SLIDE

O DEUS ARTISTA QUE SE REVELA POR PROCESSOS

O Destino do Justo e do Ímpio

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém
no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores;
antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.
Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na
estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.
Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha (palha) que o vento espalha.
Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos
justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios
conduz à ruína. Salmos 1:1-6

INTRODUÇÃO

Se eu desse um outro título à esta mensagem seria “Como ter sucesso e

felicidade na vida, a partir de um Deus que se revela por processos”. Hoje temos
inúmeras fórmulas e livros no mercado, além de muitos ambientes e reuniões que
levantam este tipo de tema: o sucesso e felicidade. A busca desenfreada pelo
prazer em todos os sentidos – e sentido aqui engloba também os órgãos dos
sentidos – tem despertado muitos autores, líderes e tantos outros homens e
mulheres de influência a promover tais sensorialidades que servem e duram no
máximo alguns dias, até que continuem na dependência de serem atraídos pelos
mesmos programas semanais.

O fato é que a Bíblia nos ensina que o conceito de sucesso e felicidade é, de

longe, incomparável ao proposto por este mundo, e por ser algo simples, na
maioria das vezes não acreditamos que tenha tanta eficiência, uma vez que não
nos exigiu o suficiente. Queremos fazer tudo com a força do nosso braço, quanto
mais força empregamos em algo, equivocadamente entendemos que estamos no
caminho certo. É por causa desta doença desenfreada por um sucesso e felicidade,
por vias corruptíveis, que a ansiedade e seus derivados, tem sido a doença do
século atual.

Nossa proposta aqui é mostrar a partir do Salmos 1, o conceito de sucesso e

felicidade em Deus, além de apontar qual postura no homem ou na mulher é
considerado fator intrínseco para este propósito, considerando ainda os processos
naturais da relação com o Pai.

O LIVRO DOS SALMOS

Antes de entrar no texto, iremos mostrar um pouco da estrutura do livro

dos salmos. Os Salmos é o saltério dos judeus, o livro de cânticos de louvor, em
hebraico chamado Tehilim. O livro tem em torno de pelo menos 7
autores/compositores. Dos 150 salmos, a maioria foi composta por Davi, em torno
de 73 poemas, nas mais diversas situações vividas por ele e da sua devoção com
Deus. Os outros são de Asafe, filhos de Corá, Moisés, Hemã etc. outros 51 salmos
são anônimos, incluindo o que lemos, o salmo 1.

As produções dos salmos remontam ao período pré-exílico, desde Moisés

até sua compilação no período pós-exílico babilônico, provavelmente feita por
Esdras, isto nos dá cerca de 900 anos de história judaica até que o livro estivesse
pronto.

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Os Salmos são divididos em 5 grupos de gêneros literários:

• Salmos de Sabedoria – com instruções para uma vida reta, com sabedoria;
• Salmos de Lamentação – retratam as aflições da vida;
• Salmos de Penitência – meditações sobre as dores do pecado;
• Salmos com ênfase no reinado – meditações sobre o governo soberano de
Deus;
• Salmos de ações de graça – louvor e adoração oferecidos a Deus.

Para entender todo o livro é importante entender os dois primeiros salmos

1 e 2. O salmo que lemos está presente na estrutura dos Salmos de Sabedoria, e foi
colocada para abrir o saltério porque ele define a pressuposição teológica de todo
o livro, isto é, o salmo 1 é a base fundamental para onde todos os outros salmos
apontam e se sustentam, que é o prazer na Torá. O salmo 2 aponta para o governo
do Rei daqueles que tem o prazer na Torá, portanto são interconectados e
introduzem todo o restante do livro.
 ANÁLISE DO TEXTO

Embora saibamos que os Salmos são composições poéticas musicadas e

escrita por vários autores, ela continua sendo Palavra de Deus, e a arte neste
contexto, como ferramenta, serve como uma linguagem que comunique verdades
através do coração. Portanto, quando lemos os salmos precisamos ter a premissa
de que a perspectiva do olhar difere de um texto “acadêmico intelectualizado”.
Precisamos ler os salmos com os olhos do coração.

Vamos entrar na análise do texto.

SLIDE

Bem-aventurados...

