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UFF – Ciências Atuariais

Disciplina: Gestão Estratégica de Negócios – 6º Período


Professor: Mirian Picinini Méxas
Aula 01

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO

Estratégia é a definição de como recursos serão alocados para se atingir determinado


objetivo. Porém as definições do conceito de estratégia são tão numerosas quanto os autores
que as referem, embora exista alguma convergência em alguns aspectos. Vale a pena
lembrar que um dos primeiros usos do termo “estratégia” foi feito há aproximadamente
3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzu, que afirmava que “todos os homens podem ver
as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir
da qual grandes vitórias são obtidas”.

Os estudos do pensamento estratégico vêm se desenvolvendo através de décadas,


proporcionando aos gestores de empresas ferramentas para a realização de mudanças
necessárias, adequando-se assim a modernidade e garantindo sobrevivência no mundo
competitivo. A seguir será mostrada a evolução histórica deste pensamento desde os anos
de 1950 até os anos de 1990, focalizando as principais características das escolas clássicas,
com base no modelo desenvolvido por Gluck, Kaufmann e Walleck (1980).

A primeira fase desta evolução se deu inicialmente na década de 50, com o surgimento
da escola do planejamento financeiro, que era, na realidade, controle financeiro. Foi
utilizado o enfoque top-down, na qual apenas um estrategista principal era o executivo do
topo da pirâmide organizacional e preconizava uma gestão com ênfase na administração
por objetivos (APO), conceito desenvolvido por Peter Drucker. A preocupação maior nesta
fase era com o cumprimento do orçamento e “seguir as regras”, focada numa visão de curto
prazo, o que acabava inibindo a capacidade empreendedora e quase nada era dito a respeito
da formulação de estratégias.

Na década de 60 surgiu a escola do planejamento a longo prazo, que corresponde à


segunda fase e baseava-se na premissa de que o futuro seria estimado a partir da projeção
de indicadores passados e atuais. Trabalhava com métodos simples de elaboração de

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cenários e utilizava a técnica do preenchimento de lacunas existentes entre os pontos da
projeção de referência e os pontos da projeção no cenário desejável. Outra técnica de
análise estratégica usada era a curva de experiência, conceito desenvolvido pelo Boston
Consulting Group (BCG), que prevê a diminuição progressiva dos custos de um produto à
medida que se aumenta a produção. Apesar de ser esta uma importante técnica, deve-se
evitar sua aplicação generalizada, pois ela se presta a produtos ou mercados em crescimento
que não estejam sujeitos a descontinuidade. O maior problema é que esta escola requeria
não somente a previsibilidade, mas também a estabilidade, ou seja, o mundo deveria ficar
parado no decorrer do processo de planejamento, não prevendo descontinuidades.

A terceira fase surgiu na década de 70, com a escola do planejamento estratégico,


baseada na análise de SWOT, ferramenta de gestão que avalia os pontos fortes e fracos da
organização, assim com as oportunidades e ameaças do mercado. Nessa escola procurava-
se criar um foco estratégico nas decisões empresariais, nas quais se enfatizava a
importância tanto da eficiência quanto da eficácia na organização. Os conceitos mais
utilizados por essa escola são: pensamento estratégico, análise das mudanças do ambiente e
análise de recursos internos e competências. O problema desta escola era a falta de foco na
implementação, pois as estratégias eram implementadas somente depois de totalmente
formuladas. Segundo Mintzberg a denominação planejamento estratégico estava errada
para essa escola e, na sua opinião, ela deveria chamar-se programação estratégica.

Na década de 80 surgiu a escola da administração estratégica, que corresponde à


quarta fase e que mostrou que a implementação das estratégias era tão importante quanto a
sua formulação. Os dois principais pensadores dessa escola foram Ansoff e Porter. Para
Ansoff a estratégia consiste basicamente num conjunto de regras de decisão para orientar o
comportamento de uma organização. Por sua vez Porter desenvolveu um modelo de análise
estrutural focalizando cinco forças competitivas, que, segundo ele, atuam sobre uma
indústria. Além disso, ele também propôs as estratégias genéricas (ou as grandes
estratégias) e introduziu o conceito de cadeia de valor, segundo o qual uma organização
pode ser desagregada em atividades primárias e de suporte. Essa escola valorizou as
pesquisas e forneceu um conjunto de informações com base analítica. Porém as

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organizações devem utilizar tais modelos numa perspectiva mais sistêmica e,
principalmente, encontrar maneiras de combiná-los com os das outras escolas.

