Sunteți pe pagina 1din 4

Números

Quanto é dois? Como, mais geralmente, vamos definir números? Para


preparar a resposta, vamos considerar um conjunto X e formar a coleção P de
todos os pares não ordenados {a, b}, com a, b ∈ X e a = 6 b. Parece claro que
todos os conjuntos na coleção P têm uma propriedade em comum, a saber,
a propriedade de consistirem de dois elementos. É tentador tentar definir
a mesma como a propriedade comum de todos os conjuntos na coleção P ,
mas é preciso resistir a essa tentação; tal definição é, sobretudo, sem sentido
matemático. O que é uma "propriedade"? Como sabemos que existe apenas
uma propriedade em comum a todos os conjuntos em P .
Após alguma cogitação podemos conseguir uma maneira de salvar a
ideia por trás da definição proposta sem usar expressões vagas tal como "a
propriedade comum". É uma prática matemática onipresente identificar uma
propriedade com um conjunto, como com o conjunto de todos os objetos que
possuem a propriedade; por que não fazer isso aqui? Por que não, em outras
palavras, definir "dois" como o conjunto P ? Algo desse tipo é feito às vezes,
mas isto não é completamente satisfatório. O problema é que nossa presente
proposta modificada depende de P e, consequentemente, de X. Na melhor
das hipóteses a proposta define "twoness" para subconjuntos de X. Ela não
nos dá pistas como quando podemos atribuir "twoness" a um conjunto que
não está incluído em X.
Existem duas saídas. Uma delas é abandonar a restrição a um conjunto
particular e considerar, em vez disso, todos os possíveis pares não ordenados
{a, b} em que a 6= b. Esses pares não ordenados não contituem um conjunto;
de modo a basear a definição de "dois" neles, toda teoria sob consideração
teria que ser estendida para incluir os "não-conjuntos" (classes) de outra teoria.
Isso pode ser feito, mas não será feito aqui; seguiremos uma rota diferente.
Como um matemático definiria um metro? O procedimento análogo
ao esboçado acima envolveria os seguintes dois passos. Primeiro, selecione um
objeto que é um dos modelos do conceito que está sendo definido; um objeto,
em outras palavras, tal que intuitivamente ou na prática, mereça ser chamado
um metro de comprimento. Segundo, do conjunto de todos os objetos do
universo que são do mesmo comprimento do objeto selecionado (note que
isso não depende de sabermos o que é um metro), e defina um metro como o
conjunto formado.
Como de fato é definido um metro? O exemplo foi escolhido para
que a resposta a essa pergunta sugerisse uma abordagem para a definição
de números. O ponto é que na definição costumeira de um metro o segundo

1
passo é omitido. Por uma convenção mais ou menos arbitrária, um objeto
é selecionado e seu comprimento é chamado um metro. Se a definição
for acusada de circularidade (o que significa comprimento?), ela pode ser
facilmente convertida em uma definição demonstrativa irrepetível; no final
das contas, não há o que nos impeça de definir um metro como igual ao
objeto selecionado. Se esta abordagem demonstrativa é adotada, é tão fácil
de explicar como antes quando "um metro" será atribuído a algum outro
objeto, a saber, caso o novo objeto tenha o mesmo comprimento que o
padrão selecionado. Comentamos novamente que para determinar quando
dois objetos tem o mesmo comprimento, basta apenas um ato de comparação,
e não depende de termos uma definição precisa de comprimento.
Motivado pelas considerações descritas acima, definimos anteriormente
2 como algum conjunto particular com (intuitivamente falando) exatamente
dois elementos. Como esse conjunto padrão foi selecionado? Como tais outros
conjuntos padrões deveriam ser selecionados para outros números? Não há
razão matemática convincente em preferir uma resposta a esta questão a
outra; a coisa toda é em grande parte uma questão de gosto.A seleção deve
presumivelmente ser guiada por considerações de simplicidade e economia.
Para motivar a seleção natural que é normalmente feita, suponha que um
número, digamos 7, já tenha sido definido como um conjunto (com sete
elementos). Como, neste caso, deveríamos definir 8? Onde, em outras palavras,
podemos encontrar um conjunto consistindo de exatamente 8 elementos?
Podemos encontrar sete elementos no conjunto 7; o que deveríamos usar como
um oitavo elemento para juntar a eles. Uma resposta razoável para a última
pergunta é o próprio número (conjunto) 7; a proposta é definir 8 como o
conjunto consistindo dos sete elemento de 7, juntamente com o 7. Note que
de acordo com essa proposta cada número será igual ao conjunto de seus
próprios antecessores.
O parágrafo anterior motiva uma construção teórica que faz sentido
para todo conjunto, mas que é de interesse apenas na construção de números.
Para todo conjunto x definimos o sucessor x+ de x como o conjunto obtido
adicionando x aos elementos de x; em outras palavras,

x+ = x ∩ {x}.

