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Ecologia
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This document is published under the conditions of the Creative Commons
http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Commons
Attribution
http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Commons License (abbreviated “cc-by”), Version 2.5.
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License (abbreviated “cc-by”), Version 2.5.
Atribuição
http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Commons
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I. Biologia 3, Ecologia
Por: Dr. John Kiogora Mworia, University of Nairobi
II. Pré-requisitos
O estudante deve:
- Ter o ensino secundário completo e nele ter feito biologia com introdução à ecologia.
- Ter tido os requisitos mínimos exigidos para entrar no nível universitário.
III. Duração
120 horas (mais 84 )
IV. Materiais
Para completar com sucesso este módulo, o estudante deve ter acesso a um
computador com conecção à internet. Serão necessários instrumentos simples para
conduzir algumas actividades de campo. Alguns desses materiais incluem fita
métrica, régua, fio, quadrante (1x1m), rede de arrasto, armadilhas e marcadores.
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V. Racionalidade do Módulo
Neste módulo, o estudante vai aprender, por um lado, como é que os organismos
interagem uns com os outros e, por outro, como eles interagem com o meio
ambiente. Serão, também, abordados os conceitos ecológicos chave na organização
dos organismos, crescimento e dinâmica das populações que constituem
importantes componentes do curriculum da Ecologia no nível pré-universitário. O
módulo é traçado para ser exposto usando ICT e no final, o estudante estará em
condições para elaborar um curso relevante em Ecologia e levar a cabo futuros
estudos em ciências ambientais.
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6.1 Resumo
6.2 Organograma
Ecologia
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VII. Objectivo(s) Geral(ais)
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Unidade 3: Comunidade ecológica
Quando terminar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:
Descrever a estrutura de uma comunidade;
Descrever os diferentes estágios da dinâmica de uma comunidade;
Caracterizar a estrutura e as adaptações das principais comunidades de
vegetação em África.
Unidade 4: Ecossistema
Quando terminar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:
Articular factores que influenciam a produção primária terrestre e aquática;
Explicar o conceito de nível trófico num ecossistema;
Descrever o processo do ciclo dos nutrientes nos ecossistemas terrestres.
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9.1 Avaliação de conhecimentos sobre Ecologia
Racionalidade: A aprendizagem efectiva depende do que já se sabe sobre a disciplina
antes de se tentar adquirir novos conteúdos para o nível seguinte. Assim sendo, de
seguida, o estudante vai fazer um mini-teste para avaliar os seus conhecimentos em
relação ao conteúdo deste módulo.
QUESTÕES
1. O termo “população”, quando aplicado em ecologia, refere-se a:
a) qualquer indivíduo de uma espécie numa determinada área;
b) muitos indivíduos de diversas espécies em várias áreas;
c) todos indivíduos encontrados numa determinada área;
d) todos indivíduos de uma espécie encontrados numa determinada área.
5. Quais dos seguintes factores não têm efeito no crescimento das plantas?
a) Quantidade de nutrientes na troposfera.
b) CCC.
c) Quantidade de água no solo.
d) Concentração de dióxido de carbono na atmosfera.
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1.D: A palavra população refere-se a todos indivíduos de uma espécie numa determinada
área.
2.C: Apenas um se beneficia da relação, enquanto que o outro não é afectado.
3.C: Alguns macronutrientes incluem Nitrogénio enquanto que os micronutrientes são
aqueles requeridos em quantidades pequenas.
4.B: Um exemplo de uma cadeia alimentícia seria capim → antílope → leão.
5.A: A troposfera é a camada externa da atmosfera através da qual as plantas não tem
nenhum acesso.
6. D: Uma espécie é extinta quando não existe nem no cativeiro nem na selva.
7. D: Eutróficos são corpos de água que têm altas quantidades de nutrientes, especialmente
como resultado de poluição agrícola ou industrial.
8. D: Produção primária total é a energia total capturada, enquanto produtividade líquida
primária é aquela que resta depois da respiração.
9. C: Quando o lixo cai é decomposto e liberta nutrientes no solo.
10. C: Quando se considera a diversidade como o número total de espécies é crítico.
11. D: Comportamento territorial ocorre quando um animal ou grupos de animais defendem
uma secção da área onde habitam.
ESPÉCIES
Uma população que constitui o grupo de indivíduos reprodutivamente compatível.
POPULAÇÃO
Um grupo de indivíduos pertencentes a mesma espécies numa determinada área
geográfica.
COMUNIDADE
Grupos de populações em interação numa dada área.
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ECOSSISTEMA
Conjunto de comunidades de organismos e de factores bióticos e abióticos que se
envolvem e interagem com as comunidades.
PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA
Taxa através da qual a matéria orgânica é produzida ou, através da fixação de
energia radiante ou, através da fotossíntese por unidade de área e por unidade de
tempo.
FAUNA
Termo que se refere a todos animais que existem numa determinada área.
FLORA
Plantas ou formas bactérias existentes numa determinada área.
EDÉMICA
Uma taxa ou espécies que está restrita à uma certa zona geográfica e que pode não
ser encontrada em qualquer outro lugar. Assim, essas espécies serão ditas
edémicas a essa área.
BIOTA
Conjunto de organismos vivos numa área especifica. A Biota inclui tanto as plantas
como os animais.
SUCESSÃO
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Este é um processo de desenvolvimento rápido ou gradual de uma comunidade
vegetal em substituição à outra. A comunidade pioneira modifica o habitat tornando-
o acessível para invasão por outras que eventualmente a substituam.
CONSERVAÇÃO
É a gestão dos recursos naturais destinada a restauração e manutenção dos
balanço entre as necessidades humanas e as necessidades de outras espécies. A
conservação pode ser focalizada a uma espécie individual, à ecossistemas, aos
biomas ou até mesmo à biosfera.
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XIV. Actividades de aprendizagem
Conceitos fundamentais
Ecologia é definida como a ciência que trata das interrelações entre animais,
plantas e o ambiente.
