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C APÍTULO 1

Introdução ao Crédito

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

� Conhecer os tipos de linhas de crédito.

Diferenciar os tipos de pessoas físicas e jurídicas.


Compreender as análises de crédito.


Realizar o cadastro de crédito, fazendo consultas e conceder limites de crédito



de acordo com o risco do cliente.
CRÉDITO E COBRANÇA

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Contextualização
As organizações estão inseridas em um mercado cada vez mais competitivo,
buscando esforços, permanentemente, para manter, conquistar e fidelizar seus
clientes. Nesse contexto, muitas operações buscam facilitar o fechamento de um
contrato de venda por meio de concessão de crédito. Tal método tem se tornado
um mecanismo estratégico utilizado pelas empresas como impulsionador de venda.

No entanto, nesse contexto, há um fator desafiador, que é conceder o crédito


diminuindo o máximo possível os prejuízos financeiros para a empresa com
uma futura inadimplência. O grande objetivo deste material é fornecer ao leitor
mecanismos para a concessão de crédito com um nível de segurança elevado e
com um baixo índice de inadimplência nas empresas ao qual estão inseridos.

Verificaremos a maneira de realizar a implantação de um cadastro de


clientes, os parâmetros e os critérios para a concessão de crédito e a forma de
realizar a cobrança aos clientes, com o objetivo de aumentar a receita e melhorar
o contato com o cliente.

Devemos ter em mente que o principal recurso para atingir os objetivos, tanto
para conceder o crédito quanto para seu recebimento, é o capital humano. Desta
forma, conhecer os procedimentos é essencial para que os colaboradores da
organização consigam desempenhar melhor suas funções.

Introdução ao Crédito
Diariamente, as organizações efetuam operações envolvendo entradas
e saídas de valores monetários. Independentemente se são micro, pequenas,
médias ou grandes empresas precisam criar estruturas, simples ou complexas,
para controlar as movimentações financeiras, os gastos, os investimentos, os
empréstimos, as aplicações e os pagamentos, ou seja, as origens e os destinos
desses recursos para que possam medir os resultados alcançados e definir as
melhores estratégias para que seu crescimento seja possível.

O setor responsável por essas movimentações em uma empresa é


denominado como Setor Financeiro e suas atribuições são geridas pela
Administração Financeira. Abordaremos a seguir a parte da Administração
Financeira responsável pelo controle de entradas e saídas de uma organização
por meio de vendas, independente da forma de pagamento.

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CRÉDITO E COBRANÇA

Figura 1 - Fluxo Diretoria Financeira

Contas a pagar

Diretoria
Contas a receber Contabilidade
Financeira

Fiscal

Fonte: O autor.

A formação da palavra Crédito tem origem da palavra “credere”, do latim, que


possui em seu significado “acreditar”, “confiar”; pressupondo que quem assumir
tal compromisso é confiável, e acredita-se que honrará àquilo firmado.

De acordo com os históricos econômicos, financeiros e políticos


de uma sociedade, os governos, os bancos e as empresas definem sua
forma de conceder crédito. Você confere a notícia em sua íntegra no
link <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/1933051-bancos-
veem-espaco-para-retomada-da-concessao-de-credito.shtml>.

“Os maiores bancos privados do Brasil têm a avaliação de que há espaço


para ampliar a concessão de crédito já no último trimestre de 2017 e prosseguir
em alta ao longo de 2018, após as taxas de inadimplência de julho a setembro de
2017 ficarem perto da estabilidade [...]” (FERNANDES, 2017, s.p.).

Diante disso, o crédito é uma das formas de impulsionar o consumo,


proporcionando crescimento, girando a roda da economia. A população consome
mais, movimentando diversos setores econômicos, seja ela industrial, comercial
ou de serviços.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

a) Linhas de Crédito

A partir do momento que uma organização coloca uma linha de crédito à


disposição de terceiros, o analista responsável por essa operação, que muitas
vezes recebe o nome de analista de crédito, possui sua promessa de quitação
das parcelas através de várias formas de pagamento, buscando sempre o
objetivo de quitar a dívida oriunda dessa concessão. No entanto, o analista
precisa estar ciente de que o mercado pode sofrer mudanças, fazendo com que a
dívida contraída não seja quitada, além de existirem empresas e pessoas com a
intenção de golpes financeiros através dessas concessões.

O analista de crédito busca sempre informações no mercado financeiro


para aumentar ou diminuir essa concessão, tanto no montante ofertado quanto
no número de pessoas ou empresas que podem se beneficiar com esse crédito.
Com tal informação, é possível verificar que os bancos se baseiam como um dos
indicadores, nos históricos do mercado para essa liberação.

Ao conceder o crédito, é importante que o responsável por essa análise


conheça a finalidade que será aplicada ao valor concedido, sabendo qual a real
necessidade do cliente. Por esse motivo, é fundamental estar ciente da situação
tanto financeira, quanto patrimonial, oferecendo assim uma linha de crédito que
seja compatível com o perfil, a necessidade e a capacidade de amortização/
pagamento do valor concedido.

Verificaremos a seguir alguns tipos de linhas de crédito ofertados no nosso


mercado financeiro.

• Linhas de Crédito Pessoas Físicas

As linhas de crédito pessoal no Brasil, geralmente, são oferecidas por


instituições bancárias ou por instituições financeiras que ofertam esse tipo de
produto para seus clientes. Atualmente, há uma variedade de tipos de linhas de
crédito que as pessoas físicas podem contratar, as mais populares compreendem:
Cartão de Crédito, Cheque Especial, Crédito Imobiliário, Leasing, entre outros.

O departamento responsável por essas concessões obedece algumas


etapas como: análise do cliente, análise cadastral, de idoneidade, financeira, de
relacionamento, patrimonial e sensibilidade. A partir dessa análise, há faixas de
clientes para que eles possam cumprir com suas obrigações.

Além das análises citadas, as instituições que ofertam crédito também


buscam informações em órgãos como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a
Centralização de Serviços bancários (Serasa).

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CRÉDITO E COBRANÇA

Após aprovado o cadastro e realizado as devidas análises, podem ser


ofertados produtos como:

­– Crédito Imobiliário: é o tipo de financiamento destinado à compra de um


imóvel, podendo ser novo ou usado, terreno ou edificação, comercial ou
residencial. O valor do crédito imobiliário também pode ter como destino
a construção, a reforma ou a compra de terrenos.

­– Cheque Especial: é um produto destinado ao limite de crédito predefinido


pela instituição financeira, um montante “extra” que pode ser utilizado
a qualquer momento. Esse valor é um contrato de empréstimo firmado
entre o banco e o cliente, em que os juros e os encargos serão cobrados
somente quando esse valor for utilizado.

–­ CDC - Crédito Direto ao Consumidor: é um tipo de produto ou linha


de crédito destinado para a aquisição de bens duráveis, como a compra
de um automóvel, eletrodomésticos ou até mesmo o financiamento de
algum curso. O contrato desse tipo de produto é realizado diretamente
no estabelecimento final, na qual este, por sua vez, realiza convênio com
bancos ou agências financeiras.

