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Curso Avançado de Direito Administrativo em
Exercícios para a Receita Federal
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma 3e4
3. Metodologia 4a6
4. Questões em Sequência 0 7 a 15
5. Questões Comentadas 16 a 60
7. Resumo esquemático 80 a 84
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Exercícios para a Receita Federal
Fala Galerinha!
Antes de tudo, leia todo o texto antes das questões propriamente
ditas, para, depois, não dizer que foi enganado(a), rsrs...
É hora de estudarmos para a Receita Federal. Sem dúvida um excepcional
concurso, uma excelente oportunidade de ingressar no Estado e
desempenhar uma das funções mais importantes da Administração
Pública: a de fiscalização.
O número de vagas para Auditor não é assim tão considerável.
É agora é pra valer. Edital na Praça, e sem grandes alterações na parte de
Direito Administrativo.
O nível dos candidatos está cada vez mais “pavoroso”, por isso é condição
sine qua non para o sucesso uma ótima preparação por meio de cursos
direcionados. Enfim, é ideal definir a estratégia, e que seja cirúrgica.
E, se você procura estratégia, não perca tempo, vem para o curso
estratégia. Aqui no sítio do curso on-line estratégia você vai encontrar
os melhores Professores, os melhores materiais. E mais: tudo isso com
Edital atualizadíssimo, e é só confirmar o nosso cronograma, um pouco
mais à frente.
Digo que, nas poucas horas vagas, sou Professor de Direito
Administrativo, de Direito Constitucional e Administração Pública em
cursos preparatórios. Prestei e reprovei em alguns concursos públicos (a
vida de concursando é assim, nem sempre se ganha!). Prestei e reprovei:
prefeitura de Araruama, Belfort Roxo, TCM-RJ e outros mais, rsrs. Prestei
e aprovei em outros, como, por exemplo, TCU 2001 e 2002, CGU 2002 e
2004, Polícia Federal, MPU, ISS-SP/2007 e ICMS-RJ/2011, o que, no
mundo dos concursos, atribui-me a qualidade de concursando de
“carteirinha”.
Ah! Sou autor dos livros Resposta Certa (editora Saraiva), Licitações e
Contratos e Questões Discursivas de Direito Administrativo
(licitações, controle externo, finanças, controle da Administração e outros
temas), porém, este último livro não é útil para o atual concurso, afinal, a
banca “arrancou” as questões discursivas de Direito Administrativo. No
entanto, se quiser comprar, depois de passar na prova, “pra” leitura de
cabeceira (dá um sono danado, rs.), seja bem vindo!
Com relação à banca organizadora, reafirmo termos a presença da ilustre
ESAF, uma das melhores organizadoras de concursos públicos do país,
afinal, costuma prezar pela qualidade dos certames. E, nos últimos
tempos, anda “assombrando” os concursandos. As provas estão bastante
criativas.
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Exercícios para a Receita Federal
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Exercícios para a Receita Federal
METODOLOGIA
ORIENTAÇÕES FINAIS1
1
As dicas são sintéticas, fruto de minha experiência colhida no magistério, especialmente em minhas turmas
de Tribunal de Contas da União, que tive o prazer de orientar nos ciclos de estudo no ano 2003 em Brasília.
Para um maior aprofundamento, recomendo a excelente e criativa obra do autor Alexandre Meirelles.
Simplesmente adorável.
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Exercícios para a Receita Federal
( ) Federação
( ) Monarquia
( ) Presidencialismo
a) 1, 2, 3, 1, 2, 3
b) 1, 3, 2, 3, 1, 2
c) 3, 1, 2, 1, 2, 3
d) 2, 3, 1, 2, 3, 1
e) 3, 2, 1, 2, 1, 3
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Exercícios para a Receita Federal
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QUESTÕES COMENTADAS
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estatais e sociais (Direito Público Interno). Em outra vertente, o
Direito Público ocupa-se das relações dos Estados soberanos entre si,
assim como das atividades destes com os organismos
internacionais (Direito Público Externo).
Já o Direito Privado cuida predominantemente dos interesses
individuais, de modo a dar segurança às relações das pessoas em
sociedade, seja em suas relações individuais, seja em suas relações com
o Estado.
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interno, com a República Federativa, pessoa jurídica de direito
público externo (internacional). Falemos um pouco mais da Federação
para esclarecer o assunto.
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agregação – saíram da Confederação para agregarem-se em Federação;
federalismo dual – presença da União e Estados-membros.
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Gabarito: CERTO
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Item B – ERRADO. São dois os erros. Primeiro, os territórios, a partir
da Carta de 1988, passaram à qualidade de autarquia da União, logo,
não mais integrantes da Federação. Segundo, os entes federados
são autônomos, e não soberanos.
Item C – ERRADO. Idem item “B”.
Item D – ERRADO. O candidato mais cansado (menos concentrado)
poderia ser levado a marcar esse item, no entanto, os territórios não
compõem a Federação.
Item E – CORRETO. Não há mais o que acrescentar.
Gabarito: item E.
( ) República
(1) Forma de Governo
( ) Estado Unitário
( ) Parlamentarismo
Sistema de
(2)
Governo
( ) Federação
( ) Monarquia
(3) Forma de Estado
( ) Presidencialismo
a) 1, 2, 3, 1, 2, 3
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b) 1, 3, 2, 3, 1, 2
c) 3, 1, 2, 1, 2, 3
d) 2, 3, 1, 2, 3, 1
e) 3, 2, 1, 2, 1, 3
Comentários:
Questão bem tranquila!
São formas de Estado: o federalismo e o Estado unitário. No Brasil,
atualmente, optamos pela forma de Estado Federal.
São formas de Governo: a república e a monarquia. No Brasil, optamos
pela forma de governo republicana.
São sistemas de governo: o parlamentarismo e o presidencialismo. No
Brasil, adotamos o presidencialismo, em que há uma aglutinação das
tarefas de governo e de estado nas mãos de uma única pessoa, em nosso
caso, presidente da República.
Então, chegamos à alternativa “B”. Fácil, né?
Gabarito: item B.
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com atribuições extraídas diretamente do texto constitucional (p. ex:
declaração de guerra).
Gabarito: item C.
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para realizar seus lucros. De maneira geral, no mercado haveria
interesses “egoísticos” (privados/particulares) a serem satisfeitos.
Durante muito tempo, prevaleceu essa divisão conceitual –
público/privado, tanto para estudos jurídicos, quanto administrativos.
Com a evolução, novas instituições surgiram, quando então passamos a
ter um problema para o adequado enquadramento. Vejamos um exemplo
prático, para que fique mais claro o que afirmamos.
