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Como montar

uma criação de
abelhas

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Lauri Tadeu Corrêa Martins

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /


Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 2

3. Localização ........................................................................................................................................... 3

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 3

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 7

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 8

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 9

8. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 9

9. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 11

10. Automação .......................................................................................................................................... 13

11. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 13

12. Investimento ........................................................................................................................................ 14

13. Capital de Giro .................................................................................................................................... 14

14. Custos ................................................................................................................................................. 15

15. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 16

16. Divulgação .......................................................................................................................................... 16

17. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 17

18. Eventos ............................................................................................................................................... 18

19. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 18

20. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 19

21. Glossário ............................................................................................................................................. 19

22. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 23

23. Características .................................................................................................................................... 24

24. Bibliografia .......................................................................................................................................... 24

25. URL ..................................................................................................................................................... 25


Apresentação / Apresentação
1. Apresentação
A apicultura produz mel, cera, própolis, geleia real, contribui para a polinização e pode
ser praticada em pequena escala.

A criação de abelhas (apicultura) é um negócio que proporciona aos consumidores o


contato com produto natural de alto valor nutritivo, com sabor natural e proveniente da
vida silvestre, contribuindo para a qualidade de vida. A apicultura é parte da zootecnia
dedicada ao estudo e à criação de abelhas com o objetivo de produzir mel, cera,
própolis, geleia real, apitoxina e contribuir para a polinização. É uma atividade que
pode ser praticada em pequena escala como hobby, assim como pode constituir-se em
negócio grande e lucrativo.

O padre Antônio Carneiro introduziu a apicultura no Brasil em 1839, quando trouxe ao


Rio de Janeiro algumas colônias de abelhas da espécie Apis mellifera da região do
Porto, de Portugal. Outras raças de Apis mellifera foram introduzidas posteriormente,
principalmente nas regiões Sul e Sudeste, por imigrantes europeus.

Em 1956, o setor teve um novo impulso, quando alguns enxames de abelhas africanas
escaparam de um apiário experimental em São Paulo e passaram a cruzar com as de
raça europeia, formando um híbrido natural chamado de abelha africanizada.
Inicialmente, a agressividade dessas abelhas causou um grande problema no manejo
dos apiários e muitos apicultores abandonaram a atividade. Somente após o
desenvolvimento de técnicas adequadas, ocorrido na década de 1970, a apicultura
passou a crescer e se expandiu para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Recentemente, o setor tem se profissionalizado, e em função disso, o país tem se
mostrado um solo fértil para a atividade.

Assim como para criar qualquer animal, é preciso conhecer as abelhas. No entanto,
quando se fala em criar abelhas, não se trata do indivíduo, mas sim de uma população
de até 100 mil indivíduos em uma única colônia. Diante disso, é necessário
compreender o comportamento social das abelhas, sua dinâmica populacional, sua
biologia e estar sempre se atualizando nas técnicas de manejo e produção.

Por fim, as campanhas para o consumo de alimentos saudáveis e nutritivos contribuem


para a demanda por esses produtos oriundos da apicultura. Mais informações podem
ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios. Para a construção deste
plano, consulte o Sebrae mais próximo.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
2. Mercado
O Brasil apresenta características especiais de flora e clima que, aliados à presença da
abelha africanizada, lhe conferem um potencial fabuloso para a atividade apícola,
ainda pouco explorado. Segundo o Banco do Nordeste, o Nordeste é uma das duas
regiões do planeta com as melhores condições para produzir mel orgânico. Além das
características ambientais, a abelha africanizada é mais resistente às doenças, e,
portanto, facilitam o manejo orgânico, por não precisarem de medicação. Há, no
entanto, que se atentar para o custo do manejo orgânico (perda de produtividade
comparada à apicultura convencional, menor durabilidade dos equipamentos que não
podem ser pintados) para que o produtor esteja ciente desses custos e defina seu
modelo de apicultura.

A produção de mel obtida de floradas silvestres está se tornando cada vez mais
escassa no mundo. Por esse motivo, atualmente, a exploração da apicultura está cada
vez mais dependente das culturas agrícolas que, na maioria dos sistemas produtivos,
utilizam os agroquímicos de maneira inadequada. Essa situação prejudica a qualidade
do mel e dos demais produtos apícolas, pois ocasiona a contaminação da produção
com resíduos que podem ser tóxicos para as abelhas e para o homem.

No Brasil, as floradas silvestres continuam abundantes e muito importantes para o


setor apícola, graças às vastas áreas disponíveis, o que dá ao país um potencial muito
grande em termos de aumento de sua produção, pelo menos, para as próximas
décadas.

A produtividade brasileira ainda é pequena, quando comparada com a produção


internacional. A baixa produtividade dos apiários brasileiros se explica pela pouca
utilização de recursos tecnológicos na produção. Estima-se que a produtividade da
atividade no Brasil seja de 15 kg de mel por colmeia, ao ano, enquanto outros países
atingem produtividade de 50 a 100 kg.

Segundo a Abemel, Associação dos Exportadores de Mel, as exportações de mel


ultrapassaram o valor de US$ 81 milhões, com mais de 22 mil toneladas vendidas. Os
principais países compradores são os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido.
Atualmente, o mercado de mel está extremamente favorável ao produtor. Em média,
está sendo pago ao produtor no atacado algo entre R$ 8,00 e R$ 10,00.

A apicultura é uma atividade de risco, como qualquer negócio. No entanto, é uma


atividade extremamente lucrativa caso gerenciada de forma profissional e com a
correta aplicação do manejo. Recomenda-se que antes de iniciar uma produção
apícola em escala, o candidato a produtor faça um curso de apicultura, se capacite e
inicie com duas a quatro colmeias. Desse modo, o apicultor aprende a lidar com
abelhas primeiro, e depois começa a expandir seu negócio. É importante desde o
primeiro momento que o apicultor identifique na região a associação ou cooperativa
apícola para que tenha apoio, tanto no sentido associativo, quanto no sentido de
tecnologia, informação e acesso a equipamentos e insumos específicos, que

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
dificilmente são encontrados em lojas convencionais.

3. Localização
Para se criar abelhas africanizadas, é indispensável a localização do apiário em área
na zona rural, podendo ser própria ou arrendada. A instalação da área para a criação
de abelhas deverá levar em consideração fatores que proporcionem uma maior
produtividade. A área deve ser preferencialmente seca, onde não haja ventos fortes,
bem ensolarada, distante de pessoas e/ou animais de criação (como vaca ou cabra); e
de fácil acesso de carro, onde se possa estacionar próximo às colmeias.