­– Crédito Pessoal: é um tipo de produto onde o seu valor pode ser


destinado a qualquer finalidade. O prazo para quitação, juros e encargos
são definidos no momento de sua contratação.

–­ Crédito Estudantil: este tipo de financiamento é destinado


exclusivamente para o pagamento de graduação, pós-graduação a nível
de especialização, mestrado ou doutorado. Muitas instituições privadas
oferecem tal financiamento, assim como o poder público através de
alguns programas, como o Fies.

–­ Cartão de Crédito: um dos produtos mais populares para a aquisição de


produtos ou serviços. Esse produto oferece ao consumidor o pagamento
à vista ou parcelado dentro de um limite estipulado pela operadora
do cartão. O consumidor pode pagar uma anuidade pela utilização
do cartão, e os juros em caso de atraso no pagamento da fatura, já o
estabelecimento paga uma taxa para oferecer o serviço.

­– Empréstimo Consignado: é o tipo de produto onde as parcelas


desse financiamento são descontadas diretamente da fonte de renda
do funcionário, ou seja, vêm descontadas de sua folha de pagamento,
holerite. Geralmente, sua taxa de juros é menor que muitos dos produtos
ofertados com a mesma facilidade.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

• Linhas de Crédito Pessoas Jurídicas

As instituições financeiras possuem produtos específicos para empresas, as


chamadas pessoas jurídicas. Estes produtos podem ser destinados à capital de giro, à
compra de produtos, à aquisição de bens e ao pagamento de fornecedores ou serviços
que venham necessitar. Tais produtos, geralmente, são quitados no curto e médio prazo,
tendo como objetivo proporcionar a liquidez da empresa tomadora do financiamento.

Verificaremos a seguir alguns exemplos desses produtos destinados a


pessoas jurídicas.

–­ Linha de Crédito Capital de Giro: é o tipo de produto que a instituição


financeira disponibiliza, por meio de empréstimo, um valor monetário
para suprir suas necessidades de capital de giro. Tal produto pode exigir
uma garantia de pagamento ou não.

–­ Investimento: é o tipo de produto que se destina a financiar ou a realizar a


manutenção da empresa, podendo ter a possibilidade de capital de giro atrelado.

–­ Leasing: a empresa pode financiar automóveis, máquinas, equipamentos,


porém, até a quitação do seu financiamento, este bem fica em nome da
instituição financeira que ofereceu o leasing e, no final, a empresa pode
escolher em ficar ou devolver o bem. Caso queira se apropriar do bem,
deve verificar se há algum valor residual para pagamento.

­– Desconto de Duplicatas ou Títulos: é o tipo de produto que as instituições


financeiras antecipam o pagamento de duplicatas ou títulos, disponibilizando
esse montante em sua conta corrente e cobrando os juros antecipadamente.
Caso o cliente não venha a pagar essa duplicata ou esse título, o valor é
descontado integralmente da conta corrente da empresa.

­– Cartão de Crédito: um dos produtos mais populares para a aquisição


de produtos ou serviços. Este produto possui as mesmas características
do oferecido às pessoas físicas e proporciona o pagamento à vista ou
parcelado dentro de um limite estipulado pela operadora do cartão. O
consumidor pode pagar uma anuidade pela utilização do cartão e os
juros em caso de atraso no pagamento da fatura, já o estabelecimento
paga uma taxa para oferecer o serviço.

­– Abertura de empresa: algumas instituições financeiras fomentam a


abertura de novas empresas. Para isso, oferecem uma linha de crédito
com juros atraentes para que o empreendedor possa usufruir para a
abertura de um novo negócio.

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CRÉDITO E COBRANÇA

­– Crédito Rural: é um produto disponibilizado aos produtores rurais


e cooperativas, que pode ser usufruído desde o plantio até a
comercialização do produto, com o objetivo de fomentar a produção rural
no país, fortalecendo esse setor da economia.

–­ Linha de Crédito Empreendedor Individual: é o tipo de produto


destinado a empreendedores de pequeno porte, a valores menores, para
que possa gerar mais lucro ao seu negócio.

– Linha de Crédito a Longo Prazo: é o tipo de produto que visa à


expansão do negócio. A empresa pode financiar entre 37 a 72 meses,
podendo variar, dependendo do ramo de atividade e proposta de
pagamento. Esse tipo de produto ainda pode oferecer carência para
início do pagamento de suas parcelas.

Análise De Crédito De Pessoa Física


Quando abordamos o quesito de análise de crédito, estamos tratando de um
processo que atribui valores a um conjunto de informações que visa emitir um
parecer sobre uma situação para a disponibilização de crédito, lembrando que,
ao realizar a análise, será possível a emissão de um parecer positivo ou negativo.
Essa análise pode ser realizada para pessoa física ou jurídica. Na análise de
crédito, é definido o risco envolvido na operação, ou seja, o risco que a instituição
financeira correrá ao oferecer tal crédito ao seu cliente.

Geralmente, essa análise é realizada utilizando uma tabela de critérios e


pontuação que sofrem variações de instituições para instituições e de empresas
para empresas. Através dessa análise, verifica-se a possibilidade desse cliente
ser ou não inadimplente. Baseando-se nessa análise, são definidos limites, linhas
de crédito, taxas de juros, prazos etc.

Figura 2 - Fluxo de Análise de Crédito

Análise Análise de Análise


Cadastral Idoneidade Financeira

Análise de Análise Análise de


Sustentabilidade Patrimonial Relacionamento

Fonte: O autor.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

É através da análise que se verifica os riscos de conceder


crédito, portanto, deve-se realizar cada etapa com seriedade, para
diminuir os riscos para a instituição.

Como verificamos no esquema, há uma série de análises para a concessão


do crédito, cada uma com suas peculiaridades e informações. É importante que
cada processo seja realizado com a maior seriedade e imparcialidade, garantindo
ao fornecedor do crédito o menor risco possível. A seguir, verificaremos
detalhadamente alguns itens para cada tipo de análise.

a) Elaboração do Cadastro

Antigamente, o meio de venda era por meio de parcelamento, em que grande


parte das empresas possuía seu crediário próprio, hoje, as empresas que utilizam
da venda a prazo priorizam o parcelamento através do cartão de crédito, muitas
vezes, para não perder share de mercado. Entretanto, ainda existem empresas
que, por não trabalhar com cartões, oferecem seu próprio crediário, portanto, criar
um cadastro de cliente que possa trazer segurança e confiabilidade à operação é
imprescindível. Para criar tal cadastro, são necessários alguns itens, como:

Share de mercado significa participação, quota, fatia, e é um termo


que vem do inglês. Share é muito utilizado em pesquisas e entrevistas,
para medir o quanto determinada empresa tem de vantagem sobre a
outra, sendo uma ferramenta essencial para cada organização.

Fonte: Disponível em: <https://www.significados.com.br/share/>.


