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MINAS GERAIS
Módulo Específico
Apostila 6 – Gestão e Planejamento Educacional
Coordenação Pedagógica – IPEMIG
Em parceria com a FACEL
SUMÁRIO
SETOR EDUCACIONAL................................................................................. 25
AVALIAÇÃO .................................................................................................... 44
- Os diversos contextos e características culturais, pois estes são os que dão sentido
e conteúdo específico às ações.
Isto posto, espera-se que a gestão escolar seja capaz de atuar de forma a
capacitar, aperfeiçoar e conceder ferramentas ao professor para atuar no contexto
da realidade do mundo moderno, bem como das atuais necessidades de nossa
geração. É necessário, portanto, que os educadores exerçam o múnus docente
conforme o planejamento, a missão e a visão da escola como estabelecidos no
Projeto Político Pedagógico (BENTHO, s/d, s/p)
Conforme Santos (2000, apud Bentho, s/d, s/p), muitos elementos contribuem
para a desmotivação do professor em relação à elaboração do planejamento
educacional. Destaca-se, sobretudo, a exaustiva cobrança a que os professores são
submetidos pelos coordenadores, orientadores e supervisores, a fim de que
entreguem os planos em prazos curtíssimos. Além desse elemento, destacam-se,
segundo o autor:
Continuando sua explanação Bentho (s/d, s/p) afirma que uma gestão
eficiente procurará dar significado ao planejamento. Para que isto seja possível é
necessário que:
Segundo Santos (2000), “o plano de ação pode ser fruto da tensão entre a
realidade e a finalidade ou o desejo da equipe”. Para o autor “o planejamento só tem
sentido se o sujeito coloca-se numa perspectiva de mudança”. E, justamente aqui
encontra-se os maiores desafios do planejamento.
Uma vez que não é o planejamento que muda a escola, mas as pessoas – os
sujeitos que refletem a respeito de sua práxis e formação – o planejamento
torna-se um hercúleo desafio, pois são as pessoas que devem mudar. E todo
processo de mudança implica em desafios.
De acordo com Gonçalves, Do Carmo (2001, p 20), Paro (1996), afirma que a
administração geral pode ser vista, tanto na teoria quanto na prática, dois campos se
interpenetram, a racionalização do trabalho e a coordenação, levando em conta
respectivamente, os elementos materiais e conceptuais, de um lado, e o esforço
humano coletivo de outro.
1
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na
estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência.
Frederick Winslow Taylor é considerado o “Pai da Administração Científica” por propor a utilização de
métodos científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia
operacional na administração industrial.
2
A Teoria das Relações Humanas surgiu nos estados unidos como consequência imediata das
conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus
colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da
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a abordagem sistêmica que permite uma análise dos sistemas sociais considerando
o relacionamento com o ambiente. Mas adiante Kurt Lewin estabelece uma ligação
entre a teoria social e a ação social através das ciências do comportamento,
contribuindo relativamente para os estudos da administração.
Explicando mais Gonçalves, Do Carmo (2001, p. 22) dizem que como parte
da administração pública a administração escolar é o estudo da organização e do
funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar, de acordo com uma
finalidade de satisfazer as exigências da política da educação e aos requisitos da
moderna pedagogia. É uma administração especializada, referindo-se também a
empreendimentos particulares visto que várias instituições mantêm
estabelecimentos de diferente grau de ensino, porém com os mesmos princípios
administrativos. A Administração Escolar pressupõe uma filosofia e uma política que
a norteiam, seguindo a prioridade estabelecida para a educação resultante de uma
reflexão profunda, sistemática e contextual dos problemas educacionais da
realidade. Paro (apud Silva Júnior, 1994) assim se expressa quanto a Administração
Escolar: Se a ótica de quem estabelece a política educacional prioriza o
Administração. Principais vultos: Elton Mayo (1880/1947), Kurt Lewin (1890/1947), John Dewey,
Morris Viteles e George C. Homans.
