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Amar Vidas
Restaurando e resgatando valores.
O amor;
A disciplina
Espiritualidade, Responsabilidade, Liberdade e Trabalho.
MISSÃO...
Salvar Vidas!
Promover o bem-estar das pessoas com deficiência e em tratamento por dependência química, por
meio de acompanhamento clínico e social de qualidade.
VISÃO...
VALORES...
OBJETIVO...
Fazer com que um dependente químico possa reencontrar seus verdadeiros objetivos na vida.
ESPECIFICAÇÕES
TRATAMENTO
PROGRAMA TERAPÊUTICO
1° Estágio:
Orientação, Conscientização, Adaptação e Aceitação.
2° Estágio:
Desenvolvimento Pessoal, Responsabilidade, Responsabilização Senso de Utilidade.
3° Estágio:
Treinamento, Liderança, Multiplicador e Cidadania.
Atividades
Área psicológica;
Área terapêutica-ocupacional;
Área espiritual;
Área sócio educacional;
Área de socialização;
Área operacional ou laboral.
Evolução
Objetivos:
- Apurar aspectos negativos e positivos;
- Verificar o grau de aproveitamento;
- Possibilitar a sua recuperação integral;
- Elaborar novas estratégias no plano terapêutico.
Método de Avaliação
Entrevista de Triagem.
Avaliação.
A admissão é feita por um profissional qualificado que busca colher informações que
evidenciarão como era seu andamento anteriormente, como hábitos de vida, por exemplo, para
tratarmos de sua saúde mental e física, trabalhando o contexto familiar e social. Após o
preenchimento dos dados colhidos, informamos como é nosso tratamento, ideias e metas a serem
cumpridas. Trabalhamos como uma equipe altamente qualificada em lidar com dependentes de
drogas licitas e ilícitas. São profissionais com experiência que nortearão o PTI.
Possuímos médico, enfermeira, psicóloga, terapeutas, coordenadores, monitores entre outros.
Público-Alvo
METODOLOGIA
Os doze passos é uma filosofia de vida que objetivam a manutenção da abstinência com propostas
de mudança de comportamento. Utiliza técnicas terapêuticas em grupo.
RECUPERAÇÃO
Assim entendemos que a doença não é de fácil diagnóstico, para não dizer que ainda com todas
as técnicas não se tem um diagnóstico conclusivo. Por isso, existem diversas abordagens na
tentativa de responder à questão tão complexa da dependência química, que impreterivelmente
leva muitas vidas à morte.
Procuramos nestas áreas do trabalho de recuperação orientar a pessoa, para que ele dê conta
dessas atividades que são internas e externas à comunidade. Eu creio que é nesse aspecto que a
nossa abordagem se diferencia do conceito convencional de tratamento, as pessoas estão
acostumadas ao tratamento em clínicas onde o indivíduo passa por um período de trinta a sessenta
dias e intensivamente vive o processo de conscientização e socialização conceitual, em alguns
casos orientado por algumas dinâmicas, e logo em seguida são entregues aos seus lares, aqueles
que tem um lar, e outros retornam às ruas, onde é exigida a socialização.
O que ocorre na Clínica Terapêutica Amar Vidas é que no período de (seis meses)
desenvolve-se um trabalho no exercício destes conceitos de socialização. A partir desta fase o
residente desenvolve a sua recuperação interagindo com a Instituição de forma participativa e
produtiva, visando a reestruturação dos níveis de responsabilidade e responsabilização e senso
de utilidade, isto é, o residente é pela estruturação do programa levado a participar da Instituição
de modo responsivo e responsável como um cidadão digno de todos os direitos e deveres que lhe
são impostos em qualquer sociedade. Assim lhes são conferidas responsabilidades de ordem
funcional na Instituição, exigências e desempenho de funções básicas e significativas, as quais
vão se consolidando na vida do residente a partir da sua responsabilidade ao programa de
recuperação. (As atividades propostas da Clínica Terapêutica).
O que nós tentamos como instituição familiar, no processo de socialização é orientar e trabalhar
na elaboração da subjetividade do sujeito, não podemos agir pelo residente, mas procuramos
formar uma consciência crítica pessoal que realmente leve o residente a uma mudança, que
proporcione um comportamento aceitável. Tornando-o um cidadão produtivo e de valor, com um
novo conceito do que realmente é responsabilidade social.
