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EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM ESPORTE E ATIVIDADE PROJETO VILAS OLÍMPICAS
FÍSICA PARA CRIANÇAS – UTILIZANDO OS 7 FILTROS
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Nike e seus parceiros têm uma longa história de trabalho com as comunidades para tornar as crianças mais ativas e apaixonadas por esporte,
seja no Rio como em todo mundo. Acreditamos no potencial do esporte para o desenvolvimento humano e, por isso, sabemos que promover
experiências positivas com esporte e atividade física desde cedo é fundamental para contribuir com a transformação das comunidades e,
principalmente, para apoiar crianças de todas as idades a desenvolverem seu pleno potencial.
Os Jogos Rio 2016 nos dão uma oportunidade incrível para inspirar e impulsionar a próxima geração. Nesse sentido, compartilhamos com a
Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, da mesma visão de longo prazo para ampliar e transformar o
acesso ao esporte e à atividade física de crianças em diferentes comunidades. Como resultado desta sinergia, nos unimos para potencializar
o trabalho já realizado com sucesso nas 22 Vilas Olímpicas da cidade.
Nos próximos 5 anos, firmamos o compromisso de contribuir com o aperfeiçoamento da equipe de trabalho para otimizar a programação
voltada para crianças nas Vilas. Sempre no formato de parceria, vamos também realizar a padronização de identidade visual e a doação de
materiais esportivos. Além disso, em algumas das Vilas, as instalações serão revitalizadas e haverá engajamento de voluntários e realização
de eventos especiais. Tudo com o objetivo de inspirar as crianças cariocas a serem mais ativas, tendo as Vilas Olímpicas como suas principais
referências de esporte, lazer e diversão.
Esse é o nosso compromisso, nosso projeto de legado a ser construído junto com você.
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CRIANÇAS ATIVAS SE SAEM MELHOR
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Quando a criança tem oportunidade de vivenciar experiências positivas com esporte e de participar de atividades fisicamente ativas, ela cria
o hábito de se divertir por meio do movimento e tende a se tornar um adulto mais ativo.
Além de facilitar as relações inter-pessoais, crianças mais ativas têm um desenvolvimento integral mais completo e também podem melhorar
seu comportamento social e desempenho acadêmico se combinado com outros fatores como educação de qualidade, sistema eficiente
de saúde e estrutura familiar adequada. Ou seja, crianças ativas têm mais chances de desenvolver seu potencial humano, e de impactar
positivamente suas comunidades.
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DESENVOLVIMENTO PESSOAL
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DESENVOLVIMENTO SOCIAL
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DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Para que se tenha um estilo de vida ativo e saudável é necessário
que as crianças tenham domínio de habilidades fundamentais de
movimento, as quais darão base para a participação e obtenção
de sucesso na prática de atividades físicas e esportivas no
presente e no futuro.
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Além de todos os benefícios associados com a promoção de experiência positiva com esporte e atividade física para crianças, é importante também
ter em vista a crescente crise mundial de inatividade física que, entre outros fatores, tem sido intensificada pelo avanço tecnológico e pela redução
de áreas públicas de lazer nas quais as crianças possam se divertir com segurança ao ar livre.
Dada a gravidade da situação, várias organizações (Poder público, ONGs, agências governamentais e empresas) têm investido em ações que
incentivem as crianças a se movimentarem mais. Afinal, os dados mostram que:
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De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013;
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De acordo com estudo apresentado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, durante o XXXIII Congresso da SOCESP com dados do Mutirão do Coração coletados com mais de quatro mil crianças e
adolescentes em 2011.
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De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada em parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde (http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000108.
pdf).
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“The National Institute for Educational Research and Study – Ministry of Education, Institute for Applied Economic Research – Directorate of Social Studies and Policies, and Brazilian Institute of Geography and
Statistics. (2011). Todos pela Educação (All for Education) (http://www.todospelaeducacao.org.br, retrieved September 9th, 2013).
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De acordo com o Diagnóstico Nacional do Esporte (DIESPORTE) publicado em 2015 pelo Ministério do Esporte (http://www.esporte.gov.br/diesporte/diesporte_grafica.pdf).
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EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM ESPORTE
UTILIZANDO OS 7 FILTROS
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Os 7 Filtros para uma experiência positiva com esporte e atividade física são apresentados como estratégias bem sucedidas para apoiar
a realização de atividades esportivas com crianças. Trata-se de um estudo da plataforma global Designed to Move (Desenhado para o
Movimento) compilado a partir da análise de projetos esportivos em todo mundo e da contribuição de estudiosos e acadêmicos, que foram
questionados sobre as principais práticas necessárias para promover uma experiência positiva com esporte e atividade física para crianças.
Criar e aplicar atividades adequadas ao nível de desenvolvimento de cada faixa etária, levando em conta sua intensidade e duração.
Compreender o contexto em que as crianças estão inseridas e quais atividades físicas se adequam à sua realidade, são outros importantes
fatores, assim como planejar e aplicar atividades inclusivas, divertidas, motivadoras e favoráveis à obtenção do sucesso de todos. Tudo isso
em um contexto que valorize a atuação do professor/treinador/profissional de educação física como o grande responsável em envolver,
transmitir confiança e feedback constante às crianças.
O Projeto Vilas Olímpicas visa proporcionar a melhor experiência com esporte e atividade física para as crianças das comunidades ao redor
das 22 Vilas da cidade do Rio de Janeiro. Esse guia é uma ferramenta para auxiliá-lo(a). Seu olhar, paixão, experiência, competência e ideias
continuam sendo a parte fundamental.
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A proposta é que cada um desses filtros esteja presente em todos os momentos de uma aula
ou vivência. Logicamente, em alguma situações a aplicação de um filtro se tornará mais
evidente que a de outro. Entretanto, está no planejamento e na aplicação integrada de todas
as estratégias a diretriz para uma experiência positiva.
01 ACESSO
UNIVERSAL
Várias crianças são excluídas das atividades físicas, sejam meninas, crianças de família de
baixa renda, crianças com sobrepeso, com deficiência ou com pouca habilidade. O ponto
principal é garantir que toda criança sob sua esfera de influência tenha a oportunidade de
participar e de aprender com o grupo.
02 IDADE
APROPRIADA
Seis não são dezesseis. Os corpos não se mexem e não se desenvolvem sempre da mesma
maneira. Planeje atividades físicas específicas para cada idade ou nível de desenvolvimento
dos participantes. De 6 a 12 anos, estabeleça objetivos específicos para potencializar o
desenvolvimento de cada faixa etária. Tenha sempre como foco a variedade de atividades.
03 DOSAGEM
E DURAÇÃO
Para serem consideradas ativas, crianças precisam de no mínimo 60 minutos de atividade
física de moderada a vigorosa por dia. A intensidade das atividades deve ser atingida através
de uma progressão gradual, indo da menos complexa para a mais complexa, da menos intensa
para a mais intensa, respeitando os níveis de desenvolvimento do grupo atendido.
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04 DIVERSÃO
A opção por esportes ou atividades físicas deve ser divertida. Se não for assim, eles escolherão algo
mais sedentário ou que seja mais facilmente acessível. Por isso, torne sua aula prazerosa, compreenda
os interesses das crianças e planeje atividades lúdicas e divertidas.
05 INCENTIVOS
E MOTIVAÇÕES
Motivação faz a diferença! Reconheça os esforços e progressos das crianças, encoraje-as a superar
novos desafios, elogie-as com frequência e mostre que elas são capazes! Deste modo, você contribuirá
para o desenvolvimento da autoestima e confiança dos alunos. Aproveite para elaborar gincanas e
torneios entre os grupos, que são ótimas estratégias motivacionais. Durante os eventos, incentive a
participação de todos ao invés da vitória na competição.
06 FEEDBACK
PARA AS CRIANÇAS
Crianças de todas as idades ficam animadas para alcançar conquistas pessoais e por contribuir com
os objetivos do grupo. Crie momentos dentro das atividades para dar feedback individual e/ou coletivo.
07 ENSINAR/
TREINAR/ ORIENTAR
O educador tem papel fundamental na experiência da criança com atividade física. Uma atitude
positiva pode melhorar a trajetória de vida das crianças. Esteja atento para orientá-las em todos os
momentos da aula, explicando e demonstrando as atividades. Lembre-se de que você é o modelo que
serve de exemplo para as crianças.
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MELHORES PRÁTICAS
SINAIS DE SUCESSO
• Tímidas
• Demasiadamente agitadas
• Afastadas
• Desconfortáveis
• Tendo dificuldades físicas devido a habilidades limitadas ou deficiências
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01
DICAS RÁPIDAS
ACESSO • Escolha o capitão a cada aula, dando a uma criança diferente, a cada dia, a chance de ser a
UNIVERSAL referência e auxiliar o grupo.
• Comece cada sessão com um círculo e chamada, criando uma sensação de início e de
pertencimento.
• Dê reforço positivo publicamente e feedback negativo individualmente.
• Incentive que as crianças elogiem seus colegas.
• Busque entender o interesse do grupo; dessa maneira, será mais fácil planejar atividades que
agradem a todos.
O êxito nas atividades dá ao praticante motivação e confiança para superar novos desafios. Em
contrapartida, os alunos que não apresentam desempenho satisfatório nas atividades físicas
tendem a fazer escolhas inativas. O educador desempenha um papel essencial na formação cidadã
de seus alunos. Incentive as crianças a incluir e auxiliar alunos com deficiência ou dificuldade
em desempenhar as atividades, a incluir todos aqueles que por algum motivo são geralmente
excluídos das aulas. Tenha uma atenção especial à participação de meninas. Observe se o número
de meninos e meninas é proporcional em suas aulas. Desconstrua preconceitos em relação ao
diferente, desenvolva a cooperação e o senso de responsabilidade. Ensine-os que as diferenças
são enriquecedoras para o ser humano. Favoreça discussões sobre diversos temas sociais como:
gênero, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural e todos os outros que julgar necessário
para a quebra de paradigmas. Tenha atenção principalmente às atividades que envolvam a
hipercompetição, pois muitas crianças são alvos de críticas e julgamentos pelos demais colegas e,
muitas vezes, essas atividades podem causar constrangimento e exclusão. Trabalhe a autonomia,
tomada de decisão e reflexão crítica acerca dos assuntos de seu cotidiano. Dessa maneira você
contribuirá para a formação de crianças conscientes do seu papel na sociedade.
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MELHORES PRÁTICAS
APROPRIADA • As crianças são desafiadas, mas não se desgastam para realizar as atividades.
• As crianças estão se divertindo e continuam envolvidas durante toda a atividade.
• As crianças executam os movimentos básicos com facilidade.
• As crianças superam os desafios com êxito.
O QUE OBSERVAR
• Na idade escolar, as crianças devem estar aptas a realizar habilidades motoras básicas.
Se estas habilidades não forem observadas, o foco deve ser desenvolvê-las para que sejam
praticadas em diferentes contextos.
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IDADE
APROPRIADA
DICAS RÁPIDAS
• Enfatizar a hipercompetição nesta idade pode gerar experiências negativas. Torne as atividades
divertidas e crie estratégias para que todos obtenham sucesso.
• Crianças nesta idade se distraem facilmente. Mude as atividades sempre que possível.
• Separe as crianças pela idade.
• Mude as regras se isto garantir uma melhoria da experiência.
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MELHORES PRÁTICAS
• As crianças têm a oportunidade de executar várias vezes mesmo movimento durante a aula e
não ficam esperando sua vez de jogar.
• A transição de uma atividade para a outra acontece de forma rápida e gradual.
• Todos participam ativamente até o final da sessão.
