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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD

Instalações Elétricas Prediais – Prof. Esp. Paulo Barbosa de Mattos Jr.

Meu nome é Paulo Barbosa de Mattos Junior. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Telecomunica-
ções pelo Inatel, e possuo MBA em Gestão da Manutenção e Produção pelo IAT/Fatep. Tenho vivência
acadêmica em cursos técnicos e de Graduação em Engenharia Elétrica, Mecatrônica, Mecânica e
Produção. Construí sólida trajetória profissional na área Industrial e Eletroeletrônica, em empresas
multinacionais e nacionais de grande porte do segmento alimentício, eletroeletrônico e de equipa-
mentos industriais. Possuo, também, ampla experiência em gestão da manutenção, formação de
pessoas e certificações ISO 9001 e ISO 14001. Coordenei o Pilar de Manutenção Planejada ao Prêmio
Categoria A em TPM pelo JIPM – Japan Institute of Plant Maintenance, em 2008. Tenho experiência
na elaboração de planejamento estratégico com foco em resultados, garantindo o cumprimento do
budget e dos indicadores de desempenho da manutenção. Será um grande prazer compartilhar in-
formações e participar da sua formação.
E-mail: paulojunior@claretiano.edu.br
Paulo Barbosa de Mattos Junior

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

Batatais

Claretiano

2017
© Ação Educacional Claretiana, 2017 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Claretiano – Centro Universitário

Cursos: Graduação
Disciplina: Instalações Elétricas Prediais
Versão: ago./2017
(Original do Autor)

Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva


Vice-Reitor: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida

Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Evandro Luís Ribeiro


Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional

Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Eduardo Henrique Marinheiro
Camila Maria Nardi Matos Filipi Andrade de Deus Silveira
Carolina de Andrade Baviera Rafael Antonio Morotti
Cátia Aparecida Ribeiro Rodrigo Ferreira Daverni
Dandara Louise Vieira Matavelli Vanessa Vergani Machado
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Projeto gráfico, diagramação e capa
Josiane Marchiori Martins
Bruno do Carmo Bulgarelli
Lidiane Maria Magalini
Joice Cristina Micai
Luciana A. Mani Adami
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Antônio Guimarães Toloi
Patrícia Alves Veronez Montera
Raphael Fantacini de Oliveira
Raquel Baptista Meneses Frata
Tamires Botta Murakami
Simone Rodrigues de Oliveira
Videoaula
André Luís Menari Pereira
Bruna Giovanaz
Marilene Baviera
Renan de Omote Cardoso

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia,
gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana.

Claretiano - Centro Universitário


Rua Dom Bosco, 466 – Bairro: Castelo
Batatais/SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ..................................................................................................................................... 9
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ...................................................................................................................... 13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 14
5. E-REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 14

UNIDADE 1 - SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA


1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 16
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................................................................... 16
2. 1. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) ........................................................................ 16
2. 2. NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ................................................................................................................. 21
2. 3. GRAUS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................................. 25
2. 4. SIMBOLOGIA ................................................................................................................................................ 27
2. 5. ELABORAÇÃO DO PROJETO .......................................................................................................................... 32
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................................................................... 42
3. 1. GRAU DE PROTEÇÃO IP ................................................................................................................................ 42
3. 2. NBR 5410 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004) ............................................................................................................................................ 42
3. 3. NBR 5460 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 1992) ............................................................................................................................................ 42
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................................................................. 42
5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................... 45
6. E-REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 46
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 46

UNIDADE 2 - DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES


1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 48
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................................................................... 48
2. 1. CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES............................................................... 48
2. 2. SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO .................................................................................................................. 49
2. 3. SEÇÃO DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO (TERRA) ........................................................................................... 49
2. 4. CORES DOS CONDUTORES NEUTRO E DE PROTEÇÃO .................................................................................. 50
2. 5. FIOS E CABOS CONDUTORES ........................................................................................................................ 50
2. 6. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................ 52
2. 7. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES....................................................................................................... 55
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................................................................... 86
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................................................................. 86
5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................... 88
6. E-REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 88
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 89

UNIDADE 3 - SISTEMA DE ATERRAMENTO


1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 91
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................................................................... 91
2. 1. PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS ................................................................................................ 91
2. 2. ATERRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 96
2. 3. ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA ...................................................................................................... 97
2. 4. RESISTIVIDADE DO SOLO ............................................................................................................................ 100
2. 5. CÁLCULO DE UM SISTEMA DE ATERRAMENTO COM ELETRODOS VERTICAIS ........................................... 103
2. 6. ESQUEMAS ELÉTRICOS DE ATERRAMENTOS: FUNCIONALIDADES ............................................................. 105
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ..................................................................................................................... 114
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................................................................... 114
5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................. 122
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 123
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................... 123

