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1. Ao invés de / Em vez de
“Em vez de” é usado como substituição. Ex: São Paulo em vez de BH.
“Ao invés de” é usado como oposição. Ex: Grande ao invés de pequeno.
2. De encontro a / Ao encontro de
“Ao encontro de” expressa harmonia. Ex: Obrigada! Sua ajuda veio ao encontro do que eu
precisava.
“De encontro a” expressa embate. Ex: Brigaram porque a opinião dele ia de encontro ao que
ela acreditava.
“Por meio de” é o mesmo que “por intermédio”. Ex: Conseguimos por meio de muito trabalho.
4. Em princípio / A princípio
“A princípio” equivale a “no início”. Ex: A princípio, achei que não seria capaz.
“Em princípio” equivale a “em tese”. Ex: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.
5. Se não / Senão
“Senão” significa “caso contrário” ou “a não ser”. Ex: Me avise, senão vou esquecer. Não fez
senão o prometido.
“Se não” é usado para expressar uma condição. Ex: Se não puder, nos avise antes.
6. Retificar / Ratificar
“Retificar” é o mesmo que corrigir, emendar. Ex: Vou retificar os dados da empresa.
“Na medida em que” equivale a “porque”. Ex: Cancelamos a reunião na medida em que a
negociação havia sido adiada.
“À medida que” mostra relação de proporção. Ex: A produtividade aumenta à medida que a
equipe usa a ferramenta.
8. Eminente / Iminente
“Eminente” significa “excelente”. Ex: É uma professora eminente.
9. Bastante / Bastantes
O uso mais comum de “bastante” é como advérbio de intensidade, como “muito”. Ex: Andei
bastante rápido para chegar a tempo.
Mas “bastante” também pode ser um adjetivo, sinônimo de “suficiente”, e neste caso
concorda com o substantivo a que se refere. Ex: Recebo bastantes e-mails todos os dias.
“Sessão” com “ss” quer dizer o tempo de um evento. Ex: Sessão de cinema, ou sessão de
acupuntura.
“Seção” com “ç” quer dizer “departamento” ou “divisão”. Ex: A seção de arte moderna do
museu, ou a seção de carnes do supermercado.
“Taxar” com “x” é receber taxa, imposto. Ex: Grandes fortunas serão taxadas.
Se você está se referindo ao verbo “trazer”, lembre-se da letra z nele e use sempre “traz”.
“Descrição” é o detalhamento de algo. Ex: Não havia uma descrição clara do trabalho.
“Discrição” é a qualidade do que é discreto, não chamativo. Ex: É bom ter discrição durante a
negociação.
“A fim de” indica ideia de finalidade. Ex: Irei ao evento a fim de praticar o networking.
“De mais” se opõe a “de menos”. Ex: Uns têm privilégios de mais; outros de menos.
Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”. Ex: Ele não fez o que pedi, tampouco
o que você pediu.
Tão pouco corresponde a “muito pouco”. Ex: O fim de semana foi delicioso, mas durou tão
pouco.
“Discriminar” significa “separar” e também “discernir”. Ex: Discriminar por orientação sexual é
desprezível. As notas fiscais já foram discriminadas.
“Acerca de” é o mesmo que “a respeito de”. Ex: Deveríamos discutir mais acerca de política. Já
“a cerca de” indica aproximação. Ex: Moro a cerca de 3Km daqui.
Para a maior parte dos linguistas, é preferível adotar a expressão “no anexo”, ou ainda, usar a
palavra “anexo” como adjetivo, concordando com número e gênero do substantivo a que se
refere. No exemplo, o substantivo “imagens” está no feminino e no plural, gerando, portanto,
“anexas”.
Assim como o verbo anterior, “precisar” só vem junto da preposição “de” quando há um
substantivo. Ex: Precisamos de mais foco. Precisavam tirar umas férias.
Lembre-se dos outros verbos irregulares com final “-iar”: ansiar, incendiar e odiar. Por maior
que seja seu ódio, você não diz: “Eu odio”.
O verbo “dispor”, assim como “repor”, “propor” se conjuga como o verbo “pôr”.
O verbo ser pede o particípio irregular, que não termina em -do. Por isso se diz “foi impresso”
e não “foi imprimido”. O verbo ter pede o particípio regular. Por isso se diz “tinha acendido” e
não “tinha aceso”.