• O educador fornece intervalos para hidratação.
SINAIS DE SUCESSO
03
• As crianças têm, diariamente, 60 minutos de atividade física de moderada a vigorosa.
DOSAGEM • Apresentam desenvolvimento das competências trabalhadas.
E DURAÇÃO
O QUE OBSERVAR
• As crianças aparentam estar entediadas ou se mexendo devagar.
• O tempo que poderia ser gasto na atividade foi gasto na explicação das regras ou em espera.
• O tempo da atividade é cancelado ou encurtado.
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03
DOSAGEM
E DURAÇÃO
DICAS RÁPIDAS
• Divida a turma em pequenos grupos. Isso dará a oportunidade das crianças executarem mais
repetições do movimento previsto.
• Dê instruções objetivas e não demore na transição de uma atividade para a outra. Isso evitará
que as crianças fiquem paradas por longos períodos. Não tenha medo de mudar as regras, os
equipamentos e o espaço para manter o interesse e foco de atenção de seus alunos.
• Verifique se as crianças apresentam aumento na frequência cardíaca; para isso, peça para que
coloquem a mão na região torácica e sintam se o coração está batendo mais acelerado.
• Se as crianças não atingirem a intensidade necessária, introduza um ritmo mais acelerado na
atividade. Uma boa estratégia é pedir para que se movimentem no ritmo das palmas do professor.
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MELHORES PRÁTICAS
• As crianças sugerem a atividade ou elementos dela.
• Preste atenção à duração de cada atividade.
• Tenha planos alternativos caso algo não funcione.
SINAIS DE SUCESSO
04
• As crianças estão participando.
• As crianças ficam ansiosas/comemoram quando o momento da atividade é
anunciado.
DIVERSÃO • Quando perguntadas se estão se divertindo, as crianças respondem
“sim!”.
O QUE OBSERVAR
• As crianças parecem entediadas ou não estão participando.
• As crianças não voltam a frequentar sua aula.
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04
DIVERSÃO
DICAS RÁPIDAS
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MELHORES PRÁTICAS
SINAIS DE SUCESSO
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05
INCENTIVOS
E MOTIVAÇÕES
DICAS RÁPIDAS
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MELHORES PRÁTICAS
• Estabeleça metas para os grupos, sendo que cada criança contribui para que elas sejam
atingidas.
• Compartilhe o progresso do grupo em intervalos regulares.
• Estabeleça mecanismos de feedback que permitam às crianças seguirem em direção a
objetivos individuais que se adéquam a seus próprios níveis de habilidade e interesses.
SINAIS DE SUCESSO
06
• As crianças estabelecem objetivos e estão cientes de quais eles são.
• As crianças comemoram quando um objetivo é alcançado sem serem solicitadas e reconhecem
FEEDBACK PARA seus progressos.
• As crianças reconhecem os esforços de seus colegas.
AS CRIANÇAS
O QUE OBSERVAR
• Os objetivos são estabelecidos, mas não são alcançados devido a um tempo de atividade
insuficiente ou porque os objetivos são muito difíceis.
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06
FEEDBACK
PARA AS
CRIANÇAS DICAS RÁPIDAS
• Permita que as crianças estabeleçam seus próprios objetivos, mas as direcione-as para que
sejam realistas e manejáveis.
• Dê o feedback sempre no final da sessão .
• Monitore o progresso do grupo de um modo visível.
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MELHORES PRÁTICAS
• Demonstre entusiasmo e empolgação pela atividade física e pelas crianças. Mostre sempre a
elas que você também está se divertindo.
• Para crianças de 6 a 12 anos, enfatize o esforço e o progresso e não a hipercompetitividade.
• Tenha como foco as atividades que desenvolvem habilidades motoras fundamentais e a
experimentação de novos movimentos e jogos, ao invés da especialização esportiva.
• Utilize o reforço positivo para o bom comportamento e progresso.
• Engaje familiares e responsáveis em prover reforço positivo.
SINAIS DE SUCESSO
07
• Crianças e familiares tem o educador como uma referência positiva.
• As crianças parecem estar se divertindo.
ENSINAR/ • As crianças participam ativamente das atividades.
• Familiares se tornam mais ativos.
TREINAR/
ORIENTAR O QUE OBSERVAR
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07
ENSINAR/
TREINAR/
ORIENTAR DICAS RÁPIDAS
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PROJETO VILAS OLÍMPICAS
PROJETO VILAS OLÍMPICAS
GUIA 3: “ELABORANDO EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM O ESPORTE PARA CRIANÇAS”
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01
INTRODUÇÃO
02 DE ONDE
03 O QUE SÃO
04 DIRETRIZES
05 POR QUE
PARTIMOS EXPERIÊNCIAS PARA ELABORAR
POSITIVAS ELABORAR EXPERIÊNCIAS
COM O EXPERIÊNCIAS POSITIVAS
ESPORTE POSITIVAS COM COM O
PARA ESPORTE PARA ESPORTE PARA
CRIANÇAS? CRIANÇAS CRIANÇAS?
06 ORIENTANDO O
07
7 FILTROS E
08
PLANEJAMENTO
09 REFERÊNCIAS
10
ANOTAÇÕES
PLANEJAMENTO A RELAÇÃO COLETIVO BIBLIOGRÁFICAS
COM O E ANEXO
PLANO DE
ENSINO
02 DE ONDE
PARTIMOS
6
DE ONDE PARTIMOS
O Projeto Vilas Olímpicas teve início em 2015 por meio de uma Vilas cada dia mais alinhadas com os princípios pedagógicos
parceria entre a Nike e a Secretaria de Esporte e Lazer do Rio que garanterm experiências positivas com esporte.
de Janeiro, partindo da premissa que o esporte é uma excelen-
te estratégia para o desenvolvimento humano, especialmente Em 2016 foram realizadas 2 jornadas de aperfeiçoamento,
de criança e jovens. iniciando uma grande “onda” de se repensar o esporte como
fator determinante de mobilização e engajamento de pesso-
As Vilas Olímpicas são uma política pública do munícipio do as. Os temas desenvolvidos foram:
Rio de Janeiro, com mais de 25 anos de atuação e com resul-
tados significantes para a população ao longo de sua história. 1. Experiências positivas com esporte; e
2. Eventos como estratégia na promoção de experiências
Desde o início das ações do Projeto, muitos foram os avanços e positivas com o esporte para crianças.
conquistas de todos os envolvidos. As Vilas fortaleceram suas
atividades com a comunidade do seu entorno, crianças e jovens Na primeira jornada, apresentamos o tema Experiências
passaram a ter mais possibilidades de uma prática esportiva positivas com esporte, baseado no estudo Desenhado para
positiva, inclusiva e desafiadora, professores foram desafiados o Movimento (Design to Move), com uma chamada para se
a repensar suas práticas e tiveram suporte metodológico com repensar a atividade física como algo capaz de engajar de
os encontros e momentos de capacitações e reflexões ofereci- forma prazerosa crianças e jovens numa vida mais ativa e
dos. O resultado de todo esse esforço coletivo são equipes nas com mais qualidade.
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Este estudo chama a atenção para o fato de nosso cérebro
ter um período de desenvolvimento crucial nos primeiros 10
anos de vida com uma influência permanente nos interesses
futuros de uma criança. Envolver as crianças em programas
de atividade física que sejam divertidos, inclusivos, educa-
cionais e adequados para sua idade e nível de habilidade aju-
da a garantir uma experiência positiva com atividade física
desde cedo e aumenta a probabilidade de que elas continuem
ativas ao longo de suas vidas. A prática dos 7 filtros, bali-
zadores para que cada professor possa reavaliar sua práti-
ca docente e aguçar na criança o desejo por praticar algum
esporte, foram e são aliados importantes nessa caminhada.
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E se queremos criar experiências positivas para os alu-
nos da Vila e os eventos são estratégias importantes para
as Vilas, como devemos e como podemos organizar nossos
planejamentos para alcançarmos os objetivos desejados?
Assim, chegamos ao tema central do terceiro treinamento:
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03O QUE SÃO
EXPERIÊNCIAS
POSITIVAS COM
O ESPORTE PARA
CRIANÇAS?
10
O QUE SÃO EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM O ESPORTE PARA CRIANÇAS?
É pensar em práticas e vivências de manifestações esportivas existentes nas Vilas Olímpicas norteadas pelos 7 Filtros para
que todos os envolvidos possam:
EXPERIÊNCIAS
ENSINAR MAIS DO QUE POSITIVAS COM ENSINAR BEM
“ESPORTE“PARA TODOS “ESPORTE“ PARA “ESPORTE“PARA TODOS
CRIANÇAS
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ENSINAR ESPORTE PARA TODOS...
12
ENSINAR BEM O ESPORTE PARA TODOS...
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ENSINAR MAIS DO QUE ESPORTE...
De modo geral, onde quer que se ensine esporte, dá-se por no dos seus fundamentos e técnicas e inclui os seus valores
cumprida a missão quando as crianças mostram boas habi- subjacentes, ou seja, conteúdos relacionados às dimensões
lidades na prática esportiva. Porém, trata-se, ainda, apenas atitudinal e conceitual. A questão que se coloca é a seguin-
de um bem fazer, um fazer com êxito, um exercício de ha- te: Que conhecimentos os alunos deverão adquirir a respeito
bilidades que não ultrapassa os limites da própria prática. do esporte, a fim de se tornarem cada vez mais competentes
Cada aula de esporte dever ir além, deve deixar uma herança para enfrentar as exigências da vida social, exercitar a cida-
para a vida dos alunos. O papel do esporte ultrapassa o ensi- dania e melhorar sua condição humana?
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ENSINAR A GOSTAR DE ESPORTE...
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04DIRETRIZES
PARA ELABORAR
EXPERIÊNCIAS
POSITIVAS COM
ESPORTE PARA
CRIANÇAS
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DIRETRIZES PARA ELABORAR EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM ESPORTE PARA CRIANÇAS
Para que possamos evoluir no ato de elaborar excelentes práticas para as crianças, o conteúdo do planejamento deve consi-
derar sua temática central e sua relação com os alunos que esperam por este conteúdo, para que assim, consigamos criar um
belo diálogo entre professor e sua turma. É uma boa oportunidade de responder perguntas do tipo:
Nesse momento, professores devem estar comprometidos com o planejar antes, durante e depois das intervenções peda-
gógicas e esportivas. Assim, torna-se possível, no dia a dia dos espaços destinados para prática, antecipar, observar e
regular aquilo que queremos que os nossos alunos se tornem e aprendam.
17
ANTECIPAR
OBSERVAR
18
REGULAR
19
05 POR QUE
ELABORAR
EXPERIÊNCIAS
POSITIVAS COM
O ESPORTE PARA
CRIANÇAS?
20
POR QUE ELABORAR EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM O ESPORTE PARA CRIANÇAS?
Elaborar uma sequência de atividades para que as crianças a atingir os objetivos previstos e devem ser entendidos em
tenham EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM O ESPORTE vem se suas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal. Po-
constituindo num avanço em direção à melhoria da QUALI- rém o que notamos quando observamos os registros de pla-
DADE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM, principalmente para nejamento esportivos é uma inversão no processo de planejar.
atender questões emergentes e objetivos mais amplos. Primeiro selecionam-se os conteúdos a serem desenvolvidos,
uma listagem que passa para a descrição aula a aula do con-
O trabalho implica na formação do PROFESSOR REFLEXIVO ca- teúdo que será abordado com maior ênfase, por exemplo:
paz de elaborar o planejamento com autonomia. Isso significa
considerar os parâmetros (curriculares) existentes, a realidade aula 1: fundamentos de passe no basquetebol,
de cada Vila Olímpica e os alunos reais, tomando o planeja- aula 2: fundamentos do arremesso – bandeja,
mento como um instrumento “vivo” de diálogo entre o conheci- aula 3: fundamentos do arremesso – lance livre.
mento, a comunidade os alunos, professores e gestores.
