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Hemerson Pinheiro
Ciclo Hidrológico
• O ciclo hidrológico normalmente é chamado de
ciclo da água.
• São os movimentos ver;cais e horizontais da
água em forma de vapor, líquida ou sólida na
superBcie, sub-superBcie, atmosfera e oceanos
da terra.
• O ciclo hidrológico é normalmente estudado com
maior interesse na fase terrestre, onde o
elemento fundamental da análise é a bacia
hidrográfica .
Bacia Hidrográfica - Definição
• Uma bacia hidrográfica é uma
determinada área de terreno
que drena água, par>culas de
solo e material dissolvido
para um ponto de saída
comum, situado ao longo de
um rio, riacho ou ribeirão
(Dunne e Leopold, 1978).
Importância da Bacia Hidrográfica
Embora a quan7dade de água existente no planeta seja
constante e o ciclo em nível global possa ser considerado
fechado, os balanços hídricos quase sempre se aplicam a
unidades hidrológicas que devem ser tratadas como sistemas
abertos. Assim, na prá7ca, nos estudos envolvendo a questão da
disponibilidade de água, das enchentes e inundações, dos
aproveitamentos hídricos para irrigação, da geração de energia,
etc., adota-se a bacia hidrográfica como unidade hidrológica,
principalmente pela simplicidade que oferece para a aplicação
do equacionamento.
(Antenor Rodrigues Barbosa Jr)
Bacia Hidrográfica - Definição
• É a área de captação natural
dos fluxos de água, originados
a par<r da precipitação, que
faz convergir os escoamentos
para um único ponto de
saída, seu exutório.
Delimitação da
bacia
Sistema
fluvial
Talvegue: lugar
geométrico dos pontos
de mínimas cotas das
seções transversais
exutório
Delimitação de Bacias
Delimitação de Bacia Hidrográfica
D
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Delimitação de Bacia Hidrográfica
• Assim, as linhas de
escoamento são ortogonais
às curvas de nível.
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PLANO DE BACIA DO
LOCALIZAÇÃO São Paulo
MANCHAS URBANAS LIMITE DA BACIA RESERVATÓRIO Mato Grosso
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RODOVIA DE PISTA DUPLA PAVIMENTADA RIO TIBAGI RIO PERENE do Sul
PROJEÇÃO UTM
VOL.01
24°S
UNIDADES
RODOVIA MUNICIPAL PAVIMENTADA CANAL PLANÍCIE INUNDAVEL PARANÁ
km FERROVIAS
10 0 30 PÂNTANO
26°S
HIDROGRÁFICAS
54°W 52°W 50°W 48°W
Caracterís)cas Físicas
• A discussão das caracterís/cas 0sicas e
funcionais das bacias hidrográficas tem a
finalidade de proporcionar o conhecimento
dos diversos fatores que determinam a
natureza da descarga de um rio. (Vazões
instantânea, média, máxima, mínima, Q7,10,
Q95 )
Caracterís)cas Físicas
• A importância desse conhecimento reside no fato
de que através da avaliação dos parâmetros que
condicionam a vazão, pode-se fazer comparações
entre bacias, podendo-se conhecer melhor os
fenômenos passados e fazer extrapolações.
• Desse modo, o aproveitamento dos recursos
hídricos pode ser feito de maneira mais racional
com maiores beneCcios à sociedade em geral.
Características Físicas
• Frequentemente é necessário subdividir
grandes bacias em unidades menores para fins
prá7cos de trabalho.
• As subáreas ou bacias tributárias são definidas
por divisores internos, da mesma forma que
para a bacia principal.
Caracterís)cas Físicas
A u$lização das caraterís$cas 3sicas pode ser
resumida a três u$lidades básicas :
1. Explicação de observações passadas ou
criação de cenários futuros , como por
exemplo, no planejamento de drenagem de
uma cidade, prevendo-se as áreas
impermeabilizadas futuras.
Caracterís)cas Físicas
2. Transposição de dados entre bacias vizinhas. É7
muito comum não se dispor de dados
observados de vazões no local de interesse de
um projeto; entretanto, encontrando-se uma
bacia vizinha com dados históricos ou
eventualmente dados no mesmo rio mas em
seções distantes, pode-se através de fórmulas
empíricas ou por uma análise estaEsFca
regional, correlacionar os dados de vazões com
as caracterísFcas Hsicas das bacias.
Caracterís)cas Físicas
3. Criação de fórmulas empíricas para
generalizações regionais dessas correlações,
em geral, efetuadas, de forma independente
à uma necessidade de estudo específico, mas
de cunho mais cien?fico.
Características fisiográficas
§ Comprimento da bacia
§ Comprimento do rio
principal
• Os comprimentos da bacia e do
rio principal são importantes para
a estimativa do tempo que a
água leva para percorrer a bacia.
Medição do comprimento de um rio
• CAD
• SIG – Sistema de Informação Geográfica
• Curvímetro
Perímetro
• O perímetro da bacia, P, é o perímetro da
projeção horizontal da super;cie da bacia
hidrográfica.
• Quintela (1996) sugere que o perímetro deve
ser medido depois de defino o contorno, para
evitar pequenas irregularidades que fazem
aumentar o perímetro sem no entanto
exercerem influência significaLva no processo
do escoamento.
