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Instituto de Física
Física Moderna II
Física Moderna 2
Aula 17 1
Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation
• Se o sistema está em equilíbrio térmico Boltzmann esperamos n2 << n1.
• É possível se invertermos a população, fazendo n2 > n1, teremos
emissão > absorção, a radiação de freqüência v = (2 – 1)/h aplicada terá
sua intensidade amplificada (sai mais radiação do que entra).
Só que esse processo fará a população do estado superior ir diminuindo
até o equilíbrio.
Para manter o processo é necessário manter a população invertida, por
meio da injeção de energia no sistema. E os sistemas que realizam isto
são: LASERS
Existem vários tipos de laser, mas todos têm algumas características comuns:
1) Uma fonte de energia (pulsada ou contínua) capaz de produzir inversão de
população entre níveis atômicos. No caso do laser de He-Ne essa fonte é
uma descarga elétrica, que transfere energia aos átomos por meio de
colisões atômicas. No caso de lasers que usam cristais, é usada
iluminação intensa e de espectro largo, processo conhecido como
bombeamento ótico.
2) Um material cujos átomos tenham pelo menos 3 níveis de energia: o estado
fundamental; um estado intermediário com meia-vida, ts, relativamente longa
(metaestável); e um terceiro estado, de energia mais alta, para bombeamento.
Física Moderna 2 2
Aula 17
• Sistema de 2 níveis não é sujeito a inversão de população, pois, com
bombeamento ótico intenso, poder-se-ia, no máximo, atingir uma situação
em que as populações dos 2 níveis fossem iguais.
• Bombeamento mais intenso apenas aumentaria a taxa de transições tanto
de 1 → 2 quanto de 2 → 1, pois as probabilidades de transição são iguais,
como vimos.
• Para que possa haver inversão de população, a absorção de energia
deve ser feita por uma transição diferente daquela que sofrerá a emissão
estimulada. Daí a necessidade de 3 níveis, pelo menos.
3) Um método que contenha os fótons emitidos inicialmente no meio, de
forma que eles possam estimular transições em outros átomos. Isso, em
geral, é feito por meio de espelhos nas extremidades do sistema, de forma
que os fótons atravessem o meio muitas vezes. Dessa forma, o laser pode
ser entendido como um ressoador ótico. A oscilação consiste de uma onda
plana refletida entre os espelhos das extremidades. Essas ondas que
caminham em direções opostas formam uma onda estacionária com nós
nos espelhos. Para que luz de alta intensidade seja extraída, um dos
espelhos é semi-transparente.
Física Moderna 2
Aula 17
3
Laser de rubi (Al2O3 + Cr)
~10-8seg
Transição rápida sem emissão de ≈
~10-3seg
Esquema
de níveis
Diferença de energia E3-E1 de energia
do Cr
E2
E2-E1
Física Moderna 2 E1
Aula 17 6
Notem que, no caso do laser de 3 níveis, o decaimento se faz entre o
nível 2 e o estado fundamental (E1), que é muito populado, sendo
assim mais difícil fazer a inversão de população.
Já para o laser de 4 níveis é mais fazer a inversão de população , o
decaimento se faz entre o nível 3 e o nível 2 ( que não é o estado
fundamental) e é pouco populado e cuja população em equilíbrio
térmico é relativamente pequena.
Assim, os lasers de 4 níveis são mais eficientes
que os de 3 níveis.
Laser de He-Ne
Por causa da forma como é
produzida, a luz do laser
apresenta algumas
propriedades muito
importantes: coerência,
monocromaticidade, baixa
divergência e alta densidade
de energia (energia por
unidade de área do feixe). 7
Luz
Laser de He-Ne vermelha
Luz
infra-
vermelha
Colisão
com as
paredes
Física Moderna 2
Aula 17 8
Problemas:
1) quando 1 átomo emite um fóton, decaindo para o estado fundamental, o
que acontece em seguida?
Se tudo correr bem, o bombeamento ótico vai levá-lo de volta para o estado
excitado e o processo continua.
Mas isso pode demorar um pouco para ocorrer. Nesse caso, esse átomo
pode absorver um fóton do laser, de forma a voltar para o estado 2.
