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9 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

A disciplina Português Instrumental tem o objetivo de estimular o estudante para a


leitura e a escrita, não apenas de textos técnicos importantes para o campo de trabalho, mas
também para a vida além de discutir a língua em diversidade; proceder à leitura analítica e
crítico-interpretativa de textos; ampliar o contato do aluno com os processos de leitura e
produção textual, visando capacitá-lo a analisar variadas estruturas textuais e elaborar
gêneros textuais/discursivos diversos.

Com o surgimento e popularização das redes sociais e o uso cada vez maior da
internet para pesquisa e diversão, tornou-se imprescindível preparar o estudante e
conscientizá-lo da importância de escrever e se expressar bem. Um bom profissional deve
ter o estímulo de melhorar a forma como escreve e, para isso, deve ler muito, vários tipos de
literaturas.

9.1 Comunicação

Comunicação é o processo de transmitir a informação e compreensão de uma


pessoa para outra; senão houver esta compreensão, não ocorre a comunicação. Se uma
pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela outra pessoa, a
comunicação não se efetivou.

9.1.1 O Processo de Comunicação

O processo de comunicação é composto de três etapas, assim subdivididas:

 Emissor: a pessoa que envia a mensagem. Pode ser chamada de fonte ou de


origem. Apresenta o significado, que corresponde à ideia, ao conceito que o
emissor deseja comunicar, e o codificador, que é constituído pelo mecanismo
vocal para decifrar a mensagem.

 Mensagem: a ideia que o emissor deseja comunicar. Contém o canal, também


chamado de veículo, que é o espaço situado entre o emissor e o receptor, e o
ruído, que ser refere à perturbação dentro do processo de comunicação.

 Receptor: é aquele que recebe a mensagem, a quem esta é destinada. Apresenta o


decodificador, que é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a
mensagem, para que o receptor a compreenda; a compreensão, que é o
entendimento da mensagem pelo receptor; e regulamentação, que é quando o
receptor confirma a mensagem recebida pelo emissor. É o retorno da mensagem
enviada.

Tome-se como exemplo: uma pessoa (emissor) tem uma ideia (significado) que
pretende comunicar. Para tanto, se vale de seu mecanismo vocal (codificador), que
expressa sua mensagem em palavras. Essa mensagem, veiculada pelo ar (canal), é
interpretada pela pessoa com a qual se comunica (receptor), após sua decifração por seu
mecanismo auditivo (descodificador). O receptor, após constatar que entendeu a

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mensagem (compreensão), esclarece a fonte acerca de seu entendimento


(regulamentação).

Pode-se, portanto, dizer que a comunicação só pode ser considerada eficaz


quando a compreensão de receptor coincide com o significado pretendido pelo emissor.

9.2 Linguagem e Língua

Que a linguagem escrita e a linguagem oral não constituem modalidades


estanques, apesar de apresentarem diferenças devido à condição de produção, é um fato
incontestável; contudo, há particularidades de outras ordens que as tornam modalidades
específicas da língua.

Tais particularidades são, de fato, elementos exclusivos de cada uma delas,


como a gesticulação, por exemplo, na linguagem oral, e a reedição de texto, com
apagamento do texto anterior, na linguagem escrita.

Certamente, as pessoas não escrevem exatamente do mesmo modo que falam,


uma vez que se trata de processos diferentes. Essas diferentes condições de produção
para usos de diferentes intenções propiciam a criação de diferentes tipos de linguagem,
que se agrupam nas duas modalidades da língua.

Fatores como o contexto, a intenção do usuário e a temática são responsáveis


pelas diferenças entre a linguagem oral e a linguagem escrita, que nem por isso são
estanques.

9.2.1 Linguagem

Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a


comunicação e a interação entre as pessoas. Esta se compõe de:

 Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.


 Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o
movimento, a imagem, etc.
 Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema e a TV, que
utilizam a imagem e a palavra.

9.2.2 Língua

É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias, por meio do qual as
pessoas se comunicam e interagem entre si.

9.2.3 Variações Linguísticas

Um dos traços de identificação de uma nação é a sua língua, que varia de acordo
com fatores diversos, tais como tempo, espaço, nível cultural e a situação em que um
indivíduo se manifesta verbalmente. Dito de outra forma, são as variações que uma língua

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apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é


utilizada.

São exemplos de variações linguísticas a norma culta (língua padrão), os dialetos,


socioletos, idioletos, registros, etnoletos e ecoletos. Tais variações serão explicitadas a
seguir:

a) norma culta (língua padrão): a variedade linguística de maior prestígio social. É


padronizada em função da comunicação pública e da educação;
b) dialetos: variações faladas por comunidades geograficamente definidas,
originadas das diferentes entre região, idade, sexo, classes ou grupos sociais,
incluindo a própria evolução histórica da língua;
c) socioletos: variações faladas por comunidades socialmente definidas;
d) idioletos: variação linguística particular de uma pessoa;
e) registros: o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou
profissões;
f) etnoletos: variações linguísticas adotadas por um grupo étnico; e,
g) ecoletos: idioleto adotado por uma casa.

As variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distinguidas não


apenas por seu vocabulário, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na
versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma
diferente em muitos dialetos. Outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes
socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.

As variedades linguísticas levam em consideração, ainda, a intencionalidade


discursiva, que dizem respeito às intenções, explícitas ou não, existentes na linguagem dos
interlocutores que participam de uma situação comunicativa.

Algumas definições são importantes para entender um pouco sobre comunicação,


segundo Monteiro & Monteiro (2009):

a) linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a


comunicação e a interação entre as pessoas;
b) língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também
semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela;
c) variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo
com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada;
d) norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social;
e) norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.

O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um
receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. A
necessidade de resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres humanos,
pois quando uma pessoa envia a mensagem e não recebe a resposta do receptor, o processo
de comunicação não se completa (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
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A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes campos de estudo: a


fonética, a morfologia, a semântica e a sintaxe. A fonética estuda os sons da fala. A
morfologia estuda a forma das palavras e a representação gráfica. A semântica preocupa-se
não só com a representação gráfica do vocábulo, mas com seu significado. A sintaxe estuda
os termos que compõem uma oração. A oração pode apresentar um sujeito, terá sempre um
predicado, e pode ter ou não complementos (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).

9.3 Língua Oral e Língua Escrita

A língua oral e a língua escrita têm propriedades distintas, que variam de acordo
com o indivíduo que a utiliza, levando-se em conta a influência da cultura e do meio social
em que este vive. Porém, ambas se completam em determinados aspectos. No momento em
que cada indivíduo consegue se comunicar, conforme suas particularidades, a linguagem
tem, então, a sua função exercida.

O falante não escreve do mesmo modo que fala. Enquanto fala, a linguagem
apresenta maior liberdade no discurso, uma vez que não exige planejamento, podendo ser
enfática, redundante, com variados timbres e entonações. Na língua oral, de modo geral, o
falante não se prende à norma culta.

A escrita, por sua vez, mantém contato indireto entre escritor e leitor. A linguagem
escrita é mais objetiva, portanto, necessita de grande atenção e obediência às normas
gramaticais, caracterizando-se, assim, por frases completas, bem elaboradas e revisadas,
explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no diálogo e uso de sinônimos. Devido a
estes traços, esta é uma linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras
gramaticais.

Tanto por meio da língua oral como da língua escrita, o indivíduo participa
efetivamente do seu meio social, comunicando-se, buscando acesso à informação,
expressando e defendendo seus pontos de vista, dividindo e/ou construindo visões de
mundo, produzindo novos conhecimentos.

