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ÍNDICE

1. CONCEITOS

1.1. ICMS e Contribuinte

ICMS - é a sigla de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de


Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, e é um imposto brasileiro, e cada estado
possui uma tabela de valores.
Nos termos do artigo 12 do RICMS/RS, contribuinte do imposto é
qualquer pessoa, física ou jurídica, que, tendo relação pessoal e direta com a
situação que constitua fato gerador da obrigação, realize com habitualidade ou

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em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de
mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.
"Art. 12 - Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize,
com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações
de circulação de mercadoria ou de bem ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior."

2. PAGAMENTO ANTECIPADO

Em determinadas operações e prestações o Estado do Rio Grande do


Sul exige o recolhimento antecipado do ICMS relativo à operação própria ou à
substituição tributária, conforme prevê os artigos 46 ao 48 do Livro I do
RICMS/RS.

2.1. Artigo 46 do Livro I do RICMS/RS

Dentre as antecipações previstas neste artigo, pode-se frisar o


recolhimento exigido:
a) nas saídas de arroz em casca, canjicão, canjica e quirera, com
destino a contribuinte deste Estado (inciso I, alínea “a”);
b) na saída do estabelecimento para outra unidade da Federação de
ferro-velho. papel usado, sucata de melais, ossos, e fragmentos, cacos,
resíduos ou aparas de papéis, de vidros, de plásticos ou de tecidos (inciso I,
alínea “b”, item 6);

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c) na saída do estabelecimento para outra unidade da Federação de
mercadorias destinadas à venda ambulante (inciso I, alínea “b”, item 8);
d) no início da prestação de serviço de transporte de cargas, caso o
transportador seja autônomo, não inscrito no CGC/TE ou não estabelecido
nesta unidade da Federação, e não ocorra a transferência da responsabilidade
pelo pagamento do imposto prevista no Livro III, artigos 2º e 54 (inciso III,
alínea “b”).

2.2. Artigo 47 do Livro I do RICMS/RS - Importação

Este artigo estabelece que o imposto deve ser pago no momento da


ocorrência do fato gerador, quando relativo à importação de mercadoria ou
bem, importados do exterior, bem como nas arrematações em leilão e nas
aquisições, em licitação pública, de mercadorias importadas do exterior
apreendidas ou abandonadas.

2.3. Artigo 48 do Livro I do RICMS/RS - Carne

O referido artigo prevê o que o imposto devido nas operações com gado
vacum, ovino e bufalino, com a carne verde e com outros produtos comestíveis
resultantes da matança desse gado submetidos a salga, secagem ou
desidratação deve ser pago:
a) no momento da ocorrência do fato gerador, nas saídas dessas
mercadorias, nelas incluídas, quando for o caso, a responsabilidade por
substituição tributária;
b) no momento da entrada no território gaúcho, pelo destinatário dessas
mercadorias:

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Nota - Fica excluída a responsabilidade do estabelecimento em relação
ao imposto decorrente de alteração de base de cálculo ou de alíquota
ocorrida após a entrada da mercadoria em seu estabelecimento, salvo
se as mesmas forem submetidas a processo de industrialização previsto
no capítulo 16 da NBM/SH-NCM.

1 - o imposto relativo às operações subsequentes, inclusive a saída


decorrente de venda no varejo, caso o destinatário seja comerciante
atacadista;
2 - o imposto relativo à saída decorrente de venda no varejo, caso o
destinatário seja comerciante varejista;
c) na hipótese de importação do exterior por comerciante atacadista ou
varejista, o imposto relativo às operações subsequentes (substituição
tributária), inclusive a saída decorrente de venda no varejo:

Nota - Fica excluída a responsabilidade do estabelecimento em relação


ao imposto decorrente de alteração de base de cálculo ou de alíquota
ocorrida após a entrada da mercadoria em seu estabelecimento, salvo
se as mesmas forem submetidas a processo de industrialização previsto
no capítulo 16 da NBM/SH-NCM.

1 - na entrada dessas mercadorias, no território gaúcho, se o


desembaraço tiver ocorrido em outra unidade da Federação;
2 - no desembaraço dessas mercadorias, se desembaraçadas no Estado
do Rio Grande do Sul.
d) no momento da aquisição, em licitação pública, dessas mercadorias,
se importadas do exterior e apreendidas ou abandonadas, caso em que o
arrematante deverá pagar o imposto decorrente dessa aquisição, bem como o
relativo às operações subsequentes, inclusive a saída decorrente de venda no
varejo.

 Instruções sobre o pagamento do imposto

As instruções para o pagamento do imposto estão previstas na Instrução


Normativa DRP 45/1998, Título I, Capítulo XX, Seção 3.0.

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2.4. Dispensa do pagamento antecipado

Os contribuintes podem recolher o imposto após o fato gerador, ou seja,


após o momento a que se referem os artigos 46 ao 48 do Livro I do RICMS/RS,
desde que possuam concessão que os dispense do recolhimento antecipado
nos termos e hipóteses previstas o artigo 50 do Livro I do RICMS/RS.
O requerimento para obtenção da referida concessão encontra-se
disposto na Instrução Normativa DRP 45/1998, Título I, Capítulo VI, Seção 5.0.

3. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS

O diferencial de alíquotas está previsto no artigo 155, § 2º, incisos VII e


VII da Constituição Federal e tem como objetivo preservar a arrecadação dos
Estados na circulação de mercadoria entre contribuintes do imposto
provenientes de outras unidades da Federação e corresponde à diferença entre
a alíquota interna e a alíquota interestadual.
Caso não houvesse o condicionamento ao recolhimento haveria grande
desestímulo por parte dos contribuintes a comprarem mercadorias destinadas à
comercialização, uso, consumo, ativo ou serviço dentro do próprio Estado em
que esteja domiciliado, pois seria mais vantajoso adquirir mercadoria de outros
Estados em que a carga tributária final seria inferior a interna.

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Na entrada de mercadoria destinada à comercialização, exceto as
sujeitas ao regime de substituição tributária interna e interestadual relacionadas
no Apêndice II, Seções II e III do Regulamento do ICMS, oriunda de outra
unidade da Federação, o imposto relativo à operação subsequente é devido no
momento da entrada da mercadoria no território deste Estado, conforme
disciplinado pelo §4º do artigo 46, Livro I do RICMS/RS.
O diferencial de alíquota, conforme previsto no artigo 16, inciso I, alínea
“f”, Livro I, do RICMS/RS também é devido nas entradas de mercadoria
proveniente de outras unidades da Federação e que não esteja vinculada a
operação ou prestação subsequente, ou seja, quando a mercadoria for
destinada ao uso e consumo ou ativo imobilizado.
A terceira hipótese de recolhimento do diferencial de alíquotas ocorre no
recebimento de mercadorias de outro Estado para industrialização, desde que
a alíquota aplicada na operação interestadual seja 4%, conforme disposto na
nota 05 do §4º do artigo 46, Livro I do RICMS/RS.

3.1. Fato Gerador

Conforme disposto no artigo 4º, incisos IX e X, Livro I do RICMS/RS,


ocorre o fato gerador do imposto na entrada no estabelecimento de
contribuinte, de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Federação,
destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente e da utilização, por
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade
federada e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente,
alcançada pela incidência do imposto, hipótese em que será devido o
recolhimento do diferencial de alíquotas.

3.2. Alíquotas

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3.2.1. Alíquotas Interestaduais

Para as operações destinadas a contribuintes localizados no estado do


Rio Grande do Sul, serão aplicadas as seguintes alíquotas interestaduais:
a) 12% para as operações com mercadorias de origem nacional,
recebidas de qualquer Unidade da Federação;
b) 4% para as mercadorias importadas, desde que atendam os
requisitos mencionados na Resolução do Senado Federal 13/2012 e os
Convênios ICMS 038/2013 e 088/2013.

3.2.2. Alíquotas Interestaduais

As alíquotas internas no Estado do Rio Grande do Sul estão previstas no


artigo 27, Livro I do RICMS/RS.
Na hipótese de não haver previsão de alíquota específica, será cabível a
aplicação da regra geral - alíquota de 18%, conforme expresso no artigo 12,
§17, inciso IV, da Lei nº 8.820/89.

