosas bem preservadas: células epiteliais
devem cobrir 10 % da superfície da lâmina.
 Um adequado componente endocervical (zona de transformação): no mínimo dois
grupos de cinco células endocervicais e ou metaplásicas bem preservadas.

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 AMOSTRA SATISFATÓRIA MAS LIMITADA PARA AVALIAÇÃO
CITOLÓGICA:
 Falta de informação clínica.
 Presença de sangue, inflamação, áreas densas, fixação deficiente, etc. Prejudicando
a visualização de 50 - 75 % das células.
 Ausência de células endocervicais ou metaplásicas.
 AMOSTRA INSATISFATÓRIA:
 Ausência de identificação da paciente na amostra e ou na requisição do exame.
 Lâmina quebrada e que não pode ser reconstituída.
 Componentes celulares insuficientes.
 Presença de sangue, áreas densas, que prejudiquem a interpretação de igual ou
superior a 75 % das células epiteliais.
 OBS: solicitar nova coleta.

 DIAGNÓSTICO DESCRITIVO
 CÉLULAS BENIGNAS: esfregaço normal.
 ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS
 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS: fungos, bactérias, vírus, protozoários, etc.
ATERAÇÕES REATIVAS:

 Reparo.
 Atrófico.
 Radiação.
 DIU.
 Metaplasias.
 CÉLULAS EPITELIAIS ANORMAIS
 CÉLULAS ESCAMOSAS:
 Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado (ASCUS).
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Baixo Grau (LSIL): abrange infecção por HPV
(Displasia Leve/NICI).
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Alto Grau (HSIL): Abrange (Displasia
Moderada, Displasia Grave, Carcinoma In Situ, Adenocarcinoma In Situ, Displasia
Moderada e Grave de células endocervicais).
 Carcinoma de Células Escamosas.
 CÉLULAS GLANDULARES:
 Células Glandulares Atípicas de Significado Indeterminado (ASGUS).
 Adenocarcinoma de células endocervicais e endometriais.

PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286
 NOME DA PACIENTE: Edinéia Almeida Silva º
N 198999
 MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 17 anos
 DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/12/2010
 EXAME: COLPOCITOLÓGICO
 MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL
RESULTADO
 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F).

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 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F).
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (F).
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R).
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS REATIVAS (F).
 PROVÁVEL AGENTE ETIOLÓGICO: Gardnerella e Trichomonas vaginalis.
ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS
 COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, HIPERCROMASIA e CROMATINA GRANULAR REGULAR.
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE LESÃO INTRA-EPITELIAL DE BAIXO GRAU
(LSIL) – NIC I.
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA.

5 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DO TRATO GENITAL FEMININO


5.1 - LESÃO CELULAR
 CONCEITOS
 ESTÍMULOS ADAPTATIVOS
 Hipertrofia Muscular: aumento da fibra muscular.
 Atrofia Muscular: diminuição do tamanho da fibra muscular.
 ESTÍMULOS NÃO ADAPTATIVOS
 Reversível.
 Irreversível (morte celular).
 APOPTOSE
 Fisiológico: é a morte celular programada.
 CAUSAS DE LESÃO CELULAR
 HIPÓXIA
 Isquemia: trombose, arteriosclerose, etc.
 AGENTES FÍSICOS
 Trauma Mecânico.
 Temperatura Extrema: queimadura e frio intenso.
 Súbitas Mudanças de Pressão Atmosférica.
 Radiação.
 Choque Elétrico.
 REAÇÕES IMUNOLÓGICAS
 Anafiláticas.
 Auto – imunes.
 AGENTES QUÍMICOS E DROGAS
 Glicose em Concentração Hipertônica.
 Oxigênio em Altas Concentrações.
 Venenos: arsênio, cianeto, sais de mercúrio, etc.
 Monóxido de Carbono.
 Inseticidas, Herbicidas, etc.
 Álcool e Narcóticos.
 AGENTES INFECCIOSOS
 Virais: HPV, HIV, Herpes, etc.
 Bacterianos: enterobactérias, etc.
 Fúngicos: candidas, etc.
 Protozoários: Trichomonas, etc.
 Helmintos: Schistosoma, etc.
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 DISTÚRBIOS GENÉTICOS
 Má Formação Congênita: sídrome de Down.
 Hemoglobinopatias: hemoglobina S (anemia falciforme), etc.
 DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS
 Deficiências Calóricas – protéicas.
 Excessos Nutricionais: lipídios, predisposição à arteriosclerose, obesidade, etc.
 OBS: a lesão celular depende do tipo, da intensidade e da duração do estímulo.
 MECANISMOS GERAIS DE LESÃO CELULAR: geralmente são moleculares.
 FATORES PREDISPONENTES
 Hormonais: gravidez, menopausa, uso de anticoncepcional oral e injetável, etc.
 Fatores Locais: pH, cirurgias, traumatismos, etc.
 Doenças: diabetes, distúrbios imunológicos, etc.
 Fatores Iatrogênicos: quimioterapia, radiação, etc.
 SISTEMAS CELULARES
 Manutenção da Integridade das Membranas Celulares: homeostasia iônica e osmótica.
 Respiração Aeróbica: fosforilação oxidativa e produção de ATP.
 Síntese de Proteínas Enzimáticas e Estruturais.
 Preservação do Conteúdo Genético da Célula.

Fonte: Site Científico.


Legenda: A célula é a unidade
funcional do corpo humano.

 ALTERAÇÕES NUCLEARES MAIS FREQUENTES EM LESÕES CELULARES

Legenda: 1) Granulosa fina e regular; 2)


Granulosa com blocos de cromatina; 3) Opaca
(densa); 4) Nucléolo volumoso e 5)
Hipercromática.

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Legenda: 1) Oval; 2) Arredondado; 3)
Irregular e 4) Multinucleado.

Legenda: Células metaplásicas com


alterações nucleares em lesão de alto
grau (HSIL)

 EXEMPLO DE LESÃO CELULAR POR ISQUEMIA: dependendo do tempo e da célula


afetada pode ser reversível ou irreversível:
 Pertubação da fosfarilação oxidativa pela mitocôndria: produção de ATP diminuída ou
ausência. Critérios morfológicos: edema de núcleo e ou celular.
 Desequilíbrio da pressão coloidosmótica Intracelular: exercida pela bomba de sódio e
potássio.
 Deslocamento dos ribossomos do retículo endoplasmático granular e a dissolução
dos polissomos em monossomos.
 Rompimento dos lisossomos e autólise: critérios degenerativos.

Legenda: Célula intermediária com


vacuolização citoplasmática após lesão
celular oxidativa por agentes biológicos.

21
5.2 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS - CRITÉRIOS CITOLÓGICOS
 ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS ORIUNDAS DE AGRESSÕES DIVERSAS
 ALTERAÇÕES CELULARES REATIVAS
 INESPECÍFICAS
 ESPECÍFICAS
 ALTERAÇÕES CELULARES DE SUPERFÍCIE
 HIPERCERATOSE: é o aparecimento de uma camada córnea. Observamos nas
leucoplasias. Características morfológicas:
 CITOPLASMA: cora em eosinófilo intensamente ou orangiofílico, núcleo ausente ou
mancha deste.

Legenda: Hiperceratose em paciente


com infecção por HPV.

 PARACERATOSE: é uma queratinização incompleta das camadas superficiais do


epitélio estratificado não queratinizado, apresentando as seguintes características
morfológicas:
 CITOPLASMA: cora em orangiofílico ou avermelhado com condesamento. Forma
variável: oval, poligonal, fusiforme ou arredondada.
 NÚCLEO: picnótico e condensado.
 DISPOSIÇÃO: em agrupamento frouxo ou isoladamente.

