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RETENÇÃO

PREVIDENCIÁRIA

EM

NOTAS

FISCAIS

PROF. DR. JOSE ALFREDO DO PRADO JUNIOR


Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

INDICE

ASSUNTO PÁGINA

MÓDULO I – RETENÇÃO DE 11% DE PESSOAS FÍSICAS


Contribuintes da Previdência Social............................................................................ 03
Caracterização do Fato Gerador ................................................................................. 07
Ocorrência do Fato Gerador ....................................................................................... 07
Contribuição da Empresa ............................................................................................ 07
Base de Calculo .......................................................................................................... 08
Responsabilidade pelo Recolhimento das Contribuições Sociais .............................. 16
Contribuição dos Segurados Contribuintes Individuais .............................................. 16
Forma e Prazo de Recolhimento................................................................................. 18
Exemplos Práticos ....................................................................................................... 20
Obrigações Acessórias ............................................................................................... 21

MÓDULO II – RETENÇÃO DE 11% ENTRE PESSOAS JURÍDICAS


Obrigação Principal de Retenção................................................................................ 25
Conceitos..................................................................................................................... 25
ME e EPP Optantes do Simples Nacional .................................................................. 26
Serviços Sujeitos a Retenção ..................................................................................... 26
Dispensa da Retenção ................................................................................................ 30
Apuração da Base de Cálculo da Retenção ............................................................... 32
Deduções da Base de Cálculo .................................................................................... 35
Aplicação Prática ......................................................................................................... 36
Recolhimento do Valor Retido ..................................................................................... 37
Obrigações da Empresa Contratada ........................................................................... 39
Obrigações da Empresa Contratante .......................................................................... 40
Consórcio .................................................................................................................... 40
Retenção de 11% na Construção Civil ....................................................................... 41
Retenção na Prestação de Serviços em Condições Especiais .................................. 43
Disposições Especiais ................................................................................................. 44
Não Aplicação da Retenção ........................................................................................ 44
Compensação e Restituição de Valores referentes a retenção .................................. 48
Discriminação de obras e Serviços da Construção Civil...................................... .....48
MÓDULO III – RETENÇÃO DE COOPERATIVAS
Introdução.................................................................................................................... 51
Legislação ................................................................................................................... 51
Conceitos..................................................................................................................... 51
Cooperado ................................................................................................................... 52
Empregados da Cooperativa....................................................................................... 54
Prestadores de Serviço ............................................................................................... 54
Contribuição Previdenciária da Cooperativa ............................................................... 55
Contribuição Previdenciária da Cooperativa em relação aos empregados ................ 56
Contribuição Previdenciária da Cooperativa em relação aos autônomos .................. 57
Contribuição sobre serviços prestados ....................................................................... 57

MÓDULO III – SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RECEITA PREVIDENCIARIA


Serviços passiveis a retenção de INSS sobre a nota fiscal de serviço...................... 61
Serviços não sujeitos a retenção previdenciária........................................................ 65

ANEXO VII e VIII DA IN RFB 971/09 – CONSTRUÇÃO CIVIL 67

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

RETENÇÂO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS POR PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS

O estudo do tema é de suma importância para as empresas em geral, posto que, com o
conhecimento das normas que tratam do custeio da Previdência Social, prevista na Lei nº
8.212/91 de 24/07/1991 e suas alterações, regulamentada pelo Decreto nº 3.048/99 da
Previdência Social e suas alterações, bem como pela IN RFB 971/09, evitam-se ações
incorretas das empresas, que podem proporcionar penalidades administrativas e penais.

MODULO I
RETENÇÃO DE 11% DE PESSOAS FÍSICAS

Neste módulo, analisaremos as obrigações das empresas e suas equiparadas quando


da contratação de pessoas físicas sem vinculo empregatício.

1 CONTRIBUINTES DA PREVIDENCIA SOCIAL – CONCEITOS

Empresa – é o empresário ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana


ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como, os órgãos e entidades da administração pública
direita, indireta ou fundacional.

(Artigo 15, inciso I, da Lei 8.212/91, artigo 12, inciso I do Decreto 3.049/99 da Previdência
Social, e artigo 3º, caput da IN RFB 971/09)

Administração Pública – é a administração direta ou indireta da União, dos estados, do


Distrito Federal ou dos municípios, a abranger, inclusive, as entidades com personalidade
jurídica de direito privado sob o controle do poder público, e as fundações por ele mantidas.

Equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias:

I – o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe preste serviços;

II – a cooperativa, de trabalho ou de produção;

III – a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o


condomínio;

IV – a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras;

V – o operador portuário e o órgão gestor de mão de obra;

VI – o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil,


quando pessoa física, em relação ao segurado que lhe preste serviços.

(Parágrafo único do artigo 15 da Lei 8.212/91, parágrafo único do artigo 12 do Decreto


3.048/99, e artigo 3º parágrafo 4º da IN RFB 971/09)

Grupo Econômico

O grupo econômico é caracterizado quando duas ou mais empresas estiverem sob a direção, o
controle ou administração de uma delas, formando um grupo industrial, comercial, ou de
qualquer atividade econômica, ainda que cada uma delas tenha personalidade jurídica própria.

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

(Artigo 494 da Instrução Normativa RFB nº 971/09)

Consórcio

É a associação de empresas que podem estar submetidas a um mesmo controle ou não, sem
personalidade jurídica própria, cujo contrato de constituição e respectivas alterações devem ser
registrados em Junta Comercial, formado como o objetivo de executar determinado
procedimento.

(Artigo 322, inciso XXVI da IN RFB 971/09)

Segurado contribuinte individual – a definição do contribuinte individual encontra-se


elucidada no inciso V do artigo 9º do Regulamento da Previdência Social – RPS (Decreto
3.048/99).

Consideram-se contribuintes individuais, de acordo com o artigo 9º da IN SRF 971/09: entre


outros:

I - aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma
ou mais empresas, sem relação de emprego;

II - aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não;

III - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade
pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;
ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 9º do art. 10;

IV - a pessoa física, proprietária ou não, que, na condição de outorgante, explora a


atividade agropecuária ou pesqueira, por intermédio de prepostos, com ou sem o
auxílio de empregado, observado o disposto no inciso I do § 7º do art. 10;

V - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral


(garimpo), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que
de forma não-contínua;

VI - o pescador que trabalha em regime de parceria, de meação ou de arrendamento,


em embarcação com mais de 6 (seis) toneladas de arqueação bruta, na exclusiva
condição de parceiro outorgante;

VII - o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de


captura dos elementos animais ou vegetais, com o auxílio de empregado;

VIII - o ministro de confissão religiosa ou o membro de vida consagrada, de


congregação ou de ordem religiosa;

IX - o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do


qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando
coberto por RPPS;

X - o brasileiro civil que trabalha em organismo oficial internacional ou estrangeiro em


funcionamento no Brasil, a partir de

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

1º de março de 2000, em decorrência da Lei nº 9.876, de 1999, desde que não


existentes os pressupostos que o caracterizem como segurado empregado;

XI - o brasileiro civil que trabalha para órgão ou entidade da Administração Pública sob
intermediação de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no
Brasil, desde que não-existentes os pressupostos que o caracterizem como segurado
empregado;

XII - desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:

a) o titular de firma individual urbana ou rural, considerado empresário individual pelo


art. 931 da Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil);

b) qualquer sócio nas sociedades em nome coletivo; Alterado pela Instrução normativa
RFB nº 1.027 / 2010 (DOU de 23.04.2010) vigência a partir de 23.04.2010 Redação
Anterior

c) o sócio administrador, o sócio cotista e o administrador não-sócio e não-empregado


na sociedade limitada, urbana ou rural, conforme definido na Lei nº 10.406, de 2002
(Código Civil);

d) o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o diretor não-


empregado que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja
eleito por assembléia geral dos acionistas para cargo de direção de sociedade
anônima, desde que não mantidas as características inerentes à relação de emprego;

e) o membro de conselho fiscal de sociedade ou entidade de qualquer natureza;

XIII - o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, em associação ou em


entidade de qualquer natureza ou finalidade e o síndico ou o administrador eleito para
exercer atividade de administração condominial, desde que recebam remuneração pelo
exercício do cargo, ainda que de forma indireta, observado, para estes últimos, o
disposto no inciso III do § 1º do art. 5º;

XIV - o administrador, exceto o servidor público vinculado a RPPS, nomeado pelo


poder público para o exercício do cargo de administração em fundação pública de
direito privado;

XV - o síndico da massa falida, o administrador judicial, definido pela Lei nº 11.101, de


2005, e o comissário de concordata, quando remunerados;

XVI - o trabalhador associado à cooperativa de trabalho, que, nessa condição, presta


serviços a empresas ou a pessoas físicas, mediante remuneração ajustada ao trabalho
executado;

XVII - o trabalhador associado à cooperativa de produção, que, nessa condição, presta


serviços à cooperativa, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;

XVIII - o médico-residente ou o residente em área profissional da saúde, contratados,


respectivamente, na forma da Lei nº 6.932, de 1981, com a redação dada pela Lei nº
10.405, de 2002, e da Lei nº 11.129, de 9 de fevereiro de 2005;

XIX - o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares, desde que atuem em


conformidade com a Lei nº 9.615, de 1998;

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

XX - o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado da Justiça


Eleitoral, na forma do inciso II do art. 119 ou do inciso III do § 1º do art. 120 da
Constituição Federal;

XXI - a pessoa física contratada por partido político ou por candidato a cargo eletivo,
para, mediante remuneração, prestar serviços em campanhas eleitorais, em razão do
disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997;

XXII - o apenado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nessa
condição, presta serviços remunerados, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou
mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade
afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria;

XXIII - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados até 20 de


novembro de 1994, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de
registro, não remunerados pelos cofres públicos;

XXIV - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados até 20 de


novembro de 1994, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de
registro, mesmo que amparados por RPPS, conforme o disposto no art. 51 da Lei nº
8.935, de 1994, a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda
Constitucional nº 20, de 1998;

XXV - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados a partir de 21


de novembro de 1994, em decorrência da Lei nº 8.935, de 1994;

XXVI - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce


atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou
promitente comprador de um só veículo;

XXVII - os auxiliares de condutor autônomo de veículo rodoviário, no máximo de 2


(dois), conforme disposto no art. 1º da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, que
exercem atividade profissional em veículo cedido em regime de colaboração;

XXVIII - o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta
serviços de natureza não-contínua à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito
residencial destas, em atividade sem fins lucrativos;

XXIX - o pequeno feirante que compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou


assemelhados;

XXX - a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins
lucrativos;

XXXI - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de


1964;

XXXII - o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade


com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de 1980;

XXXIII - o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990, quando remunerado;

XXXIV - o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de


instituição financeira, conceituada no § 3º do art. 3º; e

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

XXXV - o Micro Empreendedor Individual (MEI) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

As disposições contidas acima se aplicam no que couber ao aposentado por qualquer regime
previdenciário que retornar á atividade como segurado contribuinte individual, ao sindico de
condomínio isento do pagamento de taxa condominial e ao ministro de confissão religiosa ou
membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou ordem religiosa, desde que a
remuneração paga ou creditada pela entidade religiosa, ou pela instituição de ensino
vocacional dependa da natureza e da quantidade do trabalho executado.

Segurado Facultativo

Podemos definir como segurado facultativo, de acordo o artigo 11 do Decreto 3.048/99 da


Previdência Social:

 A pessoa física maior de 16 anos,


 Que não exerça atividade remunerada,
 Não esteja enquadrada em qualquer das categorias previstas na Previdência Social
(empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e
segurado especial).

2 CARACTERIZAÇÃO DO FATO GERADOR

Caracteriza-se o fato gerador da obrigação previdenciária do segurado contribuinte individual,


com a filiação obrigatória ao Regime da Previdência Social – RGPS, decorrente do exercício de
atividade remunerada abrangida por este regime.

3 FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES

Constitui-se fato gerador da obrigação previdenciária principal:

I - Em relação ao segurado contribuinte individual, o exercício de atividade


remunerada; e

II - Em relação á empresa ou equiparado á empresa, a prestação de serviços


remunerados pelo segurado contribuinte individual e cooperado intermediado por
cooperativa de trabalho.

4 OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

Salvo disposição de lei em contrário, consideram-se ocorrido o fato gerador da obrigação


previdenciária principal e existente seus efeitos:

I – Em relação ao segurado contribuinte individual, no mês em que lhe for paga ou


creditada remuneração; e

II – Em relação a empresa, no mês em que for paga ou creditada a remuneração, o


que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinte individual que lhe presta serviços.

Considera-se creditada a remuneração na competência em que a empresa contratante for


obrigada a reconhecer contabilmente a despesa ou o dispêndio ou, no caso de equiparado ou
empresa legalmente dispensada de escrituração contábil regular, na data da emissão do
documento comprobatório da prestação de serviços.

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Para os órgãos do Poder Público considera-se creditada a remuneração na competência da


liquidação do empenho, entendendo-se como tal, o momento do reconhecimento da empresa.

5 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA

A contribuição social previdenciária a cargo da empresa, entre outras, é de 20% sobre o total
das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos
segurados contribuintes individuais, que lhe prestem serviços, para os fatos geradores
ocorridos a partir de Março/2000 (Art. 22 da Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº
9.876/99).

As entidades beneficentes de assistência social podem estar isentas das contribuições


previdenciárias patronais, na forma da Lei nº 12.101/2009.

As cooperativas de trabalho estão dispensadas do recolhimento da contribuição previdenciária


patronal de 20% sobre a remuneração paga ou creditada aos cooperados que foram
intermediários.

As microempresas e empresas de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, com


tributação pelos Anexos I, II, III e V da Lei Complementar 123/2006 ( artigo 13 a 18), estão
dispensadas do recolhimento das contribuições previdenciárias patronais acima referidas.

5.1 Contribuição Adicional – Instituições Financeiras

Tratando-se de:

 Bancos comerciais,
 Bancos de investimentos,
 Bancos de desenvolvimento,
 Caixas econômicas,
 Sociedades de crédito,
 De financiamento ou investimento,
 Sociedades de crédito imobiliário,
 Sociedades corretoras,
 Distribuidoras de títulos ou de valores imobiliários,
 Empresas de arrendamento mercantil,
 Cooperativas de crédito,
 Empresas de seguros privados ou de crédito,
 Agentes autônomos de seguros privados ou de credito, ou
 Entidades de previdência privada abertas ou fechadas.

Além da contribuição prevista no item 5 (20%), é devida à contribuição adicional de 2,5%


incidente sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados contribuintes individuais.

5.2 Alteração Temporária da base de contribuição

Com o objetivo de Desonerar a Folha de Pagamento, a Lei 12.546/2011, determinou que a


partir de 01.12.2011 até 31.12.2014, as empresas que se enquadrarem nos artigos 7º e 8º da
respectiva lei, terão a contribuição previdenciária de 20% calculada sobre o total da folha de
pagamento, substituída por um alíquota sobre o faturamento da empresa que poderá ser de
1,5% ou 2,5%

6 BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo da contribuição social previdenciária é o valor sobre o qual incide uma
alíquota definida em lei para determinar o montante da contribuição devida.

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

A base de cálculo da contribuição social previdenciária dos segurados do RGPS é o salário de


contribuição, observados os limites mínimos e máximos (Artigo 28 da Lei 8.213/91).

6.1 Salário-de-contribuição

Entende-se por salário-de-contribuição para o segurado contribuinte individual,


independentemente, da data de filiação, considerando os fatos geradores ocorridos desde
Abril/2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua
atividade por conta própria, durante o mês.

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde, para o segurado contribuinte


individual, ao salário mínimo de R$ 622,00.

O limite máximo do salário-de-contribuição é o valo definido, periodicamente pelo Ministério


da Previdência Social e reajustado na mesma data e com os mesmos índices usados para o
reajustamento dos benefícios sociais, atualmente o valor é de R$ 3916,20.

 TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO


DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE
REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2012.

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE


RECOLHIMENTO AO INSS
Até 1.174, 86 8%
de 1.174,87 até 1.958,10 9%
de 1.958,11 até 3.916,20 11 %

Fundamento legal: PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 2/2012

Não integram a remuneração para fins de cálculos dos valores devidos a Previdência Social, os
benefícios previdenciários, exceto o salário-maternidade, direitos autorais, diárias de viagem e
outros, conforme previsto § 9º do artigo 28 da Lei nº 8.212/91 e no § 9º do artigo 214 do RPS.

6.2 Condutor Autônomo de Veículo Rodoviário – Base de Calculo Especial

O salário-de-contribuição do condutor autônomo de veiculo rodoviário (inclusive o taxista), do


auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a
cooperativa de transportes autônomos, conforme estabelecido no § 4º do artigo 201 do RPS,
corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não
se admitindo a dedução de qualquer valore relativo aos dispêndios com combustível e
manutenção do veiculo, ainda que parcelas a este título figurem descriminadas do documento.

Para os fins acima, não integra o valor do frete a parcela correspondente ao Vale-Pedágio,
desde que seu valor seja destacado em campo específico no documento comprobatório do
transporte, nos termos do artigo 2º da Lei 10.209, de 23/03/2001.

Para melhor compreensão, vejamos alguns exemplos:

1. Valor bruto do frete, R$ 3.500,00, então:

R$ 3.500,00 x 20% = R$ 700,00

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Então a remuneração base de cálculo da contribuição previdenciária devida sobre o frete


corresponde a R$ 700,00.

2. Valor bruto do transporte de passageiros, R$ 3.600,00, então:

R$ 3.600,00 x 20% = R$ 720,00

Então a remuneração do transportador de passageiros, base de cálculo da contribuição


previdenciária corresponde a R$ 720,00.

Para que seja observado o limite máximo do salário-de-contribuição, o contribuinte individual


que prestar serviços, no mesmo mês, a mais de uma empresa, deverá informar a cada
empresa o valor ou valores recebidos sobre os quais já tenha havido incidência do desconto da
contribuição, mediante a apresentação do comprovante de pagamento.

Vejamos alguns exemplos:

1. Valor do frete prestado - R$ 5.200,00

- valor da remuneração: R$ 1.040,00 (R$ 5.200,00 x 20%)

- contribuição retida do INSS: R$ 114,40 (R$ 1.040,00 x 11%)

2. Valor do frete prestado - R$ 6.200,00

- valor da remuneração: R$ 1.240,00 (R$ 6.200,00 x 20%)

- contribuição retida do INSS: R$ 136,40 (R$ 1.240,00 x 11%)

3. Valor do frete prestado na empresa "B" - R$ 15.000,00

- o contribuinte individual apresentou comprovante de pagamento de serviço de frete prestado


na empresa "A", no valor de R$ 7.400,00, no qual sofreu a retenção de R$ 162,80

- valor da remuneração na empresa B: R$ 3000,00 (R$ 10.600,00 x 20%)

Valor que seria descontado 11% - 330,00

Como o valor retido na empresa

"A" é no importe de R$ 162,80,

"B" será retido R$ 267,98 , ou seja, a diferença de R$ 162,80 para R$ 430,78 (valor máximo
de contribuição - R$ 3.916,20 x 11%).

6.2.1 - Valor Inferior ao Limite mínimo

Quando o contribuinte individual prestar serviços a uma ou mais empresas, e o valor total da
remuneração mensal recebida for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição, o
segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição incidente sobre a
diferença entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneração total recebida,
aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de 20% (vinte por cento).

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Vejamos os exemplos:

1. Valor do frete realizado para a empresa "A" - R$ 500,00

- valor da remuneração: R$ 100,00 (R$ 500,00 x 20%)

- contribuição retida de INSS - R$ 11,00 (R$ 100,00 x 11%)

2. Valor do frete realizado para a empresa "B" - R$ 700,00

- valor da remuneração: R$ 140,00 (R$ 700,00 x 20%)

- Contribuição retida de INSS - R$ 15,40 (R$ 140,00 x 11%)

Neste caso, o contribuinte individual obteve durante o mês uma remuneração de R$ 240,00
então o seu salário-de-contribuição ficou inferior ao limite mínimo - R$ 380,00, devendo fazer a
complementação sobre R$ 140,00 (R$ 380,00 - R$ 240,00).