3.3. Base de Cálculo

A base de cálculo do diferencial de alíquotas, a ser recolhido por ocasião


das entradas de mercadorias provenientes de outras unidades da Federação,
encontra-se no artigo 16, inciso I, alínea “f”, e artigo 46, §4º, Nota 02, ambos do
Livro I do RICMS/RS e disciplinam, respectivamente, as bases a serem
utilizadas nas aquisições destinas a consumidor final e as destinadas à

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comercialização.

3.3.1. Mercadorias destinadas a consumidor final

Nas operações com mercadorias oriundas de outra unidade da


Federação e que não estejam vinculadas a operação ou prestação
subsequente o imposto a pagar será o valor resultante da aplicação do
percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual,
sobre o valor da operação na unidade da Federação de origem.

3.3.1.1. Base de Cálculo

A base de cálculo do diferencial de alíquotas, a ser recolhido por ocasião


das entradas de mercadorias provenientes de outras unidades da Federação,
encontra-se no artigo 16, inciso I, alínea “f”, nota 01, Livro I do RICMS/RS:
“Art. 16 A base de cálculo do imposto nas operações com mercadorias é:
I - o valor da operação:
f) na unidade da Federação de origem, na entrada, no estabelecimento
de contribuinte, de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação e que
não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente;
NOTA 01 - O imposto devido a este Estado será calculado na forma
prevista em instruções baixadas pela Receita Estadual.
(...)”
Até ano de 2015 era utilizado o cálculo aplicando-se apenas à
equivalência entre a alíquota interestadual destacada no documento fiscal do
fornecedor (remetente da mercadoria) e a alíquota interna prevista no Estado
do Rio Grande do Sul de acordo com a mercadoria adquirida.

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Exemplo:
Valor da operação: R$ 1.000,00
ICMS origem: 12%
Alíquota interna: 18%
Assim, tínhamos o seguinte resultado: 18% - 12% = 6% (R$ 1.000,00 x
6% = R$ 60,00).
A partir de 2016, com a publicação da Emenda Constitucional n°087 /
2015 que altera os incisos VII e VIII do §2º do artigo 155 da Constituição
Federal, quanto à sistemática de cobrança do ICMS nas operações e
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado, o Estado do Rio Grande do Sul
também alterou a fórmula do cálculo a ser aplicado sobre as aquisições por
contribuintes gaúchos de mercadorias destinadas à uso/consumo ou ativo
imobilizado.
A Instrução Normativa 039/2016 altera a IN DRP nº 45/98, para definir
fórmula e apresentar exemplo numérico para o cálculo do diferencial de
alíquotas devido na entrada, de estabelecimento de contribuinte gaúcho, de
mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação e que seja destinada ao
ativo permanente ou ao uso ou consumo do adquirente.
Valor da operação: R$ 1.000,00
ICMS origem: R$ 120,00
Alíquota interna: 18%
Efetivamente o cálculo é realizado da seguinte forma:
1.000,00 x 12% = 120,00
1.000,00 - 120,00 = 880,00
880,00 x 18% = 158,40
158,40 / 0,82 (100 - 18% = 82) = 193,17
193,17 - 120,00 = 73,17.

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Assim, nos termos do artigo 16, inciso I, alínea "f", Livro I do RICMS/RS, na
GIA este valor será lançado em "OUTROS DÉBITOS" com o código 01, nos
termos do Apêndice VII, Seção VIII da IN DRP nº 45/98, conforme segue:

Seção VIII
OUTROS DÉBITOS - DETALHAMENTO

DESCRIÇÃO
CÓDIGO
Dispositivo do
Débito Fiscal referente a:
RICMS

Livro I,arts. Diferencial de alíquota - mercadorias ou prestações de


16,I, "f", ou 17, serviço recebidas de outra unidade da Federação, não 01
III vinculadas a operação ou prestação subseqüente

O recolhimento do imposto relativo as aquisições de mercadorias ou


bens oriunda de outra unidade da Federação e que não esteja vinculada a
operação ou prestação subseqüente. Bem como, relativo as prestações de
serviços cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade da Federação e
não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente, será até o dia
fixado para o pagamento das operações do estabelecimento onde ocorreu a
entrada, quando se tratar de estabelecimento enquadrado na categoria geral,
nos termos do artigo 4, inciso IX e artigo 5, inciso V do Livro I do
RICMS/RS. Apêndice III, Seção I, Item VIII, do RICMS/RS.

Ressaltamos que, o valor do débito do ICMS será lançado como ajuste


da apuração do ICMS no campo "Outros Débitos" do Registro E110 do Sped-
Fiscal. O detalhamento do débito lançado nesse campo deverá ser efetuado

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através do preenchimento do Registro E111, utilizando o código de ajuste
RS000013 de acordo com a IN DRP 045/98, Título I, Capítulo LI, Seção 4.0,
subitem 4.4.1 conforme segue:

"4.4.1 - Os códigos da Tabela 5.1.1 - "Tabela de Códigos de Ajustes da


Apuração do ICMS" serão utilizados:

(...)

h) em ajuste a débito, com os valores a serem informados no campo 13 (Outros


débitos) do Quadro A da GIA, e refl etidos no código 99 do Anexo XV (Outros
Débitos - Detalhamento) da GIA, referente a outros débitos fiscais que não
correspondam a efetivas saídas de mercadorias, para os quais não haja a
previsão de emissão de documento fiscal, especificando, no campo 03 do
correspondente registro E111 (DESCR_COMPL_AJ), o conteúdo a ser
informado em “Especificação” do Anexo XV da GIA (código RS000013);

(…)"

No caso de empresas optantes pelo Simples Nacional, o lançamento será


diretamente da DeSTDA, no campo “Diferencial de alíquotas” de acordo com a
IN DRP nº 45/98, Título I, Capítulo LXXIII , Seção 1.0, subitem 1.3, conforme
segue:

"1.3 - O pagamento do imposto declarado na DeSTDA deverá ser efetuado até


o dia 23 do segundo mês subsequente, tomando-se por referência o mês da
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, por meio de GA, preenchida
conforme instruções contidas no Título III, Capítulo I, ou de GNRE, preenchida
conforme instruções contidas no Título III, Capítulo III, observando, ainda, o
que segue:

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CÓDIGO CÓDIGO
ITEM OPERAÇÕES/PRESTAÇÕES BASE LEGAL CAMPO DeSTDA
GA GNRE

Entrada de mercadoria ou
utilização de serviço, RICMS, Livro
provenientes de outra unidade da I, arts. 4º, IX, Diferencial de
I 379 10002-1
Federação, e que não estejam e 5º, V, e Ap. alíquota
vinculados à operação ou III, S. I, XII
prestação subsequente

3.3.2. Mercadorias destinadas à comercialização

Nas operações com mercadorias oriundas de outra unidade da


Federação destinadas à comercialização o valor do imposto é calculado
mediante a aplicação da alíquota interna prevista no Estado do Rio Grande do
Sul e, se for o caso, do percentual da carga tributária efetiva considerando a
redução de base de cálculo prevista no artigo 23 do Livro I do RICMS/RS sobre
a base de cálculo constante na nota fiscal. Encontrado o referido valor, será
deduzido dele o valor do ICMS destacado no documento fiscal do fornecedor
da mercadoria, considerando-se as disposições dos parágrafos do artigo 23 e
dos artigos 31 e 33 a 35 do Livro I do RICMS/RS, que referem-se,
respectivamente, a redução de base de cálculo, crédito do imposto, estorno de
crédito e manutenção do crédito.
Na hipótese de estabelecimento remetente optante pelo Simples
Nacional, para fins do cálculo do diferencial de alíquotas, o valor a ser deduzido
será calculado na forma como ocorreria a tributação do ICMS na operação
interestadual se o contribuinte remetente não fosse optante pelo Simples
Nacional, ou seja, serão consideradas as alíquotas interestaduais de 4% ou
12%, conforme o caso.

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Na GIA o débito será informado no campo "outros débitos", Anexo XV e
será utilizado neste caso o código 03.
Já para o lançamento do crédito fiscal, este será no campo "outros créditos",
utilizando o código 99.