Legenda: Paraceratose em paciente


com infecção por HPV.

22
 ALTERAÇÕES CELULARES DEGENERATIVAS
 CARIORREX: fragmentação da cromatina.
 CARIOPINOSE PRECOCE: condensamento nunclear.
 ROTURA DA CARIOTECA: às vezes só é visualizada com aumento de 1000 X
(objetiva de imersão).
 CARIÓLISE: desvanecimento ou dissolução da cromatínica.
 LIQUEFAÇÃO CITOPLASMÁTICA: depósito glicogênio, água.
 VACUOLIZAÇÃO CITOPLASMÁTICA: entrada de água ou aumento de cálcio.
 VACUOLIZAÇÃO NUCLEAR: geralmente irreversível.
 EOSINOFILIA EM CÉLULAS PROFUNDAS: degeneração protéica.

A B

Legenda: A) Cariorrex em célula Parabasal e B) Cariopicnose em células Parabasais de paciente com esfregaço
atrófico (menopausada).

 ALTERAÇÕES CELULARES INFLAMATÓRIAS


 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA
 APAGAMENTO OU PERDA DE BORDAS CITOPLASMÁTICAS: perda da
individualidade celular, ocorre frequentemente em células intermediárias eosinófilas.
 RAREFAÇÃO CITOPLASMÁTICA: células ceratinizadas ou eosinófilas com critérios
degenerativos.
 CONDENSAÇÃO CITOPLASMÁTICA: pode ser de cor cianófila, eosinófila ou
orangiofílica. Observamos geralmente em formação de pérolas, paraceratose, etc.

Legenda: Condensação citoplasmática.

23
Legenda Apagamento ou perda de
bordas citoplasmáticas.

 VACUOLIZAÇÃO CITOPLAMÁTICA: indica intensa atividade celular.

 HALO PERINUCLEAR: é uma digestão citoplasmática, onde se limita a periferia


nuclear, podendo ser visualizado em células cianófilas ou eosinófilas.
 FORMAS ABERRANTES OU BIZARRAS: geralmente é observada em células
escamosas do tipo intermediárias e superficiais. Não confundir com células malignas.
 CERATINIZAÇÃO: apresenta em orangiofílico, vermelho, condensado e enrugado.
Aparece nas paraceratose, prolapso uterino, hipercertose, etc.

Legenda: Halo perinuclear em células escamosas.

24
A B

Legenda: A) Aberração citoplasmática e B) Vacuolização citoplasmáticas.

 CITOPLASMA FRAGMENTADO

 CÉLULA FANTASMA: é quando a célula por acúmulo de queratina e ou cariólise, o


núcleo não é visualizado ou apenas vestigio deste.
 PSEUDOEOSINOFILIA: é quando o citoplasma normalmente cora em cianófilo e passa
a corar em eosinófilo (células parabasais e intermediárias).
 METACROMASIA: é quando o citoplasma cora com mais de uma tonalidade de cor
(basofilia, eosinofilia e orangiofilia).

A B

25
C D

Legenda: A) Citoplasma fragmentado (citólise); B) Pseudoeosinofilia e Halo perinuclear; C) Pseudoeosinofilia e


Metacromasia e D) Metacromasia.

 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO
 ESPESSAMENTO UNIFORME DA MEMBRANA NUCLEAR: sinal de degeneração,
quando a cromatina torna - se rarefeita.
 EDEMA NUCLEAR: é o aumento nuclear pelo maior conteúdo cromatínico. Observa - se
agrupamentos de grânulos cromatínicos espalhados pelo interior do núcleo, assumindo
uma leve hipercromasia.
 INCHAÇO NUCLEAR: ocorre pela entrada de substância no interior do núcleo e
geralmente há uma hipocromasia.
 BINUCLEAÇÃO OU MULTINUCLEAÇÃO: ocorre quando o núcleo se divide e não há
o companhamento da divisão do citoplasma.
 FIGURA DE MITOSE:
 EM RELAÇÃO À CÉLULA
 FORMAÇÃO DE PÉROLA BENIGNA: geralmente constituída de células
intermediárias e superficiais eosinófilas ou ceratinizadas.
 PARACERATOSE
 NÚCLEO EXCÊNTRICO

A B

26
C D

Legenda: A) Edema Nuclear, Núcleo Excêntrico e Metacromasia; B) Binucleação e Edema Nuclear; C)


Multinucleação e Edema Nuclear e D) Multinucleação, Edema Nuclear e Núcleo Excêntrico.

5.3 - AGENTES POTENCIALMENTE CAUSADORES DE PROCESSOS


INFLAMATÓRIOS NO TRATO GENITAL FEMININO
 BACTERIANOS
 Gardnerella vaginalis
 SECREÇÃO: presente (frequente/abundante).
 ASPECTO: bulboso ou líquido.
 COR: branca ou cinzenta.
 ODOR: fétido (peixe podre).
 PRURIDO: geralmente ausente.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos bacilos que pela coloração de
Papanicolaou cora em roxo, cianófilo escuro ou eosinófilo claro, tem afinidade pelo citoplasma
de células intermediárias e superficiais, formando células indicadora, clue cell ou células guia.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: cariopicnose e edema nuclear.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: raros.
 Bacilos de Doderlein: raros ou ausentes.
 OBS: outras bactérias anaeróbias podem favorecer a ação.

Legenda: Gardnerella vaginalis (célula


guia) e Apagamento de Bordas
Citoplasmáticas

27
Legenda: Gardnerella vaginalis (célula
guia), Metacromasia, Binucleação e Halo
Perinuclear.

 FLORA COCÁCEA
 SECREÇÃO: geralmente presente e abundante.
 ASPECTO: líquido ou bolhoso.
 COR: amarela ou esbranquiçada.
 ODOR: moderadamente fétido.
 PRURIDO: geralmente ausente.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos agrupados ou isolados, intra ou extra
celular, pela coloração de Papanicolaou cora em roxo ou em cianófilo escuro.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes.
 Macrófagos: raros.
 Bacilos de Doderlein: raros ou frequentes.

 FLORA BACILAR CURTA


 SECREÇÃO: geralmente presente.
 ASPECTO: bolhoso.
 COR: esbranquiçada.
 ODOR: moderadamente fétido.
 Prurido: geralmente ausente.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos curtos, pela coloração de Papanicolaou
cora em eosinófilo claro.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear pseudoeosinofilia e
cariopicnose.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes.
 Bacilos de Doderlein: raros.

28
A B

Legenda: A) Flora Cocácea e B) Flora Bacilar Curta.

 Mobiluncus sp (mulieris e curtisii)


 SECREÇÃO: presente.
 ASPECTO: bolhoso.
 COR: esbranquiçada.
 ODOR: moderadamente fétido.
 PRURIDO: geralmente ausente.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos curtos (curtisii) ou longos (mulieris),
curvos, com as extremidades romba (curtisii) ou afiladas (mulieris), pela coloração de
Papanicolaou coram em eosinófilo claro.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, pseudoeosinofilia e
cariopicnose.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes.
 Bacilos de Doderlein: raros.
OBS: geralmente estão associados com a Gardnerella.

A B

Legenda: A e B) Mobiluncus mulieris e curtisii

29
 Chlamydia sp
 SECREÇÃO: inespecífica ou ausente.
 PRURIDO: geralmente ausente.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Inclusões intracitoplasmáticas em células
endocervicais, metaplásicas e raramente em células escamosas. Pode ser única ou várias.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes no início da infecção e abundantes no final.
 Macrófagos: frequentes e às vezes multinucleados.
 Bacilos de Doderlein: raros.