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Os principais ramos de ecologia podem ser amplamente divididos em quatro
categorias:
1. Ecofisiologia, Ecologia das Populações;
2. Ecologia da Comunidade;
3. Ecologia de Ecossistema e
4. Ecologia de Paisagem.
Palavras chave:
Sinecologia, Auto-ecologia, Ambiente, Ecossistema, Bioma, Forma de Vida.
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1.1 Introdução ao conteúdo
1.1.1 O que é ecologia?
Já deve ter observado que muitos animais, incluindo o homem, dispõem das plantas
para o seu alimento, e outros usam-nas como seus abrigos. Do mesmo modo, já
deve ter visto reportagens do efeito do gado “overstocking” ou muitos animais numa
determinada área que contribuem para a erosão ou degradação dos solos.
Assim, denomina-se Ecologia à ciência que lida com as interacções de animais e
plantas dentro do seu ambiente natural. Estas interacções afectam a abundância e
distribuição dos organismos. O termo ecologia é derivado das palavras “oikos” que
significa casa ou habitat e “logo” que significa estudo (estudo dos habitats).
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paleoecologia – que estuda as comunidades vegetais ao longo das eras
geológicas passadas e a dinâmica que está nas mudanças ao longo do
tempo.
(d) Ecologia dos ecossistema, aqui os ecologistas estudam os processos que
envolvem as comunidades e o meio ambiente, como o ciclo de nutrientes e o
fluxo de energia.
(e) Ecologia Paisagística é a mais vasta área da ecologia e foca as inter-relações
e processos que ultrapassam os ecossistemas.
Ecossistemas
O conceito ecossistema é o centro dos estudos sobre a ecologia. Ele abrange o
estudo de uma comunidade e a sua interrelação com o seu ambiente. Um
ecossistema, portanto, inclui interacções entre os organismos de uma comunidade
assim como, as interacções entre organismos e seu ambiente físico.
Um ecologista do ecossistema pode por exemplo, estudar a relação entre a
salinidade do solo e a distribuição das espécies num pântano. Desta forma, o
pântano será considerado como sendo um ecossistema.
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Biomas e Biosfera
O bioma, na ecologia terrestre, é o nível seguinte de organização acima da
comunidade e do ecossistema. O bioma é extenso e corresponde a regiões
relativamente distintas, caracterizadas por uma particular combinação de solos,
plantas, animais e clima, por isso as suas características devem ser abrangentes.
Os limites de um bioma, largamente, coincidem com os limites de um determinado
tipo de clima, sendo a temperatura e a precipitação os mais importantes
determinantes nesta delimitação. Por exemplo, a temperatura é o mais importante
factor de delimitação nas regiões em direcção aos pólos, enquanto que a
precipitação é mais importante nas regiões temperadas e tropicais.
Taiga
Esta está a Sul da Tundra e é dominada por coníferas. É também referida como
floresta limitífora. Constitui uma larga área sempre verde no Norte da América e
Europa. As plantas dominantes são os abetos vermelhos e os pinheiros.
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Pradarias Temperadas
Este bioma ocorre nas latitudes intermediárias, onde a precipitação é moderada. A
vegetação dominante é o capim. A pradaria temperada é também referida, apenas,
como pradaria no Norte da América, estepe na Euroásia e veld no Sul de África.
Chaparral
Este bioma pode ocorrer em ambientes temperados com bastante precipitação,
combinada com invernos moderados e verões secos. Este é tipicamente chamado
clima do Mediterrâneo mas que, também, ocorre em outros lugares do mundo. É
caracterizado por arbustos densos perenes e árvores pequenas.
Desértico
Este bioma ocorre onde há uma precipitação muito reduzida. Os desérticos ocorrem
em todos os continentes, principalmente ao longo dos trópicos de Capricórnio e de
Câncer. O desértico de Saara é o maior do mundo, enquanto que o desértico de
Atcma, no Chile, é o mais seco.
Savana
Este bioma é caracterizado por ter árvores espalhadas e nele predominam as
gramíneas tropicais. A África possui a maior porção de savana mas ela, também, é
encontrada na América do Sul, Austrália e Índia. A savana africana é rica em vida
selvagem e é largamente usada pelas comunidades pastorícias.
Floresta tropical
Este bioma, geralmente, ocorre onde as temperaturas são amenas ao longo do ano
e a precipitação é elevada e distribuída uniformimente. Os solos são pobres em
nutrientes e a maioria das árvores com flores são perenes.
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Nota: Neste modulo, com mais detalhes na unidade 3.0, estudar-se-a a estrutura e
função das principais comunidades de plantas em África.
Livros
Odum E.P. & Barrett, G. W. (2007). Fundamentos de Ecologia. 5ª Ed. Thomson Learning.
São Paulo. Pag. 430-458.
Auto-avaliação
1. Qual é a tendência da fertilidade dos solos ao longo dos biomas?
2. Qual a tendência de biodiversidade?
3. Existe alguma relação entre a latitude, a temperatura e a precipitação?
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Biosfera
A biosfera é constituída por todas as comunidades da terra, o que inclui todos os
organismos. Ela interage com a atmosfera, a hidrosfera que é a água da terra, e a
litosfera que é constituída pelo solo e pelas rochas.
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Temperatura
Temperatura é uma indicação da quantidade de energia calorífica no sistema. A
temperatura relaciona-se, de perto, com a radiação porque uma grande
porcentagem de radiação solar absorvida pelas plantas (>70%) é convertida em
energia calorífica.
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Earth’s seasons, Why does it rain so much in the tropidcs, and Why are deserts generally
located at about 30°latitude?)
Tarefa:
Escreva uma composição (600-800 palavras) intitulada Efeitos de distribuição
desigual de calor na distribuição das planta e da diversidade. Em sua composição,
certifique-se que vai abordar os seguintes assuntos:
1. Natureza de radiação solar, sua composição e como as suas porções alcançam
a troposfera da terra;
2. Causas da distribuição desigual de calor no globo;
3. A Inter-zona de Convergência tropical (ITCZ) e sua influência no padrão de
chuvas em África - chuva unimodal e chuva de bimodal.
