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06/08/2018
Tumores Epiteliais
1) Adenoma.
2) Adenocarcinoma.
3) Carcinoide.
Adenoma
Adenocarcinoma
O nome correto, o mais certo para ser usado é carcinoma neuroendócrino bem diferenciado.
Apesar disso, o termo “carcinoide” já está enraizado na literatura médica.
O termo “tumor carcinoide” é usado para descrever neoplasias compostas por células com capacidade
endócrina (células endócrinas).
No caso do intestino, vão ser as células argentafins.
Um terço dos tumores do intestino delgado vão ser carcinoides.
1) Carcinoide.
2) GIST (Tumor Estromal Gastrointestinal).
3) Linfoma.
4) Carcinoma.
Pacientes com múltiplos tumores carcinoides tendem a ser mais jovens e possuem pior prognóstico.
O tumor secreta serotonina (5-hidroxitriptamina - 5-HT) e outras aminas vasoativas.
Quando há um volume suficiente de tumor, em especial, no fígado (metástases), a 5-HT é liberada nas veias
hepáticas e acaba levando à síndrome carcinoide.
A síndrome carcinoide engloba rubor cutâneo e cianose aparente, diarreia, cólicas, náuseas e vômitos, tosse,
sibilos e dispneia, hepatomegalia pelas metástases.
Isso seria o clássico.
Eventualmente, podemos ter fibrose sistêmica, inclusive, lesões cardíacas (estenose pulmonar e tricúspide).
Tumores carcinoides podem secretar uma variedade de hormônios como gastrina, somatostatina, glucagon,
calcitonina, insulina.
O tumor que secreta serotonina não ganha um nome em especial.
Alguns são nomeados conforme o hormônio produzido.
Por exemplo, gastrinoma produz gastrina, elevando acidez gástrica e levando a úlceras pépticas em
estômago, jejuno e duodeno (síndrome de Zollinger-Ellison).
Macroscopia
Histologia
O carcinoide, por ser derivado de células endócrinas, tende a imitar uma célula endócrina.
Um crescimento clássico é formar ilhotas (como se fossem ilhotas pancreáticas).
As células neoplásicas podem formar ilhas distintas, trabéculas, feixes, glândulas ou massas indiferenciadas.
No momento em que formar uma massa indiferenciada, não vai ser mais um carcinoide.
Na verdade, vai ser um carcinoide neuroendócrino pouco diferenciado (péssimo prognóstico para o
paciente).
As células são monotonamente semelhantes, parecidas com pouco citoplasma granular, róseo e escasso e
um núcleo pontilhado redondo a oval.
Tumores Mesenquimais
GIST
Eram, originalmente, classificados como tumores de músculo liso na década de 70 (era pré
imunohistoquímica).
Os GISTs mais leves eram classificados como leiomiomas e os mais graves, agressivos, malignos como
leiomiosarcomas.
Porém, hoje, aceita-se que tenham origem, derivem (ou mostrem características) das células intersticiais de
Cajal.
Isso porque tem o mesmo marcador imunohistoquímico que as células de Cajal.
Estas são células intercaladas entre os nervos autonômicos e o músculo liso da parede intestinal.
Marcador individualmente mais importante na imunohistoquímica é o transmembrana-tirosina-quinase KIT
(CD 117) (80% dos casos).
Não há predominância racial ou por sexo.
Média de idade ao diagnóstico é de 50 anos.
20% de todos os GISTS ocorrem no duodeno.
OBS: Não esquecer que o local em que mais ocorre GIST é no estômago!
Macroscopia
Histologia
Tumores Vasculares
1) Hiperplasia linfoide.
2) Linfomas.
Linfomas
A) Anomalias congênitas
B) Perturbações mecânicas
C) Perturbações circulatórias
Anomalias congênitas
Atresia (íleo, duodeno) = quando uma alça intestinal termina em fundo cego.
Isso pode levar à retenção fecal, de mecônio, mal formações congênitas.
Estenoses = a alça intestinal vai ter uma luz mais estreitada.
Imperfuração anal = é uma atresia, em particular, com perfuração anal.
Duplicações (íleo, jejuno).
Heterotopias (gástrica, pancreática) = presença de tecidos ectópicos. Por exemplo, heterotopia de mucosa
gástrica no meio do intestino delgado que ocasiona uma úlcera péptica.
Gastrosquise (mal formação parcial da parede abdominal com exteriorização de alças intestinais, parte do
fígado sem um revestimento por membrana, sem peritônio) e onfalocele (mal formação mais ampla da
parede abdominal com exteriorização das vísceras recobertas por membrana, peritônio).
Gastrosquise = menor, mais comum do lado direito, sem membrana.
Onfalocele = mais grave, com membrana.
Divertículo de Meckel
Origem
Topografia
Macroscopia
Complicações
Diverticulite.