As Santas Casas existentes em quase todo o país, sobretudo em capitais
de Estado, foram criadas, fundamentalmente, para atendimento de
pessoas com dificuldade de custear um tratamento médico razoável. Mas
as Santas Casas não foram criações do Estado. Logo, não poderiam
ser consideradas públicas.
De outro lado, apesar de criadas por particulares, as Santas Casas não
possuem o intuito do lucro, como é o caso das instituições privadas de
modo geral. Então, a pergunta: em que setor enquadrar instituições
como as Santas Casas e outras semelhantes?
Se adotássemos a visão dicotomizada, não chegaríamos a qualquer
solução. Apesar de perseguirem interesses que podem ser vistos como
públicos, não foram criações do Estado, logo, não são componentes do
1º Setor. Desse modo, surge a noção do público não estatal (o tal do
“3º Setor”), no qual se inclui a “paraestatalidade”, que é um vocábulo
autoexplicativo, em certa medida. Vejamos.
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A noção de público e privado é cada vez menos relevante, como podemos
perceber a partir da atuação das entidades integrantes do 3º setor.
Todavia, ainda que óbvio para alguns dos amigos, é importante lembrar
que há indesejáveis desvirtuamentos na atuação das entidades do 3º
setor (o paraestatal = público não-estatal). Não são poucos os
escândalos envolvendo desvio de recursos de origem pública repassados a
tais entidades. Embora conceitualmente belíssimo, o modelo padece de
um problema comum a tudo que envolva a participação humana: há,
sempre, possibilidade de alguns fazerem uso indevido de boas ideias,
visando benefício próprio.
Pois bem. Traçados os entendimentos gerais, partamos para a análise dos
itens.
Item I – ERRADO. Por mais que se entenda por “público” o que, direta
ou indiretamente, pertença à comunidade, o vocábulo público, ao
contrário do que diz o item, não exclui as relações econômicas,
políticas e sociais que interferem na produção do espaço público.
De outra forma, o “lócus” (espaço) público é cada vez mais amplo,
abrangendo todo e qualquer setor social, econômico ou não. Isso
por serem cada vez mais comuns “parcerias” entre Estado/sociedade
organizada, objetivando o melhor atendimento dos interesses coletivos.
Item II – ERRADO. Como dissemos, há uma zona em que a atuação
do Estado é simultânea com entidades não lucrativas. Assim,
público não é resultado da separação Estado/sociedade. Muitas
vezes, ocorre exatamente o contrário: o público resulta da confluência
da atuação do Estado em conjunto com entidades criadas por
particulares, que atuam por conta do mútuo empenho em dar
provimento aos interesses coletivos.
Item III – CERTO. O item reafirma o que dissemos ao longo de
toda a exposição. Mesmo particulares (os “iguais” no item) podem
atender interesses públicos, diretamente, buscando o bem
comum/práticas solidárias, ou indiretamente, influenciando o Estado na
construção de um novo sentido de cidadania.
Fica a lição: a depender do contexto, a distinção de público/privado é
extremamente dificultosa, uma vez que, atualmente, diversas
instituições criadas por particulares acabam dando cumprimento a
interesses coletivos.
Gabarito: item C.
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direito público.
b) Teoria da responsabilidade objetiva do Poder Público.
c) Natureza judicante da decisão do contencioso administrativo.
d) Cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos.
e) Inserção da moralidade como princípio da Administração Pública.
Comentários:
A origem do Direito Administrativo Brasileiro é essencialmente Francesa.
São contribuições do sistema francês:
- Inserção da moralidade como princípio expresso da
Administração;
- Responsabilidade Objetiva do Estado;
- Presença de Cláusulas Exorbitantes nos contratos administrativos;
- Regime Legal dos Servidores; e
- Contencioso Administrativo.
Observação: no Brasil, vigora o sistema de jurisdição UNA ou
única e não o contencioso administrativo (de modelo francês), isso
porque, distintamente do sistema de dualidade de jurisdição, as decisões
administrativas, no Brasil, são (ou podem ser) sindicáveis (controladas)
pelo Poder Judiciário (princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional).
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Gabarito: item B.
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Comentários:
E viva à Lavoisier! Ver Figura da questão anterior.
Gabarito: item B.
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12) (2008/Cespe – TJ – Analista Administrativo) Para a
identificação da função administrativa como função do Estado, os
doutrinadores administrativistas têm se valido dos mais diversos
critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o objetivo
formal.
Comentários:
Nessa questão, identificaremos as três funções principais de Estado:
legislar, julgar, e administrar, que, inclusive, dão origem aos
“Poderes” constituídos, tal qual escrito na Constituição (art. 2º): “São
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário”.
Diversos pensadores, modernos e clássicos, ocuparam-se de abordar
quais seriam as principais funções a serem desempenhadas pelo Estado.
Apenas para citar alguns mais conhecidos, Aristóteles, Hobbes, Locke e
Rosseau, com textos bastante difundidos no campo da filosofia jurídica.
Contudo, modernamente, o autor mais influente e discutido a respeito da
repartição das atividades de Estado é, muito provavelmente, Charles-
Louis de Secondat, o famoso Barão de Montesquieu.
No seu clássico “O Espírito das Leis”, Montesquieu registrou que as
missões fundamentais do Estado, de legislar (função legislativa: criar o
Direito novo), julgar (função judicial ou jurisdicional: aplicar o Direito aos
casos conflituosos, solucionando-os em definitivo) e administrar (função
administrativa ou executiva: usar a norma jurídica criada, para,
aplicando-a, dar atendimento às demandas concretas da coletividade)
deveriam ser exercidas por órgãos diferentes, independentes.
Desse modo, quem julgasse, não administraria; quem
administrasse, não legislaria, e assim sucessivamente. Esta ideia
permeia quase todo o direito ocidental moderno, tal como no Brasil, que,
como dissemos, consagra essa “tripartição” de poderes no art. 2º da
CF/1988.
Contudo, tecnicamente, a abordagem inicial de Montesquieu não falava
de “Poderes”, mas sim de órgãos distintos, exercentes do Poder.
Decorre daí o entendimento de que o Poder é UNO, havendo apenas
uma distribuição funcional – aquilo que os constitucionalistas chamam
de princípio da especialização.
De fato, o Poder do Estado, que é um só, indivisível, é exercido em diversas
frentes. A divisão do Poder entre órgãos diferentes possibilitaria a estes
controlar-se entre si, constituindo o que se reconhece na doutrina
constitucionalista como sistema de “Freios e Contrapesos” (ou checks and
balances, para os mais chegados à língua inglesa).
Todavia, diferentemente da tripartição de Montesquieu (considerada
rígida), o exercício dos Poderes no Brasil dá-se por precipuidade
(preponderância, especialização) de função, enfim, não há
exclusividade. Tome-se como exemplo a ordem jurídica brasileira.