“Quando vir” se refere ao verbo ver no futuro e na condicional. Ex: Quando eu te vir, vou te
dar um abraço apertado! Além disso, “quando ver” não existe.
A menos que você se refira a um quiz (aqui estão vários!), escreva “quis”.
36. A nível de / Com relação a
“A nível de” é uma expressão coringa, que não tem sentido próprio. Procure substituir, por ex.,
“a nível de Brasil” por “a nível nacional”, ou ainda melhor, por “com relação ao Brasil”. Em
outros casos, a expressão é inútil. Em vez de dizer “problemas a nível de foco”, diga apenas
“problemas de foco”.
Mesmo após a última reforma ortográfica, a palavra continua sendo grafada com hífen.
Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado
para indicar apenas tempo futuro ou distância. Ex: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele
mora a duas horas do escritório.
41. Haviam muitos, Vão haver muitos / Havia muitos, Vai haver muitos
No sentido de existir, o verbo “haver” fica sempre no singular. Já nas locuções verbais, ele
concorda com o sujeito. Ex: Elas haviam feito um ótimo trabalho.
“Quite” deve concordar com o sujeito a que se refere. Ex: Estou quite com você.
“Onde” se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. “Aonde” é formado pela
preposição “a”, porque indica movimento. Quem vai a algum lugar. Nessa mesma lógica, não
existe a expressão “daonde”, pois quem vem de algum lugar. Existe apenas “de onde”.
O verbo assistir, no sentido de ver, exige a preposição “a”. Caso contrário, significa “ajudar”.
Ex: A enfermeira assistiu o paciente por horas.
Quem admite “algo”. Quando isso ocorre, o verbo é chamado de transitivo direto. Direto
porque não há preposição entre ele e o objeto da frase, como acontece por exemplo na frase
“Precisa-se de vendedores”, em que há a preposição “de”. Assim sendo, quando o verbo é
transitivo direto, ele concorda com o sujeito da oração, que no nosso exemplo é “vendedores”,
no plural. Portanto, “Admitem-se vendedores”.
Quem precisa “de algo”. Isso classifica o verbo “precisar” como transitivo indireto. Quando isso
ocorre, o verbo fica no singular.
“Entre eu” só pode ser usado antes de um verbo no infinitivo. Ex.: “Passou-se um bom tempo
entre eu começar o trabalho e você me ajudar.”
Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm refere-se
ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. Vêm, Convêm e Retêm
O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra
hora.
A menos que você esteja dizendo que a meia do seu pé está ansiosa, o correto é no masculino,
sempre que quiser dizer “um pouco”. No sentido de “metade”, concorde com o substantivo.
Ex: Meia hora, meia xícara de chá.
c) Abandonando pleonasmos
Algumas pessoas inclusive preferem ler “à” como “a a”. Tendo isso em mente, fica bem mais
fácil entender quando a crase é necessária.
Você está dizendo “De segunda até sexta” e não “De segunda até a sexta”. Portanto, não há
duas vezes o “a”. Logo, não faz sentido haver crase.
Prazo é uma palavra masculina e, portanto, não acompanha o artigo feminino “a”, necessário
para haver crase.
As palavras “aquilo” e “aquele”, masculinas, levam acento quando provêm da fusão do “a”
preposição com a letra “a” de “aquilo”. Ex: Refiro-me àquilo que você disse na reunião ontem.
Quando estiver se referindo a cidades e países, lembre-se: Vou a, volte de… Crase pra quê?
Vou a, volta da… Crase há! No exemplo: Vou a Curitiba (porque volto dE Curitiba) vs. Vou à
Bahia (porque volto dA Bahia)
e) Descomplicando os porquês
Por fim, um dos mais célebres erros de português é a confusão que se faz entre os porquês.
Veja como é mais simples do que parece!
Sempre que a palavra “motivo” estiver implícita na expressão, use “por que”. Mesmo que não
seja uma pergunta.
Caso haja pontuação (ponto final, de exclamação ou interrogação) após, acentue a palavra
“quê”, ficando “por quê”.
Exemplo 1: Você não sabe por que [motivo] eu fiz aquilo, e agora me pede que eu explique por
quê. Mas eu não irei dizer o porquê! Ainda estou triste porque você me ofendeu.
Exemplo 2: Você fez isso porque me amava? Eu nem sei por que [motivo] eu ainda continuo
com você. Eu não sei por quê. Deve ser assim mesmo, a gente nunca sabe o porquê total de
continuar amando.