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RESUMO
O desenvolvimento da inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais
no ensino regular está se tornando corriqueiro no cotidiano de muitas instituições de
ensino. Entretanto, a maioria delas não está apta para acolher esses alunos, devido
ao fato dos profissionais não se capacitarem para efetuar a atividade específica que
cada deficiência requer. O objetivo do artigo é elucidar sobre essa realidade nas
escolas, visto que a inclusão é correta na teoria, mas na execução diária é totalmente
falha. De início, será elucidada a definição de educação e de educação inclusiva. Em
sequência, são evidenciadas as metas de inclusão não atingidas em sua realização.
Por fim, expõe os obstáculos através de autores e o depoimento de uma professora
que busca realizar a educação inclusiva em sua classe. Foram estudados variados
autores que discorrem sobre educação inclusiva. Com esse artigo, espera-se que os
profissionais de ensino, sobretudo secretários municipais de educação, observem
minuciosamente a realidade apresentada e trabalhem para que a inclusão se efetive.
ABSTRACT
The development of the inclusion of children with special educational needs in regular
education is becoming commonplace in the daily life of many educational institutions.
However, most of them aren’t able to accommodate these students, due to the fact
that professionals aren’t able to carry out the specific activity that every disability
requires. The purpose of the article is to elucidate this reality in schools, since inclusion
is correct in theory, but in daily execution is totally flawed. At first, the definition of
education and inclusive education will be elucidated. After, the inclusion goals that
haven’t been achieved in its accomplishment are evidenced. Finally, it exposes
obstacles through authors and the testimony of a teacher who seeks to put in practice
inclusive education in her class. Several authors have been studied that discuss
inclusive education. With this article, it is expected that teaching professionals,
especially education municipal secretaries, closely observe the presented reality and
work to make inclusion effective.
1 INTRODUÇÃO
2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
diferenciais, reiterando que, parte dos participantes desse processo possui uma
predisposição favorável em relação aos demais para lidar com os novos
acontecimentos. Isso não ocorre de imediato.
Entretanto, a proposta de inclusão está direcionada a uma filosofia que
consente o alicerce da igualdade em condições por intermédio das relações
interpessoais de todos, com o propósito de garantir a inclusão e a permanência do
aluno com NEE no processo de ensino (GUEBERT, 2007).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações
Curriculares (1998), ponderar as diferenças que se observa entre os educandos nas
escolas necessita de medidas maleáveis e dinâmicas do currículo para atender às
necessidades educacionais especiais de modo construtivo. Além do mais, a escola
que se mostra atualmente tem como início formar o aluno crítico, criativo e participativo
para solucionar as dificuldades propostas na sociedade contemporânea.
A escola inclusiva deve ser interpretada com um método social, explana
Paula (2006), no qual os alunos portadores de NEE, bem como os demais distúrbios,
têm como direito a educação com seu histórico similar ao dos alunos em geral, onde
o propósito está intrínseco na relação entre a sociedade e a criança com NEE.
Com isso, a Procuradoria (2004) elucida que as instituições de ensino
passam por alterações, sendo estas não por si só dirigidas à inclusão de NEE e
demais obstáculos, devendo o procedimento de ajuste às NEE ser visualizado como
algo improrrogável a ser aprimorado. Logo, a inclusão será o resultado disso.
Por conseguinte, quando aborda a escola inclusiva, não se aborda somente
as instituições que se arriscam a lecionar para alunos com NEE, mas todo o processo
que deverá ser inclusivo também na prática, dispondo de recursos humanos e
materiais para o acolhimento apropriado dos egressos que solicitam esse serviço
(FELTRIN, 2009).
Minetto (2008) nos direciona no seguinte aspecto a respeito da diversidade,
no qual ela deve ser difundida aos professores. Seria errôneo almejar que os
educandos reajam de mesmo modo. Esse aspecto não é considerado uma filosofia
inclusiva. É de total entendimento que se o aluno necessita de um espaço maior de
tempo para aprender, para o professor também é necessário.
Outro fator preponderante no qual se atende aos padrões de uma
instituição de ensino inclusiva é o desenvolvimento de adaptações curriculares. Esses
métodos dever ser estabelecidos em conformidade com o projeto pedagógico de cada
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ser permanente, segundo Gomes e Barbosa (2009), pois diversas vezes aparecem
inovações educativas no campo inclusivo. Mas diversos fatores desestimulam o
professor na procura de um aperfeiçoamento. Um deles é os mesmos dobrar o período
de exercício de suas funções na busca de um melhor salário. Outra barreira que pode
ser explanada é que o próprio portador de necessidades especiais e sua família não
estão aptos para o processo de inclusão nos demais lugares da sociedade,
especificamente no âmbito escolar.