A Clínica Terapêutica Amar Vidas procura cooperar (fazer a nossa parte) na redução de danos,
propõe uma forma de abordagem dentre tantas outras, que perseguem a mesma finalidade, isto
é, A RESTAURAÇÃO DA VIDA INTEGRAL, INSERÇÃO SOCIAL E CAPACIDADE DE
EXERCER A CIDADANIA DE FORMA PRODUTIVA. Assim, propomos um programa
dividido em áreas interligadas, conforme discriminado a seguir:
1. Área Favorável
1.1 * Grupo Terapêutico;
1.2 * Serviço de Atendimento Emergencial;
1.3 * Fundo de Poço;
1.4 * Inventário Diário.
2. Área Terapêutica-Ocupacional
2.1 * Oficinas de Terapia Ocupacional.
Área de Socialização
Palestras;
Saídas Especiais.
1. Área Favorável;
O Programa Terapêutico da Clínica Amar Vidas tem como objetivo promover a possibilidade
do desenvolvimento integral do sujeito, a partir da realização de atividades de caráter
psicoterapêutico.
1.1) Grupo Terapêutico: Utiliza métodos como discussões de grupo, realização de Feedback,
aplicação de dinâmicas de grupo, palestras informativas, orientações de leitura, realização de
atividades projetivas com materiais artísticos, realização de atividades psico-sócio-educacionais
e sessões de filmes relacionados à dependência química. Nestas modalidades de intervenção e
com estas ferramentas, procura-se possibilitar ao participante um ambiente seguro para que este
consiga expressar-se livremente e refletir sobre seus sentimentos e emoções, comportamentos e
atitudes, hábitos e estilos de vida e, não obstante, sobre como estas instâncias influenciam no seu
envolvimento com as SPAs. Neste sentido, cabe o profissional auxiliar o participante a perceber
as variáveis envolvidas na procura e permanência de uso de drogas, possibilitando uma
compreensão mais completa e contextualizada de sua adição. A partir desta auto percepção e
conscientização o participante terá mais condições de encarar suas dificuldades e desenvolver
suas potencialidades, aprendendo novas formas de relacionar consigo, com o outro e com o
mundo e, consequentemente, desenvolver um novo estilo de vida que corrobore para a
manutenção da abstinente. É neste contexto que é possível que cada um tenha sua história e suas
questões testemunhadas e validadas por um coletivo, podendo, com isso, compartilhar e
encontrar no outro/grupo um sentido para si e uma identidade própria.
1.2) Serviço de Atendimento Emergencial: É realizado por um profissional, para os
participantes do programa e seus familiares em horários pré-determinados. Tem como objetivo
auxiliá-los em momentos específicos de muita angústia, ansiedade e desequilíbrio emocional.
Nestes casos, é possibilitado ao participante e sua família, um espaço de escuta e orientação
individual.
1.3) Fundo de Poço: O residente revive o fundo do poço e os sofrimentos advindo de suas
escolhas anteriores. Atividade que promove a vivência, reflexão e a lembrança constante das
perdas antes do tratamento (relações familiares, bens materiais, bem estar social, sucesso,
trabalho, autoestima, etc...). Através do confronto com familiares, através de relatos pessoais de
experiências vividas e Feedback de situações reais experimentadas pelos residentes. Com o
objetivo de refletir sobre o que fez para sair do fundo do poço e se apropriar das estratégias que
utilizou.
1.4) Inventário Diário: O próprio residente tem um diário para registrar e acompanhar a sua
própria evolução ao longo do tratamento. Através deste instrumento ele pode ter sua própria
opinião do antes e depois da admissão, os resgates dos vínculos familiares, a sua situação
financeira, o amadurecimento das relações emocionais, relacionamento com Deus.
2. Área Terapêutica;
A Terapia Ocupacional faz uso da atividade como recurso técnico. Na maioria das vezes as
atividades são realizadas em grupos, sendo que cada indivíduo vivencia a experiência
individualmente, a partir de seus próprios conteúdo. As atividades visam à socialização, a
cooperação, o lazer, a criatividade, o lúdico, a expressão, a recreação e a educação.