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A Jurisdição é quase que monopolizada pelo Poder Judiciário e
apenas em casos excepcionais pode ser exercida pelo Legislativo.
Essa é a posição da doutrina majoritária e que devemos levar para
a prova. Há quem defenda que o Poder Executivo exerce atividade
jurisdicional, porém, sem definitividade (sem o colorido jurisdicional),
como é o caso do autor Diogo Figueiredo, que, no entanto, tem sido voz
vencida, tratando-se, é claro, de concursos públicos.
Voltando ao item, tem razão o examinador do Cespe quando afirma que
vários critérios são utilizados pela doutrina para definir a função
administrativa. Esses critérios, basicamente, são de três ordens:
I) subjetivo – a função administrativa é definida pelo SUJEITO
exercente;
II) objetivo formal – explica a função pelo REGIME JURÍDICO
aplicável à atividade em si;
III) objetivo material – aqui se examina o conteúdo da
ATIVIDADE para se aferir se o desempenho da atividade é
administrativo.
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Função Administrativa
Função Administrativa (Poder
(Poderes Legislativo e
Executivo)
Judiciário)
Gabarito: CERTO.
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14) (1999/Esaf – Assistente Jurídico/AGU) A Administração
Pública, em sentido objetivo, no exercício da função
administrativa, engloba as seguintes atividades, exceto:
(a) Polícia administrativa
(b) Serviço público
(c) Elaboração legislativa, com caráter inovador
(d) Fomento a atividades privadas de interesse público
(e) Intervenção no domínio público
Comentários:
Já conversamos sobre o tal critério objetivo material e objetivo formal.
Que tal, agora, um quadro resumo?
Critério Objetivo
Formal Material
Poderes da República
(regime jurídico) (Conteúdo em si)
Produção de atos
Poder Legislativo NOVIDADE
gerais e abstratos
Resolução de
Poder Judiciário DEFINITIVIDADE
litígios
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E a Lei Orçamentária? É lei ou ato administrativo? A LOA é produzida pelo
Legislativo, logo, sem dúvida, é lei em sentido formal. Porém, não é
dotada de generalidade e abstração, isso porque a LOA tem
destinações certas, efeitos concretos. Exatamente por isso a doutrina
afirma que mais parece com atos administrativos em sentido
material.
Então, os poderes Legislativo e Judiciário produzem atos
administrativos? Claro que sim! No entanto, apenas materialmente,
porque os atos administrativos formais (em complemento às leis) advêm
do Poder Executivo.
E o Poder Executivo, julga? Em prova de concurso, pode falar que não.
Porém, de acordo com o quadro acima, podemos pensar em julgamento
em sentido material, quando, por exemplo, o Poder Executivo decide um
litígio surgido em eventual processo administrativo disciplinar. No
entanto, só pensem em julgamento pelo Executivo se a ilustre
organizadora for enfática quanto ao critério objetivo material, afinal as
decisões do Executivo não são definitivas.
Gabarito: item C.
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necessidades da coletividade. Nesse sentido, a expressão deve ser
grafada mesmo com iniciais minúsculas, por se tratar efetivamente da
atividade administrativa, a qual, ao lado da legislativa e da judiciária,
forma uma das funções tripartite do Estado.
Sob o ponto de vista material, a administração pública abarca as
seguintes atividades finalísticas (PoSFIn): Polícia administrativa,
Serviço público, Fomento e Intervenção.
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IV – Intervenção: é entendida como sendo a regulamentação e
fiscalização da atividade econômica de natureza privada (art. 174
da CF/88), bem assim a atuação do Estado diretamente na ordem
econômica, conforme o art. 173 da CF/88. Esta atuação, em regra,
deve-se dar por intermédio das empresas públicas e sociedades de
economia mista a serem instituídas pelo Estado.
Agora, retomemos os quesitos:
Item A – INCORRETO. Em sentido material, objetivo, ou
funcional, o Direito Administrativo é compreendido como de produção
de todos os Poderes e não apenas o Executivo, daí a incorreção do
quesito.
Item B – INCORRETO. Os órgãos são os produtores dos atos,
logo, se encaixam no conceito subjetivo e não funcional, daí a
incorreção do quesito.
Item C – INCORRETO. Idem item “A”.
Item D – INCORRETO. No sentido subjetivo, Administração
Pública confunde-se com as pessoas, com os órgãos, com os agentes.
É o sentido objetivo ou funcional que se confunde com a matéria
desempenhada, daí a incorreção do quesito.
Item E – CORRETO. Materialmente, objetivamente, temos três
funções do Estado, sendo a função administrativa uma delas, daí a
correção do quesito.
Gabarito: item E.
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Gabarito: ERRADO.
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V) Negativista ou residual: o Direito Administrativo é definido
excluindo-se as atividades do Estado de legislação e de jurisdição,
além das atividades patrimoniais, regidas pelo direito privado. É um ótimo
critério, porém, não define o que é Direito Administrativo.
Críticas: 1ª) um critério não-positivista não tem por
preocupação a definição de um objeto de estudo, mas de não-
estudo, o que, academicamente, é indesejável, já que a matéria seria
estudada por exclusão; 2º) há atividades patrimoniais que devem ser
estudadas pelo Direito Administrativo, tais como o comércio público de
bens.
VI) Da distinção entre a atividade jurídica e social de Estado:
de acordo com o critério em questão, o Direito Administrativo seria
definido considerando, de um lado, o tipo de atividade exercida (a
atividade jurídica não contenciosa) e, de outro, os órgãos que regula.
Leva-se em consideração, portanto, o sentido objetivo (atividade
concreta exercida) e o sentido subjetivo (órgãos do Estado que
exercem aquela atividade) de Administração Pública. Aproxima-se
bastante do critério mais utilizado para a definição do Direito
Administrativo – o da Administração Pública.
VII) Da Administração Pública: em face desse critério, o Direito
Administrativo constitui o ramo do direito que rege a Administração
Pública como forma de atividade; define suas pessoas
administrativas, organização e agentes; regula, enfim, os seus direitos
e obrigações, umas com as outras e com os particulares, por ocasião do
desempenho da atividade administrativa. Ainda que se possa criticar o
conceito, pode-se afirmar que no direito brasileiro, hoje, é o mais aceito
pela doutrina, utilizado por autores de peso para traçar a definição de
Direito Administrativo.
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Voltando para o item sob exame, o que o torna incorreto é afirmar
que o critério do Poder Executivo é preponderante para a definição
do Direito Administrativo, uma vez que prevalece no Brasil,
atualmente, o critério da Administração Pública.
Gabarito: ERRADO.