Acesso em: 25 jan. 2018.

• Nome

Por mais óbvio que seja, o nome do cliente que será cadastrado deve ser
exatamente igual ao que consta em algum documento oficial: CPF, Carteira
Nacional de Habilitação, Identidade e Carteira de Trabalho.

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CRÉDITO E COBRANÇA

• Endereço

O endereço fornecido pelo tomador do crédito deve ser comprovado através


de contas de consumo em seu nome, de preferência, conta de energia, água,
esgoto, telefone e correspondências bancárias. É recomendado, quando são
correspondências de terceiros, seja cônjuge ou pais, que não ultrapasse 60 dias
da data de emissão.

• CPF - Cadastro de Pessoas Físicas

O Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) é um documento nacional gerido pela


Secretaria da Receita Federal do Brasil. Nele constam as informações cadastrais
do contribuinte obrigados à inscrição no CPF, ou de cidadãos que se inscrevam
voluntariamente.

Recomenda-se que as empresas ofereçam crédito somente a pessoas que


não possuem irregularidades no CPF.

Quando é realizada uma consulta junto à Receita Federal do Brasil, o


responsável pela análise de crédito deve observar a situação cadastral que o
cliente se encontra, podendo ser:

Regular: quando não houver inconsistência cadastral e não constar


omissão de Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).

Pendente de regularização: quando houver omissão de DIRPF,


ou seja, quando a pessoa estava obrigada a preencher a declaração
de Imposto de Renda em algum ano, mas não o fez.

Suspensa: quando houver inconsistência cadastral. As


inconsistências cadastrais mais comuns no CPF ocorrem no nome
do contribuinte, na data de nascimento, no nome da mãe e no Título
Eleitoral.

Cancelada por multiplicidade: quando houver mais de uma


inscrição no CPF para a mesma pessoa. Essa situação ocorre com
mais frequência entre as pessoas que perderam ou tiveram seus
documentos roubados.

Cancelada por óbito sem espólio: quando a pessoa falecida


não deixou bens a serem partilhados.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Cancelada por encerramento de espólio: quando a pessoa


falecida deixou bens a serem partilhados e o inventariante já
apresentou a Declaração Final de Espólio (DFE).

Nula: quando houver constatação de fraude na inscrição do


CPF.

Fonte: Disponível em: <https://www.guiadareceitafederal.com.br/como-


consultar-a-situacao-do-cpf-na-receita-federal/>. Acesso em: 8 jan. 2018.

É possível também verificar a região que o contribuinte foi cadastrado junto


ao CPF pelo nono algarismo do número do CPF, que indica qual estado pertence
o CPF conforme apresentamos a seguir:

0 Rio Grande do Sul.


1 Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
2 Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
3 Ceará, Maranhão e Piauí.
4 Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
5 Bahia e Sergipe.
6 Minas Gerais.
7 Espírito Santo e Rio de Janeiro.
8 São Paulo.
9 Paraná e Santa Catarina.

• Declaração de Imposto de Renda IR

A declaração de Imposto de Renda é um tipo de comprovante de renda


amplamente aceito em diversas situações. Nele há informações sobre toda a
renda declarada do ano anterior, bens que podem vir a servir como garantias.
Essas informações são essenciais para a análise de crédito. É importante deixar
a declaração de Imposto de Renda sempre de acordo com a realidade, pois a
instituição financeira pode solicitar informações atualizadas para complementar a
declaração.

• Rendimentos

É imprescindível saber o valor da renda do cliente que possui interesse na


aquisição do crédito, é através dessa informação que será possível definir qual o
valor do limite de crédito que poderá ser concedido.

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CRÉDITO E COBRANÇA

Há diversas formas de se comprovar os rendimentos, o cliente pode


apresentar seu holerite através do vínculo empregatício, pela CLT, aposentadoria,
pensão, pró-labore, aluguéis etc. Lembrando que para cada tipo de comprovação,
deve-se verificar o comprovante que se adéqua a cada situação. Ao solicitar essa
comprovação, é possível que o responsável pela análise entre em contato com a
fonte pagadora, garantindo a veracidade da comprovação.

• Referências Comerciais

As referências comerciais dizem respeito a outras empresas ou instituições


que o cliente realiza compras com frequência. No momento em que é realizado tais
consultas a informações sobre os clientes, é interessante focar na pontualidade de
pagamento das parcelas, o montante das compras, a periodicidade, entre outras
informações que podem ser necessárias para o cadastro.

• Referências Pessoais

As referências pessoais dizem respeito a pessoas que possam vir a


disponibilizar informações sobre o cliente, confirmando sua localidade, vínculo de
parentesco, entre outras.

• Referências Bancárias

Quando tratamos de referências bancárias, estamos nos referindo às


instituições financeiras ao qual o cliente possui algum tipo de relacionamento.
Quando é realizado esse tipo de consulta, geralmente é apenas confirmado se o
cliente também é cliente da instituição bancária e se é possível informar a quanto
tempo, isso porque a legislação prevê o sigilo bancário, o qual não pode ser
quebrado, salvo judicialmente.

• Análise de Idoneidade

A análise de idoneidade refere-se ao levantamento de informações referente


ao grau de pagamento e conduta dos clientes no mercado financeiro. Essa análise
é realizada através de consultas, verificando informações internas, e a órgãos de
proteção ao crédito, como SPC, Serasa, entre outros.

Esses clientes são classificados de acordo com seu comportamento, assim


disposto:

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Figura 3 - Classificação Idoneidade do Cliente

Sem Restrição Nada que desabone

Apontamentos que não impedem a


concessão de crédito, todavia devem ser
Alertas
avaliados e acompanhados. Exemplo:
cheque devolvido pela alínea 11

Há informações que desabonam,


representadas por registros de atrasos,
Restritivos
renegociações e transações liquidadas
em prejuízos e nível de risco

Apontamentos que impedem a


concessão de crédito, por motivo legal ou
Impeditivos
normativa. Exemplo: bloqueio de bens,
falência, protestos etc.

Fonte: Adaptado de Santos (2003).

Os analistas de crédito afirmam que as despesas do cliente com despesas


onerosas não devem ultrapassar o percentual de 20 a 30% de sua renda, mas,
geralmente, a maioria dos clientes comprometem 70 a 80% de sua renda, realizado
com sua manutenção básica. Portanto, foi criado o Índice de Comprometimento de
Renda com Despesas Onerosas - ICRDO. Esse índice é calculado da seguinte forma:

ICRDO= Somatório das prestações onerosas mensais


Valor da renda mensal líquida

c) Consulta de Informações (órgãos de informações e referências)

Após a coleta das informações do cliente, deve-se realizar a etapa para


conceder o crédito a esse cliente, ou seja, chegamos ao momento de checar as
informações. Essa checagem consiste em verificar se esse cliente possui algum
processo judicial ou algum problema com o governo, porém essa checagem não
se dá através de órgãos de proteção ao crédito.

