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DE
CITOPATOLOGIA
AGOSTO - 2017
1
ÍNDICE
2
1 - CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO
CONCEITO
Estuda as estruturas e as funções celulares, analisando as diversas formas morfológicas
assumidas frente às condições fisiológicas e patológicas.
HISTÓRICO
Advento do Miscroscópio Óptico Comum ou de Luz no século XVIII.
Atlas de Donné: 1845.
Rubin: 1910.
Kermuner: 1912 - lesão cancerosa.
Papanicolaou (Dr George Nikolaou Papanikolaou): 1928 - lesão cancerosa.
Mac Farlane 1938: 1º ambulatório visando diagnóstico precoce do câncer ginecológico no
mundo.
NO BRASIL
Arnaldo de Moraes:1948 - fundador do 1º ambulatório de citologia e colposcopia no Brasil –
UFRJ.
Grimaldo Carvalho: 1960 - um eterno defensor da citologia esfoliativa no Brasil e no exterior.
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COLETA DE MATERIAL CITOLÓGICO DO TRATO GENITAL FEMININO
Importância: coletar as células representativas da parede vaginal, fundo do saco vaginal e
colo uterino (ectocevix e endocervix).
Cuidados especiais antes e durante a coleta: a paciente deve receber orientações
oportunas para não comprometer a qualidade da coleta da amostra.
Dados clínicos: preenchimento da ficha com os dados da mesma.
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MATERIAL UTILIZADO NA COLETA CERVICO-VAGINAL
Especulo vaginal.
Espátula de Ayres.
Escova cervical.
Swab.
Lâmina de vidro de extremidade fosca.
Porta lâmina.
Pinças Cherron.
Compressa de gaze.
Algodão.
Fixador (álcool à 92º)
ESFREGAÇO CITOLÓGICO
Padrão – aceitável.
Fino.
Espesso.
Hemorrágico.
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COLORAÇÃO DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO
MÉTODOS
Papanicolaou.
Shorr.
Automático.
MATERIAIS UTILIZADOS PARA A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU
Corantes: hematoxilina de Harris, EA 36 e orange “G”.
HCl à 0,5%.
Água potável.
Álcool etílico.
Xilol P.A.
Suporte para lâminas.
TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU
FASE DE HIDRATAÇÃO.
FASE DE DESIDRATAÇÃO.
1) As lâminas são colocadas em uma cestinha, e esta para uma cuba com ÁGUA POTÁVEL
CORRENTE (3 MINUTOS).
2) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÀGUA DESTILADA (MEGULHAR 10 VEZES).
3) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de HEMATOXILINA, tempo conforme o potencial do
corante (3 MINUTOS).
OBS: a HEMATOXILINA tem que ser FILTRADA todos os dias, quanto for usada.
4) Escorrer a cestinha e coloca – lá novamente na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE
(MERGULHAR 10 VEZES).
5) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁCIDO CLORÍDRICO À 0,5 %
(MERGULHAR RAPIDAMENTE 2 VEZES).
6) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE (3 MINUTOS).
7) Escorrer a cestinha e coloca – lá em uma cuba com ÁLCOOL AMONIACAL (MERGULHAR 10
VEZES).
8) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
9) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO: (MERGULHAR 10
VEZES).
10) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ORANGE “G” (3 MINUTOS).
11) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
12) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
13) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com “EA” (3 MINUTOS).
14) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
15) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10
VEZES).
16) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES).
17) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES).
OBS: evitar contaminação dos corantes, deixando as cubas tampadas mesmo durante a
coloração, destampando-as individualmente.
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MONTAGEM DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO
TIPOS DE MONTAGENS: permanente.
MATERIAIS UTILIZADOS NAS MONTAGENS: Entellan e Mercoglass.
LEITURA DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO: a leitura deve ser realizada em toda a extensão
da lâmina e em quantas lâminas forem coletadas.
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CAMADA DE CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS
CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS: são maiores que as células parabasais (20 - 36 micras).
CITOPLASMA: forma poligonal, cora em cianófilo claro, translúcido e margens celulares
delimitadas.
NÚCLEO: vesicular, localização central, padrão cromatínico finamente granular,
uniformemente distribuída e com cromocentros.
A B
Legenda: A) Célula Intermediária (aumento de 400X) e B) Células intermediárias (aumento de 100X).
A B
Legenda: A) Células Superficiais Eosinofílicas e B) Células Superficiais Cianofílicas (coradas pela coloração de
Papanicolaou).
A B
Legenda: A) Células Endocervicais Ciliadas (placa terminal) e B) Células Endocervicais Secretoras (coradas pela
coloração de Papanicolaou).
A B
Legenda: A) Células Endocervicais Secretoras em formação de Favo de Mel e B) Células Endocervicais Secretoras
em Formação Paliçada (coradas pela coloração de Papanicolaou).