3. Área Espiritual;
O Serviço de Orientação Espiritual é composto por três níveis voltados para o desenvolvimento
espiritual do participante. São eles:
3.1 12 Passos: É baseado no modelo dos 12 Passos - e tem como objetivo a conscientização, a
responsabilização e o desenvolvimento da cidadania, por meio da mudança de comportamento e
da formação de um novo estilo de vida. De acordo com a nova proposta, os estudos ficam
divididos da seguinte forma:
Estágio I - passos 1, 2 e 3
Estágio II - passos 4, 5, 6, 7 e 8
Estágio III - passos 9, 10, 11 e 12
3.3 Encarando a Realidade: Busca dar oportunidade ao participante de pensar sobre a própria
vida, a partir da abordagem de temas diversos como: mentira, obediência, vida positiva, família,
culpa, vergonha, ciúme, solidão, felicidade, etc. É um momento de questionamento e reflexão,
que permite ao participante o planejamento do seu dia, de suas ações e a avaliar os resultados de
seu processo de recuperação.
4. Área Operacional/Laboral
Considerando que na maioria dos casos de dependência crônica instala-se a falta de produtividade
e a danificação quase que total do senso de organização produtiva é essencial para um processo
de recuperação a reestruturação do senso de utilidade e produtividade no indivíduo com
transtornos. Além destes indicadores, segundo a nossa ótica não podemos tratar o indivíduo como
paciente, pois todo o programa está voltado para responsabilizá-lo por suas ações e escolhas e
não o tratar como aquele que espera. A expectativa de que a droga fosse resolver todos os seus
problemas já é um indicador de que há problemas extraordinários na sua vida caracterizando-o
como co-dependente - aquele que espera. Nasce então a necessidade de promover atividades em
que o residente realmente sinta-se exercendo algo que lhe devolva o senso de organização
produtiva e consequente realização e satisfação pessoal por estar fazendo com responsabilidade
e de aceitação social. Sendo assim, são criadas na CLÍNICA AMAR VIDAS, diversos cargos e
funções - interna e externa a comunidade para dinamizar o processo de recuperação do indivíduo.
Tais atividades propiciam um envolvimento colaborativo com o crescimento pessoal e com a
Instituição, contribuindo para o autogerenciamento de sua própria vida, a construção de
autonomia, responsabilidade e responsabilização.
Em conformidade com a proposta metodológica, todas as funções dos residentes foram
elaboradas para estimular a sua recuperação pessoal. De modo que à medida que o residente
evolui nos estágios do programa, assume novas tarefas e funções com nível de responsabilidade
e desempenho maiores. Percebemos essa ação como motivadora uma vez que o residente pode
ascender no status e papel social na comunidade, sendo preparado para os desafios de trabalho
que terá na nossa sociedade após conclusão do período do internamento.
De acordo com a disponibilidade da Equipe Técnica e dos voluntários.
Nesta área são propostas atividades de caráter informativo, social, educacional e lúdico
coordenadas por membros da Equipe Técnica, estagiários e voluntários. Os subprogramas desta
área são:
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
– É uma doença química: Pelo fato de que a dependência é provocada por uma reação química
no metabolismo do corpo. O álcool e o tabaco, por exemplo, embora a maioria das pessoas separe
das drogas ilegais, são drogas tão ou mais poderosas em causar dependência em pessoas
predispostas, quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.
– É uma doença interna e não externa: A causa básica e única é o uso do produto, mas existem
fatores internos próprios do organismo, que atuam ao mesmo tempo direta e indiretamente e que
contribuem para a instalação da doença, provocando uma predisposição física e emocional para
a dependência. As expressões externas da dependência, como uma série de problemas sociais
(pressão de grupo, moda, fome e miséria), familiares (falta de diálogo com os pais), sexuais,
profissionais, emocionais (ansiedade, culpa), não são as geradoras da dependência química e sim
consequências de um determinado estilo de vida.
– É uma doença progressiva: A lógica da interrupção desse processo destrutivo é não usar mais
a droga, caso contrário, a tendência é piorar com o passar do tempo.
– É uma doença crônica incurável: Uma vez dependente químico, sempre dependente,
indiferente de estar ou não em recuperação, usando ou não usando algum tipo de droga. Não há
cura para a dependência; existe sim tratamento com êxito – contínuo e permanente.