Carvalho (2000) diz que o preconceito enraizado na sociedade e os
variados modelos de desprezo que os portadores de NEE estão vivenciando, em
conjunto ao não discernimento da família na inclusão, vem acentuar os problemas de
diversos, o que deveria ser equacionado ou suavizado, por ora.
O autor ainda menciona que, em grande parte, os obstáculos apresentados
surgem dos que deveriam ser os precursores a se esforçarem pela inclusão, pois os
mesmos demonstram pelas ações que não aceitam, de tal modo, a deficiência de um
integrante da família por não crer no fortalecimento de suas potencialidades.
Na verdade, Carvalho (2000) imputa que muitos pais discorrem ao longo
dos anos na busca por desvendar as causas do porque seu filho veio ao mundo com
deficiências e, de maneira errônea e com a mente culposa, tardam todo o
desenvolvimento de seus descendentes, sendo que deveriam ser ofertada assistência
a essas crianças em seus primeiros anos de vida.
Devido ao sentimento de remorso que muitos pais possuem, Fonseca
(1987) aponta que eles acabam desenvolvendo uma educação superprotegida,
bloqueando seus filhos de executar o que querem. Assim, os pais impossibilitam a
engenhosidade dessas crianças, impedindo o aperfeiçoamento até mesmo nas
tarefas mais simples.
Muitos pais, na frente de pessoas desconhecidas do convívio diário ou até
mesmo vizinhos, não conseguem disfarçar o sentimento de vexame por ter um
integrante da família com NEE. Esses filhos, consequentemente afetivos, notam esse
tipo de constrangimento, criando uma sensação de insegurança e exclusão nos
mesmos, tornando essas pessoas a cada dia mais diferentes das outras pessoas
(CARVALHO, 2000).
Seguindo a tese de Carvalho (2000), uma preparação para a assentimento
dos pais é de suma importância, pois apenas assim eles se tornariam os precursores
do aperfeiçoamento dos seus filhos.
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educação inclusiva. Felício (2010) esclarece ainda que sua formação é pedagogia,
sem habilitação em educação inclusiva. Não há outra opção senão aceitar, pois a
política cotidiana é de inclusão. No término das aulas, a profissional de ensino nos diz
que teve de amparar o menino com NEE, pois estava desferindo pedras e galhos em
seus colegas de classe. Presenciando tal cena, a professora sentiu-se impotente
diante de tal fato e se emocionou, devido ao fato da criança estar se abstendo de uma
melhor qualidade de vida, de um atendimento especializado e da convivência
igualitária entre os demais. No que diz respeito ao profissional, ela demonstra afeto e
amor, mas somente isso não é o bastante, pois lhe falta ferramentas e conhecimento
para auxiliá-los.
Conclui-se que a prática inclusiva se torna distante do que estabelece a
metodologia, pois a realidade diária desta professora ratifica que as instituições de
ensino não estão aptas ao processo da inclusão.
Mesmo relatando que a realidade careceria de outra visão, a professora
discorre sobre isso em seu canal de comunicação por deparar com casos que a deixa
aborrecida. Felício (2010) aponta que é habitual escutar pessoas afirmarem que
professores são todos os mesmos e que não apresentam valor algum, pois eles não
gostam de crianças e só lecionam devido ao salário que adquirem. Menciona ainda
que as famílias dizem que os professores estão contra os alunos.
A profissional de ensino anseia que os colegas de profissão entendam esse
caso, pois o ensino nacional vive a falsa inclusão, onde não há recursos e nem
qualificação dos profissionais.
Segundo Mittler (2003) há escassas oportunidades de capacitação. Elas
são indispensáveis, pois não influem apenas nos sentimentos dos professores em
correspondência à educação inclusiva, mas sim para que os professores possam
elucidar sobre as concepções de transformações que podem alterar suas crenças e
valores, aperfeiçoando seu desempenho profissional.
A carência de capacitação se deve porque, no Brasil, a importância da
formação de profissionais de ensino direcionada para a educação inclusiva é atual.
Siems (2010) esclarece que é essencial investimentos nos métodos de
aperfeiçoamento para reconstruir as metodologias da educação, reorganizando o
processo de formação de professores.
Evidenciando essas teorias, Costa (2010) expõe que para uma concreta
implantação dessa metodologia educacional, deve-se alterar a postura humana. Se
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
PAULA, J. Inclusão mais que um desafio escolar, um desafio social. 2. ed. São Paulo:
Jairo de Paulo, 2006.