- Complementação: R$ 140,00 x 20% = R$28,00 (como o valor é inferior ao valor mínimo


para recolhimento - R$ 29,00, deverá acumular com outras competências para efetuar o
recolhimento).

6.2.3 - Entidade Filantrópica

Aos contribuintes individuais que prestarem serviços a entidades beneficentes de assistência


social com a isenção patronal do INSS, a entidade beneficente deverá descontar 20% (vinte
por cento) da remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço,
observado o limite máximo do salário-de-contribuição.

Exemplo:

- Valor do serviço prestado - R$ 1.200,00

- valor da remuneração: R$ 240,00 (R$ 1.200,00 x 20%)

Contribuição retida de INSS - R$48,00 (R$ 240,00 x 20%)

6.2.4 SEST E SENAT

A retenção de 11% do contribuinte individual sobre o frete, carreto ou transporte de


passageiros não substitui a contribuição obrigatória ao Sest e Senat (2,5% - dois vírgula cinco
por cento) que também é descontada do transportador autônomo, sobre a mesma base de
cálculo, ou seja, 20% do valor bruto do frete, carreto ou transporte de passageiros.

Então serão descontados do contribuinte individual que realizar transporte de forma autônoma:

- 11% - a título de contribuição individual; e

- 2,5% - a título de Sest e Senat; ambos sobre a base de cálculo de 20% do valor bruto.

6.3 Salário-de-Contribuição do Cooperado de Cooperativa de Trabalho

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

O salário-de-contribuição para o segurado cooperado filiado a cooperativa de trabalho é o valor


recebido ou a ele creditado, resultante da prestação de serviços a terceiros, pessoas físicas ou
jurídicas, por intemédio da cooperativa.

6.4 Síndico de Condomínio

No caso do sindico ou do administrador eleito para exercer atividade de administração


condominial, o salário-de-contribuição será a remuneração paga ou creditada ao mesmo e/ou o
valor da isenção da taxa de condomínio.

6.5 Ministro de Confissão Religiosa ou Afins

A partir de 1º de abril de 2003, independente da data de filiação, o salário-de-contribuição para


o ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada, de congregação
ou de ordem religiosa, desde que o valor despendido pela entidade ou pela instituição de
ensino vocacional, em face do seu mister religioso ou para a sua subsistência, independa da
natureza e da quantidade do trabalho executado, é o valor por ele declarado, observados os
limites mínimo e máximo de salário-de-contribuição.

6.5.1 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INSTITUIÇÃO RELIGIOSA

O ministro de confissão religiosa (pessoa física) é segurado obrigatório, na qualidade de


Contribuinte Individual, conforme o Art. 12, V, “c”, da Lei 8.212/91.

Apesar da Lei 10.666 de 08/05/03, alterada pela Lei 10.170 de 29/12/00, preceituar em seu Art.
4º, o desconto a ser feito pela empresa do segurado contribuinte individual a seu serviço e esta
tem o compromisso de recolher o valor retido juntamente a seu cargo, tal procedimento não se
aplica ao ministro de confissão religiosa.

A Previdência Social não considera os valores despendidos pelas comunidades religiosas


(pessoa jurídica) como os ministros de confissão religiosa como remuneração; estas não são
obrigadas a contribuir com os 20% sobre os valores pagos a título de sustentos pastorais.

Tal preceito normativo é encontrado no Art.22, III, bem como o § 13 da Lei 8.212, de 24/07/91,
alterado pela Lei 10.170, de 29/12/00.

6.5.2 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA

Conforme Art. 79, § 4º da Instrução Normativa nº 3, de 14/07/05, da Previdência Social, a


contribuição previdenciária do ministro de confissão religiosa ou membro do instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, corresponderá a 20% do valor por ele
declarado. observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição, conforme a
tabela da Previdência Social.

6.5.3 MINISTROS APOSENTADOS PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Os ministros idosos que já estão aposentados pelo Regime Geral da Previdência Social
(RGPS) e continuam em atividade, também continuam contribuindo, pois são contribuintes
individuais, considerados segurados obrigatórios.

Enquanto estiverem em atividade, podem declarar o limite mínimo que isso não irá refletir em
sua aposentadoria, contudo devem declarar o valor efetivamente auferido, se for superior ao
limite mínimo.

12
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

6.5.4 SUGESTÃO ÀS INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS

Se possível, as Instituições Religiosas devem orientar seus ministros, sacerdotes, freiras,


padres, bispos, obreiros, apóstolos, missionários, etc, a fazer o recolhimento próximo do limite
máximo, se houver condições, para que no futuro, quando idosos, tenham uma aposentadoria
razoável.

Em nossos dias, muitos ministros de confissão religiosa ficam à mercê de suas instituições, que
dificilmente tem disponibilidade financeira para sustentá-los, após eles terem tido uma vida de
dedicação ao sagrado ministério.

6.5.6. EXEMPLOS DE RECIBO DE CÔNGRUA, SUSTENTO PASTORAL OU MÚNUS


ECLESIÁSTICO

Mês de Janeiro /2012

Ministro de Confissão Religiosa com uma côngrua mensal de R$ 4.000,00 (Quatro mil Reais)
recolhe como Contribuinte Individual o INSS sobre o limite máximo. (R$ 3.916,20)

R$ 3.691,74 (LIMITE MÁXIMO) X 20% = R$ 783,24

VALOR A RECOLHER NA GPS = R$ 783,24

6.1. INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DA GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (GPS)


DO MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA COMO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Como preencher:

CAMPO 1 - Nome do contribuinte, Fone e Endereço (nome do ministro de confissão religiosa)


CAMPO 2 – Vencimento (uso exclusivo do INSS)
CAMPO 3 - Código de pagamento (informar o código de pagamento referente ao valor que está
sendo recolhido – ministro de confissão religiosa é o código 1007 – Contribuinte Individual –
recolhimento mensal)
CAMPO 4 - Competência MM/AAAA (Informar a competência com dois dígitos para o mês e
quatro dígitos para o ano)
CAMPO 5 - Identificador (Número do NIT ou PIS/PASEP que o ministro de confissão registrou
junto ao INSS)
CAMPO 6 - Valor do INSS (Informar o valor da contribuição a ser recolhida)
CAMPO 7 – não preencher
CAMPO 8 – não preencher
CAMPO 9 - Valor de Outras Entidades (deixar em branco, não se aplica ao ministro de
confissão religiosa)
CAMPO 10 - Atualização Monetária, Multa e Juros (somente será utilizado em caso de
pagamentos realizados em atraso)
CAMPO 11 - Total (registrar o somatório dos campos 06, 09 e 10. No caso do ministro de
confissão serão os campos 06 e 10 se for recolhimento em atraso)
CAMPO 12 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA (destinado à autenticação pelo agente arrecadador
do valor recolhido)

13
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Modelo da GPS 3. CÓDIGO DE 1007


PAGAMENTO
GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – GPS 4. COMPETÊNCIA 01/2012
5. IDENTIFICADOR 10390240578

1. NOME OU RAZÃO SOCIAL/FONE/ENDEREÇO 6. VALOR DO INSS R$ 783,24


NOME DO MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA 7.
8.

2.VENCIMENTO 9.VALOR DE OUTRAS


ENTIDADES

(Uso exclusivo INSS)

ATENCÃO: É vedada a utilização de GPS para recolhimento de 10.ATM/MULTA E JUROS


receita de valor inferior ao estipulado em Resolução publicada 11. TOTAL RS 783,24
pelo INSS. A receita que resultar valor inferior deverá ser
adicionada à contribuição ou importância correspondente nos
meses subseqüentes, até que o total seja igual ou superior ao
valor mínimo fixado
12. AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

Instruções para preenchimento no verso.

6.2. MODELO DE RECIBO PARA AO MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA

RECIBO R$

Eu, _______________ (nome do ministro de confissão religiosa), residente na Rua


___________________nº____________, bairro __________, cidade _______________,
Estado _________, CEP _________, inscrito como Contribuinte Individual no INSS sob o nº
________________, recebi da ___________________ (nome da instituição religiosa), sediada
na Rua ____________________, nº_______, bairro ______________, cidade _____________,
Estado ___________________, CEP ___________, CNPJ sob o nº ______________, a
importância líquida de R$ ................ (........................................................), referente minha
(côngrua, sustento pastoral ou múnus eclesiástico) do mês de .................., conforme
demonstrativo abaixo:

Côngrua do mês de R$

(-) Imposto de Renda Retido na Fonte R$

Líquido a Receber R$

Para maior clareza firmo o presente recibo dando plena e total quitação.

Cidade, data.

___________________________________________

(nome e assinatura do ministro de confissão religiosa)

14
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

6.6 Base de Cálculo das Contribuições da Empresa

A base de cálculo das contribuições sociais previdenciárias da empresa é o total das


remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados
contribuintes individuais que lhe prestam serviços, sem limite.

Caracterizam o pagamento de remuneração ou retribuição a moradia, a alimentação, o


vestuário e outras prestações in natura fornecidas ao segurado contribuinte individual, exceto
as verbas que não integram o salário-de-contribuição.

6.6.1 Remuneração do Empresário – Arbitramento

Não havendo comprovação dos valores pagos ou creditados aos segurados contribuintes
individuais empresários ou equiparados (o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor
não empregado e o membro do conselho de administração na sociedade anônima, todos os
sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria, o sócio gerente e o sócio
cotista que recebam remuneração decorrente do seu trabalho e o administrador que não
empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural, e o
associado eleito para o cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de
direção condominial, desde que recebam remuneração), em face da recusa ou sonegação de
qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a contribuição da
empresa referente a esses segurados será de 20% (vinte por cento) sobre ( artigo 201, § 3º do
Decreto 3048/99):

I - o salário-de-contribuião do segurado nessa condição;

II - a maior remuneração paga a empregados da empresa; ou

III – o salário mínimo, caso não ocorra nenhuma das hipóteses anteriores.

6.6.2 Distribuição de Lucros aos Sócios

No caso de Sociedade Simples de prestação de serviços relativos ao exercício de profissões


legalmente regulamentadas, a contribuição da empresa em relação aos sócios contribuintes
individuais terá como base de cálculos (artigo 57, §§ 5 e 6º da IN SRF 971/09):

I – a remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência do seu trabalho, de


acordo com a escrituração contábil da empresa; e

II – os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a titulo de antecipação
de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração
decorrente do trabalho e a proveniente do capital social, ou tratar-se de adiantamento
de resultado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício
ou quando a contabilidade for apresentada de forma deficiente.

Para fins do disposto no inciso II, retro, o valor a ser distribuído a titulo de antecipação de lucro
poderá ser previamente apurado mediante elaboração de balancetes contábeis mensais,
devendo, nessa hipótese, ser observado que se a demonstração do resultado final do exercício
evidenciar uma apuração de lucro inferior ao montante distribuído, a diferença será
considerada como remuneração aos sócios.

15
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

7 RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS


PREVIDENCIÁRIAS.

A empresa é responsável:

I - Pelo recolhimento da contribuição prevista no item 5;

II - Pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição, e pelo


recolhimento da contribuição do segurado contribuinte individual que lhe preste
serviços, para os fatos geradores ocorridos a partir de Abril de 2003;

III – Pela arrecadação mediante desconto no respectivo salário de contribuição e pelo


recolhimento da contribuição ao SEST e a o SENAT ( 2,5%), devida pelo segurado
contribuinte individual transportador autônomo de veiculo rodoviário ( inclusive o
taxista) que lhe presta serviços.

O disposto no inciso II não se aplica quando:

a) Houver contratação de contribuinte individual por outro contribuinte individual


equiparado a empresa;

b) Por produtor rural pessoa física;

c) Por missão diplomática e repartição consultar de carreira estrangeira; ou

d) Houver contratação de brasileiro civil que trabalha para União no exterior, em


organismos oficiais internacional do qual o Brasil é membro efetivo.

8 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS

A alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual, que não recebe remuneração de


empresas, é de 20% (vinte por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição (artigo 21 da
Lei 8.212/91)

Asseveramos, contudo, que será de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao
limite mínimo mensal do salário-de-contribuição á alíquota de contribuição do segurado
contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
equiparado, que optar pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, conforme disposto no artigo 80 da Lei Complementar nº 123 de 14/12/2006.

O segurado que tenha contribuído da forma acima e pretenda contar com o tempo de
contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição
ou da contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição
mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por cento), através da GPS 1295,
acrescido dos juros moratórios de que trata o disposto no artigo 34 da Lei 8.212/91.

8.1 Alíquotas

As alíquotas a serem aplicadas aos contribuintes individuais serão de:

a) 20% (vinte por cento), incidente sobre:

1 - a remuneração auferida em decorrência da prestação de serviços a pessoas físicas;

16
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

2 - a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços
prestados á entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais;

3 – a retribuição do cooperado quando prestar serviços a pessoas físicas e a entidade


beneficente em gozo de isenção da cota patronal, por intermédio da cooperativa de
trabalho.

b) 11% (onze por cento), incidente sobre:

1 - a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços
prestados á empresa;

2 - a retribuição do cooperado quando prestar serviços a empresas em geral e equiparados


a empresa, por intermédio da cooperativa de trabalho;

3 – a retribuição do cooperado quando prestar serviços á cooperativa, de produção;

4 – a remuneração que for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços


prestados a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa física, a missão
diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras.
Observando que nesse caso, que a contribuição dar-se-á por conta própria do contribuinte
individual.

Observação: Quando o total da remuneração mensal recebida pelo contribuinte individual por
serviços prestados á uma ou mais empresas for inferior ao limite mínimo do salário-de-
contribuição, o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição
incidente sobre a diferença entre o limite do salário-de-contribuição e a remuneração total por
ele recebida ou a ele creditada, aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de 20%
(vinte por cento).

8.2 Contribuinte Individual que Presta Serviços a Várias Empresas

O contribuinte individual que prestar serviços a mais de uma empresa ou concomitantemente,


exercer atividade como segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso,
quando o total das remunerações recebidas no mês for superior ao limite máximo de salário-
de-contribuição deverá, para efeito de controle de limite, informar o fato á empresa em que isto
ocorrer mediante a apresentação, conforme o artigo 64 da IN RFB 971/09, do comprovante de
pagamento de remunerações recebida ou declaração (modelo abaixo), sob as penas da lei, de
que a remuneração recebida atingiu o limite máximo do salário-de-contribuição, identificando o
nome empresarial da empresa ou empresas, com o número do CNPJ, que efetuou ou efetuará
o desconto sobre o valor declarado.

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

DECLARAÇÃO DOS VALORES DOS SALÁRIOS PERCEBIDOS EM OUTRAS EMPRESAS

____________________________, ____ de ___________ de ______.

Para: _______________ (razão social do empregador)

EU, (nome do empregado) __________ DECLARO que, conforme a legislação vigente, a


minha remuneração mensal é composta dos seguintes empregos:

EMPREGADOR CNPJ Valor do Salário Mensal R$

Desta forma, solicito que a contribuição ao INSS seja calculada proporcionalmente á respectiva
remuneração, de modo que não ultrapasse ao limite previsto no Regulamento do INSS.

Segue em anexo o comprovante (cópia) dos respectivos valores dos salários mensais.

Atenciosamente,

______________________________

Empregado

O segurado contribuinte individual é responsável pela declaração prestada de forma acima, e


na hipótese de, por qualquer razão, deixar de receber a remuneração declarada ou receber
remuneração inferior a informada na declaração, deverá recolher a contribuição incidente sobre
a soma das remunerações recebidas das outras empresas sobre as quais não houve o
desconto em face da declaração por ele prestada observada os limites mínimos e máximos do
salário de contribuição.
O contribuinte individual deverá manter sob sua guarda cópia das declarações que emitir
juntamente com os comprovantes de pagamento, para fins de apresentação junto ao INSS,
quando solicitado.
A empresa deverá manter arquivada, pelo prazo decadencial, cópia dos comprovantes de
pagamentos ou de a declaração apresentada pelo contribuinte individual, para fins de
apresentação á RFB, quando solicitado.
O contribuinte individual que, no mesmo mês, prestar serviços á empresa ou á equiparado e,
concomitantemente, exercer atividade por conta própria, deverá recolher a contribuição social
previdenciária incidente sobre a remuneração auferida pelo exercício de atividade por conta
própria, respeitando o limite máximo do salário-de-contribuição.

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

9 FORMA DE RECOLHIMENTO
As contribuições da empresa e as de seu encargo deverão ser recolhidas até o dia 20(vinte) do
mês seguinte ao da ocorrência do fato gerador, em GPS, antecipando-se o vencimento para o
dia útil anterior, quando não houver expediente bancário no dia 20 (Artigo 30 da Lei 8.212/91,
com redação da Lei 11.933/09).
Os códigos para pagamentos da GPS das contribuições previdenciárias arrecadadas pelas
empresas são, conforme o caso:
2003 Simples – CNPJ
2020 Empresas Optantes pelo Simples Nacional – CNPJ – Recolhimento sobre Contratação
de Transportador Rodoviário Autônomo;
2100 Empresas em Geral – CNPJ;
2208 Empresas em Geral – CEI;
2305 Empresas com Isenção – CNPJ;
2321 Empresas com Isenção – CEI;
2402 Órgãos do Poder Público – CNPJ;
2429 Órgãos do Poder Público – CEI;
2445 Órgão do Poder Público – CNPJ – Recolhimento sobre Contratação de Transportador
Rodoviário Autônomo.

Ressaltamos, que a contribuição previdenciária das cooperativas de trabalho, em relação a


remuneração paga ou creditada a seus cooperados é efetuada em uma GPS separa, com
vencimento até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente (§ 1º do artigo 4º da Lei 10.666/03, com
alteração dada pela Lei nº 11.933/09.
O código para pagamento da GPS da cooperativa de trabalho em relação aos cooperados será
2127.

Os contribuintes individuais que não recebem remuneração de empresas devem fazer a sua
contribuição por conta própria em GPS, no dia 15 (quinze) do mês subseqüente ao fato
gerador. Se neste dia não tiver expediente bancário o pagamento poderá ser até o primeiro dia
útil seguinte.

Os códigos para pagamento da GPS pelo contribuinte individual são, conforme o caso:

1007 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/PASEP;

1104 Contribuinte Individual – Recolhimento Trimestral – NIT/PIS/PASEP;

1120 Contribuinte Individual – Recolhimento Mensal – Com dedução de 45% (Lei nº


9.876/99) – NIT/PIS/PASEP;

1147 Contribuinte Individual – Recolhimento Trimestral – Com dedução de 45% (Lei nº


9.876/99) – NIT/PIS/PASEP;

1163 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço á empresa) – Opção:
Aposentadoria apensa por idade (artigo 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento
Mensal – NIT/PIS/PASEP;

1180 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço á empresa) – Opção:
Aposentadoria apensa por idade (artigo 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento
Trimestral – NIT/PIS/PASEP;

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

10 EXEMPLOS PRÁTICOS

Vejamos alguns exemplos práticos:

Exemplo I – Supondo-se que a retirada de pró-labore de um sócio-gerente de uma empresa


normal é de R$ 1.200,00, sua contribuição será:

Valor do serviço prestado á empresa R$ 1.200,00


Contribuição devia pela empresa (20%) R$ 240,00
Contribuição do contribuinte individual retida pela empresa
(11% x R$ 1.200,00). R$ 132,00

Exemplo II – Uma empresa normal paga os honorários de um perito contador no valor de R$


4.00,00 por serviços prestados, sua contribuição será:

Valor do serviço prestado á empresa R$ 4.000,00


Contribuição devia pela empresa (20%) R$ 800,00
Contribuição do contribuinte individual retida pela empresa
(11% sobre o teto máximo de R$ 3.916,20) R$ 430,78

Observação: Caso o contribuinte individual perceba outros honorários de outras empresas


deverá comunicá-las dessa retenção para que as outras empresas para as quais ele prestar
serviços não venha a reter mais contribuições previdenciárias.