UNIDADE 4 - LUMINOTÉCNICA
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 125
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................................................................. 125
2. 1. CONCEITOS BÁSICOS DE LUMINOTÉCNICA ................................................................................................ 125
2. 2. GRANDEZAS E CONCEITOS ......................................................................................................................... 127
2. 3. LÂMPADAS ELÉTRICAS................................................................................................................................ 140
2. 4. TIPOS DE LUMINÁRIAS ............................................................................................................................... 146
2. 5. PROJETO DE ILUMINAÇÃO ......................................................................................................................... 146
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ..................................................................................................................... 156
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................................................................... 157
5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................. 160
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 161
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................... 162
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Conteúdo
Esta disciplina estuda os aspectos gerais e essenciais de uma instalação elétrica predial e os conceitos elementares de
Eletricidade. Como premissa, apresenta os fundamentos básicos de geração, transmissão, distribuição e utilização da
energia elétrica. Também apresenta o fornecimento de energia elétrica para clientes usuários de energia. Explica os dia-
gramas de ligações elétricas usuais e a representação unifilar. Contextualiza classificação, previsão de potência e distri-
buição dos pontos de utilização. Apresenta os pontos de luz, comando, tomadas de uso geral e de uso específico. Estuda
a distribuição de cargas, os quadros de distribuição e os regulamentos técnico-legais e de segurança. Apresenta o dimen-
sionamento e a especificação dos componentes da instalação elétrica predial. Por fim, exemplifica o sistema de ilumina-
ção, a metodologia de dimensionamento luminotécnico e os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.

Bibliografia Básica
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p.
______. NBR 13570: Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos. Rio de Janeiro, 1996. 5 p.
______. NBR 5419: Proteção contra descagas elétricas Parte 1: Princípios gerais e Parte 2: Gerenciamento de risco. Rio de Janeiro,
2015.
BRASIL. Aneel. Resolução Aneel nº 456, de 29 de novembro de 2000. Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as Condições
Gerais de fornecimento de energia elétrica. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bres2000456.pdf>. Acesso em: 23 jan.
2018.
MAMEDE F, J. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. Rio de Janeiro:LTC, 2017.

Bibliografia Complementar
BRASIL. NR10: Segurança em Instalações Elétricas e Serviços em Eletricidade. Portaria MTE nº 598, de 7 dez. 2004.
CEMIG. ND5.1. Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária. Rede de distribuição aérea – edificações individuais. Belo
Horizonte, maio 2013. 149 p. Disponível em: <http://www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/Documents/ND_5_1_MAIO_2013.pdf>.
Acesso em: 23 jan. 2018.
______. ND5.2. Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária. Rede de distribuição aérea – edificações coletivas. Beo
Horizonte, maio 2013. 186 p. Disponível em: <http://www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/documents/nd_5_2_maio_2013.pdf>.
Acesso em: 23 jan 2018.
COTRIM, A. A. M. B. Instalações Elétricas. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 2003.
NERY, N. Instalações Elétricas. São Paulo: Eltec, 2003.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

É importante saber: ______________________________________________________________


Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das
competências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os princi-
pais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e
etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais
Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos Digitais Inte-
gradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas
privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também
garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obriga-
tórios, para efeito de avaliação.
_______________________________________________________________________________

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo da Obra de Instalações Elétricas Prediais, por meio da qual você obterá
as informações necessárias para o embasamento teórico da sua futura profissão e para as atividades
que virão.
Este conteúdo está estruturado de forma prática e aplicada, a partir da apresentação dos fun-
damentos que contribuirá para sua formação técnica como futuro engenheiro, cujo trabalho deverá
levar em consideração as muitas variáveis que interagem no contexto industrial.
As grandezas serão apresentadas no decorrer das unidades com suas abreviaturas utilizadas
no SI (Sistema Métrico Internacional), que englobam as sete unidades básicas de medidas, que são:
Comprimento (m), Massa (kg), Tempo (s), Corrente Elétrica (A), Temperatura Termodinâmica (K),
Intensidade Luminosa (cd) e Quantidade de Matéria (mol), entre outras.
O Sistema Elétrico de Potência (SEP) é o conjunto de instalações e equipamentos destinados a
geração, transmissão, distribuição e medição de energia elétrica que atuam de forma coordenada.
Na Unidade 1, será apresentada a organização do SEP e as normas e legislações que regem esse sis-
tema. O Governo Federal, por meio da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, promove a
edição de regras que visam efetuar a gestão da energia elétrica em âmbito nacional. Abordaremos
também os projetos elétricos, as normas técnicas, suas características e as simbologias aplicadas.
Em seguida, na Unidade 2, veremos o dimensionamento dos condutores elétricos, com base na
NBR-5410, seus critérios, tipos de condutores e maneiras de instalação. Na Unidade 3, veremos os
sistemas de aterramento e suas aplicações. Isso porque um sistema de aterramento elétrico funcio-
nal é fundamental na qualidade da energia elétrica de toda e qualquer instalação. Finalmente, na
Unidade 4, apresentaremos os cálculos luminotécnicos. Iniciaremos com as principais grandezas
físicas utilizadas em luminotécnica. Em seguida, serão apresentados detalhadamente os principais
tipos de lâmpadas disponíveis atualmente. Finalmente, apresentam-se os principais aspectos relaci-
onados ao projeto de iluminação. Serão discutidos os principais métodos utilizados em projetos de
iluminação: o Método dos Lumens e o Método Ponto a Ponto.

