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Introdução
Muitas são as discussões diante do processo inclusivo que vem se
desenvolvendo e até mesmo ganhando forças nas pesquisas educacionais, o
texto que ora se apresenta traz a seguinte temática: “A Lei nº 12.796/2013 e a
Educação Especial e os seus serviços nas diferentes áreas”.
Abordaremos as mudanças ocorridas na LDB nº 9.394/96, substituída
pela Lei nº 12.796/2013, que traz uma nova escrita diante das diretrizes
educacionais.
Os subtemas desta temática envolvem a referida Lei nº 12.796/2013 e os
serviços da educação especial nas diferentes áreas como: surdez, visual,
deficiência intelectual e TGD, deficiência física neuromotora e altas
habilidades/superdotação.
O objetivo desse estudo é que você conheça os serviços da educação
especial disponíveis nas diferentes áreas, podendo solicitá-los quando
necessário.
Acesse também o vídeo da professora Liliane, com mais explicações
sobre o tema que será debatido.
(Disponível no material on-line)
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Problematização
Vivemos hoje o processo legalmente instalado de uma educação
inclusiva, no qual a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008) trouxe a redefinição de seu público, ou seja, para
alunos que apresentam deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação. Em 04 de abril de 2013, a Lei nº 12.796 alterou
de forma significativa a LDBEN, Lei nº 9.394/96. Ela, portanto, não aponta mais
o atendimento às necessidades educacionais especiais dos sujeitos, e sim, aos
grupos da educação especial, embora saibamos que diante de cada deficiência
temos necessidades especiais específicas para o atendimento da deficiência.
Observamos diante deste processo inclusivo ainda, uma grande resistência dos
profissionais da educação no atendimento a este público, pois sempre se utilizam
do ditado que “não estão preparados para recebê-los”, mas existe uma nova
demanda no ensino comum e é preciso estar pronto. Será que com toda a
legislação que traz o acolhimento às diferenças e que oferece serviços às
diferentes áreas da educação especial, podemos ter resistências aos alunos que
apresentam deficiência? Será que estamos buscando novas metodologias que
consigam responder aos anseios destes alunos? Hoje, o movimento inclusivo é
forte e todos nós sabemos que as regras do governo federal estão sendo
aplicadas, portanto, é necessário aceitar as diferenças e avançar.
Diante das legislações vigentes, dos serviços da educação especial para
as diferentes áreas, você como professor de uma escola pública ou particular,
com alunos que apresentam deficiências matriculados, quais procedimentos
realizaria para tornar a aula inclusiva?
Leia o material, e então, volte a essa reflexão e estabeleça seu
posicionamento.
(Vídeo disponível no material on-line)
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Lei nº 12.796 – Publicada em 04 de abril de 2013 e a Educação
Especial
Ressalta-se que a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva de 2008 trouxe para nós a redefinição do público-alvo da
educação especial com os grupos da deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Na LDB 9.394/96, lei que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, trata da educação
especial em seu artigo 58:
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necessidades especiais ou até mesmo necessidades educacionais
especiais.
A nova Lei tem aspectos qualitativos, pois...
...busca a efetivação da educação inclusiva, onde cada pessoa tenha
assegurado o seu direito à educação, mas com direito a aprender.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf
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Saiba mais sobre o Decreto Presidencial nº 7611/11, clicando no link a
seguir:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm
O AEE proporciona as salas de recursos multifuncionais a todas as áreas,
assim como, os serviços específicos da educação especial para cada uma delas.
Elencaremos os serviços de maior importância no contexto educacional.
Surdez
Para a área da surdez, busca-se desenvolver um ambiente bilíngue, com
LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e Língua Portuguesa. Assim como há um
intérprete em sala de aula (profissional habilitado pela FENEIS (Federação
Nacional de Educação e Integração de Surdos)), que deve mediar a
comunicação no contexto escolar, existem os centros de atendimento para a
área da surdez e visual.
Importante ressaltar nesta área que, um trabalho colaborativo entre o
aluno surdo, o intérprete e o professor ajuda e muito o desenvolvimento da
aprendizagem, assim como, proporcionar ambientes bilíngues fazem toda a
diferença no avanço da educação inclusiva.
Veja artigo interessante sobre a língua de sinais, clicando no link a seguir:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000200014
Visual
Na área visual, o AEE tem sala de recursos multifuncionais específica, na
qual é desenvolvido o apoio necessário ao aluno cego e também à pessoa
com baixa visão. Em sala de aula, ainda podem ser utilizados materiais
transcritos em Braille e livros didáticos em áudio.
Na instituição escolar, a cegueira e a surdez talvez sejam as deficiências
menos problemáticas para o processo inclusivo, pois a escola prioriza as
questões cognitivas, fazendo com que alunos cegos e surdos consigam avançar
bem no processo educacional.
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Os artigos a seguir falam um pouco mais sobre as potencialidades e
preconceitos vividos pelo aluno cego. Além de comentarem também sobre a
inclusão deste educando.
http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n1/v14n1a06.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32892011000100006
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preconceitos por parte da comunidade escolar, que acabam visualizando
somente as limitações dos alunos e desconsideram suas potencialidades.