É interessante a abertura do livro com este termo. Significa Felicidade. Note

que no sermão do monte (cap. 5 Mateus – as bem-aventuranças), quando Cristo
começa a ensinar sobre o padrão ou a legislação do Reino de Deus, ele usa o mesmo
termo, ou seja, este é o estado eterno para quem vive dentro dos padrões do Reino
de Deus. A partir daqui ele lista três pontos dos quais o homem bem-aventurado
deve se desviar: SLIDE conselho dos ímpios, caminho dos pecadores, roda de
escarnecedores.

SLIDE

...o homem que não anda no conselho dos ímpios

Aqui tem um aspecto interessante. Ele poderia ter escrito as ações de forma
invertida, começando pelo aspecto positivo (meditar na lei dia e noite) e em
seguida acusar o aspecto negativo (não andar no conselho dos ímpios). No Éden o
aspecto positivo (podereis comer de toda a árvore livremente) antecedia o
negativo (mas da árvore do conhecimento não comerás). Depois da queda, o alerta
para manter-se longe da iniquidade foi ainda mais enfatizado. Em Dt. 28 consegui
listar 9 bênçãos para aqueles que guardam os mandamentos, em contrapartida,
pelo menos 26 maldições para quem transgredisse.

Este tipo de homem específico não vive e não molda sua vida a partir dos
conselhos iníquos, porque da mesma forma que Asafe no Salmos 73:18 entrou no
santuário do Senhor e entendeu o fim deles, assim será para aqueles que seguem o
conselho dos ímpios. Deus os porá em lugares escorregadios e lançará em
destruição.

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...não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores

Nestes dois pontos: caminho dos pecadores e assentar na roda dos

escarnecedores vemos um processo no início do versículo. Este é um tipo de
paralelismo muito presente na poesia hebraica para aprimorar o entendimento da
ideia. Neste caso, enfatiza-se o caminho da intimidade com o pecado, com a
destruição.

SLIDE

Observe que todo o processo começa com conselhos, em seguida faz amizade
(caminho) com os pecadores e agora tem intimidade profunda ao assentarem-se
para zombaria. É uma transformação de caráter. Como é um salmo de sabedoria o
autor tinha a Torá em mente, portanto, assemelha-se ao mandamento a seguir:

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Tu as ensinarás (conselho) com todo o zelo e perseverança a teus

filhos. Conversarás sobre as Escrituras quando estiveres (sentado)
em tua casa, quando estiveres andando pelo (caminho), ao te
deitares e ao te levantares. Dt 6:7
O conselho, o caminho e o assento são três processos de uma intimidade.
A fuga deste processo que o salmista indica no homem em questão é semelhante a
todo processo de parto do pecado, conforme Tiago explica:

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Cada um, porém, é (1) tentado pela própria cobiça, sendo por esta
arrastado e seduzido. Então a (2) cobiça, tendo engravidado, (3) dá
à luz o pecado; (4) e o pecado, após ter-se consumado (isto é, nascido)
(5) gera a morte. Tiago 1:14,15
SLIDE

...antes o seu prazer está na lei (Torá - instrução) do Senhor, e na sua Lei medita de
dia e de noite

É muito importante o uso da palavra prazer (deleite) aqui, uma vez que nos
remete à sociedade pós-moderna em que vivemos. O ser humano é rodeado de
possibilidades para atender aos seus próprios desejos. A busca pelo desejo em
qualquer outra coisa que não seja a instrução do Senhor está diretamente ligada à
queda adâmica no Éden, quando o homem perdeu de dentro de si a Torá, por isso
foi necessário que ela fosse escrita em pedra, fora do homem, a fim de que
novamente a partir de Cristo ela fosse inserida novamente, transformando nosso
coração de pedra em carne e conforme nos promete Jeremias :

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Eis, no entanto, a Aliança que celebrarei com a comunidade de Israel

passados aqueles dias”, afirma o SENHOR: “Registrarei o conteúdo
da minha Torá, Lei, na mente deles e a escreverei no mais íntimo dos
seus sentimentos: seus corações. Assim, serei de fato o Deus deles e
eles serão o meu povo! Ninguém mais terá a necessidade de orientar
o seu próximo nem seu irmão, pregando: ‘Eis que precisas conhecer
quem é Yahweh, o SENHOR!’, porquanto serei conhecido no interior
do ser de cada pessoa, desde os mais jovens até os idosos, dos mais
pobres aos mais ricos.”, garante o SENHOR. “Porque Eu mesmo lhes
perdoarei a malignidade e não me permitirei recordar mais dos seus
erros e pecados!” Jeremias 31:33-34

Se somos preenchidos por qualquer outro tipo de prazer superior a estar

diante da Palavra de Deus, somos fortes candidatos a ter corações de pedras
guiando nossa vida e produzindo tudo que essa rigidez do coração nos
proporciona.

