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jusbrasil.com.br
7 de Maio de 2019

[Modelo] Contestação acidente de trânsito - culpa


concorrente

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO CRISTO REI DA COMARCA DE
VÁRZEA GRANDE/MT

Processo nº: xxxxxx

xxxxxxx, (qualificação completa) e xxxxxx (qualificação


completa), por intermédio de sua advogada e bastante
procuradora, (procuração anexa), com escritório profissional no
endereço descrito no rodapé da presente peça, onde recebe
notificações e intimações de praxe, vem mui respeitosamente à
presença de Vossa Excelência apresentar

CONTESTAÇÃO

à AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C


LUCROS CESSANTES, movida por xxxxxxxx, já qualificada nos
autos em epigrafe pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.

I – DA SINTESE DA DEMANDA

Trata-se de propositura de ação impulsionada pela Autora que se


envolveu em acidente de trânsito na data de 18/03/2016 enquanto
trafegava pela Avenida Alzira Santana, provocado pelo automóvel
dos Réus, que o condutor, Edmir, se responsabilizou por todos 61
os
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danos e se disponibilizou a dar total assistência.

Que quebrou a mão esquerda, possui plano de saúde, passou por


cirurgia e gastou R$ 147,96 com remédio e o conserto da moto
custou R$ 834,75.

Alega que ficou 60 dias afastada do seu estágio, não recebeu


auxilio transporte, teve sua rotina alterada e nenhuma assistência
por parte dos Réus, de forma que enseja dano material, dano
moral e lucros cessantes.

II – DA VERDADE DOS FATOS

O 2º Réu, Edmir, reconhece que trafegava pela rua e com a seta


ligada, na intenção de fazer a conversão à esquerda para adentrar
na Rua Paraná, colidiu com a moto da Autora.

Ao constatar a colisão, o 2º Requerido prestou assistência


imediatamente e se colocou à disposição para auxiliar no que
fosse necessário, conforme narrado na inicial.

Observa-se que o 2º Réu conversou com o namorado da Autora,


por aplicativo de mensagens (conforme imagens anexadas),
mencionando os orçamentos, bem como se a parte Autora possuía
convênio médico.

A Requerente procurou o mecânico, DE SUA CONFIANÇA, o Sr.


Gerson, que lhe apresentou o orçamento no valor de R$ 1.400,00
(hum mil e quatrocentos reais) e, por coincidência, o pai do 2º
réu, Sr. Edmir Ragazzi, procurou o mesmo mecânico que lhe fez o
orçamento no valor de R$ 680,00 com peças paralelas garantindo
que são novas, não afetariam o funcionamento da moto e que
daria 01 (um) ano de garantia.
Importante ponderar que os orçamentos apresentados pelo Sr.61
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Gerson, ambos, foram verbais, tanto é que nem a parte Autora

anexou junto aos autos o referido orçamento.

Por fim, a Reclamante não aceitou o orçamento feito pelos réus e


pagou o valor de R$ 834,75 (oitocentos e trinta e quatro reais e
setenta e cinco centavos), pois acionou o seguro.

Verifica-se que, embora o 2º réu não tenha provocado a colisão,


ainda assim se dispôs a ajudar nas custas do conserto da moto e
despesas medicas.

III – PRELIMINAR (ILEGITIMIDADE PASSIVA)

A Ré, Aline Castro da Silva, é proprietária do veículo envolvido no


acidente que originou a lide presente, entretanto, não era a
condutora do veículo naquela ocasião, conforme se depreende da
inicial, onde consta o nome do real condutor: Sr. EDMIR, o qual é
maior, capaz e devidamente habilitado para conduzir veículos
automotores, conforme Carteira de Habilitação anexa.

Como não participou do evento, a ré nada pode esclarecer sobre


os fatos, somente o que se pode vislumbrar na inicial e pelas
informações colhidas junto ao real condutor, mas efetivamente a
mecânica do acidente e uma suposta imputação de
responsabilidade civil à aquele deveria ter sido imputada, o qual
sem dúvida deveria figurar no polo passivo, e não a ré.