Isto quer dizer que, as espécies com órgãos perenes expostos serão mais
resistentes em climas húmidos e pouco quentes, do que em climas frios ou secos.
Por outro lado, as adaptações para o clima de inverno ou estação seca com
intensidade variada são alcançadas através de formas de vida onde os órgãos
perenes são enterrados ou formados próximos do solo. O caso extremo é
representado por plantas anuais que só sobrevivem sob formas altamente
resistentes de sementes dormentes.
Epífitos – plantas aéreas sem raízes no solo e suportadas por outras árvores e
arbustos, em alguns casos são parasitas.
Hemicriptófitos – estas são ervas perenes e gramas com o tecido perene sobre,
ou, imediatamente debaixo da superfície do solo.
Nesta fase, o estudante deverá conduzir uma prática com vista a ganhar habilidades
para relacionar os factores climáticos ao tipo de vegetação.
Procedimentos:
1. Identifique, na sua área, um local com vegetação natural, ou seja, um local
que não tenha sido muito perturbado. Perturbação aqui significa abate de
árvores ou prática de Agricultura.
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5. Por fim, preencha os seus resultados na tabela que se segue:
Questões:
1. Usando seus dados e os dados apresentados na tabela acima, identifique
qualquer relação entre as variáveis ambientais e o tipo de vegetação.
2. Em que bioma se enquadra a tua área?
3. Em que área esperaria ter maior frequência de Fanerófitos, Terófitos, e
Hemicriptófitos?
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Actividade 2
Conceitos fundamentais
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Selecção natural é o processo que conduz uma população para a adaptação ao
seu ambiente. Este conceito moderno enfatiza mais a reprodução de diferencial
bastante do que a sobrevivência.
Existem 3 tipos de selecção natural, nomeadamente: selecção estabilizadora,
selecção direccional, e selecção diversificadora.
Palavras chave
Selecção natural, Especiação, Crescimento populacional, Simbiose.
Darwin descreveu selecção natural como processo por qual indivíduos bem
adaptados são seleccionados em detrimento daqueles que estão mal adaptados,
através de processos naturais. O centro do conceito é que os indivíduos ou
espécies bem-adaptadas sobrevivem para reproduzir e contribuir em prol do gene da
população, o que significa que só os mais fortes sobrevivem.
A sobrevivência dos mais fortes é manifestada através da competição por recursos
críticos, essenciais para a sobrevivência de um indivíduo. De salientar que, a
selecção natural ocorre dentro e entre espécies que compartilham o mesmo espaço
ou recurso.
Selecção estabilizadora
Esta age contra variantes extremas, favorecendo o fenótipo intermediário. Este tipo
de selecção reduz a variação e melhora a adaptação de uma população em relação
aos aspectos do ambiente que permanecem relativamente constantes (Blake et
al.2002). Por exemplo, estudos mostraram que a taxa de mortalidade de bebés
humanos tende a ser alta em bebés que pesam 1.5kg e 4.5kg, e que o bom peso de
nascimento é de 3.4 kg.
Selecção direccional
Esta é comum quando ocorre em mudanças ambientais. Este tipo de selecção
natural favorece os fenótipos de um extremo sobre o outro e resulta numa curva de
distribuição de fenótipos que variam naquela direcção (Blake et al. 2002). Por
exemplo, a troca de selecção direccional que ocorreu no cavalo, uma vez que, este
evoluiu do tamanho de um cão adaptado para florestas, para o seu tamanho actual
adaptado para o capim.
2.1.2 Especiação
A dispersão da descendência faz com que, com o passar do tempo, as plantas e
animais mudem de localização da sua descendência. É possível que possam ser
isoladas numa secção ou várias secções da população por muitas gerações. Por
conseguinte, a secção isolada da população torna-se adaptada ao seu ambiente e
isto conduz à formação de espécies que exibem adaptações e características
fenotípicas locais, conhecidas como raças.
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De salientar que, as populações que estiveram isoladas por muito tempo podem
divergir, suficientemente, de modo a que se tornem espécies distintas e, portanto,
não podem se cruzar com a população original.
As formas de barreiras incluem, primeiro, o isolamento genético que poderia estar
presente devido a falta de padrões de compatibilidade. Segundo, as barreiras
geográficas como oceanos, montanhas que separam partes de uma única
população. E, em terceiro lugar, as grandes diferenças de temperatura ou humidade
entre áreas e grandes mudanças de climas, geralmente, entre húmidos e secos ou
frios e quentes.
Taxa de Crescimento
Taxa de Nascimento Im igração _ Taxa de Mortalidad e Emigração
Tamanho da População
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(a) taxa de nascimento, b = Número de nascimentos por unidade tempo / média da
população.
(b) taxa de morte, d = número de mortes por unidade de tempo /média da
população.
(c) taxa de Crescimento, r = número de nascimentos - número de mortes / média da
população num intervalo de tempo.
A mudança actual em número da população (rN) durante certo período de tempo (∆t)
é igual rN. Se r fosse constante, o crescimento de população seria exponencial (veja
Figura 1a)
Figura 1a: mostra que a população poderia crescer mais, se os recursos fossem
ilimitados.
Figura 1b: mostra como uma população poderia crescer onde os recursos
alimentares fossem limitados.
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ambiente para as espécies. A taxa intrínseca de aumento natural (r) pode ser
facilmente calculada quando as taxas de natalidade e de mortalidade são
conhecidas, por exemplo, se uma população tem natalidade =0.028 e mortalidade
=0.008 então r = 0.028 – 0.008 por ano = 0.02 por ano.
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Factores limitantes
Que factores limitam o crescimento de uma população, elevando a sua
estabilização ao redor de um certo intervalo? (veja Figura 2).
Os factores podem ser amplamente divididos em ambientes físicos e ambientes
biológicos. As categorias estão colectivamente referidas como resistência ambiental.
Observe-se algumas delas.
Físicos
(a) Disponibilidade de matérias-primas, por exemplo as plantas exigem
nitratos para produzir proteína e a água é necessária para transporte.
(b) disponibilidade de espaço.
(c) Luz para o caso das plantas.
(d) Abrigo.
(e) Acumulação de resíduos.
