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LECTIVO DE 2005/2006
Os 2ºs anos, constituídos por quatro turmas da esc. do Alto Rodes, cuja
planificação foi definida segundo o critério de dar sequência ao trabalho iniciado no ano
lectivo anterior, foram organizados do seguinte modo: às duas turmas do núcleo da
manhã foi atribuído o trabalho de aprofundamento da consciência rítmica ao nível da
música e da dança, através da construção e sistematização de uma orquestra dividida em
três naipes (rítmico com instrumentos de percussão, melódico com xilofones Orff e
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vocal/coreográfico) funcionando sobre um motivo melódico muito simples baseado
num esquema pergunta-resposta, apoiado num modelo rítmico de origem africana, para
uma turma, e a aquisição da coreografia de uma dança de roda de origem israelita, para
a outra turma (o trabalho da 1ª turma não chegou a ser objecto de apresentação final
devido à ocorrência de compromissos académicos por parte do professor titular, que
tornaram impraticável o trabalho de repetição e ensaio indispensável a uma
apresentação minimamente satisfatória); para as duas turmas do núcleo da tarde foi
planeado o trabalho de performação de contos, iniciado no ano lectivo anterior e
integrado no projecto educativo do núcleo – Contos e recontos – dando expressão
performativa ao conto Os músicos de Bremen numa das turmas e Magia na floresta
tropical na outra, dando assim continuidade ao trabalho planificado relativamente ao
aproveitamento do potencial artístico e psico-motor do comportamento animal. O
suporte musical e a sonoplastia foram garantidos por uma orquestra de sons que
pontuavam com canções e imitação de vozes de animais e outros sons do ambiente e da
acção, a narração constituída pelo texto original do conto.
Relativamente ao 4º ano, o qual foi representado por duas turmas, uma de cada
escola, foi, no essencial, cumprido o plano para ela previsto. Uma vez que a turma do
Alto Rodes já tinha trabalhado, no ano anterior, uma actividade centrada na dança
educativa e a aplicação coreográfica, deu-se especial enfoque da expressão dramática no
maior número possível de variantes. Assim, a partir de uma peça espontaneamente
criada por um alunas (o que desde logo revela a iniciativa e o interesse por parte dos
alunos no que a esse género de actividades diz respeito) procedeu-se a um trabalho de
reescrita da trama original, adaptando cada uma à respectiva abordagem técnica,
nomeadamente a mímica, o teatro de fantoches e o teatro propriamente dito. As peças
foram então trabalhadas de forma rotativa, de modo a que todos os grupos
experimentassem todas as técnicas e finalmente apresentadas, cada uma, pelo grupo que
revelou melhor aptidão para cada uma das linguagens. Na turma da esc. de S. Luís, com
a qual o projecto esteve em contacto pela primeira vez, foi desenvolvido um trabalho
sobre dança educativa, no qual foram sucessivamente abordadas uma dança medievais
europeia, uma dança israelita e, por fim, uma dança árabe. Esta última acabou por servir
de suporte à apresentação final, a qual, de acordo com o projecto educativo da turma (de
natureza multicultural), deveria ter incluído também a dança israelita que acabou por
não fazer parte da performanca por uma questão de limitação do tempo de duração da
apresentação (6 minutos para cada turma numa apresentação em que tinham
obrigatoriamente que participar todas as turmas da escola). Para este tralho final
contámos com a colaboração da professora Rya, especialista em dança do ventre.
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Mais uma vez voltou a verificar-se que a opção pelo trabalho directo com turmas
do 1º Ciclo (maioritariamente de uma só escola) esgota as energias do projecto, a ponto
de, pelo segundo ano consecutivo, preterir o investimento no trabalho com jovens e na
produção de uma oferta performativa própria que permita, não só realizar os
pressupostos originais do projecto, como, através dele, mobilizar um maior leque de
graus de ensino e tocar um muito maior número de crianças.