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Legenda: Células Endocervicais Ciliadas
isoladas e uma célula Intermediária. (coradas
pela coloração de Papanicolaou).
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IMPORTÂNCIA: 95% dos casos de câncer ginecológico são observados na JEC. A coleta
obrigatoriamente deve obter células deste local.
A B C
CÉLULAS DE REPARO
CITOPLASMA: cora em cianófilo com margens nítidas e disposição em lençol.
NÚCLEO: oval ou redondo, padrão de cromatina granular fino e uniforme, com
cromocentros, macronucléolo único e proeminente.
CARACTERÍSTICA GERAL DE PROCESSO REPARATIVO
Falta de diátese tumoral.
Ausência de células isoladas.
Falta de padrão de cromatina grosseira.
Ausência de organização sincicial com perda de polaridade.
METAPLASIA ESCAMOSA
CONCEITO: transformação celular com objetivo reparativo ou protetivo.
TIPOS CELULARES:
MATURAS: células metaplásicas grandes e poligonais que irão originar as células
intermediárias e superficiais.
IMATURAS: células metaplásicas pequenas e arredondadas que irão originar as células
basais e parabasais.
ORIGEM HISTOLÓGICA: endoderma (células de reserva).
IMPORTÂNCIA: proteção contra possíveis lesões celulares na JEC.
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A B
Legenda: A) Células Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos proeminentes e B) Células
Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos pouco proeminentes.
A B
Legenda: A) Células Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos proeminentes e B) Células
Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos pouco proeminentes (acima várias células
intermediárias e superficiais).
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Fonte: The Ciba Collection Of
Medical Illustrations. Frank H.
Netter M. D.
Legenda: JEC envolvidas em
lesões malignas.
A B
LINFÓCITOS
TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro.
FUNÇÃO: imunidade celular e humoral.
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ORIGEM: sangue.
PLASMÓCITOS
TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro.
FUNÇÃO: imunidade humoral.
ORIGEM: sangue.
ERITRÓCITOS
TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro.
ORIGEM: sangue.
IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA: sangramento com lesão celular.
A B
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OBS: importante fazer diferenciação com células endocervicais.
A B
FORMAÇÃO SINCICIAL
TAMANHO: variável, pode chegar até 80 micras de diâmetro.
CITOPLASMA: cianófilo ou acidófilo, vacuolizado ou não e geralmente células fagocitadas
no seu interior.
NÚCLEO: forma, quantidade variada e localização central.
FUNÇÃO: fagocitose.
ORIGEM: sangue.
OBS: não confundir com células malignas e células citotrofoblásticas.
ESPERMATOZÓIDE
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ORIGEM: sêmem.
OBS: não deve ser registrado no laudo citológico.
A B
ARTEFATOS
MUCO CERVICAL
FORMA: variada, depende da ação hormonal.
COR: esbranquiçado ou levemente acinzentado.
CONSTITUIÇÃO QUÍMICA: água, cloreto de sódio e proteína.
IMPORTÂNCIA: defesa, impedindo a entrada de microrganismos e também dos
espermatozóides no ambiente vaginal.
A B
Legenda: A) Muco cervical denso e filamentoso (paciente menopausada) e B) Muco cervical após período fértil (18º
dia do ciclo menstrual).
CISTOS DE PROTOZOÁRIOS
OVOS E LARVAS DE HELMINTOS
CONTAMINANTES
Talco.
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Cremes.
Fibra de algodão.
Grãos de pólen.
Fungo do ambiente.
4 - DIAGNÓSTICO DESCRITIVO EM CITOPATOLOGIA
REAGAN (1953)
CÉLULAS DE REPARO: classe II.
CÉLULAS METAPLÁSICAS: classe II.
DISPLASIA: LEVE, moderada e grave.
CARCINOMA IN SITU E MICRO INVASIVO.
CARCINOMA INVASIVO (ESCAMOSO OU GLANDULAR).
RICHART (1968)
NEOPLASIA INTRA – EPITELIAL CERVICAL (NIC): NIC I; NIC II E NIC III.
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AMOSTRA SATISFATÓRIA MAS LIMITADA PARA AVALIAÇÃO
CITOLÓGICA:
Falta de informação clínica.
Presença de sangue, inflamação, áreas densas, fixação deficiente, etc. Prejudicando
a visualização de 50 - 75 % das células.
Ausência de células endocervicais ou metaplásicas.
AMOSTRA INSATISFATÓRIA:
Ausência de identificação da paciente na amostra e ou na requisição do exame.
Lâmina quebrada e que não pode ser reconstituída.
Componentes celulares insuficientes.
Presença de sangue, áreas densas, que prejudiquem a interpretação de igual ou
superior a 75 % das células epiteliais.
OBS: solicitar nova coleta.
DIAGNÓSTICO DESCRITIVO
CÉLULAS BENIGNAS: esfregaço normal.
ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS: fungos, bactérias, vírus, protozoários, etc.
ATERAÇÕES REATIVAS:
Reparo.
Atrófico.
Radiação.
DIU.
Metaplasias.
CÉLULAS EPITELIAIS ANORMAIS
CÉLULAS ESCAMOSAS:
Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado (ASCUS).
Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Baixo Grau (LSIL): abrange infecção por HPV
(Displasia Leve/NICI).
Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Alto Grau (HSIL): Abrange (Displasia
Moderada, Displasia Grave, Carcinoma In Situ, Adenocarcinoma In Situ, Displasia
Moderada e Grave de células endocervicais).
Carcinoma de Células Escamosas.
CÉLULAS GLANDULARES:
Células Glandulares Atípicas de Significado Indeterminado (ASGUS).
Adenocarcinoma de células endocervicais e endometriais.
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286
NOME DA PACIENTE: Edinéia Almeida Silva º
N 198999
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 17 anos
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/12/2010
EXAME: COLPOCITOLÓGICO
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL
RESULTADO
CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F).
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CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F).
ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (F).
FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R).
OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS REATIVAS (F).
PROVÁVEL AGENTE ETIOLÓGICO: Gardnerella e Trichomonas vaginalis.
ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS
COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, HIPERCROMASIA e CROMATINA GRANULAR REGULAR.
CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE LESÃO INTRA-EPITELIAL DE BAIXO GRAU
(LSIL) – NIC I.
AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA.
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Legenda: 1) Oval; 2) Arredondado; 3)
Irregular e 4) Multinucleado.
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5.2 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS - CRITÉRIOS CITOLÓGICOS
ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS ORIUNDAS DE AGRESSÕES DIVERSAS
ALTERAÇÕES CELULARES REATIVAS
INESPECÍFICAS
ESPECÍFICAS
ALTERAÇÕES CELULARES DE SUPERFÍCIE
HIPERCERATOSE: é o aparecimento de uma camada córnea. Observamos nas
leucoplasias. Características morfológicas:
CITOPLASMA: cora em eosinófilo intensamente ou orangiofílico, núcleo ausente ou
mancha deste.
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ALTERAÇÕES CELULARES DEGENERATIVAS
CARIORREX: fragmentação da cromatina.
CARIOPINOSE PRECOCE: condensamento nunclear.
ROTURA DA CARIOTECA: às vezes só é visualizada com aumento de 1000 X
(objetiva de imersão).
CARIÓLISE: desvanecimento ou dissolução da cromatínica.
LIQUEFAÇÃO CITOPLASMÁTICA: depósito glicogênio, água.
VACUOLIZAÇÃO CITOPLASMÁTICA: entrada de água ou aumento de cálcio.
VACUOLIZAÇÃO NUCLEAR: geralmente irreversível.
EOSINOFILIA EM CÉLULAS PROFUNDAS: degeneração protéica.
A B
Legenda: A) Cariorrex em célula Parabasal e B) Cariopicnose em células Parabasais de paciente com esfregaço
atrófico (menopausada).
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Legenda Apagamento ou perda de
bordas citoplasmáticas.
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A B
CITOPLASMA FRAGMENTADO
A B
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C D
EM RELAÇÃO AO NÚCLEO
ESPESSAMENTO UNIFORME DA MEMBRANA NUCLEAR: sinal de degeneração,
quando a cromatina torna - se rarefeita.
EDEMA NUCLEAR: é o aumento nuclear pelo maior conteúdo cromatínico. Observa - se
agrupamentos de grânulos cromatínicos espalhados pelo interior do núcleo, assumindo
uma leve hipercromasia.
INCHAÇO NUCLEAR: ocorre pela entrada de substância no interior do núcleo e
geralmente há uma hipocromasia.
BINUCLEAÇÃO OU MULTINUCLEAÇÃO: ocorre quando o núcleo se divide e não há
o companhamento da divisão do citoplasma.
FIGURA DE MITOSE:
EM RELAÇÃO À CÉLULA
FORMAÇÃO DE PÉROLA BENIGNA: geralmente constituída de células
intermediárias e superficiais eosinófilas ou ceratinizadas.
PARACERATOSE
NÚCLEO EXCÊNTRICO
A B
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C D
27
Legenda: Gardnerella vaginalis (célula
guia), Metacromasia, Binucleação e Halo
Perinuclear.
FLORA COCÁCEA
SECREÇÃO: geralmente presente e abundante.
ASPECTO: líquido ou bolhoso.
COR: amarela ou esbranquiçada.
ODOR: moderadamente fétido.
PRURIDO: geralmente ausente.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos agrupados ou isolados, intra ou extra
celular, pela coloração de Papanicolaou cora em roxo ou em cianófilo escuro.
CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear.
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes.
Macrófagos: raros.
Bacilos de Doderlein: raros ou frequentes.