Não parece sensato reputar a proprietária sempre culpado in


eligendo ou in vigilando, quando seu carro dirigido por outra
pessoa, envolve-se culposamente em acidente, salvo quando
entrega o veículo à condução de pessoa visivelmente incapaz de
dirigir por estar bêbada ou com o braço quebrado, por exemplo.
Quem verifica que tem capacidade de dirigir dentro das normas
de trânsito é o DETRAN, havendo presunção de quem possui
carteira de motorista é apto à conduzir veículo.
Ademais, o artigo 932 do Código Civil correspondente, patente61
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regra de solidariedade imposta por lei, assim dispõe:

Art. 932: São também responsáveis pela reparação civil:

I- os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade


e em sua companhia;

II- o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se


acharem nas mesmas condições;

III- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e


prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em
razão dele;

IV- os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos


onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação,
pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

V- os que gratuitamente houverem participado nos produtos do


crime, até concorrente quantia.

Observe-se então, que só há de se cogitar responsabilidade


solidária do proprietário de um veículo e seu condutor quando o
último é filho deste; tutelado; curatelado; empregado; preposto ou
serviçal. Caso contrário, não se enquadra em nenhuma das
hipóteses autorizadoras da lei civil, sendo impossível a aplicação
automática de um entendimento vetusto e descuidado, que cria
responsabilidade solidária apenas pela propriedade da coisa à
míngua de previsão legal.

Acatar os pedidos da inicial em face da Ré, é adotar verdadeira


responsabilidade objetiva em relação a alguém que sequer
participou do suposto ato ilícito, subvertendo completamente a
sistemática do Código Civil que exige nexo de causalidade entre61
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vítima e transgressor, além da culpa deste último da produção do
alegado ilícito cometido.

Pelo exposto na preliminar arguida, requer a V. Exa a exclusão da


Sra. ALINE, da lide.

IV – DO MÉRITO

a) DANO MORAL

A Requerente afirma que o evento danoso gerou prejuízos morais,


pela dificuldade que teve, depois do acidente, em realizar
atividade rotineiras, o que lhes causa consequente abalo
psicológico, afirmando ser justa a indenização.

Porém, não são críveis tais prejuízos ante a dinâmica do evento. A


requerente não comprovou nenhuma circunstância que
ultrapassasse os meros aborrecimentos que devem ser tolerados
na vida em comunidade e que não são capazes de produzir dor à
alma e à personalidade do indivíduo.

Como sabido, o dano moral se caracteriza pela violação dos


direitos integrantes da personalidade do indivíduo, atingindo
valores internos e anímicos da pessoa, tais como a dor, a
intimidade, a vida privada, a honra, dentre outros.

Para restar configurado o dano moral mostra-se necessário um


acontecimento que fuja à normalidade das relações cotidianas e
interfira no comportamento psicológico da pessoa de forma
significativa. As contrariedades e os problemas da vida em
comunidade não podem redundar sempre em dano moral, sob
pena de banalização do instituto.

Nesse sentido, a doutrina de Sérgio Cavalieri Filho:


“(...) Nessa linha de princípio, só deve ser reputado como dano 61
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moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à
normalidade, interfira intensamente no comportamento
psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e
desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento,
mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita
do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da
normalidade do nosso diaadia, no trabalho, no trânsito, entre os
amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas
e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do
indivíduo. Se assim não se entender, acabaremos por banalizar o
dano moral, ensejando ações judiciais em busca de indenizações
pelos mais triviais aborrecimentos.(...)”

Frisa-se que nos momentos em que foi oferecido auxilio para


reparo tanto da moto quanto da saúde, da parte autora, ela se
recusou e surpreendentemente dias depois apareceu
apresentando, apenas, o orçamento do conserto da moto.

Diante do que, entendendo os Requeridos pela inexistência de


danos morais pelo simples aborrecimento e nenhum reflexo que
pudesse afetar os direitos de personalidade da Requerente, pugna
pela improcedência de tal pedido.

