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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PRIMAVERA DO LESTE/MT

FRANCISCO LEÃO FERREIRA, brasileiro, motorista, portador da


Carteira de Identidade nº 21538328, inscrito no CPF sob o nº 488.718.349-68,
residente e domiciliado na Rua São Tomé, nº 154, Bairro São Cristovão, Primavera
do Leste/MT, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado e
procurador ao final assinado, consoante instrumento de mandato ora juntado1,
propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS
EFEITOS DA TUTELA

Em face de

CENECT/ CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO,


CIÊNCIA E TECNOLOGIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF com o n.º 02.261.854/0001-57, mantenedor do, CENTRO
UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER, com sede na Rua Saldanha, n.º 131
–Centro, na cidade de Curitiba/PR , pelos motivos de fato e direito que aduz a
seguir.

1 Procuração – DOC. 01.


1
1. Dos Fatos
O promovente, durante o segundo semestre de 2009,
contratou junto a Promovida o serviço de Ensino de Nível superior, na UNINTER,
matriculando-se no curso de Gestão de Produção Industrial, com aulas
telepresenciais em polo desta cidade, conforme consta no incluso Termo de Adesão.
Inicialmente, eram 12 alunos, havia um polo na cidade
onde eram transmitidas as aulas telepresenciais. Durante o curso em tela, a
requerida mudou-se três vezes o polo onde ocorriam as aulas, iniciando no Sindicato
dos Trabalhadores, após no colégio Isaac Newton e por fim na Rua Maringá, Centro,
talvez sendo este um dos motivos por apenas o autor concluir curso.
Os transtornos eram inúmeros e frequentes, tais como
infraestrutura, conteúdo programático, etc, ocasionando ao final do curso, o ônus ao
reclamante de quatro matérias a prestar dependência, porém havia adimplido
integralmente todas as matérias cursadas até o termino do curso na data de 01 de
junho de 2012, comprovantes anexo.
A fim de concluir o curso, o Autor buscou informações no
polo da universidade, sendo informado que deveria pagar as matérias
separadamente, através de boletos que seriam gerados no polo, após solicitação.
Ao efetuar o pagamento teria acesso às matérias correspondentes ao boleto pago,
foi alertado ainda que se não adimplidos fossem, o autor não obteria acesso à
respectiva matéria no Portal Acadêmico, menos ainda ao conteúdo.
O requerente com intenção de cursar a uma das quatro
matérias restantes, pagando o primeiro boleto, e cursando através do Portal
Acadêmico, realizou a prova no polo. Os três boletos residuais não foram pagos, e
nem liberado o acesso às disciplinas no Portal Acadêmico, tampouco realizou as
provas, não usufruindo do serviço que a requerida exige prestação do reclamante.
Ocorre que o autor constatou que seu nome encontra-se
inscrito no rol dos maus pagadores indevidamente, isso porque apenas teve acesso
a uma matéria correspondente ao boleto que foi pago. Vale lembrar que autor não
utilizou o serviço pelo qual a requerida inseriu seu nome nos órgãos de proteção ao
credito.
Importante também ressaltar, ínclito Julgador, que o
Promovente é trabalhador nessa cidade de Primavera do Leste/MT, e a conduta
2
ilícita praticada pela reclamada vêm lhe gerando irreparáveis prejuízos, visto que a
restrição inserida em seu nome não lhe possibilita a obtenção de linhas de créditos
ou compras à prazo junto ao comércio, distribuidores de produtos, prestadores de
serviços e instituições financeiras.
Assim sendo, ao Promovente não restou alternativa,
senão a de buscar o Poder Judiciário, a fim de que possa solucionar o caso, ora
trazido a esse r. Juízo.

2. DO DIREITO.

O caso versado nos autos retrata uma típica relação de


consumo, de modo que deve ser invocada a Lei 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor), consoante redação dos artigos. 2º e 3º da referida Lei, in verbis:

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que


adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade


de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública


ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.