Há particularidades na língua oral que, mais do que a diferenciam da língua escrita,


a tornam específica. São elementos exclusivos, tais como: gesticulação, fluidez das ideias
expostas, eficácia na correção da informação, dado que o falante tem o controle da
comunicação no momento de sua fala.

No que tange à linguagem escrita, além de esta ter como característica principal o
fato de ser, como ela própria se anuncia, escrita, reproduzida por textos, ela também
apresenta particularidades que a diferenciam da linguagem oral. A mais importante delas é a
correção gramatical, sobre a qual recaem a objetividade, a clareza e a coesão. Estas são
essenciais para que a comunicação ocorra, dado que emissor e receptor estão distantes,
podendo, inclusive, ser desconhecidos um do outro. Por isso a correção gramatical é tão
importante. Um texto apresentado de forma objetiva, com ideias claras, concisas é mais
facilmente compreendido pelo receptor e nele provocar o efeito desejado pelo emissor. A
produção do texto escrito se dá de forma coordenada, uma vez requer planejamento,
transformando sua estrutura sintática elegante, bem formada.

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Uma diferença que chama atenção entre a linguagem oral e a escrita é que na
primeira as falas podem se apresentar fragmentadas, desordenadas, incompletas, enquanto
que na segunda isto não ocorre. Outra característica particular que as difere é que na
linguagem escrita o vocabulário é muito variado e essencialmente conservador e
dependente do grau do nível de formalismo.

Enfim, pode-se afirmar que a fala e a escrita são dois modos bem diferentes, e em
alguns momentos complementares, de o usuário representar as suas experiências
linguísticas.

9.4 Funções da Linguagem

Por meio da linguagem, também se realizam diferentes ações: transmitem-se


informações, tenta-se convencer o outro a fazer (ou dizer) algo, assumem-se
compromissos, ordena-se, pede-se, demonstram-se sentimentos, constroem-se
representações mentais sobre o mundo. Enfim, pela linguagem organiza-se a vida em
diferentes aspectos.

Diferenciar que objetivo predomina em cada situação de comunicação auxilia a


compreender melhor o que foi dito.

As funções da linguagem estão centradas nos elementos da comunicação. Toda


comunicação apresenta uma variedade de funções, mas elas se apresentam hierarquizadas,
sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o destinador quer dar ou do efeito
que quer causar no receptor. A linguagem pode ter função emotiva, referencial, conativa,
fática, metalinguística ou poética. Sobre cada uma delas será tratado a seguir.

9.4.1 Função Emotiva (ou expressiva)

Centra-se no sujeito emissor e suscita a impressão de um sentimento


verdadeiro ou simulado. Observe-se o texto ilustrado pelo Quadro 1 a seguir.

Quadro 1 - Exemplificando a função emotiva

Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria,
assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o
filme por não ser convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas
unânimes da imprensa. Isso mostra que, apesar de tantos enlatados, a nossa crítica
é antenada com o passado e o presente da humanidade e com as coisas que
acontecem no mundo. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus textos nunca me
decepcionam”.

Luciano Duarte. Guia da Folha, 10 a 16 de junho 2005.

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Nota-se no texto ilustrado acima que o emissor emprega a primeira pessoa (eu):
(assisti, temia, tive, li...), aponta qualidades subjetivas, utilizando adjetivos (satisfação

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imensa, críticas unânimes, fantástico...), advérbios (nunca me decepcionam), além de


recursos gráficos que indicam ênfase, ao utilizar ponto de exclamação (fantástico!). Destaca-
se aqui o ponto de vista do emissor, a sua percepção dos acontecimentos, característica da
função emotiva da linguagem.

9.4.2 Função Referencial (ou denotativa ou cognitiva)

Esta é a função da linguagem que aponta para o sentimento real das coisas. O texto
ilustrado pelo Quadro 2 revelará as nuances características da função referencial.

Quadro 2 - Exemplificando a função referencial

**** UM FILME FALADO – Idem. França/Itália/Portugal, 2003.

Direção: Manoel de Oliveira. Com: Leonor Silveira, John Malkovich,


Catherine Deneuve, Stefania Sandrelli e Irene Papas. Jovem
professora de história embarca com a filha em um cruzeiro que vai
de Lisboa a Bombaim. 96 min. 12 anos. Cinearte 1, desde 14. Frei
Caneca Unibanco Arteplex 7, 13h, 15h10, 17h20, 19h30 e 21h50.

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Observam-se neste segundo texto outros procedimentos colocados em destaque,


tais como: o uso da terceira pessoa, explicitado no trecho: ‘jovem professora de história
(ela)’; ausência de adjetivos, dado que a indicação de que o filme é bom aparece ilustrado
com 4 estrelinhas; ausência de expressões que indiquem a opinião do emissor (tais como,
‘eu acho, eu desejo,...’); emprego de um conjunto de informações que dizem respeito a
coisas do mundo real, tais como a exatidão dos horários, o endereço, os nomes próprios.
Este conjunto de procedimentos dá ao emissor a impressão de objetividade, como se a
informação traduzisse verdadeiramente o que acontece no mundo real, caracterizando a
função referencial ou informativa da linguagem.

9.4.3 Função Conativa (ou apelativa ou imperativa)

Este tipo de função centra-se no sujeito receptor e é eminentemente persuasória.


Observe-se o texto a seguir, apresentado no Quadro 3.

Quadro 3 - Exemplificando a função conativa

RESERVA CULTURAL

Você nunca viu cinema assim.


Não perca a retrospectiva especial de inauguração, com 50% de
desconto, apresentando cinco filmes que foram sucesso de público.
E, claro, de crítica também.
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
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Neste texto, o destaque está no destinatário. Para tanto, o emissor se valeu de


procedimentos, tais como: o uso da segunda pessoa (você); o uso do imperativo (Não perca!).
O resultado é a interação com o destinatário, procurando convencê-lo a realizar uma ação (ir
ao espaço cultural). Este tipo de função é característico dos textos publicitários, que, em geral,
procuram convencer ou persuadir o destinatário a dar uma resposta, que pode ser a mudança
de comportamento, de hábitos, como abrir conta em banco, frequentar determinados tipos
de lugares ou consumir determinado produto.

9.4.4 Função Fática (ou de contato)

A função fática da linguagem visa estabelecer, prolongar ou interromper a


comunicação e serve para verificar a eficiência do canal. É muito comum em conversações
cotidianas. Aqui o emissor usa procedimentos para manter o contato físico ou psicológico
com o interlocutor, como, por exemplo, ao iniciar uma conversa telefônica (‘Alô!’) ou ainda
utilizando fórmulas prontas para dar continuidade à conversa, como no caso de: ‘aham,
hum, bem, como?, pois é’. Este tipo de mensagem serve para manter o contato, sustentar
ou alongar (ou mesmo interromper) a conversa.

9.4.5 Função Metalinguística

Este tipo de função consiste numa recodificação e passa a existir quando a


linguagem fala dela mesma. Checa se o emissor e receptor estão usando o mesmo
repertório. Por exemplo, quando o emissor quer precisar, esclarecer o que está querendo
dizer e utiliza ‘eu quis dizer que’, ‘que quero dizer que esta palavra poder ser substituída por
outra mais precisa, que desse a entender que...’. Um exemplo comum da aplicação da
função metalinguística está no preenchimento de palavras cruzadas, na consulta a um
dicionário. Aqui, faz uso da linguagem (o código) para falar, explicar, descrever o próprio
código linguístico.