As abelhas se distanciam da colmeia em busca do néctar nas flores, em um raio de


aproximadamente três quilômetros. Em função disso, é recomendável não instalar
outro apiário em distância inferior a esta, sob risco de sobreposição de área e
competição entre as colmeias, reduzindo sua eficiência produtiva.

Deve haver água limpa e disponível próxima ao apiário, pois a água é usada pelas
abelhas para refrigerar as colmeias em dias de sol. Quanto maior a distância da água
em relação ao apiário, maior o desgaste das abelhas e o impacto negativo sobre a
produção.

4. Exigências Legais e Específicas


A atividade da apicultura é classificada como atividade de produtor rural. O apicultor
deve atender à legislação sanitária correspondente, a cargo do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Não é exigida autorização especial para a
instalação de apiário, uma vez que é uma atividade de baixíssimo impacto.

Os requisitos para a criação de abelhas são apenas sanitários, durante o


processamento do mel, para garantir que não haja contaminação. Na grande maioria
dos casos, um único apicultor não viabiliza uma casa de mel (onde se faz a extração)
ou um entreposto (onde se faz o processamento). Desse modo, sugere-se que o
candidato a apicultor procure uma associação ou cooperativa para que possa
processar seu mel em um estabelecimento coletivo.

A legislação referente ao processamento de mel está disposta no Regulamento da


Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). O Sebrae
apresenta ainda normas técnicas construídas em parceria com a ABNT para diversas
atividades dentro da apicultura, que servem como um bom guia dos procedimentos
adequados a serem realizados. Para o processamento, as exigências são as mesmas
para abrir uma empresa comum, acrescida da legislação sanitária cabível.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as
devidas inscrições. As etapas do registro são:

• Registro de empresa nos seguintes órgãos:


• Junta Comercial;
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual da Fazenda;
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao
recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal);
• Cadastramento na Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”;
• Corpo de Bombeiros Militar.
• Visita à Prefeitura da cidade onde pretende montar a sua indústria (quando for o
caso) para fazer a consulta de local;
• Obtenção do alvará de licença sanitária – adequar às instalações de acordo com o
Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal,
a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, já a estadual e
municipal ficam a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o
caso);
• Preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado para,
solicitando a vistoria das instalações e equipamentos;
• Registro do produto (quando for o caso).

As principais exigências legais aplicáveis a este segmento são:

• A Lei nº 1.283, de 18/10/50;


• A regulamentação do Mercosul;
• O Decreto 30.691 trata da Regulamentação da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal e determina: “Art. 8 - Entende-se por estabelecimento de
produtos de origem animal, para efeito do presente Regulamento, qualquer instalação
ou local nos quais são abatidos ou industrializados animais produtores de carnes, bem
como onde são recebidos, manipulados, elaborados, transformados, preparados,
conservados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados com
finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o
pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, o mel e a
cera de abelhas e seus derivados e produtos utilizados em sua industrialização”;
• O artigo 757 do Decreto 30.691 define por Mel: “Art. 757 - Entende-se por Mel o
produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou
das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos
sugadores de plantas, que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas
recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias e deixam
maturar nos favos da colmeia. * Artigo, ‘caput’, com redação dada pelo Decreto nº

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
2.244, de 4/6/1997 (DOU de 5/6/1997, em vigor desde a publicação). Parágrafo único.
Deverá ser atendido o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade específico,
oficialmente adotado. * Parágrafo único acrescido pelo Decreto nº 2.244, de 4/6/1997
(DOU de 5/6/1997, em vigor desde a publicação)”;
• A Secretaria de Inspeção de Produto Animal – SIPA publicou a PORTARIA SIPA
N. 0006, de 25 de julho de 1985, que determina o funcionamento de estabelecimento
sob o aspecto tecnológico e higiênico sanitário através de NORMAS higiênico-
sanitárias e tecnológicas para Mel, Cera de Abelhas e derivados, a saber:

1. Estabelecimentos Industriais (apiário etc.);


2. Instalações;
3. Equipamentos;
4. Características de construção civil;
5. Anexos e outras instalações;
6. Entreposto de mel e cera;
7. Particularidades da produção;
8. Embalagem e rotulagem;
9. Transporte da matéria-prima e dos produtos;
10. Higiene da dependência, dos equipamentos e do pessoal;
11. Análise e índices de qualidade do mel e da cera de abelha;
12. Critérios de inspeção.
A INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 03, de 19/1/2001 trata das medidas de normatização
da industrialização de produtos de origem animal, com o seguinte enfoque: “Art. 1º
Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Apitoxina, Cera de
Abelha, Geleia Real, Geleia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de
Própolis, conforme consta dos Anexos desta Instrução Normativa”.

Os Anexos relacionados tratam do tema:

• ANEXO I - Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de


apitoxina
• ANEXO II - Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de cera
de abelhas
• ANEXO III - Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de geleia
real
• ANEXO IV - Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de geleia
real liofilizada
• ANEXO V - regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de pólen
apícola
• ANEXO VI - Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de
própolis;
• ANEXO VII - Regulamento de identidade e qualidade de extrato de própolis• O
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel está na Instrução Normativa
n. 11 de 20/10/2000 também aplicável.

• Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e alterações posteriores - Configura


infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções respectivas e a

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
necessidade da responsabilidade técnica;
• Portaria nº. 27, de 18 de março de 1996, do Ministério da Saúde - Regulamento
Técnico sobre embalagens e equipamentos de vidro e cerâmica em contato com
alimentos;
• Portaria nº. 368, de 4 de setembro de 1997 - Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos;
• Lei nº. 9.677, de 2 de julho de 1998 - Altera o Código Penal, incluindo o crime
contra a saúde pública na classificação de delitos considerados crimes hediondos;
• Resolução RDC nº. 23, de 15 de março de 2000 - Regulamento Técnico sobre o
manual de procedimentos básico para registro e dispensa de registro;
• Resolução RDC nº. 91, de 11 de maio de 2001 - Aprova o Regulamento Técnico:
Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em
Contato com Alimentos, constante do Anexo desta Resolução;
• Portaria Inmetro nº. 157, de 19 de agosto de 2002 - Regulamento Técnico
Metrológico;
• Resolução RDC nº. 259, de 20 de setembro de 2002 - Regulamento Técnico para
rotulagem de alimentos embalados;
• Resolução RDC nº. 275, de 21 de outubro de 2002 - Regulamento Técnico de
Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas
de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos;
• Instrução Normativa Conjunta SARC/Anvisa/Inmetro nº 009, de 12 de novembro
de 2002 - Regulamenta a embalagem para comercialização de frutas e hortaliças
frescas;
• Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 - Regulamento Técnico sobre
rotulagem nutricional de alimentos embalados;
• Resolução RDC nº. 216, de 15 de setembro de 2004 - Dispõe sobre Regulamento
Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação;
• Resolução RDC nº. 218, de 29 de julho de 2005 - Dispõe sobre Regulamento
Técnico de Procedimentos Higiênico-Sanitários para Manipulação de Alimentos e
Bebidas Preparados com Vegetais;
• Resolução RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005 - Regulamento Técnico para
Misturas para o Preparo de Alimentos e Alimentos Prontos para o Consumo;
• Lei nº. 12.389 de 11 de outubro de 2005 - Dispõe sobre a doação e reutilização de
gêneros alimentícios e de sobras de alimentos e dá outras providências.
A legislação federal pode ser complementada pelos órgãos estaduais e municipais de
vigilância sanitária, visando abranger requisitos inerentes às realidades locais e
promover a melhoria das condições higiênico-sanitárias dos serviços de alimentação.