Diante destas categorias podemos afirmar o quão é preciso pensar que existe
uma administração escolar instalada, e que essa é conduzida por profissionais
autorizados a um exercício legal com o mínimo de processo decisório. Sobre o que e
a partir de que o administrador decide e o que deverá ser encetado.
- Na Escola: De acordo com Sousa (2008, s/p) a gestão educacional passa pela
democratização da escola sob dois aspectos:
que é público e o que é privado. Como construir neste contexto uma participação
democrática na gestão e na construção da proposta pedagógica da escola? Os
governos neoliberais entendem que propostas de participação da comunidade na
administração das escolas devam ser através de programas como: Amigos da
Escola? Dia da Família na Escola? Escolas de Paz? Associações de Apoio à
Escola? E/ou Organizações não governamentais? Os educadores e pesquisadores
entendem que não é suficiente permanecer na denúncia. Isto a mídia o faz muito
bem. (SOUSA, 2008, s/p)
Ainda de acordo com Sousa (2008, s/p) é fundamental lutar para manter as
conquistas democráticas constitucionais. É preciso ir além e se comprometer com
uma construção democrática cotidiana em diferentes setores da sociedade e do
Estado. As práticas do cotidiano escolar constituem um horizonte para o surgimento,
crescimento e consolidação de um projeto democrático alternativo. A investigação
das práticas docentes, administrativas e culturais é este horizonte que aponta uma
direção. Afinal, a quem servem estas práticas? Que projeto de sociedade e de
Estado está embutido no diálogo dos educadores e educandos? Que significado
possui a interlocução entre saberes acadêmicos e saberes de experiência feitos?
Conforme ensinara Paulo Freire?
Assim diz Nazareth (2009, s/p), percebe-se como a gestão está relacionada
com a tomada de decisões. Já a gestão técnica cientifica segundo Paro (2001) e
Libâneo (2005) afirmam que nesse modelo, existem os técnico-formuladores das
políticas que detinham o conhecimento e que, portanto, traçavam os caminhos, as
metas e as estratégias que a escola deveria seguir para assegurar a boa condução
Segundo Tachizawa (2006, apud Nazareth, 2009, s/p), a qualidade deve ser
entendida como um processo de gestão em estreita interação com a gestão
estratégica da IES. A instituição moldada na gestão técnico-científica (também
chamado como científico-racional) prevalece à estrutura organizacional, visando
atingir seus objetivos. Suas características baseiam-se na realidade como um todo
estruturado e advogam a neutralidade da relação ente sujeito e objeto do
conhecimento (Libâneo, 2005), contrariando a proposta democrática. Neste caso, é
preciso aprimorar sempre seus produtos, serviços e processos, e também adaptar
sua estrutura organizacional à realidade de constantes incertezas, que podem
representar ameaças ou oportunidades da instituição.
Cabe ao IES ser uma instância crítica, com espaço para que todos possam
ter participação garantida. Contribuir para a inclusão social, comprometendo-se
explicitamente a favor da ecologia, de uma sociedade menos desigual, contra a
violência, o racismo e a exploração. (NAZARETH, 2009, s/p)
- Instituições de Ensino Superior Privadas: De acordo com Kobs, Reis (2008, p.8)
para que uma universidade privada se torne competitiva no mercado de efetivo
crescimento e de maior oferta que a demanda, deve procurar aperfeiçoar
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De acordo com Tachizawa (2004, apud Kobs, reis, 2008, p. 10), o setor
educacional é composto pelas IES e quando analisados apenas os
estabelecimentos de ensino de nível superior de caráter privado, caracteriza-se por:
Ainda Kobs, Reis (2008, p. 11) dizem que a gestão, segundo Nóbrega (2004
apud BRAGA; MONTEIRO, 2005, p. 150), é um processo pragmático, no qual o que
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interessa é o resultado e não o esforço. A ciência da gestão tem tudo a ver com o
aprendizado, ou seja, é uma ciência de aprender as circunstâncias e agir de acordo
com elas. Ainda para este autor, gestão é a busca de critérios para a tomada de
decisão com base em evidência empírica e no seu valor preditivo. Em gestão, a
evidência empírica vem do nosso aprendizado com a observação dos
acontecimentos e seus resultados.