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A B
A B
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Chlamydia sp
SECREÇÃO: inespecífica ou ausente.
PRURIDO: geralmente ausente.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Inclusões intracitoplasmáticas em células
endocervicais, metaplásicas e raramente em células escamosas. Pode ser única ou várias.
CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear.
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polimorfonucleares: raros ou frequentes no início da infecção e abundantes no final.
Macrófagos: frequentes e às vezes multinucleados.
Bacilos de Doderlein: raros.
A B
Legenda: A) Lesão ulcerativa na orofaringe induzida pela Chlamydia sp e B) Célula escamosa com inclusão
intracitoplasmática, sugestivo de infecção por Chlamydia sp.
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Legenda: Leptrotrix vaginalis e
Trichomonas vaginalis. CRITÉRIOS
CITOMORFOLÓGICOS: pseudoeosinofilia,
apagamento de bordas citoplasmáticas,
halo perinuclear e edema nuclear.
Fusobacterium sp
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos longos e finos, semelhante à Leptothrix,
apenas de menor tamanho.
BACILOS DIFTERÓIDES
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: apresenta um ou duas esferas nas
extremidades.
A B
BACILOS DA TUBERCULOSE
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polomorfonucleares: frequentes ou abundantes.
Formação sincicial: frequentes ou abundantes.
Linfócitos e macrófagos: frequentes.
BACILOS DE DODERLEIN
SECREÇÃO: presente.
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ASPECTO: líquido ou bolhoso.
COR: esbranquiçada.
ODOR: pouco fétido.
PRURIDO: ausente, apenas queimação na mucosa vaginal.
SECREÇÃO: presente.
ASPECTO: líquido.
COR: amarela.
ODOR: fétido.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos aos pares intra ou extra celular,
polimorfonucleares abundantes e bacilos Doderlein raros ou ausentes.
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Legenda: Cocos aos pares intra e
extracelular em paciente com secreção
vaginal amarelada abundante.
FÚNGICOS
Candida sp
SECREÇÃO: presente e às vezes abundante.
ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal e raramente ao colo
uterino.
COR: esbranquiçada.
ODOR: inodoro.
PRURIDO: presente e as vezes intenso.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: esporos que medem cerca de 2 - 4 micras de
diâmetros, cora pela coloração de Papanicolaou em marrom ou amarelo escuro, apresenta-se
na forma oval. Enquanto que as Hifas são estruturas contínuas, septadas ou micélios.
CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, pseudoeosinofilia,
metacromasia, apagamento de bordas citoplasmáticas e halo perinuclear.
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polimorfonucleares: frequentes.
Bacilo de Doderlein: frequentes e raramente abundantes.
SECREÇÃO: presente.
ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal.
COR: esbranquiçada.
PRURIDO: presente e às vezes intenso.
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A B
Legenda: A) Lesão ulcerativa com as bordas lisa, característica de Candida sp e B) Secreção vaginal esbranquiçada,
grumosa e em forma de placa.
A B
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A B
PROTOZOÁRIOS
Trichomonas vaginalis
SECREÇÃO: presente e às vezes abundante.
ASPECTO: líquido ou bolhoso.
COR: amarela e às vezes abundante.
ODOR: fétido.
PRURIDO: presente e às vezes intenso.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
FORMA: oval (periforme) ou arredondada.
TAMANHO: variável (10 - 20 micras).
COR: variável (cinza, cianófilo ou eosinófilo).
FLAGELOS: pela coloração de Papanicolaou não são visíveis.
NÚCLEO: pequeno, localização excêntrica e forma oval.
CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, halo perinuclear,
binucleação, pseudoeosinofilia e metacromasia.
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polimorfonucleares: abundantes.
Bacilo de Doderlein: raros.
Restos celulares: frequentes ou abundantes (sujo).
Bala de canhão: é o aglomerado de polimorfonucleares (geralmente presente).
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Legenda: Lesão epitelial na vulva do tipo
irritativa produzida pelos flagelos e ação das
toxinas liberadas pelos Trichomonas vaginalis.
A B
C D
Legenda: A) Trichomonas vaginalis (halo perinuclear; metacromasia e pseudoeosinofilia); B) Trichomonas
vaginalis; C) Trichomonas vaginalis (perda de bordas citoplasmática e pseudoeosinofilia) e D) Trichomonas
vaginalis (variação de forma e tamanho).
Toxoplasma gondi
AMEBAS: contaminação fecal.
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VIRAIS
HERPES GENITAIS (HSV 2)
SECREÇÃO: inespecífica.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
INCLUSÕES: intranucleares em células escamosas, colunares e metaplásicas, cor
eosinófila ou basófila e aparecem geralmente no período final do ciclo viral.
AMOLDAMENTO NUCLEAR E MULTINUCLEAÇÃO: presentes.
CROMATINA NUCLEAR: aspecto de vidro fosco.