Meditar a Palavra Dia e Noite está muito além da relação com turnos ou a
devocionais diários e/ou noturnos (embora também seja isso), mas à uma
integralidade de vida, a estar colocando a vida sob o domínio da Palavra de Deus.
A meditação não é apenas pensar sobre, mas ruminar de dentro para fora...o
sentido da palavra meditar é de murmúrio (semelhante, portanto a um boi quando
rumina) é estar com a Palavra na boca o tempo todo. SLIDE

...pois será como árvore plantada, junto a ribeiros de águas...

Este tipo de homem não é um acaso da vida. É um tipo de gente que é

observado pelo olhos atentos do agricultor, por esta razão, Deus o agricultor é
quem planta aos seus cuidados, este homem é abastecido pelos rios que saem do
trono de Deus e nada lhe falta. Aqueles, porém, que são plantas selvagens, que não
permite cultivo, ervas daninhas de dura cerviz, são também arrancadas pelo
agricultor, conforme registrado em Mateus: SLIDE

Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial
não plantou, será arrancada. Mateus 15:13

Aqui também vale o acréscimo de outra parábola, a figueira estéril, que

Jesus ensinou acerca do arrependimento:

E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada

na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao
vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira,
e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E,
respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a
escave e a esterque; E, se der fruto, ficará e, se não, depois a
mandarás cortar. Lucas 13:6-9

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...a qual dá o seu fruto na estação própria

Aqui há um forte contrassenso à sociedade pós-moderna. Vivemos em dias

onde a produtividade e a força do braço são sinônimos de sucesso. Há uma
exigência pessoal de fazer coisas para dar a sensação de que é relevante, gerando
então um tipo de gente cansada, estressada, ansiosa, que faz de tudo para ter um
“lugar ao sol”. Deus não nos chamou para dar frutos sempre, mas apenas na
estação própria!
 No âmbito da Igreja observamos isso claramente. Uns frutificando outros
não, entretanto, aquele que não está supostamente dando frutos, pode estar no
período de descanso para no tempo certo produzir. O problema é que por falta de
conhecimento do Descanso em Deus, queremos também imitar o fruto alheio e
caímos no erro da anomalia. Foi isso que aconteceu com a figueira amaldiçoada
por Jesus, veja: SLIDE

E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela
acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas,
porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira:
Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram
isto. Marcos 11:13,14

Podemos atribuir uma certa severidade e exagero de Jesus, mas, como tudo
que Ele faz, nos ensina mais uma vez. O texto diz claramente que não era tempo de
figos, Jesus sabia disto, mas algo na figueira o levou a procurar o fruto. O fato é que
na estação de figos, o que primeiro nasce são os frutos em seguida toda a folhagem
os cobre. Uma figueira cheia de folhas verdes determinava que estava carregado
de figos, por esta razão, Cristo foi constatar se tinha efetivamente algum fruto,
mas ele detectou a anomalia, e em concordância com a parábola da figueira estéril
que ele ensinou, a amaldiçoou. Além de ocupar a terra inutilmente, a figueira
estava enganando a todos, mostrando aquilo que não era, levantando seu próprio
nome e beleza exteriores através de suas folhagens verdes. Era o que Cristo falava
também acerca dos fariseus, quando os chamava de sepulcros caiados.

Então o tipo de homem do Salmos 1, que é bem-aventurado, só da fruto na

estação própria, quando não dá, ele está envolvido em processos estacionários
para que sua próxima safra seja ainda mais carregada de frutos, sendo sempre
limpo pelo Pai, para produzir mais. SLIDE Por essa razão o vs 3 cita o fruto antes
das folhas e arremata ...as suas folhas não cairão, (as folhas não murcharão porque
por trás da beleza das folhagens há o alimento) e tudo quanto fizer prosperará (dar
frutos de justiça).

Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e
louvor de Deus. Filipenses 1:11
 Depois de citar todas as características de forma detalhada do homem bem-
aventurado, o salmista engloba em um única frase a característica do ímpio.

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...Não são assim os ímpios, mas são como a moinha (palha) que o vento espalha.