Estabelece-se com isso, uma distância enorme entre o que se
Assim, é a partir desta primeira explicitação de “O QUE EU quer ensinar? (conteúdos) do por que se quer ensinar? (obje-
QUERO QUE OS ALUNOS APRENDAM E QUAIS AS SUAS NE- tivos), pois, os professores estabelecem os conteúdos a serem
CESSIDADES” que devem ser selecionados os conteúdos e ensinados tendo como referência o seu próprio processo for-
expectativas de aprendizagens. Os conteúdos passam a ser mativo de maneira desconectada dos objetivos gerais e das
chamados de conteúdos de aprendizagem porque se prestam demandas atuais de um projeto educativo contemporâneo.
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O planejamento feito deste modo é mais um cronograma do
que um planejamento, pois estabelece de antemão tudo o que
vai ser ensinado, sem considerar as reações apresentadas
pelos alunos no contato com cada conteúdo apresentado e
trabalhado ao longo do ano. Esse formato de planejamento
montado sobre as aulas como células organizacionais não
favorece o alcance das propostas de ensino para conteúdos
mais complexos e abrangentes e a conquista e construção
de objetivos de longo prazo. Dito de outra forma, se as Vilas
Olímpicas tem a intenção de ensinar conteúdos que não “ca-
bem” em apenas uma aula, e organiza todo o seu plano de
trabalho focando as intervenções dos professores dentro da
célula-aula, ela certamente vai ser ineficaz ao tentar ensinar
uma série de conteúdos e de atingir uma série de objetivos.
22
o trabalho de Zabala (1998), descrito no livro A Prática Edu-
cativa, que sintetizamos abaixo:
23
O objetivo não é avaliar determinados métodos, nem propor ne- Devemos sempre lembrar que o planejamento nos dá BASE
nhuma conclusão, mas explicitar os INSTRUMENTOS que nos para alcançarmos as nossas expectativas principalmente
permitam introduzir, nas diferentes formas de intervenção, as de forma que torne a aprendizagem e as experiências mais
atividades que favoreçam a nossa melhor atuação durante au- significativas. Todas estas “cartas de intenções” devem ser
las, como consequência do conhecimento mais profundo das estruturadas e avaliadas constantemente, para saber se o
variáveis que estão em jogo, e do papel que cada uma dessas esperado está próximo ou não, ou se o CAMINHO seguido até o
variáveis tem no processo de aprendizagem dos alunos. momento condiz com as expectativas designadas.
Desta forma, poder identificar as fases de uma sequência didá- Todo planejamento deve ser FLEXÍVEL, permitindo ao desenvol-
tica, analisar as atividades que a compõem e as relações que vedor, novos caminhos para alcançar os objetivos propostos.
se estabelecem, deverão contribuir para compreendermos o seu
valor educacional, assim como as razões que as justificam e a Importante ressaltar que este processo deve ser considerado
necessidade de introduzir mudanças ou atividades novas que e elaborado com um INÍCIO, MEIO e um FIM, para assim, am-
a melhorem. A partir disto, a primeira pergunta que devemos pliar os aprendizados.
nos fazer sobre a sequência é sobre o seu grau de apropriação,
ou seja, ela está APROPRIADA aos objetivos que temos com as
crianças? Em seguida devemos investigar quais são os argu-
mentos que nos permitem fazer esta avaliação.
24
06 ORIENTANDO O
PLANEJAMENTO
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ORIENTANDO O PLANEJAMENTO
Apresentaremos nas próximas páginas um modelo de planejamento elaborado, aplicado e avaliado no Instituto Esporte &
Educação, para que possamos entender o processo de estruturação deste documento.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Tema:
Táticas do Futsal
Esta unidade foi desenvolvida para 23 alunos entre 09 e 12 anos, da turma de futsal do NESE (Núcleo
Esportivos Sócio Educativo) Jardim São Luiz - SP, a UD foi desenvolvida em 25 aulas, duas vezes por se-
mana com duração de 1 hora, o principal objetivo do projeto era fazer com que as crianças ampliassem
seu repertório cognitivo sobre o futsal e seus sistemas táticos.
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
2. Identificar na ma- Número de alunos que escolheram sua fun- Tabela com as características
neira de jogar a qual ção no futsal, seguindo os critérios de: e funções de cada posição (ala
posições existentes no 1. Não escolheram posição porque não iden- esquerdo e direito, pivô, fixo e
futsal (ala direito, ala tificaram nenhuma habilidade nas funções goleiro)
esquerdo, pivô, fixo e existentes;
goleiro) eu me adapto 2. Escolheram a posição mas não identifica-
ram as funções que os desenvolvem melhor
na partida;
3. Escolheram uma ou mais de duas posições
identificando suas habilidades nas diversas
funções.
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Ter autonomia para exercer as A organização dos alunos em quadra, Diário de bordo
funções adequadas a minha seguindo os critérios: anotando diariamente
maneira de jogar atendendo as 1. Estão organizando-se nos sistemas a atuação dos alunos
ATITUDINAL
posições de alas, pivô, fixo e táticos escolhidos por eles na partida referente a sua esco-
goleiro, mantendo-se organizado 2. Não se organizam e mantém-se com lha de posição
nos devidos sistemas táticos do futsal “formiga”
futsal durante uma partida (1x3,
3x1, 2x2, 4x0)
29
ETAPAS DE TRABALHO
30
ETAPAS DE TRABALHO
31
ETAPAS DE TRABALHO
32
Existem outras formas de se estruturar um planejamento, • Intenção: expectativas e objetivos a serem alcançados;
assim, apresentamos um modelo que denominamos Mini • Intervenções: estratégias e formas de se alcançar as ex-
Sequência Didática, com o propósito de partirmos do mais pectativas, e por fim, mas não menos importante as
“simples” para o complexo, quando falamos em elaboração • Indicações: que é como avaliar se as expectativas foram
e estruturação de um planejamento. Dividimos o instrumento alcançadas e também quais os “meios” para mensurar es-
em 3 eixos que são: tes resultados.
34
INTENÇÃO INTERVENÇÃO INDICAÇÃO
EXPECTATIVAS ESTRATÉGIAS / INDICADORES INSTRUMENTOS
TEMA
DE APRENDIZAGEM ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO
Reconhecer • Visita aos diferentes espaços para Número de locais reconhecidos na Mapa dos pos-
diferentes locais a prática do futebol dentro da escola e na comunidade. síveis locais
para a prática de escola; (desenho de
futebol dentro e • Visita aos diferentes espaços para um croqui dos
fora da escola. a prática do futebol fora da escola. alunos).
Criar e praticar • Jogos propostos pelo professor (Fu- Número de criações de jogos. Cartilha de
diferentes jogos tebol Callejero, Futebol de botão, Jogos criados
em diferentes peteleco, Futebol de 7, etc.); Número de jogos praticados pelos e/ou modifica-
Futebol espaços. • Jogos de Futebol adaptados pelos alunos. dos (cons-
dominando alunos nos diferentes espaços; trução dos
o Mundo • Cartilha com as regras e locais alunos).
onde foram realizados.
Respeitas os • Criar regras específicas para ofen- Quantidade de ações ofensivas realiza- Diário de
colegas nas aulas, sas proferidas (ex.: cada palavrão das nos jogos: bordo do pro-
com foco no mo- contra um colega, deverá ser Bom Nível de Respeito: de 0 à 03 ações fessor (análise
mento do jogo. cobrado um pênalti para equipe Respeitam Parcialmente: de 04 à 07 aula-a-aula)
adversária); ações
• Quadro de auto-avaliação ao final Ainda Não Respeitam: acima de 08
da aula. ações
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INTENÇÃO INTERVENÇÃO
Essa é a hora de responder a pergunta, o que eu quero Neste item pense em diversas estratégias para con-
que as crianças aprendam, elas serão capazes de que seguir acessar o interesse das crianças e também as
ao final do processo? Fundamental no processo de ensi- intenções traçadas. Dentro deste plano de ensino é
no-aprendizagem as intenções (ou expectativas) devem considerável que o professor pense em favorecer para
ser pensadas em comum com o grupo de crianças com que todos possam jogar juntos, meninos com meninas,
qual se vai trabalhar. Assim, dialogue com eles sobre alunos de diferentes níveis de habilidade, jogos e ativi-
suas necessidades e também exponha seu ponto de dades que propiciem a aprendizagem de forma motiva-
vista, assim, trará um maior significado para ambos. dora, aulas que possibilitem o sucesso aos envolvidos,
identificar e valorizar o esporte como forma de relacio-
DICAS namento e inserção social.
36
INDICAÇÃO
É hora de checar se as intenções foram alcançadas.
Mais do que avaliar os avanços, a avaliação ajuda a
verificar o que deu certo e também o que deve ser de-
senvolvido no próximo planejamento.
DICAS
37
07 7 FILTROS E
A RELAÇÃO
COM O
PLANO DE
ENSINO
38
7 FILTROS E A RELAÇÃO COM O PLANO DE ENSINO
39
DICAS DE COMO UTILIZAR OS 7 FILTROS PARA ELABORAR EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM O ESPORTE:
40
As atividades na fase das INTERVENÇÕES devem ser divertidas. Por isso, torne
sua aula prazerosa, compreenda os interesses das crianças e planeje atividades
DIVERSÃO lúdicas, divertidas e com significado para as crianças. É importante pesquisar
o universo das crianças para que se crie um interesse e significado pela aula.
41
08PLANEJAMENTO
COLETIVO
42
PLANEJAMENTO COLETIVO
DICAS DE COMPETÊNCIAS A SEREM
Os espaços de planejamento coletivo são importantes para DESENVOLVIDAS NOS ESPAÇOS DE FORMAÇÃO:
que o professor tenha um momento para identificar as ne- • Aprender estratégias e desenvolver habilidades
cessidades dos alunos e literalmente colocá-las no “papel”. para mediar os desafios e os conflitos pedagógicos
Há a necessidade de que os professores tenham suporte de presentes nos diferentes contextos de atuação e
pessoas envolvidas com questões pedagógicas (pedagogos, ensino do esporte
equipe multidisciplinar, coordenadores e etc.) para que pos-
• Utilizar os conhecimentos construídos para enfrentar
sam ampliar seu olhar e tornar seus planejamentos ainda
as situações novas e inesperadas que surgem no dia
mais assertivos. Construir juntos suas práticas, discutindo,
a dia da prática pedagógica e do ensino do esporte.
refletindo, analisando ideias, trocando informações e plane-
jando coletivamente, fortalece o oficio de ensinar e possibilita • Respeitar e valorizar a cultura local, atuando jun-
experiências positivas para as crianças. to à comunidade em busca do desenvolvimento, da
transformação e ressignificação do esporte.
Os espaços coletivos de planejamento e formação e a inte-
• Discutir e construir planos coletivamente, respei-
gração entre o conhecimento teórico, as vivências práticas
tando e valorizando a opinião dos colegas e tole-
e as experiências pessoais podem contribuir para levar os
rando a diversidade de ideias e conhecimento que
professores das Vilas Olímpicas ao aprimoramento e desen- o grupo apresenta.
volvimento de habilidades e competências.
43
09REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
E ANEXO
44
FREIRE, João B. Educação de Corpo Inteiro. Campinas, São Paulo: Scipione, 1989.