MARGINALIZAÇÃO CROMATÍNICA OU ESPESSAMENTO DA CARIOTECA.
CRITÉRIOS CITOLÓGICOS: multinucleação.
CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO:
Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes.
Bacilo de Doderlein: raros ou frequentes.
A B
Legenda: A) Lesão vesiculosa labial, característica de Herpes sp e B) Lesão ulcerativa labial, característica de
Herpes sp na fase final da infecção.
A B
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É OBSERVADO GERALMENTE EM PACIENTE IMUNODEPRIMIDO.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS IDÊNTICAS AO DO HERPES.
HELMINTOS
ENTERÓBIOS.
ÁSCARIS.
STRANGILÓIDES.
SCHISTOSOMA, ETC.
ASSOCIAÇÕES DE AGENTES
Gardnerella vaginalis + Mobiluncus sp.
Gardnerella vaginalis + Candida sp.
Gardnerella vaginalis + Trichomonas vaginalis.
Trichomonas vaginalis + Leptothrix vaginalis.
Gardnerella + Trichomonas + Candida sp.
Gardnerella + Trichomonas + Mobiluncus sp.
A B
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Dentre os diversos subtipos de HPV causadores de tumores cervicais malignos os mais
frequentes são os 16 e 18.
EPIDEMIOLOGIA
Os papilomavírus têm sido detectados em um grande número de vertebrados, porém são
altamente específicos da espécie.
Atualmente mais de 120 tipos de HPV são conhecidos e numerosas sequências parciais
novas de DNA de HPV indicam a existência de muitos outros tipos. Os tipos de HPV são definidos
pela análise da sequência de DNA e representa, portanto genótipos.
Um genoma de HPV é considerado como representativo de um novo tipo quando suas
sequências de genes E6, E7 e LI diferem em mais de 10% de qualquer tipo de HPV previamente
conhecido.
Os tipos de HPV variam no seu tropismo tecidual, nas suas associações a lesões
diferentes e no seu potencial oncogênico. De acordo com a sua homologia da sequência de DNA
e a sua associação a lesões clínicas, eles podem ser agrupados em:
TIPOS MUCOSOS: 6, 11, 13, 44, 55, 16, 31, 33, 35, 52, 58, 67, 18, 39, 45, 59, 68, 70, 26, 51,
69, 30, 53, 56, 66, 32, 42, 34, 64, 73 e 54.
TIPOS CUTÂNEOS: 1, 63, 4, 48, 60, 65 e 41.
TIPOS CUTÂNEOS / ASSOCIADOS À EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME: 5, 8, 12,
36, 47, 9, 15, 17, 37, 38, 14, 19, 20, 46,, 21, 25, 22, 23, 24, 23, 24, 49 e 50.
TIPO CUTÂNEOS E OU MUCOSOS: 2, 27, 57, 3, 10, 28, 29, 7, 40, 43, 61, 62 e 72.
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Dependendo do tipo de HPV e das lesões clínicas associadas a ele, os HPV são
transmitidos por contato da pele, sexual ou perianal.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: condiloma acuminado (HPV 6 e 11) variam de 3 semanas a 8
meses e aqueles para verrugas cutâneas de 2 semanas a mais de 1 ano.
VERRUGAS CUTÂNEAS: são frequentemente adquiridas por meio de microtraumas. A
transmissão ocorre tanto diretamente de uma pessoa para outra, como indiretamente via
objetos ou superfícies contaminadas.
LESÕES ANOGENITAIS: em geral sexualmente transmissíveis e são provavelmente a
infecção venérea mais frequente.
Estudos têm mostrado que o DNA do HPV pode ser detectado em 70% das mulheres
sexualmente ativas.
A infecção genital por HPV ocorre por contato direto com o epitélio infectado cervical,
vaginal, vulvar, peniano ou anal. A cérvice uterina é o sítio genital mais comum da infecção pelo
fato da constante exposição das células que proliferam na junção escamo-colunar.
O sexo oral é uma possível via de transmissão do condiloma acuminado na língua.
Um simples contato sexual pode ser suficiente para a transmissão do HPV.
TIPOS DE LESÕES
LESÕES CLÍNCAS
VERRUGAS MACROPAPILARES.
PAPULOSA.
CONDILOMA ACUMINADO.
LESÕES SUBCLÍNICAS
São aquelas lesões invisíveis a olho nu, necessitando do auxílio de colposcópio.
CONDILOMA PLANO.
CONDILOMA ESPICULADO.
MICROPAPILAS.
MÁCULAS.
ACETOBRANCO.
PONTILHADO.
LEUCOPLASIA.
A B
Legenda: A) Lesões Verrucosas Macropapilares e B) Lesões Papulosas disseminadas nas áreas cutâneas
vulvar e perianal.
40
A B
A B
A B
C D
42
E F
conteúdo citoplasmático.
superficiais.