Seção VII

OUTROS CRÉDITOS - DETALHAMENTO

DESCRIÇÃO CÓDIGO

Dispositivo do RICMS Crédito Fiscal referente a:

- Outros 99

Seção VIII
OUTROS DÉBITOS - DETALHAMENTO

DESCRIÇÃO
CÓDIGO
Dispositivo do
Débito Fiscal referente a:
RICMS

Antecipação do imposto para o momento da entrada no território deste


Livro I, art. 46, § 4° 03
Estado

Os contribuintes obrigados á Escrituração Fiscal Digital (EFD) devem


gerar, além dos demais registros obrigatórios, os registros C100, C110, C114 e
C190, observando o disposto no Guia Prático da EFD, aprovado pelo Ato
COTEPE/ICMS nº 09/08, o seguinte:

Registro C197 - Este registro tem por objetivo detalhar outras obrigações

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tributárias, ajustes e informações de valores do documento fiscal do registro
C195, que podem ou não alterar o cálculo do valor do imposto. Os valores de
ICMS ou ICMS ST (campo 07-VL_ICMS) serão somados diretamente na
apuração, no registro E110 – Apuração do ICMS – Operações Próprias, campo
VL_AJ_DEBITOS ou campo VL_AJ_CREDITOS, e no registro E210 –
Apuração do ICMS – Substituição Tributária, campo VL_AJ_CREDITOS_ST e
campo VL_AJ_DEBITOS_ST, de acordo com a especificação do TERCEIRO
CARACTERE do Código do Ajuste (Tabela 5.3 do Ato COTEPE/ICMS nº 09, de
18 de abril de 2008 = Tabela de Ajustes e Valores provenientes do Documento
Fiscal).

Para este registro o contribuinte gaúcho deverá lançar o Código de Ajuste


(código RS11009702) previsto na Tabela 5.3 de acordo com a IN DRP 045/98,
Capítulo LI, Seção 4.0, subitem 4.4.2, alíneas "c" no caso do crédito e “f”, no
caso do débito conforme segue:

"4.4.2 - Os códigos da Tabela 5.3 - "Tabela de Ajustes e Informações de Valores


Provenientes de Documento Fiscal" serão utilizados:

c) em ajuste a crédito, com os valores a serem informados no campo 06


(Outros créditos) do Quadro A da GIA, para apropriar créditos fiscais, nos
termos da legislação tributária, para os quais haja a previsão de emissão de
documento fiscal, relativos aos valores especificados nos códigos 1, 2, 3 ou 4
do Anexo XIV (Outros Créditos - Detalhamento) da GIA (códigos RS10000106,
RS10000206, RS10000306 e/ou RS10000406) e aos valores dos créditos
fiscais que não correspondam a efetivas entradas de mercadorias ou
utilizações de serviços especificados no código 99 do Anexo XIV da GIA
(código RS10009906), especificando, no caso do código RS10009906, no
campo 03 (DESCR_COMPL_AJ) do correspondente registro C197, o conteúdo
a ser apresentado no campo “Especificação”, relativo ao código 99 do Anexo
XIV da GIA;

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(…)

f) em ajuste a débito, com os valores a serem informados no campo 13


(Outros débitos) do Quadro A da GIA, desde que relativos aos valores
especificados nos códigos 1, 2, 3, 4, 5 ou 99 do Anexo XV (Outros Débitos -
Detalhamento) da GIA, com os valores de débitos fiscais que não
correspondam a efetivas saídas de mercadorias, para os quais haja a previsão
de emissão de documento fiscal (códigos RS40000113, RS40001113,
RS40002113, RS40003113, RS40000213, RS40001213, RS40002213,
RS40003213, RS40000313, RS40000413, RS40000513 e/ou RS40009913),
especificando, para este último código, no campo 03 do correspondente
registro C197 (DESCR_COMPL_AJ), exclusivamente o conteúdo a ser
apresentado no campo “Especificação”, relativo ao código 99 do Anexo XV da
GIA;
(...)”

No caso de empresas optantes pelo Simples Nacional, o lançamento será


diretamente da DeSTDA, no campo “Antecipação sem encerramento” de
acordo com a IN DRP nº 45/98, Título I, Capítulo LXXIII , Seção 1.0, subitem
1.3, conforme segue:

"1.3 - O pagamento do imposto declarado na DeSTDA deverá ser efetuado até


o dia 23 do segundo mês subsequente, tomando-se por referência o mês da
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, por meio de GA, preenchida
conforme instruções contidas no Título III, Capítulo I, ou de GNRE, preenchida
conforme instruções contidas no Título III, Capítulo III, observando, ainda, o
que segue:

ITEM OPERAÇÕES/PRESTAÇÕES BASE LEGAL CAMPO CÓDIGO CÓDIGO

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DeSTDA GA GNRE

Entrada de mercadoria, exceto as


Antecipação
relacionadas no Apêndice II, RICMS, Livro
II sem 379 10002-1
Seções II e III, proveniente de I, art. 46, § 4º, "b"
encerramento
outra unidade da Federação

3.4. Dispensa do diferencial de alíquotas

O Microempreendedor Individual (MEI), que atenda ao disposto na


Resolução CGSN nº 58/09, do Comitê Gestor do Simples Nacional, na vigência
da opção pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos
Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI), fica dispensado do
pagamento do diferencial de alíquotas.

3.5. Isenção para o diferencial de alíquotas

Está isenta do pagamento do imposto a entrada das mercadorias não


vinculadas a operação subsequente relacionadas nos Apêndices X ou XI,
relativamente ao diferencial de alíquota a que se refere o artigo 4º, IX, Livro I
do RICMS/RS desde que:
a) na operação destinada a este Estado, as mercadorias tenham sido
beneficiadas, na unidade da Federação de origem, com redução da base de
cálculo do imposto nos mesmos percentuais referidos no artigo 23, XIII ou XIV;
b) as mercadorias sejam destinadas ao ativo permanente do

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estabelecimento adquirente.
Os Apêndices X e XI relacionam as máquinas industriais e agrícolas
beneficiadas com a redução da base de cálculo prevista no artigo 23, XIII e XIV,
Livro I, do RICMS/RS, respectivamente.

3.6. Prazos

3.6.1. Mercadorias destinadas a consumidor final

Os prazos para o recolhimento do diferencial de alíquotas resultante da


entrada de mercadorias destinadas ao uso, consumo ou ativo de contribuinte
gaúcho originárias de outras unidades da Federação encontram-se dispostos
no Apêndice III do RICMS/RS, e são os seguintes:
a) até o dia fixado para o pagamento das operações e/ou prestações do
estabelecimento onde ocorreu a entrada ou, quando for o caso, do que utilizou
o serviço;
b) até o dia 10 do mês subsequente, para distribuidores de energia
elétrica e empresas de telecomunicação;
c) até o dia 23 do segundo mês subsequente, quando destinadas a
contribuinte optante pelo Simples Nacional inscrito no CGC/TE.

3.6.2. Crédito do Imposto

Mercadorias destinadas à uso/consumo não geram direito à crédito do


imposto pelo adquirente da mercadoria.

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Nos termos do artigo 31, inciso I, alínea “c”, item 4, Livro I do RICMS/RS,
o direito ao crédito do imposto sobre aquisição de uso/consumo será a partir de
01.01.2020.
Para as mercadorias adquiridas com a finalidade de ativo imobilizado é
assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto
comprovadamente pago, relativo à entrada no território deste Estado de
mercadorias oriundas de outra unidade da Federação.

3.6.3. Mercadorias destinadas à comercialização

Nos termos do § 4º, artigo 46, Livro I do RICMS/RS, nas operações


destinadas à comercialização o imposto é devido no momento da entrada da
mercadoria no território gaúcho e o seu recolhimento será feito nos prazos a
seguir indicados:
a) até o dia fixado para o pagamento das operações do estabelecimento
onde ocorreu a entrada, quando se tratar de estabelecimento enquadrado na
categoria geral;
b) até o dia 23 do segundo mês subsequente, quando se tratar de
estabelecimento optante pelo Simples Nacional.
Nos termos do artigo 50, inciso VII, Livro I do RICMS/RS, o contribuinte
poderá solicitar regime especial para dispensa do pagamento do diferencial de
alíquotas na entrada do território deste Estado de mercadorias recebidas de
outra unidade da Federação, conforme previsto no art. § 4°, desde que:
a) as mercadorias sejam destinadas a comercialização;
b) a alíquota, na operação interestadual, seja superior a 4% (quatro por
cento).