Porém, à título de argumentação, pelo princípio da


Eventualidade, entende que caso imposto o pagamento de tal
indenização, este não poderá ser causa de enriquecimento a
Requerente em detrimento ao prejuízo dos Requeridos, sugerindo
para fixação, valor não superior à ½ (meio) salário mínimo, visto
que a 1ª Requerida é do lar, não auferindo renda mensal e o 2º
Requerido, percebe o salário de R$ 1.600,00 (hum mil e seiscentos
reais), conforme contrato acostado aos autos.

Ademais, insta esclarecer que 02 (dois) dos 03 (três) bens, que


estão em nome do 2º Réu, como mencionado na exordial, já foram
vendidos, restando apenas um veículo que é de uso do pai do 2º
Requerido.
b) DA CULPA CONCORRENTE 61
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Alega a Requerente que conduzia sua moto pela Avenida Alzira
Santana às 19:00 horas quando o veículo do Requerido atravessou
a frente, invadindo a faixa em que se encontrava a parte autora.

Ora Excelência, tal afirmação não merece guarida, pois se


houvesse invasão da pista, a batida seria frontal, contudo a batida
foi na lateral do carro, conforme demonstra foto anexada aos
autos pela parte Autora.

Vale ressaltar que a Avenida Alzira Santana às 19:00 horas, onde


ocorreu o acidente, possui fluxo intenso de maneira que o
Requerido estava parado, com seta ligada, esperando para fazer a
conversão à esquerda.

Quando percebeu que era possível, avançou para realizar a


conversão, sendo que quando metade do carro já estava na rua, a
Requerente não conseguiu frear acarretando assim a colisão.

Outrossim, nota-se que não havia, no momento da colisão,


nenhum documento capaz de comprovar a culpa, apenas, do
Requerido, não sendo possível a parte Autora alegar imprudência
e negligência desse.

Considerando o impacto sofrido pela parte Autora, na mão


esquerda, leva-nos a pensar que a mesma não conduzia sua moto
com prudência, ou até mesmo pode ter faltado maior reflexo
diante da colisão, visto que o 2º Requerido estava, ainda,
acelerando seu veículo.

Verifica-se Excelência, que o Requerido jamais teve intenção de


machucar a Reclamante, e percebe-se de forma clara, pois apesar
de saber da culpa concorrente, o Requerido não se preocupou
com isso no momento da colisão, mas sim com o estado de saúde
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da parte Autora, tanto é que foi o próprio quem chamou o SAMU e

lhe deu assistência em tudo que pode e que ela aceitou.

A melhor doutrina e a jurisprudência pátrias ensinam que, em


casos de culpa concorrente, os prejuízos devem ser rateados pelas
partes envolvidas na proporção de sua culpabilidade.

Nesse sentido, vale transcrever as lições de Cunha Gonçalves e


Aguiar Dias, citadas pelo ilustre Des. Sergio Cavalieri, ob. Cit. Págs.
46/47:

“Havendo culpa concorrente a doutrina e a jurisprudência


recomendam dividir a indenização, não necessariamente pela
metade, como querem alguns, mas proporcionalmente ao grau de
culpabilidade de cada um dos envolvidos. Esta é a lição de Cunha
Gonçalves, citada por Silvio Rodrigues: “A melhor doutrina é a
que propõe a partilha dos prejuízos: em partes iguais, se forem
iguais as culpas ou não for possível provar o grau de
culpabilidade de cada um dos co-autores; em partes
proporcionais aos graus de culpas, quando estas forem desiguais.
Note-se que a gravidade da culpa deve ser apreciada
objetivamente, isto é, segundo o grau de causalidade do acto de
cada um. Tem-se objetado contra esta solução que ‘de cada culpa
podem resultar efeitos mui diversos, razão por que não se deve
atender à diversa gravidade das culpas’; mas é evidente que a
reparação não pode ser dividida com justiça sem se ponderar essa
diversidade.”(ob. Cit., p. 182) O mestre Aguiar Dias endossa esse
entendimento ao declarar, expressamente: “Quanto aos demais
domínios da responsabilidade civil, a culpa da vítima, quando
concorre para a produção do dano, influi na indenização,
contribuindo para a repartição proporcional dos prejuízos “(Da
Responsabilidade Civil, 5a ed., v. II/314, n. 221).

