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Senhora Ministra,
Referida lei foi editada sob forte crítica do principal movimento organizado
em prol da anistia no país, os Comitês Brasileiros pela Anistia – CBAs e
também de diversos juristas e pensadores pelo fato de anistiar torturadores
e torturados ao mesmo tempo, o que teve por consequência a abertura de
fissuras na sociedade brasileira, até hoje não recuperadas.
E, ainda, penso que a avaliação dos processos deva ser conduzida pela
relação de alteridade humana, em especial “o outro” injustiçado, o que a
torna eminentemente ética. O reconhecimento da perseguição
exclusivamente política, definida por lei, é também o reconhecimento do
direito legítimo de resistência aos atos de exceção cometidos pelo Estado.