2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais,
possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento
dos temas tratados.
1) Agrupamento em Trifólio: agrupamento de três condutores unipolares isolados na
formação triangular. A principal vantagem desse agrupamento é anular a indutância
mútua entre os cabos.
2) Aterramento: aterramento elétrico significa colocar instalações e equipamentos no
mesmo potencial, de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento
seja a menor possível (2017).
3) Bandejas: também conhecida como eletrocalhas, são muito empregadas em
instalações industriais e comerciais onde há necessidade de reunir uma grande
quantidade de cabos em um determinado trajeto. São de fácil instalação e muito
flexíveis quanto à expansão do sistema elétrico.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

4) Barramentos: são elementos de seção transversal, normalmente de formato


retangular ou circular, instalados no interior de quadros de comando ou subestações
abrigadas, blindadas e, ao tempo, com a finalidade de coletar as correntes que chegam
da fonte e distribuí-las aos diversos alimentadores a eles conectados.
5) Cabos: condutores isolados constituídos por fios de cobre mole (flexível) em que a
resistência mecânica à tração não é fator preponderante.
6) Cabo multipolar: possui, sob a mesma cobertura, dois ou mais condutores isolados
denominados: veias.
7) Capacidade de condução: capacidade de condução de corrente de um cabo elétrico é
definida como a corrente máxima que este pode conduzir continuamente, em
condições especificadas, sem que sua temperatura em regime permanente ultrapasse
um valor determinado. Por essa definição, pode-se concluir que a corrente que circula
pelo cabo deve ser igual ou inferior à capacidade de condução de corrente do seu(s)
condutor(es), para que seja garantida durabilidade satisfatória a este(s) e ao
isolamento, em face dos efeitos térmicos produzidos pela circulação de correntes.
8) Condutor de fase: designa o condutor ativo no qual o potencial elétrico em relação a
terra é variável, ou seja, entre a “fase” e a terra encontramos uma diferença de
potencial elétrico variável no tempo.
9) Condutor de neutro: é o condutor de equilíbrio da rede elétrica. O termo “neutro”
designa o condutor que está ao mesmo potencial elétrico que o da terra. Estando o
circuito equilibrado, não deve haver corrente circulando pelo condutor neutro.
10) Condutor de terra: é o condutor de proteção do circuito elétrico. Conecta a terra, ou
seja, ao terra elétrico, todos os dispositivos que precisarem utilizar seu potencial como
referência ou valer-se de suas propriedades elétricas.
11) Confiabilidade: representa o desempenho do sistema quanto às interrupções
temporárias ou permanentes, bem como assegura proteção à integridade física
daqueles que o operam.
12) Condutor isolado: possui somente o condutor e a isolação.
13) Condutor unipolar: possui condutor, isolação e uma camada de revestimento chamada
cobertura, para proteção mecânica.
14) Corrente de curto-circuito: adquirem valores de grande intensidade (R→0 e I→∞),
porém, com duração geralmente limitada a frações de segundos. São provocadas,
comumente, pela perda de isolação de algum elemento energizado do sistema
elétrico.
15) Demanda: é a potência elétrica realmente absorvida em determinado instante por um
aparelho ou por um sistema.
16) Demanda média: é a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de
tempo determinado. Pode-se tomar 10 min, 15 min, 30 min etc.
17) Demanda máxima: é a maior de todas as demandas ocorridas no período de tempo
determinado (é a maior média de todas as demandas)
18) Depreciação do fluxo luminoso: durante o tempo de operação de um sistema de
iluminação, há uma diminuição progressiva da iluminância, devido ao acúmulo de
sujeiras sobre as lâmpadas, luminárias e o ambiente, além do decréscimo natural do
fluxo luminoso das lâmpadas pelo envelhecimento.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

19) Descarga atmosférica: a fricção entre as partículas de água, que formam as nuvens,
provocada pelos ventos ascendentes de forte intensidade, dá origem a uma grande
quantidade de cargas elétricas. Na maioria dos fenômenos atmosféricos, as cargas
positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas negativas ocupam a
parte inferior, acarretando uma intensa migração de cargas positivas na superfície da
Terra para a área correspondente à localização da nuvem.
20) Diagrama unifilar: é um desenho que utiliza simbologia específica e representa
graficamente uma instalação elétrica, indicando, sobre a planta arquitetônica:
a) chaves, fusíveis, seccionadores e disjuntores com suas respectivas capacidades
nominais e de interrupção;
b) os pontos de luz e as tomadas;
c) a posição dos eletrodutos;
d) a localização dos quadros de distribuição;
e) a divisão dos circuitos;
f) o número e a caracterização dos condutores dentro dos eletrodutos; e
g) tanto os aspectos do circuito elétrico como do caminhamento físico da instalação
são contemplados no diagrama unifilar.
21) Eficiência energética: é a relação entre a quantidade de energia final utilizada e de um
bem produzido ou serviço realizado.
22) Eletrodos de aterramento: também chamados de eletrodos verticais, podem ser
constituídos de aço galvanizado ou aço cobreado.
23) Fluxo luminoso: é a potência de radiação produzida por uma fonte luminosa em todas
as direções do espaço. Sua unidade é o lúmen.
24) Grau de proteção: reflete a proteção dos invólucros metálicos quanto à entrada de
corpos estranhos e à penetração de água pelos orifícios destinados a ventilação,
instalação de instrumentos, junções de chapas, portas etc.
As normas especificam os graus de proteção por meio de um código composto pelas
letras IP seguidas de dois algarismos que significam:
a) Primeiro algarismo: indica o grau de proteção quanto à penetração de corpos sólidos
ou contatos acidentais. Possui escala de 0 a 6.
b)Segundo algarismo: indica o grau de proteção quanto à penetração de água
internamente ao invólucro. Possui escala de 0 a 8.
25) Isolantes EPR (Borracha de Etileno Propileno): possuem baixa resistência mecânica e
baixa resistência a chamas, além de excelentes propriedades elétricas e boa resistência
térmica.
26) Isolantes PVC (Cloreto de Polivinila): possuem baixo índice de estabilidade térmica,
além de boas propriedades mecânicas e elétricas. Não propaga chamas.
27) Isolantes XLPE (Polietileno Reticulado): possuem baixa flexibilidade e baixa resistência
à chama, além de excelentes propriedades elétricas e boa resistência térmica.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