Pois bem, se não for esse o entendimento de V. Exa., é cediço que


o valor da indenização por danos materiais deve guardar
correlação exata com a extensão dos danos causados,
recompondo o patrimônio do lesado para que volte ao estado 61
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anterior ao evento danoso. A condenação em indenização
superior ao efetivo prejuízo equivale a enriquecimento sem
causa.

Se os danos morais devem ser arbitrados segundo critérios de


forma prudente pelo julgador, valendo-se de critérios de
razoabilidade, a indenização por danos materiais tem verdadeiro
intuito de ressarcir, fazendo a esfera patrimonial voltar ao status
quo ante.

Justifica-se, portanto, que o ressarcimento obedeça a critérios


concretos e objetivos, exigindo prova efetiva da diminuição
patrimonial e de sua extensão, para que a indenização lhe seja
equivalente, sendo ônus do autor comprovar esse prejuízo.

A jurisprudência nas Cortes nacionais mostra-se pacífica quanto


ao tema em questão, vejamos:

"Para viabilizar a procedência da ação de ressarcimento de


prejuízos, a prova da existência do dano efetivamente
configurado é pressuposto essencial e indispensável. Ainda
mesmo que se comprove a violação de um dever jurídico, e que
tenha existido culpa ou dolo por parte do infrator, nenhuma
indenização será devida, desde que, não tenha decorrido prejuízo.
A satisfação pela via judicial, de prejuízo inexistente, implicaria,
em relação à parte adversa, em enriquecimento sem causa. O
pressuposto da reparação civil está, não só na configuração de
conduta contra jus, mas também, na prova efetiva do ônus, já que
se repõe dano hipotético." (STJ - 1º T. - Resp - Rel. Demócrito
Reinaldo - j. 23.05.94 - RSTJ 63/251).

Dessa forma, os Requeridos pugnam pela improcedência do


pedido de dano material no valor de R$ 982,71 (novecentos e
oitenta e dois reais e setenta e um centavos).
c) DOS LUCROS CESSANTES 61
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Relata a Autora que devido a lesão em sua mão esquerda ficou
incapacitada para o trabalho habitual e freelance, pois não está
recebendo o auxílio transporte, visto que está afastada do seu
trabalho habitual, e necessita das duas mãos para trabalhar como
freelancer.

Contudo, insta salientar que o auxílio transporte pago a


estagiários é justamente para o transporte casa – estágio; estágio –
casa, logo, se a Autora está afastada por atestado médico, não há
motivo para perceber o auxílio transporte.

Verifica-se em cláusula do contrato, acostado aos autos pela


própria Autora:

Condições do Estágio:

c) Bolsa - auxílio inicial mensal de: R$ 847, 50 (OITOCENTOS E


QUARENTA E SETE REAIS E CINQUENTA CENTAVOS) e R$ 125,40
AUXILIO TRANSPORTE MENSAL (CENTO E VINTE E CINCO REAIS
E QUARENTA CENTAVOS) MENSAL

d) Pagamento administrado pelo CIEE, cujo valor poderá variar


de acordo com sua frequência ao estágio e sujeito a Retenção
do Imposto de Renda, conforme tabela de incidência em vigor
fixada pelo Ministério da Fazenda. (grifo nosso).

Dessa forma, Excelência, o auxílio transporte não é verba devida


à Requerente, pois varia conforme sua frequência, e como a parte
autora estava de licença médica, sem frequentar o estágio, não há
motivos para receber o auxílio transporte.

Quanto a atividade freelance, verifica-se que a Autora apresentou


apenas declarações de colegas, sem nenhuma comprovação cabal
da sua atividade EXTRA.
Aliás, a parte Autora sequer comprovou, nos autos, que algum 61
dia
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trabalhou como freelancer e tão pouco demonstrou que nas datas
descritas, ela trabalharia nos eventos, portanto, os lucros
cessantes não podem ser presumidos, conforme nos traz a
jurisprudência:

Apelação. Ação indenizatória. Acidente de trânsito. Denegado


pleito indenizatório por lucros cessantes. Ausência de prova
objetiva e cabal de sua ocorrência. Sentença mantida (art. 252 do
RITJSP). Singelos os documentos apresentados. Lucros cessantes
não podem ser presumidos. Apelo desprovido.