A B

Legenda: A) Lesão ulcerativa na orofaringe induzida pela Chlamydia sp e B) Célula escamosa com inclusão
intracitoplasmática, sugestivo de infecção por Chlamydia sp.

 Actomyces sp : pacientes usuárias de DIU.


 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bactérias anaeróbias, filamentosas, ramificadas
e coram em violeta.
 Leptothrix vaginalis: geralmente quando sozinho é saprófito, comumente está associada à
Trichomonas vaginalis.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bactérias anaeróbias filamentosas, não
ramificadas e muito longas.

Legenda: Leptrotrix vaginalis e


Trichomonas vaginalis. CRITÉRIOS
CITOMORFOLÓGICOS: pseudoeosinofilia
e apagamento de bordas citoplasmáticas.

30
Legenda: Leptrotrix vaginalis e
Trichomonas vaginalis. CRITÉRIOS
CITOMORFOLÓGICOS: pseudoeosinofilia,
apagamento de bordas citoplasmáticas,
halo perinuclear e edema nuclear.

 Fusobacterium sp
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos longos e finos, semelhante à Leptothrix,
apenas de menor tamanho.
 BACILOS DIFTERÓIDES
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: apresenta um ou duas esferas nas
extremidades.

A B

Legenda: A) Actomyces sp e B) Bacilos Difteróides.

 BACILOS DA TUBERCULOSE
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polomorfonucleares: frequentes ou abundantes.
 Formação sincicial: frequentes ou abundantes.
 Linfócitos e macrófagos: frequentes.

 BACILOS DE DODERLEIN
 SECREÇÃO: presente.

31
 ASPECTO: líquido ou bolhoso.
 COR: esbranquiçada.
 ODOR: pouco fétido.
 PRURIDO: ausente, apenas queimação na mucosa vaginal.

 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilo longo ou médio, causa digestão


citoplasmática em células intermediárias, deixando no esfregaço citológico inúmeros núcleos
desnudos (citólise), pela coloração de Papanicolaou cora em cinza escuro ou cianófilo escuro.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: pseudoeosinofilia, metacromasia,
apagamento de bordas citoplasmáticas e edema nuclear.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: frequentes.
 Bacilos de Doderlein: abundantes e com citólise.
 Possíveis Causas de Inflamação Química: diabetes, obesidade, uso de
anticoncepcional, pré - menopausa, etc.

Legenda: Bacilos de Doderlein com citólise


de células intermediárias em paciente com
secreção vaginal esbranquiçada abundante
e ardência na mucosa vaginal.

 COCOS AOS PARES

 SECREÇÃO: presente.
 ASPECTO: líquido.
 COR: amarela.
 ODOR: fétido.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos aos pares intra ou extra celular,
polimorfonucleares abundantes e bacilos Doderlein raros ou ausentes.

32
Legenda: Cocos aos pares intra e
extracelular em paciente com secreção
vaginal amarelada abundante.

 BACILO DE Calymmatobacterium (DONOVANOSE)

 FÚNGICOS
 Candida sp
 SECREÇÃO: presente e às vezes abundante.
 ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal e raramente ao colo
uterino.
 COR: esbranquiçada.
 ODOR: inodoro.
 PRURIDO: presente e as vezes intenso.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: esporos que medem cerca de 2 - 4 micras de
diâmetros, cora pela coloração de Papanicolaou em marrom ou amarelo escuro, apresenta-se
na forma oval. Enquanto que as Hifas são estruturas contínuas, septadas ou micélios.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, pseudoeosinofilia,
metacromasia, apagamento de bordas citoplasmáticas e halo perinuclear.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: frequentes.
 Bacilo de Doderlein: frequentes e raramente abundantes.

 Candida glabrata ou Torulopsis glabrata

 SECREÇÃO: presente.
 ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal.
 COR: esbranquiçada.
 PRURIDO: presente e às vezes intenso.

 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: esporos que medem cerca de 4 micras de


diâmetros, cora pela coloração de Papanicolaou em marrom ou amarelo escuro, apresenta -
se intra ou extra celular.

33
A B

Legenda: A) Lesão ulcerativa com as bordas lisa, característica de Candida sp e B) Secreção vaginal esbranquiçada,
grumosa e em forma de placa.

A B

Legenda: A) Hifas septadas de Candida sp e B) Hifas septadas e esporos de Candida sp.

Legenda: Esporos intra e extracelular de Candida


glabrata ou tourulopsis.

 FUNGOS CONTAMINATES: normalmente cresce sobre a lâmina e contamina o material de


coleta.

34
A B

Legenda: Fungo de contaminação. A) Aspergilus e B) Alternaria.

 PROTOZOÁRIOS
 Trichomonas vaginalis
 SECREÇÃO: presente e às vezes abundante.
 ASPECTO: líquido ou bolhoso.
 COR: amarela e às vezes abundante.
 ODOR: fétido.
 PRURIDO: presente e às vezes intenso.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
 FORMA: oval (periforme) ou arredondada.
 TAMANHO: variável (10 - 20 micras).
 COR: variável (cinza, cianófilo ou eosinófilo).
 FLAGELOS: pela coloração de Papanicolaou não são visíveis.
 NÚCLEO: pequeno, localização excêntrica e forma oval.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, halo perinuclear,
binucleação, pseudoeosinofilia e metacromasia.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: abundantes.
 Bacilo de Doderlein: raros.
 Restos celulares: frequentes ou abundantes (sujo).
 Bala de canhão: é o aglomerado de polimorfonucleares (geralmente presente).

Legenda: Secreção vaginal levemente


amarelada, bolhosa e abundante.

35
Legenda: Lesão epitelial na vulva do tipo
irritativa produzida pelos flagelos e ação das
toxinas liberadas pelos Trichomonas vaginalis.

A B

C D
Legenda: A) Trichomonas vaginalis (halo perinuclear; metacromasia e pseudoeosinofilia); B) Trichomonas
vaginalis; C) Trichomonas vaginalis (perda de bordas citoplasmática e pseudoeosinofilia) e D) Trichomonas
vaginalis (variação de forma e tamanho).
 Toxoplasma gondi
 AMEBAS: contaminação fecal.

36
 VIRAIS
 HERPES GENITAIS (HSV 2)
 SECREÇÃO: inespecífica.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
 INCLUSÕES: intranucleares em células escamosas, colunares e metaplásicas, cor
eosinófila ou basófila e aparecem geralmente no período final do ciclo viral.
 AMOLDAMENTO NUCLEAR E MULTINUCLEAÇÃO: presentes.
 CROMATINA NUCLEAR: aspecto de vidro fosco.
 MARGINALIZAÇÃO CROMATÍNICA OU ESPESSAMENTO DA CARIOTECA.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS: multinucleação.
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
 Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes.
 Bacilo de Doderlein: raros ou frequentes.

A B

Legenda: A) Lesão vesiculosa labial, característica de Herpes sp e B) Lesão ulcerativa labial, característica de
Herpes sp na fase final da infecção.

A B

Legenda: A) Multinucleação; inclusões nucleares; amoldamento nuclear; marginalização cromatínica e


espessamento da carioteca, sugestivo de infecção por Herpes sp e B) Multinucleação e amoldamento nuclear,
sugestivo de infecção por Herpes sp.
 CITOMEGALOVÍRUS
 TRANSMISSÃO VIA PLACENTÁRIA OU ADQUIRIDO NOS 1º ANOS DE VIDA.