Nos anos de 1990 surgiu a escola da gestão estratégica, que corresponde à quinta fase,
que foi marcada pelo crescimento acelerado das tecnologias. Essa escola tinha como foco o
pensamento sistêmico englobando e interligando as diversas funções administrativas. Além
de “planejar estrategicamente”, era preciso organizar, dirigir, coordenar e controlar também
estrategicamente. Sendo assim, a implementação da gestão estratégica proporcionou uma
visão mais integrada e menos centralizada das funções administrativas. Também essa
escola dá foco nos objetivos financeiros e deve buscar sintonia com os ambientes de
negócio interno e externo para obter maior chance de sucesso. Pode ser considerado um
problema a falta de alinhamento dessa escola com a filosofia organizacional. Apesar disso,
sua característica principal consiste em preparar a empresa para as incertezas do futuro,
através de um planejamento flexível.

Anos 2000 e a emergência de novas formas organizacionais

De acordo com Schneider (2013):


A década de 1990 caracterizou-se pela ampliação dos debates em torno do tema
estratégia no campo da administração, devido, principalmente às mudanças
socioeconômicas, causadas pela expansão de mercados com a abertura de fronteiras
comerciais entre países, mudanças tecnológicas e o aumento das trocas de informações. A
competição entre empresas, no modo tradicional passou a modificar-se, e permanece em
transformação.
Essa transformação está fazendo emergir novas formas organizacionais, em que as
relações entre organizações fez reaparecer temas como as redes de cooperação, que há
décadas já eram exploradas por empresas italianas, e a cooperação entre organizações,
principalmente entre fornecedores e compradores, como resposta necessária aos
desafios impostos pela tecnologia além da inovação, que já faz parte das funções
organizacionais há algumas décadas e atualmente é amplamente discutida no meio
acadêmico e empresarial, face à busca de novas alternativas.

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A estratégia passa a ser analisada não somente no âmbito interno da organização, mas
nas relações interorganizacionais (interação entre organizações diferentes). Alguns
autores, que já haviam feito suas contribuições nas décadas anteriores, passaram a ser
considerados novamente para os estudos e análises das estratégias organizacionais frente
aos desafios do século XXI.
Na busca de melhores resultados e na incerteza das mudanças no ambiente externo à
organização, com a complexidade e as mudanças constantes, poucas organizações
conseguem manter-se competitivas sem desenvolver inter-relações com outras
organizações, assim, as organizações não devem ser vistas de forma isolada, mas
dependentes de relações interorganizacionais.

Conclusão

A evolução do pensamento estratégico ocorre sempre como resposta às mudanças do


ambiente. Durante as suas principais etapas não se deve descartar as idéias das fases
anteriores, ficando registrados os elementos mais importantes. Também um dos problemas
mais críticos acerca do planejamento estratégico é sua implantação.
Pensamento de Peter Drucker: “O desafio mais importante de nossos dias é o
encerramento de uma época de continuidade - época em que cada passo fazia prever o
passo seguinte - e o advento de uma ERA DE DESCONTINUIDADE, onde o imprevisível é
o pão de cada dia, para os homens, para as organizações e para a humanidade como
sistema”.

Referências Bibliográficas:
a) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 8ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2006.
b) Site WIKIPEDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratégia. Acesso em: 17 de
julho de 2014.
c) SCHNEIDER, Luis Carlos. Pensamento Estratégico Organizacional – Origens, Evolução
e Principais Influências. ANPAD.VI Encontro de Estudos em Estratégia. Bento
Gonçalves, RS, de 19 a 21 de maio de 2013.
Obs: Este documento está sujeito a alterações.