O perímetro e a área da bacia, tomados em conjunto, permitem
introduzir alguns índices
Índice de compacidade
• O índice de compacidade ou Gravelius, Kc, é a
relação entre o perímetro da bacia e o perímetro
de um circulo de área igual à da bacia:
$
!" =
2&'
Em que ( = &') , define o valor de R. assim,
$ 0,282$
!" = =
( (
2&
&
Índice de compacidade
0,282(
!" =
)
!" é sempre maior ou igual à unidade, sendo
!" = 1 para uma bacia de forma circular.
!" é um valor adimensional que não depende
da área mas da forma da bacia, sendo tanto
maior quanto mais essa forma se afastar da
forma circular. Quanto maior for !" , menos
compacta é a bacia
Índices de compacidade para várias
formas de bacias
! #
%& = = '
$ $
Fator Forma - Kf
2× #$ + &$ = (
#$ ×&$ = )
Retângulo Equivalente e Índice de
Alongamento
• Resolvendo as duas equações para obter !" e #" tem-se:
% %(
!" = + −,
4 16
% %(
#" = − −,
4 16
OBS:Estas equações só apresentam soluções reais para %( ≥
16,. Assim, não existe um retângulo equivalente para um
bacia com forma circular
Retângulo Equivalente e Índice de
Alongamento
• O retângulo equivalente permite definir o
índice de alongamento, !" , como sendo a
relação entre #$ e %$ .
• Esta relação é de 1 para uma bacia com a
forma de um quadrado que é a situação que
origina o mínimo valor de !" .
Índice de Alongamento - !"
4 2 1 5
Índice de Alongamento - !"
• Pelas mesmas razoes aduzidas para o índice
de Gravelius (Compacidade) !# e para o fator
forma !$ , também valores de !" próximos de
1 dão uma indicação preliminar de maior
propensão para cheias, ao passo que valores
superiores a 2 indicam uma menor tendência
para cheias.
Exemplos: Alongadas
São Francisco
Outras:
Tietê;
Paranapanema;
Tocantins.
Exemplos: Circular
Taquari Antas - RS
Rio Itajaí - SC
Efeito da forma da bacia
• Mesma área, forma diferente
tempo
P bacia alongada
bacia circular
Q
Sistema de Drenagem
• O sistema de drenagem de uma bacia
hidrográfica é cons7tuído pelo curso d’água
principal mais os tributários.
• O sistema inclui todos os cursos d’água, sejam
eles perenes, intermitentes ou efêmeros.
Constância do Escoamento
• Os cursos d’água perenes são aqueles que contêm
água durante todo o tempo, uma vez que o lençol
subterrâneo assegura uma alimentação con?nua e
seu nível nunca desce abaixo do leito ou calha do
rio.
• Os cursos d’água intermitentes mantêm o
escoamento apenas durante as estações chuvosas,
e secam nas esEagens.
• Os efêmeros são aqueles cursos d’água que só se
formam durante ou imediatamente após os
períodos de chuva, isto é, somente transportam o
escoamento superficial direto que chega à sua
calha.
Tempo de escoamento
• Relação com:
§ Comprimento da bacia (área da bacia)
§ Forma da bacia
§ Declividade da bacia
§ Alterações antrópicas
§ Vazão (para simplificar não se
considera)
Chuva de curta duração
15 minutos tempo
Q
Chuva de curta duração
15 minutos tempo
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Tempo de concentração
• Kirpich
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3
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è Dh ø
0 , 79
æ L ö
t c = 7,68 × ç 0,5 ÷
èS ø
• onde tc é o tempo de concentração em minutos; L é o
comprimento do curso d água principal em Km; e S é a
declividade do rio curso d água principal (adimensional).
• Esta equação foi desenvolvida com base em dados de bacias de
até 5840 Km2.
Efeito do tempo de concentração
• Mesma área, tempo de concentração
diferente
tempo
ΔH
S1 =
L
Comprimento drenagem = 7 km
Declividade = 0,04 m/m ou 40 m por km
Declividade dos Rios
• Um valor médio mais representa4vo da declividade
do curso d’água consiste em traçar no gráfico do
perfil longitudinal uma linha de declividade S2, tal
que a área compreendida entre esta linha e a
abscissa seja igual à área compreendida entre a
curva do perfil natural e a abscissa.
Declividade dos Rios
2.A
S2 = 2
L
• Considerando a área.
Declividade dos Rios
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H(0,85L) - H(0,10L) i =1
Sm = Sm =
0,75L L
Perfil Longitudinal
Valores típicos:
Baixa declividade: alguns cm por km
Alta declividade: alguns m por km
Perfil típico:
Altitude do leito
1 1
2 2
1 2 2
1 1
2 3
1
2
3 1
1 1
2
1 2 1
1 3
2 2
2
1
2 3
3
1
3
Densidade de cursos d’água
• A densidade de cursos d’água é a relação
entre o número de cursos d’água e a área total
da bacia. São incluídos apenas os rios perenes
e os intermitentes.
• Não indica a eficiência da drenagem, uma vez
que a extensão dos cursos d’água não é levada
em conta.
Ns
Ds =
A
Densidade de cursos d’água
• O rio principal é contado apenas uma vez de sua nascente
até a foz e os tributários de ordem superior, cada um se
estendendo da sua nascente até a junção com o rio de
ordem superior.
Ns
Ds =
onde: A
• Ns: número de cursos d’água;
• A: área da bacia
∑L i
i=1
Dd =
A
onde:
• L: comprimento total dos cursos d’água;
• A: área de drenagem = área da bacia.