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19) (2007/Esaf – DF/PROCURADOR) Em relação ao conceito e
evolução histórica do Direito Administrativo e ao conceito e
abrangência da Administração Pública, selecione a opção correta.
a) Na evolução do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do
Serviço Público, que se desenvolveu em torno de duas concepções. Na
concepção de Leon Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em
sentido estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime
exorbitante do direito comum, desenvolvida pelo Estado para a satisfação
de necessidades da coletividade.
b) O conceito estrito de Administração Pública abarca os Poderes
estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo.
c) A Administração Pública, em sentido objetivo, deve ser compreendida
como o conjunto das pessoas jurídicas e dos órgãos incumbidos do
exercício da função administrativa do Estado.
d) Na busca de conceituação do Direito Administrativo encontra-se o
critério da Administração Pública, segundo o qual, sinteticamente, o
Direito Administrativo deve ser concebido como o conjunto de princípios
que regem a Administração Pública.
e) Na evolução histórica do Direito Administrativo, encontramos a Escola
Exegética, que tinha por objeto a interpretação das leis administrativas, a
qual também defendia o postulado da carga normativa dos princípios
aplicáveis à atividade da Administração Pública.
Comentários:
Vamos direto ao exame dos quesitos:
Item A – INCORRETO. O item estaria correto, não fosse a citação
do nome do autor Leon Duguit. O estudo adotado por esse autor foi em
sentido amplo, e não restrito. Coube a Gaston Jèze a defesa de um
sentido estrito. Portanto, para a correção do item é suficiente substituir
a autoria para Gaston Jèze.
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Item B – INCORRETO. Quando falamos em sentido amplo e
restrito, estamos trabalhando com as categorias gênero e espécie,
respectivamente. Em sentido amplo, envolvemos tanto os órgãos políticos
como os administrativos; tanto as funções políticas como as
administrativas. Num conceito estrito, por sua vez, não abarcamos os
poderes estruturais, pelo menos enquanto entidades políticas,
restringindo-se à função meramente administrativa.
Item C – INCORRETO. O conjunto de pessoas não é a parte
objetiva, mas sim subjetiva, logo, para a correção do quesito é
suficiente substituir ‘sentido objetivo’ por ‘sentido subjetivo’.
Item D – CORRETO. É uma definição doutrinária. O item está
perfeito.
Item E – INCORRETO. Mais um item sobre critérios, a Esaf parece
mesmo ter um carinho especial por esse tipo de formulação. Vamos lá.
Para os defensores da escola legalista, empírica, caótica,
francesa, também chamada de EXEGÉTICA, o Direito Administrativo
tem por objeto a interpretação das normas jurídicas
administrativas e atos complementares – o direito positivo. À
época, na França, as interpretações proporcionadas pelos Tribunais
Administrativos prendiam-se quase inteiramente aos textos legais,
deixando de lado, portanto, postulado da carga normativa dos
princípios aplicáveis à atividade da Administração Pública. Assim,
tal critério é incompleto, uma vez que o Direito Administrativo não se
resume a um mero amontoado de leis, englobando doutrina,
jurisprudência, usos e costumes e princípios.
Gabarito: item D.
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Polícia administrativa,
Serviço público,
Fomento e
Intervenção. Logo, não se incluem as finanças públicas.
Gabarito: item D.
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d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso
público.
e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova
indústria em determinado Estado-federado.
Comentários:
Ótima questão da Esaf. Vamos por eliminação.
Item A – INCORRETO. Serviço público faz parte do conceito de
Administração em sentido material? Sim.
Item B – INCORRETO. Desapropriação para construção de
unidade escolar intervenção do Estado na propriedade privada.
Item C – INCORRETO. A interdição de estabelecimento é exercício
de Poder de Polícia? Sim.
Item E – INCORRETO. Benefício fiscal é atividade de fomento?
Sim.
Polícia administrativa
Serviço público
Fomento e
Intervenção
Gabarito: item D.
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de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens,
serviços e interesses da coletividade.
Comentários:
Como aprendemos, são três as atividades (funções) clássicas do
Estado: legislar, julgar e administrar. As duas primeiras são objeto de
outros ramos jurídicos.
O Direito Administrativo tem por objeto tão-só a atividade
administrativa, a qual pode ser conceituada de várias maneiras, a partir
do critério utilizado para a definição, como vimos. Os mais comuns são:
I) Subjetivo (orgânico): o sujeito exercente distinguiria a
função como administrativa. Identificando-se que o ato foi produzido por
integrante do Poder que tem por incumbência o desempenho da atividade
administrativa, ou seja, o Executivo, seria identificada a função.
O critério subjetivo merece críticas, sendo insuficiente, visto que
todos os Poderes podem exercer, ainda que atipicamente,
atividade administrativa. Além disso, mesmo agentes não-
pertencentes aos quadros da Administração Pública podem
desempenhar atividades administrativas, tais como os delegatários
de serviço público, como concessionários e permissionários.
II) Objetivo-material: por este critério, alguns elementos
intrínsecos da função administrativa permitiriam a sua
identificação. Embora de interessante discussão, a adoção deste critério
é extremamente trabalhosa, porque demanda discussões a respeito de
quais características delimitariam a atividade administrativa. Ademais, no
mundo jurídico, uma coisa é o que é por força da norma que assim
determina, ou seja, pelo regime que lhe outorga e não por alguma causa
intrínseca, substancialmente residente na essência da coisa. Ainda assim,
boa parte da doutrina utiliza-se do critério.
III) Objetivo-formal: segundo este critério, a função
administrativa seria determinada não pelas características
essenciais, mas por características de direito, ou seja, pelo
tratamento normativo que lhe corresponda. A atividade administrativa
caracterizar-se-ia por se desenvolver em razão de comandos
infralegais, e, em alguns excepcionais, infraconstitucionais.
Dos três critérios, o mais acertado é o critério formal, se
tivéssemos que tomar um, isoladamente.
Contudo, de maneira prática e voltando-se ao objetivo pretendido
neste texto, preparação para concursos públicos, pensamos que o
melhor critério para identificação da função administrativa é o
residual, isto é, o que não seja formulação de regras legais (função
legislativa) ou resolução de lides (função jurisdicional) pelo Estado, é
função administrativa.
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Dessa maneira, pode-se afirmar que função administrativa é a
desempenhada pelo Estado, em quaisquer de seus Poderes, ou por
seus representantes, de maneira subjacente à Constituição e às
Leis, sob regime de Direito Público, com vistas ao atendimento
concreto das demandas da coletividade.
Gabarito: CERTO.