Exemplo III – Uma empresa normal, que tenha tomado serviços de um freteiro autônomo, o
valor total do frete no mês foi de R$ 5.000,00, a contribuição será calculada da seguinte forma:

Valor da Mão-de-obra do frete (20%) R$ 1.000,00


Contribuição devia pela empresa (20% s/ o valor do frete) R$ 1.000,00
Contribuição do contribuinte individual retida pela empresa
(11% sobre mão de obra do frete) R$ 110,00

Exemplo IV – Um sindico de um condomínio tem a isenção da taxa de condomínio equivalente


a R$ 300,00 por mês. A contribuição previdenciária devida será calculada da seguinte forma:

Valor da remuneração R$ 300,00


Contribuição devia pelo condomínio (20% s/ remuneração) R$ 60,00
Contribuição do sindico pela empresa (11% s/remuneração) R$ 33,00

Observação: Caberá a esse síndico de condomínio, recolher por conta própria no carnê a
diferença de contribuição previdenciária, aplicando alíquota de 20%, face ao valor recebido ser
abaixo do limite mínimo do salário de contribuição (R$ 622,00), ou seja:

R$ 622,00 -300 = 322,00

R$ 322,00 x 20% = R$ 64,40

Total a recolher no carne = R$ 64,40

Exemplo V – Uma empresa optante pelo Simples Nacional com tributação pelos Anexos I,II,III
e ou V da LC 123/2006, pagou a título de pró-labore ao sócio administrador no mês R$ 800,00.
A contribuição previdenciária será calculada da seguinte forma:

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Valor da retirada de pró-labore R$ 800,00


Contribuição devida pela empresa optante do Simples (I,II,III e V) ISENTA
Contribuição do contribuinte individual retida pela empresa
(11% sobre o pró-labore) R$ 88,00

Exemplo VI – Uma Entidade Filantrópica isenta das contribuições previdenciárias patronais,


que tenha contratado um fisioterapeuta autônomo, e pagou ao mesmo uma remuneração de
R$ 2.000,00, a contribuição previdenciária será calculada da seguinte forma:

Valor da retirada de pró-labore R$ 2.000,00


Contribuição devida pela entidade ISENTA
Contribuição do contribuinte individual retida pela entidade
(20% sobre o valor de R$ 2.000,00 R$ 400,00

11 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

A empresa e a sua equiparada, sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias


previstas na legislação previdenciária, estão obrigadas de acordo com o artigo 47 da IN SRF
971/09 a:

I - inscrever, no RGPS, os segurados empregados e os trabalhadores avulsos a seu


serviço, observado o disposto no § 1º;
II - inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir
de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os
sócios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se ainda não
inscritos;
III - elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a
todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de
construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo
geral, nela constando:
a) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou
serviço prestado;
b) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e
contribuinte individual;
c) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário maternidade;
d) destacadas, as parcelas integrantes e as não-integrantes da remuneração e
os descontos legais;
e) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a cada segurado
empregado ou trabalhador avulso;
IV - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa,
as contribuições sociais previdenciárias descontadas dos segurados, as decorrentes de
sub-rogação, as retenções e os totais recolhidos observados o disposto nos §§ 5º, 6º e
8º e ressalvado o disposto no § 7º;
V - fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do
pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da empresa,
inclusive com o seu número no CNPJ, o número de inscrição do segurado no RGPS, o
valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de
que a remuneração paga será informada na GFIP e a contribuição correspondente será
recolhida;
VI - prestar à RFB todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de
interesse desta, na forma por esta estabelecida, bem como os esclarecimentos
necessários à fiscalização;

21
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

VII - exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e
livros com as formalidades legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as
contribuições sociais;
VIII - informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, em GFIP emitida
por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço e
por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de cálculo
e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da
RFB e do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, na forma estabelecida no Manual
da GFIP.
Observação: A empresa deve manter a disposição da fiscalização, durante o prazo
decadencial, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações acessórias.
Ressaltamos, que a Súmula Vinculante nº 08 do STF determinou que o prazo decadencial e
prescricional seja de 5 anos.
Deve, ainda, a empresa e sua equiparada arrecadar a contribuição social previdenciária a
cargo dos segurados empregados e trabalhadores avulsos e, para fatos geradores ocorridos a
partir de 01/04/2003, também dos contribuintes individuais que lhe prestem serviços, mediante
desconto da remuneração a eles paga ou creditada, bem como, reter das empresas
prestadoras de serviço mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime
de trabalho temporário, 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação
de serviços emitido.
O descumprimento desta obrigação acessória sujeita o infrator á multa variável, conforme a
gravidade da infração, limitada a um valor mínimo e um valor máximo previstos no RPS e
atualizados mediante Portaria Interministerial.

11.1 Modelo de Comprovante de Pagamento de Remuneração


Abaixo, segue modelo de recibo de pagamento ao autônomo que poderá ser utilizado pelas
empresas:
RECIBO DE PAGAMENTO A AUTÔNOMO – RPA

NOME DA EMPRESA PAGADORA: ______________________________________________


CNPJ: ______________________

EU, (NOME DO PROFISSIONAL AUTÔNOMO)


_________________________________________________ declaro que RECEBI da empresa
acima identificada, pela prestação de serviços
de__________________________________________________________________________
_______________________________________ a importância de R$ ______________
(_____________________________________________________reais), conforme
discriminação abaixo:

Valor do Serviço Prestado R$


(-) IR Fonte R$
(-) INSS Retido R$

Valor Líquido R$

Número de Inscrição no PIS ou INSS: ________________________________________


CPF: ____________________________________________

22
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Local e data:
____________________________________________
Assinatura do Profissional Autônomo

PARTE PRÁTICA

1) Diretor de uma sociedade anônima (segurado contribuinte individual) recebe a título de pró-
labore R$ 7.000,00; sua contribuição previdenciária será descontada e recolhida
juntamente com a da empresa. Calcule estas contribuições.

2) Uma Entidade Filantrópica isenta das contribuições previdenciárias patronais, que tenha
contratado um fisioterapeuta autônomo, e pagou ao mesmo uma remuneração de R$
3.000,00, calcule a contribuição previdenciária a ser descontada deste profissional:

3) Uma empresa normal, que tenha tomado serviços de um freteiro autônomo, o valor total do
frete no mês foi de R$ 5.000,00, calcule as contribuições previdenciárias que serão
descontadas do freteiro, bem como a parte patronal deste recolhimento.

4) Um trabalhador autônomo prestou serviço no mês de maio/2012 no valor de:

Empresa “A” = R$ 4.000,00


Empresa “B” = R$ 1.000,00
Empresa “C” = R$ 1.900,00

Sabendo-se que o teto máximo da Previdência Social é de R$ 3.916,20, calcule como deverá
ser realizado o recolhimento desta contribuição:

23
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

5) Um trabalhador autônomo prestou serviço no mês de maio/2012 no valor de:

Empresa “A” = R$ 1.000,00


Empresa “B” = R$ 700,00
Empresa “C” = R$ 1.000,00
Empresa “D” = R$ 800,00

Sabendo-se que o teto máximo da Previdência Social é de R$ 3.916,20, calcule como deverá
ser realizado o desconto, e o recolhimento destas empresas:

6) Um sindico de um condomínio tem a isenção da taxa de condomínio equivalente a R$ 300,00


por mês. Calcule a contribuição previdenciária a ser recolhida pelo sindico, e pelo condomínio:

24
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

MODULO II
RETENÇÃO DE 11% ENTRE PESSOAS JURÍDICAS

Neste módulo, analisaremos as obrigações das empresas e suas equiparadas quando da


contratação de outras empresas para a prestação de serviços, observando as regras da
Instrução Normativa RFB 971/09.

1 OBRIGAÇÃO PRINCIPAL DA RETENÇÃO

A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada,


inclusive em regime de trabalho temporário, desde a competência fevereiro de 1999, deve reter
11% do valor bruto da Nota Fiscal, da Fatura ou do Recibo de prestação de serviços e recolher
á Previdência Social a importância retida, em GPS identificada com a denominação social e o
CNPJ da empresa contratada (artigo 129 da IN RFB 971/09).
Para os fins acima, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos
segurados ou discriminar o valor desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
serviços.
O valor retido poderá ser compensado, por qualquer estabelecimento da empresa contratada,
com as contribuições devidas a Previdência Social ou ser objeto de pedido de restituição,
através de PERD/COMP, na forma da IN RFB 900/2008, ressalvado na hipótese de consórcio.

2 CONCEITOS

2.1 Cessão de Mão-de-obra

Cessão de mão-de-obra: é a colocação á disposição da empresa contratante, em suas


dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos,
relacionados ou não com a sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de
contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019/74.

Dependências de terceiros: são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam
suas próprias e que não pertençam á empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos: são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante,


que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que
sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Por colocação a disposição da empresa contratante entende-se a cessão do trabalhador, em


caráter não-eventual respeitado os limites do contrato.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 039, DE 13 DE JANEIRO DE 2011


(DOU de 07.02.2011)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

RETENÇÃO. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA. CONTINUIDADE. TRANSPORTE.


Para fins de caracterização da prestação de serviços como realizado através de cessão da
mão-de-obra, o critério da continuidade está relacionado com a necessidade da contratante,
que deve ser permanente. A permanência revela-se pela repetição periódica ou sistemática do
serviço, que pode ser de execução intermitente, mas não em decorrência de eventualidade.
Dispositivos Legais: Lei Nº 8.212, de 1991, art. 31; RPS, art. 219; IN RFB Nº 971, de 2009,
arts. 112 a 118.
MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI
Chefe

25
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

2.2 Empreitada

Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por


preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou
não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou
nas da empresa contratada, tem como objeto um resultado pretendido.

Observa-se que na empreitada a empresa é contratada para realizar determinada tarefa, obra
ou serviço, cabendo-lhe, portanto, direcionar os serviços dos trabalhadores, cuja execução
pode ocorrer inclusive nas dependências da própria empresa contratada, o que não se verifica
na cessão de mão de obra.

Há duas formas de contratação de empreitada:

 Trabalho – ocorre apenas o fornecimento da mão de obra.


 Mista – além da mão de obra é também fornecido o material, podendo ocorrer, em
ambos os casos, a utilização de equipamento ou meios mecânicos para sua execução.

3 ME E EPP OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL

As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante cessão de mão
de obra ou empreitada, não estão sujeitas á retenção previdenciária de 11%, referida no artigo
31 da Lei nº 8.212/91, sobre o valor da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços emitidos, exceto para as tributadas na forma do Anexo IV da Lei Complementar
123/2006, para os fatos geradores a partir de 1º de Janeiro de 2009 (Artigo 191 inciso II da IN
RFB 971/09).

4 SERVIÇOS SUJEITOS A RETENÇÃO

Estarão sujeitos à retenção de acordo com o artigo 117 da IN RFB 971/09, se contratados
mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, os serviços de:

I - Limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem,


enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a
conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações,
dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

Exemplos: Varredura, desinfecção, lavagem, entre outros

II - Vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física


de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;

Exemplos:

 Serviços de vigilância bancária e predial,


 Segurança de transporte de valores e cargas,
 Segurança bancária etc.

Observação: Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de


monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

26
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

III -Construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o


acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo
ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de
jardins ou de passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de
urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;

IV - Natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou


gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle
de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de
animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou
extração de produtos de origem animal ou vegetal;

V - Digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por


operação de teclados ou de similares;

VI - Preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar


ou a facilitar o processamento de informações.

Exemplo: escaneamento manual ou a leitura ótica.

Estarão sujeitos à retenção de acordo com o artigo 118 da IN RFB 971/09, se contratados
mediante cessão de mão-de-obra os serviços de:

I - Acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das


últimas partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição
de uso;

Exemplo: A pintura, o polimento, o arremate, etc.

II - Embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à


preservação ou à conservação de suas características para transporte ou guarda;

Exemplo: Colocação dos produtos em caixas, sacos plásticos, isopor, etc.

III - Acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de


colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte.

Exemplo: colocação em paletes, empilhamento, amarração, dentre outros;

IV - Cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa


contratante, ainda que executados periodicamente;

Exemplo: A cobrança de títulos de crédito, de mensalidades associativas de clubes,


entidades de classe, e outros.

V - Coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o


transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou
resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de
equipamentos tipo contêineres ou caçambas estacionárias;

Exemplo: Lixos domiciliares, industriais, hospitalares, de feiras livres, entulhos,


operação de usinas de compostagem e de incineradores, galhos de arvores, rejeitos,
etc,

VI - Copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de


qualquer produto alimentício;

27
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Exemplo: Refeições, água, chá, café, refrigerante, lanche.

VII - Hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada,


paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

Exemplo: Portaria, recepção, cozinha, arrumação e limpeza de quartos, lavanderia,


acomodação, serviços de mensageiro, massagistas, cabeleireiros, recreação, guias
turísticos, intérpretes, etc.

VIII - Corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a


interrupção ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de
gás ou de telecomunicações;

Exemplo: Corte de energia elétrica, água, gás, de telefone, etc.

IX - Distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda


que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de
jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no
mesmo período a vários contratantes;

Exemplo: Entrega de bebidas, alimentos, discos, panfletos, periódicos, revistas,


jornais, amostras, dentre outros.

X - Treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços


envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação
de pessoas;

Exemplo: Ensino fundamental, básico, superior, de idiomas, informática, legislação, de


relações humanas, ginástica, pintura, etc.

XI - Entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar


ao destinatário documentos diversos.

Exemplo: Entrega de contas de tais como, conta de água, conta de energia elétrica,
conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

XII - Ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos


destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

Exemplo: Ligação de hidrômetros (medidores de água), relógio de força e gás.

XIII - Leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das


informações aferidas por esses equipamentos.

Exemplo: Tais como a velocidade (radar), o consumo de água, de gás ou de energia


elétrica;

XIV - Manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando


indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que mantida
equipe à disposição da contratante;

Exemplo: Reparação de máquinas xerográficas, computadores, eletrodomésticos,


elevadores, instalações elétricas, hidráulicas, dentre outras.

XV - Montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição


predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de

28
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a


que se destina;

Exemplo: Montagem de máquinas, brinquedos, veículos, roupas, jóias, etc.

XVI - Operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a


sua movimentação ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo,
operação de guindaste, painel eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda,
empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;

Exemplo: Serviços de manobristas, operadores de empilhadeiras, colheitadeiras,


tratores, guindastes ou caminhões fora de estrada, painéis eletroeletrônicos, etc.

XVII - Operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a


manutenção, a conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros
terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública, e que envolvam serviços
prestados diretamente aos usuários;

Exemplos

Pedágio: Socorro médico e paramédico, informações, cobranças de pedágio, guincho,


socorro mecânico, etc.

Terminal: Serviços de sinalização, comunicação, controle de tráfego, movimentação de


bagagens, cargas e veículos, venda de passagens e atendimento médico ou
paramédico emergencial.

XVIII - Operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou


de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático
ou aéreo;

Exemplo: Operação de transportes de passageiros são os fretamentos de veículos


para a locomoção dos empregados de casa para o trabalho e vice-versa, em horários
predeterminados.

XIX - Portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou


ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de
encomendas ou de documentos;

XX - Recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à


contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;

Recepção – são os pertinentes ao recebimento de materiais, incluindo a sua


contagem, conferência, verificação e demais procedimentos de checagem.

Triagem – são os relacionados com a seleção e separação ordenada de materiais


segundo procedimentos predeterminados.

Movimentação de Material – consistem no seu deslocamento, ou seja, na mudança


de um para outro lugar, visando á armazenagem, á distribuição, ao consumo, etc., e
que não se caracterizem como operação de transporte.

XXI - Promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em


evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de
convenções, de rodeios, de festas ou de jogos;

29
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Exemplo de vendas: Pessoas colocadas em supermercados (promotoras de vendas)


as quais oferecem aos consumidores o produto para degustação e prestam
informações sobre o mesmo.

Exemplo de eventos: Rodeios, feiras, shows artísticos, bailes, jogos, etc.

XXII - Secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas


administrativas;

Exemplo: Serviços de datilografia, digitação, organização de agenda, preparação e


remessa de correspondências, comunicações internas, atendimento telefônico, etc.

XXIII - Saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao


atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o
estado físico, mental ou emocional desses pacientes;

Exemplo: Os serviços médicos, de administração hospitalar, de enfermagem, de


fisioterapia, de radiologia, de diagnóstico por ultra-imagem, de hematologia, de
fonoaudióloga, de odontologia, de psicologia, bem como os prestados por atendentes e
auxiliares.

XXIV - Telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de


aparelhos telefônicos ou de teleatendimento

Exemplo: Os serviços prestados por telefonistas em empresas, e aqueles de


teleatendimento.

É exaustiva a relação dos serviços sujeitos à retenção, constante dos artigos 117 e 118,
conforme disposto no § 2º do art. 219 do RPS. Ressalta-se que a pormenorização das tarefas
compreendidas em cada um dos serviços listados é exemplificativa.

5 DISPENSA DA RETENÇÃO

A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada, de registrar o destaque da


retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo de acordo com o artigo 120 da IN RFB 971/09,
quando:

I - o valor correspondente a 11% (onze por cento) dos serviços contidos em cada nota
fiscal fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo
estabelecido pela RFB para recolhimento em documento de arrecadação (R$ 10,00);

II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo


titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a 2 (duas)
vezes o limite máximo do salário-de-contribuição ( R$ 7.383,48), cumulativamente;

III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de


profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino
definidos no inciso X do art. 118, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem
o concurso de empregados ou de outros contribuintes individuais.

Para comprovação dos requisitos previstos no inciso II do caput, a contratada apresentará à


tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que:
 Não possuem empregados, e
 O seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite
máximo do salário-de-contribuição.

30
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Para comprovação dos requisitos previstos no inciso III do caput, a contratada apresentará à
tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que:
 O serviço foi prestado por sócio da empresa, no exercício de profissão
regulamentada, ou, se for o caso, por profissional da área de treinamento e ensino;
 E sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais, ou consignará o
fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Para fins do disposto no inciso III do caput, são serviços profissionais regulamentados pela
legislação federal, dentre outros, os prestados por:
 Administradores,
 Advogados,
 Aeronautas,
 Aeroviários,
 Agenciadores de propaganda,
 Agrônomos,
 Arquitetos,
 Arquivistas,
 Assistentes sociais,
 Atuários,
 Auxiliares de laboratório,
 Bibliotecários,
 Biólogos,
 Biomédicos,
 Cirurgiões dentistas,
 Contabilistas,
 Economistas domésticos,
 Economistas,
 Enfermeiros,
 Engenheiros,
 Estatísticos,
 Farmacêuticos,
 Fisioterapeutas,
 Terapeutas ocupacionais,
 Fonoaudiólogos,
 Geógrafos,
 Geólogos,
 Guias de turismo,
 Jornalistas profissionais,
 Leiloeiros rurais,
 Leiloeiros,
 Massagistas,

31
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

 Médicos,
 Meteorologistas,
 Nutricionistas,
 Psicólogos,
 Publicitários,
 Químicos,
 Radialistas,
 Secretárias,
 Taquígrafos,
 Técnicos de arquivos,
 Técnicos em biblioteconomia,
 Técnicos em radiologia e tecnólogos.

5.1 Modelo de Declaração

DECLARAÇÃO

(Nome da Empresa) __________ ______________________________________,com


sede______________(endereço completo)______________________,inscrita no CNPJ sob o
nº_______________________, para fins de não incidência da retenção para a Previdência
Social de 11%, declara sob as penas da lei, que não possue empregados, que o serviço é
prestado pelo sócio, e que o faturamento do mês de Julho/2011 foi inferior a duas vezes o
limite máximo do salário de contribuição ( R$ 7.832,40), conforme prevê o artigo 120 , inciso II,
da Instrução Normativa RFB 971/09.