Oportuno registrar, Excelência, que o Promovente não


busca discutir na presente ação a má qualidade dos serviços contratado e oferecido
pela Promovida. Discute-se aqui, Excelência, a inexistência da dívida cobrada, bem
como a responsabilidade civil da Promovida, a qual, além de não cumprir o acordo
entabulado, inseriu indevidamente o nome do Promovente nos órgãos de proteção
ao crédito, ocasionando-lhe graves prejuízos.
Consigne-se que a Promovida sequer notificou o
Promovente que inseriria o seu nome no cadastro nacional de inadimplentes.

3
Preleciona o art. 186 do Código Civil que “aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Já o artigo 927 do referido diploma prescreve que “aquele
que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Inegável que a Promovida, diante de seu comportamento,
o qual foi detalhadamente acima narrado e comprovado pelos documentos que
acompanham a presente inicial, cometeu ato ilícito.
Dessa forma, resta evidenciada a inexistência da dívida,
bem como caracterizado o ato ilícito cometido pela Promovida, ante a farta
documentação, ora apresentada, o qual deve ser repelido pela Justiça.

2.1 DO DANO MORAL.

O Promovente, diante da conduta ilícita perpetrada pela


Promovida, vem sofrendo inúmeros prejuízos, inclusive de ordem moral, visto que é
motorista conhecido por todos nessa cidade, necessitando constantemente de boa
reputação para desenvolver as suas atividades.
Embora a reparação do dano moral não tenha o condão
de fazer desaparecer o abalo psicológico e a fama de inadimplente que acometeu o
Promovente, traduz a um pequeno sentimento de ver restaurado, ainda que de
inexpressivo valor, diante do poderio econômico da promovida, a sua moral, que foi
duramente abalada pela conduta ilícita que cometeu a Promovida.
Sobre a questão, ensina o ilustre doutrinador José Afonso
da Silva2:
“A vida humana não é apenas um conjunto de elementos
materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais,
como os morais. A Constituição empresta muita
importância à moral como valor ético-social da pessoa e
da família. Ela, mais que as outras, realçou o valor da
moral individual, tornando-a mesmo um bem indenizável.
A moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom
nome, a fama, a reputação que integram a vida
humana como dimensão imaterial. Ela e seus
componentes são atributos sem os quais a pessoa

2
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 19ª edição. Malheiros Editores. São Paulo,
2001.
4
fica reduzida a uma condição animal de pequena
significação. Daí porque o respeito à integridade
moral do indivíduo assume feição de direito
fundamental”.
Destaquei.

Dessa forma, a fim de se chegar ao quantum devido,


necessário se faz realizar o estudo do ato ilícito, que é aquele praticado em
descompasso com o ordenamento jurídico. O ato ilícito deve ser punido e
desestimulado.
O dano moral consiste no prejuízo ou lesão de interesses
e bens, cujo conteúdo não é pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro,
como é o caso dos direitos de personalidade ou dos atributos da pessoa.
O dano moral, propriamente dito, não afeta, a priori, os
valores econômicos, embora possa repercutir neles, entretanto, diz respeito a esfera
personalíssima do titular, dano esse de difícil recuperação perante a sociedade.
No caso em tela, a Promovida, após acordar e alertar o
autor, que não ofereceria o serviço caso não percebesse o valor do boleto, ainda
bloqueou o acesso do autor ao Portal Acadêmico, assegurando-se de que o mesmo
não utilizaria seus serviços, promoveu a inserção do nome do Promovente no rol de
inadimplentes, sem observância, ainda, aos requisitos legais.
Dessa forma, inafastável o dever de indenizar da
Promovida.
Para se chegar ao valor do dano moral a ser indenizado,
árdua tarefa para o julgador, orienta-se a observância de alguns fatores, quais
sejam, a extensão do dano, a condição econômica de quem deve indenizar e a
condição social de quem será indenizado, além de se levar em conta o caráter
pedagógico da condenação.
No tocante a extensão do dano, salienta-se que este foi
grave, visto que a Promovida inseriu o nome do Promovente no rol de inadimplentes
após ter suspenso o acesso do reclamante ao conteúdo da oferta, ou seja, utilizou
como referência uma dívida inexistente.
A condição econômica da Promovida é
demasiadamente confortável, visto que atua no ramo da Educação