9.4.6 Função Poética

A função poética da linguagem é aquela em que o emissor valoriza o texto na sua


elaboração, utilizando a combinação de palavras, figuras de linguagem, exploração dos
sentidos e sentimentos. Embora mais comum nos textos literários, especialmente nos
poemas, dada a sua subjetividade, é bastante utilizada em anúncios publicitários, além de
aliar-se também aos demais tipos de função, sobretudo a emotiva. A função poética ocupa-
se mais em como dizer o que se deseja do que o que dizer. Atente-se para o texto a seguir,
ilustrado pelo Quadro 4.

Quadro 4 - Exemplificando a função poética


Subi a porta e fechei a escada.
Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
Desliguei a cama e deitei-me na luz
Tudo porque ele me deu um beijo de boa noite...

[Autor anônimo]
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

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Observa-se a falta de lógica no texto, a tentativa de o autor fugir das formas


habituais, dando ênfase a sua forma de expressão, não levando em conta apenas ‘o que’,
mas ‘como’ ele queria dizer.

9.5 Tipologia Textual e Gêneros Textuais

Tipologia é a ciência que estuda os tipos. É muito utilizada para definir diferentes
categorias. No que diz respeito ao texto, a tipologia busca estudar as suas características,
sua composição, como ele vai ser apresentado no seu processo de criação, se por uma
narração, descrição, argumentação ou exposição, por exemplo. Quanto ao gênero textual,
este se refere às mais variadas formas de expressão de um texto.

9.5.1 Tipos Textuais

O texto é uma unidade linguística concreta, percebida tanto pela audição, a fala,
quanto pela visão, a escrita, composto por unidade de sentido e intencionalidade
comunicativa. Há dois elementos essenciais que devem ser observados na produção
textual: a coesão – que diz respeito às articulações gramaticais existentes entre palavras,
orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto, que garantem sua conexão
sequencial; e a coerência – que é o resultado da articulação das ideias de um texto, a sua
estruturação lógica semântica, que permite que numa situação discursiva palavras e frases
componham um todo significativo para os interlocutores.

Quando se fala em tipologia textual, normalmente atenta-se para a divisão


tradicional dos textos: a descrição, a narração e a dissertação. Entretanto, os tipos de textos
extrapolam esta tríade.

9.5.1.1 Texto Descritivo

A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa,
animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nesta produção é o adjetivo,
pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes. A
descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura pictórica, em que os
aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior
em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme permita sua
sensibilidade.

9.5.1.2 Texto Narrativo

Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido
num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

Em geral, a narrativa se desenvolve em prosa. O narrar surge da busca de


transmitir, de comunicar qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira
pessoa pressupõe a participação do narrador (narrador enquanto personagem) e em terceira
pessoa mostra o que ele viu ou ouviu (narrador enquanto observador). Na narração

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encontram-se, ainda, os personagens (principais ou secundários), o espaço (cenário) e o


tempo da narrativa.

9.5.1.3 Texto Dissertativo

Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de ideias. Tem por


base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente, a fim de defender um
ponto de vista. É a conhecida “redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida nos
concursos, já que requer dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como
também um bom domínio da norma culta. Embora o texto dissertativo exponha os
posicionamentos de quem escreve, é importante salientar que estes devem aparecer
implícitos no texto, não sendo permitida a utilização da primeira pessoa do singular. Salvo
em alguns casos, a primeira pessoa do plural aparece no texto, porém recomenda-se o uso
da impessoalidade no texto de uma forma geral. O texto dissertativo estrutura-se
basicamente em: ideia principal (introdução), desenvolvimento (argumentos e aspectos que
o tema envolve) e conclusão (síntese da posição assumida).

9.5.1.4 Texto Expositivo

Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo ideias, explicando e


avaliando. Como o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma
determinada situação.

As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os


livros e as fontes de consulta, são exemplos desta modalidade.

9.5.1.5 Texto Injuntivo

Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente
pede, manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, em
sua maioria, empregados no modo imperativo.

Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais,


receitas médicas, editais, etc.

9.5.2 Gêneros Textuais

Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam


como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos
materializados, encontrados no cotidiano. Eles são muitos, apresentando características
sociocomunicativas definidas por seu estilo, função, composição conteúdo e canal.

Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou s e


recebe um e-mail ou usam-se os chats das redes sociais, utilizam-se diversos gêneros
textuais. Entrevistas, cardápios, horóscopos, telegrama, telefona, lista de compras, blogs,
agendas, são exemplos de gêneros textuais.

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
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9.6 Ortografia e Emprego de Algumas Palavras e Expressões

Esta seção apresenta, de forma sucinta, o emprego de algumas palavras e


expressões, apresentando definições e exemplos.

 Cessão/Sessão/Seção (ou Secção):

Cessão é o ato de ceder. Ex.: A cessão do terreno para a construção de uma creche
agradou a todos. Ele fez a cessão de seus direitos autorais àquela instituição; sessão é o
intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia. Ex.: A Câmara reuniu-se em
sessão extraordinária. Assistimos a uma sessão de cinema; e seção (ou secção) significa
parte de um todo, corte, subdivisão. Ex.: Compramos os presentes na seção de brinquedos.
Lemos na seção de Economia que a gasolina vai aumentar.

 Porquê/Porque/Por quê/Por que:

Porquê: quando for um substantivo, equivale à causa, motivo, razão, e vem


precedido dos artigos o(os), um(uns). Ex.: Não me interessa o porquê de sua ausência.
Porque: quando se introduz uma explicação. Equivale a ‘pois’. Ex.: Carlos, venha porque
preciso de você! Por quê: no final de perguntas. Ex.: Ademar não veio, por quê? Por que: a)
na frase interrogativa direta. Ex.: Por que você não veio?; b) quando equivale a ‘pelo qual’ e
suas flexões. Ex.: Esta é a rua por que meu filho e eu passamos; c) na construção igual à
anterior, no entanto, fica subentendido o antecedente do pronome relativo (razão, motivo,
causa). Ex.: Eis (a razão, o motivo) por que não te amo mais. Obs.: Lembre-se de que a
palavra QUE, em final de frase, deve ser acentuada por ser um monossílabo tônico
terminado em E. Ex.: Você vive de quê?

 Onde/Aonde:

Emprega-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a
‘para onde’. Ex.: Aonde você nos leva com tal rapidez? Aonde você vai com tanta pressa?
Caso o verbo não dê ideia de movimento, emprega-se onde. Ex.: Onde você mora? Não sei
onde encontrá-lo.

 Mau/Mal:

Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é bom). Refere-se a um substantivo. O


seu plural é ‘maus’, e a forma feminina é ‘má’. Ex.: Escolheu um mau momento para sair. O
senhor não é mau aluno. Mal pode ser: a) advérbio de modo (seu antônimo é bem). Ex.: Essa
carta está mal redigida. Na festa, ele se comportou mal; b) conjunção temporal (equivale a
assim que). Ex.: Mal começou a cantar, todos vaiaram. Mal ela chegou, o casal foi embora; c)
substantivo (nesse caso, virá precedido de artigo ou outro determinante); o seu plural é
‘males’. Ex.: Era um mal para o qual não havia remédio. Estava acometida de um mal
incurável.