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3.7. Nota fiscal

Na hipótese de estabelecimento que comercialize mercadorias receber


de outra unidade da Federação mercadorias sujeitas à antecipação do
recolhimento do imposto deverá ele, por ocasião da entrada das mercadorias
no estabelecimento, emitir Nota Fiscal com destaque do imposto, que poderá
ser substituída por uma única Nota Fiscal a ser emitida ao final do período de
apuração, desde que seja elaborada planilha contendo demonstrativo das
aquisições realizadas no período (art. 28, I, "g", Notas 01 e 02, do Livro II do
Regulamento do ICMS).
A NF será registrada no livro Registro de Saídas, conforme segue:
a) nas colunas sob o título "DOCUMENTO FISCAL": com os dados
extraídos da NF;
b) na coluna "VALOR CONTÁBIL: nada será preenchido;
c) na coluna "CODIFICAÇÃO FISCAL": com a indicação do CFOP 5.949;
d) na coluna sob o título "ICMS - VALORES FISCAIS": nada será
preenchido;
e) na coluna "OBSERVAÇÕES": a indicação "Livro II, art. 25, X", e o
valor do débito fiscal destacado no documento.
Para adjudicação do crédito fiscal, no período de apuração seguinte ao
do débito registrado na forma indicada acima, deverá ser emitida Nota Fiscal
com destaque do imposto a ser creditado (art. 26, II, do Livro II do
Regulamento do ICMS). A NF será registrada no livro Registro de Entradas,
conforme segue:
a) na coluna sob o título "DATA DE ENTRADA": a data de emissão da
NF;
b) nas colunas sob o título "DOCUMENTO FISCAL": com os dados
extraídos da NF;
c) nas colunas sob o título "PROCEDÊNCIA" e "VALOR CONTÁBIL":

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nada será preenchido;
d) na coluna "CODIFICAÇÃO FISCAL": com a indicação do CFOP
2.949;
e) na coluna sob o título "ICMS - VALORES FISCAIS": nada será
preenchido;
f) na coluna "OBSERVAÇÕES": "Livro II, art. 26, II", e o valor do crédito
fiscal destacado no documento.
Entendemos que a emissão e a respectiva escrituração das notas fiscais
indicadas neste tópico serão observadas apenas pelas empresas na categoria
geral, uma vez que as empresas optantes pelo Simples Nacional não estão
obrigadas a escriturar o Livro Registro de Saída e estão impedidas de
apropriar-se de crédito do ICMS.

3.8. Mercadorias destinadas à industrialização

Deverá ocorrer o recolhimento do diferencial de alíquotas, sempre que o


contribuinte gaúcho adquirir mercadorias para industrialização, quando a
alíquota, na operação interestadual, não for superior a 4%, conforme dispõe o
artigo 46, §4º, Nota 05, Livro I do RICMS/RS, conforme segue:
"Art. 46 - O disposto no art. 43 não se aplica, devendo o imposto ser
pago:
§ 4° No recebimento de mercadorias de outra unidade da Federação,
exceto as relacionadas no Apêndice II, Seções II e III, parte do imposto relativo
à operação subsequente, calculada na forma das notas 02 ou 03, é devida no
momento da entrada da mercadoria no território deste Estado, devendo ser
paga:
(...)
NOTA 05 - O disposto neste parágrafo não se aplica à mercadorias

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recebidas para industrialização quando a alíquota, na operação interestadual,
for superior a 4% (quatro por cento).
(...)”
Portanto, não será devido o pagamento do diferencial de alíquotas nas
aquisições de mercadorias com a finalidade de industrialização quando a
alíquota na operação interestadual, for superior a 4%.

3.9. Remetente Optante pelo Simples Nacional

Na hipótese de estabelecimento remetente optante pelo Simples


Nacional, para fins do cálculo do diferencial de alíquotas, o valor a ser deduzido
será calculado na forma como ocorreria a tributação do ICMS na operação
interestadual se o contribuinte remetente não fosse optante pelo Simples
Nacional, ou seja, serão consideradas as alíquotas interestaduais de 4% ou
12%, conforme o caso.

4. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS – OPERAÇÕES DESTINADAS À NÃO


CONTRIBUINTE

4.1. Fato Gerador

O Decreto n° 37.699/1997 em seus artigos 4°, inciso X e 5º, inciso VI,


ambos do Livro I disciplina a exigência do ICMS correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual nas operações e prestações

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interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não
contribuinte do imposto, de que trata a Emenda Constitucional n° 87/2015.
Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final não contribuinte do ICMS localizado em outra Unidade da
Federação, será adotada a alíquota interestadual, cabendo à Unidade
Federada de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna da Unidade Federada destinatária e a alíquota
interestadual, observada a transição prevista no artigo 16, incisos I, alínea “f”,
Nota 01, Livro I do Decreto n° 37.699/1997.
Neste sentido, a legislação estabelece ainda que, nas operações e
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte
do ICMS localizado no Estado do Rio Grande do Sul, a responsabilidade pelo
recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual, mencionada no parágrafo anterior, é do remetente do bem ou
serviço.
De igual forma, a responsabilidade pelo recolhimento do diferencial de
alíquotas será atribuída ao remetente localizado no Estado do Rio Grande do
Sul quando das operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final não contribuinte do ICMS localizado em outra Unidade
Federada.

4.2. Operações de prestações contempladas

No que se refere às operações abrangidas pela exigência do ICMS


correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual nas
operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a
consumidor final não contribuinte do ICMS, o texto da Emenda Constitucional
n° 087/2015 e do Convênio ICMS 093/2015 em momento algum versam acerca
do comércio eletrônico ou de operações não presenciais. O texto refere-se a
operações e prestações interestaduais destinadas a não contribuintes de

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maneira genérica.
De igual forma, a Lei n° 14.742/2015 e o Decreto n° 52.839/2015 fazem
referência genérica às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra Unidade
Federada.
Deste modo, a conclusão a que se chega é de que a alíquota
interestadual se aplica a qualquer operação e prestação destinada a não
contribuinte, seja ela presencial ou não.

4.3. Tributação na origem

O artigo 16, inciso I, alíena “h” e “f” do RICMS/RS informa de que modo
deve ser efetuado o cálculo do ICMS nas operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS,
localizado no Estado do Rio Grande do Sul, conforme detalhado a seguir.

4.4. Operações com mercadorias

Nas operações que destinem bens a consumidor final não contribuinte


do ICMS, localizado em outra Unidade Federada, o contribuinte que as realizar
deve, se remetente do bem, utilizar a alíquota interestadual prevista para a
operação para o cálculo do imposto devido à Unidade Federada de origem.
Portanto, nas operações interestaduais destinadas a consumidor final
não contribuinte do ICMS localizado em outra Unidade Federada, o remetente
deverá aplicar as seguintes alíquotas interestaduais, previstas na Resolução do
Senado Federal n° 22/89 e 13/2012:

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a) 4%, em relação às mercadorias importadas ou com Conteúdo de
Importação superior a 40%;
b) 7%, nas operações originárias dos Estados das regiões Sul e Sudeste
(exceto o Estado do Espírito Santo) com destino a Estados das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo (ressalvado o disposto
na alínea "a", logo acima);
c) 12%, nas demais operações.