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Com efeito, a Administração Pública deve dar cumprimento à
intenção contida na lei (mens legis), a qual é o instrumento estabelecedor
do interesse público. Se tivéssemos que posicionar a atividade
administrativa dentro da clássica “Pirâmide de Kelsen”, seria no
terceiro patamar, ou seja, dos atos secundários, tão-somente
complementares à lei, no sentido de que não criam direitos e
obrigações, apenas destrincham, esmiúçam, detalham, o comando das
normas primárias.
Por exceção, a Administração Pública dá cumprimento direto à
Constituição. Daí os amigos devem estar pensando: como isso pode
acontecer? Então a Administração simplesmente desconsidera a
Constituição? Respondemos que não! Abaixo da Constituição, em
nossa ordem normativa, temos a LEIS, que “materializam” a vontade
contida na Constituição.
Todavia, por vezes, a própria Constituição estabelece, de forma
expressa, a conduta a ser adotada pela Administração. Embora seja
fato raro, pode ocorrer, como é o caso dos chamados Decretos
Autônomos, editados com base no inc. VI do art. 84 da Constituição
Federal.
Se a ficha ainda não caiu, pedimos sua paciência, afinal, o assunto
será retomado quando do estudo dos atos administrativos, em que
trataremos das condutas administrativas, vinculadas ou discricionárias, as
quais devem estar sempre conforme a lei, com maior ou menor grau de
liberdade.
IV) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a
controle judicial. Isso é decorrência do princípio da inafastabilidade
de jurisdição ou da jurisdição una, contido no inc. XXXV do art. 5º da
CF/1988: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito.
Notem que nem mesmo sequer a lei exclui da apreciação judicial
atos que importem lesão, efetiva ou potencial, de direitos. Não é por que
um ato provém da Administração que será excluído da apreciação do
Judiciário. É claro que, para o Judiciário pronunciar-se, haverá de ser
cumprido o rito necessário.
Explique-se: em regra, para um tribunal ou juiz apreciar e
pronunciar-se sobre alguma questão, haverá de ocorrer a necessária
provocação, ou seja, o órgão judicial deverá ser demandado. Isso é
o que se conhece no processo civil por “inércia processual” (princípio da
inércia ou da demanda): para que o judiciário se “movimente”, é
necessário que alguém provoque sua atuação.
Todavia, a própria Administração pode fazer controle de seus
atos, em razão do princípio da autotutela. Nesse último caso, é
desnecessária a provocação, dado que a atuação pode ocorrer de
ofício.
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Gabarito: CERTO.
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No estudo do Direito Administrativo, encontramos, regra geral, as
seguintes fontes ou formas de expressão:
I) lei;
II) jurisprudência;
III) doutrina; e
IV) costumes.
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A lei costuma ser corretamente indicada como fonte escrita e
primária para o Direito Administrativo. Adiantamos que há outras
normas infralegais também fontes para o Direito Administrativo,
contudo secundárias, uma vez que a Administração Pública, de modo
geral, organiza-se mediante lei, em decorrência do princípio da legalidade
contido no caput do art. 37 da CF/1988.
A Jurisprudência é um conjunto de decisões judiciais
reiteradas num mesmo sentido, a respeito de uma matéria. Dessa
forma, não se pode considerar “jurisprudência” uma decisão
judicial isolada, a qual, no máximo, constitui um caso paradigmático,
referencial, indicativo de uma situação concreta submetida à apreciação
de um juiz ou tribunal judicial.
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De fato, os magistrados brasileiros podem interpretar as
informações que constam dos processos judiciais que lhes são submetidos
com maior amplitude que os americanos, em razão do que se chama no
Brasil de princípio do livre convencimento por parte do magistrado.
Contudo, duas observações são feitas quanto à atividade jurisdicional,
apesar de não ser objeto de estudo de nossa matéria:
I) o livre convencimento do Juiz encontra limites, visto que
deve se ater aos fins pretendidos pela norma. Nesse sentido, assim
determina a Lei de Introdução ao Direito Brasileiro – LIDB: Na aplicação
da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum. Assim, a liberdade de interpretar por parte
do magistrado não se converte em arbítrio, pois encontra limites;
II) há algumas decisões advindas do Judiciário que vincularão
tanto a atuação daquele Poder, quanto a própria Administração
Pública. Neste sentido, damos destaque, dentre outras, às Súmulas
Vinculantes, constantes do sistema jurídico nacional a partir da Emenda
Constitucional 45/2004, conhecida como a Reforma do Judiciário (ver art.
103-A, CF/88).
Por fim, a Jurisprudência é fonte não escrita do Direito
Administrativo, impondo-se pela força moral que possui junto à
sociedade.
A doutrina significa o conjunto dos trabalhos dos estudiosos a
respeito do Direito Administrativo, ou seja, os livros, os artigos, os
pareceres, elaborados por estudiosos desse ramo jurídico. Tais trabalhos
fornecem, muitas vezes, bases para textos legais, sentenças,
acórdãos e interpretações, sendo responsável, de certa maneira, pela
unificação das interpretações.
É fonte escrita e mediata (secundária) para o Direito
Administrativo, não gerando direitos para os particulares, mas
contribuindo para a formação do nosso ramo jurídico.
Já os costumes são os comportamentos tidos por obrigatórios
pela consciência popular. No que respeita ao Direito Administrativo, o
costume é de pouca relevância, à vista do princípio da legalidade. Ainda
que de menor importância, o costume constitui, sim, fonte para o Direito
Administrativo, sendo aplicado quando da deficiência da legislação,
sempre segundo a lei (ou secundum legem, para os amigos mais
chegados ao latim) e nunca contra a lei (ou contra legem).
Dessa forma, por tudo que se expôs, percebe-se a correção do
item, que pode ser assim resumido:
I) tanto a jurisprudência, quanto os costumes, são fontes para o
Direito Administrativo, NÃO ESCRITAS e SECUNDÁRIAS;
II) a jurisprudência não vincula a atuação do Administrador
Público (regra geral). Todavia, existem exceções em que decisões
judiciais possuirão caráter vinculante, assunto que é estudado no
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Direito Constitucional, na parte relacionada ao Controle de
Constitucionalidade, por exemplo;
III) ainda que de menor relevância, os costumes constituem fonte
para o Direito Administrativo, sobretudo em razão da deficiência da
legislação relativa a tal ramo jurídico. Porém, a utilização dos costumes
encontra restrições, não podendo ser utilizados contra a lei.
Gabarito: CERTO.
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a) Motivação que a fundamenta
b) Povo
c) Parlamento
d) Diário Oficial
e) Lei
Comentários:
De novo?! Fala sério. A fonte primordial do Direito Administrativo é a lei,
daí a correção da alternativa E.
Gabarito: item E.