(TJ-SP - APL: 00224449520078260482 SP 0022444-


95.2007.8.26.0482, Relator: J. Paulo Camargo Magano, Data de
Julgamento: 25/02/2015, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 27/02/2015)

APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - MATERIAIS


- LUCROS CESSANTES - VENDA PRECIPITADA DE BEM - AÇÃO DE
BUSCA E APREENSÃO EXTINTA - DEVER DE INDENIZAR
CARACTERIZADO. - Quanto ao dever de indenizar, é necessário
que existam três elementos essenciais: a ofensa a uma norma
preexistente ou um erro de conduta; um dano; e o nexo de
causalidade entre uma e outra. - A venda de bem objeto de ação
de Busca e Apreensão antes do trânsito em julgado da sentença é
considerada precipitada e ilegal, caracterizando o ato ilícito. -
Aquele que se vê privado de seu instrumento de trabalho
utilizado como meio de sobrevivência própria e sustento de
família é assaz, por si só, a ensejar dano de ordem moral a
qualquer ser humano. - O dano material é aquele que atinge o
patrimônio da parte, capaz de ser mensurado financeiramente e
indenizado. Portanto, é devido ao autor tão-somente aquilo que
comprova que efetivamente pagou. - Os lucros cessantes não
podem ser presumidos ou imaginários. Ao contrário, dependem
da prova cabal da existência do dano efetivo. Tal prova não se faz
por meio de depoimentos testemunhais. A prova hábil a apurar61
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valores percebidos é documental ou pericial, o que não há nos

autos.

(TJ-MG - AC: 10145120335289001 MG, Relator: Alexandre Santiago,


Data de Julgamento: 21/05/2014, Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 26/05/2014)

Como é sabido, o freelancer é um profissional autônomo que


realiza trabalhos avulsos, esporádicos, para uma ou várias
pessoas concomitantemente, sem vinculação direta ao
contratante, haja vista que é para se obter uma renda extra e não
uma renda mensal fixa, obrigatória, de forma que a Requerente
deve assumir o risco de sua atividade extraordinária.

Destaca-se que diante da ausência de subordinação, pessoalidade,


não há vínculo empregatício e logo, não há obrigatoriedade,
conforme jurisprudência:

Negado provimento ao recurso do autor. Serviço autônomo.


Contrato lícito. A prestação de serviço em caráter autônomo
não gera vínculo de emprego, desde que comprovada a
ausência de subordinação, pessoalidade e disponibilidade
inerentes a tal vinculação.

(TRT-1 - RO: 00010385620105010030 RJ, Relator: Jose Luiz da


Gama Lima Valentino, Data de Julgamento: 19/11/2013, Nona
Turma, Data de Publicação: 28/11/2013)

Portanto, como não há vínculo empregatício, não há


obrigatoriedade da Requerente ser chamada para laborar em
todos os eventos exercendo a atividade freelancer, por isso não há
que se falar em reparação quanto a lucros cessantes.
Assim sendo, não deverão os réus serem condenados ao 61
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pagamento de indenização por lucros cessantes, vez que a
Reclamante não frequentou o estágio e não comprovou
cabalmente a atividade de freelancer.

V – DOS PEDIDOS

Diante do expor, requer:

a) Preliminarmente a exclusão da Sra. Aline da lide, 1ª


Reclamada, visto ser parte ilegítima;

b) Seja, no mérito, julgados improcedentes os pedidos formulados


pela Requerente na petição inicial;

c) Caso Vossa Excelência não acate o pedido acima, pelo Princípio


da Eventualidade vem requerer a condenação dos danos
materiais e morais com valores consentâneos explanados na
contestação levando em consideração a condição econômica dos
réus, bem como a culpa concorrente da Autora;

d) Requer a produção de todas as provas admitidas em direito,


ainda que não requeridas previamente, em especial documental,
testemunhal e depoimento pessoal da Requerente, sob pena de
confissão.

Várzea Grande, 11 de Julho de 2016.

Advogado

OAB nº

.
Disponível em: http:https://thamaraguerra.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/420474483/modelo-
61
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