Os órgãos de proteção ao crédito possuem um cadastro que inclui


informações de pessoas inadimplentes, assim, se o cliente possui algum tipo de
processo jurídico ou com o governo, as chances de o cliente não quitar sua dívida
com o estabelecimento aumentam.

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CRÉDITO E COBRANÇA

Um dos órgãos de proteção ao crédito mais popular é o SPC, sua sigla


significa Serviço de Proteção ao Crédito. Esse órgão concatena informações de
caráter público, buscando a disponibilização de informações seguras para que o
empresário possa analisar com cautela a concessão de crédito.

Outro órgão possível de consulta é formado pela Câmara de Dirigentes


Lojistas, que são formadas por entidades privadas, possuindo a intermediação
da Rede Renic (Rede Nacional de Informações Comerciais), que colabora com a
disponibilização de informações ao SPC abrangendo todos os estados do país.

O Serasa é considerado a maior empresa da área de análise de crédito da


América Latina. O órgão possui o maior banco de dados do mundo e seu principal
objetivo é a prestação de serviços de interesse geral. Seu banco de dados é
composto por dados cadastrais de empresas e cidadãos referente a dívidas vencidas
e não liquidadas, ações judiciais, cheques devolvidos pela alínea 12, protestos de
títulos e informações de origem do poder público. Os registros das dívidas são
originados dos fornecedores/credores que indicam os dados do devedor.

As organizações e as empresas que possuem convênio com o Serasa


podem realizar suas consultas por meio da internet, porém nada as impede de
realizar a consulta por telefone. Quando as empresas fazem uso do meio virtual,
elas utilizam seu login e senha, que dão acesso ao banco de consultas do órgão.

d) Prevenção a Fraudes

É quase impossível eliminar o risco de fraude em quaisquer meios devido à


alta tecnologia que é disponibilizada a toda sociedade, porém é possível diminuir
esse risco utilizando um processo robusto de prevenção.

Para compreendermos melhor esse processo, exemplificaremos um ato


muito comum, que é a apropriação de uma identidade de outra pessoa, esse
golpe é muito utilizado, pois alguém se apropria de informações de outra pessoa,
como CPF, identidade, números de cartões de débito ou crédito, senhas, entre
outros dados, com o intuito de cometer um ato fraudulento e lesar o fornecedor
de crédito. Com esses dados, a pessoa com interesse em fraudar uma concessão
de crédito, realiza a compra ou aquisição de empréstimos, lesando assim a
financiadora ou a empresa concessora de crédito.

Já as pessoas que são vítimas desse tipo de crime levam de meses a anos
para descobrirem que foram lesadas e comprovarem que não são responsáveis
por tal ato. Muitas vezes, essas pessoas precisam dispor de um valor monetário
para cobrir suas despesas com ações judiciais, comprovando que foram vítimas
de um crime do mercado financeiro.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

A tecnologia vem contribuindo para amenizar o número de fraudes causadas


pela apropriação indevida de dados de terceiros, trazendo eficiência e agilidade
no processo de consulta e identificação.

e) Credit Score - Sistemas de Crédito

O credit score é uma ferramenta que utiliza meios estatísticos para analisar se
o crédito será aprovado ou não ao cliente. Ele estabelece uma pontuação para cada
quesito, preestabelecido de acordo com as características do solicitante do crédito.

O intuito é estabelecer uma faixa de corte, ou pontuação máxima de risco


que a empresa está disposta a assumir ao conceder crédito. Portanto, aqueles
que sua pontuação ficar abaixo da pontuação de corte, terão seu crédito negado,
e os acima terão seu crédito aprovado.

Não podemos afirmar que esta seja uma técnica com garantia de 100%, há
possibilidades de que um mal pagador fique com sua pontuação acima da faixa
preestabelecida e tenha seu crédito aprovado, porém é uma maneira de se prevenir.

Geralmente, quanto maior a nota que o cliente conseguir com sua análise,
menor seria o risco de se conceder crédito a esse consumidor.

Segundo o ministro Sanseverino, o “credit scoring” originou-se no


EUA, a partir de um trabalho elaborado por David Durand, em 1941,
denominado “Risk Elements in Consumer Installment Financing”, em
que foi desenvolvida a técnica estatística para se distinguir os bons e
os maus empréstimos, atribuindo-se pesos diferentes para cada uma
das variáveis presentes.

A partir da década de 1960, esse sistema de pontuação de


crédito passou a ser amplamente utilizado nos EUA nas operações
de crédito ao consumidor, especialmente nas concessões de cartão
de crédito.

Fonte: Disponível em: <https://goo.gl/sF7NkT>. Acesso em: 2 jan. 2018.

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CRÉDITO E COBRANÇA

Verificaremos a seguir um exemplo de como realizar a pontuação para o tipo


de credit score.

Quadro 1 - Pontuação do cliente para o tipo de credit score


Características Pontos para resposta sim
É casado? 10
Possui carro próprio? 15
Possui casa própria? 7
Possui mais de 35 anos? 9
Reside há mais de 3 anos no mesmo endereço? 14
Possui referência bancária? 18
Possui telefone? 8
Possui menos de 3 filhos? 19

Fonte: O autor.

Depois de realizar a pontuação necessária, o analista de crédito realiza um


estudo para verificar em qual faixa se enquadra o cliente, liberando, assim, o
crédito ao cliente.

Lembrando que o modelo é apenas um exemplo, portanto, tanto as perguntas


quanto a pontuação atribuída variam de empresa para empresa e o tipo de
prestação de serviço.

Análise de Crédito Pessoa Jurídica


Geralmente, ao realizar uma venda para pessoa jurídica, ou seja, para
empresas, estamos tratando de um valor maior que os montantes destinados à
pessoa física, portanto, ao conceder crédito a empresas, o risco de inadimplência
também aumenta. Com o intuito de minimizar esse índice, em que as pessoas
jurídicas geralmente realizam suas compras a prazo, é necessário fazer o cadastro
para que seja realizada a análise de crédito. Para pessoas jurídicas, geralmente,
são realizadas algumas consultas e cadastro, tais como:

a) Elaboração do Cadastro

Da mesma forma que uma pessoa física necessita de uma certidão de


nascimento para retirar seus documentos, como identidade, CPF, entre outros,
as empresas necessitam de um NIRE (Número de Identificação do Registro da
Empresa). Para se obter esse número, é necessário a confecção de um Contrato
Social, Ficha de Cadastro Nacional e Registro na Junta Comercial.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

• Contrato Social

O Contrato Social é a certidão de nascimento da empresa, nele constam


informações dos sócios, as divisões de quotas e os valores investidos. Além disso,
o contrato social contém informações, como o ramo de atividade e o local em que
atua, para emissão de notas fiscais. Nele, temos:

NIRE: Número de Identificação do Registro de Estado junto à Junta Comercial.


Esse registro é obrigatório para que as empresas iniciem suas atividades. Feito
isso, conseguem o número do CNPJ.