Biológicos
Os organismos em ambiente natural sempre interagirão uns com os outros. Estas
interacções incluem competição, predação e simbiose e podem agir como factores
limitantes (aspectos discutidos em detalhes na secção 2.1.4)
Competição
A competição ocorre entre dois organismos quando estes requerem um único
recurso que, normalmente, está em provisão limitada. Ela pode ser intra-específica
ou inter-especifica.
Predação
Predação é o consumo de uma espécies (a presa) por outra (o predador). Isto inclui
herbívoros que comem capim e carnívoros que comem outros animais. Ela tem um
papel importante na evolução das espécies, uma vez que os predadores
desenvolvem estratégias mais eficientes para caçar as presas e, por conseguinte, as
presas desenvolvem melhores estratégias para escaparem dos predadores.
Simbiose
A simbiose descreve uma associação entre indivíduos de duas ou mais espécies.
Os intervenientes nesta relação são chamados de simbiontes.
Existem diferentes tipos de simbiose e podem ser classificados como mutualismo,
comensalísmo e Parasitísmo.
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Teoricamente, as populações podem interagir em combinações que são benéficas
(+), prejudiciais (-) ou sem nenhum efeito (0). Isto pode ser resumido da seguinte
forma:
Wikipedia. (2006). Peppered moth. Retrieved September 20, 2006 from http://
en.wikipedia.org/wiki/Peppered_moth
Avaliação formativa
1. Feito os indivíduos, haverá mudança de cor na vida deles/delas?
2. Explique o termo ‘pressão seletiva'.
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2. As floras Afroalpinas de Leste e a África Central têm um grau muito alto de
endemismo (80% da taxa). Tendo conta o que aprendeste nesta actividade, discuta
as possíveis causas deste fenómeno.
Avaliação formativa
1. A relação entre a Garça e o búfalo é do tipo parasitária ou mutualística.
Justifique a sua posição.
2. Qual é a ligação entre simbiose e evolução?
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Actividade 3
Conceitos Chave
O termo habitat indica onde certas espécies vivem enquanto que nicho refere-se ao
seu papel funcional e sua posição. Considera-se que o nicho é fundamental, quando
há ausência de competição e que o nicho é realizado, quando há presença de
competição.
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Estrutura de comunidade é o termo atribuído à elementos como composição,
abundância ou densidade, frequência, e, adicionalmente, ao domínio e estrutura da
copa de comunidades vegetais.
Uma floresta é uma formação de árvores que gera uma copa contínua de estrutura
complexa. As Florestas concentram a diversidade biológica, mantêm as bacias e
ajudam na estabilidade dos padrões climáticos. Elas se distinguem em florestas de
terras baixas, montante arboriza, e outros tipos.
Mangais são árvores de várias espécies que crescem na zona de intertidal marinha,
em abrigos, estuárinos e baías. Os mangais desenvolveram adaptações
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para a alta salinidade, substrato instável, ambiente de lama de anoxic e acção de
ondas. As zonas distintas dos mangais são caracterizadas por apresentar
adaptações especificas nas plantas.
Palavras chave
Estrutura da comunidade, sucessão ecológica, savana, florestas, afroalpina, terras
húmidas.
Rhett, B. (2006). Tropical rainforests. Retrieved September 20, 2006 from Mongaby.Com
http://rainforests.mongabay.com/0103.html
The State of Queensland. (2005). Department of Primary Industries and Fisheries: Mangrove
Physiology and Zonation. Retrieved October 20, 2006 from
http://www2.dpi.qld.gov.au/fishweb/2623.html
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3.1 Introdução ao conteúdo
O Habitat
Habitat é uma palavra do latim que significa ‘habitar' ou ‘morar'. Para algumas
espécies, o habitat pode ser descrito de forma objectiva, por exemplo, o gorila das
montanhas habita em florestas secundárias tropicais. Outras espécies têm uma
gama extensiva de habitats, por exemplo, o elefante africano pode ser encontrado
em florestas e em savanas. Assim, a palavra habitat refere-se ao local onde
determinadas espécies são encontradas. Prossiga lendo mais sobre o habitat em
http://marinebio.org/Oceans/Conservation/Moyle/ch7.asp
O Nicho
O conceito moderno e actual de nicho é a combinação de dois conceitos prévios.
Numa primeira fase, Charles Elton (1927) descreveu o nicho como o papel
fundamental do organismo na comunidade, quer dizer, a forma como o organismo se
relaciona com seu alimento e inimigos. Depois, Joseph Grinnell mostrou que o nicho
podia ser visto como uma secção ou porção do ambiente ocupados por organismos.
O conceito moderno combina os dois conceitos propostos por Elton e Grinnell e
define o nicho como o papel funcional do organismo no ecossistema e a sua posição
e espaço.
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Os hipervolumes de todas as espécies que compõem uma comunidade constituem o
hipervolume da comunidade. A seguir, estabelecer-se-a diferença entre o nicho
fundamental e o nicho realizado.
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5. A estrutura da copa envolve a descrição da estrutura da altura ou
estratificação vertical da comunidade. Frequentemente é expressa puxando o
diagrama de perfil do superior, do meio e do mais baixo estrato.
Flora Afromontana
Esta é a vegetação que, normalmente, encontrá em montanhas africanas altas com
3500 a 5000m. Exemplos incluem Mt. Kenya (5200m), Mt. Kilimanjaro (5895m), Mt.
Ruwenzori (5108), etc. A Vegetação Afromontana tem duas características chave: é
muito distinta da vegetação de terras baixas porque tem formas de vida muito
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especializadas e, é caracterizada por um alto grau de endemismo, por exemplo, de
278 taxon de plantas vasculares na flora Afroalpina, 81% são endémicas nas
montanhas da África oriental. No monte Binga, na província de Manica, encontram-
se dois tipos de vegetação, por um lado, as Florestas secas de montanha e, por
outro lado, as pastagens de Montanha.