Mucosa gástrica.
Heterotopia (úlceras).
Torção.
Infartamento.
Invaginação.
Tumores (miomas, carcinoides, carcinomas).
Doença Diverticular Colônica (Diverticulose Colônica)
Etiologia
Surgem a partir do aumento de pressão endoluminal do intestino grosso associada a um defeito da parede
do intestino grosso, especialmente, nos óstios da parede (na entrada dos vasos).
Tende a ocorrer em pacientes mais velhos, idosos.
Porém, isso não significa que um paciente jovem venha a desenvolver isso.
Sítio
Morfologia
Complicações
Estenose (peridiverticulite crônica e hipertrofia muscular) = a partir da hipertrofia muscular, ocorre uma
inflamação com um distúrbio na peristalse. No local acometido, é preciso fazer uma força maior da
peristalse por causa da hipertrofia e, consequentemente, pode ocorrer uma estenose.
Diverticulite (“apendicite à esquerda”) = quadro semelhante ao da apendicite, mas do lado esquerdo.
Perfuração (peritonite localizada).
Abscesso mesentérico = o conteúdo “se abre” e escapa para o meso, dessa forma, se tem o abscesso.
Sangramento com anemia.
Causa
Sítio
Em geral, 5 cm na parte distal do reto (raramente, pode ser extenso até o delgado).
Ocorre em aproximadamente 1 para cada 5000 nascidos vivos.
Pode ser isolado ou, eventualmente, ocorrer com outras anormalidades do desenvolvimento.
10% de todos os casos ocorrem em crianças com Síndrome de Down.
Anomalias neurológicas severas estão presentes em outros 5%.
Macroscopia
Clínica
Constipação.
Distensão abdominal.
Incapacidade de eliminar mecônio.
Perfuração de alça.
Em contraste com o megacólon congênito, pode ocorrer o chamado “megacólon adquirido” resultado de:
Doença de Chagas.
Obstrução por neoplasia (carcinoma de intestino, por exemplo).
Megacólon tóxico da RCUI.
Doença de Crohn.
Miopatia visceral.
Desordens psicossomáticas.
Dessas acima, apenas a doença de Chagas está associada com a perda dos gânglios.
Chagas = destruição dos gânglios.
Megacolon congênito = não formação dos gânglios.
Perturbações mecânicas
a) Invaginação – Intussuscepção
Mecanismo de “alavanca”
Causas de invaginação
No Delgado
No Cólon
Lipomas.
Miomas.
Pólipos.
Carcinomas polipoides.
Divertículos.
Consequências
Obstrução mecânica.
Infartamento das alças.
No delgado
Aderências (bridas).
Meso longo.
Tumores mesentéricos ou murais.
No Cólon
Meso longo.
Megacolon chagásico.
No sigmoide, fecalomas.
Tumores.
Consequências
Oclusão intestinal.
Infartamento.
Hérnias
Alças de intestino delgado ou grosso podem ser o conteúdo de sacos herniários (principalmente, hérnias
inguinais).
Há uma fraqueza na parede intestinal, a pressão abdominal acaba empurrando uma alça para o lado de fora.
Pode ocorrer encarceramento e estrangulamento da alça aprisionada.
Enquanto fica no vai e vem da hérnia, em um certo momento, a hérnia não volta mais.
Acaba ficando encarcerada.
Ao ficar encarcerada, pode ser estrangulada.
Encarceramento
Estrangulamento
Após ficar encarcerada por muito tempo, o orifício de saída vai pressionar os vasos da alça encarcerada.
Há comprometimento da drenagem venosa e, posteriormente, da irrigação arterial.
Não chega sangue arterial, não sai sangue venoso.
Ocorre infartamento.
Aderências
Pós procedimentos cirúrgicos (sem ser responsabilidade, culpa do cirurgião) = no procedimento cirúrgico, ao
cortar algum tecido, ocorre um processo inflamatório. Vamos ter fenômenos exsudativos e proliferativos,
fibrose. Se fizer fibrose em excesso, formam as aderências.
Inflamação peritoneal = evolui, faz fibrose entre uma alça intestinal e outra.
Endometriose = endométrio fora da cavidade endometrial. Focos de endométrio na cavidade abdominal
começam a sangrar. Faz uma inflamação, uma peritonite e pode fibrosar.
Raramente, podem ser congênitas.
As principais causas, geralmente, são cirurgias e endometriose.
Pseudo-obstruções
Nesse caso, não há uma barreira física ou mecânica, mas as fezes não vão passar mesmo assim.
Íleo paralítico (pós-operatório) = até passar o efeito da anestesia, não há trânsito intestinal.
Infarto intestinal = intestino morto.
Miopatia e neuropatias (Chagas e megacolon congênito) = não tem peristalse.
Leandro Diesel