ROSSETTO JÚNIOR, A.J; COSTA, C.M.; D’ANGELO, F. Práticas Pedagógicas Reflexivas: unidade didática
como instrumento de ensino e aprendizagem. 2.ed. Revisada. São Paulo: Phorte, 2012.
MACEDO, L. Ensaios Pedagógicos: como construir uma escola para todos? Porto Alegre: ArtMed, 2004.
MOSER, A.; D’ANGELO, F. L.(Org.). O Guia da Prática Pedagógica - Oficinas do Esporte. Porto Alegre:
Mediação, 2014.
ROSSETO JUNIOR, A.J. et alii. Jogos Educativos: estrutura e organização da prática. 2. Ed. São Paulo:
Phorte, 2006.
45
ANEXO: MODELO DE PLANEJAMENTO DIDÁTICO
46
EXEMPLO 1: PLANEJAMENTO DIDÁTICO PROFESSOR PAULO “CYPA” - VIDIGAL TURMA DE FUTEBOL ATÉ 12 ANOS
INTENÇÃO INTERVENÇÃO INDICAÇÃO
EXPECTATIVAS DE ESTRATÉGIAS / INDICADORES INSTRUMENTOS
TEMA
APRENDIZAGEM ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO
1. Compreender os Roda de conversa/Questionamentos: O que é importante para o 1. Número de situações 1. Depoimento
espaços a serem bom desenvolvimento do jogo? O que é e como criar “boas situa- citadas pelos alunos, dos alunos e ficha
ocupados no campo; ções de jogo”? O que depende o sucesso da equipe? Por que é que criaram, ou ocu- de observação do
importante oferecer-se e orientar-se no jogo de futebol? param, ou perceberam professor
durante os jogos?
2. Realizar desloca- • Divisão de 4 mini campos reduzidos com golzinhos, todos 2. Números de boas 2. Depoimento dos
mentos e posiciona- com tamanhos diferentes e com 2 equipes em cada; situações realizadas alunos e ficha de
mento adequados • Cada campo com variação de números de jogadores 2x2 / pelos alunos atráves observação do pro-
para o sucesso do 3x3 / 4x4 / 4x5, com superioridade numérica; de movimentações / fessor; foto / vídeo
Oferecer-se jogo; • Cada campo com variação de bolas, de domínio, de finali- posicionamentos (com
e orientar-se zação (gestos), tamanho do golzinho e valor do gol diferente ou sem bola) no jogo
no jogo de (situações problemas);
futebol • Espaço para os alunos mudarem as regras e criarem esque-
mas táticos (ataque/defesa);
• Cada tempo determinado os alunos trocam de espaço, todos
jogam contra todos;
3. Ter atenção e auto- Roda de conversa: Qual a importância do jogo reduzido para 3. Números de boas 3. Depoimento
nomia nas ocupações jogo de futebol? O que mais difícil no campo reduzido? O que situações realizadas dos alunos e ficha
dos espaços para o mais foi trabalhado? O que mais aprenderam? Qual a impor- pelos alunos atráves de de observação do
bom desenvolvimento tância do oferecer-se e o orientar-se para o desenvolvimento e movimentações professor; vídeo
do jogo; sucesso do jogo? Foi divertido? O que mais gostaram?
47
EXEMPLO 2: PLANEJAMENTO DIDÁTICO PROF. EDSON (MESTRE PARANÁ) - VL. DO MATO ALTO TURMA DE CAPOEIRA ATÉ 12 ANOS
INTENÇÃO INTERVENÇÃO INDICAÇÃO
EXPECTATIVAS DE ESTRATÉGIAS / INDICADORES INSTRUMENTOS
TEMA
APRENDIZAGEM ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO
1. Conhecer os • Roda de conversa para diagnosticar o que os alunos sabem e fazem 1. Número de instrumentos conhecidos 1. Ficha de
instrumentos que em relação às normas de aula (pontualidade, atenção na explicação do (manuseados / tocados) pelos alunos; observação do
fazem parte da professor, oganização dos calçados, levantar a mão na hora de falar, professor / fotos
musicalidade da esperar a sua vez na roda e para realização de golpes com professor); / filmagem;
Capoeira; • Roda de capoeira para ver o que os alunos conhecem sobre as chulas
(músicas) e sobre os movimentos da Capoeira;
• Aula instrumental, onde os alunos irão experimentar e aprender a tocar os
instrumentos (atabaque, berimas, ginga, médio, viola, pandeiro e agogô);
2. Vivenciar os • Realização de movimentos em conjunto, em dupla, individual e com o 2A. Números de alunos que executam 2. Ficha de
movimentos de professor para aprender os movimentos de ginga, ataque (martelo, meia- os movimentos ginga, de ataque observação e
ginga, de ataque lua, ponteira e armada) e defesa (“cocorinha”, defesa de rosto, esquiva); (martelo, meia-lua, ponteira e fotos
(martelo, meia- • Realização da roda de capoeira para fazer os movimentos de capoeira; armada) e defesa (“cocorinha”,
Conhecendo
lua, ponteira e • Roda de capoeira para aprender as chulas e trabalhar os movimentos da defesa de rosto, esquiva) com
a Capoeira
armada) e defesa capoeira; determinação;
(“cocorinha”, • Exercícios de força, alongamento e flexibilidade para desenvolver os 2B. Número de movimentos de defesa
defesa de rosto, fundamentos da Capoeira; e ataque que os alunos fazem na roda;
esquiva);
3. Respeitar as Roda de conversa (inicial e final) para apresentação das normas da aula, 3. Número de alunos que aprenderam 3. Ficha de
regras da aula de sobre o comportamento em casa e na escola; a respeitar as regras das aulas observação,
capoeira (pontualidade, atenção na explicação fotos e registro
do professor, organização dos de depoimentos
calçados, levantar a mão na hora de dos alunos
falar, não xingar o colega, esperar a
sua vez na roda e na realização de
golpes com professor)
48
PROJETO VILAS OLÍMPICAS
GUIA 4: “CONSTRUINDO EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM INICIAÇÃO
ESPORTIVA PARA CRIANÇAS”
01
INTRODUÇÃO
02 JORNADA DO
03
MODELO
PROJETO VILAS PEDAGÓGICO
OLÍMPICAS E SEUS
FUNDAMENTOS
2
04
EXEMPLO
05 CONSTRUINDO
06
ANOTAÇÕES
DE MODELO SEU MODELO
PEDAGÓGICO: PEDAGÓGICO
O MODELO DE
INICIAÇÃO
ESPORTIVA IEE
3
02 JORNADA DO
PROJETO VILAS
OLÍMPICAS
6
O projeto Vilas Olímpicas foi elaborado com a premissa e o nhado para o Movimento” (http://pt.designedtomove.org/) e os
objetivo de inspirar as crianças do Rio de Janeiro a serem 7 filtros – indicadores de boas práticas que orientam os profes-
mais ativas e apaixonadas por esporte, não somente hoje, sores interessados em oportunizar experiências positivas com
mas para o resto de suas vidas. O projeto atua com diversos o esporte para as crianças.
pilares. Um deles, é a qualificação das ações nas Vilas Olím-
picas, através do acompanhamento da prática pedagógica, No segundo treinamento, realizado no segundo semestre de
e é um dos pilares mais relevantes. Ela consiste de acom- 2016, o foco foi a utilização de Eventos como estratégia para
panhamento sistemático nas Vilas Olímpicas pela equipe de estimular experiências positivas com o esporte. Os eventos
campo do Instituto Esporte & Educação e de Treinamentos como ações que integram e mobilizam as comunidades, de-
de Professores realizados duas vezes ao ano com o intuito de vem fazer parte dos processos de planejamento dos profes-
qualificar os mais de 600 educadores que atuam nas 22 Vilas sores, principalmente como uma ferramenta de elevação de
Olímpicas da cidade do Rio de Janeiro. projetos pedagógicos. Bons eventos têm o potencial de auxi-
liar a comunicar, mobilizar e fidelizar os alunos e também a
Ao longo destes mais de dois anos de projeto já foram reali- comunidade do entorno das Vilas.
zados três treinamentos com temas relevantes sobre experi-
ências positivas com o esporte para crianças, que levam em Já o terceiro treinamento, realizado em novembro de 2017,
consideração a demanda destes profissionais, adequando os teve como foco a temática: Elaborar experiências positivas
conteúdos à realidade dos diferentes territórios. com o esporte para crianças. O objetivo foi estimular os
professores das Vilas Olímpicas ao processo reflexivo sobre
O primeiro treinamento, realizado em 2016, teve como principal a ação de sistematizar suas Intenções, Intervenções e Indi-
temática o estudo da plataforma “Design to Move” ou “Dese- cações, aspectos que compõem o planejamento pedagógico.
7
As temáticas abordadas nos três treinamentos já realizados se integram e fortalecem uma lógica pedagógica que favorece a
experiência positiva das crianças e jovens com o esporte. Os 7 filtros (estratégias e indicadores de apoio para realização de
atividades esportivas), os Eventos e as ações de Planejamento se configuram como aspectos importantes na estruturação de
referências e parâmetros que contribuem para que os professores possam organizar e sistematizar a sua prática pedagógica
dentro das Vilas.
8
No treinamento deste ano, a ideia é ampliar este proces-
so de sistematização e reflexão sobre a iniciação esportiva
para crianças e jovens. Vamos estudar e conversar sobre os
“Modelos Pedagógicos” que orientam a prática pedagógica
dos professores. O conceito de “Modelo Pedagógico” está
associado à visão de que uma boa prática pedagógica deve
contemplar valores, objetivos, conteúdos, intervenções, mo-
nitoramento e indicadores de qualidade sobre o ensino e a
aprendizagem do esporte.
9
03
MODELO
PEDAGÓGICO
E SEUS
FUNDAMENTOS
10
Quando falamos em Modelos Pedagógicos estamos abor- MODELOS PEDAGÓGICOS E SUAS CARACTERÍSTICAS
dando um referencial teórico metodológico que se traduz em
fundamentos capazes de orientar as ações educacionais com • O modelo deve definir os fundamentos pedagógicos (va-
foco na iniciação esportiva. Funciona como uma referência lores, pressupostos e princípios) que nortearão os métodos
que pode inspirar professores a sistematizar e aprimorar a (prática) educacionais a serem aplicados;
sua prática pedagógica.
• Modelos Pedagógicos são criados e desenvolvidos no campo
Modelos Pedagógicos de iniciação esportiva se orientam para de prática dos professores. Aprendemos a construir um “mo-
aquilo que desejamos que os alunos aprendam. Eles definem delo” na própria ação de ensinar o esporte; é na quadra, nos
os elementos que fazem parte de um plano de ação que con- campos, na piscina, nos pátios, nas salas e nas pistas que
templa aspectos como pressupostos, valores, princípios, me- definimos nosso jeito de ensinar.
todologias e os resultados de aprendizagem.
• Modelos Pedagógicos se caracterizam por cumprir com um
ciclo de desenvolvimento, testagem, refinamento e dissemi-
nação. É importante que os professores sejam autores e pro-
tagonistas do seu modelo pedagógico.
11
CICLO DE IMPLANTAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO
DISSEMINAR
DESENVOLVER
(ESCALA)
MODELO
PEDAGÓGICO
REFINAR TESTAR
12
COMO SE ESTRUTURA UM MODELO PEDAGÓGICO?
O conceito de Modelo Pedagógico busca harmonizar melhor a relação entre professores, alunos e os conteúdos a serem ensina-
dos nos diferentes contextos de iniciação esportiva. O que caracteriza a arquitetura de um Modelo Pedagógico?