Curitiba PR, 01 de Janeiro de 2012

_____________________________
Assinatura do Representante Legal
Nome:
CPF

6 APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO

Regra geral, a base de cálculo da retenção de 11% é o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou
do recibo de prestação de serviços, contudo a norma previdenciária prevê algumas situações
nos quais a retenção incidirá sobre uma base de calculo diversa.

Assim, havendo previsão contratual de fornecimento de material ou de utilização de


equipamento próprio ou de terceiros, exceto o manual, para a execução dos serviços,
esses valores serão deduzidos da base de cálculo desde que discriminados na nota fiscal, na
fatura ou no recibo de prestação de serviços, conforme previsto § 7 do artigo 219 da RPS e no
artigo 120 da IN RFB 971/09.

O valor do material fornecido ao contratante ou de locação de equipamento de terceiros,


utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação
para fins de apuração da base de cálculo da retenção. Compete a contratada a comprovação
desses valores, mediante apresentação de documentos fiscais e aquisição do material ou
contrato de locação de equipamento.

32
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Exemplos:

Material

Considerando a retenção na alíquota de 11%:

Valor da nota fiscal fatura ou recibo: R$ 21.330,00

Valor comprovado da aquisição do material R$ 5.800,00

Retenção Previdenciária R$ 1.708,30 ( R$ 21.330,00 -5.800,00 x 11%)

Equipamento

Considerando a retenção na alíquota de 11%

Valor da nota fiscal, fatura ou recibo: R$ 35.800,00

Valor do aluguel do equipamento estabelecido em contrato: R$ 9.800,00

Retenção Previdenciária R$ 2.860,00 ( R$ 35.800,00 – R$ 9.800,00 x 11%)

Quando o fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de


terceiros, exceto o equipamento manual, estiver previsto em contrato, mas sem
discriminação dos valores de material ou equipamento, a base de calculo da retenção
corresponderá, no mínimo, a:

I - 50% (cinqüenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços;

Exemplo:

Considerando a retenção no percentual de 11%

Valor da Nota fiscal, fatura ou recibo : R$ 48.200,00

Base de cálculo mínima a ser


Considerada para a retenção R$ 24.100,00 (R$ 48.200,00 x 50%)

Retenção mínima R$ 2.651,00 (R$ 24.100 x 11%)

II - 30% (trinta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços para os serviços de transporte de passageiros, cujas despesas
de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada;

Exemplo:

Considerando a retenção no percentual de 11%

Valor da Nota fiscal, fatura ou recibo : R$ 18.500,00

33
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Base de cálculo mínima a ser


Considerada para a retenção R$ 5.500,00 (R$ 18.500,00 x 30%)

Retenção mínima R$ 610,50 (R$ 5.500,00 x 11%)

III - 65% (sessenta e cinco por cento) quando se referir a limpeza hospitalar, e 80%
(oitenta por cento) quando se referir aos demais tipos de limpeza, do valor bruto da
nota fiscal, da fatura ou do recibo de pagamento

Exemplo:

Considerando a retenção no percentual de 11%

Valor da Nota fiscal, fatura ou recibo : R$ 78.000,00

Base de cálculo para a retenção

A) Limpeza geral (80%): R$ 62.400,00 (R$ 78.000,00 x 80%)

Retenção: R$ 6.864,00 (R$ 62.400,00 x 11%)

B) Limpeza hospitalar (65%): R$ 50.700,00 (R$ 78.000,00 x 65%)

Retenção: R$ 5.577,00 (R$ 50.700,00 x 11%)

Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que
haja a discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços,
adotase o seguinte procedimento:

I - havendo o fornecimento de equipamento e os respectivos valores constarem em


contrato, aplica-se o disposto no art. 121; ou

II - não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão


contratual do fornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção
corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a 50% (cinquenta
por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços e, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, aos
percentuais abaixo relacionados:

a) 10% (dez por cento) para pavimentação asfáltica;

b) 15% (quinze por cento) para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;

c) 45% (quarenta e cinco por cento) para obras de arte (pontes ou viadutos);

d) 50% (cinqüenta por cento) para drenagem; e

e) 35% (trinta e cinco por cento) para os demais serviços realizados com a
utilização de equipamentos, exceto os manuais.

Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constarem a


execução de mais de um dos serviços referidos nos incisos I e II acima, cujos valores não
constem individualmente discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser
aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto em contrato,
ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço.

34
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou de utilização de


equipamento, e o uso desse equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo
discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base
de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços, exceto no caso do serviço de transporte de passageiros, para o qual a base de
cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, 30% do valor da Nota Fiscal.
Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
serviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão
contratual para o fornecimento de material ou a utilização de equipamento, com ou sem
discriminação de valores em contrato.

7 DEDUÇÕES DA BASE DE CALCULO

Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem


discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que
correspondam:

I - ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os


programas de alimentação aprovados pelo MTE, conforme Lei nº 6.321, de 1976;

Exemplo:

Considerando a retenção no percentual de 11%, ou seja, atividade exercida pelo


empregado cedido não permite a concessão de aposentadoria especial.

Valor da nota fiscal fatura ou recibo: R$ 15.800,00

Alimentação fornecida: R$ 2.870,00

Retenção Previdenciária (11%) R$ 1.422,30 (R$ 15.800,00 – R$ 2.870,00 x 11%)

II - ao fornecimento de vale-transporte, de conformidade com a legislação própria.

O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento não poderá ser deduzido da base
de cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporários,
ainda que o valor seja discriminado no documento, ou seja, objeto de nota fiscal fatura ou
recibo específico.

A fiscalização da RFB poderá exigir da contratada a comprovação das deduções previstas


neste artigo.

O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que figure discriminado na


nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução
da base de cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores
temporários.

Na hipótese de a empresa contratada emitir 2 (duas) notas fiscais, 2 (duas) faturas ou 2 (dois)
recibos, relativos ao mesmo serviço, contendo, um dos documentos, o valor correspondente à
taxa de administração ou de agenciamento e o outro, o valor da remuneração dos
trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a retenção incidirá sobre o valor de cada uma
dessas notas, faturas ou recibos.

35
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

8 DESTAQUE DA RETENÇÃO

Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a


contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de "RETENÇÃO PARA A
PREVIDÊNCIA SOCIAL", observado o disposto no art. 120 da IN RFB 971/09
O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços
prestados, apenas para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, da
fatura ou do recibo de prestação de serviços.
A falta do destaque do valor da retenção, conforme disposto no caput, constitui infração ao § 1º
do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.

8.1 Subcontratação

Caso haja subcontratação, os valores retidos da subcontratada, e comprovadamente


recolhidos pela contratada, poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela
contratante, desde que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao
mesmo serviço.
Para efeito do disposto acima, a contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no
recibo de prestação de serviços as retenções da seguinte forma:

I - retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a 11% (onze


por cento) do valor bruto dos serviços, observado o disposto no § 1º do art. 112 e no
art. 145; Alterada pela Instrução Normativa RFB n° 1.071/2010 (DOE de 16.09.2010)

II - dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total


correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços subcontratados;

III - valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à


diferença entre a retenção, apurada na forma do inciso I, e a dedução efetuada
conforme disposto no inciso II, que indicará o valor a ser efetivamente retido pela
contratante.

A contratada, juntamente com a sua nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços,
deverá encaminhar à contratante, exceto em relação aos serviços subcontratados em que
tenha ocorrido a dispensa da retenção prevista no inciso I do art. 120, cópia:

I - das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das
subcontratadas com o destaque da retenção;

II - dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontratadas;

III - das GFIP, elaboradas pelas subcontratadas, onde conste no campo "CNPJ/CEI do
tomador/obra", o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da obra e, no campo
"Denominação social do tomador/obra", a denominação social da empresa contratada.

9 APLICAÇÃO PRÁTICA

A seguir, demonstração prática da aplicação da alíquota de 11% sobre uma prestação de


serviços e de uma subcontratação.

I – Uma empresa X contrata uma empresa Y para prestar serviços mediante cessão de mão e
obra de montagem no valor de R$ 15.000,00. Os empregados da empresa Y, colocados a
disposição da empresa tomadora de serviços não estarão sujeitos a nenhum agente nocivo.

36
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Assim, a empresa Y deverá emitir uma nota fiscal de serviço contra a empresa X, na qual
destacará a retenção, como segue:

VALOR DO SERVIÇO – R$ 15.000,00

VALOR DA RETENÇÃO – R$ 1.650,00 (R$ 15.000,00 X 11%)

VALOR A SER RECOLHIDO PELA EMPRESA X – R$ 1.650,00

VALOR LÍQUIDO A SER PAGO PARA A EMPRESA X – R$ 13.350,00

Na Nota Fiscal deverá ser destacada a retenção da seguinte forma

RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL: R$ 1.650,00

Ressalta-se que o valo da retenção não altera o valor da nota fiscal, que continuará sendo de
R$ 15.000,00.

II – Uma empresa A contrata uma empresa B para prestar serviços mediante empreitada na
construção civil no valor de R$ 25.000,00. Os empregados cedidos não estarão expostos a
nenhum agente nocivo. Entretanto, a empresa B subcontratou os serviços da empresa C, que
executará parte dos serviços ao custo de R$ 10.000,00

Assim, a empresa C deverá emitir uma nota fiscal de serviço contra a empresa B, na qual
destacará a retenção de 11% sobre o valor dos serviços (11% s/ R$ 10.000,00), equivalente a
R$ 1.100,00

A empresa B ao emitir a Nota Fiscal contra a empresa A, deverá deduzir do valor total a ser
retida a quantia já retida da empresa C, como segue:

VALOR DO SERVIÇO – R$ 25.000,00

VALOR DA RETENÇÃO – R$ 2.750,00 (R$ 25.000,00 X 11%)

VALOR RETIDO NA SUBCONTRATAÇÃO – R$ 1.100,00

Na Nota Fiscal da empresa B deverá ser destacada a retenção da seguinte forma:

RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL: R$ 2.750,00

DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NA SUBCONTRATAÇÃO: R$ 1.100,00

VALOR RETIDO PARA A PREVIDENCIA SOCIAL: R$ 1.650,00

Ressalta-se que o valor da retenção não altera o valor da nota fiscal, que continua sendo de R$
25.000,00.

10 RECOLHIMENTO DO VALOR RETIDO

A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia 20 (vinte) do
mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços, antecipando-se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior quando não houver
expediente bancário naquele dia, informando, no campo identificador do documento de
arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da empresa contratada ou a matrícula CEI da obra
de construção civil, conforme o caso e, no campo nome ou denominação social, a
denominação social desta, seguida da denominação social da empresa contratante.

37
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Quando, por um mesmo estabelecimento da contratada, forem emitidas mais de uma nota
fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da
contratante, na mesma competência, sobre as quais houve retenção, a contratante deverá
efetuar o recolhimento dos valores retidos, em nome da contratada, num único documento de
arrecadação.

Os códigos para o recolhimento da GPS da retenção são, conforme o caso:

2631
Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço – CNPJ
2640
Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço – CNPJ – Uso Exclusivo
do Órgão do Poder Público – Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal,
Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço)
2658
Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestado de Serviço - CEI
2682
Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestação de Serviço – CEI (Uso Exclusivo do
Órgão do Poder Público – Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal,
Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço)

A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese, crime
contra a Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº
9.983, de 14 de julho de 2000, ensejando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais
(RFFP).
A multa de mora devida no caso de recolhimento em atraso do valor retido será aquela prevista
no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991.
A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por
competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos
os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor
administrativo, bem como, se for o caso, a contribuição social previdenciária incidente sobre o
valor pago a cooperativa de trabalho relativa à prestação de serviços de cooperados,
compensando os valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social por
qualquer de seus estabelecimentos.

10.1 Órgão ou Entidade Integrante do Sistema SIAFI

O órgão ou a entidade integrante do Siafi deverá recolher os valores retidos com base na nota
fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, respeitando como data limite de
pagamento o dia 20 (vinte) do mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços.

10.2 GPS – Preenchimento

Ocorrendo a retenção de 11% sobre o valor da nota fiscal, fatura ou recibo sobre os serviços
prestados com cessão de mão-de-obra, a empresa contratante estará obrigada ao
recolhimento da respectiva retenção em GPS, com o seguinte procedimento:

Campo 1 – Nome ou razão social: Deverá consignar o nome da empresa contratada


(retida);

Campo 3 – Código de pagamento: De acordo com a tabela de código de pagamento


descrita no item 10 supra;

Campo 5 – Identificador: O CNPJ ou CEI da empresa contratada (retida);

38
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Demais dados – conforme orientações gerais de preenchimento.

11 OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA

A empresa contratada deverá elaborar:

I - folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada


estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante, relacionando
todos os segurados alocados na prestação de serviços, na forma prevista no inciso III
do art. 47;

II - GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada


estabelecimento da empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando o
código de recolhimento próprio da atividade, conforme normas previstas no Manual da
GFIP; e

III - demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo seu
representante legal, contendo:

a) a denominação social e o CNPJ da contratante, ou a matrícula CEI da obra


de construção civil, conforme o caso;

b) o número e a data de emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de


prestação de serviços;

c) o valor bruto, o valor retido e o valor líquido recebido relativo à nota fiscal, à
fatura ou ao recibo de prestação de serviços; e

d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou


por estabelecimento da contratante, conforme o caso.

Aplica-se o disposto acima à empresa prestadora de serviços por intermédio de consórcio, em


relação à sua participação no empreendimento, ainda que o faturamento se dê em nome do
consórcio, observados os procedimentos previstos em relação à retenção e ao seu
recolhimento.

A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP com


informações distintas por estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou
prestar serviços, quando, comprovadamente, utilizar os mesmos segurados para atender a
várias empresas contratantes, alternadamente, no mesmo período, inviabilizando a
individualização da remuneração desses segurados por tarefa ou por serviço contratado.

São considerados serviços prestados alternadamente, aqueles em que a tarefa ou o serviço


contratado seja executado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos
ou várias obras de uma mesma contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa
mesma competência, e que envolvam os serviços que não compõem o Custo Unitário Básico
(CUB).
A contratada, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a
registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições
sociais, inclusive a retenção sobre o valor da prestação de serviços, conforme disposto no
inciso IV do art. 47da IN RFB 971/09.
O lançamento da retenção na escrituração contábil, de que trata o art. 136 IN RFB 971/09,
deverá discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção; e

39
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

III - o valor líquido a receber.


Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das faturas ou
dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratante,
a empresa contratada deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores,
por contratante, conforme disposto no inciso III do art. 134 IN RFB 971/09.

12 OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATANTE

A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem
cronológica, à disposição da RFB, até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes
das operações a que se refiram, as correspondentes notas fiscais, faturas ou recibos de
prestação de serviços, cópia das GFIP e, se for o caso, dos documentos relacionados no § 2º
do art. 127 IN RFB 971/09.
A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a
registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições
sociais, inclusive a retenção sobre o valor dos serviços contratados, conforme disposto no
inciso IV do art. 47 IN RFB 971/09.
O lançamento da retenção na escrituração contábil, deverá discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção;
III - o valor líquido a pagar.
Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das faturas ou
dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a
empresa contratante deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores,
individualizados por contratada.
A empresa contratante, legalmente dispensada da apresentação da escrituração contábil,
deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado pelo seu representante legal, relativo a cada
contrato, contendo as seguintes informações:
I - a denominação social e o CNPJ da contratada;
II - o número e a data da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços;
III - o valor bruto, a retenção e o valor líquido pago relativo à nota fiscal, à fatura ou ao
recibo de prestação de serviços;
IV - a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por
estabelecimento da contratada, conforme o caso.

13 CONSÓRCIO

A partir da competência junho de 2009, quando a retenção for efetuada em nome do consórcio,
constituído na forma dos artigos 278 e 279 da Lei 6.404/76, aplica-se o disposto a seguir:

Em caso de faturamento de consórcio para a contratante, para fins de não retenção sobre a
taxa de administração, deverá ser emitida nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviço,
somente como o valor correspondente á taxa de administração ou de agenciamento em
separado do valor dos serviços prestados pelas consorciadas.

Na hipótese de prestação de serviços por meio de consórcio e caso a empresa responsável


pela sua administração tenha efetuado retenção sobre os valores brutos das notas fiscais, das
faturas ou dos recibos de prestação de serviços de empresas consorciadas que prestaram
serviços por intermédio de consórcio, e procedido ao recolhimento no CNPJ das consorciadas,
estes valores poderão ser deduzidos, na forma desse artigo, do valor a ser retido na nota fiscal,
na fatura ou no recibo de prestação de serviços, emitidos pelo consórcio para a contratante,
por ocasião do faturamento dos serviços prestados pelas consorciadas.

40
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Quando a retenção for efetuada pela contratante diretamente sobre o valor bruto da nota fiscal,
da fatura ou do recibo de prestação de serviço da empresa consorciada que participou dos
serviços prestados pelo consórcio, o recolhimento da retenção será na forma previstas no
caput, observadas as demais disposições deste capitulo para as empresas em geral.

O valor retido em nome do consórcio poderá ser compensado pelas empresas consorciadas,
com as contribuições devidas á Previdência Social, proporcionalmente á participação de cada
uma delas, ou ser objeto de pedido de restituição por estas, não forma prevista em ato próprio
da RFB.

Se os serviços forem prestados por meio de consórcio, sujeito á retenção de 11%, a empresa
responsável por sua administração, deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços, emitidos em nome do consórcio, a retenção para a Previdência Social
correspondente a 11% (onze por cento) do valor bruto dos serviços prestados por todas as
consorciadas participantes.

Para o efeito acima, a empresa responsável pela administração do consórcio deverá anexar á
nota fiscal, á fatura ou ao recibo de prestação de serviços, emitidos em nome do consórcio um
relatório com a identificação e a participação individualizada de todas as consorciadas,
devendo todos os documentos envolvidos se referirem a mesma competência e ao mesmo
serviço.

A empresa responsável pela administração do consórcio deverá encaminhar a contratante os


seguintes documentos:

I – cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das
consorciadas com destaque da retenção correspondente;

II – cópia da GFIP, elaboradas pelas consorciadas com o seu CNPJ identificador, onde
conste no campo “CNPJ/CEI do tomador/obra/’, o CNPJ do consórcio ou a matricula CEI da
obra e, no campo “Denominação social do tomador/obra”, a denominação social do consórcio
ou o nome da contratada; e

III – relação de empresas consorciadas, com os seguintes dados:

a) Razão social da consorciada;


b) Identificador CNPJ da consorciada;
c) Participação da consorciada de acordo com os atos constitutivos do
consórcio;
d) Relatório, por competência, de notas fiscais, faturas ou recibos, emitidos
por consorciada, do qual constem o número e o valor do documento.

Tratando-se de retenção efetuada sobre a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de


serviços, emitida pelo consórcio, o recolhimento da retenção deverá ser efetuado em nome e
no CNPJ das empresas consorciadas, proporcionalmente á participação de cada uma delas,
conforme declarado pelo consórcio em relação anexa.

Caso reste saldo de retenção a ser recolhido, o recolhimento desse valor deverá ser efetuado
em nome e no CNPJ da empresa responsável pela administração do consórcio, que poderá
compensar com as contribuições devidas á Previdência Social ou pedir restituição, na forma
prevista em ato próprio da RFB.

14 RETENÇÃO de 11% NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Sujeita-se á retenção á prestação de serviços na construção civil, a prestação de serviços


mediante empreitada parcial, ou mediante subempreitada e de serviços de construção civil,
com ou sem fornecimento de material e reforma de pequeno valor.