28) Leito: suporte para encaminhamento de cabos tipo leve, médio, pesado e
superpesado, fabricados com duas longarinas em perfil “U” e travessas de perfilados
com as variadas dimensões.
29) Malha de aterramento: é um tipo de aterramento usual em instalações de grande
porte, sendo essencial em sistemas de energia elétrica, em particular nas usinas e
subestações. Trata-se de um reticulado de cabos horizontalmente enterrados,
interligado por juntas mecânicas ou soldadas, e hastes cravadas verticalmente. É um
aterramento com baixa resistência elétrica, atendendo a todos os equipamentos como
uma referência “zero” de tensão.
30) Ofuscamento: fenômeno produzido pelo excesso de iluminância de uma fonte de luz.
Causa a sensação de desconforto visual no espectador quando permanece por muito
tempo no recinto.
31) Para-raios: é uma HASTE de METAL, comumente de COBRE ou ALUMÍNIO, destinada a
dar proteção aos EDIFÍCIOS atraindo as descargas elétricas atmosféricas, os RAIOS,
para as suas pontas e desviando-as para o SOLO através de cabos de pequena
RESISTÊNCIA ELÉTRICA. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma área, o
para-raios é instalado no topo do prédio.
32) Perfilado: barra metálica, com perfil em U, com dimensões de 38 mm × 38 mm,
comumente utilizada em sistemas de iluminação.
33) Queda de tensão: redução da tensão em relação a um valor-base, normalmente a
tensão nominal.
34) Resistência de aterramento: considera-se o efeito de três resistências, a saber:
a) resistência relativa às conexões existentes entre os eletrodos de terra (hastes e
cabos);
b) resistência relativa ao contato entre os eletrodos de terra e a superfície do terreno
em torno destes; e
c) resistência relativa ao terreno nas imediações dos eletrodos de terra, denominada
resistência de dispersão.
35) Resistência do corpo humano: podemos dividi-la em:
a) Resistência interna: 500 Ω.
b) Resistência externa (pode variar conforme as condições da pele): de 100 kΩ até
600 kΩ.
36) SPDA: é um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, popularmente
chamado de para-raios. Sua instalação está regulamentada pela ABNT segundo a NBR
5419/2005 e tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das
descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e
até mesmo ocasionar risco à vida de pessoas e animais.
37) Tensão de passo: é a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra entre as
duas pernas, no instante em que esteja passando pelo solo uma corrente elétrica
intensa. Por definição, considera-se esta distância igual a 1,0 m.
38) Tensão de toque: é a diferença de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e
um ponto da superfície do solo separado por uma distância horizontal equivalente ao

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

alcance normal do braço de uma pessoa. Por definição, considera-se esta distância
igual a 1,0 m.
39) Usinas geradoras: as usinas geradoras de energia elétrica podem ser concebidas de
diversas formas. Podem ser classificadas em:
a) Usinas para a produção de energia elétrica: são destinadas à geração de energia
elétrica em larga escala para venda, normalmente em grandes blocos de carga.
b)Usinas de cogeração: são destinadas à geração de energia elétrica e térmica.
c) Usinas de autoprodução: são destinadas à produção de energia elétrica para
consumo próprio, podendo vender o excedente para o mercado livre.
d)Usinas de emergência: são destinadas ao fornecimento de energia elétrica à unidade
consumidora, quando há falta de suprimento pela rede pública de energia elétrica.

3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE


O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo.

Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Instalações Elétricas Prediais.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p.
______. NBR 13570: Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos. Rio de Janeiro, 1996. 5 p.
______. NBR 5419: Proteção contra descagas elétricas Parte 1: Princípios gerais e Parte 2: Gerenciamento de risco. Rio de Janeiro,
2015.
MAMEDE, F. J. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. Rio de Janeiro:LTC, 2017.

5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Aneel. Resolução Aneel nº 456, de 29 de novembro de 2000. Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as Condições
Gerais de fornecimento de energia elétrica. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bres2000456.pdf>. Acesso em: 23 jan.
2018.

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UNIDADE 1
SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA

Objetivos
• Explanar sobre as áreas de estudo das Instalações Elétricas.
• Evidenciar a importância das Normas Técnicas nos Projetos de Instalações Elétricas.
• Compreender a importância do grau de proteção para os equipamentos e componentes elétricos.
• Introduzir conceitos acerca das simbologias utilizadas nos projetos de instalações elétricas.