– É uma doença controlável: Mesmo que não se possa usar o álcool ou outras drogas de maneira
“social” ou “recreativa”, o dependente, se aceitar e realmente se empenhar no tratamento, poderá
viver muito bem sem a droga e sem as consequências negativas do seu uso frequente.
– É uma doença que atinge toda família: Qualquer tipo de comportamento toxicomaníaco tem
uma incidência sobre aqueles que rodeiam a pessoa em questão e, sobretudo, sobre a sua família,
tornando-a co-dependente do problema. O convívio com o dependente faz com que os familiares
adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também se trate, e, ao mesmo tempo,
receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos
em relação ao mesmo.
1. Tolerância:
2. Abstinência:
3. Ingestão excessiva:
5. Perda de Tempo – Boa parte do tempo do indivíduo é gasto na busca e obtenção da substância,
na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos.
É doença.
Dez por cento da população brasileira sofre com o alcoolismo. Os homens estão à frente nessa
estatística com 70% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 30%. "O alcoolismo é a
doença mental mais comum no mundo", afirma OMS (Organização Mundial da Saúde).
Apesar de comum e dos altos índices de alcoolismo, ainda existe muita dúvida e preconceito em
torno da doença, o que dificulta o tratamento. "Encarar o problema de frente é um desafio para o
doente e para sua família. "Ainda existem pessoas que enxergam o alcoolismo como fraqueza,
falta de caráter, e não como uma doença", avalia o médico.
Esse pensamento tem a ver com a história. Apenas nos últimos trinta anos a dependência passou
a ser vista como uma doença, com sintomas e sinais bem definidos. "Ela é uma condição
patológica que tira a liberdade do indivíduo de optar pelo consumo ou não de bebida alcoólica".
Encarar o problema de frente é um desafio para o doente e para sua família.
Histórico familiar de alcoolismo é um fator importante. Nesse caso a pessoa herda geneticamente
a predisposição à dependência e pode apresentar maiores chances de aderir ao vício de bebidas
alcoólicas.
Entretanto, outros fatores devem ser observados: ansiedade, angústia e insegurança também
deixam as pessoas mais vulneráveis à bebida. Além disso, condições culturais, fácil acesso ao
álcool e os valores que cercam seu consumo também influenciam na dependência.
Quando é dependência A medicina trabalha com critérios claros e bem definidos para
diagnosticar casos de dependência de qualquer tipo de droga. Essa inovação no diagnóstico
ocorreu na década de 80 e pode ser aplicada em qualquer indivíduo. Alguns desses critérios são:
Perda de controle: desejo incontrolável de consumo.
· Tolerância: necessidade de consumir doses maiores para obter o mesmo efeito de quando
se bebia menos.
· Tentativa de evitar a síndrome de abstinência: busca pela droga para não sentir os sintomas
da abstinência.
Saliência do consumo: a droga é mais importante do que tudo o que o indivíduo valorizava.
É preciso tratar
Os primeiros passos rumo à recuperação são reconhecer-se doente e querer mudar de vida. A
partir daí o dependente deve procurar um profissional da saúde mental que vai avaliar o quadro,
examiná-lo e conversar com a família.
"Toda mudança de comportamento apresenta dificuldade. Por isso, o melhor tratamento é aquele
que é decidido em conjunto com o paciente, o profissional e a família, pois o dependente precisa
de apoio de todas as pessoas que estão à sua volta".
Internar por quanto tempo é outras etapas que devem ser avaliadas sempre com a ajuda de
um profissional.
O medo dos sintomas da abstinência é muito comum entre pacientes. "O que poucas pessoas
sabem é que hoje existem medicamentos que ajudam a diminuir esses sintomas. Além disso,
utilizamos estratégias psicológicas que deixam o paciente em estado de alerta e preparado para
enfrentar as situações difíceis".
Apenas nos últimos trinta anos a dependência passou a ser vista como uma doença, com sintomas
e sinais bem definidos.
Beber é sempre um risco. Afinal, apenas uma dose de álcool no sangue já é suficiente para
diminuir o estado de atenção. Por isso, fala-se em consumo de baixo risco, ou seja, ingestão de
quantidades de álcool que não causam dependência.