41
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Não se sujeita a retenção, de acordo com o artigo 143 da IN RFB 971/09, a prestação de
serviços de:

I - administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;

II - assessoria ou consultoria técnicas;

III - controle de qualidade de materiais;

IV - fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou


preparada;

V - jateamento ou hidrojateamento;

VI - perfuração de poço artesiano;

VII - elaboração de projeto da construção civil;

VIII - ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de


carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros
serviços afins);

IX - serviços de topografia;

X - instalação de antena coletiva;

XI - instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de


aquecimento, de calefação ou de exaustão;

XII - instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de


aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão
apenas da nota fiscal de venda mercantil;

XIII - instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou de material,


quando for emitida apenas a nota fiscal de venda mercantil;

XIV - locação de caçamba;

XV - locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios


sem fornecimento de mão-de-obra; e

XVI - fundações especiais.

Quando na prestação dos serviços relacionados nos incisos XII e XIII do caput, houver emissão
de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na
instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a
base de cálculo da retenção.
Havendo, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado no art. 143 da IN RFB
971/09 e, simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço
sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que os valores
estejam discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Não havendo discriminação na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços,
aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados

42
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

14.1 Conceitos

Para melhor elucidação, o artigo 322 da IN RFB 971/09, estabelece alguns conceitos na
construção civil, como segue:

Considera-se obra de construção civil, a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de


edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo;
Entende-se por reforma de pequeno valor, aquela de responsabilidade de pessoa jurídica,
que possui escrituração contábil regular, em que não há alteração de área construída, cujo
custo estimado total, incluindo material e mão-de-obra, não ultrapasse o valor de 20 (vinte)
vezes o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na data de início da obra;
Considera-se contrato de construção civil ou contrato de empreitada (também conhecido
como contrato de execução de obra, contrato de obra ou contrato de edificação), aquele
celebrado entre o proprietário do imóvel, o incorporador, o dono da obra ou o condômino e uma
empresa, para a execução de obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte,
podendo ser:
a) total, quando celebrado exclusivamente com empresa construtora, definida no inciso
XIX, que assume a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços
necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes,
com ou sem fornecimento de material;
b) parcial, quando celebrado com empresa construtora ou prestadora de serviços na
área de construção civil, para execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de
material;
Entende-se por contrato de subempreitada, aquele celebrado entre a empreiteira ou qualquer
empresa subcontratada e outra empresa, para executar obra ou serviço de construção civil, no
todo ou em parte, com ou sem fornecimento de material;
Considera-se empresa construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto
social seja a indústria de construção civil, com registro no Crea, na forma do art. 59 da Lei nº
5.194, de 24 de dezembro de 1966;
Entende-se por empreiteira, a empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no
todo ou em parte, mediante contrato de empreitada celebrado com proprietário do imóvel, dono
da obra, incorporador ou condômino;
Considera-se subempreiteira, a empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no
todo ou em parte, mediante contrato celebrado com empreiteira ou com qualquer empresa
subcontratada.

15 RETENÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

Quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida em condições


especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física destes, de forma a possibilitar a
concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de
trabalho, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por estes
segurados, a partir de 1º de abril de 2003, deve ser acrescido de 4% (quatro por cento), 3%
(três por cento) ou 2% (dois por cento), respectivamente, perfazendo o total de 15% (quinze
por cento), 14% (quatorze por cento) ou 13% (treze por cento).
Para fins do disposto acima, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos
segurados ou discriminar o valor desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
serviços.
Caso haja previsão contratual de utilização de trabalhadores na execução de atividades na
forma do art. 145 da IN RFB 971/09, e a nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços
não tenha sido emitida na forma prevista no parágrafo único do art. 145 IN RFB 971/09, a base
de cálculo para incidência do acréscimo de retenção será proporcional ao número de
trabalhadores envolvidos nas atividades exercidas em condições especiais, se houver a

43
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

possibilidade de identificação dos trabalhadores envolvidos e dos não envolvidos nessas


atividades.
Exemplo:
Valor Total dos Serviços = R$ 9.000,00
Número Total de empregados = 30
Número de empregados que exercem atividades em condições especiais = 20
Cálculo:
R$ 9.000,00: 30 = R$ 300,00
R$ 300,00 x 20 = R$ 6.000,00 – Base de cálculo para a incidência da contribuição adicional.

Não havendo possibilidade de identificação do número de trabalhadores envolvidos e não


envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da retenção
incidirá sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.
Quando a empresa contratante desenvolver atividades em condições especiais e não houver
previsão contratual da utilização ou não dos trabalhadores contratados nessas atividades,
incidirá, sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços, o percentual adicional de retenção correspondente às atividades em
condições especiais desenvolvidas pela empresa ou, não sendo possível identificar as
atividades, o percentual mínimo de 2% (dois por cento).
As empresas contratada e contratante, no que se refere às obrigações relacionadas aos
agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem expostos, devem observar as disposições
contidas no Capítulo IX do Título III da IN RFB 971/09, que trata dos riscos ocupacionais no
ambiente de trabalho.
A contratada deve elaborar o PPP dos trabalhadores expostos a agentes nocivos com base,
dentre outras informações, nas demonstrações ambientais da contratante ou do local da efetiva
prestação de serviços

16 DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção, a empresa optante pelo


SIMPLES ou pelo Simples Nacional, o sindicato da categoria de trabalhadores avulsos, o
OGMO, o operador portuário e a cooperativa de trabalho, quando forem contratantes de
serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, estão obrigados a efetuar a
retenção sobre o valor da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e
ao recolhimento da importância retida em nome da empresa contratada.

17 NÃO APLICAÇÃO DA RETENÇÃO

Não se aplica o instituto da retenção:

I - à contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de


sindicato da categoria ou de OGMO;

II - à empreitada total, conforme definida na alínea "a" do inciso XXVII do caput e no §


1º, ambos do art. 322, aplicando-se, nesse caso, o instituto da solidariedade, conforme
disposições previstas na Seção III do Capítulo IX deste Título, observado o disposto no
art. 164 e no inciso IV do § 2º do art. 151, todos da IN RFB 971/09;

III - à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições


sociais;

44
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

IV - ao contribuinte individual equiparado à empresa e à pessoa física;

V - à contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003,


data da publicação no Diário Oficial da União do Decreto nº 4.729, de 9 de junho de
2003;

VI - à empreitada realizada nas dependências da contratada;

VII - aos órgãos públicos da administração direta, autarquias e fundações de direito


público quando contratantes de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, por
meio de empreitada total ou parcial, observado o disposto no inciso IV do § 2º do art.
151, ressalvado o caso de contratarem serviços de construção civil mediante cessão de
mão-de-obra ou empreitada, em que se obrigam a efetuar a retenção prevista no art.
112.

18 COMPENSAÇÃO E RESTITUIÇÃO DE VALORES REFERENTES À RETENÇÃO

A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da
fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o valor retido quando do
recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo
terceiro salário, desde que a retenção esteja (Artigo 48 da IN RFB 900/2008, com alterações da
IN RFB 973/2009):

I - declarada em GFIP na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou do


recibo de prestação de serviços, pelo estabelecimento responsável pela cessão de
mão-de-obra ou pela execução da empreitada total;

II - destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços ou que a


contratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.

A compensação da retenção somente poderá ser efetuada com as contribuições


previdenciárias, não podendo absorver contribuições destinadas a outras entidades ou fundos,
as quais deverão ser recolhidas integralmente pelo sujeito passivo.

Para fins de compensação da importância retida, será considerada como competência da


retenção o mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

O saldo remanescente em favor do sujeito passivo poderá ser compensado nas competências
subseqüentes, devendo ser declarada em GFIP na competência de sua efetivação, ou objeto
de restituição, na forma dos arts. 17 a 19 desta norma.

45
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

46
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Se após a compensação efetuada pelo estabelecimento que sofreu a retenção restar


saldo, este valor poderá ser compensado por qualquer outro estabelecimento da
empresa cedente da mão de obra, inclusive nos casos de obra de construção civil
mediante empreitada total, na mesma competência ou em competências subseqüentes.

A compensação de valores eventualmente retidos sobre nota fiscal fatura ou recibo de


prestação de serviços emitido pelo consórcio, e recolhido em nome e no CNPJ das empresas
consorciadas, poderá ser efetuada por estas empresas, proporcionalmente à participação de
cada uma delas.

No caso de recolhimento efetuado em nome do consórcio, a compensação somente poderá ser


efetuada pelas consorciadas, respeitada a participação de cada uma forma do respectivo ato
constitutivo, e após retificação da GPS.

18.1 Obra de Construção Civil – Compensação

A compensação dos valores retidos, nos casos de obra de construção civil mediante
empreitada total, deve ser realizada na matricula do Cadastro Específico do INSS (CEI) da
obra para a qual foi efetuada a retenção.

No caso de obra de construção civil, é admitida a compensação de saldo de retenção com as


contribuições referentes ao estabelecimento responsável pelo faturamento da obra.

18.2 Impossibilidade da Compensação Integral da Retenção

Se após a compensação efetuada pelo estabelecimento que sofreu a retenção restar saldo,
este valor poderá ser compensado por qualquer outro estabelecimento da empresa cedente da
mão de obra, inclusive nos casos de obra de construção civil mediante empreitada total, na
mesma competência ou em competências subseqüentes ou ser objeto de restituição, através a
PERDCOMP.

47
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Caso a opção seja pela compensação em competências subseqüentes, o crédito em favor da


empresa prestadora de serviços, acrescidos de juros, não esta sujeito ao limite de 30% (trinta
por cento).

18.3 Restituição

A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção de contribuições previdenciárias no ato


da quitação da nota fiscal, fatura ou do recibo de prestação de serviços que não optar pela
compensação dos valores retidos, ou, se após a compensação, restar saldo em seu favor,
poderá requerer a restituição do valor não compensado, desde que a retenção esteja
destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e declarada em
GFIP, na forma do artigo 17 da IN RFB 900/2008.

Na falta de destaque do valor da retenção na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de


serviços, a empresa contratada somente poderá receber a restituição pleiteada se comprovar o
recolhimento do valor retido pela empresa contratante.

18.3.1 Recolhimento do valor retido em duplicidade

Caso a empresa contratante tenha efetuado o recolhimento do valor retido em duplicidade ou a


maior, o pedido de restituição poderá ser apresentado pela empresa contratada ou pela
empresa contratante.

Quando se tratar de pedido feito pela empresa contratante, esta deverá apresentar:

a) autorização expressa de responsável legal pela empresa contratada com poderes


específicos para requerer e receber a restituição, em que conste a competência em
que houve o recolhimento em duplicidade ou valor a maior.

b) declaração firmada pelo outorgante, sob as penas da lei, de que não compensou e
nem foi restituído dos valores requeridos pela outorgada.

Exemplo:

Considerando a retenção no percentual de 11%

Empresa “A” presta serviço de R$ 1.000,00 á empresa “B”

Quando do recolhimento da retenção, a empresa “B” por qualquer motivo ao invés de


recolher R$ 110,00 recolheu R$ 220,00
Para reaver o valor de R$ 110,00 recolhido a maior, a contratada deve solicitar a
restituição, ou, então, a contratante deverá solicitar á empresa “A” que lhe forneça uma
procuração com poderes para tanto.

18.3.2 Restituição - Forma

A restituição será requerida pelo sujeito passivo por meio do programa PERDCOMP ou, na
impossibilidade de sua utilização, mediante apresentação de formulário Pedido de Restituição
de Retenção a Contribuição Previdenciária constante no anexo IV da IN RFB 900/2008, ao qual
deverão ser anexados os documentos comprobatórios do direito creditório (artigo 19 da IN RFB
900/2008).

48
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

PARTE PRÁTICA

1 – A empresa A foi contratada pela empresa B para a realização de uma obra de construção
civil no valor de R$ 50.000,00. No contrato existe a descriminação dos valores de materiais (R$
7.500,00), e de aluguel de equipamentos (R$ 11.500,00). Calcule a retenção previdenciária
desta nota fiscal.

2 – A empresa Delta foi contratada para realizar a limpeza hospitalar da Maternidade Mater Dei
em Curitiba, recebendo o valor de R$ 85.000,00 mensais. Calcule a retenção previdenciária a
ser aplicada nesta nota fiscal.

3 – A Global Trabalho Temporário fechou um contrato de cessão de mão de obra no valor de


R$ 42.000,00. Ficou acertado em suas clausulas o fornecimento/dedução dos valores de vale
transporte ( R$ 4.200,00), e vale refeição ( R$ 3.870,00). Calcule a retenção de 11%.

4 – A Empresa Shalon Transportes realizou um contrato de transporte de empregados com a


empresa Prisma no valor de R$ 35.000,00 mensais. Calcule a retenção previdenciária dos
11%.

49
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

5 – A empresa Delta Sul fechou um contrato de terraplanagem no valor de R$ 85.000,00 com a


Prefeitura de Colombo. Calcule a contribuição previdenciária de 11%.

6 - Uma empresa A contrata uma empresa B para prestar serviços mediante empreitada na
construção civil no valor de R$ 45.000,00. Os empregados cedidos não estarão expostos a
nenhum agente nocivo. Entretanto, a empresa B subcontratou os serviços da empresa C, que
executará parte dos serviços ao custo de R$ 12.500,00. Calcule as retenções previdenciárias,
e informe como deverá ser informado em cada nota fiscal.

50
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

MÓDULO III
COOPERATIVAS

19. INTRODUÇÃO

Sociedade cooperativa é modalidade de sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica


próprias, não sujeitas à falência, e de natureza civil.

Trata-se de uma forma associativa, objetivando a união de esforços coordenados para a


realização de determinado fim, que conta com respaldo constitucional, vez que a Constituição
Federal/88 versa em alguns dispositivos sobre regras gerais a respeito das cooperativas.

Assim dispõem o Art.146, III, c, e o Art. 174, § 2º da Carta Magna:

"Art. 146. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas."

"Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.

§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo."

Os membros da cooperativa não têm subordinação entre si, mas vivem num regime de
colaboração. Desta forma as sociedades cooperativas têm por finalidade a prestação de
serviços aos associados para o exercício de uma atividade comum, econômica, sem que
tenham objetivo de lucro. É uma estrutura de prestação de serviços voltada ao atendimento de
seus associados sem finalidade lucrativa.

19.1 LEGISLAÇÃO

A Lei nº 5.764, de 16.12.1971, define a política nacional de cooperativismo, instituindo o regime


jurídico das sociedades cooperativas.

Contudo, diversas são as legislações aplicadas nas relações jurídicas quando envolvem as
sociedades cooperativas, vez que as cooperativas igualam-se às demais empresas em relação
aos seus empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Com fundamento
no Art. 91, da Lei nº 5.764/71.

"Art. 91. As cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus empregados
para os fins da legislação trabalhista e previdenciária."

19.2 CONCEITO DE SOCIEDADE COOPERATIVA

19.2.1 Sociedade Cooperativa Urbana ou Rural

De acordo com o Art. 208 da IN 971/2009, cooperativa, urbana ou rural, é a sociedade de


pessoas, sem fins lucrativos, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não

51
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

sujeita a falência, constituída para prestar serviços a seus associados na forma da Lei nº 5.764,
de 16 de dezembro de 1971.

19.2.2 Sociedade Cooperativa de Trabalho (Cooperativa de Serviço)

De acordo com o Art. 209, da IN 971/2009, cooperativa de trabalho, espécie de cooperativa


também denominada cooperativa de mão-de-obra, é a sociedade formada por operários,
artífices, ou pessoas da mesma profissão ou ofício ou de vários ofícios de uma mesma classe,
que, na qualidade de associados, prestam serviços a terceiros por seu intermédio.

A cooperativa de trabalho intermedeia a prestação de serviços de seus cooperados, expressos


em forma de tarefa, obra ou serviço, com os seus contratantes, pessoas físicas ou jurídicas,
não produzindo bens ou serviços próprios.

19.2.3 Sociedade Cooperativa de Produção

Dispõe o Art. 210 da IN 971/2009, que "cooperativa de produção, espécie de cooperativa, é a


sociedade que, por qualquer forma, detém os meios de produção e seus associados
contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens."

Enquadram-se no conceito de cooperativa de produção as cooperativas que detenham os


meios de produção, oferecendo um produto final e não intermediando prestação de serviços de
seus cooperados, tais como as de ensino.

19.2.4. Sociedade Cooperativa de Produtores

Com fundamento no Art. 211 da IN 971/2009, cooperativa de produtores, espécie de


cooperativa, é a sociedade organizada por pessoas físicas ou pessoas físicas e jurídicas com o
objetivo de comercializar, ou de industrializar ou de comercializar e industrializar a produção de
seus cooperados.

19.3 COOPERADO

Dispõem o Art. 212, da IN 971/2009 que "considera-se cooperado o trabalhador associado à


cooperativa, que adere aos propósitos sociais e preenche as condições estabelecidas no
estatuto dessa cooperativa."

Cooperativado ou cooperado, vem a ser o membro associado de uma cooperativa, que no caso
de cooperativas de trabalho, executa serviços a empresas ou a pessoas físicas, mediante
remuneração ajustada ao trabalho realizado, pago através da nota fiscal emitida pela
Cooperativa.

O cooperado é enquadrado no RGPS - Regime Geral de Previdência Social como segurado


obrigatório na categoria de contribuinte individual. Segue a previsão legal do Art. 9º, V, i, n,
Decreto 3.048/99:

Art. 9 São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:

V - como contribuinte individual

i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de


qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração

n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à


sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado

52
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Desta forma e de acordo com o Art. 90 da Lei 5.764/71, qualquer que seja o tipo de
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados.

19.3.1. Contribuição Previdenciária

Será considerada como remuneração do cooperativado:

a) os valores recebidos decorrentes da prestação de serviços realizados a terceiros, via


cooperativa de trabalho;

b) valores decorrentes de sobras, ou antecipações, se não houver discriminação em balanço


contábil da remuneração decorrente do trabalho e da proveniente da distribuição das sobras
apuradas no exercício, ou ainda, se o adiantamento das sobras não houver sido apurado por
meio de demonstrativo de sobras líquidas do exercício e tenham sido distribuídas sem prévia
destinação por Assembléia Geral Ordinária (Lei nº 5.764/1971);

Caso a Cooperativa através de eleição, designe diretor entre os cooperativados, que preste
serviços diretamente a mesma, o valor por esse recebido também será fato gerador de
contribuição previdenciária.

Os percentuais a serem retidos dos cooperativados serão de:

a) 11% (onze por cento), quando o cooperado prestar serviços a empresas em geral e
equiparadas por intermédio de cooperativa de trabalho. (Com fundamento no Art. 65, II, b, 2, da
IN 971/2009).

b) 20% (vinte por cento), quando o cooperado prestar serviços a pessoas físicas e à entidade
beneficente em gozo de isenção da quota patronal, por intermédio da cooperativa de trabalho.

(Com fundamento no Art. 65, II, a, 3, da IN 971/2009).

c) 11% (onze por cento), quando o cooperado prestar serviços à cooperativa de produção.

(Com fundamento no Art. 65, II, b, 3, da IN 971/2009).

Obs: Para a contribuição previdenciária do cooperado deve ser aplicado o salário-de-


contribuição, observados os limites mínimo e máximo.

O salário-de-contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do


auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a
cooperativa de transportadores autônomos, corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto
auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo
aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título
figurem discriminadas no documento.

O cooperado filiado à cooperativa de transportadores autônomos, está sujeito ao pagamento


da contribuição para o Serviço Social do Transporte (Sest) e para o Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte (Senat), conforme disposto no Art. 65, § 5º da IN 971/2009.

19.3.2. GPS

A respectiva contribuição previdenciária do cooperado será recolhida em GPS com o código


2127, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da prestação de serviço.
Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o primeiro dia útil anterior ao
vencimento.

19.3.3. SEFIP/GFIP

53
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 211, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.4 EMPREGADOS DA COOPERATIVA

As sociedades cooperativas poderão contratar empregados, de acordo com a legislação,


quando presente os requisitos que os caracterize como tais, vez que as cooperativas são
igualadas às empresas no que tange à legislação trabalhista e previdenciária. Assim
estabelece o Art. 2º e o Art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho:

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos


da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os


profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Desta forma, deverá fazer o registro em CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social, bem
como as demais formalizações do Contrato de Trabalho com a Cooperativa.