CNPJ: o CNPJ deve ser o mesmo número que consta nos documentos da
empresa e pode ser consultado junto à Receita Federal e ao Sintegra.

Razão Social: nele indica se a sociedade é de Responsabilidade Limitada ou


Sociedade Anônima.

Qualificação dos sócios: verifica-se nome, idade, profissão, endereço,


estado civil, possível parentesco, documentos pessoais etc.

Endereço da empresa: deve ser verificado se o endereço está de acordo


com os demais documentos oficiais disponíveis nos meios de consulta como:
Sintegra, Cartão do CNPJ etc.

Ramo de atividade: o ramo de atividade deve ser pertinente àquilo que a


empresa pretende adquirir, ou seja, deve ter ligação.

Capital Social e distribuição entre os sócios: estas informações devem


ser idênticas ao que consta no Balanço Patrimonial da empresa.

Administradores da sociedade: é verificado quem é a pessoa responsável


pela administração da empresa, ou seja, quem está autorizado a assinar
legalmente pela empresa. Essa informação está contida no Contrato Social.

Tempo de duração e data de constituição da empresa: é importante medir


o tempo que a empresa está constituída no mercado e a possível perspectiva de
existência do negócio.

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CRÉDITO E COBRANÇA

Essas informações você pode consultar no site da junta


comercial do seu estado. Acesse: <http://www.jucesc.sc.gov.br/>.

• CNPJ - Cadastro Nacional Pessoa Jurídica

O CNPJ é um número de cadastro que identifica todas as empresas, ou seja, as


pessoas jurídicas e as pessoas equipadas (por exemplo, pessoas físicas que exploram
uma atividade com o intuito de obter lucro de forma individual). Essas empresas ou
pessoas são obrigadas a se inscreverem para exercer sua atividade formal.

Quando tratamos de pessoa jurídica, o número do CNPJ possui a mesma


finalidade que o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física) para pessoas
físicas. É o número onde a Receita Federal do Brasil administra os tributos.

As informações contidas no Cartão de CNPJ são: nome empresarial, data


de abertura, endereço, descrição da sua atividade econômica, natureza jurídica,
situação cadastral junto à Receita Federal e outras informações que a empresa
julgar necessária para elaborar o cadastro.

Lembramos que a situação cadastral da empresa deve ser ATIVA, indicando


que a empresa está apta a emitir Nota ou Cupom Fiscal.

O número do CNPJ é composto por um total de 14 algarismos


(00.000.000/0000-00), os primeiros oito algarismos chamamos de “raiz”, o que
identifica a organização, os quatro seguintes algarismos formam o que chamamos
de “sufixo”, que significa a unidade de atuação da empresa ou suas filiais e os
dois últimos algarismos indicam o “dígito verificador”.

Você pode consultar essas informações no site da receita.


Acesse: <www.receita.fazenda.gov.br>.

O modelo utilizado atualmente do cartão do CNPJ foi aprovado pela Instrução


Normativa RFB nº 1005, de 8 de fevereiro de 2010.

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Capítulo 1 Introdução ao Crédito

• Sintegra

Sintegra é a sigla do “Sistema Integrado de Informações sobre


Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços”. Trata-se, na
realidade, de um sistema de troca de informações sobre operações
de entrada e saída de mercadorias e prestações de serviços
realizadas entre as unidades da Federação e internas.

Fonte: Disponível em: <http://www.sintegra.ms.gov.br/o-


que-e-sintegra/>. Acesso em: 2 jan. 2018.

O propósito do Sintegra, por parte do contribuinte, é homogeneizar e


simplificar as obrigações de fornecimento de informações referentes às compras,
às vendas e às prestações de serviços interestaduais.

Já com relação ao fisco, o intuito é proporcionar maior rapidez e confiabilidade


nas informações trocadas entre os estados da confederação.

Por meio do estabelecido pelo Convênio Confaz 57/95 e atualizações


posteriores, todo contribuinte que faz uso de processamento eletrônico de dados
deve, obrigatoriamente, fornecer às Administrações Tributárias Estaduais por
meio magnético, validado, contendo as informações de suas movimentações
como venda, compra, aquisição e prestações que venham a ter praticado.

Logo, o sistema Sintegra tem o objetivo de colaborar com o acesso a


informações dos contribuintes relativos a tributos estaduais, ou seja, verificar a
situação da empresa que está solicitando o crédito junto ao seu estado.

Você pode consultar informações referente ao Sintegra no site:


<www.sintegra.gov.br>.

• Referências Comerciais

As referências comerciais possuem o intuito de colaborar com a instituição


fornecedora de crédito com a criação de um conceito sobre o perfil do cliente. Nele
é possível verificar seu comportamento junto aos seus fornecedores habituais.

27
CRÉDITO E COBRANÇA

Quando for analisar as informações comerciais, é importante que se atente


aos detalhes, como:

–­ Consulta do número do CNPJ.


­
– Pontualidade no pagamento de suas obrigações.
­
– O tempo que possui relacionamento com a empresa.
­
– Quando foi realizada a maior compra.
­
– Maior acúmulo.
­
– Acúmulo que possui no momento da consulta.
­
– Valor da maior compra.
­
– Data da última compra.
­
– Valor da última compra.
­
– Qual o conceito que a empresa possui do cliente.
­
– Razão social da empresa, nome de quem forneceu as informações e
data da consulta.

• Referências Bancárias

Quando tratamos das referências bancárias, queremos consultar quais as


instituições financeiras que o cliente solicitante do crédito possui relacionamento.
Quando é realizado esse tipo de consulta, geralmente é apenas confirmado se
o cliente também é cliente da instituição bancária e se é possível informar a
quanto tempo, isso porque a legislação prevê o sigilo bancário que não pode ser
quebrado, salvo judicialmente.

• Relação de Faturamento

A empresa que está solicitando o crédito junto à instituição financeira ou a


quaisquer outras organizações podem estar sujeitas a disponibilizar a relação de
faturamento. Geralmente, o analista solicita o histórico de faturamento dos últimos
12 meses da empresa, lembrando que essa declaração de faturamento deve ser
validada pelo contador da empresa. Essa informação colabora na verificação se o
cliente conseguirá quitar as prestações assumidas.

b) Consulta de Informações (órgãos de informações e referências)

Há empresas privadas disponíveis no mercado que possuem o intuito de


contribuir com o fornecimento de informações econômicas e financeiras sobre
as empresas. São especializadas nesse segmento, geralmente armazenam
e disponibilizam informações desse caráter, além de comerciais, cadastrais,
verificando o comportamento do possível cliente no mercado, assim, aqueles
que se associam a estas instituições podem obter informações rápidas para
concatenar seus negócios.

28
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Geralmente, a fonte destas informações são os cartórios e os tabelionatos,


as publicações oficiais, a rede bancária e também àqueles que se associam.
Logo, as informações disponíveis formam um relatório contendo:

–­ Dados relacionados a pessoas físicas e jurídicas.