Para Kobs, Reis (2008, p. 10) como propõe o Decreto n. 2026, qualquer que
seja a alternativa organizacional adotada, deve-se observar os seguintes aspectos:
Para Teixeira (2005, s/p) a educação é hoje em dia concebida como fator de
mudança, renovação e progresso. Por tais circunstâncias o planejamento se impõe,
neste setor, como recurso de organização. É o fundamento de toda ação
educacional. Como toda inovação ou mudança vai encontrar resistências. O
planejamento é a forma de gerenciar essas mudanças para que sua implantação se
realize com o mínimo de resistências.
Continuando Teixeira (2005, s/p) diz que podemos, portanto, considerar que o
planejamento educacional constitui a abordagem racional e científica dos problemas
da educação, envolvendo o aprimoramento gradual de conceitos e meios de análise,
visando estudar a eficiência e a produtividade do sistema educacional, em seus
múltiplos aspectos. (...) Na esfera educacional o processo de planejamento ocorre
em diversos níveis, segundo a magnitude da ação que se tem em vista realizar. O
planejamento educacional é o mais amplo, geral e abrangente. Prevê a estruturação
e o funcionamento da totalidade do sistema educacional. Determina as diretrizes da
política nacional de educação. A seguir, temos o planejamento curricular, que está
intimamente relacionado às prioridades assentadas no planejamento educacional.
sua função é traduzir, em termos mais próximos e concretos, as linhas-mestras de
ação delineadas no planejamento imediatamente superior, através de seus objetivos
e metas. Constitui o esquema normativo que serve de base para definir e
particularizar a linha de ação proposta pela escola. Permite a inter-relação entre a
escola e a comunidade. Logo após, temos o planejamento de ensino, que parte
- Planejamento é:
- Plano é:
pela escola, professores, alunos ou pela comunidade”. Situa-se no nível bem mais
específico e concreto em relação aos outros planos, pois define e operacionaliza
toda a ação escolar existente no plano curricular da escola. (SANT'ANNA, 1993, p.
49, apud BAFFI, 2002, s/p).
- Projeto é:
- Programa é:
das ações concretas a realizar, a das orientações para toda a ação (atitudes,
comportamentos), a das determinações gerais e a das atividades permanentes”.
(GANDIN, 1993, p. 36 e 1995, p. 104, apud BAFFI, 2002, s/p).
Continuando sua explanação Baffi (2002, s/p) diz que a partir desses breves
comentários, pode-se compreender a importância do tão divulgado “momento de
sensibilização” na implementação de planos, programas e projetos. Sensibilidade é
“qualidade de ser sensível, faculdade de sentir, propriedade do organismo vivo de
perceber as modificações do meio externo e interno e de reagir a elas de maneira
adequada” (FERREIRA, s/d). Sensibilizar, portanto, é provocar e tornar a pessoa
sensível; fazer com que ela participe de alguma coisa de forma inteira. Por outro
lado, lembra Pichon-Rivière (1991, p. 53) que “um grupo obtém uma adaptação ativa
à realidade quando adquire insight, quando se torna consciente de certos aspectos
de sua estrutura dinâmica. Em um grupo operativo, cada sujeito conhece e
desempenha seu papel específico, de acordo com as leis da complementaridade”.
De acordo com Araujo, Casimiro (s/d, s/p) Silva (1996), aponta que a
extensão universitária atua na realidade como: uma forma de interação que deve
existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de
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ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Sites visitados:
AVALIAÇÃO
a) Ao planejamento
b) Ao professor.
c) Ao aluno.
d) Ao plano de aula.
b) Instituições que oscilam entre ter fins lucrativos e não ter fins lucrativos.
b) Do planejamento educacional.
(1)Administração geral:
(2)Administração acadêmica
(3)Integração social.
a)1-2-3-4
b)2-3-4-1
c)4-3-2-1
d)3-1-2-4
GABARITO
Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:_______________________________________________
Data do envio:____/____/_______.
Ass. do aluno: ______________________________________________
GESTÃO E PLANEJAMENTO
EDUCACIONAL
1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___