4.5. Prestações de serviço

De igual forma, nas prestações que destinem serviços a consumidor final


não contribuinte do ICMS, localizado em outra Unidade Federada, o
contribuinte que as realizar deve, se prestador do serviço, utilizar a alíquota
interestadual prevista para a prestação, para o cálculo do imposto devido à
Unidade Federada de origem.
Portanto, nas prestações interestaduais destinadas a consumidor final
não contribuinte do ICMS localizado no Estado do Rio Grande do Sul, o
remetente deverá aplicar as seguintes alíquotas interestaduais, previstas na
Resolução do Senado Federal n° 22/89, transcritas a seguir:
a) 7%, nas prestações originárias dos Estados das regiões Sul e
Sudeste (exceto o Estado do Espírito Santo) com destino a Estados das
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo;
b) 12%, nas demais prestações.

4.6. Tributação no destino

Tendo em vista as alterações dadas pela Emenda Constitucional n°

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087/2015, passará a ser pago à Unidade da Federação de destino o valor do
ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas, considerando-se para tanto a
alíquota interna da Unidade da Federação de destino, em contraponto à
alíquota interestadual aplicável à operação, que será de 4%, 7% ou 12.
A alíquota interna da Unidade da Federação de destino pode variar de
acordo com a mercadoria ou serviço, caso em que deverão ser feitas as
adequações necessárias para fins de cálculo do ICMS diferencial.
As alíquotas internas serão verificados com base no RICMS do Estado
de destino da operação, ou diretamente na ferramenta Alíquotas/Benefícios
Fiscais, disponível no site da Econet.

4.7. Período transitório

Os artigos 31 e 32, Livro V do RICMS/RS determinam que, até o ano de


2018, o ICMS correspondente apenas à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual deverá ser recolhido pelo contribuinte remetente, atendida a
seguinte proporção:

Ano UF Origem UF destino


2015 80% 20%
2016 60% 40%
2017 40% 60%
2018 20% 80%
A partir de
- 100%
2019

4.8. Benefícios fiscais

O Convênio ICMS 153/2015 dispõe que os benefícios fiscais de redução

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de base de cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados por meio de convênios
ICMS com base na Lei Complementar n° 24/75, celebrados até 01.01.2016 e
implementados nas respectivas Unidades Federadas de origem ou de destino,
devem ser considerados no cálculo do valor do ICMS devido, correspondente à
diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna da Unidade
Federada de destino da localização do consumidor final não contribuinte do
ICMS.
Para fins de cálculo do diferencial de alíquotas, quando da existência de
benefício fiscal, concedido nos termos do parágrafo anterior, pode-se deparar
com as seguintes questões:
a) isenção na operação/prestação interna, hipótese em que não será
devido o diferencial de alíquotas;
b) redução de base de cálculo na operação/prestação interna, hipótese
em que a base de cálculo do diferencial de alíquotas ficará reduzida, e, como
essa base de cálculo do diferencial é única, o ICMS a ser utilizado como
dedução (aquele devido na operação/prestação interestadual) também ficará
reduzido;
c) isenção ou redução de base de cálculo na operação/prestação
interestadual, hipótese em que, se o benefício for concedido com anuência da
CONFAZ, não será considerado no cálculo do diferencial de alíquotas, ou seja,
para fins de cálculo do diferencial de alíquotas, o ICMS a ser utilizado como
dedução (aquele devido na operação/prestação interestadual) será calculado
através da alíquota da operação/prestação interestadual sobre a base de
cálculo do diferencial, que não levará em conta o benefício;
d) isenção ou redução de base de cálculo na operação/prestação
interestadual, hipótese em que, se o benefício for concedido sem anuência da
CONFAZ, será considerado no cálculo do diferencial de alíquotas, ou seja, para
fins de cálculo do diferencial de alíquotas, o ICMS a ser utilizado como
dedução (aquele devido na operação/prestação interestadual) será o recolhido

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efetivamente para o Estado de origem.

4.9. Fundo de combate à Pobreza

O adicional de até dois pontos percentuais na alíquota do ICMS,


aplicável às operações e prestações, é considerado para cálculo do imposto.
Há de se ressaltar que, no cálculo do imposto devido à Unidade
Federada de destino, o remetente deve calcular, separadamente, o imposto
correspondente ao diferencial de alíquotas, por meio da aplicação sobre a
respectiva base de cálculo de percentual correspondente:
a) à alíquota interna da Unidade Federada de destino sem considerar o
adicional de até 2%;
b) ao adicional de até 2%.
O adicional de alíquotas deve ser recolhido integralmente para a
Unidade Federada de destino.

4.10. Base de cálculo do diferencial de alíquotas

O ICMS é um imposto cujo cálculo é efetuado "por dentro". Isto significa


que, no valor cobrado pela operação, deverá estar embutido o valor do
imposto. Tal regra é decorrente do disposto no artigo 13, § 1°ᄃ, inciso I ᄃ, da Lei
Complementar n° 87/96 ᄃ, transcrito abaixo:

Art. 13. A base de cálculo do imposto é:

(...)

§ 1° Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do

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inciso V do caput deste artigo:

I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque


mera indicação para fins de controle;

O Convênio ICMS 93/2015, ao dispor quanto à base de cálculo para fins


do recolhimento de parte do imposto em favor da Unidade da Federação de
destino, a define como o valor da operação ou o preço do serviço, fazendo
referência expressa ao § 1° do artigo 13 ᄃ da LC n° 87/96, citado acima:

Cláusula segunda Nas operações e prestações de serviço de que


trata este convênio, o contribuinte que as realizar deve:

I - se remetente do bem:

a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino


para calcular o ICMS total devido na operação;

(...)

II - se prestador de serviço:

a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino


para calcular o ICMS total devido na prestação;

(...)

§ 1° A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do


caput é o valor da operação ou o preço do serviço, observado o
disposto no § 1° do art. 13 da Lei Complementar n° 87, de 13 de
setembro de 1996.

Desta forma, a base de cálculo tanto do ICMS devido para o Estado de


origem quanto para o Estado de destino é única, e corresponde ao valor da
operação ou o preço do serviço.
Assim sendo, para a inclusão do imposto em sua própria base de
cálculo, deve-se utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de

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destino para calcular o ICMS total devido na operação.
Desta forma, se, por exemplo, determinada mercadoria se sujeita à
alíquota de 18%, e o valor da referida mercadoria é R$ 100,00, conclui-se que,
nesse valor (R$ 100,00), já se encontra embutido o valor do ICMS devido na
operação (R$ 100,00 x 18% = R$ 18,00).
O valor de tal mercadoria antes da inclusão do imposto em sua base de
cálculo é de R$ 82,00 (R$ 100,00 - R$ 18,00). Para a inclusão do imposto na
base de cálculo, deve-se dividir o valor de partida por 1 (um) menos a alíquota
aplicável à operação.

Exemplo

Mercadoria sujeita a alíquota de 25% na Unidade da Federação de


destino

R$ 82,00 / (1 - 18%)

R$ 82,00 / (1 - 0,18)

R$ 82,00 / 0,82 = R$ 100,00

Entende-se que o deslocamento de parte do recolhimento ao Estado de


destino não deve implicar em alteração da regra do cálculo do ICMS "por
dentro", desde, evidentemente, que tal parcela não seja cobrada "por fora" do
preço do adquirente da mercadoria.
Deve-se observar, para fins da inclusão do ICMS em sua própria base
de cálculo, a alíquota interna aplicável no Estado de destino da operação.
É interessante citar que, em decorrência de tais informações, para fins
de composição do preço de venda, o mais correto a se fazer pelo contribuinte
que venda mercadorias sujeitas a alíquotas diferenciadas, comparando a
alíquota interna de seu Estado com a alíquota interna dos Estados com os
quais opera, é trabalhar com uma tabela de preços sem a inclusão do ICMS.
A base de cálculo do imposto devido tanto à Unidade Federada de

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origem quanto à Unidade Federada de destino é única e corresponde ao valor
da operação ou preço do serviço, observado que o montante do próprio
imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque
mera indicação para fins de controle, conforme expresso no artigo 16, inciso I,
alínea “h”, Livro I do RICMS/RS.
Neste sentido, o remetente do bem ou o prestador de serviço deverá
utilizar a alíquota interna prevista na Unidade Federada de destino para
calcular o ICMS total devido na prestação. Quando a operação/prestação
interna, no Estado de destino da operação, for alcançada por benefício fiscal, a
carga tributária será reduzida ou não existirá, e deve-se considerar tal premissa
para fins de composição do valor da operação ou preço do serviço. De igual
forma, o valor do FECOP também deverá ser computado no cálculo do imposto
por dentro.
Tal menção decorre do fato que o remetente do bem ou o prestador do
serviço é responsável pelo recolhimento do imposto devido à Unidade
Federada de sua localização e do ICMS correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual.
A base de cálculo do diferencial de alíquotas engloba, também, os
valores correspondentes a seguros, juros e frete, desde que na modalidade
FOB (Free On Board).