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 Há/A/Ah:

Na indicação de tempo, emprega-se ‘Há’ para significar tempo transcorrido


(equivale a faz). Ex.: Há dois anos que ela não aparece por aqui. Luciana formou-se em
Psicologia há quatro anos. ‘A’ é empregado para indicar futuro. Ex: A formatura será daqui a
duas semanas. Daqui a um mês devo tirar férias. Embora menos usual, emprega-se ‘Ah’ em
frases exclamativas ou que demonstrem espanto, surpresa. Ex.: Ah, que lindo dia
amanheceu!

 Senão/Se não:

Senão equivale a ‘caso contrário’. Ex.: Devemos entregar o trabalho no prazo, senão
o contrato será cancelado. Espero que faça bom tempo amanhã, senão não poderemos ir à
praia. Existe também o substantivo ‘senão’, que significa mácula, defeito. Nesse caso, vem
precedido de artigo ou outro determinante. Ex.: Ele só tem um senão: não gosta de
trabalhar. Em relação a ‘se não’, equivale a caso não, se por acaso não: inicia orações
adverbiais condicionais. Ex.: A festa será amanhã à noite, se não ocorrer nenhum imprevisto.
Se não chover amanhã, poderemos ir à praia.

 Ao invés de/Em vez de:

Ao invés de significa ‘ao contrário de’. Ex.: Ao invés do que previu a meteorologia,
choveu muito ontem. Em vez de significa ‘no lugar de’. Ex.: Em vez de jogar futebol,
preferimos ir ao cinema.

 Ao encontro de/De encontro a:

Ao encontro rege a preposição de e significa estar ‘a favor de’, ‘caminhar para’. Ex.:
Aquelas atitudes iam ao encontro do que eles pregavam. De encontro rege a preposição a e
significa ‘em sentido oposto’, ‘contra’. Ex.: Sua atitude veio de encontro ao que eu desejava:
meus planos foram por ‘água abaixo’.

 Acerca de/Há cerca de:

Acerca de é uma locução prepositiva, que equivale a ‘a respeito de’. Ex.: Discutimos
acerca da melhor saída para o caso. Há cerca de é uma expressão em que o verbo haver
indica tempo transcorrido; equivale a ‘faz’. Ex.: Há cerca de uma semana, discutíamos a
melhor decisão a tomar.

 A fim de/Afim:

A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade. Ex.: Ele saiu cedo, a fim de
não perder a carona. Afim é adjetivo e significa ‘semelhante’, que apresenta ‘afinidade’. Ex.:
O genro é um parente afim. Tratava-se de ideias afins.

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
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 Demais/De mais:

Demais é advérbio de intensidade e equivale a ‘muito’. Ex.: Elas falam demais.


Demais também pode ser usado como substantivo (neste caso, virá precedido de artigo ou
outro determinante), significando os restantes. Ex.: Chamaram onze jogadores para jogar; os
demais ficaram no banco. De mais é locução prepositiva e possui sentido oposto a ‘de
menos’. Ex.: Não haviam feito nada de mais.

 À-toa/À toa:

À-toa é um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa ‘impensado’,


‘inútil’, ‘desprezível’. Ex.: Ninguém lhe dava valor, era considerada uma pessoa à-toa. À toa é
um advérbio de modo, significa ‘a esmo’, ‘sem razão’, ‘inutilmente’. Ex.: Andavam à toa
pelas ruas.

 A par/Ao par:

A par é usado, normalmente, com o sentido de estar bem informado, ter


conhecimento. Ex.: Após a confissão, ficamos a par de tudo. Ao par é usado para indicar
equivalência cambial. Ex.: O dólar e o marco estão ao par (isto é, têm o mesmo valor).

 Tampouco/Tão pouco:

Tampouco é advérbio e significa ‘também não’. Ex.: Não realizou a tarefa,


tampouco apresentou qualquer justificativa. Em Tão pouco, temos o advérbio de
intensidade ‘tão’ modificando ‘pouco’, que pode ser advérbio ou pronome indefinido. Ex.:
Estudamos tão pouco esta semana! (tão modifica o advérbio pouco). Ex.: Tenho tão pouco.

 Ter de/Ter que:

Ter de indica obrigatoriedade. Ex.: Para ser aprovado, tenho de fazer o teste.
Ter que indica permissividade. Ex.: Tenho que ser eleito para ser respeitado (é uma
probabilidade, não uma imposição).

9.7 Pontuação

Na língua escrita, certos recursos da língua oral, principalmente as pausas e


entoações, são representados pelos sinais de pontuação (FERREIRA, 2007). Observa-se a
seguir o uso da vírgula, que indica uma pausa entre as orações, e suas várias situações.

 A vírgula entre os termos da oração:

Entre os termos da oração, usa-se a vírgula nas seguintes situações:

a) para separar os núcleos de um termo. Ex.: O milharal, a horta, o pasto e a mata


ficaram mais verdes com as chuvas.

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b) para isolar o aposto. Ex.: Rubem Braga, o maior cronista brasileiro, nasceu no
Espírito Santo.
c) para isolar o vocativo. Ex.: Joel, você acompanhou o processo?
d) para isolar adjuntos adverbiais deslocados. Ex.: O advogado analisou o
documento com muito cuidado. Com muito cuidado, o advogado analisou o
documento.
e) para indicar a elipse do verbo. Ex.: A igreja era grande e pobre. Os altares,
humildes.
f) para isolar determinadas expressões explicativas. Ex.: Os bombeiros salvaram
toda a família, isto é, o casal e os dois filhos.
Em alguns casos, a vírgula é proibida. São eles:

a) entre o sujeito e o predicado. Ex.: A irmã de Maria não tinha interesse pelo
padeiro;
b) ente o verbo e o objeto (direto ou indireto);
c) ente o nome e seus adjuntos adnominais;
d) entre o nome e seu complemento nominal.

 A vírgula entre orações:

Dependendo da relação sintática entre duas orações em um período composto, a


vírgula pode ser obrigatória, opcional ou proibida. Quanto à obrigatoriedade, observam-se
os seguintes casos:

a) oração coordenada+oração coordenada. Ex.: Pegou um livro, procurou uma


página, fez algumas anotações. Obs.: entre duas orações coordenadas ligadas
pela conjunção e, a vírgula é proibida;
b) oração subordinada adverbial+oração principal. Ex.: Quando eles se mudaram
para lá (or. subord. adverbial), a cidade ainda era uma vila (oração principal);
c) oração principal+oração subordinada adjetiva explicativa. Ex.: Ele sonha em
visitar a Grécia (oração principal), que é o berço da civilização ocidental (oração
subord. adjetiva explicativa).

A vírgula é proibida nos seguintes casos, conforme ilustram os exemplos:

a) oração principal+oração subordinada substantiva. Ex.: Ninguém desconhece


(oração principal) que a situação da empresa é fácil (or. subord. substantiva);
b) oração principal+oração subordinada adjetiva restritiva. Ex.: Na época das
chuvas, os rios que cortam a região (or. subord. adjetiva restritiva) inundam as
pastagens.

O ponto e vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco
mais breve que um ponto no texto (FERREIRA, 2007). É usado em 3 casos, conforme descrito
e exemplificado a seguir:

a) entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas. Ex.: A juíza atribuiu ao


réu, depois de analisadas as provas constantes dos autos, a responsabilidade

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
216

pelo crime; as testemunhas foram ouvidas em separado para confrontar as


informações.
b) entre orações coordenadas longas. Ex.: Os velhos cronistas são unânimes em
dizer que o marido consolou grandemente a esposa do boticário; e notam com
perspicácia...;
c) entre os itens de leis, decretos, regulamentos, etc. Ex.: Art. 153. Compete à
União instituir impostos sobre: I. Importação de produtos estrangeiros; II.
Exportação de produtos nacionais;...

Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações, explicações,
esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos discriminativos (enumerativos); no
discurso direto, caracterizando um diálogo (SIMÕES, 2012).

As reticências indicam uma interrupção na sequência normal da frase e são


empregadas para: indicar indecisão, surpresa ou dúvida na fala de uma pessoa; indicar em
diálogo a interrupção de uma fala; sugerir ao leitor que complete um raciocínio; indicar a
exclusão de trechos de um texto (FERREIRA, 2007).

Os parênteses são utilizados para marcar a intercalação de palavras, expressões ou


orações explicativas que se queira destacar; na transcrição de siglas após o nome da
entidade ou órgão em extenso; para indicar referências e datas (SIMÕES, 2012).

O ponto é usado para indicar o fim de um período; em abreviaturas; na separação


de casas decimais; em leis, decretos e artigos (SIMÕES, 2012).

9.7.1 Exercícios Propostos

1) Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação
que devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é
a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter”.

a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula


b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

2) Assinale o exemplo em que há emprego incorreto da vírgula:

a) como está chovendo, transferi o passeio;


b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto;
c) ele, caso queira, poderá vir hoje;
d) não sabia, porque não estudou;
e) o livro, comprei-o por conselho do professor.

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
217

3) Assinale o trecho sem erro de pontuação:

a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos informe a situação econômica da firma em
questão;
b) cientificamo-lo de que na marcha do processo de restituição de suas contribuições,
verificou-se a ausência da declaração de beneficiários;
c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de V.Sa. o preenchimento da
declaração;
d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, o formulário em anexo;
e) estamos remetendo em anexo, o formulário.
4) Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:

a) ora ríamos, ora chorávamos;


b) amigos sinceros, já não os tinha;
c) a parede da casa, era branquinha branquinha;
d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso;
e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.

5) Observe:
1) depois de muito pedir () obteve o que desejava;
2) se fosse em outras circunstâncias () teria dado tudo certo;
3) exigiam-me o que eu nunca tivera () uma boa educação;

4) fez primeiramente seus deveres () depois foi brincar;

Assinale a alternativa que preencha mais adequadamente os parênteses:


a) (;) (,) (:) (;); d) (?) (,) (,) (:);
b) (,) (;) (:) (;); e) (,) (;) (.) (;).
c) (,) (,) (:) (;);

6) Assinale o item em que as vírgulas estão empregadas corretamente:

I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, fez um pequeno embrulho e entregou ao


homem.
II - A sua fisionomia estava serena, o seu aspecto tranquilo.
III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do seu gesto, sentira-se feliz diante de suas
lembranças.
IV - Quando, vi que não servia, dei às formigas, e nenhuma morreu.

a) I - IV
b) II - III
c) II - IV
d) I - II
e) I - III

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
218

9.8 Crase

Esta seção abordará o uso da crase. De acordo com Zambeli (2014), ocorre a crase
nas seguintes situações.

a) preposição A + artigo A. Ex.: Eles foram à praia no fim de semana;


b) preposição A + pronome relativo A QUAL. Ex.: A aluna à qual me refiro é
estudiosa;
c) preposição A + pronome demonstrativo. Ex.: A minha blusa é semelhante à de
Maria (no sentido de àquela).
d) preposição A + pronome demonstrativo AQUELE. Ex.: Ele fez referência àquele
aluno.

Algumas dicas podem ajudar quanto ao emprego da crase. Observe os casos a


seguir:
a) substitua a palavra feminina por outra masculina correlata. Surgindo a
combinação AO, haverá crase. Ex.: Nunca fui indiferente às professoras (AOS
PROFESSORES);
b) substitua o demonstrativo Aquele(s), Aquela(s), Aquilo por ‘a este(s)’, ‘a esta(s)’,
‘a isto’. Mantendo-se a lógica, haverá crase. Ex.: Ele fez referência àquele aluno.
Não entregarei isso àquelas turmas;
c) antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se disser
VOLTO DA, haverá acento indicativo de crase; se disser VOLTO DE, não ocorrerá
o acento. Ex.: Vou à Bahia (volto da). Vou a São Paulo (volto de). Se o nome do
lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acento
será obrigatório. Ex.: Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações;
d) nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais. Ex.: à frente de; à espera de;
à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pressas; à
medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.;
e) na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão
“meio-dia”; se aparecer AO antes de “meio-dia”, deve colocar o acento,
indicativo de crase no A. Ex.: Ele saiu às duas horas e vinte minutos (ao meio dia).
Ele está aqui desde as duas horas (o meio-dia).

Observam-se a seguir alguns casos em que a crase é opcional e outros onde a


mesma não deve ocorrer.

 Uso opcional da crase:

a) antes de nomes próprios femininos. Ex.: Entreguei o presente a Ana (ou à Ana);
b) antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular. Ex.: Fiz alusão a
minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua;
c) depois da preposição ATÉ. Ex.: Fui até a escola (ou até à escola).

 Não ocorre a crase:

a) antes de palavras masculinas. Ex.: Ele saiu a pé. Só vendem a prazo nesta loja;

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
219

b) antes de verbos no infinitivo. Ex.: Estou disposto a colaborar com ele. Começou a
chover agora;
c) antes de artigo indefinido. Ex.: Fomos a uma lanchonete no centro. Encaminhou
o documento a uma gerente;
d) antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos. Ex.: Passamos os
dados do projeto a ela. Eles podem ir a qualquer restaurante. Refiro-me a esta
aluna;
e) antes de QUEM e CUJA. Ex.: A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada. O
restaurante a cuja dona me referi é ótimo;
f) depois de preposição. Ex.: Eles foram para a praia. Estava perante a juíza;
g) quando o “A” estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
Ex.: Refiro-me a pessoas que são competentes;
h) em locuções formadas pela mesma palavra: cara a cara, lado a lado, face a face,
passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc. Ex.: Tomei o remédio gota a gota;
i) antes de pronomes de tratamento iniciados por SUA ou VOSSA. Ex.: Enderecei a
correspondência a SUA SENHORIA.

9.8.1 Exercícios Propostos

1) (ITA – SP) Dadas as afirmações:

(1) Tudo correu as mil maravilhas.


(2) Caminhamos rente à parede.
(3) Ele jamais foi a festas.

Verificamos que o uso do acento indicador da crase no “a” é obrigatório:


a) apenas na sentença nº 1
b) apenas na sentença nº 2
c) apenas nas sentenças nº 1 e 2
d) em todas as sentenças

2) Preencha as lacunas empregando os termos que melhor se adequarem, levando em


consideração a norma padrão da linguagem:

a) Estou ____ procura de alguns amigos de infância que não vejo há anos.
b) Voltei ____ colégio depois de ter passado por tantas privações.
c) Gostei muito do frango ____ milanesa que degustamos hoje no almoço.
d) Quando vamos ____ fazenda, adoro andar ____ cavalo e ____ pé. Esta atividade é uma
ótima alternativa para aliviar ____ tensões.
e) Os sapatos ____ moda Luís XV fizeram parte do passado de muitas mulheres.

3) Assinale a frase onde a crase foi empregada incorretamente:

a) Iremos à fazenda amanhã.


b) A professora fez críticas à algumas alunas.
c) Ela está à espera de vocês.
d) Vou à biblioteca depois da aula.