Ao contrário daquele que é pio, ímpio é todo o que pratica impiedade, que
não pratica a justiça e que não se reconhece como tal, pois suas ações são de boa
moral aos seus próprios olhos. Esse tipo de gente é como a palha que o vento
dispersa. A sua essência é vazia da Palavra, por isso é facilmente levada pelos
ventos, é dispersado porque não tem rumo, não tem um propósito, não tem uma
direção.

Interessante é notar que a palha ainda quando está junto ao trigo desfruta
das benesses desta por isso o versículo seguinte diz que um dia eles serão
separados um do outro: SLIDE [...] Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem
os pecadores na congregação dos justos. Ímpios e pecadores são outro paralelismo
para reafirmar a ideia da mesma pessoa. No juízo o ímpio será revelado como
palha e será separado para sempre do trigo.

SLIDE Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios
perecerá.

Aqui ele faz um novo paralelismo entre ímpio e pecadores. O juízo será
tanto para o próprio ímpio quanto para todo seu caminho, é arrancar a árvore
improdutiva desde a sua raiz, para ser queimada pelo fogo.

UMA ALEGORIA

Como estamos falando de poesia e música, gostaria de terminar tudo que

foi explanado com uma alegoria. Aprendemos que, se mantivermos nosso prazer
na Palavra metaforicamente seremos como árvores. Quero então pensar um
pouco nas fases estacionárias que esta árvore passa e discernir processualmente a
forma como Deus se movimenta conosco.
SLIDE

Primeiro ponto, precisamos discernir a natureza divina, através da obra

criada, a fim de que possamos entender todos os processos da vida. Em toda
invenção ou objeto de criação há um criador por trás, esta é a regra da vida. O
segundo ponto é entender que obrigatoriamente todo criador incide, em sua obra,
sua própria forma de ser. (Não há neutralidade nas coisas que fazemos, tudo que
expressamos é o que somos. A boca fala do que o coração está cheio, ainda que a
boca não fale!) Isto significa que aquilo que eu faço, crio ou produzo é o resultado
do conjunto do que eu sou em essência.

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Pense agora, por exemplo, em um estilista. Observe os modelos e cortes

próprios de cada roupa. Se observar bem, verá que há uma identidade por trás de
cada peça produzida.

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As marcas se tornam famosas ou ganham algum público específico, não

por causa da roupa (como neste exemplo) mas pela concepção do criador e aquele
que se veste da indumentária criada, se veste da identidade do criador da grife.

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Vamos ao macro agora, pensemos em Deus e sua obra criadora. Como

conhecer o padrão estético de Deus? Observe as árvores, por exemplo, tem
milhares de espécies. Mas há um padrão entre elas. Quais? Semente, Raiz, Caule,
Folha, Flor e Fruto. Isto é um padrão que aponta para uma característica divina,
fala de processos.

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Em nossa vida precisamos discernir que estamos lhe dando com um

Grande Artista que mostra como Ele se expressa através da sua obra criadora. O
rei Davi sabia disto:
 "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra
das suas mãos, um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra
sabedoria a outra noite, não há linguagem nem fala onde não se ouça
sua voz, a sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até
ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol" (Salmos 19:1-4)

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O apóstolo Paulo é ainda mais incisivo, atribui a contemplação à obra

criadora como meio indesculpável do conhecimento de Deus:

"Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque

Deus lho manifestou, porque as coisas invisíveis, desde a criação do
mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se
ENTENDEM, e claramente se vêem pelas coisas que estão CRIADAS,
para que eles fiquem indesculpáveis" (Romanos 1:19-20)

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Considerando que somos “árvore plantada por Deus”, precisamos discernir

alguns aspectos. Se não entendemos em que estação estamos, devemos entender
que o Criador é um Deus de PROCESSOS, lembre-se: Semente, Raiz, Caule, Folha,
Flor e Fruto. Aquilo que será dado como fruto é o último estágio do processo. Seu
trabalho agora é identificar em que ponto você está.

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1. A Semente é o primeiro estágio e nela já se carrega todas as características da

árvore que você será, portanto, é hora de avaliar sua cosmovisão, olhando para
trás sobre tudo que você trouxe de bagagem, olhando o presente para saber como
anda as bagagens antigas e as novas, ponderando se elas lhe serão um peso ou uma
ajuda para o futuro.