Tendências de Adaptativas
As estruturas das plantas estão directamente relacionadas com o seu
funcionamento. Assim, as adaptações estruturais estão relacionadas com a
superação de um determinado constrangimento ambiental, como por exemplo as
temperaturas baixas. No ambiente Afromontano severo, o mais crucial é possuir
radiação de onda curta Intensa, baixa temperatura e seca.
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Dentro da roseta foram registadas temperaturas de +3 0C, enquanto que fora delas
as temperaturas estavam a –5 0C. Espécies que mostram esta adaptação incluem
Lobelia keniensis, Lobelia telekii,, Senecio brassica, Senecio keniodendron.
Algumas plantas têm uma camada persistente de folhas mortas no tronco e nas
ramificações e estas isolam a parte interna de armazenamento de água e dos
tecidos de condução de água. Elas incluem o Senecio keniodendron, Lobelia
elgonensis
SAVANAS
Estrutura e classificação
África raramente tem capim puro como as pradarias do Norte da América mas
normalmente tem árvores ou arbustos espalhados, pelo que são, portanto,
chamados de savanas. Estas são também chamadas “rangelands” ou Terras Áridas
e Semi-áridas (TASAs). Experimentam seca frequente (veja figura), são
aproveitadas, principalmente, pela vida selvagem, o gado, a sua maior parte é
ocupada por tribos pastorais.
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Factores que determinam a estrutura das savanas africanas
Na actividade 3.4 observou-se que o rácio árvore/capim determina o tipo de savana.
Por exemplo, o capim arborizado tem poucas árvores enquanto que um bosque tem
uma alta densidade de árvores.
A composição das espécies, a abundância e cobertura em savanas são fortemente
influenciados por vários factores que podem ser agrupados em: factores físicos
(chuva, terras e temperatura), pastagem, fogo e cultivo. Na actividade de
aprendizagem 1.0 abordou-se o papel dos factores físicos. Nesta secção, olharemos
para pastagem, fogo e cultivo.
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O fogo também danifica severamente algumas plantas lenhosas e é usado para o
controle de invasão de arbustos.
FLORESTAS EM ÁFRICA
Certamente já ouviu falar de uma floresta, mas como é que a descreveria?
Uma comunidade florestal é constituída por árvores com coroas tocando e se
misturando para formar uma copa contínua de estrutura complexa. Uma
característica importante da estrutura de uma floresta, especialmente as florestas
tropicais, é estratificação vertical das camadas das copas. As três camadas verticais
básicas ou estratos são;
(a) Estrato Superior – que ocorre de 30 a 50m do chão. Em alguns lugares, a
camada superior da copa pode ser descontínua, constituída por árvores espalhadas
– chamadas emergentes – que tenham coroas muito largas.
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Importância de florestas
Em ecossistemas de floresta, as árvores são importantes porque mantém as bacias,
prevenindo as inundações e erosões e ajudam na estabilidade de padrões climáticos
a longo prazo. As florestas também são centros de diversidade biológica, por
exemplo, estima-se que as florestas tropicais tenham capacidade para albergar 50%
de toda a diversidade vegetal e animal.
(a) Áreas de inundações sazonais e Deltas interiores. Estas são planícies planas
adjacentes aos lagos ou áreas limítrofes dos sistemas de rios. Elas ficam secas na
maior parte do ano, mas depois de chuvas inundam. As áreas de inundações
sazonais ocupam grandes partes de África, por exemplo a ocupação dos gramados
do Sudd, no rio Nilo, variam de acordo com a época, quando inundados ocupam
17,000km2, enquanto em Botswana, o pântano de Okavango cobre
aproximadamente 15000km2. O capim domina a vegetação das áreas de acordo
com as épocas inundadas e a estrutura da planta é mantida pela pastagem de gado
e de vida selvagem.
(b) Lago e pântanos ribeirinhos. Estes são caracterizados pela presença de uma
vegetação alta que é inundada permanentemente a uma profundidade rasa na maior
parte do ano.
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(c) Vale submerge. Estes tipos de pântanos são semelhantes para lago-afiar
pântanos mas diferem no tamanho e são muito usados para projectos agrícolas.
AS COMUNIDADES DE MANGAIS
Mangais são árvores de várias espécies que crescem em abrigos de estuários e
baías, e são colectivamente chamados por mangal. Algumas espécies de mangal
incluem Rhizophora mucronata, Ceriops tagal, Bruguiera gymorhiza,Avicennia
marina,Xylocarpus granatum, Heritiera littoralis, Lumnitzera racemosa, Sonneratia
alba. Em África, elas localizan-se entre 27°N no Egito e 30°S perto de Durban, na
África do Sul. Os mangais servem como ecotone entre a terra e o mar, nas marés
altas eles são parcialmente submersos na água e nas marés baixas eles ficam
expostos.
Tendências adaptáveis
Este ambiente é caracterizado por condições que constituem um desafio para
crescimento e função das plantas, nomeadamente, água de alta salinidade,
substrato instável (areia inconstante), substrato de anoxic, presença de marés, e
acção de ondas. Debrucemo-nos em seguida sobre algumas destas adaptações:
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(a) Salinidade: Os Mangais são essencialmente halofitas. Algumas adaptações para
alta salinidade incluem (i) excreção de sais – feita por glândulas especiais, como
por exemplo Avicennia marina; (ii) Tolerância – sem danos internos significantes na
concentracao de sais, por exemplo, Rhizophora mucronata; (iii) sal de acumulação –
alguns mangais accumulam sais nas folhas que depois, em intervalos regulares, é
expelido, por exemplo Rhizophora mucronata.
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(4) joelho arraíga: raiz horizontal que cresce por cima da lama até que penetre
na terra. Feito isso, ela vira para baixo formando, novamente, um curvado
“joelho” para aeração.
Seleccione uma floresta ou um local com plantas lenhosas para realizar esta prática,
e faça o seguinte:
A. Disponha de uma linha de transecto 1 de 10m. Para o efeito, pode usar uma fita
métrica. Ao longo desta da linha, conte o número de indivíduos de cada espécie em
ambos lados à 0.5m e meça o diâmetro (a altura do peito para as árvores ou a base
para outras plantas). A seguir, divida a linha em 10 segmentos de um metro e faça o
registo da presença ou ausência de cada uma das espécies. Repita esta análise de
transecto e inclua todas as árvores, todas as ervas e todos os arbustos.