Em alguns estados e municípios, os estabelecimentos que produzem e/ou manipulam


alimentos somente podem funcionar mediante licença de funcionamento e alvará
expedido pela autoridade sanitária competente. A vistoria no estabelecimento segue o
código sanitário vigente e é feita pelos fiscais da Prefeitura local.

As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem


observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa
do Consumidor (CDC). O CDC, publicado em 11 de setembro de 1990, regula a

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação
entre consumidores e fornecedores.

O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação


de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos
ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação
estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido
satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final.

Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não estão sob a
proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem
revendidas pela casa. Nestas operações, as mercadorias adquiridas se destinam à
revenda e não ao consumo da empresa. Tais negociações se regulam pelo Código
Civil brasileiro e legislações comerciais específicas.

Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e exposição dos
produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem
prestados, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos
ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer
cobranças de dívidas.

Em relação aos principais impostos e contribuições que devem ser recolhidos pela
empresa, vale uma consulta ao contador sobre da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (disponível em http://www.leigeral.com.br), em vigor a partir de 1º de julho de
2007.

5. Estrutura
A estrutura de uma empresa de criação de abelhas deve contar com uma boa flora
apícola, se possível com o aproveitamento de áreas reflorestadas, de fruteiras (citrus,
pessegueiros, macieiras, mangueiras etc.) e plantas silvestres em plena florada como:
assa-peixe, cambará, astrapeia, cordão-de-frade, mata-pasto etc.).

A colmeia compõe-se de alvado, que é a base onde se encontra a sua entrada, o ninho
e as caixas de cria. Nas caixas situam-se os favos de crias, local de postura dos ovos.
Acima do ninho, está a melgueira, onde são armazenados os favos de mel. Entre o
ninho e a melgueira existe a chamada caixa excluidora, cujas malhas finas permitem
apenas a passagem das abelhas operárias, impedindo a passagem da rainha e dos
zangões. O conjunto fica coberto por uma tampa, também de madeira.

O tipo de colmeia mais indicado é a Langstroth, formada basicamente por duas caixas
de madeira vazadas. No caso de apicultura convencional, as caixas deverão ser
pintadas com a primeira demão de zarcão ou similar e pintura final com tinta à base de
óleo nas cores branca, azul, amarela ou verde clara, por serem cores que as abelhas
distinguem melhor. Atualmente, as colmeias podem ser compradas já

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
impermeabilizadas, sendo esta a melhor opção. Para colmeias orgânicas há também
algumas técnicas de preservação da madeira que podem ser adotadas.

Para evitar o ataque de predadores, principalmente formigas e tatus, as colmeias


nunca deverão ser colocadas diretamente no chão. Serão apoiadas em suportes
individuais ou coletivos de madeira, ferro ou tijolo.

O ideal é iniciar com um número pequeno de colmeias, para facilitar a adaptação do


empreendedor ao manejo das abelhas e conhecer o período de florada. O que
determina a quantidade de colmeias por apiário é o potencial da florada no entorno do
apiário.

6. Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do empreendimento. Para
iniciar uma criação de abelhas de pequeno porte, o empreendedor deve contratar pelo
menos 1 auxiliar, para colaborar no manejo, no processamento e limpeza em geral.

Para contratar colaboradores, o empresário deve considerar a adequação do perfil


pessoal às técnicas de manejo e produção. É necessário manter a equipe atualizada,
pela participação em cursos, ou por treinamentos oferecidos pelo próprio proprietário.
Há uma grande dificuldade de contratação de mão de obra qualificada na apicultura,
pois pouca gente se dispõe à tarefa, além do conhecimento ser pouco difundido. Na
maior parte das vezes, torna-se mais fácil inicialmente ter um sócio, em vez de um
funcionário (uma vez que se recomenda começar com poucas colmeias e, portanto,
não pagaria um funcionário dedicado a isso). À medida que o negócio for crescendo, aí
sim começa a contratação de mão de obra, seja por meio de diaristas nas atividades
mais pesadas, seja por meio de contratação formal via CLT.

A segurança das pessoas que manejam as colmeias deve ser uma preocupação
constante do empreendedor, devendo ser fornecidos equipamentos seguros, que
evitem ao máximo as picadas das abelhas. Deve-se estar atento para as organizações
sindicais ou associações de classe, utilizando-as como balizadoras dos salários e
orientadoras das relações trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores


nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações
trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.

O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao


seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do
setor. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações
sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
7. Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos:

Mobiliário para a área administrativa:

• microcomputador completo;
• impressora;
• mesas e cadeiras;
Equipamentos, ferramentas e utensílios:

• colmeia completa com cavalete;


• estaleiro;
• cera alveolada;
• fumegador;
• chapéu e véu, macacões, luvas de pvc e botas;
• caixa-isca para captura de abelhas;
• alimentadores;
• coletores de pólen;
• tampas para transportes;
• alveolador;
• núcleo de abelhas;
• centrífuga;
• formão, garfo desoperculador de favo, carretilha para incrustrar cera, vassourinha
espanadora, bandeja galvanizada, esticador de arame, raspador, rolo de arame;
• laminador elétrico de cera;

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques: o giro
dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em
estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e
tem a característica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior
for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior
será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de
estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação
do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de
nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele
segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço,

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que
podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se
poder executar o serviço com prontidão.Portanto, o estoque dos produtos deve ser
mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque
mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de
compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.A matéria-prima utilizada em
uma criação de abelhas é representada pelos diversos elementos componentes do
ambiente como água de boa qualidade, árvores e flores. Não requer suprimento de
produtos elaborados.