37
 É OBSERVADO GERALMENTE EM PACIENTE IMUNODEPRIMIDO.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS IDÊNTICAS AO DO HERPES.

 PAPILOMAVÍRUS: será estudado em lesão pré-maligna.

 HELMINTOS
 ENTERÓBIOS.
 ÁSCARIS.
 STRANGILÓIDES.
 SCHISTOSOMA, ETC.

 ASSOCIAÇÕES DE AGENTES
 Gardnerella vaginalis + Mobiluncus sp.
 Gardnerella vaginalis + Candida sp.
 Gardnerella vaginalis + Trichomonas vaginalis.
 Trichomonas vaginalis + Leptothrix vaginalis.
 Gardnerella + Trichomonas + Candida sp.
 Gardnerella + Trichomonas + Mobiluncus sp.

A B

Legenda: A) Leptothrix vaginalis + Trichomonas vaginalis e B) Espóros de Candida sp + Trichomonas vaginalis.

6 - ASPECTOS CLÍNICO-LABORATORIAIS DO PAPILOMAVÍRUS


HUMANO (HPV)
 INTRODUÇÃO
As infecções pelo HPV são disseminadas e ocorrem em todo o mundo. O HPV infecta a
pele e a membrana das mucosas e podem induzir a formação de tumores benignos e malignos.
Estudos têm revelado que alguns tipos de HPV são um importante fator de risco para
desenvolver o câncer cervical, anal, oral, pele, etc. Sendo mais freqüentes entre as mulheres.
O DNA viral é observado em cerca de 95% dos casos de câncer cervical.

38
Dentre os diversos subtipos de HPV causadores de tumores cervicais malignos os mais
frequentes são os 16 e 18.

 EPIDEMIOLOGIA
Os papilomavírus têm sido detectados em um grande número de vertebrados, porém são
altamente específicos da espécie.
Atualmente mais de 120 tipos de HPV são conhecidos e numerosas sequências parciais
novas de DNA de HPV indicam a existência de muitos outros tipos. Os tipos de HPV são definidos
pela análise da sequência de DNA e representa, portanto genótipos.
Um genoma de HPV é considerado como representativo de um novo tipo quando suas
sequências de genes E6, E7 e LI diferem em mais de 10% de qualquer tipo de HPV previamente
conhecido.
Os tipos de HPV variam no seu tropismo tecidual, nas suas associações a lesões
diferentes e no seu potencial oncogênico. De acordo com a sua homologia da sequência de DNA
e a sua associação a lesões clínicas, eles podem ser agrupados em:
 TIPOS MUCOSOS: 6, 11, 13, 44, 55, 16, 31, 33, 35, 52, 58, 67, 18, 39, 45, 59, 68, 70, 26, 51,
69, 30, 53, 56, 66, 32, 42, 34, 64, 73 e 54.
 TIPOS CUTÂNEOS: 1, 63, 4, 48, 60, 65 e 41.
 TIPOS CUTÂNEOS / ASSOCIADOS À EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME: 5, 8, 12,
36, 47, 9, 15, 17, 37, 38, 14, 19, 20, 46,, 21, 25, 22, 23, 24, 23, 24, 49 e 50.
 TIPO CUTÂNEOS E OU MUCOSOS: 2, 27, 57, 3, 10, 28, 29, 7, 40, 43, 61, 62 e 72.

 PREVALÊNCIA DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS


Os tipos de HPV frequentemente encontrados em lesões cervicais de baixo grau (NIC I) e
raramente em cânceres cervicais são definidos como tipos de BAIXO RISCO, aqueles que são
frequentemente encontrados em lesões cervicais de alto grau (NIC II e III), mas com menos
frequência em cânceres, são os tipos de MÉDIO RISCO, e aqueles que são frequentemente
detectados em CARCINOMA IN SITU e em CÂNCERES são de ALTO RISCO.
Consequentemente:
 HPV: 6, 11, 30, 42, 43 e 44 são considerados como tipos BAIXO RISCO.
 HPV: 39, 51, 52 e 61 são considerados como MÉDIO RISCO.
 HPV: 16, 18, 31, 33, 35, 45, 58 e 68 são considerados como ALTO RISCO.

 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES POR PAPILOMAVÍRUS


HUMANOS
Nas últimas 3 décadas a incidência de verrugas genitais tem aumentado cerca de 3 – 8
vezes.
A prevalência máxima de HPV em mulheres está entre 16 - 26 anos, depois ocorre uma
declinação com a idade devido à resposta imune celular e mudanças hormonais.
Os HPV 16 e 18 podem ser detectado em 1 – 2% das mulheres na faixa etária de 16 – 24
anos.
Menos de 10% das mulheres HPV positivas apresentam anormalidades citológicas.
O DNA do HPV genital tem sido detectado em até 80% dos homens.

 TRANSMISSÃO DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS

39
Dependendo do tipo de HPV e das lesões clínicas associadas a ele, os HPV são
transmitidos por contato da pele, sexual ou perianal.
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: condiloma acuminado (HPV 6 e 11) variam de 3 semanas a 8
meses e aqueles para verrugas cutâneas de 2 semanas a mais de 1 ano.
 VERRUGAS CUTÂNEAS: são frequentemente adquiridas por meio de microtraumas. A
transmissão ocorre tanto diretamente de uma pessoa para outra, como indiretamente via
objetos ou superfícies contaminadas.
 LESÕES ANOGENITAIS: em geral sexualmente transmissíveis e são provavelmente a
infecção venérea mais frequente.
Estudos têm mostrado que o DNA do HPV pode ser detectado em 70% das mulheres
sexualmente ativas.
A infecção genital por HPV ocorre por contato direto com o epitélio infectado cervical,
vaginal, vulvar, peniano ou anal. A cérvice uterina é o sítio genital mais comum da infecção pelo
fato da constante exposição das células que proliferam na junção escamo-colunar.
O sexo oral é uma possível via de transmissão do condiloma acuminado na língua.
Um simples contato sexual pode ser suficiente para a transmissão do HPV.
 TIPOS DE LESÕES
 LESÕES CLÍNCAS
 VERRUGAS MACROPAPILARES.
 PAPULOSA.
 CONDILOMA ACUMINADO.
 LESÕES SUBCLÍNICAS
São aquelas lesões invisíveis a olho nu, necessitando do auxílio de colposcópio.
 CONDILOMA PLANO.
 CONDILOMA ESPICULADO.
 MICROPAPILAS.
 MÁCULAS.
 ACETOBRANCO.
 PONTILHADO.
 LEUCOPLASIA.

A B

Legenda: A) Lesões Verrucosas Macropapilares e B) Lesões Papulosas disseminadas nas áreas cutâneas
vulvar e perianal.

40
A B

Legenda: B) Lesão Papiloma labial e B) Lesão Acetobranca com ectopia.

A B

Legenda: A) Lesões Verrucosas Acuminada no pênis e B) Lesões Verrucosas Papulares no pênis.

 FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO POR PAPILOMAVÍRUS HUMANOS


A atividade sexual, a imunidade celular reduzida e certos fatores genéticos do hospedeiro
têm sido identificados como importantes fatores de risco para a infecção por HPV e neoplasias
associadas ao HPV.
 O NÚMERO DE PARCEIROS SEXUAIS: o HPV cervical ou vulvar pode ser detectado em
mulheres por PCR em 21% das mulheres com apenas um parceiro sexual masculino e em
até 80% das mulheres com recente exposição a cinco ou mais parceiros sexuais.
 TIPO DE HPV: 16 e 18.
 HORMÔNIOS: progesterona e estrógenos intensificam a expressão genética do HPV.
 ATIVIDADE SEXUAL PRECOCE:
 DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL: ácido fólico, Vitamina B12, anti-oxidantes, etc.
 TABAGISMO:
 IMUNOSSUPRESSÃO: HIV positivo, etc.
 ASSOCIAÇÃO COM HERPES TIPO 2 (HSV2): foi observado a presença de anticorpos
anti-HSV2 em mulheres afetadas por carcinoma cervical invasivo e pela evidenciação do
genoma viral nas células cancerosas.
 CITOMEGALOVÍRUS: em grau menor que o herpes vírus na carcinogênese cervical.
41
 PATOGÊNESE E PAPEL ONCOGÊNICO DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS
A infecção por HPV por si só não é suficiente para a carcinogênese. A progressão tumoral
ocorre em pequena percentagem de indivíduos infectados por HPV e está estimulada por
mutágenos químicos ou físicos. Os tumores malignos induzidos por HPV são monoclonais e o
tempo de intervalo entre a infecção e o desenvolvimento do carcinoma varia de no mínimo vários
meses até mais de 10 anos.
 PROTEÍNAS E5, E6 e E7
Essas 03 proteínas demonstraram ter atividade oncogênica. Sua interação com proteínas
celulares implica no controle do ciclo celular e por conseqüência estimulam a proliferação ou
interferem na diferenciação das células infectadas.

 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO


 CITOPATOLOGIA
Consiste no estudo morfológico das células obtidas da vulva, vagina, colo uterino, anus,
pênis, etc.
 MATERIAL: células obtidas por raspagem superficiais e espalhadas em lâminas
(esfregaço).
 VANTAGEM: coilocitose e lesão celular. São fenômenos específicos.
 DESVANTAGEM: sensibilidade limitada e não tipa o HPV.
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS SECUNDÁRIOS DE INFECÇÃO POR HPV

A B

C D

42
E F

Legenda: A; B e F) Células intermediárias apresentando condensação citoplasmática, ceratinização, aumento de


volume nuclear e hipercromasia; C) Célula intermediária binucleada; D e E) Célula intermediária multinucleada,
aumento de volume nuclear e hipercromasia.

 CARACTERÍSTICAS DOS COILÓCITOS

 Degradação do citoesqueleto em 1/3 do

conteúdo citoplasmático.

 Núcleo com aumento de volume e

hipercromasia (NIC I).

 Células envolvidas: intermediárias e ou

superficiais.

 Geralmente bi ou multinucleação.

 Contorno da degradação citoplasmática

irregular.

43
Legenda: Coilocitose em células intermediárias e superficiais de pacientes com HPV.

 COLPOSCOPIA
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc.
 MATERIAL: análise visual da vulva, vagina, cérvice, pênis, anus, etc.
 VANTAGEM: técnica sensível para detecção de lesões associadas ao HPV.
 DESVANTAGEM: não específica, não tipa o HPV, sugestiva e requer experiência.

Legenda: Colposcopia mostrando lesão


acetobranca e ectopia extensa em
pacientes com HPV.

44
Legenda: Colposcopia mostrando extensa
ectopia com teste de Schiller positivo em
paciente com HPV.

 HISTOPATOLOGIA
Consiste no estudo morfológico das células obtidas da vulva, vagina, colo uterino, anus,
pênis, etc.
 MATERIAL: células obtidas por biópsia e preparada em cortes histológicos.
 VANTAGEM: coilocitose e lesão celular. São fenômenos específicos.
 DESVANTAGEM: sensibilidade limitada e não tipa o HPV.

 MÉTODOS DE DETECÇÃO VIRAL (MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE


TRANSMISSÃO)
Consiste na visualização das partículas virais.
 MATERIAL: esfregaço ou corte histológico.
 VANTAGEM: detecção específica de partículas virais.
 DESVANTAGEM: laborioso, consome muito tempo no preparo da amostra, alto custo, não
é utilizado na rotina e não tipa o HPV.

 BIOLOGIA MOLECULAR
Consiste na detecção do DNA do HPV por métodos: captura híbrida; PCR e hibridização in
situ.
 MATERIAL: esfregaço ou corte histológico.
 VANTAGEM: identificação de diferentes tipos de HPV. Análise quantitativa da carga viral,
sensibilidade e especificidade. Método padrão ouro para o uso clínico e em pesquisa.
 DESVANTAGEM: laborioso e alto custo dos exames.

 PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO


Uma vez que não exista um tratamento antiviral para o HPV, o papel do clínico é de tratar
as lesões detectáveis no sentido de ajustar o sistema imune do paciente a lutar contra o vírus e a
prevenir a transmissão, uma vez que se acredita que o HPV é transmitido por contato comas
lesões.
As lesões associadas ao HPV têm sido tratadas com uma ampla série de modalidades, as
quais podem ser divididas em métodos químicos, cirúrgicos e estimuladores de imunidade.

45
 MÉTODOS DE TRATAMENTO
 TERAPIA QUÍMICA
 ÁCIDO SALICÍLICO / COMBINAÇÕES.
 VITAMINA “A” ÁCIDA (TRETINOÍNA).
 FORMALINA.
 GLUTARALDEÍDO.
 PODOFILOTOXINA (WARTEC)
 5-FLUOROURACIL (EFURIX).
 BLEOMICINA (BONAR)
 ÁCIDO MONOCLOROACÉTICO.
 ÁCIDO TRICLOACÉTICO.
 TERAPIA CIRÚRGICA
 CIRURGIA FRIA: curetagem, excisão com tesoura e excisão com bisturi.
 ELETROCIRURGIA: cautério - fulguração, excisão com alça e excisão com agulha.
 CRIOTERAPIA.
 CIRURGIA A LASER: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG.
 IMUNOTERAPIA
 INOSINA PRANOBEX: oral.
 INTERFERONS: intralesional, intramusculares, subcutâneos e gel.
 INDUTORES DE CITOXINA: oral e gel.
 RETINÓIDES: oral.
 IMUNOGLUCAN: intramuscular.
 VACINA: 3 doses. Administrar a 2ª dose 2 meses após a 1ª e a 3ª dose 3 meses após a
2ª.

7 - ESTUDO DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS EM CÉLULAS


ESCAMOSAS
 VULVA
 VAGINA
 CÉRVICE UTERINA
 ÚTERO
OVÁRIOS
Consiste nas anomalias, essencialmente nucleares, se manifestam por um aumento de
volume, irregularidade das formas e dos contornos, hipercromasia, binucleação e às vezes
multinucleação.
 DEFINIÇÕES
 DISCARIOSES: terminologia utilizada por Papanicolaou a partir de 1949.
 DISPLASIAS: terminologia utilizada por Reagan a partir de 1953.
 NIC: neoplasia intra-epitelial cervical (Richart – 1967).

 FATORES PREDISPONENTES AS LESÕES PRÉ - MALIGNAS


 Uso de anticoncepcional.
 Idade precoce na primeira gestão.
 Curtos intervalos entre gestações.

46
 Atividade sexual precoce (abaixo de 16 anos).
 Múltiplos companheiros de sexo.
 Doenças sexualmente transmissíveis (HIV).
 Baixo nível econômico (desnutrição).
 Tabaco.
 Drogas.
 Infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV).
 Infecção por Herpes simples tipo 2 (HSV2).
 Ectopia.

 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL


 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR
 MATERIAL UTILIZADO
 Fixação.
 Coloração.
 Montagem.
 Leitura.
 Arquivamento da lâmina.