Conteúdos
• Sistema Elétrico de Potência.
• Normas Técnicas: NBRs e NRs.
• Projetos Elétricos.
• Graus de Proteção – Equipamentos.
• Simbologias: Instalações Elétricas.

Orientações para o estudo da unidade


Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas,
apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator
determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados, siga a linha gradativa dos assuntos até poder observar
sua evolução de estudo.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador.
4) Procure instigar seus colegas a refletir sobre a importância de estudar esta obra. Faça isso utilizando a Sala de
Aula Virtual.
5) Realize os exemplos propostos, bem como as questões autoavaliativas, para que você possa fixar os conceitos
apresentados. O tempo investido está diretamente relacionado ao crescimento de sua confiança e habilidade.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo, você está preparado?
Iniciaremos com a organização do SEP (Sistema Elétrico de Potência), as normas e legislações
que regem esse sistema. Vamos analisar as características de cada etapa do SEP (geração, transmis-
são, distribuição e medição de energia elétrica). Falaremos sobre as regras e legislações que regem a
gestão da energia elétrica no âmbito nacional. Abordaremos também os projetos elétricos, as nor-
mas técnicas, suas características e as simbologias aplicadas.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta uni-
dade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo
Digital Integrador.

2. 1. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)


Saber como é organizado o Sistema Elétrico de Potência (SEP) é de fundamental importância
para que tenhamos a exata compreensão do tema. Abordaremos, nessa unidade, em que consiste
essa organização e, para tanto, antes de qualquer outra abordagem, cabe apresentar a definição
clássica do SEP que, na verdade, é o conjunto de equipamentos e instalações destinadas à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, até a medição, inclusive, todos operando de forma
coordenada (definição firmada pela NBR 5460 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
1992).
Podemos dividir o estudo da eletricidade em duas formas clássicas: a eletrostática (parte da
eletricidade que estuda as cargas elétricas em repouso ou que não registram qualquer movimento,
fluidez ou escoamento) e a eletrodinâmica (parte da eletricidade que estuda as cargas elétricas em
movimento, em fluidez ou escoamento). A eletrodinâmica só pode existir em nível artificial, ou seja,
não existe gerada por fenômenos naturais, apenas pela intervenção do homem. No caso do SEP, tão
somente a eletrodinâmica será passiva de análise.
A eletricidade produzida para fins comerciais tem sua origem na eletrodinâmica. As concessi-
onárias de energia elétrica possuem a concessão do Estado para a produção, transmissão e distri-
buição de energia elétrica, podem ser de iniciativa privada ou estatal. No Brasil, a iniciativa privada
controla esse mercado, ficando apenas pequena parte nas mãos do Estado. Por meio da ANEEL –
Agência Nacional de Energia Elétrica, o Governo Federal promove a edição de regras que visam efe-
tuar a gestão da energia elétrica em âmbito nacional.
A área de atuação do SEP inicia na geração dessa energia elétrica e termina, em tese, na medi-
ção ou ponto de consumo. A esse ciclo chamamos de circunscrição do SEP. Com o objetivo de garan-
tir o fornecimento de energia de modo ininterrupto, ou que ocorra interrupção cada vez em menor
número, o sistema elétrico trabalha de forma a colocar as usinas geradoras em paralelo, em estabi-
lidade dinâmica, para evitar oscilações nas tensões geradas.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Figura 1 Sistema Elétrico de Potência.

Geração de energia elétrica


A transformação da energia que se obtém de uma fonte natural em energia elétrica é efetua-
da nas centrais de produção por meio de geradores elétricos. O gerador transforma energia mecâni-
ca em energia elétrica na forma de tensão, com a ajuda da força magnética promovida por uma cor-
rente elétrica, isto é, com a ajuda de um campo eletromagnético girante, sendo esse movimento
propiciado graças a uma fonte de energia externa. A terminologia correta é essa: gerador tem a
propriedade de gerar tensão.
A corrente é produzida somente se uma carga é colocada entre os terminais desse gerador,
em função da resistência ou da impedância por ela oferecida. A rigor, o gerador é constituído por
um ímã indutor girando no centro de um conjunto fixo de três bobinas colocadas fisicamente defa-
sadas em 120° uma da outra com o mesmo valor de velocidade angular, o mesmo valor eficaz e de-
fasagem entre as três fases em 120°. A maioria das centrais produtoras de energia elétrica utiliza os
geradores síncronos. Em relação ao tipo de motor primário ao qual estão ligados, os geradores sín-
cronos dividem-se em alternadores nas centrais hidráulicas, e em turbo-alternadores, nas usinas
térmicas.
Um sistema de geração de energia elétrica visa trabalhar em regime permanente, sem varia-
ção da frequência, isto é, de maneira uniforme. No Brasil, a frequência é 60 Hz.
O modelo brasileiro de geração de energia elétrica é essencialmente hidrelétrico, ou seja,
aproveitando-se a energia cinética hidráulica fornecida por meio da diferença entre os níveis de
uma grande quantidade de massa de água represada e um rio. Podemos citar também o aproveita-
mento de energia mecânica produzida por um motor movido a combustíveis líquidos, principalmen-
te o óleo diesel. Existem outras formas para a conversão em energia elétrica, as quais já foram apre-
sentadas e detalhadas na disciplina de Conversão de Energia, mas, devido à característica de nossa
matriz energética, vamos focar nas centrais hidrelétricas.
O princípio básico é:

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

• No caso da usina hidroelétrica, a passagem de uma queda-d’água por uma turbina faz
com que um eixo central desta transmita a energia cinética do fluido até o eixo de um
gerador eletromecânico, que, por sua vez, promove a geração de energia elétrica. Deve
ser considerado o desnível e a vazão de água, que são inicialmente estudados. Tam-
bém outros aspectos são levados em conta, como a geologia, a topografia do terreno,
a sazonalidade do sistema pluvial (chuvas), a análise histórica das vazões e, é claro, o
impacto no meio ambiente (fauna, flora, eventuais alterações sociais da região etc.),
além de outras variáveis.

Figura 2 Sistema Elétrico de Potência – Geração.

A corrente alternada facilita muito a transmissão e a distribuição de energia elétrica desde a


usina de geração até os consumidores, pois, graças à possibilidade de sua elevação para o caso da
sua transmissão por longas distâncias, favorece o uso de materiais mais baratos (quanto mais eleva-
da a tensão, menor será a corrente a escoar pelos condutores, permitindo o uso de elementos de
menor secção transversal e, consequentemente, mais leves e mais baratos).
No Brasil, a eletricidade comercial é gerada em tensão alternada trifásica na frequência de 60
Hz. Um giro completo de 360º do rotor de um gerador de tensão alternada propicia que, por meio
da defasagem física de 120º (um terço do ciclo) entre as três bobinas fixas, a variação de fluxo mag-
nético do rotor dotado de um indutor (bobina) cria tensão nas três bobinas, o que cria valores de
tensão positivos e negativos, em função da posição das linhas de fluxo em relação a cada uma das
bobinas.
Cada uma dessas três bobinas é absolutamente independente fisicamente e, consequente-
mente, as três fases de igual modo o são e apresentam a mesma defasagem angular entre si.

Transmissão de energia elétrica


Após a geração, a energia elétrica deve ser transmitida aos consumidores, porém, antes, tem
de passar por um processo de elevação ou rebaixamento (normalmente ocorre o primeiro caso),
pós geração até a primeira usina elevadora ou rebaixadora (normalmente ocorre o segundo caso) e,
a partir daí, é distribuída para o consumo. Via de regra, dá-se em alta tensão, por motivo de econo-
mia, já que, quanto maior for a tensão, menor será a corrente, o que acarretará na redução da sec-

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

ção transversal dos condutores, reduzindo seu peso (menor peso específico) e, por consequência,
também reduzem a necessidade de se ter torres de sustentação altamente reforçadas.
As torres normalmente são construídas de metal (aço ou alumínio), concreto e madeira (aroei-
ra, massaranduba, ipê e cabreúva), podendo ainda ser do tipo rígida, semirrígida, flexível ou presa
por estais (estaiada).
A transmissão pode ser em tensão contínua ou em tensão alternada.

Figura 3 Sistema Elétrico de Potência – Transmissão.

O material condutor mais utilizado é o alumínio, por ser mais leve e mais barato que o cobre.
Os cabos de alumínio para a mesma capacidade de condução, comparados com os de cobre, neces-
sitam de 1,6 vez a área da seção transversal. Em contrapartida, o alumínio tem 50% do peso especí-
fico do cobre. A liga utilizada é composta de alumínio, magnésio, ferro e silício (conhecida como liga
Aldrey).
Os fatores determinantes para a escolha da tensão de transmissão consideram a distância en-
tre a geração e o consumo, o percurso, os acidentes geográficos a serem transpostos (montanhas,
vales etc.), o tipo de solo, a segurança do sistema, a altura necessária para se manterem os circuitos
fora do alcance na maior distância possível, o acesso às equipes de manutenção e a potência insta-
lada.

Distribuição de energia elétrica


O projeto das linhas de distribuição de energia elétrica deve ser planejado, viabilizando sua
construção e sistema de manutenção. No seu escopo, consideram-se temas, como:
1) As características da carga (seu comportamento).
2) As quedas de tensão (manutenção da tensão nominal em uma determinada faixa,
chamada de faixa de tensão favorável, isto é, os valores máximo e mínimo de tensão
nos quais os equipamentos operam em regime normal, sem prejuízo de sua vida útil.
Existe ainda a faixa de tensão tolerável, ou seja, os valores máximo e mínimo de tensão
que os equipamentos suportam por período de tempo transitório).
3) A regulação dessas tensões (que se dá entre dois instantes no mesmo ponto).

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4) O dimensionamento de transformadores (potência).


5) O dimensionamento dos condutores (capacidade de condução de corrente).
6) A confiabilidade do sistema (qualidade do serviço, confiabilidade do serviço, isto é,
qual o tempo médio mínimo possível para interrupções no fornecimento de energia
elétrica a uma dada região.
7) A oferta de energia, isto é, a quantidade oferecida diante de uma demanda requerida.

Figura 4 Sistema Elétrico de Potência – Distribuição.