O mel é classificado de acordo com sua origem botânica ou seu procedimento de


obtenção. Em relação à origem botânica, temos o mel obtido principalmente dos
néctares das flores, com a seguinte distinção:

• Unifloral ou monofloral: quando o produto procede principalmente da origem de


flores de uma família, gênero ou espécie e possua características sensoriais, físico-
químicas e microscópicas próprias, e
• Multifloral ou polifloral: é o mel obtido a partir de diferentes origens florais.
• De melato: É o mel obtido primordialmente a partir de secreções das partes vivas
das plantas e das excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre
elas.
Segundo o procedimento de obtenção, temos os seguintes tipos:

• Escorrido/espremido: é o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados,


com larvas;
• Centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem
larvas, e
• Filtrado: é o que foi submetido a um processo de filtração.
A própolis, do grego pro (frente) e polis (cidade), é um produto coletado pelas abelhas
nas flores, troncos e árvores para o seu uso na limpeza, proteção, fechamento de
frestas e mumificação. A própolis é um antibiótico natural que possui grandes
propriedades energéticas, antibactericidas, cicatrizantes, regeneradoras, anti-
infecciosas e é um excelente conservador e regenerador dos tecidos celulares.

De coloração e consistência variada, a própolis, formada por ceras e resinas, é


coletada por abelhas de diversas partes das plantas como brotos, botões florais e
exsudatos resinosos. Sua composição irá depender da origem do material coletado.
Isto é, reflete a variedade de vegetação próxima à colmeia. No geral, a própolis é
composta de 50% de resina e bálsamo de vegetais, 30% de cera, 10% de óleos
aromáticos, 5% de pólen e 5% de substâncias diversas. Dependendo da origem, pode
conter acima de 400 substâncias químicas, com funções ainda desconhecidas na
fisiologia humana.

Os efeitos terapêuticos têm sido atribuídos aos dois grandes grupos de princípios
ativos que a compõem: os flavonoides são considerados como um dos principais
compostos. Seguem-se os diversos ácidos fenólicos e seus ésteres, fenólicos, alcoóis

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e cetonas. A quantidade de cada um desses elementos depende da flora utilizada
pelas abelhas. A variabilidade genética das rainhas também influencia na sua
composição química. A venda de produtos alimentícios é uma atividade que requer
muitos cuidados, pois os alimentos são grandes fontes de contaminação e podem
prejudicar a saúde do consumidor. Portanto, é necessário que o fabricante de qualquer
produto alimentício conheça a legislação de alimentos e as boas práticas de fabricação
para, assim, distribuir um produto adequado ao consumo humano.

A venda de produtos alimentícios é uma atividade que requer muitos cuidados, pois os
alimentos são grandes fontes de contaminação e podem prejudicar a saúde do
consumidor. Portanto, é necessário que o fabricante de qualquer produto alimentício
conheça a legislação de alimentos e as boas práticas de fabricação para, assim,
distribuir um produto adequado ao consumo humano.

9. Organização do Processo Produtivo


Os processos produtivos de uma criação de abelhas são divididos em:

• Povoamento – pode se iniciar um criatório de abelhas com a aquisição de


famílias inteiras de abelhas, de apicultores especializados, comprando núcleos de
produtores de enxames, ou pela captura de enxames em campo. Para isso, o método
mais eficiente é o sistema de caixa-isca.
• Instalação das colmeias – colmeia é a moradia ou lugar em que a família de
abelhas ou uma colônia moram. O padrão da colmeia deve ser seguido de forma
rigorosa, obedecendo sempre ao espaço de 6 a 9 milímetros por abelha, que
corresponde ao mínimo necessário para permitir o livre tráfego e o trabalho das
operárias. O número de colmeias por apiário varia de cinco a cem, dependendo da
população, da qualidade do mel e da abundância das flores existentes no raio de ação
das abelhas. Para aumentar a vida útil das colmeias, elas devem ser pintadas
externamente com tinta esmalte sintético em cores claras: branco, azul, amarelo ou
verde. É recomendável a utilização de madeira de boa qualidade, leve, com boa
durabilidade, seca, que aceite prego e não apresente cheiro forte, tais como: o cedro, o
vinhático e o pinho.
• Manejo – uma vez por semana é necessário vistoriar a criação para:
• Verificar os favos; - a postura dos ovos; - o controle da população;
• Observar os ataques das formigas e cupins; - instalação das melgueiras para
depósito do mel (caso estas estejam cheias, faz-se a coleta do mel);
• Avaliar a postura da rainha;
• Orfanar a rainha (retirar a rainha quando necessário);
• Fazer a introdução de uma nova rainha;
• Verificar o estado das colmeias e dos cavaletes para fazer os reparos se
necessário.

• Durante a fase de vistoria, é fundamental apresentar-se de forma calma e

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trabalhar com movimentos precisos, estar com o vestuário completo (macacão, luvas,
máscara, formão), além de utilizar o fumegador com moderação, a fumaça acalma as
abelhas. A alimentação das abelhas merece um cuidado todo especial, porque os
enxames poderão abandonar as colmeias se não houver alimento natural suficiente.
Para que isso não ocorra, é necessário colocar alimentação artificial junto às colmeias,
formada pela diluição de um quilo de açúcar cristal dissolvido em um litro de água
fervida. Esta solução deve ser fornecida em um recipiente acoplado na entrada da
caixa na época da escassez das floradas. Os principais sinais de que as abelhas estão
morrendo de fome são:
• Abelhas mortas nos favos com a cabeça para dentro do alvéolo;
• Enxameação anormal;
• Fuga de enxames.

• Enxame é constituído por uma família de abelhas, considerada uma sociedade


muito organizada, com cada abelha desempenhando uma tarefa definida, sendo
composto pelos seguintes tipos: rainha, operárias e zangões. O enxame apresenta em
média de 60.000 a 80.000 abelhas, chegando a alguns casos até 120.000 abelhas.

A presença de uma rainha sadia e fértil mantém a segurança da colônia. Quem


determina o nascimento de uma nova rainha são as operárias. A rainha produz os ovos
e a “substância da rainha” e emite feromônio característico, que lhe permite comunicar-
se com as operárias.

No 12º dia após o nascimento da rainha, ocorrem o voo nupcial e a copulação com os
zangões. Três dias depois do voo nupcial, a rainha começa a pôr os ovos. Os zangões
morrem depois do voo nupcial e a copulação.