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Internacionalmente, angariando incontáveis clientes que efetuam prestações
mensais.
Com relação a condição social do Promovente,
conforme acima noticiado, este é motorista em Primavera do Leste/MT, tendo como
meio de sustentar sua família, seu nome e a sua boa fama, os quais foram
duramente abalados pela conduta ilícita perpetrada pela Promovida, pois antes do
ilícito cometido pela mesma, possuía credito na cidade, o que não ocorre mais.
Dessa forma, levando-se em consideração os dados
acima, deve a empresa promovida ser condenada em reparar o dano moral
experimentado pelo Promovente, em valor a ser prudentemente arbitrado por Vossa
Excelência.
Assim sendo, a fim de fortificar as razões do Promovente,
importante citar os entendimentos jurisprudenciais, os quais são uníssonos em
reconhecer a responsabilidade civil, em casos semelhantes ao versado nos autos e,
por conseguinte, condenar a reparação do dano moral, in verbis:

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE


CANCELAMENTO DE REGISTRO C/C ANTECIPAÇÃO
DE TUTELA E DANO MORAL - BRASIL TELECOM -
REMESSA INDEVIDA DE NOME E CPF DE
CONSUMIDOR AO SPC - FATURA ADIMPLIDA -
ABUSIVIDADE CONFIGURADA - CULPA DE TERCEIRO
NÃO CARACTERIZADA - RESPONSABILIDADE
OBJETIVA - ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE OUTRAS
ANOTAÇÕES RESTRITIVAS DE CRÉDITO -
IRRELEVÂNCIA - DANO MORAL CONFIGURADO -
QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO MODERAMENTE -
CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS -
ENCARGOS DEVIDOS - CORREÇÃO MONETÁRIA
INCIDÊNCIA A PARTIR DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA
DE PROCEDÊNCIA, JUROS DE MORA A PARTIR DO
EVENTO DANOSO - RECURSO IMPROVIDO -
SENTENÇA MANTIDA.
É considerada ilícita a conduta perpetrada por
Empresa Pública Concessionária de Serviços de
Telefonia que, determina a remessa de nome e CPF de
consumidor aos Cadastros Negativadores de Crédito,
indevidamente, pois, não havendo dívida a ser
saldada pelo usuário, tal prática é manifestamente
tida como abusiva e gera o dever de indenizatório por
dano moral. A manutenção de inscrição do nome e
CPF nos Cadastros de Proteção ao Crédito, mesmo
sendo inexistente a dívida, por três anos, a torna
6
indevida e constitui ato ilícito que gera
responsabilidade civil e sua conseqüente obrigação
indenizatória. O dano moral, nesta hipótese, é
presumível, independe de prova, como tem fixado a
jurisprudência. A existência de inscrição em nome do
consumidor, por outras dívidas, senão a que está sendo
discutida em juízo, não lhe retira o direito à indenização
por dano moral decorrente de outra inscrição
comprovadamente indevida. Inexistindo regras objetivas
para fixação do dano moral, cabe ao julgador a árdua
tarefa de arbitrá-lo, em observância aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, além de se atentar
para certos critérios, tais como: extensão do dano, o grau
de culpa, a condição sócio-financeira cultural, política e
familiar da vítima, bem como o porte econômico da
ofensora, não se desvencilhando ainda, do duplo objetivo
que rege as indenizações desta natureza, qual seja o de
punir o ofensor e consolar a vítima em forma de pecúnia
pela lesão moral sofrida. Observados os critérios
mencionados descabe o pedido de redução da
condenação. O momento inicial para seja incidida ao
débito originário a correção monetária, é o da prolação da
sentença de procedência e dos juros de mora, a partir do
evento danoso, no caso, da anotação indevida.
(TJMT – Recurso de Apelação Cível 58383/2009 – Rel.
Des. Jurandir Florêncio de Castilhos, julgado em
20/07/2009). Destaquei.