B. Calcule o seguinte:
1. Densidade = O número de indivíduos de cada espécie em transecto (10m x 1m =
10m2) convertido em número/ha e multiplicado por 1000.
Densidade relativa = Densidade de uma espécie dividida pelo número total de
todas as plantas/ha e multiplicado por 1000.
5
C. Calcule o valor de importância para todas as espécies e preencha a tabela
abaixo. Para tal, use os nomes taxonómicos correctos, como é exemplificado na
tabela com a Prunus africana.
Perguntas
1. Algumas espécies têm uma densidade alta e frequência baixa. A sua distribuição
no espaço é feita de forma agrupada ou uniforme?
2. O que é o valor de importância máxima que algumas espécies podem ter?
3. O que é que o parâmetro ‘valor de importância ' diz para o ecólogo em termos de
comunidades de mangais.
(a) Como são chamadas as fases de uma sucessão ecológica e quais as suas
propriedades fundamentais?
(b) Quais são os atributos de uma comunidade de vegetação clímax?
Pergunta:
1. Distinga florestas primárias de secundárias.
2. Distinga florestas de terras baixas das da montanha.
Auto-Teste:
1. Como é que os factores inundação relativa às marés, elevação de terra, solo e
salinidade de água, influenciam a zonação dos mangais? (ajuda: considere
adaptações de planta) .
2. Que outros factores influenciam a zonação nos mangais?
5
Actividade 4
Título da Actividade: Ecologia do Ecossistema
Objectivos específicos
No final desta actividade, o estudante deve ser capaz de:
a. Articular os factores que influenciam a produção primária terrestre e aquática;
b. Explicar o conceito de níveis de tróficos em ecossistemas;
c. Descrever o processo do ciclo de nutrientes em ecossistemas terrestres.
5
Conceitos fundamentais
Palavras chave
Produção primária, zona eufótica, cadeia alimentar, níveis tróficos, nutriente para
planta.
5
4.1 Introdução ao conteúdo
Tipo de fotossíntese
Existem três tipos fundamentais e diferentes de fotossíntese. que se distinguem a
patir dos produtos bioquímicos iniciais de fotossíntese. Estes são: plantas de C3,
plantas de C4 e plantas de crassulacea metabolismo ácido (CAM) plantas.
Planta de C3 é o tipo de fotossíntese mais amplamente distribuído, ocorre em todas
as algas e na maioria das plantas vasculares. As plantas de C4, geralmente, exibem
altas taxas de fotossíntese, têm temperaturas altas propícias para a fotossíntese e
requerem que a intensidade da luz seja alta, para efeitos de saturação fotossintética.
Plantas de CAM têm uma propriedade incomum, elas podem assimilar gás
carbônico à noite porque os estomas fecham durante o dia e abrem à noite.
Factores ambientais
Na actividade de aprendizagem 1.0 deu-se ênfase aos factores ambientais que
podem influenciar na distribuição das plantas. As variáveis fundamentais – luz, água,
temperatura e nutrientes do solo – também influenciam a fotossíntese.
Herbívoros:
Os Herbívoros, na extensão de alta pastagem, baixam os níveis de produção
primária. Porém, os efeitos dos herbívoros na produtividade primária e plantas
individuais nem sempre correspondem à níveis prejudiciais, ou seja, as pastagens
moderadas podem ter um efeito estimulador na produtividade primária quando há
uma optimização da pastagem.
Luz
Toda produção primária é realizada numa zona vertical iluminada chamada a Zona
Eufótica. Quando a luz penetra o corpo de água, ela atenua, o que significa que,
enquanto a profundidade aumenta ambos ( a luz e a intensidade) diminuem. Isto
significa que, com a profundidade, a fotossíntese reduz. A uma certa profundidade,
no ponto onde a luz corresponde a 1% de luz cheia, a fotossíntese equilibra-se e há
respiração. Esta profundidade é chamada de ponto de compensação e é sobre
este ponto que está a zona de eufótica.
Nutrientes
Fitoplâncton, tal como as plantas no ecossistema terrestre, contém uma grande
proporção de nutrientes nos seus esqueletos e protoplasmas. Estes,
constantemente, afundam abaixo da zona de eufótica, removendo os nutrientes que
reduzem a sua produção. A perca dos nutrientes da zona eufótica é intensificada
pela presença de estratificação ou camadas de água, devido, especialmente, à
diferenças de temperaturas nas águas tropicais.
A camada superior, chamada epilimnion, é mais densa que a camada mais baixa,
camada hypolimnion, porque esta previne a mistura de águas que leva os
nutrientes para a zona mais produtiva e iluminada, o que explica o facto das águas
temperadas serem mais produtivas do que as águas tropicais.
5
eficácia da produção primária, que é a relação entre a taxa de produção da
matéria orgânica e a taxa de contribuição da radiação solar.
5
4.1.3 Níveis de Tróficos
Os organismos podem ser estudados usando várias formas ou técnicas. Nesta
secção usar-se-à perspectiva de relações alimentares na qual, as espécies são
agrupadas em autotróficas ou produtores, herbívoros, carnívoros, decompositores
etc. Cada uma destas espécies é chamada de nível trófico.
Geológico - dissolvida ou sob forma de partículas, a matéria pode ser levada para
um ecossistema por água, quer seja em correntes das águas das chuvas ou
esgotos.
Meteorológico - Nutrientes entram num ecossistema através da atmosfera. Isto
envolve a adição do material gasoso dissolvido ou particulado em precipitação e de
partículas poeiras.
Biológico - inclui a importação de materiais acumulados noutro lugar como material
fecal. Este meio é particularmente importante nas savanas Africanas, caracterizadas
por frequentes concentrações de vida selvagem e de gado em volta das fontes de
água permanentes. O fluxo de nutrientes por material fecal para tais sistemas é
altamente significante e a sua produção segue caminhos semelhantes.