Exemplo de cálculo por dentro


Mercadoria sujeita a alíquota de 27% (25%+2%) na Unidade da
Federação de destino
R$ 73,00 / (1 – 27%)
R$ 73,00 / (1 - 0,27)
R$ 73,00 / 0,73 = R$ 100,00

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4.11. Forma de cálculo do diferencial de alíquotas

O artigo 16, inciso I, alínea “h”, Livro I do RICMS/RS estabelece ainda,


que o ICMS devido às Unidades Federadas de origem e destino será calculado
por meio da aplicação das seguintes fórmulas:

"ICMS origem = BC x ALQ inter"


"ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem"
onde:
BC = base de cálculo do imposto, observado o cálculo por dentro;
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação;
ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação na Unidade
Federada de destino.

4.12. Recolhimento e apuração

A Instrução Normativa 008/2016 acrescentou o código "9" na GIA para o


lançamento do débito da partilha do diferencial de alíquota devido ao Estado
relativo a Emenda Constitucional 87/2015, em operações interestaduais
promovidas por contribuintes localizados no Estado do Rio Grande do Sul
destinados a não contribuinte do ICMS domiciliados em outra unidade da
Federação.
Assim, como os 60% do valor do imposto será lançado na apuração da
GIA, não será necessário a emissão de guia em separado, isto é, o contribuinte
irá efetuar o compensação caso possua saldo credor e efetuar o pagamento
por meio de GA única para o ICMS.
O valor referente à parcela do diferencial de alíquotas devido à Unidade

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Federada de destino será apurado mensalmente. No entanto, poderá ser
recolhido, conforme o caso, operação a operação (ou prestação a prestação)
ou mensalmente, dependendo de o referido contribuinte ser ou não inscrito na
Unidade Federada de destino.

4.13. Crédito – ICMS próprio

O crédito relativo às operações e prestações anteriores deve ser


deduzido do débito correspondente ao imposto devido à Unidade Federada de
origem, observado o disposto nos artigos 19 e 20 na Lei Complementar n°
087/96, conforme determina a cláusula terceira do Convênio ICMS 93/2015.
O crédito aludido no parágrafo anterior é relativo ao ICMS próprio,
devido à Unidade Federada de Origem.
O contribuinte gaúcho deverá lançar o crédito relativo aos 60% da
origem no campo "OUTROS CRÉDITOS - DETALHAMENTO" utilizando o
código 05 - Diferencial de alíquota - mercadorias ou prestações de serviço para
consumidor final não contribuinte do imposto - EC n° 87/15, conforme Seção
VII, APÊNDICE VII da Instrução Normativa DRP Nº 045/1998.

4.14. Crédito – Diferencial de alíquotas

Relativamente ao ICMS pago a título de diferencial de alíquotas, via de


regra, somente poderá ser creditado pelo remetente (responsável pelo
recolhimento) quando ocorrer devolução ou desfazimento de negócio. No que
se refere ao imposto pago a título de diferencial de alíquotas para a Unidade da
Federação de destino, para que seja possível a realização do crédito e a
compensação com o ICMS devido, o contribuinte deverá estar inscrito na
mencionada unidade da federação de destino.

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A devolução de mercadoria é a operação que tem por objeto anular
todos os efeitos de uma operação anterior. Nos termos do Convênio ICMS
054/2000, nas operações de devolução, total ou parcial, de mercadoria ou bem,
aplicar-se-á a mesma base de cálculo e a mesma alíquota constante do
documento que acobertar a operação anterior de recebimento da mercadoria
ou bem.
Nas operações remetidas a não contribuintes, caberá a emissão da nota
fiscal de entrada pelo próprio fornecedor, nos termos do artigo 26, inciso I,
alínea “a”, Livro I do RICMS/RS.
Quanto à parcela do diferencial de alíquotas devida a outras Unidades
da Federação, o contribuinte localizado no Estado do Rio Grande do Sul
deverá observar as seguintes hipóteses:
a) se inscrito na Unidade Federada de destino, poderá se creditar da
parcela do diferencial de alíquotas que cabe ao Estado de destino na GIA-ST;
b) se não inscrito na Unidade Federada de destino, solicitar restituição
do valor pago, na forma da legislação da Unidade Federada de destino.

4.15. Prazos para recolhimento

A cláusula quarta do Convênio ICMS 093/2015 estabelece que o


recolhimento do imposto correspondente ao diferencial de alíquotas deverá ser
efetuado por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, em
relação a cada operação ou prestação.
O prazo aludido no parágrafo anterior será diferente, relativamente à
parcela do diferencial de alíquotas devida ao Estado de destino, quando este
possuir inscrição especial para pagamento do diferencial de alíquotas. Neste
caso, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 15 do mês subsequente à
saída do bem ou ao início da prestação do serviço.
Na hipótese de o contribuinte já ser inscrito como substituto tributário

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deverá recolher o imposto correspondente ao diferencial de alíquotas, nas
operações destinadas a não contribuintes, no prazo previsto no respectivo
convênio ou protocolo que dispõe sobre a substituição tributária.

4.16. Guia de Recolhimento - GNRE

O recolhimento de tributos devidos a outros Estados por contribuinte


com domicílio em outra Unidade da Federação deverá ser feito através da Guia
Nacional de Recolhimentos Especiais (GNRE), a ser emitida através do link
http://www.gnre.pe.gov.br/gnre/portal/GNRE_Gerar.jsp.
Os códigos de receita são os seguintes:

a) por operação:

ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por


10010-2
Operação

10012-9
ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação

b) por apuração:

10011-0
ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração

10013-7
ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração"

Importante salientar, que os Estados podem possuir guia própria para


que seja efetuado o recolhimento do referido tributo.

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4.17. Emissão do documento fiscal

O artigo 26, Livro I do RICMS/RS determina que as operações que


destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS,
localizado em outra Unidade Federada, devem ser acobertadas por Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e), modelo 55.
Os Códigos Fiscais de Operação (CFOP) utilizados nas operações de
venda são o 6.107 (produção própria) e o 6.108 (mercadoria adquirida de
terceiros). Já em relação ao serviço de transporte, o CFOP mais comum nas
prestações destinadas a não contribuintes do ICMS é o 6.357.

CFOP Descrição
Venda de produção do estabelecimento, destinada a
não contribuinte
Classificam-se neste código as vendas de produtos
industrializados ou produzidos por estabelecimento de
6.107
produtor rural, destinadas a não contribuintes. Quaisquer
operações de venda destinadas a não contribuintes
deverão ser classificadas neste código.
Venda de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros, destinada a não contribuinte
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias
adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização
ou comercialização, que não tenham sido objeto de
6.108
qualquer processo industrial no estabelecimento,
destinadas a não contribuintes. Quaisquer operações de
venda destinadas a não contribuintes deverão ser
classificadas neste código.
Prestação de serviço de transporte a não contribuinte
Classificam-se neste código as prestações de serviços de
6.357 transporte a pessoas físicas ou a pessoas jurídicas não
indicadas nos códigos anteriores.

