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Além das pautas retrogradas na educação, várias outras ações governamentais têm colocado em
risco a sociedade, o meio ambiente e o trabalho no Brasil, a exemplo do que segue abaixo:
Decreto 9.685 revogou parte do Estatuto do Desarmamento para permitir o porte
desmedido de armas de fogo por cidadãos comuns;
Projeto de Lei “Anticrime”, do ministro Sérgio Moro, pretende tornar inimputável a força
policial contra cidadãos, sobretudo jovens e negros;
Transferência da demarcação de terras indígenas da Funai para o Ministério da
Agricultura, amplamente controlado pelo agronegócio;
Degradação do meio ambiente com a ampliação do desmatamento e a liberação de
defensivos agrícolas nas lavouras, com estímulo à caça e à comercialização da fauna e da
flora;
Fim do Ministério do Trabalho, tornando a classe trabalhadora ainda mais refém da
ganância do capital;
Revogação da política de ganho real do salário mínimo e suspensão de benefícios
assistenciais e previdenciários que atingem os mais necessitados;
Cortes na base de atendimento do programa Bolsa Família, medida iniciada ainda no
governo Temer, entre tantas outras (des)medidas que visam aniquilar direitos e garantias
assegurados na Constituição Federal.
Ao mesmo tempo, esse governo possui um banqueiro no comando da economia nacional com o
único intuito de saquear as riquezas naturais, de privatizar as empresas estatais e os fundos
públicos (Educação, Saúde e Previdência) e de explorar sem piedade a força de trabalho do povo.
O senhor Paulo Guedes, dono do Banco Pactual e de outras empresas, inclusive no setor
educacional, se mostra totalmente insensível e inepto para combater a escalada sem precedentes
do desemprego no país. E, agora, junto com Bolsonaro, quer destruir a Previdência e a
Assistência Social públicas por meio da PEC 6/2019. Não deixaremos!
No campo externo, a soberania do Brasil cai por terra diante da constante submissão aos desejos
norte-americanos, inclusive de controle de parte do território nacional, das reservas naturais e
do comércio externo, inviabilizando qualquer projeto de nação próspera, altiva, inclusiva e de
boas relações com os diferentes países e civilizações. A discriminação ideológica que impera na
educação também rege as relações internacionais do Brasil, que ressuscitou o macarthismo e
impõe ideologias religiosas para selecionar parceiros externos, inclusive comerciais.
Por essas e outras razões, que cotidianamente afrontam a soberania nacional e os avanços
conquistados a duras penas por nossa sociedade, a CNTE reforça a convocação de suas entidades
filiadas para a Greve Nacional da Educação, no próximo dia 15 de maio, devendo ser articuladas
outras adesões do campo educacional, social e sindical em todos os estados.
Por educação pública, gratuita, plural, laica, desmilitarizada, democrática, sem violência, de
qualidade, integral, com profissionais valorizados e para todos/as!