Para os homens essa quantidade significa 14 doses por semana e não mais que quatro doses por
ocasião. Já para as mulheres, 12 doses por semana e apenas duas por evento. Uma dose
corresponde a 10 gramas de álcool, o equivalente a uma latinha de cerveja ou uma taça de vinho
bem servida.
Vale dizer que o alcoolismo é apenas uma das doenças causadas pelo álcool. Uma pessoa pode
não desenvolver dependência e ter uma série de outros problemas de saúde, como a cirrose.
CO-DEPENDÊNCIA
Intrigante e até misteriosa, é a aparente perseverança com que alguns familiares, normalmente
cônjuges e companheiros (as), se dedicam aos parentes com problemas de dependência,
alcoolismo, jogo patológico ou outro transtorno grave da personalidade. Difícil entender como e
porque essas pessoas suportam heroicamente todo tipo de comportamento problemático, ou até
atitudes sociopáticas dos companheiros (as), como se assumissem uma espécie de desígnio ou
“carma”, para o qual fossem condenados para todo o sempre.
Não se consegue compreender porque essas pessoas abrem mão da possibilidade de ser feliz ou
de diminuir o sofrimento, permanecendo atreladas à pessoa problemática, suportando toda a
tirania de sua anormalidade, como se esse fosse o único papel reservado pelo destino.
Os profissionais com prática no exercício da clínica terapêutica sabem das dificuldades
existenciais dessas pessoas codependentes, ou seja, “dependentes” dos companheiros (as)
problemáticos, quando estes deixam o vício. Parece que os codependentes ficaram órfãos, de
uma hora para outra, perdidos e sem propósito de vida. Não é raro que passem elas, as pessoas
codependentes, a apresentar problemas semelhantes àqueles dos antigos dependentes que
cuidavam.
Codependentes são esses familiares, normalmente cônjuge ou companheira (o), que vivem em
função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se
úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas
que têm baixa autoestima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da
pessoa dependente.
O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa,
esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto anulando sua própria
pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. Essa atitude patológica
costuma acometer mães (e pais), esposas (e maridos) e namoradas (os) de alcoolistas,
dependentes químicos, jogadores compulsivos, alguns sociopatas, sexuais compulsivos, etc.
Uma expressão que representa bem a maneira como o codependente adere à pessoa problemática
é atadura emocional. Dizemos que existe atadura emocional quando uma pessoa se encontra
atrelada emocionalmente a coisas negativas ou patológicas de alguém que o rodeia; seja esposo,
filho, parente, companheiro de trabalho, etc. Devida a essas amarras emocionais o codependente
passa a ser quase um outro dependente (da pessoa
problemática).
Como se nota, o problema do codependente é muito mais dele próprio do que da pessoa
problemática e, normalmente, a nobre função do codependente depende da capacidade de ajudar
ou salvar a outra pessoa, que sempre é transformada em vítima e não responsável pelos próprios
problemas.
Por causa do envolvimento de toda a família nos problemas do dependente ou alcoolista,
considera-se que o alcoolismo ou o uso nocivo de drogas é uma doença que afeta não apenas o
dependente, mas também a família.
Sintomas da Codependência
A Codependência é uma condição específica que se caracteriza por uma preocupação e uma
dependência excessivas (emocional, social e a vezes física), de uma pessoa em relação à outra,
reconhecidamente problemática. Depender tanto assim de outra pessoa se converte em uma
condição patológica que caracteriza o codependente, comprometendo suas relações com as
demais pessoas. Em pouco tempo o codependente começa a achar que ninguém apoia a pessoa
problema (como ele), que ambos são incompreendidos, ele e a pessoa problemática, ambos não
recebem o apoio merecido, etc.
O Codependente tem seu próprio estilo de vida e seu modo de se relacionar consigo próprio, com
os demais e com a pessoa problemática. Devido sua baixa autoestima, ele sempre se preocupa
mais com os outros do que consigo mesmo (pelo menos aparentemente).
A pessoa codependente não sabe se divertir normalmente porque leva a vida demasiadamente a
sério, parecendo haver um certo orgulho em carregar tamanha cruz, em suportar as ofensas,
humilhações e frustrações. Como ele precisa desesperadamente da aprovação dos demais, porque
no fundo ele mesmo sabe que está exagerando em seus cuidados com a pessoa problemática,
procura ter complacência e compreensão com todos por uma simples questão de reciprocidade
(quer que os outros também entendam o que está fazendo).