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5.0 CONVÊNIOS E PROTOCOLOS

Caso o remetente possua inscrição como substituto tributário na


Unidade da Federação de destino, o número de tal inscrição deve ser aposto
em todos os documentos dirigidos à Unidade Federada de destino, inclusive
nos respectivos documentos de arrecadação.
Além de nosso Sistema Tributário Nacional prever as formas de
tributação aplicáveis a determinados impostos sabemos que esse mesmo
sistema estabelece diversos incentivos fiscais, em suas mais diversas formas
(imunidades, isenções, suspensões, reduções na base de cálculo, etc.), com a
finalidade de incentivar, ora uma região específica, ora determinada atividade,
bem como por diversas outras razões.
Esses incentivos fiscais normalmente são concedidos pela própria
autoridade competente que criou o tributo, através de lei contendo as
condições, requisitos exigidos para sua concessão, bem como os tributos a que
se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua duração.
Conforme dispõe o art. 155, XII, “g” da Constituição Federal cabe Lei
Complementar regular a forma pela qual, mediante deliberação dos Estados e
do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
ou revogados.
No presente momento a Lei Complementar nº 24/1975, que estabeleceu
o CONFAZ (órgão que tem a competência de celebrar Convênios concedendo
ou revogando benefícios fiscais, Ajustes SINIEF para a uniformização das
obrigações tributárias ou Protocolos para acordos sobre procedimentos
envolvendo Estados específicos), foi recepcionada pela Lei Complementar nº
87/1996.
Portanto, no âmbito do ICMS, há um procedimento específico para

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concessão de benefícios fiscais, que confere à lei complementar à
regulamentação de como se dará, mediante deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, a renúncia à cobrança do imposto. Este procedimento adotado
para concessão de benefícios tem por fim impedir a chamada "guerra fiscal"
entre os entes federados, que, na inobservância destes preceitos, poderiam
conceder livremente benefícios através de sua legislação estadual, pondo em
risco o pacto federativo.
Em razão do disposto acima foi publicada a Lei Complementar nº
24/1975, que dispõe sobre a elaboração de convênios para a concessão de
benefícios fiscais relativos ao ICMS. Em que pese ser anterior à Constituição
Federal, tal lei complementar foi recepcionada pelo novo Diploma
Constitucional, por força do § 5º do artigo 34 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) e, portanto, a celebração de convênios
entre os Estados para a concessão de incentivos ao ICMS deve cumprir os
requisitos nela previstos.

5.1 Finalidade Dos Convênios

De acordo com o art. 100, IV do Código Tributário Nacional (CTN) são


normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos os convênios que entre si celebrem a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Com isso, dois ou mais Estados e Distrito Federal poderão celebrar
entre si Convênios ou Protocolos, estabelecendo procedimentos comuns
visando:
1 - a implementação de políticas fiscais;
2 - a permuta de informações e fiscalização conjunta;
3 - a fixação de critérios para elaboração de pautas fiscais;
4 - outros assuntos de interesse dos Estados e do Distrito Federal.

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Por essa razão, os Convênios, que são disciplinados pela Lei
Complementar nº 24/1975, têm por finalidade a concessão (ou a revogação) de
benefícios fiscais relacionados com as operações e prestações sujeitas à
incidência do ICMS, tais como:
a) isenção;
b) redução da base de cálculo;
c) devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo
ao contribuinte, responsável ou a terceiros;
d) créditos presumidos;
e) quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais,
concedidos com base no ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus.
Nota: Prevê a Constituição Federal em seu art. 150, III, “b”, observadas as
exceções previstas no § 1º do referido artigo, o principio da anterioridade que
estabelece que nenhum tributo será exigido ou aumentado no mesmo exercício
financeiro em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.
Contudo, ressaltamos que com base na Sumula nº 615, de 29/10/1984
do Supremo Tribunal Federal o principio da anterioridade não se aplica à
revogação de isenção:
"Súmula nº 615: O princípio constitucional da anualidade (art. 153, § 29 da
Constituição Federal de 1988) não se aplica à revogação de isenção do ICM."

5.2 Celebração Dos Convênios

Os Convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido


convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a
presidência de representantes do Governo Federal (art. 2º da Lei
Complementar nº 24/1975).
Saliente-se que:

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a) as reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das
Unidades da Federação.
b) a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos
Estados representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de
aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes.
c) dentro de 10 (dez) dias, contados da data final da reunião, a resolução nela
adotada será publicada no Diário Oficial da União.
Não necessariamente as Unidades da Federação ficam obrigadas a
atender as indicações estipuladas nos Convênios celebrados visto que estes
podem ser:
a) impositivo: as Unidades da Federação são obrigadas a adotar as medidas
aprovadas pelo Convênio. A título de exemplo na redação do Convênio poderia
constar a seguinte expressão: "Ficam isentas as operações..."
b) autorizativo: as Unidades da Federação são autorizadas a adotá-las, ou
seja, podem adotar ou não. Para exemplificar na redação do Convênio
constaria a expressão: "Ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a
conceder isenção nas operações...".
Nota: Quando os Convênios de caráter impositivo ou autorizativos forem
destinados apenas a algumas Unidades da Federação caberá apenas a estes
Estados obedecerem as disposições contidas no ato. Além disso, os convênios
podem dispor que a aplicação de qualquer de suas cláusulas seja limitada a
uma ou a algumas Unidades da Federação.

5.3 Formalidades

Para que os Convênios possam produzir efeitos se faz necessário o


atendimento a algumas formalidades:

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a) conforme indicado anteriormente, celebrado o Convênio, dentro de 10 dias,
a contar da data final da reunião, deverá ser publicada no Diário Oficial da
União a resolução adotada.
b) Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos convênios
no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra
comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará
decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se
ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado
anteriormente.
Nota: O exposto neste subitem aplica-se também às Unidades da Federação
cujos representantes não tenham comparecido à reunião em que tenha sido
celebrado o Convênio.

5.3.1 Ratificação Nacional e Vigência

Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos Convênios


pelos Estados e pelo Distrito Federal, promover-se-á, segundo o disposto em
regimento, a publicação no Diário Oficial da União de Ato do Presidente da
Comissão Técnica Permanente do ICMS (Cotepe) relativa à ratificação ou à
rejeição (art. 5º da Lei Complementar nº 24/1975).
Os Convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação,
salvo disposição em contrário. Vale dizer que o convenio estará vigente 30 dias
depois de sua ratificação nacional, exceto se a data de início da vigência
estiver estabelecida no próprio Convênio.
Dessa forma, mesmo que não expressamente incorporadas à legislação
da Unidade da Federação a partir da data definida no Convênio ou, se inexistir
tal previsão, no trigésimo dia depois de sua ratificação nacional, as normas
constantes do Convênio estarão em vigor.

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5.4. Abrangência da aplicação e Rejeição

Os Convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação,


inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na
reunião.
Prevê a Lei Complementar nº 24/1975 em seu art. 4º, § 2º que
considerar-se-á rejeitado o Convênio que não for, expressa ou tacitamente,
ratificado pelo Poder Executivo:
a) de todas as Unidades da Federação, no caso de concessão de isenções,
incentivos e benefícios fiscais;
b) de 4/5 das Unidades da Federação, na hipótese de revogação total ou
parcial desses benefícios.

6. DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, DIFERENCIAL DE


ALÍQUOTAS E ANTECIPAÇÃO (DeSTDA)

A DeSTDA foi instituída pelo Ajuste SINIEF 12/2015.


A instituição foi autorizada pelo artigo 69-A da Resolução CGSN n°
94/2011, na redação dada pela Resolução CGSN n° 123/2015:

Art. 69-A. O Estado ou o Distrito Federal poderá obrigar a ME ou EPP


optante pelo Simples Nacional, quando responsável pelo recolhimento do
ICMS de que tratam as alíneas "a", "g" e "h" do inciso X do art. 5°, a entregar,
para os fatos geradores ocorridos a partir de 1° de janeiro de 2016,
declaração eletrônica para prestação de informações relativas ao ICMS
devido por substituição tributária, recolhimento antecipado e diferencial de
alíquotas, por meio de aplicativo único, gratuito e acessível por link disponível
no Portal do Simples Nacional, na forma disciplinada pelo CONFAZ,

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observado o disposto no inciso III do art. 72. (Lei Complementar n° 123, de
2006, art. 26, §§ 4°, 12e 15)

§ 1° A declaração de que trata o caput substituirá, para os fatos geradores


ocorridos a partir de 1° de janeiro de 2016, as exigidas pelos Estados e
Distrito Federal. Lei Complementar n° 123, de 2006, art. 26, §§ 4°, 12 e 15)

§ 2° Os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2015 continuarão a


ser declarados observando-se a disciplina estabelecida pelos referidos
entes. Lei Complementar n° 123, de 2006,art. 26, §§ 4°, 12 e 15)

6.1. Obrigatoriedade

Conforme expresso na cláusula terceira do Ajuste SINIEF 12/2015,


a DeSTDA deverá ser apresentada relativamente a fatos geradores ocorridos a
partir de 01.01.2016, pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional.
A obrigatoriedade não se aplica:
a) aos Microempreendedores Individuais (MEI);
b) aos estabelecimentos impedidos de recolher o ICMS pelo Simples Nacional
em virtude de a empresa ter ultrapassado o sublimite estadual, nos termos do §
1° do artigo 20 da Lei Complementar n° 123/2006.
Importante ressaltar que, mesmo que a empresa não efetue operações
que envolvam pagamento de substituição tributária, diferencial de alíquota e
antecipação, é necessário o envio mensal da DeSTDAmensalmente (cláusula
sétima, § 2°, do Ajuste SINIEF 12/2015). Neste caso, o contribuinte deverá
selecionar a opção “sem dados informados” quando do preenchimento da
DeSTDA.