 AGENTES CAUSAIS
 Biológicos.
 Físicos.
 Químicos.
 Intrínsecos (hormonais).

 MECANISMOS DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS


 CLASSIFICAÇÃO
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Baixo Grau (LSIL) – NICI.
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Alto Grau (HSIL)– NIC II, NIC III e Carcinoma In
Situ.
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÕES PRÉ-MALIGNAS
 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA:
 Coloração.
 Forma.
 Coilocitose.

 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO:
 Aumento da relação núcleo citoplasma.
 Hipercromasia.
 Bi ou multinucleação.
 Espessamento da membrana nuclear.
 Alterações nos grânulos cromatínicos.

47
LESÕES ESCAMOSAS INTRA - EPITELIAIS DE BAIXO GRAU (LSIL) – NICI

A B

C D

Legenda: A e B) Células intermedárias com aumento de volume nuclear e hipercromasia (LSIL - NIC I); C e D)
Coilocitose em células intermediárias mono e binucleadas (LSIL - NIC I).

48
LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC II

Legenda: Células metaplásicas imaturas e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e alteração
de contorno da membrana nuclear do tipo lobulação. (HSIL - NIC II).

49
LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC III

Legenda: Células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e
alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada) (HSIL - NIC III).

50
 CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL)
 DEFINIÇÃO: neoplasia intra-epitelial cervical (NIC).
 DENOMINAÇÕES: pré-invasivo, incipiente, intra-epitelial e Bowen de cérvice.
 ORIGEM: NIC III.
 INCIDÊNCIA: 23 – 45 anos.
 EVOLUÇÃO: lenta.
 PROGNÓSTICO: pode evoluir para carcinoma invasivo.
 DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA: JEC.

 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
 CITOLOGIA.
 COLPOSCOPIA.
 HISTOPATOLOGIA.
 MARCADOR TUMORAL.

 CITOLOGIA.
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
 Células do 3° tipo ou indiferenciada ceratinizada ou não, geralmente de origem
metaplásicas.
 Zonas livres de cromatina.
 Fila indiana.
 Ausência de diátese tumoral (infiltrado inflamatório, hemorrágico e necrose
tecidual).
 Ausência de glicogênio celular.

 CONSIDERAÇÕES GERAIS NA AVALIAÇÃO DO ESFREGAÇO CITOLÓGICO


 FUNDO DA LÂMINA: um critério geral importante na avaliação do esfregaço citológico.
 NÚMERO DE CÉLULAS ANORMAIS: células malignas se dissociam mais prontamente.
 ARRANJO DAS CÉLULAS: importante na classificação da lesão celular.
 TAMANHO E FORMA DAS CÉLULAS: a forma celular indica a origem e o estado
funcional.
 FUNÇÃO CELULAR: ciliadas e secretoras.
51
 NÚCLEO: atividade biológica e potencial maligno.

Legenda: HSIL - CARCINOMA IN SITU: células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear
aumentado, hipercromasia e alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada);
cromatina nuclear grosseira e apresentando zonas livres. Arranjo celular em sincício e fila indiana.

PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286
NOME DA PACIENTE: Eda Almeida Silva N 198999
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 24 anos
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/18/2010
EXAME: COLPOCITOLÓGICO
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL
52
RESULTADO

 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F).


 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F).
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (F).
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R).
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS REATIVAS (F).
 PROVÁVEL AGENTE ETIOLÓGICO: Trichomonas vaginalis.
 ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS BASAIS, PARABASAIS E METAPLÁSICAS
IMATURAS COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, HIPERCROMASIA INTENSA,
CROMATINA GRANULAR IRREGULAR E PRESENÇA DE ZONAS LIVRES.
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE LESÃO INTRA-EPITELIAL
DE ALTO GRAU (HSIL) – CARCINOMA IN SITU.
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO
CITOLÓGICA.

 COLPOSCOPIA:
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc.

Legenda: Colposcopias em pacientes com lesões no colo uterino do tipo HSIL (confirmadas pela citologia e
histopatologia).

 HISTOPATOLOGIA

Legenda: Histopatologia em pacientes com


lesão no colo uterino do tipo HSIL – NIC III.

53
Legenda: Histopatologia em pacientes com
lesão no colo uterino do tipo HSIL – NIC III.

 MARCADORES TUMORAIS
 IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8
(colagenase), etc.
 TRATAMENTO DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS
A escolha do tratamento depende do:
 GRAU DA LESÃO.
 IDADE DA PACIENTE.
 ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS PATOLOGIAS.
 TIPO DE TRATAMENTO:
 CIRÚRGICO: retirada parcial ou total.
 BIÓPSIA SIMPLES: NIC I e obtenção do material para investigação diagnóstica.
 BIÓPSIA POR CONIZAÇÃO: esta indicada em lesões do tipo (NIC II, NIC III e
CARCINOMA IN SITU).
 TRATAMENTO PARA CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL)
 LOCAL OU RADICAL
 EXPECTATIVA DE CURA: excelente.

Fonte: Oncologia Ginecológica. C. Thomas Griffiths.


Legenda: Tratamento cirúrgico (conização) de lesão no colo uterino do tipo HSIL – CARCINOMA IN SITU.

54
 TERAPIA LOCAL (DESTRUIÇÃO FÍSICA)
 Coagulação a frio.
 Eletrocoagulação com alça diatérmica.
 Crioterapia.
 Terapia a laser: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG.

8 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ESCAMOSAS


 VULVA
 VAGINA
 CÉRVICE UTERINA
 ÚTERO
 OVÁRIOS
Consiste nas anomalias celulares, se manifestam por um aumento de volume nuclear às
vezes exagerado, intensa hipercromasia (tinta nanquim) ou com zonas livres de cromatina e
alterações citoplasmáticas diversas.

 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL


 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR
 MATERIAL UTILIZADO
 Fixação.
 Coloração.
 Montagem.
 Leitura.
 Arquivamento da lâmina.

 AGENTES CAUSAIS
 Biológicos.
 Físicos.
 Químicos.
 Intrínsecos (hormonais).

 MECANISMOS DAS LESÕES MALIGNAS


 CLASSIFICAÇÃO
 Carcinoma micro invasivo.
 Carcinoma invasivo.

 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÕES MALIGNAS
 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA:
 Coloração.
 Forma.
 Hialinização.
 Vacuolização.

55
 Ceratinização.

 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO:
 Aumento da relação núcleo citoplasma.
 Hipercromasia (núcleo em tinta nanquim).
 Zonas livres de cromatina.
 Espessamento irregular e acentuado da membrana nuclear.
 Formações aberrantes ou bizarras da cromatina
 Figura de mitose anormal.
 Nucléolos grandes e ou aumentado numericamente.
 Irregularidade no contorno da membrana nuclear, multinucleação, amoldamento
e anisocariose.

 EM GERAL
 Pleomorfismo celular.
 Aumento do tamanho da célula.
 Posição do núcleo e anisocitose.
 Grupamento denso de células e núcleos desnudos.
 Polimorfosnucleares e eritrócitos (abundantes).
 Diátese tumoral.

ALTERAÇÕES DA CROMATINA MAIS FREQUENTES EM LESÕES MALIGNAS

Legenda: ANOMALIAS DA CROMATINA:


1) Granulosa fina e regular; 2) Granulosa
com blocos de cromatina; 3) Opaca
(densa); 4) Nucléolo volumoso e 5)
Hipercromática e irregular.