Para identificar um modelo, precisamos encontrar na sua arquitetura aspectos como tema central, elementos críticos e resul-
tados de aprendizagem.
PRESSUPOSTOS
EXPECTATIVAS
VALORES
FINALIDADE
RESPONSABILIDADES
ELEMENTOS COMPORTAMENTO
(FOCO)
CRÍTICOS CONTEÚDO APRENDIDO
PRINCÍPIOS
TEMA METODOLOGIA RESULTADOS DE
CENTRAL CARIMBO/MARCA APRENDIZAGEM
REGISTRADA
13
O tema central refere-se à ideia em que o modelo foi conce-
bido, e sua seleção sugere os pressupostos, os valores e as
responsabilidades que irão orientar a prática.
15
COMO SE AVALIA UM MODELO PEDAGÓGICO DE INICIAÇÃO ESPORTIVA?
Modelos Pedagógicos de iniciação esportiva devem ter como monitorar a coerência existente entre os elementos que com-
principal compromisso a aprendizagem das crianças. A pre- põem a arquitetura do Modelo Pedagógico. É a conexão entre
missa é: “Só existe ensino, se houver aprendizagem”. tema central, elementos críticos e os resultados de apren-
dizagem que garante a qualidade dos modelos focados na
A avaliação é um processo importante para que possamos iniciação esportiva das crianças e jovens.
OBSERVAÇÕES / MONITORAMENTO
AVALIAÇÃO
indicadores / instrumentos
QUALIFICAR
16
Planejar e registrar são ações relevantes que ajudam no pro-
cesso de qualificação do modelo e consequentemente da prá-
tica pedagógica. As observações dos professores no dia a dia
das aulas são importantes recursos de monitoramento que
podem dar origem a indicadores e instrumentos de avaliação.
INDICADORES INSTRUMENTOS
• Qualidade da aprendizagem • Documentos orientadores
dos alunos dos programas
• Número de alunos que • Mini Sequencias Didáticas
aprendem • Planos de aula
• Diversidade do público • Listas das turmas
atendido • Relatórios de eventos
• Diversidade de modalidades • Registros dos professores
oferecidas • Quadro de modalidades e
• Efetivação dos valores faixas-etárias
e princípios na prática
pedagógica
17
04
EXEMPLO
DE MODELO
PEDAGÓGICO:
O MODELO DE
INICIAÇÃO
ESPORTIVA IEE
18
O Instituto Esporte & Educação (IEE) foi criado em 2001 pela
atleta e medalhista olímpica Ana Moser, com a missão de
ampliar o acesso das crianças e jovens à educação física e
esporte, contribuindo para a educação integral e o desenvol-
vimento humano.
19
O modelo de iniciação esportiva (IEE) que imaginamos estar presente nas escolas, centros esportivos, vilas olímpicas e clubes,
entre outros ambientes possíveis, busca conectar o presente com o futuro e tem a sua arquitetura assim definida:
ESPORTE EDUCACIONAL E
PRINCÍPIOS EDUCAÇÃO INTEGRAL
ESTRUTURA DE AULA
20
AS PARTICULARIDADES DO MODELO PEDAGÓGICO IEE
TEMA CENTRAL:
ESPORTE COMO UM DIREITO
EDUCACIONAL PARTICIPAÇÃO
21
CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA (BRASIL,
1988), ART. 217:
22
LEI PELÉ – 9615/1988 - ART. 2O:
23
TEMA CENTRAL:
O ESPORTE EDUCACIONAL E SEUS PRINCÍPIOS
INCLUSÃO
DE TODOS
CONSTRUÇÃO
AUTONOMIA
PRINCÍPIOS COLETIVA
ESPORTE
EDUCACIONAL
EDUCAÇÃO RESPEITO À
INTEGRAL DIVERDIDADE
24
Criar condições e oportunidades para a participação de todas as crianças e jovens no aprendizado
INCLUSÃO
do Esporte, desenvolvendo habilidades e competências que lhes possibilitem compreender,
DE TODOS transformar, reconstruir e usufruir das diferentes práticas esportivas da cultura corporal.
Entender e transformar o ensino do Esporte em uma educação emancipatória que se
estrutura no conhecimento, no esclarecimento e na autorreflexão crítica, promovendo
BUSCA DA
a autonomia, ou seja, a capacidade dos alunos analisarem, avaliarem, decidirem,
AUTONOMIA promoverem e organizarem a sua participação e de outros nas diversas práticas esportivas
que acontecem dentro e fora da escola.
Buscar a participação ativa de todos os envolvidos na estruturação do processo de ensino
CONSTRUÇÃO e aprendizagem do Esporte, tornando alunos, professores e comunidade corresponsáveis e
COLETIVA cogestores do planejamento, da execução, da avaliação e da continuidade dos programas e
projetos relacionados à cultura de movimento.
Perceber, reconhecer e valorizar as diferenças entre as pessoas no que se refere à raça, à cor,
à religião, ao gênero, ao biotipo, aos níveis de habilidades, às crianças com necessidades
RESPEITO À
educacionais especiais, etc., entendendo a diversidade como uma oportunidade de aprender
DIVERSIDADE com as diferenças, diversificando as metodologias de ensino, favorecendo a convivência e a
aprendizagem compartilhada.
Compreender o Esporte como uma manifestação da cultura corporal que oportuniza a
EDUCAÇÃO aprendizagem nos campos cognitivo, psicomotor e socioafetivo, desenvolvendo ações
INTEGRAL pedagógicas que abordem conteúdos integradores das dimensões do fazer, do saber, do ser
e do conviver.
25
TEMA CENTRAL:
A INICIAÇÃO ESPORTIVA E OS OBJETIVOS DE ENSINO
26
o esporte é conteúdo a ser aprendido, devemos assumir o
compromisso de ensiná-lo a todos. O desafio está em romper
com modelos de ensino que, muitas vezes, acabam por dar
atenção somente àqueles que, por algum motivo, genético ou
ambiental, apresentam maiores habilidades. Entendemos a
importância de ampliar a educação cultural de um povo, po-
rém, o que está ao nosso alcance tem limites. Não podemos
dar conta de todo o leque de necessidades educacionais das
crianças e dos jovens. Lidamos com o esporte. Ele é nosso
instrumento, o tema gerador da pedagogia que pretende ser
forte. Mesmo considerando os limites de nossa atuação, na-
quilo que nos toca, o esporte será ensinado a todos, indepen-
dentemente de credos religiosos, de cor da pele, de gênero,
de opção sexual, de idade, de constituição física, ou qualquer
outra característica. O compromisso é com a inclusão e a par-
ticipação, e a nossa premissa está em acreditar que qualquer
pessoa possa aprender a praticar esportes dentro das suas
potencialidades e limitações.
27
ENSINAR BEM O ESPORTE A TODOS
No IEE o esporte é tratado como um direito de todos, mas
não basta que o cidadão tenha esse direito reconhecido ape-
nas como plateia. Ele deve ter o direito de aprender o esporte
para poder praticá-lo. O reconhecimento desse direito, porém,
para nós vai mais longe, além de aprendê-lo e praticá-lo, o
cidadão tem o direito de aprendê-lo bem, para praticá-lo com
qualidade. Não importa se em menor ou maior tempo, é pre-
ciso ter paciência e conhecer cada aluno, acreditando que
todos, dentro de suas limitações e das suas potencialidades
motoras, cognitivas e socioafetivas, podem fazer esporte com
qualidade e bom desempenho.
28
ensino dos seus fundamentos e técnicas e inclui os seus valo- imprevisibilidade, de mistério, que exercem forte atração nos
res subjacentes, ou seja, conteúdos relacionados às dimensões praticantes. Portanto, a pedagogia do esporte educacional
atitudinal e conceitual. A questão que se coloca é a seguinte: não pode tirar esse encanto, não pode transformar a educa-
Que conhecimentos os alunos deverão adquirir a respeito do ção esportiva numa rotina maçante. No IEE, os alunos apren-
esporte, a fim de se tornarem cada vez mais competentes para dem a praticar esporte gostando dele, mantendo, assim, o
enfrentar as exigências da vida social, exercitar a cidadania e seu encanto e a sua sedução. Vislumbramos o futuro com a
melhorar sua condição humana? Cada aula deve deixar uma visão de que a nossa missão não é tão difícil assim, afinal de
herança para a vida dos alunos. Quando um jovem aprende, por contas, uma vez que as crianças gostam tanto de brincar e
exemplo, o jogo da queimada, por melhor que o aprenda, caso praticar esportes, a nossa tarefa é que elas, quando maiores,
seu conhecimento seja exclusivamente técnico, nada restará continuem a gostar do esporte.
após o jogo. O conhecimento apenas técnico, prático, tornará o
aluno prisioneiro dessa técnica, sem condições de ir além dela.
Porém, se, ao aprender o jogo da queimada, ele puder com-
preender o que ocorre no jogo, talvez, como já mencionamos,
saia do jogo com uma herança de conhecimentos aplicáveis a
outras circunstâncias de vida.
29
ELEMENTOS CRÍTICOS:
O JOGO COMO MARCA REGISTRADA
DO MODELO
Quando pensamos na INICIAÇÃO ESPORTIVA para todos, o
ensino propõe a escolha de conteúdos que devem abranger,
sempre que possível, todas as manifestações esportivas/cor-
porais, incluindo jogos, esportes, atividades rítmicas/expres-
sivas e dança, lutas/artes marciais, ginásticas, com todas as
suas possíveis variações e combinações.
30
Os jogos exercem um grande fascínio na nossa cultura. As suas diferentes formas de expressão envolvem emoções, conflitos,
resolução de desafios, construção de estratégias, tomada de decisões, convivência, cooperação, competição, enfim, diversas
situações e experiências que representam a complexidade do que é o ser “homem” no mundo. Entre as mais diversas expres-
sões do jogar, aqui nos interessa aquela que se relaciona ao enfoque educacional. Valorizamos a ideia do jogo como um recurso
pedagógico que mobiliza todas as dimensões da aprendizagem e do desenvolvimento humano. A imprevisibilidade, a unifica-
ção das regras, a inteligencia criativa, a imaginação e o símbolo, a curiosidade, o raciocínio lógico, todas características do
jogo, são também aspectos presentes nos esportes, nas danças, nas lutas e nas ginásticas.
31
JOGO
33
ELEMENTOS CRÍTICOS:
OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
E INTERVENÇÃO PARA O ENSINO
Os procedimentos pedagógicos de ensino dos jogos devem
estar acompanhados de uma avaliação sistemática para a
verificação dos resultados e uma preocupação com a qualida-
de da intervenção dos professores em aspectos como nível de
engajamento e participação, tempo de prática, motivação das
crianças, conteúdos aprendidos etc. No Modelo Pedagógico IEE
selecionamos alguns critérios de escolha e intervenção que
contribuem para o êxito do ensino dos jogos para as crianças.