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
220

4) Complete as lacunas corretamente: "Ontem, assisti ___ filme com meu namorado, depois
fomos ___ lanchonete e pedimos dois lanches. Não ficamos ___ vontade quando o
garçom ficou nos rodeando enquanto olhávamos o menu, então desistimos e fomos
embora, para jantar em outro local. O problema era que ___ era ___ única lanchonete
aberta, então voltamos para minha casa e pedimos uma pizza".

a) aquele - a - à - àquela – a
b) àquele - à - há - aquela – a
c) àquele - à - à - aquela – a
d) aquele - a - há - àquela – a

9.9 Acentuação Gráfica

As regras de acentuação devem ser respeitadas na elaboração de um texto


(ZAMBELI, 2014), bem como deve ser dada atenção ao Novo Acordo Ortográfico, que
acrescentou ao alfabeto as letras, K, Y e W, aboliu o uso do trema, além alguns acentos em
casos específicos, e também modificou o uso do trema. Observem-se algumas regras a
seguir.

 Palavras proparoxítonas:

Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Ex.: lâmpada – rápido – córrego


– rígido – pânico.

 Palavras paroxítonas:

São acentuadas as palavras paroxítonas, de acordo com as seguintes regras:

a) palavras terminadas em ditongo crescente (seguidas ou não de “s”). Ex.: sábio –


régua – farmácia – espontâneo – mágoa;
b) palavras terminadas em: Ã, ÃS, ÃO, ÃOS. Ex.: ímã – órfãs – órgão – bênçãos;
c) palavras terminadas em: EI, EIS. Ex.: jóquei – pônei – fósseis – úteis;
d) palavras terminadas em: I, IS. Ex.: táxi – biquíni – lápis – júri – íris;
e) palavras terminadas em: ON, OM, NOS. Ex.: Nélson – rádom – próton – nêutrons;
f) palavras terminadas em: L, N, R, X, PS. Ex.: sensível – hífen – caráter – tórax –
bíceps;
g) palavras terminadas em: UM, UNS, US. Ex.: Ônus, álbum, médiuns

Atenção: é importante observar que não se acentuam os vocábulos paroxítonos


terminados em EM, ENS. Ex.: item, homem, itens, hifens, homens.

 Palavras oxítonas:

São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: A, E, O (seguidas ou não de


“s”), EM, ENS. Ex.: sofá – café – cipó – você – porém – parabéns.

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
221

 Hiato:

Acentuam-se o I e o U tônicos, quando formam sílabas sozinhos ou com “s” e vêm


precedidos de vogal. Ex.: saída – faísca – uísque – influí – reúne – egoísta – destruí-lo – baú –
juízes – saúde.

Atenção: é importante observar que não se acentuam o I e U quando seguidos de


NH: rainha, bainha, ladainha; não se acentuam o I e U quando formarem sílabas com outra
letra que não seja “s”: cairmos, juiz, ruim, defini-lo; não se acentuam o I e U quando
formarem ditongo: gratuito, fluido, fortuito, intuito. De acordo com a nova regra, as palavras
paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas.
Assim, escreve-se feiura, baiuca. Esta regra não vale quando se trata de palavras oxítonas.
Nestes casos, o acento permanece. Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú. Observa-se
ainda que foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos OO/EE: enjoo, perdoo,
magoo, voo, abençoo; creem, deem, leem, releem, veem, preveem.

 Ditongos abertos:

Acentuam-se os ditongos tônicos e abertos ÉI, ÓI, ÉU. Ex.: anzóis – chapéu – troféu
– lençóis – pincéis. De acordo com a nova regra, o acento agudo foi eliminado nos ditongos
abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, tais como assembleia, boleia, epopeia, ideia,
jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.

 Trema:

O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Porém, o trema é


mantido em nomes próprios estrangeiros e suas derivações, tais como Bündchen,
Schönberg, Müller e mülleriano.

 Acento diferencial:

O acento diferencial, conforme o próprio nome diz, diferencia a intensidade de


alguns vocábulos com relação a seus homógrafos átonos. De acordo com a nova regras,
permanecem apenas aqueles relativos ao vocábulo ‘por’ para diferenciar o verbo (pôr) da
preposição (por), bem como na flexão verbal ‘pode’ (presente do indicativo) e ‘pôde’
(pretérito perfeito do indicativo). Deixaram de existir nos seguintes casos:

a) para (verbo), que se diferenciava da preposição para;


b) pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
c) polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo (grafia antiga, em
desuso);
d) pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera (grafia antiga, em
desuso).

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
222

9.9.1 Exercícios Propostos

1) (Fac. Med. Itajubá) Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuados graficamente,
exceto:

a) herbivoro – ridiculo
b) logaritmo – bambu
c) miudo – sacrificio
d) caranauba – germen
e) Biblia – hieroglifo

2) Nos provérbios abaixo os acentos foram suprimidos. Recoloque-os quando necessário:

a) O homem que le vale mais.


b) Quem ve cara não ve coração.
c) Depois da tempestade vem a bonança.
d) Há males que vem para o bem.
e) Quem tem boca vai à Roma.

3) Analise os vocábulos abaixo agrupando-os de acordo com as regras de acentuação:

África – fóssil – método – possível – pé – coração – álbum – tórax – cajá - armazém –


lâmpada.

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

9.10 Concordância e Regência

Esta seção tratará sobre concordância e regência, nominal e verbal, a partir de


definições e exercícios propostos.

9.10.1 Concordância Nominal

Refere-se à concordância nominal o princípio no qual toda palavra variável


referente ao substantivo deve se flexionar para se adaptar a ele. Como regra geral, toda
palavra variável associada a um substantivo concorda com ele. Ex.: Ganhei de presente estes
dois antigos livros italianos.

Em relação ao adjetivo, quando este vier depois de dois ou mais substantivos,


concorda com o último ou vai facultativamente para o plural, no masculino, se pelo menos
um deles for masculino, ou para o plural feminino, se todos eles estiveres no feminino. Ex.:
Ternura e amor humano; Amor e ternura humana; Ternura e amor humanos.

Quando o adjetivo vier antes de dois ou mais substantivos, concorda com o mais
próximo. Ex.: Mau lugar e hora; Má hora e lugar.

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
223

Quando dois ou mais adjetivos se referirem a um substantivo, este vai para o


singular ou plural. Ex: O poder temporal e o espiritual. Os poderes temporal e espiritual.

Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo e o determinando,


este vai para o plural. Ex.: Encerraram-se as aulas das séries terceira, quarta e quinta.

As expressões ‘um e outro’, ‘nem um nem outro’ são seguidas de um substantivo


que não varia, permanecendo no singular. Ex.: Um e outro aspecto. Nem um nem outro dia.

No caso da expressão ‘um e outro’ vir antes de um substantivo e de um adjetivo, o


substantivo vai para o singular e o adjetivo vai para o plural. Ex.: Um e outro processo
arquivados.

Em relação ao particípio, este concorda com o substantivo. Ex.: Feitas as análises,


seguimos com o processo. Estabelecidas as regras, prosseguimos com o jogo.

As palavras ‘anexo’, ‘incluso’, ‘mesmo’, ‘próprio’ concordam com o substantivo a


que se referem. Ex.: Os depoimentos vão anexos aos autos. Seguem inclusos os documentos
solicitados. Ela mesma disse que não viria hoje. Eles próprios admitiram o erro.