(O sucessor de x é frequentemente denotado por x0 .)


Estamos agora prontos para definir os números naturais. Na definição
de 0 como um conjunto com zero elementos, não temos escolha; devemos
escrever (como fizemos)
0 = ∅.

2
Se todo número natural é igual ao conjunto de seus antecessores, não temos
escolha ao definir 1, 2, ou 3; devemos escrever
1 = 0+ (= {0}),
2 = 1+ (= {0, 1}),
3 = 2+ (= {0, 1, 2}).
etc. O "etc." significa que a partir de agora adotamos a notação usual e, no
que segue, nos sentiremos livres para usar numerais tais como ”4” ou ”956”
sem mais explicações ou desculpas.
Do que foi dito até agora não segue que a construção de sucessores
pode ser realizada até o infinito dentro de um mesmo conjunto. O que pre-
cisamos é de um novo princípio da teoria dos conjuntos.

Axioma do infinito: Existe um conjunto contendo 0 e contendo


o sucessor de cada um de seus elementos.

A razão para o nome do axioma deve ser clara. Nós ainda não demos uma
definição precisa de infinito, mas parece razoável que conjuntos tais como os
que o axioma do infinito descreve merecem ser chamados de infinitos.
Diremos, temporariamente, que um conjunto A é um conjunto sucessor
se 0 ∈ A e se n+ ∈ A sempre que n ∈ A. Nesta linguagem, o axioma do
infinito simplesmente diz que existe um conjunto sucessor A. Uma vez que
a interseção de qualquer família (não vazia) de conjuntos sucessores é um
conjunto sucessor (provar), a interseção de todos os conjuntos sucessores
incluídos em A é um conjunto sucessor ω. O conjunto ω é um subconjunto
de todo conjunto sucessor. Se, de fato, B é um conjunto sucessor arbitrário,
então também o é o conjunto A ∩ B. Uma vez que A ∩ B ⊂ A, o conjunto
A∩B é um dos conjuntos que entrou na definição de ω; segue que ω ⊂ A∩B e,
consequentemente, ω ⊂ B. A propriedade de minimalidade então estabelecida
caracteriza unicamente o conjunto ω; o axioma da extensão garante que só
pode existir um conjunto sucessor que está incluído em todos os outros
conjuntos sucessores. Um número natural é, por definição, um elemento
do conjunto sucessor minimal ω. Essa definição de números naturais é
a contrapartida rigorosa da descrição intuitiva de acordo com a qual eles
consistem de 0, 1, 2, 3, "e assim por diante". Incidentalmente, o símbolo
que estamos usando para o conjunto de todos os números naturais (ω) tem
uma pluralidade de votos dos escritores sobre o assunto, mas nada como
uma clara maioria. Neste livro, esse símbolo será usado sistematicamente e
exclusivamente no sentido definido acima.

3
O ligeiro sentimento de desconforto que o leitor pode experimentar
em conexão com a definição de números naturais é bastante comum e na
maioria dos casos temporário. O problema é que aqui, como uma vez antes
(na definição de pares ordenados), o objeto definito tem alguma estrutura
irrelevante, o que parece atrapalhar (mas é de fato inofensivo). Nós queremos
ser informados que o sucessor de 7 é 8, mas ser informado que 7 é um
subconjunto de 8 ou que 7 é um elemento de 8 é perturbador. Faremos
uso dessa superestrurura de números naturais apenas o tempo suficiente
para derivar suas mais importantes propriedades naturais; depois disso a
superestrutura pode ser seguramente esquecida.
Uma família {xi } cujo conjunto de índices é ou um número natural
ou o conjunto de todos os números naturais é chamada uma sequência (finita
ou infinita, respectivamente). Se {Ai } é uma sequência de conjuntos, onde
o conjunto de índices é o número natural n+ , então a união da sequência é
denotada por
n
[
Ai ou A0 ∪ ... ∪ An .
i=0

Se o conjunto de índices é ω, a notação é



[
Ai ou A0 ∪ A1 ∪ A2 ∪ ...
i=0

Interseções e produtos cartesianos de sequências são denotados similarmente


por
n
\
Ai , A0 ∪ ... ∪ An ,
i=0

×ni=0 Ai , A0 × ... × An ,
e ∞
\
Ai , A0 ∩ A1 ∩ A2 ∩ ...,
i=0

×∞
i=0 Ai , A0 × A1 × A2 × ...

A palavra sequência é usada de algumas maneiras diferentes na literatura


matemática, mas as diferenças entre elas são mais notacional do que conceitual.
A alternativa mais comum começa em 1 em vez de 0; em outras palavras,
refere-se a uma família cujo conjunto de índices é ω − {0} em vez de ω.

S-ar putea să vă placă și