A Codependência se caracteriza por uma série de sintomas e atitudes mais ou menos teatrais, e
cheias de Mecanismos de Defesa, tais como:
1. - Dificuldade para estabelecer e manter relações íntimas sadias e normais, sem que grude
muito ou dependa muito do outro
2. - Congelamento emocional. Mesmo diante dos absurdos cometidos pela pessoa problemática
o codependente mantém-se com a serenidade própria dos mártires.
6. – Sentir-se responsável pelas condutas de outros. Na realidade ele se sente mesmo responsável
pela conduta da pessoa problemática, mas para que isso não motive críticas, ele aparenta ser
responsável também pela conduta dos outros.
7. - Profundos sentimentos de incapacidade. Nunca tudo aquilo que fez ou está fazendo pela
pessoa problemática parece ser satisfatório.
9. – Baixa autoestima.
10. - Dependência da aprovação externa, até por uma questão da própria autoestima.
11. - Dores de cabeça e das costas crônicas que aparecem como somatização da ansiedade.
Parece um nobre empenho ajudar a outras pessoas que se estão se autodestruindo, como no caso
dos alcoolistas ou dependentes químicos, do jogo ou do sexo compulsivos. Entretanto, se quem
ajuda se esquece de si mesmo, se entrega à vida da outra pessoa problemática, então estamos
diante da Codependência. A dor na Codependência é maior que o amor que se recebe e se uma
relação humana resulta prejudicial para a saúde física, moral ou espiritual, ela deve ser
desencorajada.
Na realidade a codependência é uma espécie de falso-amor, uma vez que parece ser destrutivo,
tendo em vista que pode agravar o problema em questão, seja a dependência química, alcoolismo,
transtornos de personalidade, etc. Todo amor que não produz paz, mas sim angústia ou culpa,
está contaminado de codependência, é um amor patológico, obsessivo é bastante destrutivo. Ao
não produzir paz interior nem crescimento espiritual, a codependência cria amargura, angustia e
culpa, obviamente, ela não leva à felicidade. Então, vendo desse jeito, a codependência aparenta
ser amor, mas é egoísmo, medo da perda de controle, da perda da relação em si.
Disfunção Familiar
O impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus membros é correspondente
as reações que vão ocorrendo com o sujeito que a utiliza. Este impacto pode ser descrito através
de quatro estágios pelos quais a família progressivamente passa sob a influência das drogas e
álcool:
1. Na primeira etapa, é preponderantemente o Mecanismo de Negação. Ocorre tensão e
desentendimento e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem.
2. Em um segundo momento, a família demonstra muita preocupação com essa questão, tentando
controlar o uso da droga, bem como as suas consequências físicas, emocionais, no campo do
trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e
drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a
ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família.
4. O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios
de comportamento e de saúde em todos os membros. A situação fica insustentável, levando ao
afastamento entre os membros gerando desestruturação familiar.
Recuperação da Codependência
Codependentes Anônimos
Nos mesmos moldes dos Alcoólicos Anônimos, Codependentes Anônimos são grupos de ajuda
com metodologia de relato em grupo e do estímulo para observância de algumas recomendações
disciplinares e de alguns passos importantes. As chamadas Doze Tradições dos Codependentes
Anônimos foram adaptados das 12 Tradições de Alcoólicos Anônimos conforme abaixo:
1- Nosso bem-estar comum deve estar sempre em primeiro lugar; a recuperação pessoal depende
da unidade de Codependentes Anônimos.
2- Somente uma autoridade preside, em última análise, ao nosso propósito comum – um Poder
Superior amantíssimo que Se manifesta em nossa consciência coletiva. Nossos líderes são
apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar.
3- O único requisito para ser membro da unidade de Codependentes Anônimos é ter um sincero
desejo para relacionamentos saudáveis e amorosos.
4- Cada Grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que afetam outros Grupos, ou
Codependentes Anônimos como um todo.
5- Cada Grupo tem um único propósito primordial – levar sua mensagem ao Codependente que
ainda sofre.
7- Cada Grupo deverá ser totalmente autossustentável, recusando assim contribuições de fora.
9- Codependentes Anônimos, jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém, criar juntas
ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante aqueles a quem prestam serviços.