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Comparação entre e Oitava Edição e a Nona Edição do Livro Estratégia de Empresas no
que se refere ao Capitulo 1 - Evolução Do Pensamento Estratégico

A oitava edição apresenta uma análise das escolas de gestão estratégica dividida por
décadas, enquanto que na nona edição, o mesmo assunto apresenta dez diferentes escolas
de gestão estratégica, organizadas em três grupos: Naturezas Prescritiva, Descritiva e
Híbrida.
Essas escolas dez escolas (nona edição), Design, Planejamento, Posicionamento,
Empreendedora, Cognitiva, Aprendizado, Poder, Cultural, Ambiental e
Configuração, foram surgindo em diferentes estágios de desenvolvimento da
administração estratégica. Algumas já chegaram ao pico e declinaram, outras continuam se
desenvolvendo, e há aquelas que continuam pequenas. Nenhuma das dez escolas visualizou
a estratégia como um todo; cada escola apresenta suas soluções de acordo com suas
premissas.
As Escolas de natureza prescritiva (Design, Planejamento e Posicionamento)
preocupam-se mais em como as estratégias devem ser formuladas do que em como elas são
formuladas. Já as de natureza descritiva (Empreendedora, Cognitiva, Aprendizado, Poder,
Cultural e Ambiental) têm se preocupado mais com a descrição de como as estratégias são
e menos com a prescrição do comportamento estratégico ideal (Mintzberg et al, 2000). A
híbrida (Configuração), que tem um pouco de todas, visualiza a formulação da estratégia
como um processo de transformação.
Ao comparar essas dez escolas com as descritas por decênios, pode-se observar algumas
semelhanças, como por exemplo:

 Na escola do design, a matriz SWOT é a sua principal ferramenta, que também foi
tratada na terceira fase da escola do planejamento estratégico, que surgiu na década
de 70.
 A escola do planejamento nasceu na década de 60 e parte da análise da situação
atual da empresa até o desenvolvimento e a exploração de diferentes cenários
alternativos, similar à segunda fase da escola do planejamento ao longo prazo.
Também usa a análise SWOT, que foi tratada na terceira fase.
 A escola do posicionamento é uma das escolas de planejamento mais influentes do
mundo, dominando a cena a partir de 1980. As ferramentas desta escola são: análise
estrutural da indústria focalizando as cinco forças competitivas de Porter, a escolha
de uma estratégia genérica de competição, a definição de um posicionamento
estratégico no mercado e a construção de cadeia de valor, semelhante à quarta fase
da escola da administração estratégica da década de 80.
 Na escola empreendedora, a estratégia existe na mente do líder como uma
perspectiva do que poderá vir a ser, especificamente o senso de direção de longo
prazo, uma visão do futuro da organização, similar à terceira fase da escola do
planejamento a longo prazo.

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 A escola cognitiva usa a psicologia cognitiva e busca-se o entendimento dos
processos mentais dos gerentes e dos formuladores de estratégias. Esta escola surgiu
no início da década de 1990 e a idéia central é que os estrategistas utilizem o seu
conhecimento e sua forma de pensar para produzir estratégias por meio de
experiências, semelhante à quinta fase da escola da gestão estratégica.
 Um dos problemas da escola de aprendizado é a inexistência de estratégias, ou
estratégia perdida ou estratégia errada, por dar mais atenção ao aprendizado,
lembrando a falta de estratégia da primeira fase da escola do planejamento
financeiro.

Conclusão

As duas edições do livro são didaticamente diferentes. Na oitava edição, a evolução do


pensamento estratégico, é contextualizada por décadas, sequenciadas, apontando pontes
fortes e fracos de cada escola, Também nesta edição a evolução do pensamento estratégico
ocorre sempre como resposta às mudanças do ambiente, e a visualização desta mudança na
linha do tempo fica mais clara e de fácil entendimento se comparada à abordagem da nona
edição.
Já na nona edição é preciso correlacionar o nome da escola com a formulação do
processo estratégico, mas também tem seu valor. As dez escolas desta edição também estão
descritas detalhadamente no livro Safári de Estratégia de (Mintzberg et al, 2000).

Exercício:
De acordo com Henry Mintzberg, a estratégia não é um conceito único e acabado. Partindo
desse raciocínio, adotou, então, cinco definições formais de estratégia: os 5P's da
Estratégia. Quais são eles? Apresente uma breve descrição.

Referências Bibliográficas:
a) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 8ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2006.
b) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 9ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2009.
c) MINTZBERG, Henry, AHLSTRAND, Bruce, LAMPEL, Joseph. Safári de Estratégia:
Um roteiro pela selva do planeamento estratégico. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. Porto
Alegre: Editora Bookman, 2000. Reimpressão 2007.
Obs: Este documento está sujeito a alterações.

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