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Sucessão vegetal

Na natureza, os seres vivos estão em constante evolução. Sempre há necessidade de se adaptar


a novas realidades, a mudanças.
Esta permanente evolução em direção ao aumento do número de espécies e da quantidade de
plantas e animais é o caminho fundamental para o equilíbrio (aqui entende-se como sanidade e
produtividade) das plantas nas áreas de cultivo. Esta característica é uma ferramenta estratégica para se
implantar e manejar sistemas de produção agroecológicos como as hortas por exemplo.
Durante o processo de sucessão, cada estágio – conjunto de espécies de seres vivos - vai
preparando condições de vida para o próximo estágio, assim, sobre as rochas surgem musgos e liquens,
que são adaptados a essa condição. Porém, o próprio trabalho desses seres, ajudam a formar o solo e,
em solos ainda rasos e compactados, com baixa quantidade de matéria orgânica e nutrientes, baixa
umidade, alta temperatura, etc., eles darão lugar a outras espécies mais adaptadas, como a tiririca.
Essa, com o seu desenvolvimento, ajuda a desenvolver um pouco mais o solo e acabará dando lugar a
uma outra planta, como a grama fina.
Estas espécies que vão ocorrer primeiro são chamadas de pioneiras e logo em seguida
aparecerão às secundárias. Estas espécies que crescem bem, rapidamente, a pleno sol e não toleram
sombra– são as chamadas espécies pioneiras. Na natureza geralmente elas ocorrem em grande número
de indivíduos, crescem rapidamente e produzem grande quantidade de sementes. Suas sementes são
geralmente dormentes (que duram muitos anos e necessitam de luz e alta temperatura para iniciarem o
processo de germinação), formando o banco de sementes do ecossistema. Assim, essas sementes ficam
no solo de uma área e se por acaso for exposto o solo, onde entra a luz do sol, essas sementes serão
induzidas à germinação.
Conforme o tempo passa, as condições do solo vão se tornando mais propícias à ocorrência de
espécies mais exigentes, as quais vão tomando o lugar das pioneiras, que crescem mais devagar
mesmo no sol e aquelas que crescem devagar e necessitam de sombra quando jovens, que são
conhecidas como secundárias. Também há aquelas que vivem sempre na sombra que aparecem mais
adiante na sucessão, como ilustra os esquemas a seguir:
Quando queremos implantar uma cultura, normalmente enxergamos os inços como um
empecilho e tratamos de eliminá-los, seja com uma enxada, ou, com venenos (herbicidas). Agindo
assim, sem querer acabamos contribuindo invertendo a sucessão natural. Eliminando a serralha e o
picão, estamos contribuindo para compactar um pouco o solo e dando condições para o
desenvolvimento do caruru e da língua-de-vaca. Depois, vem o papua, a milha e daqui a pouco nosso
solo está tão compactado que aparece a guanxuma, a grama fina, a tiririca...
As chamadas plantas daninhas, ou invasoras, ou inços, nada mais são que parte da estratégia da
natureza para a proteção do solo, naturalmente agem como “cicatrizadoras” das áreas de solo revolvido
e descoberto, pois se este solo permanecesse descoberto seria degradado (pela morte da vida do solo
pelos raios solares, erosão , rápida transformação do húmus e perda de nutrientes para camadas mais
profundas do solo, formação de crosta na superfície do solo). Portanto, no sistema de produção
agroecológico consideramos estas plantas como "espontâneas" e utilizamos como aliadas no manejo
do sistema de produção.
As praticas de “limpeza dos inços” e revolvimento de solo, constantes na roça, que levam a
inversão do fluxo da sucessão natural, explica porque em determinados campos ou roças predomina
um tipo de planta e não outro e porque em uma roça é tão fácil controlar os inços e em outra é tão
difícil. A chave para explicar isso é APTIDÃO. Ao longo de milhares de anos, as plantas foram
adaptando seu ciclo de vida a determinados tipos de solo, clima e interações com o ambiente. Assim,
quando temos um solo ácido ou compactado, por exemplo, plantas que desenvolveram uma aptidão
natural de desenvolvimento radicular que suporta a acidez e ou solo compactado, crescem
normalmente, enquanto que outras terão dificuldades em se desenvolver, vindo a desaparecer. Assim,
as plantas com essa aptidão natural podem ser “indicadoras” de solos ácidos e ou solos compactados,
quando são predominantes em um ambiente.
Normalmente as plantas cultivadas são adaptadas a solos férteis e arejados, algumas podem ser
consideradas pioneiras, como o milho, o feijão, o arroz, a maioria das hortaliças que precisam de sol
para o seu desenvolvimento, e não conseguem competir com as plantas nativas, que são adaptadas ao
solo que utilizamos. Porem, com o melhoramento do solo, as plantas cultivadas se “ sentem em casa” e
se desenvolvem tão bem que muitos agricultores não vêem problemas em deixar os inços crescerem
junto com a cultura. Geralmente, os inços que ali aparecem são indicadores de solos férteis e arejados,
como a serralha.
Mas é bom lembrar: assim como os inços, nem todas as culturas são adaptadas a solos férteis.
Muitas culturas são adaptadas a solos ácidos e pouco férteis, como a erva-mate, o abacaxi, a mandioca,
o eucalipto e o pinus.
Uma horta, para se aproximar mais da sustentabilidade, deve apresentar alta biodiversidade, as
plantas crescendo em alta densidade, o solo sempre coberto e a ciclagem dos nutrientes se dando pelo
acúmulo e transformação da matéria orgânica, acelerada pelo manejo de adubação verde e manutenção
de cobertura com material orgânico variado, inclusive, madeiras picadas. Se soubermos manejar as
espécies espontâneas que vão aparecendo naturalmente, podemos aumentar a biodiversidade e também
utilizá-las como adubos verdes, contribuindo com biomassa para enriquecer o sistema.
Outro aspecto interessante que podemos observar na natureza é que muitas vezes uma planta
cresce ao pé da outra, muito próximas, sem que sejam prejudicadas. Isso ocorre porque cada uma
exerce uma função diferente, isto é, ocupam alturas diferentes com necessidade diferente da luz, com
raízes de formatos diferentes buscando nutrientes e água em profundidades diferentes. Isso mostra
possibilidades nos desenhos dos consórcios nas áreas de cultivo, podendo instalar plantas de ciclos e
alturas diferentes na mesma caseira sem prejuízo no desenvolvimento destas plantas.
Uma agricultura sustentável pressupõe uma nova relação ser humano-natureza, onde se
deve buscar otimizar e não maximizar os recursos. Parte-se do princípio de que é mais gratificante
enriquecer o lugar do que explorá-lo, pois quando o local fica rico em vida, há excedentes, que gerará
recursos para o(a) próprio(a) agricultor(a).