De acordo com o nosso modelo, o bom jogo é aquele que:
34
B) oferece a possibilidade de sucesso aos participantes. O Quando é necessária a intervenção constante do professor,
jogo não pode ser nem muito fácil nem muito difícil, mas, mesmo após algum tempo de prática, alguma coisa não vai
sim, desafiador. Uma intervenção qualificada do professor muito bem. A cada aula os alunos devem mostrar mais inde-
para o ensino de jogos parte do princípio de que uma ajuda pendência e autonomia no gerenciamento dos jogos.
adequada significa pensar sempre nas competências que os
alunos já possuem e naquelas que estão prestes a alcançar D) oferece a possibilidade de adaptação e de novas aprendi-
com a ajuda de terceiros. O bom jogo motiva os participantes zagens. Cabe ao professor criar condições para que os parti-
a investir energia na busca dos pontos, dos gols e da vitória. cipantes tenham tempo e espaço para experimentar e repetir
Jogos muito fáceis ou muito difíceis desmotivam os jogado- as habilidades motoras envolvidas no jogo, pois, como o dito
res. O bom jogo deixa sempre o gostinho de “quero mais”; popular, “é errando que se aprende”. Com o passar do tem-
po, as crianças devem sentir-se seguras para experimentar e
C) oferece a possibilidade de autogerenciamento do jogo pe- correr o risco de errar. A boa jogada, aquela em que o jogador
los participantes. Privilegiando-se as relações de troca entre demonstra ter aprendido a jogar e com competência faz o gol
as crianças e a construção coletiva, o jogo pode constituir-se ou marca o ponto, muitas vezes nasce dos erros e das tentati-
num espaço para o exercício da cooperação e autonomia. Com vas de acertar. Nesse constante ir e vir, entre acertos e erros,
o passar do tempo, o professor deve interferir o mínimo pos- o jogador atualiza seus esquemas de ação, faz as adaptações
sível no jogo dos alunos, que deverão aprender a gerenciar o necessárias e aprende a jogar.
espaço do jogo, desde a sua preparação até a ação de jogar.
35
E) oferece a possibilidade de manutenção da imprevisibili-
dade. Nos jogos em grupo, o professor deve estar atento à
formação das equipes para que haja equilíbrio. Só perder ou
só ganhar não tem graça, porque aquele que só ganha não se
sente desafiado e aquele que só perde tem a sua autoestima
comprometida. O bom jogo é aquele cujo rumo não pode ser
traçado com exatidão, menos ainda seus resultados.
POSSIBILITA
A TODOS
PARTICIPAÇÃO
POSSIBILITA
MANTÉM A O O SUCESSO
IMPREVISIBI- DE TODOS OS
LIDADE BOM PARTICIPANTES
JOGO
36
ELEMENTOS CRÍTICOS: Ensinar é agir na urgência e decidir na incerteza. Isso quer
dizer a negação do planejamento antecipado e da sistema-
AS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
PARA O ENSINO DE JOGOS tização de um método de ensino para a iniciação esportiva?
Não, muito pelo contrário. É nas funções mais valorizadas,
Como um guia de intervenção qualificada, os critérios acima entre elas a de professor, que geralmente se requer uma
compõem uma base de conteúdos que costumamos associar dupla qualificação: competências para antecipar e compe-
às orientações didáticas sugeridas para os professores que tência para improvisar cada vez que a antecipação não for
atuam nos programas de iniciação esportiva. Um dos maiores suficiente. Um professor só pode fazer tudo o que deve fazer
desafios nas propostas de iniciação esportiva é encontrar o se tomar decisões rápidas, às vezes, sem poder refletir o tem-
caminho para articular as intenções, no caso os princípios, po suficiente para ter a certeza de haver adotado a melhor
objetivos e conteúdos, com as ações, com um jeito de fazer opção. Portanto, é necessária uma competência profissional
que seja eficiente para que possamos alcançar bons resul- que exige perceber a urgência e os riscos para dosar a parcela
tados, nesse caso específico, a aprendizagem das crianças. de imediatismo e a parcela de reflexão.
São nossos procedimentos e nosso método que podem via-
bilizar a ligação entre a pretensão e o pretendido. Quando Investimos tempo e trabalho naquilo que chamamos de pre-
um professor ministra a sua aula, ele o faz seguindo algum venção didática, ou seja, a sugestão de caminhos que possam
plano ou método, seja de forma consciente ou não. É fato que nos ajudar a realmente tomar decisões assertivas e concretas
esse modo de fazer, esse caminho escolhido, não inclui ape- na busca de um ensino com qualidade. A isso chamamos de
nas as teorias, a visão de mundo e de educação do professor, método, um jeito de fazer apoiado nas teorias da pedagogia
o planejamento, mas também o ambiente, a qualidade dos do esporte e do jogo, que envolve provocar conflitos, produ-
recursos, a motivação, a sua personalidade etc. zir dúvidas e reflexões, chamar a atenção para a tomada de
37
consciência, fortalecer o pensamento e estabelecer relações
daquilo que se aprende no jogo/esporte com outras situações
de vida. Assim, definimos alguns procedimentos, ou melhor,
algumas orientações didáticas que, complementando os cri-
térios de intervenção apresentados acima, devem ser respei-
tadas pelos professores para qualificar os modelos de inicia-
ção esportiva. São elas:
38
mas abertos, sempre interagindo entre si, constituindo-se mu-
tuamente, transformando-se e sempre em via de constituição.
39
ELEMENTOS CRÍTICOS:
O MODELO PEDAGÓGICO E A ESTRUTURA E ROTINA DAS AULAS DE INICIAÇÃO ESPORTIVA
1º MOMENTO: 2º MOMENTO:
RODA DE CONVERSA INICIAL OS JOGOS, AS PRÁTICAS E AS ATIVIDADES CORPORAIS
A sugestão é iniciarmos as aulas de iniciação esportiva com Neste momento da aula as crianças praticam, experimentam
uma roda de conversa. Esse é um espaço privilegiado para e jogam. É a parte central da aula, normalmente dominada
realizar combinados, explicar o que será realizado durante pelas práticas corporais.
a aula, ouvir opiniões, fortalecer as parcerias, estimular o
diálogo e sobretudo criar um ambiente positivo e seguro de DICA: Fique atento para que todas as crianças tenham as mes-
escuta e fala de professores e alunos. mas oportunidades de prática. Cuidado com as filas onde as
crianças ficam muito tempo esperando a sua vez para jogar. Di-
DICA: Valorize o diálogo, construa coletivamente, crie um versifique os espaços para que todos joguem ao mesmo tempo.
ambiente que favoreça o envolvimento de todos, valorize os
saberes dos alunos, promova bons desafios e conflitos, abra
espaço para a resolução de problemas por parte dos alunos,
favorecendo a autonomia. Esse é um bom espaço para exer-
citar as boas perguntas, mas tome cuidado com o tempo da
roda para que não fique cansativa.
40
3º MOMENTO:
RODA DE CONVERSA FINAL
41
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM:
ESPORTE PARA TODA A VIDA
INICIAÇÃO ESPORTIVA E EDUCAÇÃO INTEGRAL
Quando assumimos a responsabilidade de contribuir com o
desenvolvimento global das crianças que frequentam as au-
las de INICIAÇÃO ESPORTIVA, estamos referendando a educa-
ção integral como uma oportunidade para o desenvolvimento
pleno da pessoa que sugere a “INTEGRALIDADE”. Refletida na
ótica do sujeito que aprende, essa integralidade se processa
pelo equilíbrio entre os aspectos cognitivos, afetivos, psico-
motores e sociais, conectando a educação esportiva ao de-
senvolvimento das capacidades físicas, intelectuais, sociais
e afetivas de crianças e adolescentes.
(CENPEC, S/D.)
42
ESPORTE E EDUCAÇÃO INTEGRAL
ATITUDES
DIMENSÃO DIMENSÃO
AFETIVA SOCIAL/MORAL
SER CONVIVER
AFETIVIDADE SOCIALIZAÇÃO
SABER FAZER
DIMENSÃO CONHECER MOVIMENTO
DIMENSÃO
INTELECTUAL/ MOTORA
COGNITIVA
CONCEITOS PROCEDIMENTOS
43
OS RESULTADOS DE APRENDIZAGEM DE UMA EDUCAÇÃO ESPORTIVA QUE É INTEGRAL
As aulas de iniciação esportiva, pensadas sob a ótica da EDUCAÇÃO INTEGRAL, são espaços onde o movimento se constitui
como principal mobilizador de aprendizagens que se desenvolvem nas dimensões cognitiva, motora, afetiva, social e moral.
Agrupadas em 4 campos – do SER, do FAZER, do SABER e do CONVIVER –, essas aprendizagens permitem que alunos e alunas
vivam a experiência da integralidade.
44
CAMPOS E INDICADORES DE APRENDIZAGEM
45
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM: ESPORTE PARA TODA A VIDA
INICIAÇÃO ESPORTIVA É TAMBÉM UMA ALFABETIZAÇÃO ESPORTIVA
CAMINHO PARA A INSERÇÃO SOCIAL E A CIDADANIA
Quando as aulas de Esporte Educacional ocupam as quadras,
os campos, os pátios, os parques e as salas, dando vida ao
corpo em movimento, elas levam consigo a bandeira do di-
reito e da oportunidade que todas a crianças devem ter de se
educar corporalmente. Esse processo educativo que chama-
mos de Alfabetização Esportiva, oportuniza a transição do es-
tado de analfabetismo corporal para estágios cada vez mais
avançados de inteligência motora. Partimos do pressuposto
de que ninguém nasce mais ou menos alfabetizado corporal-
mente e que a motricidade é construída a partir das intera-
ções do sujeito com o meio ambiente. É a qualidade dessas
interações que vai determinar as habilidades e competências
e a inteligência motora que serão constituídas.
46
processo de Alfabetização Esportiva os gestos são a maté- Os gestos, os movimentos, as habilidades motoras são as le-
ria-prima da inteligência motora, ou seja, os códigos de uma tras do alfabeto do corpo. Com elas, é possível escrever belos
linguagem corporal que, ao longo dos tempos, vai ganhando textos corporais e produzir cultura. Quem já brincou de amare-
cada vez mais sentido e significado na vida das crianças. As linha sabe muito bem do que estamos falando. Saltos, giros,
habilidades de manipulação, as de manutenção da postura arremessos, equilíbrios, coordenações, domínio do espaço e do
e as de locomoção formam o alfabeto corporal. Por exemplo, tempo são as palavras que se transformam em complexos tex-
quando observamos as crianças em movimento, elas se ex- tos corporais. É claro que esses códigos, esses textos são cria-
pressam corporalmente por meio de jogos, brincadeiras, es- dos em diferentes contextos, em diferentes culturas. A criança
portes, danças etc. Para nós, brincar de elástico, amarelinha, bem alfabetizada esportivamente é aquela que aprende e se
perna de pau, mãe da rua ou de bolinha de gude, entre outras apropria desse conhecimento; ela consegue escrever belos tex-
brincadeiras infantis, é dar sentido para os chamados códi- tos corporais que são legíveis e de possível compreensão pelos
gos da linguagem corporal. seus pares, nos diversos ambientes por onde circula.
47
DANÇAS ESPORTES
Habilidades de Habilidades de
Locomoção Estabilização
Alfabetização
LUTAS (Linguagem) GINÁSTICAS
Corporal
Habilidades de
Manipulação
BRINCADEIRAS
48
Nesse sentido, quem souber se comunicar corporalmente terá
mais possibilidade de inserção e participação social. Crianças
que se apropriam da linguagem implícita nas diferentes ma-
nifestações esportivas têm, na nossa visão, mais chance de
serem aceitas socialmente, participam ativamente da vida es-
colar e comunitária, têm a autoestima elevada e, principalmen-
te, têm o seu caminho facilitado para poder aprender de forma
crítica e criativa tudo aquilo que a escola e os adultos ensinam.
Isso tem relação direta com inclusão e cidadania. Para compre-
ender o que estamos dizendo, basta observar as crianças brin-
cando no pátio ou no parque. Quando o assunto é o corpo em
movimento e a prática de esportes, o mais importante para as
crianças é o aqui e o agora; elas sabem muito bem, ou melhor,
sentem que brincar bem é a melhor forma de se comunicar e
de se fazer entender. Os gestos, como recursos de comunicação
corporal, não são simples movimentos, mas a base estrutu-
ral de uma forma específica de linguagem que revela a nossa
identidade, a nossa cultura e nos faz mais humanos.