Geralmente bi ou multinucleação.
irregular.
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Legenda: Coilocitose em células intermediárias e superficiais de pacientes com HPV.
COLPOSCOPIA
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc.
MATERIAL: análise visual da vulva, vagina, cérvice, pênis, anus, etc.
VANTAGEM: técnica sensível para detecção de lesões associadas ao HPV.
DESVANTAGEM: não específica, não tipa o HPV, sugestiva e requer experiência.
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Legenda: Colposcopia mostrando extensa
ectopia com teste de Schiller positivo em
paciente com HPV.
HISTOPATOLOGIA
Consiste no estudo morfológico das células obtidas da vulva, vagina, colo uterino, anus,
pênis, etc.
MATERIAL: células obtidas por biópsia e preparada em cortes histológicos.
VANTAGEM: coilocitose e lesão celular. São fenômenos específicos.
DESVANTAGEM: sensibilidade limitada e não tipa o HPV.
BIOLOGIA MOLECULAR
Consiste na detecção do DNA do HPV por métodos: captura híbrida; PCR e hibridização in
situ.
MATERIAL: esfregaço ou corte histológico.
VANTAGEM: identificação de diferentes tipos de HPV. Análise quantitativa da carga viral,
sensibilidade e especificidade. Método padrão ouro para o uso clínico e em pesquisa.
DESVANTAGEM: laborioso e alto custo dos exames.
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MÉTODOS DE TRATAMENTO
TERAPIA QUÍMICA
ÁCIDO SALICÍLICO / COMBINAÇÕES.
VITAMINA “A” ÁCIDA (TRETINOÍNA).
FORMALINA.
GLUTARALDEÍDO.
PODOFILOTOXINA (WARTEC)
5-FLUOROURACIL (EFURIX).
BLEOMICINA (BONAR)
ÁCIDO MONOCLOROACÉTICO.
ÁCIDO TRICLOACÉTICO.
TERAPIA CIRÚRGICA
CIRURGIA FRIA: curetagem, excisão com tesoura e excisão com bisturi.
ELETROCIRURGIA: cautério - fulguração, excisão com alça e excisão com agulha.
CRIOTERAPIA.
CIRURGIA A LASER: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG.
IMUNOTERAPIA
INOSINA PRANOBEX: oral.
INTERFERONS: intralesional, intramusculares, subcutâneos e gel.
INDUTORES DE CITOXINA: oral e gel.
RETINÓIDES: oral.
IMUNOGLUCAN: intramuscular.
VACINA: 3 doses. Administrar a 2ª dose 2 meses após a 1ª e a 3ª dose 3 meses após a
2ª.
46
Atividade sexual precoce (abaixo de 16 anos).
Múltiplos companheiros de sexo.
Doenças sexualmente transmissíveis (HIV).
Baixo nível econômico (desnutrição).
Tabaco.
Drogas.
Infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV).
Infecção por Herpes simples tipo 2 (HSV2).
Ectopia.
AGENTES CAUSAIS
Biológicos.
Físicos.
Químicos.
Intrínsecos (hormonais).
EM RELAÇÃO AO NÚCLEO:
Aumento da relação núcleo citoplasma.
Hipercromasia.
Bi ou multinucleação.
Espessamento da membrana nuclear.
Alterações nos grânulos cromatínicos.
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LESÕES ESCAMOSAS INTRA - EPITELIAIS DE BAIXO GRAU (LSIL) – NICI
A B
C D
Legenda: A e B) Células intermedárias com aumento de volume nuclear e hipercromasia (LSIL - NIC I); C e D)
Coilocitose em células intermediárias mono e binucleadas (LSIL - NIC I).
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LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC II
Legenda: Células metaplásicas imaturas e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e alteração
de contorno da membrana nuclear do tipo lobulação. (HSIL - NIC II).
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LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC III
Legenda: Células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e
alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada) (HSIL - NIC III).
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CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL)
DEFINIÇÃO: neoplasia intra-epitelial cervical (NIC).
DENOMINAÇÕES: pré-invasivo, incipiente, intra-epitelial e Bowen de cérvice.
ORIGEM: NIC III.
INCIDÊNCIA: 23 – 45 anos.
EVOLUÇÃO: lenta.
PROGNÓSTICO: pode evoluir para carcinoma invasivo.
DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA: JEC.
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
CITOLOGIA.
COLPOSCOPIA.
HISTOPATOLOGIA.
MARCADOR TUMORAL.
CITOLOGIA.
CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
Células do 3° tipo ou indiferenciada ceratinizada ou não, geralmente de origem
metaplásicas.
Zonas livres de cromatina.
Fila indiana.
Ausência de diátese tumoral (infiltrado inflamatório, hemorrágico e necrose
tecidual).
Ausência de glicogênio celular.