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Outro exemplo: em 2008, o FULANO DE TAL pagou R$15.000,00 de
Imposto de Renda, logo, no ano de 2009, não haverá necessidade de
novo pagamento de imposto? É isso mesmo? NÃO! Como a Lei é
abstrata, a cada novo fato gerador, haverá nova incidência, e, com ele, a
obrigação tributária correspondente.
Diante disso, pergunta-se: o edital de concurso público é genérico e
abstrato? Dotado de generalidade sim, mas, pelo fato de se esgotar com
uma única aplicação, não é dotado de abstração.
Já as leis em sentido material são todas aquelas editadas pelo Estado,
contando com os atributos de lei típica, ou seja, com generalidade,
abstração e obrigatoriedade (imperatividade), não importando se
editadas ou não pelo Poder Legislativo. Veja. Nesse caso, o que
importa é o conteúdo (a matéria).
Enquanto as leis formais são necessariamente editadas pelo Poder
Legislativo dentro do processo próprio de elaboração legislativa, as leis
materiais podem prescindir desse processo. Enquanto as leis
formais possuem ou não conteúdo de lei, oportunidade que também
poderão acumular o sentido material (leis formais e materiais), as
leis materiais necessariamente detêm os qualificativos de uma lei,
podendo ser exclusivamente materiais, enfim, sequer ter passado pelo
órgão legislativo.
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Crimes Hediondos. É Lei editada pelo Legislativo, enfim, lei em sentido
formal, dotada de generalidade e abstração. Portanto, a generalidade
não é um traço de distinção, regra geral.
Item B – CORRETO. Para se concluir que esta é a resposta correta,
deve-se levar em consideração a regra, quer dizer, leis em sentido
formal têm o atributo da ORIGINARIEDADE (novidade); são as
NORMAS PRIMÁRIAS, embora nem sempre sejam genéricas e abstratas
(nesse caso, são chamadas de leis em sentido exclusivamente
formal); já as leis em sentido material (reconhecidas como atos
SECUNDÁRIOS) não passam pelo crivo do órgão legislativo, apesar de
contarem com os atributos da generalidade e da abstração. É o que a
doutrina reconhece como leis em sentido exclusivamente material.
Por exemplo, os decretos regulamentares são genéricos e abstratos,
porém, NÃO INOVAM.
A presente questão serve para fixação do entendimento da banca, não
quer dizer que sua formulação esteja impecável, mas, ao cair em prova,
transforma-se em verdade absoluta, é o norte a ser seguido.
Macetinho de prova: se a competência para a edição do ato é típica
do órgão, o ato é FORMAL; se a competência for atípica, teremos um
ato MATERIAL. Por exemplo:
- a lei ordinária é competência típica ou atípica do Poder Legislativo?
Típica, logo, temos uma lei em sentido formal;
- a medida provisória é competência típica ou atípica do Poder
Executivo? Atípica, logo, estamos diante de lei em sentido material;
- o ato administrativo editado pelo Poder Executivo decorre de
competência típica ou atípica? Típica, logo, ato administrativo formal;
- o ato administrativo editado pelo Poder Legislativo, competência
típica ou atípica? Atípica, logo, ato administrativo em sentido
material;
- a sentença editada pelo Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade, é função típica ou atípica? Atípica, logo, estamos
diante de uma sentença em sentido material.
Item C – INCORRETO. As leis formais e as materiais são
dotadas de imperatividade, por isso, não temos aí um traço distintivo.
Item D – INCORRETO. As leis em sentido material detêm
abstração, já as normas formais podem ou não ter a abstração,
assim, nem sempre a abstração será um traço distintivo.
Item E – INCORRETO. As normas, sejam primárias, sejam
secundárias gozam de normatividade.
Gabarito: item B.
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29) (1999/Esaf – AGU) O decreto, com função normativa, não
tem o seguinte atributo:
a) Novidade
b) Privativo do Chefe do Poder Executivo
c) Generalidade
d) Abstração
e) Obrigatoriedade
Comentários:
Que tal agora uma questão de fixação? Será que o amigo entendeu
mesmo a distinção entre as leis formais e as materiais?
No quesito anterior, tratamos da distinção entre as leis em sentido
material e formal. A título de reforço, lembramos que os Decretos
Regulamentares são atos dotados de generalidade e de abstração,
porém, não pode o Chefe do Executivo com sua expedição criar direitos
e obrigações (inc. IV do art. 84 da CF/1988).
De outra forma, tais atos normativos têm como limite (teto) o comando
legal, não podendo ser originários, INOVAREM. Inclusive, ao
ultrapassarem o comando legal, o texto constitucional (inc. V do art. 49)
dispõe competir exclusivamente ao Congresso Nacional sustá-los.
Gabarito: item A.
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Item B – INCORRETO. Regimentos Internos dos órgãos
administrativos?! São atos secundários, logo não podem ser
considerados como fontes primárias, mas sim secundárias.
Item C – CORRETO. Exatamente como estudamos. A jurisprudência
não tem o condão de vincular a Administração Pública (de regra).
Item D – INCORRETO. É um tipo de questão que “matamos” por
eliminação. Percebam que a redação do item “C” é o reverso do item “D”,
logo, a resposta só poderia ser um dos dois quesitos.
Sabemos que não é aplicável a força dos precedentes judiciais
dentro do ordenamento brasileiro, diferentemente do que ocorre com
o sistema norte-americano, assim está incorreto afirmar que a decisão
judicial superior vincula as instâncias inferiores (como regra).
Item E – INCORRETO. Os costumes são fontes secundárias e não
escritas. Além disso, entre a lei e os costumes, prevalecerá a lei, afinal
os costumes não podem ser usados contra a lei, SEMPRE segundo a lei
(secundum legem).
Gabarito: item C.
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Em síntese: tanto as praxes como os costumes não podem ser
reconhecidos como fontes formais do Direito Administrativo.
Gabarito: CERTO.
==0==
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VOCÊ ESTÁ FERA DE VERDADE? ENTÃO PROVE!
Questão 1: CESPE - AJ TRE MS/TRE MS/Judiciária/2013 - Em relação ao
objeto e às fontes do direito administrativo, assinale a opção correta.
a) O Poder Executivo exerce, além da função administrativa, a
denominada função política de governo — como, por exemplo, a
elaboração de políticas públicas, que também constituem objeto de
estudo do direito administrativo.
b) As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga omnes
são consideradas fontes secundárias de direito administrativo, e não
fontes principais.
c) São exemplos de manifestação do princípio da especialidade o exercício
do poder de polícia e as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos
administrativos.
d) Decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público a
necessidade de realizar concurso público para admissão de pessoal
permanente e as restrições impostas à alienação de bens públicos.
e) Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público significa
o mesmo que dizer que seu objeto está restrito a relações jurídicas
regidas pelo direito público.