Portanto, é necessário lembrar que há pessoas com síndromes variadas,
mas com cognitivo elevadíssimo, até mesmo com indicativos de altas
habilidades, apesar de seus comprometimentos comportamentais.
Será que os diagnósticos ajudam na educação? Descubra, clicando no
link a seguir:
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC000000003200800
0100044&script=sci_arttext
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Este artigo revela os aspectos positivos e negativos para as pessoas com
e sem deficiência.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
82712008000100013&lng=pt&nrm=iso
Altas Habilidades/Superdotação
Para a área das altas habilidades/superdotação, tem-se o atendimento
especializado como suplementação curricular, onde o atendimento se faz nas
salas de recursos multifuncionais e nos Núcleos de Atividades para Altas
Habilidades/Superdotação (NAAHS), que foram construídos especificamente
para atender esta demanda, tendo um em cada estado brasileiro.
O aluno com indicativos de AH/SD é muitas vezes confundido com
hiperativo, pois sabemos que a sala de aula não o atingiu diante dos conteúdos
teóricos, e ele sempre quer mais.
A proposta inicial é estabelecer um enriquecimento curricular, ou seja,
propor desafios a serem cumpridos na própria sala como forma de
aprofundamento teórico.
Saiba mais sobre o Programa Educação Inclusiva, acessando as
informações do portal do MEC:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=
17434&Itemid=817
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com foco na valorização das diferenças, possibilitando ao público da educação
especial a capacidade de produzir, mesmo diante de suas limitações.
Não podemos nos esquecer de que na concepção inclusiva, o aluno
assimila o conhecimento de acordo com suas possibilidades, e a escola
precisa encontrar soluções que venham responder aos anseios de cada
aluno que ali se encontra.
Você observou que muitos são os serviços e em diferentes áreas da
educação especial? Portanto, precisamos nos manter atentos às legislações
atuais e a tudo o que nos é proporcionado trazer para dentro da escola, pois
assim, teremos mais apoio e poderemos desenvolver um trabalho coletivo que
incentive os avanços dos alunos que apresentam deficiências, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
O importante também neste processo é uma articulação pedagógica para
a elaboração de atividades, e até avaliações que sejam compatíveis com o nível
de desenvolvimento de cada sujeito. A nossa disponibilidade em atender os
alunos que apresentam deficiência, mostra o respeito à diferença e enriquece o
trabalho pedagógico.
Revendo a Problematização
Muito bem! Acredito que você já teve tempo suficiente para refletir sobre
o caso apresentado no início dos estudos deste tema. Caso queira assistir ao
vídeo de problematização novamente antes de responder, acesse o vídeo
disponível no material on-line!
Analise as opções a seguir e pense em qual delas seria a solução mais
viável para o caso apresentado.
a. Conhecendo os serviços da educação especial nas diferentes áreas,
observando o aluno em sala de aula, primeiramente, proporia diferentes
atividades na busca de dar um atendimento adequado e em seguida
solicitaria a equipe da escola o encaminhamento à sala de recursos
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multifuncional, para que o mesmo tivesse o devido atendimento
educacional especializado.
b. Como professor, sei de minhas limitações, e por isso não tenho como
atender ao aluno deficiente no mesmo contexto. Dessa forma, faria o
encaminhamento à sala de recursos multifuncional, mas nos horários
normais de minhas aulas, pois o aluno deficiente deve permanecer com a
equipe pedagógica, realizando atividades diferenciadas.
Síntese
Conhecemos a Lei nº 12.796/13, que nos mostra que o público da
educação especial passa a ser deficiências, TGD e AH/SD. Vimos também que
a terminologia “Necessidade Educacional Especial” (NEE) não está sendo mais
utilizada, porém, é importante entender que diante de cada deficiência existem
necessidades especiais.
Conhecer as legislações que direcionam a modalidade se faz necessário
para cobrar todos os direitos e serviços que estão assegurados pela educação
especial. Serviços esses que subsidiam o trabalho dos envolvidos com um
atendimento mais eficiente diante de cada de cada limitação e/ou potencialidade
apresentada pelos educandos.
(Vídeo disponível no material on-line)
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Referências
BRASIL. Lei nº 12.796 de 04 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional
para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 abril de 2013. Disponível
em:<http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao>. Acesso em:
05/02/2014.
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Atividades
Desde sua promulgação, ocorreram inúmeras atualizações na LDB. A
última ocorreu em 04 de abril de 2013. Essas mudanças visam somente
buscar melhorias para nossa educação e uma delas diz respeito à
redefinição do público atendido pela Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – PNEEPEI. No artigo 58
está escrito que a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, hoje, é para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. Qual é esta lei?
a. Lei nº 12.796/2013
c. Decreto Nº 6571/2008.
d. LDB 9394/96.
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3. Como já é de seu conhecimento, a educação especial atende diferentes
áreas e oferece apoio aos seus alunos, quando proporciona um ambiente
bilíngue, com LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e Língua Portuguesa ou
como quando tem a disposição um intérprete em sala de aula. De qual área
estamos falando?
a. TGD
b. Surdez.
c. Deficiência Intelectual
d. Visual
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5. Como poderíamos definir o enriquecimento curricular?
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