APELAÇÃO CÍVEL -AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA C/C RESCISÃO DE
CONTRATO POR CULPA DA REQUERIDA,
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - PRELIMINAR
-OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE -
AFASTADA -MÉRITO -INSCRIÇÃO INDEVIDA DO
NOME DO CONSUMIDOR NO CADASTRO DE
INADIMPLENTES -ÔNUS DA PROVA (ART. 333, I, CPC)
DA EMPRESA DE TELEFONIA -DANO MORAL
VERIFICADO -QUANTUM INDENIZATÓRIO -
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE -
INDENIZAÇÃO (ART. 940, CC)- AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ -
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
Há de se observar que o artigo 514 do CPC traz os
requisitos formais de interposição da apelação, cuja
ausência de qualquer um deles impede o conhecimento
do recurso, por falta de pressuposto recursal.
É certo que a indevida inclusão de uma pessoa nos
cadastros de inadimplentes causa-lhe vários
constrangimentos e perda da credibilidade pessoal e
negocial, tudo com sérios reflexos em sua honra e
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respeitabilidade, danos estes que, nos casos de
indevida inscrição em cadastro oficial, resta provado
com a simples demonstração do próprio fato da
inscrição.
A quantificação dos danos deve considerar os critérios da
razoabilidade, ponderando-se as condições econômicas
do ofendido e do ofensor, o grau da ofensa e suas
conseqüências, tudo na tentativa de evitar a impunidade
dos ofensores bem como o enriquecimento sem causa do
ofendido.
(TJMS – Apelação Cível 2780/MS, Rel. Des. Oswaldo
Rodrigues de Melo, julgado em 22/03/2010). Destaquei.

Civil e processual civil. Recurso especial. Ação de


compensação por danos morais e patrimoniais. Embargos
de declaração. Omissão, contradição ou obscuridade.
Não ocorrência. Abertura de conta corrente por terceiro
com uso de documentos do autor. Inscrição indevida nos
cadastros de inadimplentes.
Ausentes omissão, contradição ou obscuridade no
acórdão recorrido, não há violação ao art. 535 do CPC.
A circunstância da conta bancária ser aberta por terceiro,
com a utilização de documentos furtados ou roubados,
não elide a responsabilidade da instituição financeira.
A ausência de comunicação do furto ou do roubo dos
documentos às autoridades policiais e ao SPC, por si só,
não afasta a obrigação de indenizar.
A inscrição indevida nos cadastros restritivos de
crédito é suficiente para a configuração dos danos
morais. Recurso especial provido.
(Superior Tribunal de Justiça - Resp 856085/RJ – Rel.
Min. Nancy Andrighi, publicado em 08/10/2009).
Destaquei.

3. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA.


Considerando que a dívida que ensejou a inserção do
nome do Promovente junto ao órgão de proteção de crédito foi indevidamente
gerada pela Promovida, pois jamais fora utilizado os serviços exigidos e ainda foram
assegurados de que não seriam utilizados pelo promovente, necessário se faz
antecipar os efeitos da tutela, visto que o Promovente, diante dos inúmeros prejuízos
que vem sofrendo, haja vista que seu nome encontra-se inserido no rol de
inadimplentes do SPC, não poderá aguardar até o final da presente lide, para ter o
provimento jurisdicional que pleiteia.

