Penhane BOLETIM OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA AS COMUNIDADES
Director Executivo: Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês
Comunidade local na fiscalização florestal deve ser incentivada
Para além do sistema de informação do sector de florestas,
uma vez que se mostra muito fraco, sendo que os dados e a
informação estatística disponíveis, estão cheios de incon-
gruências e imprecisões, a fiscalização limita-se apenas ao
controle do transporte de produtos florestais, na via públi-
ca, e aplicação de multas aos operadores e público em geral
que for encontrado sem a devida licença e guia de trânsito.
Entende-se como relevante assumir-se que o actual sistema
não está preparado para a prevenção e a detecção de activi-
dades ilegais, antes que estas ocorram. Foi por isso que a
AAAJC com a WWF pensou em juntar membros das comu-
nidades e outros intervenientes dado que a informação é
limitada e não está ainda regulamentada nem institucionali-
zada. Embora haja vários elementos como a colaboração da
Polícia na fiscalização que se verifica apenas nos postos de
controlo de tráfego, nas entradas e saídas das cidades e nos
limites inter-provinciais onde, por conveniência de serviço e
segurança, estabeleceu-se postos fixos de fiscalização, a
informação ai captada não está ao alcance de todos, nem
dos Comités de Gestão de Recursos Naturais Locais. Outra
forma de colaboração verifica-se quando a polícia é convi-
dada a integrar brigadas de fiscalização móveis e, quando
as brigadas móveis se deslocam em missões de fiscalização
Resultados provinciais e estimativas por espécies
No entanto, uma vez que as estimativas te-
nham sido dadas, também, por província, no
Inventário Florestal Nacional, observou-se
que tal estava mais focado às estimativas ao
nível dos tipos florestais. Assim, assume-se
que as estimativas por província foram relati-
vamente menos precisas e não foram dadas
por tipo florestal, dai que neste exercício, re-
comenda-se que se façam inventários flores-
tais provinciais detalhados, periodicamente,
de tal modo que as estimativas provinciais
sejam as mais precisas possíveis e que estas
sejam dadas por cada tipo florestal. Associa-
do a um declínio acentuado das espécies Tule
(Milicia excelsa), Umbáua (Khaya nyasica),
Pau-ferro (Swartzia madagascariensis), Um-
bila (Pterocarpus angolensis), Jambirre
Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil Moçambicana, não-governamental, sem fins lucrativos, de âmbito
nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legalmente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19 de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
nas frentes de exploração e caça. O envolvimento da SC na
sua força máxima no controle desta acção e com envolvimen-
to de agentes das Alfândegas de Moçambique não existe ain-
da. Ao nível local, a participação dos órgãos locais na fiscali-
zação também é limitada, não estando bem definida e care-
cendo também de institucionalização. As autoridades tradici-
onais vêm controlando o uso dos recursos florestais e faunís-
ticos em zonas de sua influência, através de tabus e práticas
costumeiras que, em geral, variam de lugar para lugar, sendo
pouco conhecidas e, não sendo sistematizadas uma vez que
são de alcance limitado. Há o envolvimento das comunida-
des locais na fiscalização que é uma experiência nova e que
ainda carece de consolidação. Experiências de áreas pilotos
de maneio comunitário de recursos florestais e faunísticos no
país, indicam melhorias substanciais na conservação dos
recursos naturais, especialmente maior controle da explora-
ção florestais por empresas e operadores não residentes na
zona. Os mecanismos de engajamento e incentivos às comu-
nidades locais não foram ainda claramente definidos, disse-
minados e aplicados, o que limita a colaboração e participa-
ção efectiva das comunidades na fiscalização. E a comunida-
de não vê problema em apoiar a exploração ilegal dos seus
recursos com incentivos por parte dos operadores florestais.
(Millettia stuhlmannii) e Mondzo (Combretum im-
berbe) já deveria ser pensado pelas autoridades um
defeso especial do Pau-ferro que se estenda por
mais 10 ou 15 anos, e que durante este período se
monitore o efeito do defeso especial na espécie e
que seja considerado a submissão das restantes es-
pécies acima a um defeso especial ou a uma requa-
lificação para espécies preciosas.
Parceiros:
 Penhane OFICIAL REPORT CARD OF THE ASSOCIATION FOR SUPPORT AND LEGAL ASSISTANCE TO COMUNITIES