­
– Filiais.
­
– Capital Social.
­
– Protestos.
­
– Cheques devolvidos.
­
– Ações de execução de cobrança.
­
– Ações de execução diversas referentes à pessoa física.
­
– Atrasos no pagamento de títulos.
­
– Processos de recuperação judicial.
­
– Processos de falência.
­
– Entre outras informações pertinentes no mercado financeiro.

Devido à grande abrangência que esse tipo de instituição consegue abranger,


é importante que o analista responsável por conceder o crédito tenha esse relatório
disponibilizado para realizar sua análise e verificar o deferimento ou não do crédito.

c) Certidões Negativas de Débito - CND

O documento que visa demonstrar que a empresa, pessoa ou objeto (imóvel,


terreno, carro etc.) não possui débitos junto aos órgãos públicos recebe o nome
de Certidão Negativa de Débito - CND. Esse documento é emitido pela Receita
Federal e busca comprovar que não há ações criminais ou civis referentes à
pessoa ou ao objeto consultado. Esse documento é válido por 180 dias. A seguir,
verificaremos os tipos de status que aparecem ao realizar a consulta:

­–­ Certidão Positiva: esse status nos informa que há pendências junto ao
órgão em que foi realizada a consulta.
­–­ Certidão Positiva com Efeito Negativo: informa que a pessoa possui
pendências, porém já deu entrada em sua regularização.
­–­ Certidão Negativa: que não possui pendências.

Você pode se perguntar: quais são as principais certidões que podem


comprovar a regularidade? São elas:

–­ Certidão Negativa de Débitos da Previdência Social.


­
– Certidão de Regularidade Estadual.
­
– Certidão de Regularidade Municipal.
­
– Certidão Conjunta de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Dívida
Ativa da União.

29
CRÉDITO E COBRANÇA

­– Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.


– Certidão de Regularidade com o FGTS (CRF).

Para a emissão da CND municipal ou estadual, é necessário


consultar o site do seu município ou estado. Já a CND Federal, é possível
através do site da receita. Acesse: <www.receita.fazenda.gov.br>.

d) Balanço Patrimonial e DRE - Demonstração do Resultado do


Exercício - Análise Básica

Dependendo da finalidade do crédito que está sendo pleiteado, é necessário


verificar o Balanço Patrimonial e o DRE (Demonstração do Resultado do
Exercício), através desses relatórios verifica-se a situação financeira e econômica
da empresa em um determinado período, analisando os índices de liquidez,
rentabilidade e endividamento, avaliando, assim, a situação da empresa no
momento da confecção destes documentos.

Quando se realiza esse tipo de análise, é verificando um conjunto mínimo de


indicadores financeiros, são eles:

– Índice de Liquidez Corrente: esse índice indica se a empresa possui


capacidade de cumprir seus compromissos financeiros de curto prazo,
ele é calculado da seguinte forma:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante


Passivo Circulante

– Índice de Liquidez Seca: indica a capacidade de cumprir suas


obrigações na possibilidade de a empresa não vender nada de seu
estoque, ele é calculado da seguinte forma:

Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoque


Passivo Circulante

30
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

– Índice de Liquidez Geral: analisa a capacidade de a empresa cumprir suas


obrigações de curto e longo prazo, seu cálculo se dá da seguinte forma:

Liquidez Geral = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

– Endividamento no Curto Prazo: indica a proporção de endividamento


da empresa no curto prazo, seu índice é calculado da seguinte forma:

Endividamento no Curto Prazo = Passivo Circulante


Ativo Total

– Endividamento no Longo Prazo: busca avaliar a proporção de


endividamento no longo prazo, seu índice é calculado da seguinte forma:

Endividamento no Longo Prazo = Passivo Exigível a Longo Prazo


Ativo Total

– Endividamento Geral: analisa o endividamento geral da empresa, seu


índice é calculado da seguinte forma:

Endividamento Geral = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo


Ativo Total

Exemplo Balanço Patrimonial e DRE:

31
CRÉDITO E COBRANÇA

Quadro 2 - Exemplo de Balanço Patrimonial e DRE


balanço patrimonial encerrado
20X1 20X2 20X1 20X2
ativo R$ R$ passivo R$ R$
ativo circulante 1.295.100,00 1.347.450,00 passivo circulante 1.450.500,00 1.138.780,00
disponibilidades 552.400,00 600.250,00 financiamentos 265.500,00 128.780,00
clientes 257.700,00 207.200,00 obrigações fiscais 85.000,00 90.000,00
títulos a receber 322.250,00 250.000,00 outras obrigações 1.100.000,00 920.000,00
( - ) provisão para devedores duvidosos -64.550,00 -42.800,00
outros créditos 340.000,00 340.000,00 passivo não circulante 1.150.000,00 1.050.000,00
estoques de mercadorias 50.000,00 120.000,00 empréstimos 800.000,00 750.000,00
despesas do exercício seguinte 95.000,00 80.000,00 debêntures 350.000,00 300.000,00
ativo não circulante 4.746.000,00 4.792.600,00
ativo realizável a longo prazo 200.000,00 222.000,00 patrimônio líquido 3.440.600,00 3.951.270,00
créditos e valores 200.000,00 222.000,00 capital social 2.440,000,00 2.400.000,00
investimentos 906.000,00 1.010.000,00 reservas de capital 350.000,00 350.000,00
participações em outras sociedades 750.000,00 850.000,00 reservas de lucros 690.600,00 1.201.270,00
outros investimentos permanentes 156.000,00 160.000,00
ativo imobilizado 3.640.000,00 3.560.600,00
máquinas e equipamentos 3.912.000,00 3.815.600,00
( - ) depreciação acumulada -272.000,00 -255.000,00
total do ativo 6.041.100,00 6.140.050,00 total do passivo + PL 6.041.100,00 6.140.050,00

demonstração do resultado do exercício


descrição 20X1 20X2
receita bruta de vendas de mercadorias, produtos e (ou) serviços 4.320.850,00 2.350.160,00
( - ) dedução da receita bruta -1.221.800,00 -543.700,00
vendas canceladas -788.000,00 -320.000,00
impostos e contribuições incidentes sobre vendas e serviços -4.233.800,00 -223.700,00
(=) receita líquida de vendas 3.099.050,00 1.806.460,00
( - ) custo das mercadorias ou produtos vendidos e (ou) serviços prestados -1.944.382,50 -935.840,00
(=) lucro bruto 1.154.667,50 870.620,00
( - ) despesas operacionais -459.900,00 -256.700,00
( - ) despesas com vendas -230.400,00 -125.500,00
( - ) despesas gerais e administrativas -150.800,00 -78.800,00
( - ) despesas financeiras líquidas -78.700,00 -52.400,00
(=) lucro operacional 694.767.50 613.920,00
(+) resultado positivo em participações societárias 180.000,00 100.000,00
(=) resultado período-base antes da contribuição social 874.767,50 713.920,00
( - ) contribuição social sobre o lucro -43.738,38 -34.850,00
(=) resultado período-base antes do IR 831.029,12 679.070,00
( - ) provisão para imposto de renda -208.900,00 -138.400,00
(=) lucro líquido do período-base antes das participações 622.129,12 540.670,00
( - ) participações de administradores -45.000,00 -30.000,00
(=) lucro líquido do exercício 577.129,12 510.670,00
( : ) número de ações 20.000,00 20.000,00
(=) lucro por ação (LPA) 0,03 0,03

Fonte: Disponível em: <http://rotadosconcursos.com.br/questoes-de-concursos/


contabilidade-privada-balanco-patrimonial-bp/385635>. Acesso em: 2 jan. 2018.