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2. A Raiz é o segundo estágio e aqui começa a se fixar o plano (depois que

cuidadosamente você observou suas bagagens na semente). O cuidado com o
primeiro estágio será muito necessário para sua caminhada, uma vez que elas
podem se tornar em muitos problemas caso suas escolhas, do que carregará na
semente, sejam equivocadas. Raiz fala de razão, de atitude, de fixar em um FOCO,
de ser plantado onde realmente servirá para os outros.

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3. O Caule é o terceiro estágio e este é o momento em que você começa a servir.

Caule fala de quem carrega a seiva para os galhos, é o servo e precisa ser forte,
persistente, é aquele que carrega a seiva que é a genuína Palavra. Este ponto é de
grande relevância, uma vez que, a seiva que é transportada, determinará a
qualidade do fruto final. Se a palavra que você carrega é cheia de vícios, a qualidade
do fruto final serão pessoas extremamente dependentes de sensações passageiras,
ao invés de nutri-las. Cuidado! qual a sua seiva?

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4. A Folha é a beleza do propósito pelo qual você está envolvido e é o quarto estágio.
A folha chama atenção de qualquer árvore, é por causa delas que reconhecemos
árvores bem distantes. Além de trazer beleza e proteção aos futuros frutos,
começará também a chamar atenção pelas primeiras curas do seu chá (Ap. 22:2).
Se os três estágios anteriores cumprirem seu propósito, neste quarto estágio, as
pessoas começarão a ser atraídas pela beleza e cura das folhas produzidas através
de você.

"Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade

construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma
candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a
no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa.
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas
boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus
5:14-16

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5. A Flor é o ornamento, mas também é a indicação de que os frutos estão vindo.

A flor fala da esperança e persistência, fala do: "continue, os frutos estão
chegando!" flores apontam para os frutos que estão vindo, é o momento de
refrigério do Criador a nós quando nos sentimos cansados, então Ele permite que
as flores desabrochem para nos mostrar que o ápice do propósito está chegando.

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6. O Fruto é o objetivo final e ele vem carregado de todos os cinco estágios

anteriores e aqui há de se observar o resultado na humanidade. Nosso fruto não
pode ser envenenado de coisas que tentaram atrapalhar o crescimento dos
estágios anteriores. O fruto necessariamente precisa trazer ALIMENTO para as
pessoas, nutri-las, de modo que dentro de cada uma delas, possa gerar uma árvore
frondosa de tudo aquilo que você produziu. Os bons frutos geram novas sementes
dentro deles, pessoas que você precisa formar para continuar todo processo. Este
estágio só termina quando os frutos alimentam e geram novas sementes
(discipulado).

SLIDE

É assim que Deus se manifesta. Processos...não há como mudar isto, faz

parte dEle, de Sua natureza, da forma como se movimenta. Nosso trabalho é
enxergar isto e identificar em qual estágio nós estamos. Há tempo de retomar de
onde parou, há tempo de recomeçar, há tempo de terminar o processo.

SLIDE

Termino ainda com isto: A terra que você está plantado é fundamental para
que os nutrientes carregados pela seiva cheguem ao fruto final com qualidade. A
terra não é institucional, é uma pessoa e se chama CRISTO. Fora deste
fundamento, a árvore (que é você) poderá ter pragas no meio do caminho (pecado)
e você não terminará o processo. Muitos resolvem passar o machado em si por não
conseguirem ir adiante, por não terem sido plantados na revelação do CRISTO de
Deus.

SLIDE

Saiba porém, que árvores foram criadas para outro processo divino: As
Quatro Estações. Em tempos de inverno, aquiete, receba o necessário do que esta
estação trás, discernindo que não é o fim, que logo virá a primavera trazendo a
beleza e a cura pelas suas folhas e flores, até que o sol nasça no verão e prepare os
frutos para o outono.

SLIDE

Mas bendito é o homem cuja confiança está totalmente depositada

em Yahweh, cuja fé está no SENHOR. Ele será como uma árvore
plantada junto às boas águas e que estende as suas raízes para o
ribeiro. Uma árvore que não se afligirá quando chega o calor, porque
as suas folhas estão sempre viçosas; não sofre de ansiedade durante
o ano da seca nem deixará de dar seu fruto!” Jeremias 7:8-9

SLIDE

Deus é PROCESSUAL... discirna, Viva, FRUTIFIQUE!

Seja Bem-Aventurado(a).

Pr. Manassés Moreira