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Eudaimonia: a vida feliz no


pensamento aristotélico

Por maurocastro / 14/04/2012 / Aristóteles, Daniel Fernandes Moreira / Deixe um comentário


Danielthese
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Fernandes Moreira

Introdução

A vida é uma caminhada da qual todos nós estamos à mercê. Estes caminhos podem nos levar a uma
vida repleta de alegrias ou de sofrimentos, dependendo do rumo que dermos ela. Ao nos
debruçarmos sobre a ética aristotélica, inquietam-nos algumas perguntas: “Qual a melhor vida? Qual
é o bem supremo da vida? O que é virtude? Como encontrar felicidade?” (DURANT, s.d., p. 73) Para
estas questões Aristóteles dedica dois de seus livros: “A Ética” e “Ética a Nicômaco” tendo em vista
responde-las e nos apresentar um caminho para a busca da eudaimonia, da vida feliz a qual todos
aspiramos. O presente artigo tem como objetivo investigar se é verdadeiramente possível a existência
desta vida feliz, qual o caminho para alcançá-la e, afinal de contas, o que é esta felicidade proposta
pelo nosso filósofo tendo como base a sua obra intitulada “Ética a Nicômaco” uma vez que todos nós
almejamos a felicidade e a vida feliz.

O que é felicidade?

Para entendermos o que Aristóteles apresenta sobre a felicidade temos que primeiramente descobrir
o que é o bem para este autor:

Admite-se geralmente que toda arte e toda investigação, assim como toda ação e toda escolha,
tem em mira um bem qualquer; e por isso foi dito, com muito acerto, que o bem é aquilo para que
todas as coisas tendem. Mas observa-se entre os fins uma certa diferença: alguns são atividades,
outros são produtos distintos das atividades que os produzem. Onde existem fins distintos das
ações, são eles por natureza mais excelentes do que estas. (ARISTÓTELES, 1979, p. 49)

Fica bastante claro o que Aristóteles quer dizer sobre o bem. Percebemos que para Aristóteles bem é
um fim, algo que nós procuramos por si mesmo e não em busca de outras coisas, pois se assim fosse
estas coisas não seriam um fim, mas um caminho para ele e, ainda, bem é o final de toda a ação.

Entre os bens, os fins, existem alguns que são mais nobres e mais desejáveis que os outros. Mas qual
seria? O filósofo apresenta claramente que um deles é a felicidade uma vez que “(…) escolhemos a
felicidade por ela própria, sem ter em vista algo mais remoto; pelo contrário, escolhemos a honra, o
prazer, o intelecto (…) por acreditarmos que através deles sermos felizes” (ARISTÓTELES apud
DURANT, s.d., p. 74).

Agora que já sabemos o que é o bem e colocamos a felicidade em seu devido lugar, podemos voltar

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para a nossa investigação, afinal o que é felicidade? Na época do nosso filósofo havia diversos
conceitos de felicidade e “Aristóteles sabe disso; e por isso, de propósito, reduz a três essas diversas
opiniões: a felicidade é o prazer, a felicidade é a glória ou a virtude, a felicidade é a contemplação”
(PHILIPPE, 2002, p.33). Todas essas maneiras de conhecer a felicidade mostram que ela é um fim
último das nossas atividades, pois se procuramos o prazer é para encontrarmos a felicidade, se
vivemos a procura de glória ou em uma vida virtuosa é porque queremos ser felizes e, se levamos
uma vida contemplativa, é porque encontramos nela a felicidade.

A felicidade é o fim último das nossas atividades e não atividades e não o seu fim particular e
intermediário, porque é o bem supremo do homem, isto é, o bem perfeito que lhe basta e que se o
procura por si mesmo. (PHILIPPE, 2002, p.34).

Como se alcança a felicidade?

A preocupação de Aristóteles, entretanto, não é definir o que é felicidade, mas nos mostrar um
caminho para alcançarmos a felicidade. Em sua definição de felicidade ele nos apresenta dois
caminhos: um a “vida política e moral, a que se dilata sob o controle da ‘reta razão’; [e outro a] vida
contemplativa, que exalta a parte mais divina da natureza humana, (…) capacidade natural de atingir
a verdade última” (PHILIPPE, 2002, p.33).

A vida política e moral que deve ser regida pela “reta razão” é a vida virtuosa, a vida prática, o bem
agir e aqui entra no pensamento aristotélico toda a discussão sobre o meio termo que é a única forma
de agirmos bem.

Esse meio termo, a virtude, é a justa medida entre dois extremos de uma ação, por exemplo: o meio
termo (que é a virtude) dos prazeres é a temperança, ao passo que os extremos (que são os vícios) são
a libertinagem e a insensibilidade. O meio termo não é único: não é possível dizer que esta é a
temperança para todos os homens, o que posso dizer é que há uma determinada medida que é a
medida do homem bom e virtuoso. “(…) a virtude e o homem bom como tais são a medida de todas
as coisas (…)” (ARISTÓTELES, 1979, p. 226).

Porem, o homem virtuoso e, por conseguinte feliz, não o é em determinados momentos, mas ele só
pode ser considerado assim no decorrer de sua vida, pois “uma andorinha não faz verão, nem um
dia tão pouco; e da mesma forma um dia, ou um breve espaço de tempo, não faz um homem feliz e
venturoso” (ARISTÓTELES, 1979, p. 56).

Segundo Aristóteles, é necessária uma vida virtuosa para alcançarmos a felicidade, porem em
segundo plano, porque em primeiro plano temos a vida contemplativa, não a contemplação das
Ideias de Platão, mas uma vida autossuficiente, uma vida comparável à vida dos deuses, ou seja, uma
vida sem muitas necessidades, uma vida sem apegos, uma vida livre. É esta vida que é considerada a
vida feliz, a vida eudaimônica e quem nos permite isso é a razão: “a razão é divina em comparação
com o homem, a vida conforme a razão é divina em comparação com a vida humana (…)
procuremos tornar-nos imortais e envidar todos os esforços para viver de acordo com o que há de
melhor em nós” (ARISTÓTELES, 1979, p. 229).

Considerações finais

Após essa breve explanação sobre a felicidade, concluímos que a felicidade é um caminho de toda
uma vida que deve ser guiada segundo a razão; que a felicidade não é uma disposição, mas sim uma
atividade; que ela é um fim em si mesma e, portanto, o bem supremo e que a única forma de a
alcançarmos é tendo uma vida autossuficiente e virtuosa, ou como o nosso filosofo disse uma vida
contemplativa e pratica, nos esforçando a cada dia para viver de acordo com a nossa razão e, somente
se assim o fizermos é que seremos felizes.

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Referências

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 45-236 (Os Pensadores)

DURANT, Will. A filosofia de Aristóteles. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. 124 p.

PHILIPPE, Marie-Dominique. Introdução à filosofia de Aristóteles. São Paulo: Paulus, 2002.

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