No que tange ao salário, deverá observar o piso estabelecido na Convenção Coletiva de


Trabalho.

Havendo dúvidas quanto ao enquadramento sindical, o Ministério do Trabalho da Localidade


deverá ser consultado.

19.4.1. Contribuição Previdenciária

A base de cálculo da contribuição social previdenciária dos empregados das cooperativas é o


salário-de-contribuição, observados os limites mínimo e máximo.

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde para os segurados empregado ao piso


salarial legal ou normativo da categoria ou ao piso estadual conforme definido na Lei
Complementar nº 103, de 14 de julho de 2000, ou, inexistindo estes, ao salário mínimo, tomado
no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado, e o tempo de trabalho efetivo
durante o mês.

19.4.2 GPS

A respectiva contribuição previdenciária do empregado da cooperativa será recolhida em GPS


com o código 2100, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da
prestação de serviço. Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o
primeiro dia útil anterior ao vencimento.

19.4.3 SEFIP/GFIP

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 115, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.5. PRESTADORES DE SERVIÇO PARA A COOPERATIVA

19.5.1. Pessoa Física não cooperada

54
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

As sociedades cooperativas poderão contratar pessoas físicas para prestarem serviços à


cooperativa, contudo, sem serem cooperados. São os autônomos, trabalhadores eventuais,
que prestam serviços esporádicos, sem relação empregatícia e sem relação de cooperativismo
com a Cooperativa.

São serviços como jardinagem, pequenos consertos elétricos, serviços de alvenaria e outros,
desde que eventuais.

Contudo, deve-se tomar cautela quando da contratação desses profissionais, pois ocorrendo a
habitualidade na contratação, poderá ser caracterizado o vínculo empregatício.

19.5.1.1. Contribuição Previdenciária

Será considerada como remuneração do prestador de serviço, a remuneração que lhe for paga
ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a cooperativa, sendo esta sub-
rogada na obrigação, quanto ao desconto previdenciário, no importe de 11% sobre o valor
pago, observado o limite máximo de contribuição. Com fundamento no Art. 65, II, b, 1, da IN
971/2009.

19.5.1.2 GPS

A respectiva contribuição previdenciária do prestador de serviço da cooperativa será recolhida


em GPS com o código 2100, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da
prestação de serviço. Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o
primeiro dia útil anterior ao vencimento.

19.5.1.3 SEFIP/GFIP

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 115, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.5.2 Pessoa Jurídica

De acordo com o Art. 224 A, do Decreto 3048/99 não se aplica o instituto da retenção de INSS
sobre a nota fiscal ou fatura de prestação de serviço por intermédio da cooperativa de trabalho.

No que tange à cooperativa de produção, vez que a finalidade oferta de um produto final e não
intermediando prestação de serviços, não há que se falar em retenção previdenciária.

19.6 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DA COOPERATIVA

Conforme dispõe o Art. 3º, § 4º, III, da Instrução Normativa 971/2009, equiparam-se a empresa
para fins de cumprimento das obrigações previdenciárias as Sociedades Cooperativas.

Assim, conforme a atividade da cooperativa, será o nº CNAE (Classificação Nacional de


Atividade Econômica), e assim serão seus encargos:

I - 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes
prestam serviços,

II - para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de


incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total
das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos
segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços, correspondente à
aplicação dos seguintes percentuais:

55
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

a) 1% (um por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;

b) 2% (dois por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado médio;

c) 3% (três por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado grave;

III - 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer
título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços,
para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000;

IV - 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços, relativamente aos serviços que lhes são prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de trabalho, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março
de 2000.

V - contribuições destinadas a outras entidades ou fundos incidem sobre a mesma base de


cálculo utilizada para o cálculo das contribuições destinadas à Previdência Social.

19.6.1. Cooperado que Presta Serviço para Cooperativa de Trabalho (cooperativa de


serviço)

Os percentuais a serem retidos dos cooperativados serão de 11% (onze por cento), quando o
cooperado prestar serviços a empresas em geral e equiparadas por intermédio de cooperativa
de trabalho.

A cooperativa de trabalho não está sujeita à contribuição 20% (vinte por cento) em relação às
importâncias por ela pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de
remuneração ou retribuição pelos serviços que, por seu intermédio, tenham prestado a
empresas, conforme dispositivo legal previsto no Art. 201, § 19, Decreto 3048/99.

19.6.2. Cooperado que Presta Serviço para Cooperativa de Produção

Os percentuais a serem retidos dos cooperativados serão de 11% (onze por cento), quando o
cooperado prestar serviços à cooperativa de produção.

A cooperativa de produção deverá recolher vinte por cento sobre o total das remunerações ou
retribuições pagas ou creditadas no decorrer do mês ao segurado contribuinte individual.

19.6.3 Código de GPS

A respectiva contribuição previdenciária do cooperado será recolhida em GPS com o código


2127, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da prestação de serviço.
Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o primeiro dia útil anterior ao
vencimento.

19.6.4. SEFIP/GFIP

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 211, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.7 CONTRIBUIÇÃO DA COOPERATIVA COM RELAÇÃO AOS SEUS EMPREGADOS

19.7.1. Empregado que Prestação para Cooperativa de Serviço (Trabalho)

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

A base de cálculo da contribuição social previdenciária dos empregados das cooperativas é o


salário-de-contribuição, observados os limites mínimo e máximo.

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde para os segurados empregado ao piso


salarial legal ou normativo da categoria ou ao piso estadual conforme definido na Lei
Complementar nº 103, de 14 de julho de 2000, ou, inexistindo estes, ao salário mínimo, tomado
no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado, e o tempo de trabalho efetivo
durante o mês.

19.7.2. Empregado que Prestação para Cooperativa de Produção

Utiliza-se o mesmo critério de recolhimento previdenciário, bem como as respectivas alíquotas


das Sociedades Cooperativas de Serviço (Trabalho).

19.7.3 Código de GPS

A respectiva contribuição previdenciária do empregado da cooperativa será recolhida em GPS


com o código 2100, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da
prestação de serviço. Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o
primeiro dia útil anterior ao vencimento.

19.7.4. SEFIP/GFIP

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 115, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.8. CONTRIBUIÇÃO DA COOPERATIVA COM RELAÇÃO AOS SEUS PRESTADORES


DE SERVIÇOS (AUTÔNOMOS)

19.8.1. Autônomo que Presta Serviço para Cooperativa de Trabalho (cooperativa de


serviço)

Cooperativa de Serviço

Será considerada como remuneração do prestador de serviço, a remuneração que lhe for paga
ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a cooperativa, sendo esta sub-
rogada na obrigação, quanto ao desconto previdenciário, no importe de 11% sobre o valor
pago, observado o limite máximo de contribuição. Com fundamento no Art. 65, II, b, 1, da IN
971/2009.

19.8.2. Autônomo que Presta Serviço para Cooperativa de Produção

Será considerada como remuneração do prestador de serviço, a remuneração que lhe for paga
ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a cooperativa, sendo esta sub-
rogada na obrigação, quanto ao desconto previdenciário, no importe de 11% sobre o valor
pago, observado o limite máximo de contribuição. Com fundamento no Art. 65, II, b, 1, da IN
971/2009.

Assim, sobre este valor a cooperativa recolherá 20% patronal.

19.8.3. GPS

A respectiva contribuição previdenciária do empregado da cooperativa será recolhida em GPS


com o código 2100, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês subseqüente a data da
prestação de serviço. Sendo um dia não útil, deverá ser antecipado o pagamento para o
primeiro dia útil anterior ao vencimento.

57
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

19.8.4. SEFIP/GFIP

Quanto às informações em SEFIP/GFIP, deverá ser informada com o código 115, conforme
Manual SEFIP/GFIP 8.4.

19.9. CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS PRESTADOS POR INTERMÉDIO DE


COOPERATIVA

A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de: quinze por cento
sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços
que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Na prestação de serviços de cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, havendo


previsão contratual de fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de
terceiros, exceto os equipamentos manuais, esses valores serão deduzidos da base de cálculo
da contribuição, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
serviços, e comprovado o custo de aquisição dos materiais e de locação de equipamentos de
terceiros, se for o caso. Tais dispositivos legais são encontrados nos Art. 201, III, do Decreto
3048/99, Art. 217, IN 971/2009.

19.1. Serviços Prestados por Intermédio de Cooperativa Médica

Existem várias bases de cálculo diferenciadas neste caso, sendo necessário definir as
peculiaridades do contrato firmado, ou seja, se há discriminação de serviços prestados em nota
fiscal ou não, se existe uma tabela de honorários e serviços cujo pagamento será feito após o
atendimento, se existe ou não rateio entre a empresa e os beneficiários do plano. Dependendo
do caso, teremos base diferenciadas conforme se infere abaixo.

Se existente contrato coletivo para pagamento por valor predeterminado, e os serviços ou


materiais não estejam descritos na nota fiscal, fatura ou recibo, base de cálculo não poderá ser
inferior a:

- 30% (trinta por cento) do valor bruto da nota fiscal ou da fatura, quando se referir a
contrato de grande risco ou de risco global, sendo este o que assegura atendimento
completo, em consultório ou em hospital, inclusive exames complementares ou
transporte especial;

- 60% (sessenta por cento) do valor bruto da nota fiscal ou da fatura, quando se referir
a contrato de pequeno risco, sendo este o que assegura apenas atendimento em
consultório, consultas ou pequenas intervenções, cujos exames complementares
possam ser realizados sem hospitalização.

Na celebração de contrato coletivo de plano de saúde da cooperativa médica com empresa,


em que o pagamento do valor seja rateado entre a contratante (empresa) e seus beneficiários
(empregados), deverão ser consideradas, para efeito da apuração da base de cálculo da
contribuição, as faturas emitidas contra a empresa.

Caso sejam emitidas faturas específicas contra a empresa e faturas individuais contra os
beneficiários do plano de saúde, cada qual se responsabilizando pelo pagamento da respectiva
fatura, somente as faturas emitidas contra a empresa serão consideradas para efeito de
contribuição.

Tais previsões contratuais, para a base de cálculo serão observadas com base nos Art. 121, §
2º, Art. 124, Art. 217, Art. 221, da Instrução Normativa 971/2009.

19.1.2. Código da GPS

58
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Como a contribuição previdenciária referente aos serviços prestados por intermédio de


cooperativa médica é uma obrigação da empresa contratante desse serviço, a GPS deve ser
recolhida com o código da empresa Tomadora dos Serviços, ou seja, GPS com o código 2100.

Assim, a empresa Tomadora do Serviço da Cooperativa terá a contribuição previdenciária da


sua folha de pagamento, acrescida da contribuição referente aos serviços prestados pela
cooperativa, pagos em uma única GPS.

Já a Cooperativa que prestou o serviço, terá a folha de pagamento dos cooperados


separadamente, de seus empregados e prestadores de serviço, conforme dispõe Art. 201 C, §
1º, Decreto 3048/99. A GPS referente à folha de pagamento dos cooperados será recolhida
com o código 2127 e a GPS referente a folha de pagamento dos empregados e prestadores de
serviços será recolhida com o código 2100.

19.1.2. Serviços Prestados por Intermédio de Cooperativa Odontológica

Na atividade odontológica, a base de cálculo da contribuição social previdenciária de 15%


(quinze por cento) devida pela empresa contratante de serviços de cooperados intermediados
por cooperativa de trabalho não será inferior a 60% (sessenta por cento) do valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, caso os serviços prestados pelos
cooperados, os prestados por demais pessoas físicas ou jurídicas e os materiais fornecidos
não estejam discriminados na respectiva nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.

Na celebração de contrato coletivo de plano de saúde da cooperativa odontológica com


empresa, em que o pagamento do valor seja rateado entre a contratante (empresa) e seus
beneficiários (empregados), deverão ser consideradas, para efeito da apuração da base de
cálculo da contribuição, as faturas emitidas contra a empresa.

Caso sejam emitidas faturas específicas contra a empresa e faturas individuais contra os
beneficiários do plano de saúde, cada qual se responsabilizando pelo pagamento da respectiva
fatura, somente as faturas emitidas contra a empresa serão consideradas para efeito de
contribuição.

19.2. Código da GPS

Aplicam-se as mesmas normas da Cooperativa que presta serviços médicos.

19.3. Serviços Prestados por Intermédio de Cooperativa de Transporte

Na atividade de transporte de cargas e de passageiros, para o cálculo da contribuição social


previdenciária de 15% (quinze por cento) devida pela empresa tomadora de serviços de
cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, desde que os veículos e as respectivas
despesas com combustível e manutenção corram por conta da cooperativa, a base de cálculo
não será inferior a 20% (vinte por cento) do valor bruto pago pelos serviços.

Neste caso, aplica-se a base de cálculo de 20% (vinte por cento) sobre o valor dos serviços
prestados, para após calcular os 15% devidos a título de contribuição previdenciária.

Com fundamento no Art. 218, da Instrução Normativa 971/2009.

19.3.1. Código da GPS

Aplicam-se as mesmas normas da Cooperativa que presta serviços médicos.

19.4. Sujeição a Agentes Nocivos no Decorrer da prestação de Serviço

19.4.1. Cooperativa de Trabalho

59
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Poderá ocorrer que a prestação de serviço do cooperado o exponha a agentes nocivos a sua
saúde, pelo que caberá a empresa contratante de cooperativa de trabalho o recolhimento de
um acréscimo sobre a contribuição previdenciária, quota patronal de 15%, mais 9% (nove por
cento), 7% (sete por cento) e 6% (seis por cento), totalizando alíquota de:

- 24% (vinte e quatro por cento) = 15% + 9%

- 22% (vinte e dois por cento) = 15% + 7%

- 21% (vinte e um por cento) = 15% + 6%

Incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços emitida pela
cooperativa, para que este tenha direito a aposentadoria especial, devido inclusive se o
cooperado aposentado por qualquer regime que retornar à atividade abrangida pelo Regime
Geral de Previdência Social e que também enseja exposto.

Os acréscimos de 9% (nove por cento), 7% (sete por cento) e 6% (seis por cento), como já
enfatizado anteriormente é para financiar aposentadoria especial do cooperado, ou seja:

- 24% (vinte e quatro por cento) sobre a nota fiscal para o cooperado que ficar exposto
a agente nocivo que lhe possibilite aposentadoria por tempo de serviço aos 15 anos de
serviço;

- 22% (vinte e dois por cento) sobre a nota fiscal para o cooperado que ficar exposto a
agente nocivo que lhe possibilite aposentadoria por tempo de serviço aos 20 anos de
serviço; e

- 21% (vinte e um por cento) sobre a nota fiscal para o cooperado que ficar exposto a
agente nocivo que lhe possibilite aposentadoria por tempo de serviço aos 15 anos de
serviço.

- Como o acréscimo é obrigatório somente em relação aos cooperados expostos a agentes


nocivo, necessário se faz que a cooperativa de trabalho emita nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços específica para os serviços prestados pelos cooperados em condições
especiais ou discriminar o valor dos serviços referentes a estes cooperados, na hipótese de
emitir nota fiscal ou fatura única.

- Com fundamento nos Art.222 a 224, da Instrução Normativa 971/2009.

19.4.2. Cooperativa de Produção

Com relação à cooperativa de produção esta deverá recolher, à título de aposentadoria


especial a que faz jus o cooperado exposto a agentes nocivos a sua saúde, um adicional de
12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (por cento), sobre a remuneração paga ou
creditada ao contribuinte individual, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de
2003, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial seja de quinze, vinte ou vinte e
cinco anos, respectivamente.

Ao final, perfazendo a alíquota total de:

- 32% (trinta e dois por cento) = 20% + 12%

- 29% (vinte e nove por cento) = 20% + 9%

60
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- 26% (vinte e seis por cento) = 20% + 6%

Como já dito, quando desenvolver atividade com exposição dos cooperados a agentes nocivos,
de forma a lhes possibilitar a concessão de aposentadoria especial.

Verifica-se que a empresa que contratar serviços de cooperativa de produção não está
obrigada a recolher a quota patronal de 15%, a obrigação somente persiste quando a
contratação é de uma cooperativa de trabalho.

Com fundamento nos Art.222 a 224, da Instrução Normativa 971/2009.

19.5. Empresas Optantes do Simples

A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) contribuem na forma estabelecida nos arts. 13
e 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006, em substituição às contribuições de que tratam os
arts. 22 e 22-A da Lei nº 8.212, de 1991, o § 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 1991, o art. 25 da
Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, e o § 1º do art. 1º da Lei nº 10.666, de 2003.

Assim, diante da previsão do Art. 22, II, IV, Lei 8.212/91, as Empresas Optantes do Simples,
desde que pertencentes aos anexos I, II, III e V, ficam dispensadas do recolhimento de 15%
valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe
são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Art. 22, II, IV, Lei 8.212/91

IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas
de trabalho."

MÓDULO IV
SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RECEITA PREVIDENCIARIA

1) SERVIÇOS PASSÍVEIS DA RETENÇÃO DO INSS

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 020, DE 14 DE JULHO DE 2011


(DOU de 28.07.2011)

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS

EMENTA: RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.CONSTRUÇÃO CIVIL.


CESSÃO DE MÃO DE OBRA E EMPREITADA DE MÃO-DE-OBRA.

O serviço de instalação e montagem de estruturas metálicas e outros materiais, realizado


mediante empreitada ou cessão de mão de obra, com emissão de nota fiscal de prestação do
serviço relativa à mão de obra utilizada, está sujeita à retenção das contribuições sociais
previdenciárias, inclusive quando o serviço é executado pelo próprio fabricante.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31; Decreto nº 3.048, de 1999, art. 219;
Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, arts. 117, inciso III,142 e 143, parágrafo único.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL M. DA SILVA


Coordenadora-Geral

61
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 019, DE 22 DE JUNHO DE 2011

(DOU de 30.06.2011)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: O serviço de entrega de documentos realizado através da disponibilização de


motociclistas (motoboy),que atuam sob a coordenação e responsabilidade da empresa
contratante, estará sujeito à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, por tratar-
se de cessão de mão-de-obra. Contudo, se o objeto do contrato é a realização de tarefas
específicas,consistentes na coleta, cadastramento, elaboração de protocolos e entrega de
correspondências por motociclistas (motoboy), sob a responsabilidade, coordenação e
orientação da empresa Contratada, não se aplicam às disposições relativas à cessão de mão-
de-obra e não está sujeito a essa retenção. (Revisão de Ofício do Despacho Decisório nº 52 -
SRRF05/Disit, de 2010).
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991,art. 31; RPS, art. 219; IN RFB nº 971, de 2009,
arts. 115 a 118.

LÍCIA MARIA ALENCAR SOBRINHO


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 131, DE 19 DE MAIO DE 2011


(DOU de 03.06.2011)

Assunto: Simples Nacional

SIMPLES NACIONAL. COLETA DE RESÍDUOS. RETENÇÃO DE 11%.

Os serviços de coleta de resíduos são tributados pelo Anexo III da Lei Complementar Nº123,
de 2006. Destarte, enquanto a prestadora for optante, não estão sujeitos à retenção de 11% de
contribuição previdenciária. Todavia, se prestados mediante cessão ou locação de mão-de-
obra, a prestadora deve ser submetida à exclusão do Simples Nacional, após a qual sujeita-se
à referida retenção.
Dispositivos Legais: Lei Complementar Nº123, de 2006, art. 17, XII, art. 18, §§ 5º-C, VI, 5º-F
e 5º-H, art. 32; IN RFB Nº 971, de 2009, art. 118, V, 191, II.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 027, DE 29 DE ABRIL DE 2011


(DOU de 17.05.2011)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: OPERAÇÕES DE TRANSPORTE TERRESTRE DE PASSAGEIROS. RETENÇÃO


DE 11%.

A prestação de serviços de transporte terrestre de passageiros estará sujeita ao instituto da


retenção se realizada mediante cessão de mão-de-obra.