Legenda: HSIL - CARCINOMA IN SITU: células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear
aumentado, hipercromasia e alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada);
cromatina nuclear grosseira e apresentando zonas livres. Arranjo celular em sincício e fila indiana.
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286
NOME DA PACIENTE: Eda Almeida Silva N 198999
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 24 anos
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/18/2010
EXAME: COLPOCITOLÓGICO
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL
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RESULTADO
COLPOSCOPIA:
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc.
Legenda: Colposcopias em pacientes com lesões no colo uterino do tipo HSIL (confirmadas pela citologia e
histopatologia).
HISTOPATOLOGIA
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Legenda: Histopatologia em pacientes com
lesão no colo uterino do tipo HSIL – NIC III.
MARCADORES TUMORAIS
IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8
(colagenase), etc.
TRATAMENTO DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS
A escolha do tratamento depende do:
GRAU DA LESÃO.
IDADE DA PACIENTE.
ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS PATOLOGIAS.
TIPO DE TRATAMENTO:
CIRÚRGICO: retirada parcial ou total.
BIÓPSIA SIMPLES: NIC I e obtenção do material para investigação diagnóstica.
BIÓPSIA POR CONIZAÇÃO: esta indicada em lesões do tipo (NIC II, NIC III e
CARCINOMA IN SITU).
TRATAMENTO PARA CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL)
LOCAL OU RADICAL
EXPECTATIVA DE CURA: excelente.
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TERAPIA LOCAL (DESTRUIÇÃO FÍSICA)
Coagulação a frio.
Eletrocoagulação com alça diatérmica.
Crioterapia.
Terapia a laser: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG.
AGENTES CAUSAIS
Biológicos.
Físicos.
Químicos.
Intrínsecos (hormonais).
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
CITOLOGIA ESFOLIATIVA
CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÕES MALIGNAS
EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA:
Coloração.
Forma.
Hialinização.
Vacuolização.
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Ceratinização.
EM RELAÇÃO AO NÚCLEO:
Aumento da relação núcleo citoplasma.
Hipercromasia (núcleo em tinta nanquim).
Zonas livres de cromatina.
Espessamento irregular e acentuado da membrana nuclear.
Formações aberrantes ou bizarras da cromatina
Figura de mitose anormal.
Nucléolos grandes e ou aumentado numericamente.
Irregularidade no contorno da membrana nuclear, multinucleação, amoldamento
e anisocariose.
EM GERAL
Pleomorfismo celular.
Aumento do tamanho da célula.
Posição do núcleo e anisocitose.
Grupamento denso de células e núcleos desnudos.
Polimorfosnucleares e eritrócitos (abundantes).
Diátese tumoral.
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CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
Algumas células em fibra e em fuso isoladas.
Presença de células do 3° tipo.
Zonas livres de cromatina.
Núcleo com amoldamento.
Presença de pouca diátese tumoral.
Ceratinização geralmente presente.
Pérola córnea geralmente presente.
CARCINOMA ESCAMOSO MICRO INVASIVO
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Legenda: CARCINOMA MICRO INVASIVO: células escamosas com volume nuclear aumentado, hipercromasia
intensa, cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento
nuclear.
ASPECTOS CLÍNICOS
VISÍVEIS AO EXAME CLÍNICO
FORMA EXOFÍTICA: formação tumoral para fora do epitélio.
FORMA ENDOFÍLICA: formação tumoral para dentro do epitélio.
CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS
Células em fibra.
Células em fuso.
Células em girino.
Células amebóides.
Cromatina nuclear: tinta nanquim.
Diátese tumoral: bem evidente.
Pérola córnea: geralmente presente.
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Legenda: CARCINOMA INVASIVO CERATINIZADO E NÃO CERATINIZADO: células escamosas com volume
nuclear aumentado, hipercromasia intensa (tinta nanquim), cromatina granular e grosseira com zonas livres.
Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento nuclear. Células do tipo: em fibra, em girino, em fuso e do
3º tipo
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Cromatina nuclear: irregular, grosseira com zonas livres bem definidas.
Origem: processos metaplásicos.
Tamanho das células: variável.
Relação núcleo citoplasma: aumentada.
Citoplasma: mais ou menos evidente.
Legenda: CARCINOMA INVASIVO INDIFERENCIADO: células escamosas com volume nuclear aumentado,
hipercromasia intensa cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células mono e multinucleadas e
apresentando amoldamento nuclear, citoplasma delicado e escasso e com presença de diátese tumoral.
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PROPHYLAX DIAGNÓSTICO
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ
FONES: (91) 3223 – 8106 – 3223 - 3286
NOME DA PACIENTE: Edna da Silva N 20000
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 47 anos
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 19/05/2011
EXAME: COLPOCITOLÓGICO
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL
RESULTADO
COLPOSCOPIA:
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc. As lesões
malignas do colo uterino na maioria das vezes é visível macroscopicamente.