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d) O princípio da indisponibilidade do interesse público, voltado ao
administrado, diz respeito à impossibilidade de alienação do bem público
quando o particular lhe detiver a posse.
e) De acordo com a doutrina majoritária, não existe exclusividade no
exercício das funções pelos poderes da República. Assim, o Poder
Executivo exerce função jurisdicional quando julga seus agentes por
irregularidades cometidas no exercício do cargo.
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Questão 8: FGV - AP (SEJAP MA)/SEJAP/2013 - A doutrina
administrativista aponta a existência de uma diferença entre a função de
governo e a função administrativa.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretos.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretos.
d) se somente a afirmativa II estiver correta.
e) se somente a afirmativa III estiver correta.
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c) O direito administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre
servidores e entre estes e os órgãos da administração, ao passo que o
direito privado regula a relação entre os órgãos e a sociedade.
d) A indisponibilidade do interesse público, princípio voltado ao
administrado, traduz-se pela impossibilidade de alienação ou penhora de
um bem público cuja posse detenha o particular.
e) Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os
próprios sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado.
Gabarito
1) D 2) C 3) A 4) Certo 5) Certo 6) Certo 7) B 8) A 9) Certo 10)
Errado 11) Certo 12) Certo 13) E 14) Errado
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1: CESPE - AJ TRE MS/TRE MS/Judiciária/2013 - Em relação ao
objeto e às fontes do direito administrativo, assinale a opção correta.
a) O Poder Executivo exerce, além da função administrativa, a
denominada função política de governo — como, por exemplo, a
elaboração de políticas públicas, que também constituem objeto de
estudo do direito administrativo.
b) As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga omnes
são consideradas fontes secundárias de direito administrativo, e não
fontes principais.
c) São exemplos de manifestação do princípio da especialidade o exercício
do poder de polícia e as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos
administrativos.
d) Decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público a
necessidade de realizar concurso público para admissão de pessoal
permanente e as restrições impostas à alienação de bens públicos.
e) Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público significa
o mesmo que dizer que seu objeto está restrito a relações jurídicas
regidas pelo direito público.
Comentários:
A resposta é letra D.
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da Administração Indireta. É uma decorrência, perceba, do princípio da
eficiência. Retira-se da periferia certas atribuições e repassam-se às
pessoas jurídicas, conferindo-se, assim, maior especialidade.
Comentários:
A resposta é letra C.
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administrativa. E em apenas uma acepção pode o Estado ser considerado
atividade governamental.
Comentários:
A resposta é letra A.
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Critério Objetivo
Formal
Poderes da Material
(regime
República (Conteúdo em si)
jurídico)
Produção de atos Produção de atos
Poder Executivo com efeitos complementares
concretos às leis
Produção de atos
Poder Legislativo NOVIDADE
gerais e abstratos
Resolução de
Poder Judiciário DEFINITIVIDADE
litígios
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editados pelas Casas Legislativas, tenham ou não generalidade ou de
abstração. Por exemplo: uma lei de concessão de pensão aos pais de
determinado militar falecido, por exemplo, não possui os atributos da
generalidade e da abstração. Com outras palavras, tem a forma de lei,
mas o conteúdo não é necessariamente de lei, constituindo no que a
doutrina reconhece como leis com efeitos concretos.
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ensinado em meus cursos, o Poder Executivo não exerce função
jurisdicional. Abaixo, transcrevo o entendimento do autor José dos Santos
Carvalho Filho, acompanhado pela ilustre organizadora:
Comentários:
Administração Pública
Sentido
AMPLO RESTRITO
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Subjetivo,
Órgãos Governamentais Apenas órgãos
Orgânico e
e Administrativos administrativos
Formal
Objetivo,
Funções políticas e Apenas funções
Material ou
administrativas administrativas
Funcional
Comentários:
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“proibido entrada com veículos automotores”. De acordo com o
critério exegético (legalista), a solução seria de se admitir a entrada com
cobras (são répteis) e baleias (são mamíferos, mas não são cães) e a de
não autorizar a entrada da ambulância, a fim de socorrer pessoas dentro
do Parque, por exemplo. Porém, nos dias atuais, isso não seria possível,
tendo, por exemplo, o princípio da razoabilidade.
Comentários:
I) lei;
II)jurisprudência;
III) doutrina;
IV) costumes;
V) princípios.
Por fim, esclareço que a lei costuma ser corretamente indicada como
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fonte escrita e primária para o Direito Administrativo. Porém, é necessário
registrar que a expressão “primária” é aplicável para os veículos
normativos aptos a criar e extinguir direitos e obrigações. Incluem-se, na
espécie, a Constituição Federal e as leis em sentido estrito, como, por
exemplo, leis complementares e ordinárias (art. 59 da CF, de 1988).
Comentários:
A resposta é letra B.
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III. A expressão administração pública, quando tomada em sentido
amplo, engloba as funções administrativas e as funções de governo.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretos.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretos.
d) se somente a afirmativa II estiver correta.
e) se somente a afirmativa III estiver correta.
Comentários:
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I) lei;
II) jurisprudência;
III) doutrina;
IV) costumes;
V) princípios.
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Note que o examinador não enumerou os princípios dentre as PRINCIPAIS
fontes do Direito Administrativo. Mas não há problema nisso. Há quem da
doutrina defenda exatamente essa tese. O item, então, está certo.
Comentários:
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d) A indisponibilidade do interesse público, princípio voltado ao
administrado, traduz-se pela impossibilidade de alienação ou penhora de
um bem público cuja posse detenha o particular.
e) Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os
próprios sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado.
Comentários:
A resposta é letra E.
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Na letra D, a indisponibilidade do interesse público é um inibidor da
atuação do administrador, afinal não é livre para fazer ou deixar de fazer
qualquer coisa, a não ser que admitida em lei. Ademais, embora os bens
públicos sejam, de fato, impenhoráveis, podem ser objeto de alienação,
nos termos da Lei 8.666/1993.
Quadripartição de Poderes?!
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“RESUMINHO” DO ENCONTRO
Elementos constitutivos
Povo: elemento humano, base demográfica. Traduz a ideia de
cidadão.
Território: limites do Estado, base geográfica.
Governo soberano: elemento condutor, responsável pela
organização do Estado.
Finalidade: são os objetivos de interesse público a serem
perseguidos pelo Estado.
Figuras jurídicas
União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios:
entes políticos/federados integrantes da Federação. Pessoas
jurídicas de Direito Público interno.
Territórios: detêm competências exclusivamente
administrativas, não sendo considerados entes federados.
Doutrinariamente, são definidos como autarquias da União
(autarquias territoriais).
