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2019­5­17 ConJur ­ TJ­RS veda recuperação única para empresas do mesmo grupo

CONFUSÃO PATRIMONIAL

TJ-RS barra recuperação judicial conjunta de


empresas do mesmo grupo
17 de maio de 2019, 13h41

Por Jomar Martins

A apresentação de um plano único de recuperação judicial para várias empresas do


mesmo grupo não se amolda ao espírito da Lei 11.101/2005 e ainda viola o princípio
da pars condition creditorum. Afinal, na modalidade conjunta, não é possível
conferir tratamento igualitário a todos os credores de uma mesma categoria.

Com este entendimento, a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do


Sul acolheu recurso de um banco chinês, inconformado com o deferimento da
recuperação judicial conjunta das empresas do grupo Artecola e sua holding
controladora, de forma conjunta. Com a decisão, cada empresa, individualmente,
terá de submeter seu plano de recuperação ao juízo de origem, que decidirá se
aprova ou não.

Agravo de Instrumento
No Agravo de Instrumento interposto contra a decisão de primeiro grau que deferiu
a recuperação coletiva da Artecola, a instituição financeira chinesa alegou ser
"irrazoável" que os credores de uma das recuperandas tenham a possibilidade de
votar sobre a viabilidade do plano conjunto. Isso, sustentou, desvirtua o poder de
decisão de cada classe de credor e afeta a capacidade de pagamento de cada
empresa. Por isso, pediu a apresentação individualizada de cada plano de
recuperação.

O colegiado da 6ª Câmara Cível, por unanimidade, concordou com a tese do banco


agravante. Para a relatora do Agravo, desembargadora Thais Coutinho de Oliveira, é
"inegavelmente desarrazoado" permitir que terceiros deliberem sobre créditos que
não possam ser alcançados. Isso, no seu entendimento, gera confusão patrimonial
entre as empresas. E mais: viola o princípio da par conditio creditorum, que preza
pelo tratamento igualitário aos credores da mesma categoria.

"O plano de recuperação há que ser elaborado individualmente de acordo as


peculiaridades de cada empresa, em que pese não se afaste a formação de
litisconsórcio ativo entre as empresas que compõem determinado grupo econômico.
Ao contrário: acaso processado conjuntamente o plano, o favor legal consistente no

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instituto da recuperação poderá contra si próprio voltar-se, causando prejuízos às


partes envolvidas no processo", concluiu no voto.

Clique aqui para ler o acórdão.


Processo 019/1.18.0001653-8 (Comarca de Novo Hamburgo)

Jomar Martins é correspondente da revista Consultor Jurídico no Rio Grande do Sul.

Revista Consultor Jurídico, 17 de maio de 2019, 13h41

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