62
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31; Decreto nº 3.048, de 1999 (RPS), art.
219, caput, § 2º, XIX, e § 3º; IN RFB nº 971, de 2009, arts. 115, 116, 117 e 118, XVIII.

LOURDES TERESINHA ROSSONI LUVISON


Auditora-Fiscal p/Delegação de Competência

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 128, DE 17 DE MAIO DE 2011


(DOU de 03.06.2011)

Assunto: Simples Nacional

SIMPLES NACIONAL. PINTURA. EMPREITADA.

A microempresa ou a empresa de pequeno porte prestadora de serviços de pintura predial e


outros de natureza e modo de execução análogos, que têm por finalidade manter, conservar ou
embelezar obra existente, ou aumentar-lhe a utilidade, é tributada na forma do Anexo III da Lei
Complementar Nº 123, de 2006.
Os serviços de acabamento de obra nova, tais como revestimentos, pintura e instalações em
geral, se executados pela empresa contratada para a execução da obra ou por terceiro cuja
atividade principal seja de construção civil, são tributados na forma do Anexo IV. Se
executados por terceiro cuja atividade principal seja de manutenção, instalação ou
conservação em geral, são tributados na forma do Anexo III.
Dispositivos Legais: Lei Complementar Nº 123, de 2006, art. 17, XI, §§ 1º e 2º, art. 18, § 5º-B,
IX, X, § 5º-C, I, § 5º-F.

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

SIMPLES NACIONAL. PINTURA. EMPREITADA.

A microempresa ou a empresa de pequeno porte prestadora de serviços de pintura predial e


outros de natureza e modo de execução análogos, que têm por finalidade manter, conservar ou
embelezar obra existente, ou aumentar-lhe a utilidade, é tributada na forma do Anexo III da Lei
Complementar Nº 123, de 2006.
Os serviços de acabamento de obra nova, tais como revestimentos, pintura e instalações em
geral, se executados pela empresa contratada para a execução da obra ou por terceiro cuja
atividade principal seja de construção civil, são tributados na forma do Anexo IV. Se
executados por terceiro cuja atividade principal seja de manutenção, instalação ou
conservação em geral, são tributados na forma do Anexo III.
Nas hipóteses de tributação pelo Anexo IV, é obrigatória a retenção da contribuição
previdenciária, correspondente a 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal do
serviço. Já nas hipóteses de tributação pelo Anexo III, a retenção é incabível.
Dispositivos Legais: Lei Complementar Nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-C; IN RFB Nº 971, de
2009, arts. 112, 117, III, 142, III, 191, caput e § 2º.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 002, DE 04 DE JANEIRO DE 2011

(DOU de 07.02.2011)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

RETENÇÃO. MANUTENÇÃO DE ELEVADORES. CONSTRUÇÃO CIVIL.

63
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

A manutenção de elevadores é considerada serviço de construção civil sujeita à retenção de


que trata o art. 31 da Lei Nº 8.212, de 1991, quando realizada por cessão de mão de obra ou
empreitada. Esse serviço deixa de ser considerado como de construção civil se a empresa
contratada for a própria fabricante do elevador. RETENÇÃO. MANUTENÇÃO DE
ELEVADORES. EMPREITADA. A prestação de serviço de manutenção de elevadores
realizada pela própria fabricante do equipamento não estará sujeita à retenção de que trata o
art. 31 da Lei Nº 8.212, de 1991, quando realizada através de empreitada, e estará sujeita a
essa retenção quando prestada mediante cessão de mão-de-obra.

Dispositivos Legais: Lei Nº 8.212, de 1991, art. 31; RPS, art. 219; IN RFB Nº 971, de 2009,
arts. 112 a 119, 142, III e Anexo VII.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI

SOLUÇÃO DE CONSULTA N° 004, DE 11 DE JANEIRO DE 2010


(DOU de 16.04.2010)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: RETENÇÃO DE 11%. ATIVIDADE DE TREINAMENTO E ENSINO.

Os serviços de treinamento e ensino somente estarão sujeitos ao instituto da retenção quando


forem prestados mediante cessão de mão-de-obra.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei N°8.212, de 1991, art. 31; Decreto N° 3.048, de 1999 (RPS), art.
219, caput, § 2º, XII; IN RFB N° 971, de 2009, art. 115, 116 e 118, X.

CESAR ROXO MACHADO


Auditor-Fiscal p/ Delegação de Competência

SOLUÇÃO DE CONSULTA N° 102, DE 19 DE ABRIL DE 2010


(DOU de 05.05.2010)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

JARDINAGEM. RETENÇÃO.

Os serviços de jardinagem são considerados de limpeza ou conservação. Prestados mediante


empreitada ou cessão de mão-de-obra, por optantes ou não do Simples Nacional, estão
sujeitos à retenção prevista no art. 31 da Lei No- 8.212, de 1991.
Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB N° 971, de 2009, arts. 117, I, e 191.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 026, DE 6 DE JUNHO DE 2008


(DOU de 10.07.2008)

Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: A empresa contratante de serviços prestados mediante regime de trabalho


temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter onze por cento do valor

64
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. Poderão ser deduzidas da
base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura
ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam: I - ao custo da alimentação in
natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, conforme Lei nº 6.321, de 1976; II - ao fornecimento
de vale-transporte de conformidade com a legislação própria.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31; IN SRP nº 3, de 2005, arts. 140, 143,
152 e 153.

ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA GONZAGA


Chefe da Divisão

2) SERVIÇOS NÃO SUJEITOS A RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE 11%

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 440, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2010

(DOU 02.02.2011)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

RETENÇÃO SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-


OBRA.

Não há a incidência da retenção de contribuição previdenciária de 11% sobre o valor bruto da


nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços de internação de dependentes químicos,
quando esses serviços são realizados nas dependências da contratada.
Dispositivos Legais: Lei Nº 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 31; Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999, artigo 219; e
Instrução Normativa RFB Nº 971, de 13 de novembro de 2009, artigos 112, 116, 118 e 149.

SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 59, DE 28 DE JANEIRO DE 2011

(DOU 07.02.2011)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES. PREPARO NO ESTABELECIMENTO DA


CONTRATANTE. RETENÇÃO.

O fornecimento de refeições prontas, ainda que preparadas nas dependências da contratante,


não caracteriza cessão de mão-deobra. Portanto, não enseja a retenção prevista no art. 31 da
Lei Nº 8.212, de 1991.
Dispositivos Legais: IN RFB Nº 971, de 2009, arts. 115, 118, VI.

65
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA N° 284, DE 11 DE AGOSTO DE 2010

(DOU de 15.09.2010)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

RETENÇÃO SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-


OBRA.

Não há cessão de mão-de-obra na prestação de serviços de manutenção de impressoras e


acessórios, no limite do contrato anexado, pois não há disponibilização do pessoal para a
contratante, não incidindo, portanto, a retenção de contribuição previdenciária de 11% sobre o
valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços.
Dispositivos Legais: Lei N° 8.212, de 1991, art. 31; e Instrução Normativa RFB N° 971, de
2009, art. 118.

SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO


CHEFE

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 093, DE 24 DE AGOSTO DE 2010


(DOU de 29.09.2010)

RETENÇÃO (MANUTENÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA PREVENTIVA E CORRETIVA)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: MANUTENÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA PREVENTIVA E CORRETIVA.


RETENÇÃO DE 11%.

A prestação de serviços de manutenção e assistência técnica preventiva e corretiva, incluindo


reparos e reposição de peças em máquina fragmentadora e desintegradora de cédulas não
está sujeita à retenção de que trata o art. 31 da Lei No- 8.212, de 1991, exceto se mantida
equipe à disposição da empresa contratante.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei No- 8.212, de 1991, art. 31, caput e §§ 3º e 4º; RPS/1999, art.
219, caput e § 2º; IN RFB No- 971, de 2009, arts. 115 e 118, XIV.

CESAR ROXO MACHADO


AUDITOR FISCAL P/ DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 319, DE 03 DE SETEMBRO DE 2009


(DOU de 06.10.2009)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE,


IMPLEMENTAÇÃO E MANUTENÇÃO. RETENÇÃO. INAPLICABILIDADE.

66
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Os serviços de tecnologia da informação, compreendendo o desenvolvimento de software,


implementação e manutenção, não se subsumem nas hipóteses de retenção de 11% do valor
bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. A retenção somente é
aplicada aos serviços previstos na Lei nº 8.212, de 1991, complementados pelo Regulamento
da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999. Dispositivos Legais:
Art. 31, § 4º, da Lei nº 8.212, de 1991; art. 219, § 2º, do Decreto nº 3.048, de 1999 e arts. 145 a
147 da Instrução Normativa MPS / SRP nº 3, de 2005.

VALÉRIA VALENTIM
Chefe da Divisão
Substituta

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 046, DE 02 DE JUNHO DE 2010


(DOU de 27.07.2010)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES. PREPARO EM ESTABELECIMENTO DA


CONTRATANTE. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA. INOCORRÊNCIA.

O fornecimento de refeições prontas, ainda que preparadas nas dependências da contratante,


não caracteriza a cessão de mão-de-obra a ensejar a retenção na fonte do percentual de 11%
(onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços prevista no art.
31 da Lei nº 8.212, de 1991.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31, caput e § 3º; Decreto nº 3.048, de
1999, art. 219; Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, arts. 115 e 118, inciso VI.

LOURDES TERESINHA ROSSONI LUVISON


p/Delegação de Competência

ANEXO VII – IN RFB 971/09


DISCRIMINAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

(Conforme Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE)

41 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

41.2 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

41.20-4 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

4120-4/00 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de edifícios residenciais de qualquer tipo:

- casas e residências unifamiliares;

- edifícios residenciais multifamiliares, incluindo edifícios de grande altura (arranha-céus);

67
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a construção de edifícios comerciais de qualquer tipo:

- consultórios e clínicas médicas;

- escolas;

- escritórios comerciais;

- hospitais;

- hotéis, motéis e outros tipos de alojamento;

- lojas, galerias e centros comerciais;

- restaurantes e outros estabelecimentos similares;

- shopping centers;

- a construção de edifícios destinados a outros usos específicos:

- armazéns e depósitos;

- edifícios garagem, inclusive garagens subterrâneas;

- edifícios para uso agropecuário;

- estações para trens e metropolitanos;

- estádios esportivos e quadras cobertas;

- igrejas e outras construções para fins religiosos (templos);

- instalações para embarque e desembarque de passageiros (em aeroportos, rodoviárias,


portos, etc.);

- penitenciárias e presídios;

- postos de combustível;

- a construção de edifícios industriais (fábricas, oficinas, galpões industriais, etc);

- as reformas, manutenções correntes, complementações e alterações de edifícios de qualquer


natureza já existentes;

- a montagem de edifícios e casas pré-moldadas ou pré-fabricadas de qualquer material, de


natureza permanente ou temporária, quando não realizadas pelo próprio fabricante.

Esta Subclasse não compreende:

- a fabricação e a montagem de casas de madeira (1622-6/01), de concreto (2330-3/04) ou de


estrutura metálica (3321-0/00), pré-moldadas ou pré-fabricadas, quando realizadas pelo próprio
fabricante - a fabricação de estruturas metálicas (2511-0/00);

68
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a realização de empreendimentos imobiliários, residenciais ou não, provendo recursos


financeiros, técnicos e materiais para a sua execução e posterior venda (incorporação
imobiliária) (4110-7/00);

- as obras de instalações elétricas (4321-5/00), hidráulicas, sanitárias e de gás (4322-3/01), etc;

- os serviços de acabamento da construção (43.30-4);

- a execução de edifícios industriais e outros por contrato de construção por administração


(4399-1/01);

- os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e


paisagísticos); (7111-1/00)

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00).

42 - OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA

42.1 - CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS, FERROVIAS, OBRAS URBANAS E OBRAS-DE-ARTE


ESPECIAIS

42.11-1 CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS

4211-1/01 CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção e recuperação de autoestradas, rodovias e outras vias não-urbanas para


passagem de veículos;

- a construção e recuperação de vias férreas de superfície ou subterrâneas, inclusive para


metropolitanos (preparação do leito, colocação dos trilhos, etc.);

- a construção e recuperação de pistas de aeroportos;

- a pavimentação de autoestradas, rodovias e outras vias não-urbanas; pontes, viadutos e


túneis, inclusive em pistas de aeroportos;

- a instalação de barreiras acústicas;

- a construção de praças de pedágio.

Esta Subclasse não compreende:

- a construção de terminais rodoviários e estações para trens metropolitanos (4120-4/00);

- a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-1/02);

- a construção de obras-de-arte especiais (4212-0/00);

- a construção de obras de urbanização (ruas, praças e calçadas), inclusive a pavimentação


dessas vias (4213-8/00);

- a construção de gasodutos, oleodutos e minerodutos (4223-5/00);

69
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a instalação de sistemas de iluminação e sinalização luminosa em vias públicas, rodovias,


ferrovias, portos e aeroportos (4329-1/04);

- os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e


paisagísticos) (7111-1/00);

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00).

4211-1/02 PINTURA PARA SINALIZAÇÃO EM PISTAS RODOVIÁRIAS E AEROPORTOS


(SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos;

- a instalação de placas de sinalização de tráfego e semelhantes.

Esta Subclasse não compreende:

- a fabricação de placas e de painéis luminosos de sinalização de tráfego e semelhantes


(32.99-0);

- a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos
(4213-8/00);

- a instalação de sistemas de iluminação e sinalização luminosa em vias públicas, rodovias,


ferrovias, portos e aeroportos (4329-1/04).

42.12-0 CONSTRUÇÃO DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS

4212-0/00 CONSTRUÇÃO DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção e recuperação de pontes, viadutos, elevados, passarelas, etc;

- a construção de túneis (urbanos, em rodovias, ferrovias, metropolitanos).

Esta Subclasse não compreende:

- a construção de rodovias, vias férreas e pistas de aeroportos (4211-1/01);

- a construção de obras de urbanização (ruas, praças e calçadas), inclusive a pavimentação


dessas vias (4213-8/00);

- as obras portuárias, marítimas e fluviais (4291-0/00);

- as obras de montagem industrial (4292-8/02);

- os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e


paisagísticos) (7111-1/00);

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00);

70
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- os serviços de paisagismo (8130-3/00).

42.13-8 OBRAS DE URBANIZAÇÃO - RUAS, PRAÇAS E CALÇADAS

4213-8/00 OBRAS DE URBANIZAÇÃO - RUAS, PRAÇAS E CALÇADAS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos;

- a construção de praças e calçadas para pedestres;

- os trabalhos de superfície e pavimentação em vias urbanas, ruas, praças e calçadas;

- a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos.

Esta Subclasse não compreende:

- a fabricação de placas e de painéis luminosos, a sinalização de tráfego e semelhantes (3299-


0/04);

- a construção de rodovias, vias férreas e pistas de aeroportos (4211-1/01);

- a construção de obras-de-arte especiais (4212-0/00);

- a instalação de sistemas e equipamentos de iluminação pública e sinalização em vias


urbanas, ruas, praças e calçadas (4329-¼);

- os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e


paisagísticos) (7111-1/00);

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00);

- os serviços de paisagismo (8130-3/00).

42.2 - OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA ENERGIA ELÉTRICA, TELECOMUNICAÇÕES,


ÁGUA, ESGOTO E TRANSPORTE POR PRODUTOS POR OUTROS

42.21-9 OBRAS PARA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E PARA


TELECOMUNICAÇÕES

4221-9/01 CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS E REPRESAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de barragens e represas para geração de energia elétrica.

Esta Subclasse não compreende:

- a construção de usinas, estações e subestações hidrelétricas, eólicas, nucleares,


termoelétricas, etc. (4221-9/02).

71
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

4221-9/02 CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de usinas, estações e subestações hidrelétricas, eólicas, nucleares,


termoelétricas, etc;

- a construção de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica, inclusive o serviço de


eletrificação rural;

- a construção de redes de eletrificação para ferrovias e metropolitanos.

Esta Subclasse não compreende:

- a manutenção de redes de eletricidade quando executada por empresas de produção e


distribuição de energia elétrica (grupo 35.1).

4221-9/03 MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


(SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a manutenção de redes de distribuição de energia elétrica, quando executada por empresa


não-produtora ou distribuidora de energia elétrica.

Esta Subclasse não compreende:

- a manutenção de redes de eletricidade, quando executada por empresas de produção e


distribuição de energia elétrica (grupo 35.1).

4221-9/04 CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- as obras para implantação de serviços de telecomunicações:

- construção de redes de longa e média distância de telecomunicações;

- a execução de projetos de instalações para estações de telefonia e centrais telefônicas.

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação de cabos submarinos (4291-0/00);

- a manutenção de conexões operacionais à rede de telecomunicações em prédios


residenciais, comerciais, industriais, etc. (6190-6/99).

4221-9/05 MANUTENÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a manutenção de estações e redes de longa e média distância de telecomunicações.

Esta Subclasse não compreende:

72
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a manutenção de conexões operacionais à rede de telecomunicações em prédios


residenciais, comerciais, industriais, etc. (6190-6/99);

- a instalação e reparação de sistemas de telecomunicações, como, por exemplo, estações


telefônicas (9512-6/00).

42.22-7 CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO


E CONSTRUÇÕES CORRELATAS

4222-7/01 CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE


ESGOTO E CONSTRUÇÕES CORRELATAS, EXCETO OBRAS DE IRRIGAÇÃO

Esta Subclasse compreende:

- a construção de sistemas para o abastecimento de água tratada: reservatórios de distribuição,


estações elevatórias de bombeamento, linhas principais de adução de longa e média distância
e redes de distribuição de água (OBRA);

- a construção de redes de coleta de esgoto, inclusive de interceptores (OBRA);

- a construção de estações de tratamento de esgoto (ETE)(OBRA);

- a construção de estações de bombeamento de esgoto (OBRA);

- a construção de galerias pluviais (OBRA);

- a manutenção de redes de abastecimento de água tratada (SERVIÇO);

- a manutenção de redes de coleta e de sistemas de tratamento de esgoto (SERVIÇO).

Esta Subclasse não compreende:

- as obras de irrigação (4222-7/02);

- a perfuração de poços de água (4399-1/05);

- a construção de emissários submarinos (4291-0/00);

- as obras de drenagem (4319-3/00);

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00).

4222-7/02 OBRAS DE IRRIGAÇÃO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- as obras de irrigação (canais).

Esta Subclasse não compreende:

- a perfuração de poços de água (4399-1/05);

- as obras de drenagem (4319-3/00).

73
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

42.23-5 CONSTRUÇÃO DE REDES DE TRANSPORTES POR DUTOS, EXCETO PARA


ÁGUA E ESGOTO

4223-5/00 CONSTRUÇÃO DE REDES DE TRANSPORTES POR DUTOS, EXCETO PARA


ÁGUA E ESGOTO (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de redes de transporte por dutos: oleodutos, gasodutos, minerodutos.

Esta Subclasse não compreende:

- a construção de linhas principais de adução de longa e de média distâncias e redes de


distribuição de água (4222-7/01).

- a construção de redes de coleta de esgoto, inclusive de interceptores (4222-7/01)

42.9 - CONSTRUÇÃO DE OUTRAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA

42.91-0 OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS

4291-0/00 OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS

Esta Subclasse compreende:

- as obras marítimas e fluviais, tais como:

- construção de instalações portuárias (OBRA);

- construção de portos e marinas (OBRA);

- construção de eclusas e canais de navegação (vias navegáveis)(OBRA);

- enrocamentos (SERVIÇO);

- obras de dragagem (SERVIÇO);

- aterro hidráulico (SERVIÇO);

- barragens, represas e diques, exceto para energia elétrica (OBRA);

- a construção de emissários submarinos (OBRA);

- a instalação de cabos submarinos (SERVIÇO).

Esta Subclasse não compreende:

- a construção de instalações para embarque e desembarque de passageiros (aeroportos,


rodoviárias, portos, etc.) (4120-4/00);

- as obras de drenagem (4319-3/00).