10- Codependentes Anônimos não opinam sobre questões alheia à Irmandade, portanto, o nome
de Codependentes Anônimos, jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
11- Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre
preservar o anonimato pessoal em nível de imprensa, rádio e filmes.
12- O anonimato é a base espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando-nos sempre da
necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.
1- Admitimos que éramos impotentes perante os outros - que nossas vidas haviam se tornado
incontroláveis.
2- Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós, poderia nos devolver a sanidade.
3- Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidado de Deus como nós O
concebíamos.
5- Admitimos perante a Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata
de nossas falhas.
6- Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
8- Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a
reparar os danos a elas causados.
9- Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, exceto
quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.
10- Continuamos fazendo o inventário pessoal, e quando nós estávamos errados, nós o
admitíamos prontamente.
11- Procuramos através da prece e da meditação melhorar nosso contato consciente com Deus
como nós O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e
força para realizar essa vontade.
12- Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos levar esta
mensagem para outros codependentes e praticar estes princípios em todos as nossas atividades.
A American Society of Addiction Medicine propõe três fases para o tratamento de famílias de
dependentes químicos, sendo que o nível de intervenção varia de acordo com a meta de
tratamento estabelecida, bem como as necessidades da família. A tabela abaixo sumariza os
níveis de intervenção familiar de acordo com as fases:
Fase I:
- 1. Trabalhar a negação;
Fase II:
- 1. Prevenir recaídas;
2. Estabilizar a família, melhorando seu funcionamento.
Fase III:
A Fase I objetiva que o dependente a atinja a abstinência. Para tal é importante auxiliar as
pessoas a assumir a responsabilidade sobre seus comportamentos e sentimentos. Por vezes,
alguns membros podem ser atendidos conjuntamente, enfatizando a diminuição da reatividade
do impacto de um familiar nos outros. Ao pensar no modelo de doença, nesta fase é trabalhado
o conceito de Codependência.
No referencial sistêmico, o foco centra-se na esposa definir uma posição de modo a quebrar o
círculo repetitivo do funcionamento familiar e desta forma, auxiliar o dependente em sua
recuperação. O referencial comportamental trabalha com a perspectiva de visualizar
comportamentos do cônjuge que reforcem o comportamento aditivo, almejando a substituição
por comportamentos que reforcem a sobriedade.
Na Fase II, ainda o foco é identificar padrões disfuncionais na família como um todo, tanto na
família de origem, quanto da família de procriação. Nesta fase é importante retomar rituais
familiares e conforme o grau de dificuldade, o encaminhamento para uma psicoterapia familiar
especializada pode ser realizado.
A Fase III é definida como uma nova fronteira no tratamento da dependência química, sendo
uma das áreas menos exploradas e talvez uma das mais controversas. Muito tempo após a
cessação do consumo de substâncias, alguns relacionamentos continuam desgastados. Nesta fase
o tratamento tem como meta aumentar a intimidade do casal e a participação de ambos no
processo é fundamental.
Grupos de Pares, onde os membros da família são distribuídos em diferentes grupos dependentes
químicos, pais, mães, irmãos, cônjuges, etc. A interação entre pares é facilitadora de mudanças,
uma vez que escutar de um par não é o mesmo que escutar de um profissional, porque o par
passa por situação semelhante e não é alvo de fantasias e idealizações como o terapeuta.
• Fatores genéticos;
Podemos então afirmar que os transtornos mentais não têm uma causa específica, mas que são
formados por fatores biológicos, psicológicos e socioculturais.
ROUPAS
7- Camisetas
4- Bermudas
2- Calças
4- Camisas
1-Par de chinelos
1-Par de tênis
3-Pares de meia
12-Cuecas
2- Sunga de banho
CAMA E BANHO
HIGIENE PESSOAL
5- Sabonete
2-Escova dental
4- Creme dental
1-Shampoo/ Condicionador
4- Desodorante rollon
6- Prestobarba
OBSERVAÇÃO
Cigarros (se fumar).
NORMAS E REGULAMENTO INTERNO DA
CLÍNICA TERAPÊUTICA AMAR VIDAS
MANUAL DE NORMAS E REGRAS
DORMITÓRIOS
COZINHA
REFEITÓRIO
VISITA