A montagem horizontal é utilizada para a distribuição em tensão primária, geralmente em


13,8 kV em tensão nominal. Tomando-se como referência o lado da rua, no sentido da rua para a
calçada, a sequência das fases é D, E e F.
Quanto às montagens verticais, utilizadas na baixa tensão, há alguns anos, tomando-se como
referência o lado do consumidor, na montagem vertical a sequência era, de cima para baixo, a se-
guinte: fase R, Neutro, fase S e fase T (a sequência também é conhecida como fase A, Neutro, fase B
e fase C, justamente aquela que é conhecida como “quarto fio”).
Existem basicamente dois tipos de fornecimento de energia elétrica em baixa tensão, a saber:
• Sistema ligado em Estrela no primário e Delta no secundário (Y Δ), por meio de trans-
formadores monofásicos, com ou sem neutro.
• Sistema ligado em Delta no primário e Estrela no secundário (Δ Y), por meio de trans-
formadores trifásicos, com ou sem neutro. Para cada tipo de fornecimento, existem
equipamentos de medições adequados, conforme será demonstrado.
Outros dados básicos são:
• A similaridade entre consumidores (quanto à sua localização e quanto à natureza de
seus equipamentos).
• Crescimento histórico em um determinado período.
• Plano de expansão da rede de distribuição.
A NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), em seu item 4.2.2.1.
(esquemas de condutores vivos), letra “a”, define para a corrente alternada os sistemas:
1) Monofásico a dois condutores (FF ou FN).
2) Monofásico a três condutores (FFN).

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3) Bifásico a três condutores (FFN, com neutro derivado do centro da bobina do


secundário do transformador monofásico – nesse caso cada fase tem senoides
opostas, isto é, quando uma atinge seu valor máximo positivo, no mesmo instante a
outra atinge seu valor máximo negativo).
4) Trifásico a três condutores (FFF – geralmente fechamento em triângulo).
5) Trifásico a quatro condutores (FFFN – geralmente fechamento em estrela).

Medição de energia elétrica


A concessionária de energia elétrica, por meio dos dados dos medidores de energia, fatura a
energia elétrica por elas fornecida. A fatura apresenta, entre outros, o consumo em kWh e kVArh, a
potência ativa em kW (demanda), a potência reativa em kVAr e o fator de potência (cos Φ). Con-
forme suas características, o sistema tarifário é dividido em grupos e subgrupos, a saber:
• Grupo A: para consumidores de alta tensão de distribuição (acima de 2.300 Volts ou
2,3 kV);
• Grupo B: para consumidores em baixa tensão de distribuição (entre 110 Volts e 440
Volts).
Os subgrupos são os seguintes:
1) A1 para tensões iguais ou superiores a 230 kV.
2) A2 para tensões entre 88 kV e 138 kV.
3) A3 para tensão de 69 kV.
4) A3a para tensões entre 30 kV e 44 kV.
5) A4 para tensões de 2,3 kV a 25kV.
6) B1 para a classe residencial.
7) B2 para a classe rural.
8) B3 para as demais classes.
9) B4 para iluminação pública.

2. 2. NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS


Os documentos normativos para a elaboração de todo projeto, no Brasil, são de responsabili-
dade da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Uma atenção especial deve ser dada às
normas particulares das concessionárias de energia elétrica da área onde se localiza a indústria. Em
geral, essas normas não colidem com a ABNT e indicam ao projetista as condições mínimas exigidas
para o fornecimento de energia elétrica à indústria. As normas estrangeiras também podem ser
consultadas, por exemplo, a norte-americana NEC – National Electrical Code.
Para garantir segurança aos projetos e durabilidade às instalações elétricas, adotamos as nor-
mas que, além de serem exigência técnica, conduzem a resultados positivos no desempenho das
instalações.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Figura 5 Normas Técnicas Brasileiras.

NBR 5410 — Instalações elétricas de baixa tensão


Objetivo
Esta Norma estabelece as condições que as instalações elétricas de baixa tensão devem satis-
fazer a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e
a conservação dos bens. Esta Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificação,
residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro etc.
Esta Norma aplica-se às instalações elétricas:
1) Em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações.
2) Em reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings), marinas
e instalações análogas.
3) Em canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
4) Em circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em
corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente
contínua.
5) Em circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma
tensão superior a 1 000 V e alimentados por meio de uma instalação de tensão igual ou
inferior a 1 000 V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas a
descarga, precipitadores eletrostáticos etc.).
6) Em toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas
aos equipamentos de utilização.
7) Em linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos).

NOTA: _________________________________________________________________________
A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das influências mútuas entre essas li-
nhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob os pontos de vista da segurança contra choques elétricos,
da segurança contra incêndios e efeitos térmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagnética.
_______________________________________________________________________________

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Esta Norma aplica-se às instalações novas e a reformas em instalações existentes.