49
PELA MOTRICIDADE O HOMEM SE AFIRMA NO MUNDO, REALIZA-
SE, DÁ VAZÃO À VIDA. PELA MOTRICIDADE ELE DÁ REGISTRO
DE SUA EXISTÊNCIA E CUMPRE SUA CONDIÇÃO FUNDAMENTAL
DE EXISTÊNCIA. A MOTRICIDADE É O SINTOMA VIVO DO MAIS
COMPLEXO DE TODOS OS SISTEMAS: O CORPO HUMANO. É
PELA CORPOREIDADE QUE O HOMEM DIZ QUE É DE CARNE E
OSSO. ELA É A TESTEMUNHA CARNAL DA NOSSA EXISTÊNCIA.
A CORPOREIDADE INTEGRA TUDO O QUE O HOMEM É E PODE
MANIFESTAR NESTE MUNDO: ESPIRITO, ALMA, SANGUE, OSSOS,
NERVOS, CÉREBRO ETC. A CORPOREIDADE É MAIS DO QUE UM
HOMEM SÓ: É CADA UM E TODOS OS OUTROS. A MOTRICIDADE É
A MANIFESTAÇÃO VIVA DESSA CORPOREIDADE, É O DISCURSO DA
CULTURA HUMANA.
50
O esporte educacional e os programas de iniciação esportiva
têm o mérito, nas comunidades, de mobilizar pessoas; gesto-
res, professores, pais para o reconhecimento de que lidamos
com gente que é vida, corpo em movimento no espaço e no
tempo. Gente que desde a infância é condenada pelas rela-
ções sociais, econômicas e políticas a formas precaríssimas
de vida. Assim, os programas de iniciação esportiva que ob-
jetivam a educação integral, devem ter como núcleo central
políticas afirmativas do direito da infância-adolescência à
vida, corpos, tempos-espaços de um digno e justo viver. Se é
pelo movimento que nos comunicamos corporalmente, deve-
ríamos aprender a ser corpo. Todas as vezes que temos esse
direito negado, a tendência é a exclusão, a marginalização e
a supressão da nossa identidade, daquilo que é o mais impor-
tante para cada um de nós, ou seja, a nossa individualidade.
51
05 CONSTRUINDO
SEU MODELO
PEDAGÓGICO
52
Como mencionado nos outros capítulos deste guia, os modelos pedagógicos passam e/ou surgem da prática diária. Por
isso, é importante que você possa estruturar o seu modelo (ou modelo da Vila) para conseguir planejar com ainda mais
intenção e assertividade.
Como se estrutura o seu modelo? A partir do modelo que apresentamos no guia, organize-se seguindo os próximos passos e
preenchendo as lacunas abertas.
53
1º PASSO: ELEVE O TEMA CENTRAL DO SEU MODELO
TEMA CENTRAL
54
2º PASSO: COLOQUE OS PONTOS CHAVES (DNA) DO SEU MODELO
ELEMENTOS CRÍTICOS
55
3º PASSO: IDENTIFIQUE OS RESULTADOS DE APRENDIZAGENS
RESULTADOS DE
APRENDIZAGEM
56
4º PASSO: ORGANIZE SEU MODELO PEDAGÓGICO
ELEMENTOS
CRÍTICOS
TEMA
CENTRAL
RESULTADOS DE
APRENDIZAGEM
57
PROJETO VILAS OLÍMPICAS
GUIA 5: “EXPERIÊNCIAS POSITIVAS NO ENSINO DE ESPORTE
COLETIVO E INDIVIDUAL PARA CRIANÇAS”
01
INTRODUÇÃO
02 O ESPORTE
03
CARACTERÍSTICAS
04
O ENSINO
DOS ESPORTES DOS ESPORTES
COLETIVOS E COLETIVOS
INDIVIDUAIS E INDIVIDUAIS
2
05 CONCLUSÃO
06 ANEXOS
07 REFERÊNCIAS
08
ANOTAÇÕES
BIBIOGRÁFICAS
3
02 O ESPORTE
6
No guia anterior – CONSTRUINDO EXPERIÊNCIAS ESPORTIVAS
EM INICIAÇÃO ESPORTIVA PARA CRIANÇAS - foi abordada a te-
mática sobre modelos pedagógicos para iniciação esportiva, ENSINAR ESPORTE
onde um dos pilares trabalhados e referidos no nosso modelo PARA TODOS
foi: Ensinar esporte para todos; Ensinar além do esporte; En-
sinar bem esporte – tendo estes objetivos engajados em sua
realidade, os alunos certamente irão gostar (ainda mais) de
esportes.
1
Entende-se como inteligente, o jogador que demonstra habilidades e competências para entender as dinâmicas complexas dos jogos esportivos. Realizando leitura de jogo e
adaptando-as as características individuais e coletivas do seu grupo/time.
7
O ESPORTE
O esporte como conhecemos atualmente, foi organizado no século XIX. É possível entendê-lo melhor quando assistimos, por
exemplo, aos Jogos Olímpicos e vemos as competições de atletismo, basquetebol, voleibol e outras. Além dos esportes olímpi-
cos existem outros, e a cada ano novas modalidades surgem.
Os esportes resultam de práticas populares muito antigas, que foram organizadas pelos europeus, mais particularmente os
ingleses, e apresentados durante os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, 1896, em Atenas, na Grécia.
8
Práticas competitivas como o futebol, o basquetebol, o atle- A ideia de que o esporte como um patrimônio cultural, deve
tismo, a ginástica artística e o remo, entre outras, ganharam ser um direito de todos é recente e tem ganho terreno à custa
a denominação de esportes porque possuem um vocabulário de muita luta por parte de diversos grupos, como as mulhe-
motor e um conjunto de regras sociais que conseguem abar- res, os povos com menores índices de desenvolvimento huma-
car um largo universo, capazes de ultrapassar fronteiras ge- no, pessoas com deficiências, educadores e de organizações
ográficas, políticas e linguísticas. não governamentais, entre outros.
No início do esporte moderno (início do século XIX), quem o Em uma citação, Manoel Tubino em seu livro “O que é o espor-
praticava eram as elites europeias, ou seja, as classes so- te?”, 1993, destaca que:
“
ciais privilegiadas economicamente. O povo mantinha suas
práticas tradicionais, realizadas quando havia tempo livre, [...] A busca de um novo espírito esportivo, que contribua
porém, elas não eram reconhecidas como esporte. Dada à para o fortalecimento da ética no esporte da atualidade,
maneira como os esportes modernos foram configurados, sua a necessidade de um controle do aspecto comercial exa-
estrutura foi pensada a partir de determinada classe social, cerbado do esporte de rendimento, a substituição das ca-
do sexo masculino, das etnias que formavam o povo europeu, racterísticas do esporte de rendimento nos eventos de es-
e dos chamados “normais”, isto é, das pessoas que não pos- porte-educação, o combate ao doping e a procura de uma
suíam deficiências. fórmula para romper os “feudos” instalados nas entidades
“
dirigentes do esporte são apenas alguns dos grandes desa-
fios do mundo esportivo contemporâneo.
9
Isso nos mostra o potencial esportivo que temos para traba-
lhar nas Vilas Olímpicas e o quanto ele pode contribuir para
o desenvolvimento humano. Acreditar nisso, é acreditar que
temos o esporte como meio e não fim de um processo.
10
Para nós, profissionais que estudam e aplicam métodos ca-
pazes de incluir as pessoas em práticas esportivas, o reco-
nhecimento desse direito vai além da participação: queremos
que além de aprender e praticá-lo, o cidadão tenha o direito
de aprendê-lo bem. Não importa se em menor ou maior tempo;
é preciso ter paciência e conhecer cada criança e adolescen-
te, acreditando que todos, dentro das suas potencialidades
motoras, cognitivas e socioafetivas, podem fazer ESPORTE
com qualidade e bom desempenho.
11
Ensinar bem está relacionado á evolução individual e coleti- • Diversificar para incluir:
va, ao desempenho técnico e tático, a incorporação no coti- Adequar jogos e esportes para que todos aprendam diversifi-
diano, ao prazer em fazer bem e com eficiência. cando regras, espaços, tempos, materiais, funções.
Acredita-se que se a criança ou adolescente aprimorar suas • Estimular as diferentes Preferências de Aprendizagem:
técnicas, desempenhar um bom papel no trabalho coletivo, Crianças e adolescentes aprendem vendo, ouvindo e fazendo
aumentar sua leitura e compreensão tática do jogo, ele estará e os professores devem utilizar ferramentas didáticas capa-
colaborando para praticar bem este esporte. zes de atender as diferentes preferências.
13
03
CARACTERÍSTICAS
DOS ESPORTES
COLETIVOS
E INDIVIDUAIS
14
Neste capítulo, a intenção é abordar as principais semelhanças e diferenças entre os esportes coletivos e os esportes indivi-
duais, explorar as diferentes formas de ensiná-los, aprender sobre suas particularidades e como podemos organizar práticas
pedagógicas que ajudem crianças e adolescentes a aprendê-los bem.
15
OS ESPORTES COLETIVOS
Os esportes coletivos são muito valorizados na cultura brasi- Os esportes coletivos são caracterizados por algumas inva-
leira e amplamente divulgados na mídia. Futebol de campo, riantes: a utilização de um implemento (muitas vezes utili-
voleibol, basquete, handebol, entre outros, exercem muito za-se a bola); um espaço determinado ao jogo; parceiros com
fascínio entre as crianças e adolescentes. os quais se joga; adversários; um alvo a atacar e, de for-
ma complementar, um alvo a defender; e regras específicas.
Além disso, possuem outros aspectos comuns como: unidade
de jogo, a imprevisibilidade, ações cooperativas, rápidas to-
madas de decisões e participação de múltiplas inteligências.
“
sistêmicas (condições externas, regras, jogadores e seus
esquemas motrizes), visando organizá-las.
16
Ao analisarmos esta colocação de um estudioso dos espor-
tes coletivos podemos entender que o esporte é dinâmico e
contínuo, ou seja, a tomada de decisão dos seus jogadores
irá interferir diretamente na continuidade do jogo, e esta
decisão pode ser positiva ou mesmo negativa para ação
contínua do jogo. Além disso, são altamente dependentes
das equipes envolvidas, como se fosse um “jogo de pergun-
tas e respostas”, interdependentes para o processo do de-
senvolvimento do jogo.
OS ESPORTES INDIVIDUAIS
17
As principais características dos esportes individuais são: Os esportes individuais atuam no desenvolvimento da per-
sonalidade, pois, exigem uma preparação psicológica para
• Não tem parceiros/equipe; sua prática, o impacta na sua confiança, na sua motivação
interna/ intrínseca que são tão necessárias quanto a parte
• São centradas em provas – não há variável JOGO presente motora para seu desenvolvimento individual. Para isso, há
de forma visível na maioria destes esportes; uma necessidade de vários níveis de disciplina para conse-
guir um “comportamento adequado” para prática do esporte.
• Previsibilidades das ações motoras (dependendo da
modalidade);
18
Nos esportes individuais existem ainda duas características,
que são:
19
SEMELHANÇAS (EXISTE UM CAMINHO DO MEIO?)