A palavra ‘meio’, quando relativa à metade, é um adjetivo e concorda com o


substantivo a que se refere. Ex.: Tomei meio litro de soro. Ela comeu meia barra de
chocolate. No entanto, quando designa ‘um tanto’, se trata de um advérbio, referindo-se a
um adjetivo, ficando, portanto, invariável. Ex.: Ela parecia meio cansada de tanta novidade.
Ele deixou a janela meio aberta.

9.10.2 Concordância Verbal

Princípio no qual o verbo deve se flexionar para se ajustar ao sujeito da oração. Em


relação ao sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo do sujeito simples em pessoa e
número. Ex.: Ele foi à praia. Elas foram ao cinema.

Em relação ao sujeito composto, anteposto ao verbo, observam-se as regras mais


comuns:

a) como regra geral, com elementos coordenados de terceira pessoa, o verbo vai
para o plural (Água, luz e telefone terão aumento de tarifa no próximo
semestre);
b) se formado por palavras sinônimas, o verbo vai para o plural ou concorda com o
núcleo mais próximo (Desânimo e tristeza caracteriza/caracterizam aquele
paciente);
c) se formado por palavras em gradação ou numeração, idem alínea b) (Um mês,
um ano, uma década de ditadura não calou/calaram o povo brasileiro);
d) quando formado por pessoas gramaticais diferentes: eu+tu+ele, o verbo vai para
a 1ª pessoa do plural (Eu, tu e ele chegaremos primeiro à escola); eu+tu ou
eu+ele, o verbo vai para a 1ª pessoa do plural (Eu e tu vamos ao cinema; Eu e ele

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
224

vamos ao cinema); tu+ele, o verbo vai para a 2ª ou 3ª pessoa do plural (Tu e ele
voltareis logo a São Paulo; Tu e ele voltarão logo a São Paulo);
e) quando seguido de ‘tudo’, ‘nada’, ‘ninguém’, ‘nenhum’, ‘cada um’, significa um
aposto resumidor, com o verbo colocado no singular (Desvios, fraudes, roubos,
tudo acontecia naquela repartição).

Em relação ao sujeito composto, posposto ao verbo, observam-se as principais


regras:

a) como regra geral, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais
próximo (Acertaram-lhe a alma a lança e a espada; Acertou-lhe a alma a lança e a
espada);
b) quando a ação for reflexiva, o verbo vai para o plural (Deram-se as mãos a
tristeza e a saudade);
c) quando os sujeitos são ligados por ‘com’ (equivalendo a ‘e’) e a ação verbal é
atribuída a todos os elementos, o verbo vai para o plural (O diretor com os
coordenadores do curso elaboraram o conteúdo programático);
d) quando os sujeitos são ligados por ‘com’ (equivalendo a ‘em companhia de’),
realçando com a ação verbal do antecedente, o verbo concorda com este (O
diretor, com todos os professores, resolveu alterar as matrizes curriculares);
e) no caso dos sujeitos ligados por ‘nem’, o verbo vai para o plural (Nem Maria nem
Marta chegaram mais cedo).

9.10.3 Regência Nominal

Relação de interdependência entre o nome e o termo que lhe serve de


complemento (FERREIRA, 2007). Exemplos: adepto de; alheio a; ansioso por, para; apto a,
para; aversão a, por; contente com, por, de; relativo a; residente em; simpatia a, por.

9.10.4 Regência Verbal

Relação de interdependência entre o verbo e seu complemento (geralmente o


objeto). As principais regras de regência, segundo Ferreira (2007), são:

a) ir e chegar: exigem preposição a;


b) obedecer/desobedecer: exigem preposição a;
c) esquecer/lembrar: com pronome oblíquo, exigem de (Esqueci-me de
você/Lembrei-me de você); sem o pronome oblíquo, não exigem preposição
(Esqueci você/Lembrei você);
d) assistir: significando ver, exige preposição a;
e) preferir: exige 2 objetos, um sem preposição e outro com preposição a (Os
brasileiros preferem o futebol ao vôlei);
f) simpatizar/antipatizar: não admitem pronome oblíquo me, te, nos, vos, se (Por
que você não simpatizou com a nova diretora?);
g) pagar/perdoar: quando o objeto é gente, exigem a (Paguei ao dentista);
h) visar: significando “ter como meta” exige preposição a (Ele visava ao cargo de
gerente da empresa).

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
225

9.10.5 Exercícios Propostos

Em relação à concordância analise responda aos exercícios a seguir.

1) Há concordância inadequada em:

a) clima e terras desconhecidas;


b) clima e terra desconhecidos;
c) terras e clima desconhecidas;
d) terras e clima desconhecido;
e) terras e clima desconhecidos.

2) Há erro de concordância na opção:


a) calças e chapéus surradas;
b) poder e força mágica;
c) arreios e sela velhos;
d) rifles e alpercata nova;
e) cangaceiros e capitão temidos.

3) A concordância nominal está correta, exceto em:

a) o vento agitou as flores lilases da paineira;


b) esperança é necessário para viver;
c) a candidata estava meio nervosa;
d) os filhos são tais qual o pai;
e) as crianças estavam alerta.

4) Assinale a opção que preenche as lacunas:

Vão _________ aos processos várias fotografias.


Paisagens as mais belas ________.
Ela estava _________ narcotizada.

a) anexas-possíveis - meio;
b) anexas-possível - meio;
c) anexo-possíveis - meia;
d) anexo-possível - meio;
e) anexo-possível - meia.

5) Assinale a opção que preenche as lacunas:

Vai _________ à carta minha fotografia. Essas pessoas


cometeram crime de ________ patriotismo.
Elas __________ não quiseram colaborar.

a) incluso – leso – mesmo;


b) inclusa – leso – mesmas;

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
226

c) inclusa – lesa – mesmas;


d) incluso – leso – mesmas;
e) inclusa – lesa – mesmo.

6) Assinale a opção com erro de construção:

a) vocês próprios entenderão a matéria;


b) há bastantes exemplos nesta lição;
c) ela adora pérola;
d) vocês vieram só ou acompanhados?
e) nenhuns obstáculos conseguirão impedir nossa vitória.

7) Assinale a opção com erro de construção:

a) um e outro aluno desistiu de terminar a prova;


b) estas crianças eram as mais espertas possíveis;
c) cerveja pode ser mau para a saúde;
d) a aluna regredia olhos vistos;
e) as literaturas francesa e a inglesa são vastíssimas.

8) Assinale a opção com erro de construção:

a) água é bom para a saúde;


b) achamos estas paisagens as mais belas possível;
c) suas forças definhavam a olhos vistas;
d) é proibido entrada a pessoas estranhas ao serviço;
e) deve ser um bom livro, haja vista as suas edições sucessivas.

9) Assinale a opção com erro de construção:

a) nem um nem outro aluno conseguiram aprovação;


b) não conheço nem uma nem outra hipótese;
c) acredito que um e outro funcionário serão promovidos;
d) é claro que sou seu amigo; hajam vista das minhas declarações;
e) foi acusado de grave crime: lesa-pátria.

10) Assinale a opção com erro de construção:

a) estes alunos são os mais estudiosos possível;


b) sua aplicação ao estudo crescia a olhos vistos;
c) suas blusas rosas eram “chiquérrimas” ;
d) suas virtudes cresciam a olhos vistos;
e) ele não sabe raciocinar, haja vista os argumentos apresentados.