 CARCINOMA ESCAMOSO MICRO INVASIVO


 DEFINIÇÃO: quando infiltrou a membrana basal, histologicamente < de 6 mm.
 DENOMINAÇÕES: lesão maligna.
 ORIGEM: carcinoma in situ.
 INCIDÊNCIA: 35 – 65 anos.
 EVOLUÇÃO: moderada.
 PROGNÓSTICO: evoluir para carcinoma invasivo.
 DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA: JEC.

56
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
 Algumas células em fibra e em fuso isoladas.
 Presença de células do 3° tipo.
 Zonas livres de cromatina.
 Núcleo com amoldamento.
 Presença de pouca diátese tumoral.
 Ceratinização geralmente presente.
 Pérola córnea geralmente presente.
CARCINOMA ESCAMOSO MICRO INVASIVO

 CONSIDERAÇÕES GERAIS NA AVALIAÇÃO DO ESFREGAÇO CITOLÓGICO


 FUNDO DA LÂMINA: um critério geral importante na avaliação do esfregaço citológico.
 NÚMERO DE CÉLULAS ANORMAIS: células malignas se dissociam mais prontamente.
 ARRANJO DAS CÉLULAS: importante na classificação da lesão celular.
 TAMANHO E FORMA DAS CÉLULAS: a forma celular indica a origem e o estado
funcional.
 FUNÇÃO CELULAR: ciliadas e secretoras.
 NÚCLEO: atividade biológica e potencial maligno.

Legenda: CARCINOMA MICRO INVASIVO:


células escamosas com volume nuclear
aumentado, hipercromasia intensa, cromatina
granular e irregular com zonas livres. Célula
multinucleada e apresentando amoldamento
nuclear

57
Legenda: CARCINOMA MICRO INVASIVO: células escamosas com volume nuclear aumentado, hipercromasia
intensa, cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento
nuclear.

 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO


 DEFINIÇÃO: quando infiltrou a membrana basal, com possibilidade de formação de
metástase.
 GRADUAÇÃO: de acordo com o grau de diferenciação:
 Grau I: diferenciado.
 Grau II: moderadamente diferenciado.
 Grau III: indiferenciado.
 ORIGEM: neoplasias intra-epiteliais (NIC III).
 INCIDÊNCIA: 35 – 65 anos.
 EVOLUÇÃO: rápida.

 ASPECTOS CLÍNICOS
 VISÍVEIS AO EXAME CLÍNICO
 FORMA EXOFÍTICA: formação tumoral para fora do epitélio.
 FORMA ENDOFÍLICA: formação tumoral para dentro do epitélio.

 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
 Células em fibra.
 Células em fuso.
 Células em girino.
 Células amebóides.
 Cromatina nuclear: tinta nanquim.
 Diátese tumoral: bem evidente.
 Pérola córnea: geralmente presente.

 TIPOS DE CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO


 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO CERATINIZADO DIFERENCIADO
 CARACTERÍSTICAS GERAIS:
58
 Diátese tumoral: geralmente ausente.
 Pérola córnea: geralmente presente.
 Cromatina nuclear: em tinta nanquim.
 Formato das células: paraceratosa e ceratinizada.
 Tamanho das células: grande.
 Nucléolos: não são visíveis.
 Multinucleação: pode acontecer, porém não muito frequente.
 Relação núcleo citoplasma: muito aumentada.
CARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS ESCAMOSAS

TIPOS DE CÉLULAS ENCONTRADOS EM CARCINOMA ESCAMOSO


INVASIVO

59
Legenda: CARCINOMA INVASIVO CERATINIZADO E NÃO CERATINIZADO: células escamosas com volume
nuclear aumentado, hipercromasia intensa (tinta nanquim), cromatina granular e grosseira com zonas livres.
Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento nuclear. Células do tipo: em fibra, em girino, em fuso e do
3º tipo

 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO MODERADAMENTE DIFERENCIADO


 CARACTERÍSTICAS GERAIS:
 Tipo de descamação: agrupada, não muito definida.
 Diátese tumoral: presente.

60
 Cromatina nuclear: irregular, grosseira com zonas livres bem definidas.
 Origem: processos metaplásicos.
 Tamanho das células: variável.
 Relação núcleo citoplasma: aumentada.
 Citoplasma: mais ou menos evidente.

Legenda: CARCINOMA INVASIVO


MODERADAMENTE DIFERENCIADO: células
escamosas com volume nuclear aumentado,
hipercromasia intensa (tinta nanquim),
cromatina granular e grosseira com zonas
livres. Células mono e binucleadas e
apresentando amoldamento nuclear,
citoplasma mais ou menos evidente e com
presença de diátese tumoral.

 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO INDIFERENCIADO


 CARACTERÍSTICAS GERAIS:
 Tipo de descamação: em sincícios.
 Diátese tumoral: presente.
 Cromatina nuclear: irregular, grosseira com zonas livres bem definidas.
 Formato das células: mais arredondadas.
 Tamanho das células: variável.
 Nucléolos: são frequentemente visíveis.
 Multinucleação: muito comum.
 Relação núcleo citoplasma: muito aumentada.
 Citoplasma: delicado e escasso.

Legenda: CARCINOMA INVASIVO INDIFERENCIADO: células escamosas com volume nuclear aumentado,
hipercromasia intensa cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células mono e multinucleadas e
apresentando amoldamento nuclear, citoplasma delicado e escasso e com presença de diátese tumoral.

61
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91) 3223 – 8106 – 3223 - 3286
NOME DA PACIENTE: Edna da Silva N 20000
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 47 anos
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 19/05/2011
EXAME: COLPOCITOLÓGICO
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL

RESULTADO

 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: PARABASAIS, INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F).


 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F).
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (AB).
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R).
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS (F).
 ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS ESCAMOSAS COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO,
HIPERCROMASIA INTENSA, MEMBRANA NUCLEAR IRREGULAR, CROMATINA GRANULAR
IRREGULAR E GROSSEIRA, AGRUPAMENTO CROMATÍNICO C/ ZONAS LIVRES. PRESENÇA
DECÉLULAS COM ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS DOS TIPOS EM FIBRA E GIRINO.
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE CARCINOMA INVASIVO
DIFERENCIADO CERATINIZADO.
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA.

 COLPOSCOPIA:
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc. As lesões
malignas do colo uterino na maioria das vezes é visível macroscopicamente.
 HISTOPATOLOGIA

A B

Legenda: A) Biopsia do colo uterino com lesão macroscópica de malignidade e B) Histopatológico de CARCINOMA
ESCAMOSO.

 MARCADORES TUMORAIS
 IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8
(colagenase), etc.
62
 TRATAMENTO DAS LESÕES MALIGNAS
 TIPO DE TRATAMENTO:
 CIRÚRGICO: retirada parcial ou total (histerectomia).

A B

Legenda: A) Cirurgia radical e reparadora e B) Histerectomia em CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO.

 RADIOTERAPIA: pode ser utilizado isoladamente ou associado à outra metodologia de


tratamento como: cirurgia.

9 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ENDOCERVICAIS

 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL


 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR
 MATERIAL UTILIZADO
 Fixação.
 Coloração.
 Montagem.
 Leitura.
 Arquivamento da lâmina.

 AGENTES CAUSAIS
 Biológicos.
 Físicos.
 Químicos.
 Intrínsecos (hormonais).

 MECANISMOS DAS LESÕES MALIGNAS


 EPITÉLIO CILÍNDRICO ENDOCERVICAL (GLANDULAR)
 FUNÇÃO: revestimento, proteção e lubrificação.
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: células ciliadas e secretoras.