Director Executivo Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês
Edition nº89

Local community in forest monitoring should be encouraged

In addition to the information system of the forest sector, in the control of this action and with the involvement of
since it is very weak, and the data and statistical information agents of the Customs of Mozambique does not exist yet. At
the local level, that is, at district and local level, the participa-
available, are full of inconsistencies and inaccuracies, super-
vision is limited to the control of transport of forest products, tion of local bodies in monitoring is also limited, not well
on the public highway, and the application of fines to opera- defined and also lacking in institutionalization. Traditional
tors and the general public that is found without the proper authorities have been controlling the use of forest and wild-
license and transit guide. It is understood as relevant to as- life resources in areas of their influence, through taboos and
customary practices, which generally vary from place to
sume that the current system is not prepared for the preven-
tion and detection of illegal activities before they occur. This place and are little known and are not systematized since
is why AAAJC in this valuable partnership with the WWF they are limited in scope. There is also the involvement of
thought in bring together various community members and local communities in monitoring which is a new experience
other stakeholders as the information on this chapter is lim- and still needs consolidation. In addition, experiences of
community-based pilot areas of forest and wildlife resources
ited and is not yet regulated or institutionalized. Although
there are several elements such as the collaboration of the in the country indicate substantial improvements in the con-
Police in the supervision that is verified only in traffic control servation of natural resources, especially greater control of
posts, in the entrances and exits of the cities and in the inter- forest exploitation by companies and operators not resident
provincial limits where, for convenience of service and secu- in the area. However, in Tete the problem is huge, as the
general of the meeting participants found. As mentioned,
rity, fixed inspection posts have been established, the infor-
mation collected is not available to all, nor the Local Natural mechanisms of engagement and incentives to local commu-
Resources Management Committees. The other form of col- nities have not yet been clearly defined, disseminated and
laboration is when police are invited to join mobile surveil- applied, which limits effective collaboration and participa-
lance brigades and when mobile brigades are moving on tion of communities in monitoring. And the community sees
no problem in supporting the illegal exploitation of their
surveillance missions on the fronts of exploration and hunt-
ing. The involvement of Civil Society in its maximum force resources with incentives from forest operators.

Provincial results and species estimates

However, since the estimates were also given by
province in the National Forest Inventory, it was special end of the Pau Ferro that extends for
observed that this was more focused on forest another 10 or 15 years and during this period
type estimates. Thus, it is assumed that the esti- the effect of the special closure on the species is
mates by province were relatively less precise and monitored and that the submission of the re-
were not given by forest type, so in this exercise, maining species above is considered to be a
it is recommended that detailed provincial forest special closure or a requalification for precious
inventories be made periodically in such a way species.
that provincial estimates are the most possible
and that these are given by each forest type. Asso-
ciated with a marked decline of the species Tule
(Milicia excelsa), Umbáua (Khaya nyasica), Iron Partners:
wood (Swartzia madagascariensis), Umbila
(Pterocarpus angolensis), Jambirre (Millettia
stuhlmannii) and Mondzo (Combretum imberbe) a

Who Are We? The Association for Support and Legal Assistance to Communities (AAAJC) is an mozambican Civil Society Organization (CSO) based in Tete province, non-governmental and non proffit, created in 2008 by
a group of Paralegals in natural resources and development law, formed by the Center for Legal and Judicial Training (CFJJ), now Ministry of Justice, who decided to organize themselves based on their knowledge to promote
social and economic development and respect for human rights based on observance of the principles of social justice, equity and sustainability. Its scope of action was limited to the areas of economic development and poverty
reduction in a participatory manner, legal support to communities and citizens, environmental education, conflict resolution, advocacy of public policies and human rights. In 2010, following the implementation of some initiatives
and completing the process of its constitution, the organization was formally legalized with statutes published in the Bulletin of the Republic no. 2, III series, 4th supplement of January 19, 2010.