42.92-8 MONTAGEM DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E DE ESTRUTURAS METÁLICAS


42.92-8/01 MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS (SERVIÇO)

74
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Esta Subclasse compreende:

- a montagem de estruturas metálicas permanentes;

- os serviços de soldagem de estruturas metálicas.

Esta Subclasse não compreende:

- a montagem de estruturas metálicas quando executada pelo próprio fabricante (2521-7/00);

- a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (3321-0/00);

- a montagem e desmontagem de andaimes, plataformas, fôrmas para concreto, escoramentos


e outras estruturas temporárias (4399-1/02).

4292-8/02 OBRAS DE MONTAGEM INDUSTRIAL (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- as obras de montagem de instalações industriais (tubulações, redes de facilidades), tais


como:

- refinarias;

- plantas de indústrias químicas.

Esta Subclasse não compreende:

- a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (3321-0/00);

- a montagem e desmontagem de andaimes, plataformas, fôrmas para concreto, escoramentos


e outras estruturas temporárias (4399-1/02).

42.99-5 OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

42.99-5/01 CONSTRUÇÃO DE INSTALAÇÕES ESPORTIVAS E RECREATIVAS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de instalações esportivas e recreativas, tais como pistas de competição,


quadras esportivas, piscinas olímpicas e outras construções similares.

Esta Subclasse não compreende:

a construção de estádios esportivos e quadras cobertas (4120-4/00).

4299-5/99 OUTRAS OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL NÃO ESPECIFICADAS


ANTERIORMENTE (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a construção de estruturas com tirantes;

- as obras de contenção;

75
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a construção de cortinas de proteção de encostas e muros de arrimo;

- a subdivisão de terras com benfeitorias (p. ex., construção de vias, serviços de infra-estrutura,
etc.).

Esta Subclasse não compreende:

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00).

43 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO

43.1 - DEMOLIÇÃO E PREPARAÇÃO DO TERRENO

43.11-8 DEMOLIÇÃO E PREPARAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRAS

4311-8/01 DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIOS E OUTRAS ESTRUTURAS (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- o desmonte e demolição de estruturas previamente existentes (manual, mecanizada ou


através de implosão).

Esta Subclasse não compreende:

- a descontaminação do solo (3900-5/00);

- a preparação de canteiro e limpeza de terreno (4311-8/02);

- as obras de terraplenagem e escavações diversas para construção civil (4313-4/00);

- os derrocamentos (desmonte de rochas) (4313-4/00);

- a demarcação dos locais para construção (4319-3/00);

- a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00).

4311-8/02 PREPARAÇÃO DE CANTEIRO E LIMPEZA DE TERRENO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a preparação de canteiros de obras e limpeza do terreno.

Esta Subclasse não compreende:

- a descontaminação do solo (3900-5/00);

- a demolição de edifícios (4311-8/01);

- as obras de terraplenagem e escavações diversas para construção civil (4313-4/00);

- os derrocamentos (desmonte de rochas) (4313-4/00);

- a demarcação dos locais para construção (4319-3/00);

76
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00).

43.12-6 PERFURAÇÕES E SONDAGENS

4312-6/00 PERFURAÇÕES E SONDAGENS (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- as sondagens destinadas à construção;

- as perfurações e furos para investigação do solo e núcleo para fins de construção, com
propósitos geofísicos, geológicos e similares.

Esta Subclasse não compreende:

- a exploração de campo de produção de petróleo e gás natural que inclua as investigações


geofísicas, geológicas e sísmicas (0600-0/01);

- a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações


geofísicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou
quando realizada por terceiros (0910-6/00);

- a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00);

- a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05);

- as atividades de prospecção geológica (7119-7/02).

43.13-4 OBRAS DE TERRAPLENAGEM

4313-4/00 OBRAS DE TERRAPLENAGEM (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- o conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras,


necessárias à realização de uma obra - a execução de escavações diversas para construção
civil;

- os derrocamentos (desmonte de rochas);

- o nivelamento para a execução de obras viárias e de aeroportos;

- a destruição de rochas através de explosivos;

- o aluguel, com operador, de máquinas e equipamentos destinados aos serviços de


terraplenagem.

Esta Subclasse não compreende:

- a escavação de minas para fins de extração (divisões 05, 07 e 08);

- as obras de drenagem (4319-3/00);

- a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00).

77
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

43.19-3 SERVIÇOS DE PREPARAÇÃO DO TERRENO NÃO ESPECIFICADOS


ANTERIORMENTE

4319-3/00 SERVIÇOS DE PREPARAÇÃO DO TERRENO NÃO ESPECIFICADOS


ANTERIORMENTE (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a drenagem do solo destinado à construção;

- a demarcação dos locais para construção;

- o rebaixamento de lençóis freáticos;

- a preparação de locais para mineração;

- a remoção de material inerte e outros tipos de refugo de locais de mineração, exceto os locais
de extração de petróleo e gás natural;

- os nivelamentos diversos para construção civil, exceto para execução de obras viárias e de
aeroportos;

- a drenagem de terrenos agrícolas ou florestais.

Esta Subclasse não compreende:

- a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações


geofísicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou
quando realizada por terceiros (0910-6/00);

- a descontaminação do solo (3900-5/00);

- a preparação de canteiro e limpeza de terreno (4311-8/02);

- a execução de escavações diversas para a construção (4313-4/00);

- o nivelamento para execução de obras viárias e de aeroportos (4313-4/00);

- a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00);

- a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05).

43.2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, HIDRÁULICAS E OUTRAS INSTALAÇÕES EM


CONSTRUÇÕES

43.21-5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

4321-5/00 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICA (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de;

- sistemas de eletricidade (cabos de qualquer tensão, fiação, materiais elétricos, etc.);

78
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- cabos para instalações telefônicas e de comunicações;

- cabos para redes de informática e televisão a cabo, inclusive por fibra óptica;

- antenas coletivas e parabólicas;

- pára-raios;

- sistemas de iluminação;

- sistemas de alarme contra incêndio;

- sistemas de alarme contra roubo;

- sistemas de controle eletrônico e automação predial;

- a instalação de equipamentos elétricos para aquecimento.

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação de elevadores, escadas e esteiras rolantes de fabricação própria (28.22-4);

- a instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes, exceto de


fabricação própria (4329-1/03);

- a construção de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica, inclusive o serviço de


eletrificação rural (4221-9/02);

- as obras para implantação de serviços de telecomunicações (construção e manutenção de


redes de longa e média distância de telecomunicações) (4221-9/04);

- a instalação de sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos (4322-
3/01);

- a instalação de sistema de prevenção contra incêndio (4322-3/03);

- a montagem ou instalação de sistemas e equipamentos de iluminação e sinalização em vias


públicas, portos e aeroportos (4329-¼);

- o monitoramento, inclusive por meio remoto, de sistemas de alarme de segurança e incêndio


eletrônicos, inclusive a sua instalação e manutenção (8020-0/00).

43.22-3 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, DE SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E


REFRIGERAÇÃO

4322-3/01 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, SANITÁRIAS E DE GÁS (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de;

- sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos;

- equipamentos hidráulicos e sanitários;

79
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- ligações de gás;

- tubulações de vapor;

- a instalação, alteração, manutenção e reparo de rede para distribuição de gases e fluídos


diversos (p. ex., oxigênio nos hospitais).

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação e manutenção de sistemas de refrigeração central, exceto industrial, quando


realizadas pelo fabricante (2824-1/02);

- a instalação e manutenção de coletores solares de energia quando realizadas pelo fabricante


(2829-1/99);

- as instalações de equipamentos elétricos para aquecimento (4321-5/00).

4322-3/02 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS CENTRAIS DE AR


CONDICIONADO, DE VENTILAÇÃO E REFRIGERAÇÃO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de;

- sistemas de refrigeração central, quando não realizados pelo fabricante;

- sistemas de ventilação mecânica controlada, inclusive exaustores;

- a instalação de sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos.

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação e manutenção de sistemas de refrigeração central, exceto industrial, quando


realizadas pelo fabricante (2824-1/02).

4322-3/03 INSTALAÇÕES DE SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação, alteração, manutenção e reparo, em todos os tipos de construções, de sistemas


de prevenção contra incêndio.

Esta Subclasse não compreende:

- o monitoramento, inclusive por meio remoto, de sistemas de alarme de segurança e incêndio


eletrônicos, inclusive a sua instalação e manutenção (8020-0/00).

4329-1 OBRAS DE INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES NÃO ESPECIFICADAS


ANTERIORMENTE

4329-1/01 INSTALAÇÃO DE PAINÉIS PUBLICITÁRIOS (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação de:

80
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- anúncios e letreiros luminosos;

- outdoors;

- placas e painéis de identificação.

Esta Subclasse não compreende:

- a fabricação de painéis e letreiros luminosos (3299-0/04);

- a colocação de anúncios e propagandas em outdoors (7312-2/00);

- o agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação (7312-


2/00).
4329-1/02 INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ORIENTAÇÃO À NAVEGAÇÃO
MARÍTIMA FLUVIAL E LACUSTRE (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação de equipamentos para orientação à navegação marítima, fluvial e lacustre.

4329-1/03 INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE ELEVADORES, ESCADAS E


ESTEIRAS ROLANTES, EXCETO DE FABRICAÇÃO PRÓPRIA (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a montagem, instalação e reparação de equipamentos incorporados às construções, como


elevadores, escadas e esteiras rolantes, portas automáticas e giratórias, etc., por unidades
especializadas, exceto quando realizada pelo próprio fabricante.

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes para


transporte e elevação de pessoas de fabricação própria (2822-4/01).

4329-1/04 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE


ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO EM VIAS PÚBLICAS, PORTOS E AEROPORTOS
(SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a montagem ou instalação de sistemas de iluminação e sinalização em vias públicas,


rodovias, ferrovias, portos e aeroportos - a iluminação urbana e semáforos;

- a iluminação de pistas de decolagem.

Esta Subclasse não compreende:


- a fabricação de placas e de painéis luminosos, a sinalização de tráfego e semelhantes (3299-
0/04);

- a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-1/02).

4329-1/05 TRATAMENTOS TÉRMICOS, ACÚSTICOS OU DE VIBRAÇÃO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

81
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- os serviços de tratamento térmico, acústico ou de vibração.

4329-1/99 OUTRAS OBRAS DE INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES NÃO


ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação de sistemas de limpeza por vácuo;

- o revestimento de tubulações.

Esta Subclasse não compreende:

- a instalação de máquinas industriais (grupo 33.2);

- a instalação de sistemas de refrigeração e de aquecimento não-elétricos (4322-3/01);

- a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01);

- a instalação de esquadrias de metal ou madeira (4330-4/02);

- a instalação de toldos e persianas (4330-4/99).

43.3 - OBRAS DE ACABAMENTO

43.30-4 OBRAS DE ACABAMENTO

4330-4/01 IMPERMEABILIZAÇÃO EM OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil.

Esta Subclasse não compreende:

- a aplicação de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores (4330-4/05).

4330-4/02 INSTALAÇÃO DE PORTAS, JANELAS, TETOS, DIVISÓRIAS E ARMÁRIOS


EMBUTIDOS DE QUALQUER MATERIAL (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a instalação de esquadrias de metal, madeira ou qualquer outro material, quando não


realizada pelo fabricante;

- a instalação de portas, janelas, alisares de portas e janelas, cozinhas equipadas, escadas,


equipamentos para lojas comerciais e similares, em madeira e outros materiais, quando não
realizada pelo fabricante;

- a execução de trabalhos em madeira em interiores, quando não realizada pelo fabricante;

- a instalação ou montagem de estandes para feiras e eventos diversos quando não integrada
à atividade de criação.

Esta Subclasse não compreende:

82
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a fabricação de esquadrias e forros de madeira (1622-6/02);

- a instalação de esquadrias e forros de madeira, quando realizada pelo fabricante (1622-6/02);

- a fabricação de esquadrias metálicas (2512-8/00);

- a instalação de esquadrias de metal, quando realizada pelo fabricante (2512-8/00);

- a montagem de estandes para feiras e eventos diversos quando integrada à atividade de


criação (7319-0/01).

4330-4/03 OBRAS DE ACABAMENTO EM GESSO E ESTUQUE (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- os serviços de acabamento em gesso e estuque.

Esta Subclasse não compreende:

- a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01);

- a limpeza especializada de exteriores de edifícios (4399-1/99);

- a atividade de decoração de interiores (7410-2/02);

- a limpeza geral de interiores de edifícios e outras estruturas (8121-4/00).

4330-4/04 SERVIÇOS DE PINTURA DE EDIFÍCIOS EM GERAL (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- os serviços de pintura, interior e exterior, em edificações de qualquer tipo;

- os serviços de pintura em obras de engenharia civil.

Esta Subclasse não compreende:

- a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-½);

- a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos
(4213-8/00);

- os serviços de acabamento em gesso e estuque (4330-4/03);

- a colocação de papéis de parede (4330-4/05);

- a aplicação de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores (4330-4/05).

4330-4/05 APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS E DE RESINAS EM INTERIORES E


EXTERIORES (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a colocação de revestimentos de cerâmica, azulejo, mármore, granito, pedras e outros


materiais em paredes e pisos, tanto no interior quanto no exterior de edificações;

83
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a colocação de tacos, carpetes e outros materiais de revestimento de pisos;

- a calafetagem, raspagem, polimento e aplicação de resinas em pisos;

- a colocação de papéis de parede.

Esta Subclasse não compreende:

- a impermeabilização em obras de engenharia civil (4330-4/01);

- os serviços de limpeza de fachada, com jateamento de areia e semelhante (4399-1/99)

4330-4/99 OUTRAS OBRAS DE ACABAMENTO DA CONSTRUÇÃO (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- os serviços de chapisco, emboço e reboco;

- a instalação de toldos e persianas;

- a instalação de piscinas pré-fabricadas, quando não realizada pelo fabricante;

- a colocação de vidros, cristais e espelhos;

- outras atividades de acabamento em edificações, não especificadas anteriormente.

Esta Subclasse não compreende:

- a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01);

- as obras de alvenaria (4399-1/03);

- a limpeza especializada de exteriores de edifícios (4399-1/99);

- a atividade de decoração de interiores (7410-2/02);

- a limpeza geral de interiores de edifícios e outras estruturas (8121-4/00).

43.9 - OUTROS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO

43.91-6 OBRAS DE FUNDAÇÕES

4391-6/00 OBRAS DE FUNDAÇÕES

Esta Subclasse compreende:

- a execução de fundações diversas para edifícios e outras obras de engenharia civil, inclusive
a cravação de estacas (OBRA);

- a execução de reforço de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (OBRA);

- o aluguel, com operador, de equipamentos para execução de fundações (SERVIÇO).

Esta Subclasse não compreende:

84
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações


geofísicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou
quando realizada por terceiros (0910-6/00);

- as sondagens destinadas à construção civil (4312-6/00);

- as obras de terraplenagem (4313-4/00);

- o rebaixamento de lençóis freáticos e a drenagem do solo destinado à construção (4319-


3/00);

- a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05);

- as atividades de prospecção geológica (7119-7/02).

43.99-1 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS


ANTERIORMENTE 4399-1/01 ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- as atividades de gerenciamento e execução de obras através de contrato de construção por


administração;

- as atividades de direção e a responsabilidade técnica da obra.

Esta Subclasse não compreende:

- a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42);

- a incorporação de empreendimentos imobiliários (4110-7/00);

- os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de


instalações, supervisão, fiscalização e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00).

4399-1/02 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ANDAIMES E OUTRAS ESTRUTURAS


TEMPORÁRIAS (SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- a montagem e desmontagem de plataformas de trabalho e andaimes, exceto o aluguel de


andaimes e plataformas de trabalho - a montagem e desmontagem de fôrmas para concreto e
escoramentos;
- a montagem e desmontagem de estruturas temporárias.

Esta Subclasse não compreende:

- a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (divisão 33);

- o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-


2/02);

- a montagem e desmontagem de estruturas metálicas permanentes por conta de terceiros


(4292-8/01).

4399-1/03 OBRAS DE ALVENARIA (OBRA)

85
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

Esta Subclasse compreende:

- as obras de alvenaria.

Esta Subclasse não compreende:

- os serviços de chapisco, emboço e reboco (4330-4/99).

4399-1/04 SERVIÇOS DE OPERAÇÃO E FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS PARA


TRANSPORTE E ELEVAÇÃO DE CARGAS E PESSOAS PARA USO EM OBRAS
(SERVIÇO)

Esta Subclasse compreende:

- o aluguel com operador ou os serviços de operação e fornecimento de equipamentos para


transporte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras, tais como;

- elevadores de obras;

- empilhadeiras;

- guindastes e gruas.

Esta Subclasse não compreende:

- a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42);

- o aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador (7732-2/01);

- o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-


2/02).

4399-1/05 PERFURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE POÇOS DE ÁGUA (OBRA)

Esta Subclasse compreende:

- a perfuração e construção de poços de água.

4399-1/99 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS


ANTERIORMENTE

Esta Subclasse compreende:

- a construção de fornos industriais (OBRA);

- a construção de partes de edifícios, tais como: telhados, coberturas, chaminés, lareiras,


churrasqueiras, etc. (OBRA);

- os serviços de limpeza de fachadas, com jateamento de areia, vapor e semelhantes


(SERVIÇO).

Esta Subclasse não compreende:

- a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42);

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Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

- as obras de montagem industrial (4292-8/02);

- a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01);

- o aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador (7732-2/01);

- o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-


2/02).

Modelo aprovado pela INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 971 / 2009 (DOU de 17.11.2009)

ANEXO VIII

ATIVIDADES OU SERVIÇOS NÃO-INCLUÍDOS NA COMPOSIÇÃO DO CUB,


SUJEITOS À RETENÇÃO DE 11% (ONZE POR CENTO):
01 - instalação de estruturas metálica;
02 - instalação de estrutura de concreto armado (pré-moldada);
03 - obras complementares na construção civil: ajardinamento; recreação; terraplenagem;
urbanização;
04 - lajes de fundação radiers;
05 - instalação de aquecedor, bomba de recalque, incineração, playground, equipamento de
garagem, equipamento de segurança, equipamento contraincêndio e de sistema de
aquecimento a energia solar;
06 - instalação de elevador, quando houver emissão de nota fiscal - fatura de serviço (NFFS);
07 - instalação de esquadrias metálicas;
08 - colocação de gradis;
09 - montagem de torres;
10 - locação de equipamentos com operador;
11- impermeabilização contratada com empresa especializada.
ATIVIDADES OU SERVIÇOS NÃO-INCLUÍDOS NA COMPOSIÇÃO DO CUB,
NÃO-SUJEITOS À RETENÇÃO DE 11% (ONZE POR CENTO): - SERVIÇOS
EXCLUSIVOS DE:

01 - instalação de antena coletiva;


02 - instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de
aquecimento, de calefação ou de exaustão;
03 - instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de
aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas
da nota fiscal de venda mercantil;
04 - instalação de estruturas e de esquadrias metálicas, de equipamento ou de material,
quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil;
05 - jateamento ou hidrojateamento;
06 - perfuração de poço artesiano;
07 - sondagem de solo;
08 - controle de qualidade de materiais;
09 - locação de equipamentos sem operador;
10 - serviços de topografia;
11 - administração, fiscalização e gerenciamento de obras;
12 - elaboração de projeto arquitetônico e estrutural;
13 - assessorias ou consultorias técnicas;

87
Retenções Previdenciárias em Notas Fiscais

14 - locação de caçambas;
15 - fundações especiais (exceto lajes de fundação radiers).

RELAÇÃO DE PROFISSIONAIS NÃO-INCLUÍDOS NO CUB, SEGUNDO NBR


12721/2006:
01 - engenheiro e arquiteto projetistas;
02 - encarregado;
03 - almoxarife;
04 - auxiliar de almoxarife;
05 - apontador;
06 - demais administrativos da obra.

Contato
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