É possível perceber que existem grandes diferenças ao ensinar Como muitos estudiosos da área relatam em seus estudos, as
esportes coletivos de esportes individuais, porém, é notório que habilidades motoras são um ótimo alicerce para o provimento
alguns aspectos são evidenciados para ambos. Isso, nos faz de todas as práticas esportivas, assim, devemos evidenciar e
perceber o quanto é importante implementar uma cultura es- desenvolvê-las com máximo empenho.
portiva, onde crianças são “formadas” para os mais diferentes
esportes e podem assim adquirir o gosto pela prática esportiva. Ter jogadores “inteligentes” é difícil, vemos jogadores alta-
mente técnicos, enquanto outros são mais táticos e outros
Nosso papel como professor está em fomentar a pluralidade de até sabem trabalhar melhor em grupo nos jogos/esportes,
movimentos, atividades físicas e esportivas, para que no futuro estas são características individuais e em casos raros
tenhamos indivíduos com maior repertório motor e solucionado- quando um jogador/atleta tem todas estas competências
res de problemas. ele é denominado um craque. Assim, seria ideal ter um time,
um grupo, uma equipe cheia de craques, mas para isso, há
Se cada criança e/ou jovem puder experimentar diferentes passos importantes que devemos reestruturar no processo
esportes e dentre eles conseguir explorar as mais diferentes de ensino e de aprendizagem.
habilidades, conseguiremos atingir nos alunos um maior vo-
cabulário motor e assim, estas crianças serão “alfabetizadas”
corporalmente, onde for necessário ela terá respostas motoras
para auxiliar nas resoluções de problemas presentes nos jogos,
nos esportes e até mesmo no seu dia a dia.
21
Um processo importante e inicial para pensarmos está no en-
sino como mencionado supra, assim, professores e treinadores
que fragmentam ações técnicas das ações táticas ou mesmo
utilizam-se de treinos descaracterizados do esporte, terão uma
maior dificuldade de alcançar essas valências em seus alunos.
22
Apontaremos pontos importantes para o ensino-aprendiza-
gem de ambas as categorias dos esportes:
23
COMO ENSINÁ-LOS? (...)
Com relação aos possíveis caminhos para o ensino de modalidades esportivas poderíamos destacar que é importante
respeitar os conteúdos das fases do processo de aprendizagem (sem especialização precoce), diversificar a aprendizagem
dentro da modalidade a ser ensinada e introduzir no processo o estímulo das habilidades motoras básicas.
Outro ponto é que o professor de educação física poderia estimular a aprendizagem por meio de processos que envolvam
todos os sentidos, incrementar o processo de ensino através de inteligência criativa e pautar o ensino do esporte na solução
de problemas, ou seja, numa prática com significado funcional.
24
DICAS
25
04
O ENSINO
DOS ESPORTES
COLETIVOS
E INDIVIDUAIS
26
Entendemos que as modalidades esportivas que tem seu en- É importante que o processo de ensino do esporte seja marca-
sino estruturado a partir da repetição de gestos e ensino de do pela variedade de estímulos e experimentações por parte
habilidades técnicas de forma mecânica e repetitiva, geram daqueles que aprendem a jogar bem e sendo assim, os pro-
pouco interesse para crianças e adolescentes. fessores devem promover diferentes jogos para que crianças
e adolescentes entrem em contato com uma diversidade de
O modelo tradicional de ensino, ou seja, repetitivo, monótono movimentos e pluralidade de situações-problema. Dessa
e altamente previsível reduz as possibilidades educacionais e forma a prática docente deve contribuir de maneira significa-
a complexidade do contexto que a iniciação esportiva envolve. tiva para a aquisição da técnica, compreensão das ações
Aprender a jogar bem qualquer esporte/jogo envolve aspectos táticas, superação de variadas situações-problema e busca
relacionados à percepção, a resolução de problemas, a toma- por respostas inteligentes e criativas.
da de decisão e capacidade de fornecer respostas precisas às
informações do ambiente.
INTELIGÊNCIA CRIATIVA
SITUAÇOES-PROBLEMA
27
Para tanto, entendemos que o planejamento e o ensino dos di-
ferentes jogos e esportes para crianças e adolescentes devem
valorizar os seguintes eixos:
1) DIVERSIDADE DO MOVIMENTO
28
Os movimentos de equilíbrio permitem ao indivíduo a manu- praticantes encestem muitas vezes e em diferentes contextos
tenção da postura do corpo no espaço e estão relacionados das mais diferentes formas e sempre mantendo critérios fun-
com a força que a gravidade exerce sobre o corpo. O equilíbrio damentais como: imprevisibilidade, ser coerente com o espor-
auxilia na coordenação do movimento durante a ação, como te a ser ensinado e ter a lógica do jogo preservada.
ficar em pé, sentar, correr, equilibrar-se etc.
29
2) SITUAÇÃO PROBLEMA
30
Considerando o fator da imprevisibilidade, inerente ao es-
porte/jogo, a relação pedagógica existente entre o esporte
e as situações-problema é relevante, pois estas podem ser
definidas como momentos de instabilidade tática que exigem
tomadas de decisão individual ou coletivas, sendo favoráveis
à reflexão e à tomada de consciência.
31
3) INTEGRAÇÃO DA TÁTICA COM A TÉCNICA
32
Definimos técnica como “a interpretação, no tempo, espaço e Esse conceito é fundamental quando abordarmos à fundo a
situação, adequados na solução de um determinado proble- função de análise de uma ação, uma vez que, estratégia é
ma motor”. Tal definição perpassa a ideia de que a técnica só produto e meio de uma situação intencional.
adquire importância se vinculada a uma situação especifica
que exige tomada de decisão.
33
4) INTELIGENCIA CRIATIVA
A criatividade é uma capacidade humana que pressupõe A criança e adolescente criativo parecem ser perfeccionistas,
um processo em que a pessoa, em determinadas condições, uma vez que dá importância à boa execução (elaboração) e
elabora um produto que é, pelo menos em algum aspecto, busca saber mais do que seus colegas (quer ir além), possuin-
novo e valioso. do mais recursos técnicos e utilizando-os em seu benefício ao
adaptá-los quando necessário (flexibilidade), em detrimento de
A originalidade (respostas inovadoras), a flexibilidade (rique- auxiliar ou transmitir a técnica a seus colegas de equipe (baixa
za das respostas), a fluidez (quantidade de respostas) e a porcentagem atribuída à categoria comunicação).
elaboração (número de detalhes) referem-se ao produto que o
sujeito apresenta e nos esclarecem sobre atitudes e compor- Acreditamos que os professores possam valorizar e buscar
tamentos da pessoa criativa. formas de aprimorar o desenvolvimento da inteligência cria-
tiva por parte dos seus alunos. Ao evidenciar os aspectos po-
O indivíduo reconstrói e reelabora os significados que são sitivos do comportamento e ao valorizar a experimentação, os
transmitidos pelo grupo a que pertence. Ao agir coletivamen- professores estimulam a inteligência criativa e contribuem
te, o aluno/atleta está mais suscetível e condicionado a se- para que os alunos joguem cada vez melhor, com mais de-
guir técnicas e táticas impostas tanto pelo grupo (adaptação sempenho e capacidade de compreensão e leitura de jogo.
ao estilo de jogo dos colegas) quanto pelo professor (tática,
posicionamento), e sua capacidade de livre criação (originali-
dade) ou combinação de movimentos (síntese) fica restrita às
situações oportunas, dependentes de fatores externos a ele.
35
05 CONCLUSÃO
36
Quando dialogamos sobre o ensino de esportes, seja ele, co- mento integral de cada criança e adolescente, favorecendo
letivo, individual, de aventura, alternativo, entre outros, po- em qualquer esfera esportiva, o direito ao esporte de forma
demos pensar sempre nas questões relacionadas às ações segura e inclusiva.
globais ou fragmentadas. Um equívoco é acreditar que tra-
balhar somente com ações de forma isolada, favorece no
ensino do esporte, uma vez o à situação do esporte requer do
praticante uma leitura ampla de questões para superar a si
e seus adversários. Assim, todo professor deve ficar atento
para que estas ações que compõem o ensino mais globa-
lizado sejam compostas de estímulos e respostas de situ-
ações que podem acontecer nas práticas destes esportes.
37
06 ANEXOS
38
FICHA DE OBSERVAÇÃO DA AULA
Esportes: Individual ( ) Coletivo ( ) Modalidade:
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Tema Central/foco da aula:
A atividade principal se configura como:
( ) desafio ou situação problema ( ) situação de exercício
( ) ritmos
( ) estafetas ou circuitos ( ) situação de jogo
Como o professor ensina as crianças nas atividades?
( ) Diversidade de movimentos ( ) Situação-Problema
( ) Integrando técnica e tática ( ) Inteligência Criativa
Como o professor facilita a construção de autonomia por parte dos alunos? Ele possibilita:
( ) escolhas ( ) autogerenciamento
( ) responsabilidade
( ) construções ( ) auto-organização
Quais são as principais premissas de ensinar “Bem” esporte apresentam-se na aula?
( ) Respeitar as Individualidade ( ) Estimular diferentes canais de apredizagem (VAC)
( ) Diversificar para incluir ( ) Planejar o ensino e aprendizagem (3 I’s)
Outros:
39
FICHA DE OBSERVAÇÃO DA AULA
Esportes: Individual ( ) Coletivo ( ) Modalidade:
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Tema Central/foco da aula:
A atividade principal se configura como:
( ) desafio ou situação problema ( ) situação de exercício
( ) ritmos
( ) estafetas ou circuitos ( ) situação de jogo
Como o professor ensina as crianças nas atividades?
( ) Diversidade de movimentos ( ) Situação-Problema
( ) Integrando técnica e tática ( ) Inteligência Criativa
Como o professor facilita a construção de autonomia por parte dos alunos? Ele possibilita:
( ) escolhas ( ) autogerenciamento
( ) responsabilidade
( ) construções ( ) auto-organização
Quais são as principais premissas de ensinar “Bem” esporte apresentam-se na aula?
( ) Respeitar as Individualidade ( ) Estimular diferentes canais de apredizagem (VAC)
( ) Diversificar para incluir ( ) Planejar o ensino e aprendizagem (3 I’s)
Outros:
40
FICHA - PLANO E RELATÓRIO DE AULA
Professor Responsável: Faixa Etária:
Tema da aula:
ESTRATÉGIAS (Jogos e/ou
ESTRUTURA DA AULA CONTEÚDO PLANEJADO MATERIAL
Exercícios planejados)
Parte principal da aula Eixo 1 (diversidade do
(objetivos): movimento):
41
AVALIAÇÃO DA AULA
DIFERENÇAS DE CONTEÚDO ASPECTOS DESAFIOS
TURMA
DESAFIOS EFETIVADO POSITIVOS FUTUROS
Quanto aos alunos
(individual):
Grupos (relação do
grupo):
Objetivos da aula:
42
TAREFA - TREINAMENTO DE PROFESSORES
DESCRIÇÃO: Nesta tarefa, você professor deverá inicialmente utilizar-se de recursos tecnológicos para registrar sua ação com
as crianças e jovens. Assim, você deverá confeccionar um vídeo (editado) no qual aparece um (ou mais) dos eixos apresenta-
dos no treinamento (diversidade de movimento, situação-problema, integração entre técnica e tática e inteligência criativa).
Este vídeo deve ser confeccionado com qualquer turma, deve ter no máximo 120 segundos (02 minutos).
PERGUNTAS GERADORAS:
1. O que foi feito? – incluir qual o principal eixo trabalhado;
2. O que deu certo? – ressalte seu trabalho com os pontos positivos;
3. Quais os resultados alcançados? – micro ou macro;
4. O que se aprendeu com este trabalho? – relate o que você enquanto profissional aprendeu com isso.
43
07 REFERÊNCIAS
BIBIOGRÁFICAS
44
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 18/09/2018,
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Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.
45
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46
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https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/download/8643437/10941.
Acesso em: 28/08/2018.
47