Orçamentos de nutrientes
Já se viu que, em qualquer ciclo de bio-geoquímico há movimento de nutrientes de
um reservatório para outro. Os reservatórios não libertam os nutrientes à mesma
taxa. Alguns nutrientes podem ser libertos num reservatório por longos períodos de
tempo e não estar disponíveis para circulação. Para entender melhor o ciclo
nutriente é necessário conhecer a fonte dos nutrientes, os seus fluxos (taxa de
troca) e a taxa da sua perda. Esse processo designa-se orçamento de Nutrientes.
6
Taxa de fluxo – descreve a quantidade de transcurso do material de uma piscina
para a próxima, por unidade de tempo e por unidade de área ou volume.
6
Os orçamentos de nutrientes estão fortemente correlacionados com o ciclo
hidrológico, uma vez que a precipitação leva nutrientes em solução, a infiltração
remove os nutrientes do sistema ou os move para baixo da coluna do solo, e a
evapotranspiração da água concentra e conserva nutrientes.
Sabe-se que vários factores do uso do solo tal como erosão, remoção de
vegetação, super pastagem, etc, influenciam o equilíbrio hidrológico e,
consequentemente, também influenciam os orçamentos de nutrientes.
Questões
Dadas as propriedades das plantas de C3, plantas de C4 e plantas de CAM, diga em
que tipo de condições climáticas espera encontrar cada uma destas categorias de
plantas em África. Justifique a sua resposta.
4.3 Compreensão
Compare produtividade terrestre e aquática.
Revisão
Wikipedia. (2006). Produção primária. 20 de outubro de 2006 recobrado de
http://en.wikipedia.org/wiki/Primary_production
6
Os três tipos de pirâmedes ecológicas variam de acordo com a sua utilidade e
descrição efectiva da natureza funcional das comunidades. Reveja a sua
comparação.
Auto-avaliação
1. Por que é que das três pirâmides, a de número é considerada menos descritiva?
(ajuda: compare uma floresta e um ecossistema aquático).
2. Qual das três pirâmides descreve melhor a relação funcional nos ecossistemas?
http://en.wikipedia.org/wiki/Biogeochemical_cycle
http://en.wikipedia.org/wiki/Nitrogen_cycle
http://en.wikipedia.org/wiki/Carbon_cycle
Auto-teste
1. Discuta, de forma breve, os modos pelos quais o carbono é retirado da atmosfera
e liberto de volta à atmosfera.
2. Como é que o carbono é transferido dentro da biosfera.
3. Descreva modos pelos quais o Nitrogênio atmosférico é convertido para
nitrogénio quimicamente activo.
Calcule os valores de A, B, C, D, E, e F.
Actividade 5
6
Título da actividade: Conservação de recursos naturais
Objectivos específicos:
No final desta actividade, o estudante deve ser capaz de:
a. Definir biodiversidade e enumerar os seus índices de medida;
b. Delinear formas comuns de degradação do habitat em África;
c. Delinear os processos de desertificação e efeito estufa.
Conceitos chaves
Medição da diversidade de espécies é uma expressão que, geralmente, baseia-se
em duas componentes importantes: riqueza das espécies e densidade.
6
Risco de extinção de espécies pode ser categorizado como sendo raro, vulnerável,
em extinção ou extinto.
Palavras chave
Diversidade de espécies, conservação, degradação de habitat, pastorícia,
comunidades marinhas.
6
Diversidade Alfa e Beta
Os termos alfa e beta são abordados sempre que se fala de Diversidade. A
diversidade alfa é o número de espécies dentro de uma área seleccionada ou
comunidade. Enquanto que, a diversidade Beta é a diferença de diversidade de
espécies em áreas diferentes ou comunidades. Esta também é chamada por
diversidade de habitat porque representa as diferenças em composição de espécies
entre duas comunidades diferentes (Kent e Coker, 1992).
Medição da diversidade
A noção de diversidade inclui as seguintes noções de base:
(a) Riqueza ou número de espécies e
(b) Igualdade de distribuição ou as relativas abundâncias dos indivíduos dentro de
cada espécies.
O número de espécies duma amostra, geralmente, é designado por riqueza de
espécies e é uma importante característica duma comunidade biológica. No entanto,
a riqueza de espécies por sí só não é suficiente para medir a diversidade, uma vez
que o padrão de distribuição dentro da comunidade também é relevante.
A “Igualdade” é o termo usado para descrever a distribuição relativa. O número de
espécies e igualdade de abundância relativa são duas propriedades estatísticas
usadas para quantificar a diversidade de espécies (índices de Diversidade).
Os índices de diversidade comuns incluem:
Conservação de espécies
Os registros fósseis mostram que algumas espécies geológicas estão se tornando
extintas, enquanto que outras estão evoluindo. Esses registros também indicam que
há eventos como mudanças em clima, perca de habitat ou meteoros gigantescos
que causaram as principais extinções. Durante estes eventos de extinção, calcula-se
que aproximadamente 15-30 espécies foram extintas por ano. Na perspectiva
geológica, os eventos ocorrem de forma instantânea.
Raro – Espécies que normalmente têm populações pequenas dentro das áreas
restringidas e estão em perigo de ficar raro, não extinto.
Extinto – quando as espécies já não existem e não podem ser encontradas em seus
habitats.
6
Considera-se que as medidas de conservação deveriam ser tomadas logo que se
verifica que a população de uma espécie está reduzindo ao invés de se esperar até
que a espécie seja ameaçada com extinção. No entanto, isto é frequentemente
impedido porque:
(a) às vezes é difícil detectar as tendências de diminuição da população em
comunidades naturais porque uma população pode sofrer uma flutuação
considerável em tamanho sem que seja possível determinar, prontamente, se a
população está reduzindo ou se está aumentando.
(b) quando a extracção é feita de forma severa, o período de tempo requerido para
determinar com precisão se uma população está aumentando ou diminuindo pode
ser mais longo do que a quantidade as espécies que já se extinguiram.
(c) Monitorar as tendências das populações é caro e requer pessoal adequadamente
treinado.