Estado: conceito,
elementos e
Estado brasileiro - Forma de Estado: Federalismo
classificações.
Conceito relativo à distribuição interna de poder por diferentes
centros políticos.
Pessoas políticas: entes da Federação que possuem capacidade
de tríplice autonomia (autogoverno, autoadministração e auto-
organização).
Entidades da Administração Indireta: autarquias, associações
públicas, fundações públicas, sociedades de economia mista e
empresas públicas são pessoas jurídicas exclusivamente
administrativas.
Estado Democrático
Compromisso formal de evolução para a ideia de Constituição
Dirigente, preocupada com os direitos de 1ª geração (civis e
políticos) e 2ª geração (sociais).
Estado de Direito
Estado cria as leis (normas) para que a todos sejam impostas,
inclusive a si mesmo (rule of law).
Origens históricas do Principais funções do Estado – tripartição de Poderes
Direito Administrativo: Cada Poder, embora possuindo suas funções normais, também
conceito, objeto e fontes desempenha materialmente funções pertencentes a Poder diverso,
do Direito desde que autorizado pela Constituição Federal. No entanto, ao
Administrativo. Poder Executivo não é dado o exercício da atividade jurisdicional
com força de definitividade - conceito material de jurisdição
(princípio da inafastabilidade de jurisdição).
Legislar: função típica do Poder Legislativo (criação de direito
novo).
Administrar: função típica do Poder Executivo. Utiliza a norma
jurídica criada para dar atendimento às demandas concretas da
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coletividade.
Julgar: função típica do Poder Judiciário. Aplica o Direito aos
casos conflituosos, solucionando-os em definitivo.
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contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV,
da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo;
Há doutrinadores que defendem ser o juízo arbitral (a
arbitragem) e o habeas data formas de esgotamento prévio
ou de condição de acesso ao Judiciário.
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própria função administrativa, exercida predominantemente pelo
Poder Executivo. Alcança as atividades-meio (introversas ou
instrumentais) e as seguintes atividades finalísticas (extroversas):
fomento: refere-se à atividade administrativa de incentivo à
iniciativa privada de utilidade ou interesse público, tais como
o financiamento em condições especiais, as desapropriações
que beneficiem entidades privadas desprovidas do intuito do
lucro e que executem atividades úteis à coletividade.
polícia administrativa: abrange as atividades
administrativas restritivas ao exercício de direitos individuais,
tendo em vista o interesse de toda coletividade ou do Estado.
Não se trata, aqui, das polícias civil, federal e militar, que são
órgãos da Administração Pública, e, por consequência,
compõem a Administração Pública, mas no sentido subjetivo
(ainda que exerçam atividades de polícia administrativa).
serviço público: diz respeito às atividades executadas direta
ou indiretamente pela Administração Pública e em regime
predominantemente de direito público, em atendimento às
necessidades coletivas.
intervenção: entendida como a regulamentação e
fiscalização da atividade econômica de natureza privada (art.
174 da CF/1988), bem como a atuação do Estado diretamente
na ordem econômica (art. 173 da CF/1988). Como regra, essa
atuação dá-se por intermédio de empresas públicas e de
sociedades de economia mista, instituídas e mantidas pelo
Estado. Pode ser dar nas modalidades indireta - realizada em
atividade tipicamente regulatória, marcada
predominantemente por normas de Direito Público - ou direta
- efetua-se por entidades empresariais do Estado, em
concorrência com outras empresas do setor, e regidas
predominantemente por normas de Direito Privado.
O sentido objetivo da administração pública pode ser material ou
formal.
Material: são levados em consideração os elementos intrínsecos
das funções dos Poderes, nessa ordem:
Legislativo: responsável pela edição de leis, essas dotadas
de generalidade e de abstração (elementos intrínsecos);
Judiciário: definição de litígios, pacificando-os (elemento
intrínseco – resolução dos litígios);
Executivo: cabe-lhe a satisfação dos interesses coletivos.
Formal: as funções do Estado são determinadas pelas
características essenciais, típicas, pelo tratamento normativo que
lhe corresponda, nessa ordem:
Legislativo: as leis são originárias, contam com o atributo da
novidade;
Judiciário: a resolução dos litígios é dotada de definitividade;
Executivo: a atividade administrativa caracterizar-se-ia por
se desenvolver em razão de comandos infralegais, e, em
alguns excepcionais, infraconstitucionais.
Função administrativa: função que o Estado, ou aquele que lhe
faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes
hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se
caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante
comportamentos infralegais ou, excepcionalmente,
infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de
legalidade pelo Poder Judiciário (Celso Antônio Bandeira de
Mello).
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pelo Estado que digam respeito, de alguma maneira, à atividade
administrativa. A Constituição Federal, as leis complementares,
ordinárias, delegadas, as medidas provisórias e outras normas
com força de lei, como tratados internacionais, são fontes escritas
primárias. Regulamentos, resoluções, regimentos e instruções –
normas infralegais são fontes escritas secundárias.
Jurisprudência: fonte não escrita, resume-se no conjunto de
decisões judiciais ou administrativas reiteradas num mesmo
sentido, a respeito de uma matéria. Não se considera
jurisprudência uma decisão judicial isolada. No Brasil, a
jurisprudência não possui, de regra, força vinculante, mas
sim força moral.
Doutrina: fonte escrita e mediata (secundária), significa o
conjunto dos trabalhos dos estudiosos a respeito do Direito
Administrativo, ou seja, os livros, os artigos, os pareceres,
elaborados por estudiosos desse ramo jurídico. A doutrina não
gera direitos para os particulares; logo, opiniões doutrinárias que
sejam desconexas com as leis não podem ser consideradas como
fontes para o Direito Administrativo. Entre as leis e a doutrina
deve prevalecer o conteúdo das leis. No entanto, a doutrina
contrária às leis pode servir para clarear a ideia do legislador no
caminho de aperfeiçoamento das leis.
Costumes: são os comportamentos reiterados e tidos por
obrigatórios pela consciência popular. No que diz respeito ao
Direito Administrativo, o costume é de pouca relevância, tendo
em vista a ênfase na aplicabilidade do princípio da legalidade. Os
costumes – fontes não escritas e não organizadas - são aplicados
quando da deficiência da legislação, sempre segundo a lei
(secundum legem) ou para o preenchimento de vácuo legislativo
(praeter legem), mas nunca contra a lei (contra legem).
Princípios: são os vetores fundamentais que inspiram todo o
modo de a Administração se conduzir. São de natureza pré-
normativa, ou seja, preexistem, inclusive, à produção das leis, e,
bem por isso, contam com a função normogenética (colaboram
para a formação das leis).
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