As operárias têm o órgão sexual atrofiado e são menores que a rainha e os zangões.
Vivem até 40 dias em período de muito trabalho e até seis meses em período de
inatividade.

Nos primeiros três dias de vida, a operária trabalha como “faxineira”, faz a limpeza da
colmeia, do 4º ao 10º dia elabora a geleia real e alimenta as larvas dos favos de
procriação, no início com geleia real, depois com mel.

Na elaboração da geleia, a abelha engole mel, pólen e água, que no seu sistema
digestivo passam por uma transformação química e são regurgitados como geleia.
Depois dessa fase e até o 21º dia, as abelhas se dedicam à produção de cera, por
meio das glândulas cerosas que possuem no abdômen e à construção de favos.

A partir daí, as operárias chamadas de campeiras vão para os campos em busca de


néctar e água. O néctar passa por transformações químicas no abdômen das abelhas,
sendo depositado nos favos já como mel.

Quando a colônia cresce demais e falta espaço físico, as operárias criam nova rainha,
obrigando a rainha-mãe a sair e procurar outro local para se instalar. Uma parte das
abelhas acompanha a rainha e a outra parte fica para dar continuidade à colmeia já
existente. É assim que elas se propagam e perpetuam a espécie.

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Canais de Distribuição
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O empreendedor deverá fazer a opção por um tipo de apiário, que pode ser:

• apiário fixo - instalado em lugar definitivo com produção a partir do suprimento de


néctar das floradas;
• apiário migratório - é aquele cujas colmeias são transferidas de acordo com as
floradas da região.
Dentre os diversos gêneros de abelhas, o empreendedor poderá escolher as nativas, a
Apis melifera, também chamada de abelha do mel e as abelhas africanas. As abelhas
nativas são geralmente pequenas, recolhem o néctar e o pólen, armazenam o mel em
grande quantidade, e por isso são interessantes para a exploração comercial.

• Administração – pequeno espaço destinado às atividades de compra e


relacionamento com fornecedores, controle de estoques, controle de contas a pagar,
atividades de recursos humanos, controle financeiro e de contas bancárias,
acompanhamento do desempenho do negócio e outras que o empreendedor julgar
necessárias para o bom andamento do empreendimento.

10. Automação
Há no mercado uma boa oferta de sistemas para gerenciamento de pequenos
negócios. Para uma produtividade adequada, devem ser adquiridos sistemas que
integrem as compras, as vendas e o financeiro. Os softwares possibilitam o controle
dos estoques, cadastro de clientes e fornecedores, serviço de mala-direta para clientes
e potenciais clientes, acompanhamento da criação e produção, cadastro de móveis e
equipamentos, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha de
pagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa etc.

Devem-se procurar softwares livres ou de custo acessível e compatível com uma


microempresa.

11. Canais de Distribuição


O canal de distribuição é a própria empresa de criação de abelhas. Dependendo do
volume de produção o empresário poderá fazer parcerias com outros produtores, para
transportar o seu produto para mercados mais movimentados. O empreendedor
poderá também participar de feiras de produtos naturais ou filiar-se a cooperativas. Um
site na internet representa uma boa opção de divulgação dos produtos da empresa.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
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12. Investimento
O investimento varia de acordo com o porte do empreendimento. Considerando um
apiário de pequeno porte, é necessário um investimento inicial estimado em R$ 30 mil,
a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:

• Reforma do local: R$ 15.000,00


• Microcomputador completo: R$ 1.500,00;
• Impressora: R$ 300,00;
• Mesas, cadeiras e materiais de escritório: R$ 1.500,00;
• Colmeia completa com cavalete (20): R$ 2.000,00;
• Estaleiro: R$ 600,00;
• Cera alveolada: R$ 200,00;
• Fumegador: R$ 200,00;
• Chapéu e véu, macacões, luvas de pvc e botas: R$ 720,00;
• Caixa-isca para captura de abelhas: R$ 80,00;
• Alimentadores: R$ 200,00;
• Coletores de pólen: R$ 150,00;
• Tampas para transportes: R$ 50,00;
• Alveolador: R$ 800,00;
• Núcleo de abelhas: R$ 1.200,00;
• Centrífuga: R$ 650,00;
• Formão, garfo desoperculador de favo, carretilha para incrustrar cera, vassourinha
espanadora, bandeja galvanizada, esticador de arame, raspador, rolo de arame: R$
150,00;
• Laminador elétrico de cera: R$ 200,00;
• Capital de giro: R$ 4.500,00.
Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o
empreendedor utilize o modelo de plano de negócio disponível no Sebrae.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: Prazos
Médios recebidos de Fornecedores (PMF); Prazos Médios de Estocagem (PME) e
Prazos Médios Concedidos a Clientes (PMCC).

Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,

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maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão de obra, aluguel,


impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar essa
necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores


que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão. Para um apiário, a necessidade de capital de giro é baixa, correspondendo a
10% do investimento inicial. Isso porque não há desembolsos vultosos para
fornecedores e os maiores custos estão inseridos na folha salarial dos profissionais
contratados.

14. Custos
Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-
prima e insumos consumidos no processo de produção.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,


produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.

Os custos mensais de um apiário variam ao longo do ano, dependendo do manejo


adotado, girando em torno de 500 reais/mês, sendo maiores os custos na entressafra e

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Divulgação
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menores durante a safra. É importante, no entanto, que os custos com funcionários
sejam mantidos por diárias, uma vez que um apiário inicial exige apenas manutenção
de 15 em 15 dias, não valendo a pena a contratação de funcionário em tempo integral
nesse início de operação.

Seguem algumas dicas para manter os custos baixos: Filie-se a alguma associação de
apicultores, a maioria delas dispõe de estruturas de beneficiamento de uso coletivo,
que permite a economia no investimento em instalações, principalmente para os
apicultores de primeira viagem.

Compre insumos coletivamente, em conjunto com outros apicultores. É possível


economizar muito na compra de açúcar e de colmeias, por exemplo.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Agregue valor ao seu produto, oferecendo produtos e serviços complementares ao
produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não
basta ter algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo
mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu
nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.

A diversificação se dá pela oferta dos diversos itens produzidos. É importante


pesquisar com os concorrentes para conhecer os serviços que estão sendo
adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de proporcionar ao
cliente um produto diferenciado. Além disso, conversar com os clientes atuais para
identificar suas expectativas é muito importante para o desenvolvimento de novos
serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de fidelizar os
atuais clientes, além de cativar novos.