HISTOPATOLOGIA
A B
Legenda: A) Biopsia do colo uterino com lesão macroscópica de malignidade e B) Histopatológico de CARCINOMA
ESCAMOSO.
MARCADORES TUMORAIS
IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8
(colagenase), etc.
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TRATAMENTO DAS LESÕES MALIGNAS
TIPO DE TRATAMENTO:
CIRÚRGICO: retirada parcial ou total (histerectomia).
A B
AGENTES CAUSAIS
Biológicos.
Físicos.
Químicos.
Intrínsecos (hormonais).
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Legenda: Grupos de células endocervicais secretoras normais.
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
CITOLOGIA ESFOLIATIVA
PRINCIPAIS CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÃO ENDOCERVICAL
Hipercromasia.
Aumento nuclear.
Alteração da forma nuclear.
Perda da disposição celular.
Cromatina granular levemente grosseira a acentuada.
Macronucléolos arredondo e central.
OBS: Diversas alterações celulares podem confundir, tais como: metaplasia atípica,
cervicite crônica, agudas e fenômeno de reparação.
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS DE REPARO
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TIPOS DE ADENOCARCINOMAS
ADENOCARCINOMA IN SITU
CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS:
Abundância de células e em aglomerados.
Perda da disposição celular normal (plumagem).
Hipercromasia moderada / acentuada.
Aumento do núcleo.
Forma nuclear redonda ou oval.
Cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento
cromatínico e zonas livres.
Macronucléolos geralmente não estão visíveis.
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A B
C D
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Legenda: Adenocarcinoma Endocervical Micro Invasivo CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS: abundância de
células e em aglomerados; hipercromasia leve / moderada; macronucléolos arredondados e centrais e às vezes
com halo perinucleolar e amoldamento nuclear.
ADENOCARCINOMA INVASIVO
CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS:
Abundância de células e em aglomerados.
Perda da disposição celular normal e polaridade.
Hipercromasia leve / moderada.
Aumento do núcleo e anisocariose aumentada.
Forma nuclear redonda ou oval c/ espessamento.
Cromatina granular grosseira e irregular com agrupamento cromatínico e zonas
livres.
Macronucléolos centrais redondo estão presentes, podendo ser avermelhado e com
halo perinucleolar.
Diátese tumoral presente.
Secreção de mucina (anel de sinete).
ADENOCARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS ENDOCERVICAIS
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A B
C D
COLETA DE MATERIAL
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES DA COLETA
Esfregaço cervical pouco sensível.
Coleta de fundo de saco vaginal posterior: mais sensível que esfregaço cervical, porém
células má conservada, dificulta sua identificação.
Aspirado endometrial é a coleta ideal.
MATERIAL UTILIZADO: seringa adaptada para aspiração ou instrumento próprio.
Fixação.
Coloração.
Montagem.
Leitura.
Arquivamento da lâmina.
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EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO ÚTERO
CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS
Número de células abundantes.
Núcleo com aumento moderado de volume.
Núcleo hipercromático.
Nucléolos bem proeminentes.
Elementos sanguíneos abundantes.
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DIFERENÇAS DE ADENOCARCINOMA ENDOCERVICAL / ENDOMETRIAL
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LITERATURA CONSULTADA E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
UTILIZADO
1) BRUCE, Alberts et al. Biologia molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
2) CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei M. A célula. São Paulo: Manole, 2001.
3) CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, L. C. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara, 2010.
4) GARTNER, Leslie. P.; HIATT, James L. Tratado de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara,
2010.
5) BARRASSO, Renzo - Infecção por Papilomavírus humano. Porto Alegre: Artmed; 1997.
6) FLECK, James - Câncer integração clínica – biológica. Rio de Janeiro: Medsi; 1991.
7) GRIMALDO, Carvalho - Citologia do trato genital feminino. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994.
8) HUNSAIN, O. A. - Atlas colorido de citologia ginecológica. São Paulo: Artes Médicas; 92.
9) JACYNTO, Claúdia – HPV - infecção genital feminino e masculino. Rio de Janeiro: Revinter;
1994.
10) KOSS, Leopoldo G. - Citologia ginecológica. 1. ed. São Paulo: Editora Manole; 1997.
11) ROBBINS, K. Contran - Patologia estrutural e funcional. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1996.
12) SCHNEIDER, Marie Luise - Citologia ginecológica. Rio de Janeiro: Revinter; 1998.
13) TAKAHASHI, Masayoshi - Atlas colorido de citologia do câncer. 2. ed. São Paulo: Editora
Manole; 1982.
14) GRIFFITHS, Thomas – Oncologia Ginecológica. 3. ed. São Paulo: Editora Artes Médica;
2010.
15) McKEE, Grace – Citopatologia. 2. ed. São Paulo: Editora Artes Médica; 2009.
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