32
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Concessão de Crédito
Conceder o crédito é quando se disponibiliza o crédito a uma empresa ou
indivíduo. Esse valor monetário possibilita que a pessoa física ou jurídica tenha
acesso a bens ou serviços que não teriam acesso naquele momento ou teriam
que adiar sua aquisição. Como verificamos anteriormente, seu fornecimento pode
ocasionar o risco de o valor monetário não ser quitado, caso esse crédito seja
concedido ao mal pagador.

a) Limitação de Crédito

O limite de crédito tem a finalidade de propor um limite máximo que


será disponibilizado para o cliente poder fazer uso, através de empréstimos,
financiamentos, compras a prazo, em outras palavras, é o valor máximo que a
financiadora estará disposta a assumir o risco com determinado cliente.

Esse limite é definido somente após finalizar todas as etapas anteriores de


análise de crédito, a capacidade de pagamento e a checagem das informações
para o deferimento da concessão de crédito. Geralmente, é indicado que os
limites de crédito sejam reavaliados constantemente no prazo de 6 a 12 meses,
de acordo com a política da empresa. É possível classificar os clientes em três
grupos básicos, atribuindo parâmetros:

• O valor que será concedido de crédito ao cliente - estipulado pela política


de crédito da empresa.

• O valor que pode ser oferecido de crédito ao cliente - nele é definido a


capacidade máxima que a empresa pode conceder de crédito.

• O valor que o cliente merece de crédito - depende da análise do cliente e


das informações apresentadas por ele durante a análise de crédito.

b) Os 5 Cs do Crédito - Análise do Mercado

Para compreendermos melhor como é o processo da análise de crédito,


verificaremos como funciona o mercado de crédito através dos 5 Cs, que trata de
uma metodologia voltada para a análise desenvolvida por J. F. Weston.

Para essa análise, realizamos a checagem de cinco fatores iniciando com


a letra C, essa análise é muito importante durante o processo de concessão de
crédito. Os cinco Cs analisados são:

33
CRÉDITO E COBRANÇA

Figura 4 - Os 5 Cs

Caráter

Capital Capacidade
5 Cs do
Crédito

Colateral Condições

Fonte: O autor.

• Caráter: indica se o cliente possui a intenção de cumprir sua obrigação,


levando em consideração informações como a existência de restrições,
sua pontualidade de pagamento em outras obrigações, a honestidade e
a forma de honrar seus compromissos.

• Capacidade: analisa a capacidade do cliente de pagar os compromissos


assumidos, analisando sua vida profissional, seja como colaborador ou
empresário, sua estabilidade financeira e familiar.

• Condições: são analisadas as condições trabalhistas, as condições da


empresa atual na qual o cliente faz parte, o tempo de vínculo empregatício
ou o tempo de existência da empresa.

• Colateral: analisa o patrimônio do cliente, pois esses bens podem servir


como garantia na concessão do crédito.

• Capital: analisa a situação financeira do cliente, realizando a análise de


seus comprovantes de renda, declaração de Imposto de Renda, DRE e
Balanço Patrimonial.

34
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

Deve-se analisar em conjunto todos os itens, para que a concessão de


crédito tenha o intuito de diminuir o máximo de risco para a empresa.

e) Garantias das Operações - Riscos de Crédito

Quando tratamos de operações financeiras, está sempre implícito o risco


em suas operações, pois a promessa de pagamento pode ser descumprida por
fatores externos, portanto, em alguns casos, uma análise positiva profissional e
familiar do cliente pode ser insuficiente.

Os analistas de crédito e cobrança buscam se atualizar, pois devido à


concessão de crédito a um cliente que não possui potencial para honrar com os
pagamentos, corre o risco de aumentar o grau de inadimplência. Já para o risco
de crédito, é possível a avaliação utilizando três componentes:

–­ Risco default: está associado à probabilidade de ocorrer um default com


o cliente que está contratando o crédito em determinado período.

–­­ Risco de exposição: decorrente da incerteza do valor de crédito no


período default.

Risco de recuperação: incerteza do valor que poderá vir a ser


– ­
recuperado pela instituição financeira que concedeu o crédito no caso de
o cliente não cumprir suas obrigações.

Default é uma expressão da língua inglesa que significa falta, descuido,


negligência ou omissão. Na área jurídica significa revelia, ausência, falta de
comparecimento em juízo. Significa também falta de pagamento.

Default é o descumprimento de qualquer cláusula de um contrato


relacionada com o credor e o devedor. É o que caracteriza um “calote”.

Default é uma mudança unilateral realizada nas condições de


dívidas estabelecidas em contratos, com prazos, juros e garantias
definidas, realizados entre nações, de países com bancos ou outras
instituições financeiras. É também o descumprimento significativo em
uma dessas cláusulas contratuais.

Fonte: Disponível em: <https://www.significados.com.


br/default-1/>. Acesso em: 25 jan. 2018.

35
CRÉDITO E COBRANÇA

O processo de mensurar o risco ao conceder o crédito visa analisar o fluxo


de caixa caso o cliente não venha cumprir suas obrigações. O risco default é
considerado como a principal variável nessa análise, caso o cliente não venha
cumprir com o contrato de financiamento firmado. Para isso, as empresas
financiadoras podem exigir:

–­ Avalista: é quando uma pessoa física ou jurídica responde solidariamente


com o tomador do financiamento. É importante que quando uma pessoa
física ou jurídica seja avalista, seus bens não possuam quaisquer
ônus, podendo assim ser responsabilizado pela quitação dos valores,
garantindo o recebimento por parte da instituição financeira.

–­ Fiança: é uma garantia parcial ou total do valor contratado, geralmente


dado por uma garantia pessoal. Para esse tipo de garantia, mesmo que
o cliente esteja casado com separação total de bens, é necessário a
assinatura do cônjuge.

–­ Caução em aplicações financeiras ou renda fixa: esse tipo de garantia


é conhecido no mercado financeiro como garantia autoliquidável,
representando o menor risco aos credores a disponibilização do
crédito. Tal garantia se dá através de contrato ou aditivo de contrato de
financiamento.

­– Duplicatas: é a entrega à instituição financeira ou ao credor duplicatas


de caução para realização da contratação do financiamento.