O empreendedor deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas


técnicas, novos utensílios e produtos, por meio da leitura de colunas de jornais e
revistas especializados, programas de televisão ou pela Internet.

16. Divulgação
Os meios para divulgação de criação de abelhas variam de acordo com o porte e o
público-alvo escolhido. Para um empreendimento de pequeno porte, pode ser usada a
distribuição de pequenos informativos para os clientes que procuram a empresa,
divulgando as propriedades alimentícias dos itens produzidos. As alternativas são os
anúncios em jornais de bairro, revistas locais e propaganda em rádio.

A divulgação por meio de site na internet deve ser considerada, pois o acesso de

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
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pessoas à rede cresce permanentemente e em larga escala. Na medida do interesse e
das possibilidades, poderão ser utilizados anúncios em jornais de grande circulação,
revistas e outdoor. Se for de interesse do empreendedor, um profissional de marketing
e comunicação poderá ser contratado para desenvolver campanha específica.

O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar
as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes
satisfeitos e bem atendidos.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de CRIAÇÃO DE ABELHAS, assim entendido pela Classificação Nacional
de Atividades Econômicas/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (CNAE/IBGE)
0159-8/01 como a atividade de criação de abelhas para a produção de mel, cera e
outros produtos apícolas, poderá optar pelo Simples Nacional – Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde
que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) para Microempresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil
reais) para Empresa de Pequeno Porte e respeitando os demais requisitos previstos na
Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o Documento de Arrecadação do Simples
Nacional,(DAS), que é gerado no Portal do Simples Nacional
(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

• Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);


• Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL);
• Programa de Integração Social (PIS);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
• Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
• Contribuição para a Seguridade Social Relativa à Parte Patronal (INSS).
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional, para
esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera federal, poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou Cofins.

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral
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Microempreendedor Individual: para se enquadrar no Microempreendedor Individual
o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução
CGSN nº 94/2011 – Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm),
Neste caso, este segmento não pode se enquadrar no Microempreendedor Individual,
conforme Res. 94/2001.

Para este segmento, tanto Microempresa ou Empresas de Pequeno Porte, a opção


pelo Simples Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem
como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das
obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN – Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
A seguir, são indicados os principais eventos sobre o segmento:

• Congresso Brasileiro de Apicultura – 2018 – Florianópolis


• Congresso Internacional de Apicultura – APIMONDIA Local: Istambul, 2017

19. Entidades em Geral


A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor:

• Abemel

• Abia – Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação Av. Brigadeiro Faria


Lima, 1478, 11º andar CEP: 01451-001São Paulo-SP Fone: (11) 3030-1353 Fax: (11) *

• Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Sede Parque Estação


Biológica

• Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios*

• Receita Federal

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• SBAN – Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição

• SBGAN – Sociedade Brasileira de Gastronomia e Nutriçã

• SNDC – Sistema Nacional de Defesa do Consumidor

20. Normas Técnicas


As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes
referências para o mercado. As normas técnicas podem estabelecer requisitos de
qualidade, de desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso
ou mesmo na sua destinação final), mas também podem estabelecer procedimentos,
padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e
glossários, definir a maneira de medir ou determinar as características, como os
métodos de ensaio. As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.

• A norma técnica NBR 15585 – Sistema de produção no campo especifica os


requisitos para instalação e manejo de apiário, coleta e transporte de favos e extração
do mel – é aplicável ao negócio de criação de abelhas.
• A norma técnica ABNT NBR 15654:2009 – Apicultura – Mel – Sistema de
rastreabilidade
– é aplicável ao negócio de criação de abelhas.

• ABNT NBR 15714-1:2009 Apicultura – Mel Parte 1: Preparo de amostra para


análises físico-químicas
• ABNT NBR 15714-2:2009 Apicultura – Mel Parte 2: Determinação da umidade
pelo método refratométrico.
• NBR 15714-3:2009 Apicultura – Mel Parte 3: Determinação de cinzas
• ABNT NBR 15714-5:2009 Apicultura – Mel Parte 5: Determinação de sólidos
insolúveis
• ABNT NBR 15713:2009 Apicultura – Equipamentos – Colmeia tipo Langstroth

21. Glossário
Seguem alguns termos técnicos extraídos do website
http://criacaodeanimais.blogspot.com/2008/11/glossrio-das-abelhas.html

• Abelha africanizada: No ano de 1956 foram trazidas da África para o Brasil


algumas abelhas Apis mellifera scutellata, conhecidas como abelha africana. Estas
abelhas apresentaram uma capacidade excepcional de enxameagem e cruzamento

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com as outras espécies de Apis, provenientes da Europa, trazidas anteriormente pelos
colonizadores. Estas eram mansas e mesmo produzindo pouco mel, eram criadas em
todo o Território Nacional. Como as abelhas resultantes desse cruzamento eram
agressivas, elas ficaram sendo conhecidas como abelhas africanizadas. Hoje, após
quase cinquenta anos do início da sua dispersão, elas são, geneticamente, quase
totalmente africanas.
Alimentação artificial: é oferecida em ocasiões especiais, quando a colônia está fraca
com pouca cria ou pouco alimento. Essa alimentação pode ser de xarope de água e
açúcar, que é também a mais comum, de cândi, e ainda de rapadura picadinha.