Basicamente, para um cultivo diversificado de plantas respeitando o movimento natural de


sucessão, escolhemos os grupos de espécies de plantas que vamos cultivar, sendo que cada grupo de
plantas se estabelece dominando a área até que atinge o auge do seu ciclo de vida (muitas são colhidas
e outras são manejadas para formar a cobertura do solo, outras ainda permanecem como atrativas de
insetos ou como repelentes de insetos ou simplesmente permanençam para dar condições mais anemas
de clima para as plantas do novo ciclo se estabeleçam, assim transformando o ambiente de tal forma
que o próximo grupos de espécies de plantas, já convivendo com o grupo de plantas anterior
manejadas, chegue, por sua vez, a se estabelecer e dominar e assim sucessivamente, numa progressão
aonde os consórcios ou grupos de plantas, com espécies cada vez de ciclo de vida maior, até que se
provoque uma renovação no sistema, com o corte total de plantas, e dê início, novamente ao um novo
ciclo, porém, já em condições ambientais e de solo mais propícias a espécies mais exigentes, pois a
vida acaba por transformar o local onde atua, levando a uma melhoria da qualidade do ambiente e do
solo, devido ao acúmulo de matéria orgânica e interações das plantas, insetos e demais espécies de
vida no ambiente e no solo.
A características para escolha dos grupos sucessionais, ou seja do grupo de plantas escolhidas
em cada ciclo de cultivo de forma sucessão, baseia-se na exigência das espécies pelas condições de
solo e clima, e no seu ciclo de vida, e, para que nos consórcios de plantas nos cultivos estejam
completos, condição essa fundamental para a sustentabilidade do sistema, é importante considerar
também o estrato (altura que cada planta alcança quando adulta) que cada espécie ocupa no
consórcio, para que o espaço vertical no cultivo seja ocupado da melhor maneira possível
identificando espécies que ocupem estratos baixo, médio, alto e emergente em cada consórcio.
Muito há para ser descoberto nessa área. Algumas plantas são bem conhecidas como
indicadoras; outras, estão em fase de observação. Enquanto isso, o agricultor ecologista vai
conhecendo as plantas espontâneas de sua roça, e descobrindo o que indicam e como cada uma pode
contribuir nos cultivos.
Para o auxilio no planejamento dos grupos de plantas por ciclo recomendamos o consorcio de
plantas cultivadas que contenham espécies de cada um dos grupos RAIZ/FOLHAS/ FRUTOS E
FLORES colocando em canteiros ou linhas alternadas.
Associando á plantas de temperos, plantas aromáticas, plantas medicinais, as plantas
espontâneas de mais fácil controle, atentando também para aquelas que entram em floração no período
do ciclo de vida do grupo de plantas cultivadas, em canteiros alternados entre as hortaliças ou no
entorno, para atuarem como equilibradoras (plantas companheiras).

Exemplo de Raízes: cenoura, batata, beterraba, rabanete, nabo, etc...


Exemplo de Folhas: alface, rúcula, almeirão, espinafre, repolho, radichi, couve,etc...
Exemplo de Frutos e flores: tomate, ervilha, feijão-vagem, berinjela, jiló, couve-flor, brócolis ,
alcachofra, etc...

Abaixo destacamos uma relação de plantas companheiras e de plantas não companheiras:

RELAÇÃO DE PLANTAS......

Bibliografia utilizada:

Paulus, G.; Müller, A. M.; Barcellos, L. A. R. Agroecologia Aplicada: Práticas e Métodos para uma
Agricultura de Base Ecológica, EMATER/RS ASCAR, Porto Alegre, 2001

Penereiro, F. M. Sistemas agroflorestais dirigidos pela sucessão natural: um estudo de caso,


dissertação de mestrado, Piracicaba SP, 1999

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