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6.2. Entrega individualizada por estabelecimento e por Unidade da
Federação

A obrigatoriedade aplica-se a todos os estabelecimentos do contribuinte,


para a Unidade da Federação de origem e para cada Unidade da Federação
em que o contribuinte possua inscrição como substituto tributário (IE) Substituta
ou obtida na forma da cláusula quinta do Convênio ICMS 93/2015.
Tal regra não se aplica aos estabelecimentos localizados na mesma
Unidade Federada quando houver disposição em Convênio, Protocolo ou
Ajuste que preveja escrituração fiscal centralizada, de acordo com a cláusula
quinta, parágrafo único, do Ajuste SINIEF 12/2015.

6.3. Dispensa pelas Unidades da Federação

Mediante legislação específica, os Estados e o Distrito Federal poderão


dispensar seus contribuintes da obrigação de entrega da DeSTDA, referente a
declaração de seu interesse, permanecendo a obrigação de transmissão às
demais unidades federadas.
A dispensa poderá ser revogada a qualquer tempo por ato administrativo
da unidade federada em que o estabelecimento estiver inscrito.
O assunto encontra-se disciplinado nos §§ 3° e 4° da cláusula
terceira do Ajuste SINIEF 12/2015.

6.4. Aplicativo para a Geração e Transmissão

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Segundo o § 5° da cláusula primeira do Ajuste SINIEF 12/2015, o
aplicativo para geração e transmissão da DeSTDA estará disponível para
download, gratuitamente, em sistema específico, no Portal do Simples
Nacional.
A responsabilidade pelo desenvolvimento do aplicativo foi delegada à
Secretaria de Estado da Fazenda de Pernambuco, que cederá gratuitamente,
mediante assinatura de Termo de Cessão de Uso de Software, em modelo por
ela estabelecido às Administrações Tributárias das demais unidades federadas,
leiaute, dados e quaisquer informações necessárias à implantação dos
mecanismos de recepção da DeSTDA em suas respectivas bases de dados
(Ajuste SINIEF 12/2015, cláusula décima oitava).

6.5. Leiatue

Conforme visto no tópico anterior, o arquivo digital da DeSTDA será


gerado pelo aplicativo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Fazenda de
Pernambuco.
O arquivo digital deverá ser gerado mediante a observância das
especificações do leiaute definido por meio do Ato COTEPE/ICMS 47/2015,
que definiu o Manual de Orientação do Leiaute da Declaração de Substituição
Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA).
O leiaute foi estruturado por dados organizados em blocos e detalhados
por registros, de forma a identificar perfeitamente a totalidade das informações
constantes da DeSTDA. Desta forma, os referidos registros constituem-se da
gravação, em meio digital, das informações contidas na DeSTDA.

6.7. Validação das informações

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O arquivo digital da DeSTDA gerado pelo contribuinte será submetido à
validação de consistência de leiaute e assinado pelo aplicativo gerador da
DeSTDA, conforme expresso na cláusula nona do Ajuste SINIEF 12/2015.
Considera-se validação de consistência de leiaute do arquivo:
a) a consonância da estrutura lógica do arquivo gerado pelo contribuinte com
as orientações e especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da
DeSTDA definidas em Ato COTEPE;
b) a consistência aritmética e lógica das informações prestadas.
O procedimento de validação e assinatura deverá ser efetuado antes do
envio do arquivo.
A recepção do arquivo digital poderá ser precedida, a critério de cada
unidade federada, das seguintes verificações:
a) dos dados cadastrais do declarante;
b) da autoria, autenticidade e validade da assinatura digital;
c) da integridade do arquivo;
d) da existência de arquivo já recepcionado para o mesmo período de
referência;
e) da versão da DeSTDA e tabelas utilizadas;
f) da data limite de transmissão.

6.8. Assinatura e Certificação Digital

Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica da


DeSTDA, as informações serão prestadas em arquivo digital com assinatura
digital do contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade
credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-
Brasil).Trata-se, portanto, do certificado digital.

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O contribuinte que não estiver obrigado à emissão de documentos
fiscais eletrônicos poderá gerar sem assinatura digital e transmitir a DeSTDA,
sem exigência de certificação digital, mediante utilização de código de acesso e
senha, podendo, à critério da unidade federada, ser dispensado também , do
código de acesso e senha.
O assunto foi abordado nos §§ 2° e 3° da cláusula primeira do Ajuste
SINIEF 12/2015.

6.9. Envio do Arquivo Digital

Conforme expresso na cláusula nona do Ajuste SINIEF 12/2015,


a transmissão dos arquivos da DeSTDA será realizada pelo próprio aplicativo
de geração da declaração e, a critério da unidade federada, sua recepção
poderá ser feita, alternativamente:
a) por meio de Webservice desenvolvido pela respectiva unidade federada;
b) pelo Programa de Transmissão Eletrônica de Documentos (TED)
disponibilizado pela Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul
(SEFAZ RS).

6.10. Prazo de Entrega

Até a competência setembro/2016, o prazo para envio do arquivo digital


da DeSTDA era até o dia 20 do mês subsequente ao encerramento do período
de apuração, ou, se fosse o caso, até o primeiro dia útil imediatamente
seguinte, conforme estabelecia a cláusula décima primeira do Ajuste SINIEF
12/2015.

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A partir da competência outubro/2016, o prazo para envio foi modificado,
devendo a entrega ocorrer até o dia 28 do mês subsequente ao encerramento
do período de apuração (ou, se for o caso, até o primeiro dia útil imediatamente
seguinte), de acordo com o Ajuste SINIEF 15/2016.
A entrega da DeSTDA foi regulamentada por meio do Decreto n°
52.828/2015, que alterou o artigo 174-A do Livro II do RICMS/RS. O Estado
também disponibilizou em seu site um link versando sobre o assunto. Ressalta-
se que a Instrução Normativa RE n° 24/2016 prorrogou para 20.08.2016 o
prazo para a entrega da DeSTDA relativa aos fatos geradores ocorridos de
janeiro a junho de 2016.
No Estado do Rio Grande do Sul, por meio da publicação da Instrução
Normativa RE nº 081/2016, foi estabelecido que o pagamento do imposto
declarado na DeSTDA deverá ser efetuado até o dia 23 do segundo mês
subsequente, tomando-se por referência o mês da ocorrência do fato gerador
da obrigação tributária, por meio de GIA, observados os demais requisitos que
especifica.

6.11. Retificação

O contribuinte poderá retificar a DeSTDA:


a) até o prazo original para envio da declaração, independentemente de
autorização da administração tributária;
b) após o o prazo original para envio da declaração, conforme estabelecido
pela unidade federada à qual deva ser prestada a informação.
A retificação será efetuada mediante envio de outro arquivo para
substituição integral do arquivo digital da DeSTDA regularmente recebida pela
administração tributária, com a indicação da finalidade do arquivo.
Não será permitido o envio de arquivo digital complementar.

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A possibilidade de retificação da DeSTDA está prevista na cláusula
décima segunda do Ajuste SINIEF 12/2015.

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