• Apicultura: é a criação de abelhas Apis, as que possuem ferrão e que


encontramos comumente nas cidades andando sobre sorvetes derretidos, sucos
adocicados e refrigerantes, no açúcar de pães e doces de confeitarias e padarias.
• Apicultura migratória: Quando a criação das abelhas Apis ocorre em um mesmo
local, significa que existem floradas suficientes para a sua manutenção. Quando esse
fato não ocorre, como nas monoculturas, onde a florada é expressiva, mas por um
curto período de tempo, então, o apicultor realiza o deslocamento do apiário
(migração) ou parte dele para locais com floradas onde as abelhas possam coletar
pólen e néctar.
• Atividade antibacteriana: uma das propriedades dos méis de abelhas é a sua
capacidade de inibir bactérias que estão no seu interior, ou externamente, quando
estas bactérias entram em contato com os méis. O valor da capacidade antibacteriana
é variável de acordo com o mel, a espécie de abelha que o produziu, a florada de onde
ele provém, da cepa da bactéria testada e também da quantidade de colônias de
bactérias que estão sendo colocadas em contato com os méis. Vários fatores
contribuem para esse poder inibitório, desde o tipo de néctar até a espécie de abelha,
que com suas enzimas, manipula e fabrica o mel.
• Bioma: a maior categoria de habitat de uma região particular do mundo, tais como
a tundra ou a floresta amazônica.
• Campeira: as operárias constituem a casta que realiza quase a totalidade dos
trabalhos que devem ser feitos para a manutenção do ninho. As abelhas campeiras
são as abelhas coletoras de alimento, como o pólen, o néctar e de produtos para o
ninho, como barro, resina etc. É atividade realizada pelas abelhas mais velhas.
• Cândi: alimentação artificial que consta de aproximadamente 3 partes, em peso,
de mel de Apis, mais 5 partes, em peso, de açúcar em pó, misturados até se obter uma
consistência firme. São oferecidos em pequenos recipientes de plástico dentro do
ninho. Ele tem como vantagem: as abelhas não se afogam como pode acontecer nos
xaropes.
• Cera pura: nos meliponíneos, assim como em outras abelhas, a cera é produzida
em glândulas localizadas no abdômen. Nas Apis, essas glândulas são ventrais
enquanto nos meliponíneos elas são dorsais.
• Cerume: quando a cera pura é misturada com resina, que as abelhas coletam nas
plantas, essa substância recebe o nome de cerume, que é a matéria-base na
construção de todas as estruturas físicas do ninho de meliponíneos.
• Coleta de alimento: o ninho das abelhas precisa de alimentos para crescer e se
manter. Esses alimentos são coletados nas flores, como o pólen e o néctar. As abelhas
campeiras transportam os alimentos no papo e na corbícula (estrutura côncava do

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último par de pernas).
• Colmeias racionais: é o nome dado às colmeias de abelhas que foram
confeccionadas pelo homem, frequentemente de tábuas de madeira, com diversos
compartimentos. Apresentam diferentes graus de complexidade, dependendo do seu
idealizador. As colmeias mais comuns são as horizontais.
• Concentração de açúcares: referente à quantidade de açúcar diluído em algum
líquido. No caso dos méis de Apis, a concentração de açúcares é em torno de 80%,
enquanto na abelha jataí (Tetragonica angustula) o mel é mais aguado, e essa
concentração é em torno de 75%.
• Corbícula: local onde as abelhas transportam principalmente pólen, mas também
resina e barro, formado por uma franja de pelos nas tíbias (pernas) posteriores.
• Cupinzeiros termiteiros: são os ninhos dos cupins, insetos sociais que
ocasionalmente dividem a estrutura física do seu ninho aéreo com os ninhos de
algumas espécies de meliponíneos. Algumas abelhas sempre fazem esse consórcio
com cupins enquanto outras espécies são ocasionais.
• Distância de voo: é a distância que as abelhas conseguem voar para as coletas.
Abelhas maiores em tamanho conseguem voar maiores distâncias que as menores,
entretanto, todas coletam nas proximidades do ninho quando o alimento está
disponível.
• Divisão de trabalho: as abelhas realizam uma determinada sequência de
trabalho, de acordo com a idade do indivíduo. Começam trabalhando nas células de
cria e terminam como coletoras. Quando necessário, há uma adaptação da função.
• Ecossistema: os organismos vivendo em um ambiente particular, como por
exemplo, um lago ou uma floresta, ou em uma escala maior, um oceano ou todo o
planeta, e toda parte física do ambiente que atua sobre esses organismos.
• Enxame: conjunto de abelhas de uma mesma espécie, que se reúnem para
migrar ou para acasalar.
• Espécies generalistas: é um conceito associado com abelhas que coletam em
uma grande diversidade de flores.
• Espécies nativas: são as espécies típicas do local, que nasceram na localidade.
As que não são introduzidas de outros locais ou país.
• Ferroada: a maioria das abelhas possui ferrão, que usam principalmente para se
defender. Os meliponíneos possuem um ferrão atrofiado e se defendem enroscando
nos pelos, depositando resina e mesmo cortando com auxílio das mandíbulas, a pele
do intruso em locais delicados como pálpebras e entre os dedos.
• Fezes: tudo que os animais expelem do corpo por vias naturais.
• Fonte de alimentos: são os locais onde são disponibilizados o pólen e o néctar,
as principais fontes de alimento das abelhas.
• Forídeos: são insetos que pertencem à Ordem dos Dípteros, da qual também
fazem parte moscas, mosquitos etc. Estas mosquinhas, também conhecidas como
mosca ligeira ou vinagreiras, são os piores inimigos das abelhas. As suas larvas
quando se desenvolvem dentro de um ninho causam grandes danos e chegam a
destruir não só os alimentos como também os favos de cria, com todas as suas
abelhas em estágios imaturos.
• Frutose: é um dos açúcares encontrado nos méis das abelhas.
• Geoprópolis: é a mistura de barro ou argilas com resinas. Podem se apresentar
misturados fina ou grosseiramente. Podem conter outras substâncias. Usados pelas
abelhas, principalmente para delimitar espaços.

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Glicose/glucose: é um dos açúcares encontrado nos méis das abelhas.