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
227

9.11 Leitura, Interpretação e Produção de Texto

Ler é uma atividade muito além da simples interpretação dos símbolos gráficos, pois
exige que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e
incorporando-o a sua bagagem pessoal. É necessário que haja maturidade para a
compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado na
memória, sem uso. Há etapas ou níveis em toda leitura: Primeiro nível (é preciso ter um bom
domínio da língua), segundo nível (é a pré-leitura ou leitura superficial, podendo aplicar a
técnica da leitura dinâmica), terceiro nível (leitura analítica e efetiva, onde o livro será lido
até o fim), quarto nível (nível de controle, ou seja, acabar com qualquer dúvida que tenha
ficado da leitura, como significados de palavras, e destacar pontos importantes), quinto nível
(etapa de repetição aplicada; momento de associar o assunto lido com alguma experiência já
vivida, fazer um resumo ou tentar exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um
professor e o estivesse ensinando para uma turma de alunos interessados) (CTPAC, 2014).

Existem vários procedimentos que podem ser adotados para tirar o maior
rendimento possível da leitura de um texto. Para uma leitura proveitosa, além do
conhecimento linguístico propriamente dito, é necessário também um repertório de
informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo
(CTPAC, 2014).

Uma maneira para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três
questões básicas: a) Qual é a questão de que o texto está tratando? O leitor será obrigado a
distinguir as questões em torno da qual gira o texto inteiro. b) Qual é a opinião do autor
sobre a questão posta em discussão? Pelo texto aparecem vários indicadores da opinião de
quem escreve, portanto não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura
desatenta e dispersiva. c) Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a
opinião dada? Argumento é todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor
de que ele está falando a verdade (CTPAC, 2014).

Redação é o ato de exprimir ideias, por escrito, de forma clara e organizada.


Inicialmente é necessário conhecer a gramática do idioma e do tema sobre o qual se
escreve, contemplando os seguintes passos: escolha da forma que se pretende dar à
composição, organização das ideias sobre o tema, escolha do vocabulário adequado e
concatenação das ideias segundo as regras linguísticas e gramaticais. É preciso também
considerar o perfil do leitor a quem o texto se dirige, quanto à faixa etária, nível cultural e
escolar e interesse específico pelo assunto, para permitir a escolha do vocabulário ideal
(CTPAC, 2014).

As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura


de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros,
possuindo vocabulários cada vez mais pobres. A leitura é algo crucial para a aprendizagem
do ser humano, pois proporciona enriquecimento do vocabulário, obtenção de
conhecimento, e torna dinâmico o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não
ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito (CORREIA, 2013).

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228

9.11.1 Roteiro para Elaboração de Texto

A produção de textos escritos é uma prática de linguagem e uma prática social, do


mesmo modo que a leitura. Isto significa dizer que em várias circunstâncias da vida textos
são escritos para diferentes interlocutores, com distintas finalidades, organizados nos mais
diversos gêneros, para circularem em vários espaços sociais. Para se produzir um bom texto,
é necessário que alguns aspectos sejam revistos: o tema geral é o assunto a ser tratado que
normalmente abre espaço a outras vertentes; o tema específico trata-se da delimitação do
assunto proposto. Quanto mais o escritor especificar o tema geral, mais focado em um
objetivo estará e, portanto, mais seguro (CORREIA, 2013).

Dez mandamentos para que sua redação surpreenda o leitor (CORREIA, 2013):

a) não escreva difícil. Prefira uma linguagem mais simples;


b) críticas sem fundamento devem ser evitadas. A análise sobre algo deve ser
realizada baseada em fatos, acontecimentos reais, apontando soluções
coerentes para os problemas levantados;
c) uso de palavrões, jargões, gírias e coloquialismo é proibido;
d) a linguagem do MSN ou Facebook, por exemplo, deve ficar em casa;
e) nunca abrevie palavras, como por exemplo: vc, qdo, msm, dentre outras;
f) cuidado com a repetição exagerada de palavras. Se for o caso, use sinônimos;
g) seja objetivo, claro. Melhor qualidade do que quantidade;
h) faça um parágrafo para introdução, um para o desenvolvimento e um para a
conclusão, pelo menos.
i) não esqueça a cedilha no “c”, o cortado do “t”, o pingo do “i”, as letras
maiúsculas em nomes próprios;
j) se começou um novo argumento, coloque ponto final e não vírgula.
k) faça a concordância verbal. Se o sujeito está no plural, o verbo também deverá
estar.
l) releia o texto. É impossível tentar organizar melhor o texto e corrigir os erros
sem reler o que se escreveu. Coloque-se no lugar do leitor.

9.11.2 Coerência Textual

Ocorre com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição,


substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais,
elipses), quando se constroem frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto. A
coerência resulta da relação harmoniosa entre os pensamentos ou ideias apresentadas num
texto sobre um determinado assunto. Refere-se à sequência ordenada das opiniões ou fatos
expostos. Não havendo o emprego correto dos elementos de ligação (conectivos), faltará a
coesão e, logicamente, a coerência ao texto será afetada (CORREIA, 2013).

9.12 Respostas aos Exercícios:

Exercício sobre pontuação:


1c; 2d; 3d; 4c; 5c; 6e

MÓDULO 1 ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA
229

Exercícios sobre crase:


1c
2 a) à
b) ao
c)à
d) à; a; a; as
e) à
3b
4c
Exercícios sobre acentuação:
1) b;
2) a) lê; b) vê em ambos os casos; d) vêm
3) proparoxítonas: África, método, lâmpada
Paroxítonas: fóssil, possível, álbum, tórax
Oxítonas: pé, coração, cajá, armazém

Exercícios sobre concordância:


1c; 2a; 3c; 4a; 5b; 6d; 7e; 8b; 9d; 10c.

ADMINISTRAÇÃO/LOGÍSTICA MÓDULO 1
230

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14724: Informação e


documentação - trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

______. NBR 6023: Informação e documentação - referências - elaboração. Rio de Janeiro,


2002.

______. NBR 10520: Informação e documentação - citações em documentos - apresentação.


Rio de Janeiro, 2002.

CORREIA, A. Português instrumental. Instituto Formação: cursos técnicos


profissionalizantes, Técnico em Segurança do Trabalho, 2013. Disponível em:
http://www.ifcursos.com.br Acesso em 30/10/2014.

CURSOS TÉCNICOS E PROFISSIONALIZANTES COSTA (CTPAC). Apostila de português


instrumental. Módulo 1. Disponível em: www.ctpac.com.br Acesso em 30/11/2014.

FERNADES, C.S.; DOURADO, M.S. Português ao alcance de todos: Gramática e redação


comercial sem mistérios. São Paulo: iEditora, 2002. Disponível em:
http://minhateca.com.br/marcosmribeiro/Documentos/Apostilas/Portugues/Apostila+de+e
xercicios+Portugues+instrumental,50532214.PDF Acesso em 31/10/2014.

FERREIRA, M. Aprender e praticar gramática. Edição renovada. São Paulo: FTD, 2007.

MONTEIRO, C.G.; MONTEIRO, G. Português instrumental. Programa Escola Técnica Aberta


do Brasil - E-Tec Brasil. Curso Técnico de Manutenção e Suporte em Informática, Manaus:
Universidade Federal do Amazonas, 2009. Disponível em:
http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infor_comun/tec_man_sup/081112_p
ort_instrum.pdf Acesso em 30/10/2014.

SIMÕES, S. A pontuação sem segredo. Série palavra final, v.9. Universidade Nove de Julho
(Uninove), 2012.

ZAMBELI, C. Português. Casa do concurseiro. BNDES. Disponível em:


www.acasadoconcurseiro.com.br Acesso em 30/10/2014.

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