–­ Alienação fiduciária: é quando o cliente transfere um bem, seja ele


móvel ou imóvel ao credor, garantindo o cumprimento do contrato.
Geralmente ocorre quando é adquirido um bem a crédito. Assim,
a instituição financeira fica com o próprio bem como garantia de
pagamento, impedindo o cliente de realizar quaisquer operações com
terceiros do bem até a quitação do financiamento.

–­ Penhor mercantil: operação que entrega ao credor bens imóveis, como


estoques prontos ou a ser concluídos.

–­ Hipoteca: é quando se vincula um bem que pelo Código Civil é


considerado imóvel para quitação da dívida, como imóveis, terrenos,
aviões, navios etc.

–­ Penhor de warrant e conhecimento de depósito: dizem respeito a


títulos de crédito emitidos por armazéns e autorizados e representados
por mercadorias depositadas nesses locais. Geralmente, esses títulos

36
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

são emitidos em conjuntos e a mercadoria somente poderá ser retirada


do depósito com a apresentação dos dois títulos. Para efeito de garantia,
há a necessidade de apresentação dos dois títulos endossados.

Conforme Lins (2013), o warrant corresponde a uma promessa de


pagamento de crédito, consubstanciada na garantia de penhor sobre
a mercadoria armazenada. Por sua vez, o conhecimento de depósito
pode ser definido como uma promessa de entrega da mercadoria
ao final do prazo previsto na cártula, atribuindo ao seu beneficiário a
condição de proprietário daquela, ainda que sem a posse dela.

Fonte: Disponível em: <https://goo.gl/9mp9vK>. Acesso em: 25 jan. 2018.

d) Renovação do cadastro e do crédito - prazo do cliente

É importante sempre manter atualizado o cadastro do cliente, bem como sua


renovação do limite de crédito ao cliente. Tanto o mercado quanto suas atribuições
financeiras são constantes, necessitando, assim, uma atualização periódica.

• Reativação do Cadastro

Quando um cliente ficar com o status de inativo e ele decidir voltar a fazer
movimentações com a empresa ou instituição, é necessário realizar todas as
etapas do cadastro do cliente, incluindo as informações cadastrais.

O tempo que o cliente fica inativo para a instituição é determinado pela política
interna da empresa, como o tempo mínimo para reativação do cadastro. Não é
aconselhável que um cliente que fique mais de seis meses sem movimentação
seja ativado sem a devida análise, ou seja, se ele ficou um período de seis meses
sem a realização de compras ou contratações de serviços, deve-se iniciar o
processo de análise desde o início.

• Renovação Cadastral

Já os clientes que passam por longos períodos sem passar para o status
de inativos, ou seja, com movimentações periódicas, também precisam de
acompanhamento com relação a sua situação cadastral, para evitar futuras
surpresas.

37
CRÉDITO E COBRANÇA

Portanto, a política da empresa deve estabelecer o tempo de atualização


cadastral dos clientes, realizando consultas comerciais, fornecedores e ao próprio
cliente, lembrando sempre de atualizar as certidões e as consultas com o governo.

Atividades de Estudos:

1) Na crise financeira de 2008, uma das medidas adotadas para


diminuir seu impacto foi a ampliação do acesso ao crédito,
aumentando o papel dos bancos e das instituições financeiras
no desenvolvimento do país. Com relação ao Crédito Direto ao
Consumidor (CDC), podemos afirmar que:

a) Possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.


b) Não inclui as compras no cartão de crédito.
c) É um crédito concedido através de instituições financeiras para
aquisição de bens ou serviços.
d) É um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.

2) Para financiar as necessidades de curto prazo de seus clientes,


algumas instituições financeiras utilizam linhas de crédito abertas
com determinado limite, cujos encargos são cobrados de acordo
com sua utilização. Podemos afirmar que esse produto bancário é o:

a) Cheque especial.
b) Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
c) Capital alavancado.
d) Empréstimo compulsório.

3) O Crédito Rural é um produto disponibilizado aos produtores


rurais e cooperativas, que pode ser usufruído desde o plantio até
a comercialização do produto. Com relação a esse tipo de crédito,
podemos afirmar que:

I- Estimular os investimentos rurais feitos pelos produtores ou por


suas associações (cooperativas, condomínios, parcerias etc.).
II- Favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a
comercialização de produtos agropecuários.
III- Fortalecer o setor rural.

Assinale a alternativa CORRETA:

38
Capítulo 1 Introdução ao Crédito

a) As afirmativas I e III estão corretas.


b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.

4) Sobre o cadastro de clientes, com relação a sua análise, quando


verificamos a situação por meio dos balanços, referências
bancárias e cartas de crédito, o analista de crédito está realizando
uma análise:

a) Econômico-financeira.
b) Jurídica.
c) Social.
d) Técnica conclusiva.

Algumas Considerações
Prezado acadêmico,

Neste capítulo, podemos verificar um pouco sobre o fluxo da diretoria


financeira com relação à análise de crédito, além de compreender as principais
linhas de crédito disponíveis no mercado, tanto para as pessoas físicas quanto
para as pessoas jurídicas, compreendendo, basicamente, as linhas de crédito
mais populares para pessoas físicas, como o crédito imobiliário, o cheque
especial, o CDC, o crédito pessoal, o estudantil, o empréstimo consignado e o
cartão de crédito.

Já para as pessoas jurídicas, abordamos as linhas de crédito como: capital


de giro, investimento, leasing, desconto de duplicatas ou títulos, cartão de crédito,
abertura de empresa, crédito rural, linha de crédito para empreendedor individual
e linha de crédito a longo prazo.

Além dos tipos de linha de crédito, verificamos a importância da análise para


o deferimento ou indeferimento do crédito. Abordamos desde análise cadastral,
passando pela idoneidade, financeira, de relacionamento, patrimonial até chegar
a análise de sensibilidade.

Na próxima unidade do nosso livro didático, abordaremos itens relacionados


à cobrança e aos tipos de cobrança.

39
CRÉDITO E COBRANÇA

Referências
FERNANDES, A. Bancos veem espaço para retomada da concessão
de crédito. 2017. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
mercado/2017/11/1933051-bancos-veem-espaco-para-retomada-da-concessao-
de-credito.shtml>. Acesso em: 3 jan. 2018.

HERMANN. Como consultar a situação do CPF na Receita Federal. 2016.


Disponível em: <https://www.guiadareceitafederal.com.br/como-consultar-a-
situacao-do-cpf-na-receita-federal/>. Acesso em: 8 jan. 2018.

LINS, W. P. Warrant e conhecimento de depósito. 2013. Disponível em: <https://


webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:DUhGGrNCbBoJ:https://
jus.com.br/artigos/37826/warrant-e-conhecimento-de-deposito+&cd=9&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 25 jan. 2018.

MOTTA, T. O que é Sintegra. 2014. Disponível em: <http://www.sintegra.ms.gov.


br/o-que-e-sintegra/>. Acesso em: 2 jan. 2018.

SANTOS, J. O. dos. Análise de crédito: empresas e pessoas físicas. 2. ed. São


Paulo: Atlas, 2003.

40

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