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Com efeito, preleciona o art. 273 do Código de Processo
Civil:
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte,
antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela
pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova
inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação
e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação; ou (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o
manifesto propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei
nº 8.952, de 13.12.1994)

A verossimilhança das alegações ou a similitude com


a verdade consiste na documentação ora acostada, que comprova fartamente os
fatos deduzidos na inicial.
O fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação consiste na necessidade do Promovente, o qual é trabalhador nesse
município, ter acesso a linhas de créditos para a provisão familiar, o que é
impossível com a restrição lançada em seu nome pela Promovida.
Ante o acima exposto, requer a Vossa Excelência, seja
oficiado ao Serviço Central de Proteção ao Crédito, determinando a imediata
exclusão do nome do Promovente de seu cadastro, em alusão à dívida lançada pela
Promovida, no valor de R$230,00(duzentos e trinta reais).
Por outro lado, se faz necessário também a expedição de
ofício junto ao SERASA e demais empresas e orgãos de proteção ao crédito,
determinando que se abstenham de efetuar o cadastro do nome do Promovente, em
referência ao contrato e valor acima mencionado.

4. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

Excelência, considerando que estamos diante de uma


relação de consumo, bem como considerando ser o Promovente a parte mais fraca
da relação processual, requer seja determinada a inversão do ônus probandi,
devendo a parte reclamada comprovar os fatos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito do Autor, nos moldes do art. 6º, inciso VIII do Código de Defesa
Consumidor, o qual preleciona:
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Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
(...);
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.

Consoante a redação do dispositivo acima mencionado, o


Julgador, segundo as regras ordinárias de experiências, inverterá o ônus da prova
em favor do consumidor, quando for verossímil a sua legação ou quando for ele
hipossuficiente.
Com efeito, não há a necessidade de estarem presentes
os dois requisitos acima, bastando tão somente a incidência de um só deles para ser
operada a aludida inversão.
In casu, as alegações do Promovente possuem
semelhança com a verdade, ou, na expressão técnica acima utilizada, são
verossímeis, consoante farta documentação que acompanha a presente inicial.
Assim sendo, requer a esse r. Juízo, no momento
oportuno, seja determinada a inversão do ônus da prova, devendo a demandada
comprovar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito Reclamante.

5. DOS PEDIDOS.

Diante do acima exposto requer a Vossa Excelência:


1) Seja concedido ao Promovente os benefícios da
Justiça Gratuita, nos moldes da Lei 1.060/1950, haja vista não possuir condições de
arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo próprio e de sua família;
2) Sejam antecipados os efeitos da tutela pretendida, a
fim de determinar ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) a exclusão imediata do
nome do Promovente de seus registros, bem como seja determinado ao SERASA e
outras empresas e órgãos de proteção ao crédito que não incluam o nome do
Promovente em seus registros, referente a dívida acima mencionada;
3) Seja citada a Promovida, no endereço fornecido no
preâmbulo, para, querendo, contestar os termos da presente, sob pena de revelia e
confissão ficta;

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4) Seja declarada a inversão do ônus probandi, no
momento considerado oportuno por esse Juízo, nos moldes do art. 6º, inciso VIII do
Código de Defesa do Consumidor;
5) Seja declarada a inexistência do débito ora discutido;
6) Seja reconhecida a conduta ilícita praticada pela
promovida e, por conseguinte, seja condenada a reparar os danos morais
experimentados pelo Promovente, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência;
7) Ao final, seja confirmada os efeitos da tutela
antecipada, determinando definitivamente ao SPC a exclusão do nome do
Promovente de seu cadastro, referente a dívida acima mencionada, bem como a não
inclusão do nome do Promovente nos registros dos demais órgãos de proteção ao
crédito, conforme razões acima descritas.
Protesta pela produção de todas as provas em direito
admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do representante da Promovida,
sob pena de confissão, juntada de novos documentos e oitiva de testemunhas, cujo
rol será oportunamente depositado.
Dá-se à causa o valor de R$ 230,00 (duzentos e trinta
reais).
Nesses termos, Pede Deferimento,

Primavera do Leste/MT, 15 de janeiro de 2015.

Vinicius Emidio Cezar


OAB/MT 16.426

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