• Habitat: local de vida de um organismo ou população, com as características


ecológicas do ambiente.
• Inquilinos dos ninhos: são pequenos animais como besouros que vivem como
hóspedes dos ninhos e provavelmente se alimentam dos detritos.
• Mel: é uma substância produzida pelas abelhas e outros insetos sociais a partir do
néctar das flores ou de outras secreções açucaradas, que elas coletam e transformam
com a evaporação da água e da adição de enzimas. O mel é composto em sua maior
parte (99%) de água e açúcares. O 1% restante é constituído de substâncias presentes
em quantidades diminutas, mas que são importantes para a caracterização do mel, tais
como enzimas, sais minerais etc. Os principais açúcares são sacarose, glicose, frutose
e maltose.
• Mel fermentado: os méis possuem determinada taxa de água no seu conteúdo.
Se essa taxa for excessiva, as leveduras contidas nos méis irão se reproduzir e
fermentarão o mel, provocando reações químicas que resultarão em odor especial. Os
méis de Apis não podem conter mais que 20-21% de água, pois correm o risco de
fermentar.
• Mel medicinal: São méis com propriedades terapêuticas. Poucos trabalhos de
pesquisa existem nessa área, mas a medicina popular menciona que os méis têm as
propriedades medicinais das plantas de onde eles foram colhidos.
• Melato: é o produto resultante da colheita e desidratação de certas substâncias
adocicadas que as abelhas coletam. Essas substâncias são as produzidas por insetos
que sugam a seiva das plantas. Às vezes, a desidratação é feita no próprio local das
coletas, ao ar livre e não dentro do ninho como é mais comum.
• Meliponíneos: são as abelhas indígenas sem ferrão. São animais sociais vivendo
em ninhos com centenas a milhares de indivíduos. Vivem nas zonas tropicais do
mundo e estão sendo consideradas com enorme potencial para a polinização das
plantas nativas.
• Meliponicultura: é a criação de abelhas sem ferrão. Sua criação está associada
com as espécies que fabricam e armazenam maior quantidade de mel. As abelhas
Melipona são as prediletas.
• Membracídeos: insetos da ordem Homóptera, que sugam a seiva das plantas e
expelem substância açucarada aproveitada por formigas, vespas e abelhas.
• Micro-organismos/microrganismos: seres microscópicos, animal ou vegetal.
• Nectários: estruturas glandulares vegetais, geralmente situadas nas flores, que
secretam o néctar, substância adocicada muito procurada por animais como fonte de
açúcares. Existem também nectários extraflorais.
• Polinização: transporte do grão de pólen de uma antera para o estigma de outra
flor. Esse transporte pode ser feito pelo vento, água, ou animais, entre os quais se
distingue uma multidão de insetos, principalmente as abelhas.
• Potes de alimento: são construções geralmente de formato ovoide ou cilíndrico,
feitas pelos meliponíneos para armazenar mel e pólen. As Apis * * Pilhagem: o furto
ou pilhagem ocorre entre ninhos de abelhas, principalmente quando uma delas está
muito fraca e com pequena população. Entretanto, algumas poucas espécies de
abelhas vivem exclusivamente do furto de outras espécies. É o caso da Lestrimelitta,
também conhecida como abelha limão ou iratim. Esta espécie pode pilhar o mesmo

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ninho em ocasiões diferentes. O seu nome está associado com o odor de limão que
libera por ocasião dos ataques ou quando permanece presa entre os dedos.
• Própolis: é uma substância resinosa obtida pelas abelhas na colheita de resinas
da flora (pasto apícola) da região e alterada pela ação das enzimas contidas em sua
saliva. A cor, sabor e o aroma da própolis variam de acordo com sua origem botânica.
• Propriedades bacteriostáticas: é a propriedade que determinados méis têm
de inibir o desenvolvimento de certas cepas de bactérias. Quando cessa a ação,
as bactérias, se não danificadas, se desenvolvem novamente, ou seja, se
multiplicam.
• Propriedades bactericidas: é a propriedade que determinados méis possuem de
eliminar totalmente certas cepas de bactérias.
• Rainhas virgens: são as rainhas que ainda não foram fecundadas.
• Resinas vegetais: secreções viscosas que exudam do caule e de outros órgãos
de certas plantas e que contêm substâncias odoríferas, antissépticas etc., as quais
cicatrizam rapidamente qualquer ferida em tais órgãos, assumindo aspecto vítreo.
• Saques: ato ou efeito de tirar. Nos meliponíneos, algumas espécies efetuam
saques, ou seja, roubam outros ninhos de abelhas.
• Xarope de água e açúcar: mistura com volume de aproximadamente 50% de
cada componente, usado como suplemento alimentar das abelhas.

22. Dicas de Negócio


A produtividade está diretamente ligada ao manejo que for realizado nas colmeias. A
especialização do apicultor impacta o manejo. Recomenda-se fazer um curso de
apicultura e estar sempre atualizado quanto ao manejo. A produtividade média no
Brasil é de em torno de 15 kg por colmeia ano. Com manejo adequado, ela chega
facilmente a 50 kg. A rentabilidade do negócio está diretamente proporcional a essa
produtividade.

Criar uma lista de compradores ou uma lista de distribuição de e-mails também é uma
boa solução para a comercialização dos produtos em pequena escala. Ao aumentar a
produção, é importante a parceria com pequenos mercados.

O registro na Secretaria de Agricultura também é essencial ao bom andamento dos


negócios. Não é permitida a comercialização sem um selo de inspeção para o produto
de origem animal.

O segredo deste tipo de negócio está no acompanhamento constante do empresário


não processo produtivo. A administração rigorosa da operação, em busca de qualidade
e economia, garante o padrão de desempenho desejável.

Para garantir o volume de entregas, o empreendedor precisa desenvolver parcerias


com canais de distribuição do varejo, como supermercados e mercearias. Também
deve ficar atento às exigências legais referentes a rotulagem, prazo de validade,

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embalagem, condições de armazenamento e transporte, manipulação de produtos e
demais quesitos estabelecidos pelos órgãos responsáveis.

23. Características
O empreendedor envolvido com atividades relacionadas à criação de abelhas precisa
adequar-se a um perfil específico. É aconselhável uma autoanálise para verificar qual a
situação do futuro empreendedor diante desse conjunto de características e identificar
oportunidades de desenvolvimento. A seguir, algumas características desejáveis ao
empresário desse ramo:

• Ter paixão pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio;


• Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está instalado,
promovendo ajustes e adaptações no negócio:
• Ter atitude e iniciativa para promover visíveis em partes do invólucro.

24. Bibliografia

• COBRA, Marcos. Administração de vendas: casos, exercícios e estratégias.


São Paulo: Atlas, 1981. 398 p.

• COUTO, Regina H. N. Apicultura: Manejo e Produtos. São Paulo: Funep, 2006.


193 p.
• FIGUEIRA, Eduardo. Quer vender mais? Campinas: Papirus, 2006. 112 p.
• GIL, Edson. Competitividade em vendas. Rio de Janeiro: Alta Books, 2003. 92 p.
• INSTITUTO CAMPINEIRO DE ENSINO AGRÍCOLA. Apicultura. Campinas:
Instituto Campineiro, 1982. 199 p.
• LUPPA, Luis Paulo. O vendedor pit bull. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil,
2007. 128 p.
• MCCORMACK, Mark H. A arte de vender. [S. l.]: Best Seller, 2007. 192 p.
• SEGAL, Mendel. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 1976.
• SPURGIN, Armin. Apicultura. São Paulo: Presença, 1997. 112 p.
• STANTON, William J. Administração de vendas. Rio de Janeiro: Guanabara
Dois, 1984. 512 p.
• TOMANINI, Cláudio et al. Gestão de vendas. São Paulo: Ed. FGV, 2004. 148 p.
(Marketing das publicações FGV management).
• VIEIRA, Márcio I. Apicultura atual: Abelhas Africanizadas. São Paulo, 1992.
• WIESE, Helmuth. Apicultura: Novos Tempos. Campinas: Instituto Campineiro,
2005. 378 p.

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