Alguns dos métodos aplicados para conservar as espécies em extinção incluem:
(a) programas de procriação no cativeiro, nos jardins zoológicos e jardins botânicos.
Estes, às vezes, são levados como o último recurso para conservar as espécies.
Porém, o desafio maior é que nenhum jardim zoológico ou botânico pode manter
populações com tamanho suficiente para garantir a manutenção da diversidade
genética.
(b) reintroduções das espécies para a selva. O desafio principal é que o habitat das
espécies pode não existir mais, devido à mudanças no uso de terra. As
reintroduções são, também, tentativas de impulsionar o aumento do número de
espécies numa área onde extinção local aconteceu.
7
(a) A reserva deverá ser grande o suficiente para segurar populações viáveis das
espécies seleccionadas para manter variação genética. Além do tamanho, a forma
da reserva também é importante;
(b) Se as espécies são migratórias então deve-se tomar em consideração a
possibilidade de mais de uma reserva e os locais para reprodução e alimentação
devem ser prioridades.
(b) uma visão tradicional é de que a pastagem baixa a produtividade pela remoção
de folhas e causa um aumento de plantas lenhosas, como viu-se na actividade de
7
aprendizagem 4.1. Baixos a moderados níveis de pastagem podem aumentar
produtividade líquida.
(d) Áreas que sofrem constantemente uma super-pastagem ficam degradadas (veja
os quadros). A super-pastagem, geralmente, conduz para eventos cíclicos
caracterizados pela redução em cobertura herbácea, pela redução em espécies de
planta saborosas, pelo aumento da compactação dos solo, pelo aumento da erosão
dos solos e, eventualmente, pela redução da produtividade. Porém, tem-se
demostrado que a degradação não é uma consequência universal e inevitável da
pastorícia de subsistência.
Dos pontos de vista discutidos acima, é evidente que a pastorícia tem efeitos
positivos e negativos em comunidades de planta e no ambiente, porém os seus
4000 anos de existência demonstram claramente sua sustentabilidade.
7
Unidade 3: Ecologia de Comunidades
(a) Defina o termo nicho e estabeleça distinção entre o nicho fundamental e o nicho
realizado.
(b) Mencione as imperfeições da teoria determinista de sucessão de Clements.
(c) Discuta as adaptações morfológicas e fisiológicas dos mangais.
(d) Descreva, em linhas gerais, os factores que determinam a estrutura do capim
africano.
(e) De forma sumária, descreva as adaptações da flora de afroalpine para baixas
temperaturas.
(f) Para avaliar a estrutura de vegetação de Ngororo, foi disposto um transecto que
mede 5m x 10m e dividiu-se em 5 quadrantes iguais, dos quais os seguintes dados
foram coleccionados:
Espécies N° de Área
quadrantes basal
Commiphora baluensis 1 10
Commiphora baluensis 1 10
Maerua triphyla 1 20
Maerua triphyla 2 5
Balanites aegypitiaca 2 10
Commiphora baluensis 3 10
Balanites aegypitiaca 4 5
Maerua triphyla 5 10
Maerua triphyla 5 10
(Note que cada espécies registrada indica um único indivíduo, a área basal também já foi
calculada)
7
(b) O que é um nível trófico de organismos numa comunidade?
(c) Elabore uma lista e explique os cinco passos de um ciclo de nitrogénio.
(d) Calcula-se que num Papyrus existe um valor calorífico de 20mj/kg, a sua
produtividade primária líquida é de 6.6kg/m2/ano e a radiação solar no local é de
18.2mj/m2/dia. Determine a eficiência da produção primária do Papyrus.
(e) Numa lagoa que mede 6ha, os produtores continham 100 unidades de Nitrogénio
enquanto que a água continha 1000unid. A taxa de transferência da água para os
produtores era de 20unid/dia. Determine a taxa de fluxo absoluto, taxa e tempo de
circulação.
(e) Zona de Inter Convergência Tropical (ITCZ): (1) Esta é a zona de baixa-pressão
onde os ventos frios com correntes de alta-pressão convergem; (2) os ventos de
Convergência ao ITCZ provocam precipitação; (3) O ITCZ não é limitado ao
equador, move-se de latitude 15°S a 15°N e segue, tanto o movimento do Sol como
os movimentos que ocorrem acima do trópico de Capricórnio e de Câncer, mas com
retardação de tempo de um mês.
(b) Os principais factores que levam ao isolamento das populações são a falta de
compatibilidade entre parceiros sexuais, barreiras geográficas e grandes diferenças
de temperatura ou de humidade entre as áreas.
(d) No comensalísmo, uma população ganha e outra não é afectada, enquanto que
no mutualismo ambas populações se beneficiam. No Parasitísmo uma população
perde, o hospedeiro, enquanto que a outra população de parasita ganha e a
predação é o consumo de uma espécie (a presa) por outra (o predador).
(b) Fracasso da teoria de sucessão: (1) Não há divisão clara entre as fases; (2) O
papel da modificação do local é muito enfatizado; (3) não existem duas porções de
vegetação semelhantes, consequentemente a sucessão ocorre de formas diferentes;
(4) os eventos catastróficos naturais previnem a estabilidade; (5) as actividades
humanas também previnem estabilidade.
(d) Determinantes de estrutura de ervas africanas: (1) factores físicos – tais como
chuvas e temperatura do solo; (2) Pastagem – onde prevelecem factores como
densidade dos herbívoros, movimento, composição; (3) Fogo – frequência e sua
intensidade e (4) cultivação.
(e) Cálculo de taxas de fluxo: taxa de fluxo Absoluto = 20 unidades dia-1/6 ha = 3.3
ha-1 de unidades dia-1; taxa de circulação = 20units/1000=0.02; tempo de circulação
= 1000 uints/20units dia-1 = 50days
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(b) Níveis de risco de extinção: (1) Raro – espécies que têm populações pequenas
em áreas restringidas e estão se tornando mais raras; (2) Vulnerável – espécies sob
ameaça ou população que ainda não se recuperou da sobre exploração anterior; (3)
Em perigo – espécies que têm um tamanho muito baixo de população; (4) Extinto –
espécies que já não existem.