Isso diminui a intensidade do laser, prejudicando o processo.
n 2 g 2
a 2 1
mesmo peso estatístico para ambos g 2 g 1 e kT
n 2 0,14
4 ,86
35 16 De 1020 átomos temos ~104 estão no
e e 6,3x10
n1 estado excitado
b E hN 1 1
Potência: P hnPtrans hn En
t t T1/ 2 T1/ 2
1 19
P 4,86.104 9
~ 5 x1011
. 1.6 x10 J /s
100x10
Física Moderna 2
Aula 17
P 107 Watts 12
Propriedades das distribuições
Partículas idênticas,
indistinguíveis, que não
Bose-Einstein obedecem ao Princípio de Gás de fótons, 4He
Exclusão (spin inteiro ou nulo)
Partículas idênticas,
indistinguíveis, que obedecem ao
Fermi-Dirac Princípio de Exclusão (spin semi- Gás de elétrons
inteiro)
Física Moderna 2 13
Aula 17
Limites de validade da distribuição de Maxwell-Boltzmann:
e
2 πmkT 3/ 2
V
e
h3 N e- << 1 pode utilizar Boltzmann.
3
hN 2πmkT 3/ 2V e- >> 1 Boltzmann.
J
kT 1,38 10 23 .300K 4,14.10 21 J 0,025eV hc 1,24keVnm
K
mH 1,008u
1) Verifique se no caso de 1 mol de gás H2 em CNTP u 931,5MeV / c 2 1,66x10 27 kg
pode-se usar a distribuição de Maxwell-Boltzmann
mH 938,78MeV 1GeV
e
1,24 keV.nm 3 6.1023
105
1 Boltzmann
2π 2 GeV 0,025 eV3/ 2
2,24.102 m3
e
1,24 keV.nm 3 10,5 g / cm 3
6.1023
e / mol 5,1 103
1
2π 0,5 MeV 0,025 eV m 107,9 g / mol
3/ 2 3
Boltzmann
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Aula 17
Propriedades de um gás de Férmions
O fato dos metais conduzirem eletricidade levou a conclusão
que há elétrons livres que se movimentam em uma rede de
íons praticamente fixos.
Classicamente se o sólido for um metal, as interações entre os elétrons e
os íons da rede deve transferir uma energia cinética média de translação
=3/2kT, a temperatura T os íons da rede cristalina possuem energia
média igual a 3kT (3/2kT +3/2kT) (cinética+potencial) .
Então a energia interna total dos metais U=3kT + 3/2kT=9/2kT.
E nesse caso o calor específico molar dos metais =4,5R, mas isto não é o que
as medidas revelam. Veremos que para sólidos (outros) o Cv = 3R (lei de
Dulong Petit)
O problema da teoria clássica dos elétrons livres é que os elétrons são
férmions e suas energias obedecem a distribuição de Fermi-Dirac.
1 1
f FD (E ) f FD ( E )
E EF = – kT E -E F
e kT
1
e e kT
1
Física Moderna 2 15
Energia de Fermi Aula 17
Este assunto esta no
Modelo de elétrons livres em um metal capitulo 10.3 Tipler
Vimos que quando consideramos um poço 3D )(limites da rede cristalina) a
densidade de estados (número de estados)pode ser escrito como:
2 π2m V 1/ 2
No caso de 2 elétrons g ( E ) 4 π 2m V E 1 / 2
3/ 2 3/ 2
g (E) 3
E
h h3
Ocupação dos estados (distribuição de Fermi):
1 1
f (E)
( E E F ) / kT
, com EF kT
e e E / kT
1 e 1
Normalização: se T = 0 K estados
populados só até EF
f(E) = 1, se E < EF e
f(E) = 0, se E > EF.
1/2
0,8 E
X 0,6
=
g(E)
0,4
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
E
Em T=0 os férmions ocupam o nível de energia mais baixo disponível para eles,
mas eles não podem estar todos neste nível (princípio de Pauli). Os férmions
ocuparão os níveis de energia disponíveis até uma energia particular (Energia de
Fermi). Com o aumento da temperatura a partir de T=0, mais e mais férmions
poderão ocupar níveis mais altos. Para valores de T>0 tem-se uma pequena
probabilidade da agitação térmica mandar o férmion para uma energia maior que
EF.
T=0 T>0
T=TF=EF/k T>TF
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Aula 17
A energia total do sistema, em T = 0 K, é:
EF 3 / 2 EF
4πV (2m) 2 4 πV ( 2 m ) 3/ 2
E n( E ) EdE 3 E 3/ 2
dE 3
E 5/ 2
F (0)
0
h 0
5 h
2 4πV (2m)3 / 2 3 / 2 3 3
Mas N 3
EF E NE F E EF
3 h 5 5
Notem que, mesmo em T = 0 K, o último férmion adicionado, aquele com
energia EF, tem velocidade dada por:
1 2 EF
mv F2 EF v F
2 m