63
Legenda: Grupos de células endocervicais secretoras normais.

 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA
 PRINCIPAIS CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÃO ENDOCERVICAL
 Hipercromasia.
 Aumento nuclear.
 Alteração da forma nuclear.
 Perda da disposição celular.
 Cromatina granular levemente grosseira a acentuada.
 Macronucléolos arredondo e central.
 OBS: Diversas alterações celulares podem confundir, tais como: metaplasia atípica,
cervicite crônica, agudas e fenômeno de reparação.
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS DE REPARO

64
 TIPOS DE ADENOCARCINOMAS
 ADENOCARCINOMA IN SITU
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS:
 Abundância de células e em aglomerados.
 Perda da disposição celular normal (plumagem).
 Hipercromasia moderada / acentuada.
 Aumento do núcleo.
 Forma nuclear redonda ou oval.
 Cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento
cromatínico e zonas livres.
 Macronucléolos geralmente não estão visíveis.

LESÃO EM CÉLULAS GLANDULARES INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU


(HSIL) ADENOCARCINOMA IN SITU

COMPARAÇÃO ENTRE CÉLULAS ENDOCERVICAIS NORMAIS E


ADENOCARCINOMA

65
A B

C D

Legenda: A e B) Adenocarcinoma Endocervical In Situ com formação das células em plumagen; C e D)


Adenocarcinoma Endocervical In Situ com formação das células em roseta. CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS:
perda da disposição celular normal (plumagem) e cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com
agrupamento cromatínico e zonas livres.

 ADENOCARCINOMA MICRO INVASIVO


 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS:
 Abundância de células e em aglomerados.
 Perda da disposição celular normal e polaridade.
 Hipercromasia leve / moderada.
 Aumento do núcleo.
 Forma nuclear redonda ou oval com espessamento.
 Cromatina granular moderadamente irregular com agrupamento cromatínico e
zonas livres.
 Macronucléolos arredondados e centrais são frequentes e as vezes com halo
perinucleolar.
 Diátese tumoral pode estar presente.
 Amoldamento nuclear frequente.

66
Legenda: Adenocarcinoma Endocervical Micro Invasivo CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS: abundância de
células e em aglomerados; hipercromasia leve / moderada; macronucléolos arredondados e centrais e às vezes
com halo perinucleolar e amoldamento nuclear.

 ADENOCARCINOMA INVASIVO
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS:
 Abundância de células e em aglomerados.
 Perda da disposição celular normal e polaridade.
 Hipercromasia leve / moderada.
 Aumento do núcleo e anisocariose aumentada.
 Forma nuclear redonda ou oval c/ espessamento.
 Cromatina granular grosseira e irregular com agrupamento cromatínico e zonas
livres.
 Macronucléolos centrais redondo estão presentes, podendo ser avermelhado e com
halo perinucleolar.
 Diátese tumoral presente.
 Secreção de mucina (anel de sinete).
ADENOCARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS ENDOCERVICAIS

67
A B

C D

Legenda: Adenocarcinoma Invasivo Endocervical. A) Macronucéolos redondos, avermelhado com halo


perinucleolar; B) Macronucéolos redondos, diátese tumoral, cromatina granular grosseiramente irregular
(pontilhado) com agrupamento cromatínico e zonas livres; C) Macronucéolos redondos, cromatina granular
grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento cromatínico e zonas livres e D) Anel de sinete e diátese
tumoral.

10 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ENDOMETRIAIS

 COLETA DE MATERIAL
 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES DA COLETA
 Esfregaço cervical pouco sensível.
 Coleta de fundo de saco vaginal posterior: mais sensível que esfregaço cervical, porém
células má conservada, dificulta sua identificação.
 Aspirado endometrial é a coleta ideal.
 MATERIAL UTILIZADO: seringa adaptada para aspiração ou instrumento próprio.
 Fixação.
 Coloração.
 Montagem.
 Leitura.
 Arquivamento da lâmina.

68
 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO ÚTERO

 EPITÉLIO CILINDRÍCO ENDOMETRIAL (GLANDULAR)


 Função: proteção, secreção e nutrição.
 Constituição citológica: dois tipos celulares (ciliada e secretora).
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS CILIADAS
 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e ocasionalmente vacuolizado. Placa
terminal e cílios são frequentemente observados.
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de
cromatina fina, uniformemente granular e com vários cromocentros.
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS SECRETORAS (MUCIPARAS)
 CITOPLASMA: cora em cianófilofinamente vacuolizado e sem margens celulares nítidas.
 NÚCLEO: redondo ou oval, localização basal. Padrão de cromatina regularmente
distribuída, finamente granular e podendo mostrar cromocentros.
 OBS: normalmente células endometriais são observadas no esfregaço citológico somente até
o 10º - 12º dia do ciclo menstrual.

 PATOLOGIAS UTERINA MAIS FREQUENTES


 Inflamação: exsudato purulento (Herpes, Citomegavírus, etc).
 Tuberculose.
 Anormalidades citológicas provocadas pelos dispositivos intra – uterinos (fibrose,
edema, hipervascularização, etc).
 Reparação do endométrio após biópsia, curetagem ou qualquer traumatismo.
 Hiperplasia: causa hormonal.
 Endometriose.
 Anormalias citológicas durante o uso de hormônios esteróides.
 TUMORES MALIGNOS DO ENDOMÉTRIO
 Sarcomas (leiomiosarcoma).
 Adenocarcinoma: geralmente a partir de 50 anos.

 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS
 Número de células abundantes.
 Núcleo com aumento moderado de volume.
 Núcleo hipercromático.
 Nucléolos bem proeminentes.
 Elementos sanguíneos abundantes.

69
DIFERENÇAS DE ADENOCARCINOMA ENDOCERVICAL / ENDOMETRIAL

Legenda: ADENOCARCINOMA ENDOMETRIAL: macronucéolos redondos proeminentes, grupamentos de


células, diátese tumoral, cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento cromatínico e
zonas livres.

70
LITERATURA CONSULTADA E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
UTILIZADO
1) BRUCE, Alberts et al. Biologia molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
2) CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei M. A célula. São Paulo: Manole, 2001.
3) CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, L. C. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara, 2010.
4) GARTNER, Leslie. P.; HIATT, James L. Tratado de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara,
2010.
5) BARRASSO, Renzo - Infecção por Papilomavírus humano. Porto Alegre: Artmed; 1997.
6) FLECK, James - Câncer integração clínica – biológica. Rio de Janeiro: Medsi; 1991.
7) GRIMALDO, Carvalho - Citologia do trato genital feminino. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994.
8) HUNSAIN, O. A. - Atlas colorido de citologia ginecológica. São Paulo: Artes Médicas; 92.
9) JACYNTO, Claúdia – HPV - infecção genital feminino e masculino. Rio de Janeiro: Revinter;
1994.
10) KOSS, Leopoldo G. - Citologia ginecológica. 1. ed. São Paulo: Editora Manole; 1997.
11) ROBBINS, K. Contran - Patologia estrutural e funcional. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1996.
12) SCHNEIDER, Marie Luise - Citologia ginecológica. Rio de Janeiro: Revinter; 1998.
13) TAKAHASHI, Masayoshi - Atlas colorido de citologia do câncer. 2. ed. São Paulo: Editora
Manole; 1982.
14) GRIFFITHS, Thomas – Oncologia Ginecológica. 3. ed. São Paulo: Editora Artes Médica;
2010.
15) McKEE, Grace – Citopatologia. 2. ed. São Paulo: Editora Artes Médica; 2009.

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