NOTA: _________________________________________________________________________
Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos elétricos, inclusive de sinal, ou substituir equi-
pamentos existentes, não caracterizam necessariamente uma reforma geral da instalação.
_______________________________________________________________________________
Esta Norma não se aplica a:
1) Instalações de tração elétrica.
2) Instalações elétricas de veículos automotores.
3) Instalações elétricas de embarcações e aeronaves.
4) Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que não
comprometam a segurança das instalações.
5) Instalações de iluminação pública.
6) Redes públicas de distribuição de energia elétrica.
7) Instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma
considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações (por
exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobretensões).
8) Instalações em minas.
9) Instalações de cercas eletrificadas.
Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e às
condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as normas a
eles aplicáveis. A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a outras normas complemen-
tares, aplicáveis às instalações e locais específicos. São exemplos de normas complementares a esta
Norma as NBR 13534 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995a), NBR 13570 (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1996) e NBR 5418 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-
MAS TÉCNICAS, 1995b).
A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos
quais a instalação deva satisfazer. As instalações elétricas cobertas por esta Norma estão sujeitas
também, naquilo que for pertinente, às normas para fornecimento de energia estabelecida pelas
autoridades reguladoras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade.

NBR 14039 — Instalações elétricas de média tensão de 1,0 KV a 36,2 KV


Objetivo
Esta Norma:
• Estabelece um sistema para o projeto e execução de instalações elétricas de média
tensão, com tensão nominal de 1,0kV a 36,2 kV, à frequência industrial, de modo a ga-
rantir segurança e continuidade de serviço.
• Aplica-se a partir de instalações alimentadas pelo concessionário, o que corresponde
ao ponto de entrega definido por meio da legislação vigente emanada da Agência Na-
cional de Energia Elétrica (ANEEL). Esta Norma também se aplica às instalações alimen-
tadas por fonte própria de energia em média tensão.
• Abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica, sem
prejuízo das disposições particulares relativas aos locais e condições especiais de utili-

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

zação constantes nas respectivas normas. As instalações especiais, tais como maríti-
mas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio e semelhan-
tes), devem obedecer, além desta Norma, às normas específicas aplicáveis em cada ca-
so.
As prescrições desta Norma constituem as exigências mínimas a que devem obedecer as insta-
lações elétricas às quais se refere, para que não venham, por suas deficiências, prejudicar e pertur-
bar as instalações vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e à conservação dos bens e do meio
ambiente.
Esta Norma aplica-se às instalações novas, às reformas em instalações existentes e às instala-
ções de caráter permanente ou temporário.

NOTA: _________________________________________________________________________
Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou substituir os existentes não implicam neces-
sariamente reforma total da instalação.
_______________________________________________________________________________
Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e às
suas condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos pré-fabricados de componen-
tes que tenham sido submetidos aos ensaios de tipo aplicáveis.
A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos
quais a instalação deva satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a origem da
instalação, pode ser necessário, além das prescrições desta Norma, o atendimento das normas e/ou
padrões do concessionário quanto à conformidade dos valores de graduação (sobrecorrentes tem-
porizadas e instantâneas de fase/neutro) e capacidade de interrupção da potência de curto-circuito.

NOTA: _________________________________________________________________________
A Resolução 456:2000 da ANEEL (BRASIL, 2000) define que ponto de entrega é ponto de conexão do sistema elétrico da
concessionária com as instalações elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilida-
de do fornecimento.
_______________________________________________________________________________

Esta norma aplica-se:


• À construção e manutenção das instalações elétricas de média tensão de 1,0 Kv a 36,2
kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente incluindo as instala-
ções de geração e distribuição de energia elétrica. Devem considerar a relação com as
instalações vizinhas a fim de evitar danos a pessoas, animais e meio ambiente.
Esta norma não se aplica:
• Às instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração, transmissão e dis-
tribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções em serviço de utilidade pú-
blica.
• Às instalações de cercas eletrificadas.
• A trabalhos com circuitos energizados.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Além das NBR, existem outras normas, a saber:


• Norma Regulamentadora 10 – NR 10: Segurança em instalações e serviços em eletrici-
dade.
• Norma Regulamentadora 12 – NR 12: Segurança no trabalho em máquinas e equipa-
mentos.

2. 3. GRAUS DE PROTEÇÃO
Ao se adquirir um equipamento elétrico, é necessário que ele possua uma proteção própria,
capaz de evitar danos físicos às pessoas, e danos ao próprio equipamento, quer seja pela penetra-
ção de corpos sólidos estranhos, quer seja pela penetração de água. Independentemente do local
onde será empregado.
As normas brasileiras que definem esse grau de proteção são:
• NBR 6146: Invólucros de Equipamentos Elétricos – Proteção (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 1980).
• NBR 9884: Máquinas Elétricas Girantes – Graus de Proteção Proporcionados pelos In-
vólucros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1987).
Portanto, “Graus de Proteção” são medidas aplicadas ao invólucro do equipamento elétrico,
visando a:
• Proteção de pessoas contra o contato a partes energizadas sem isolamento; contra o
contato as partes móveis no interior do invólucro e proteção contra a entrada de cor-
pos sólidos estranhos.
• Proteção do equipamento contra entrada de água em seu interior.
As normas brasileiras NBR 6146 e NBR 9884 são baseadas em normas internacionais. A partir
dessas normas, o Brasil adotou terminologias internacionais, não mais as terminologias NEMA de
invólucros. Os invólucros são designados por uma simbologia formada pela sigla “IP” seguida de dois
dígitos que classificam o grau de proteção do equipamento.

Figura 6 Grau de Proteção.

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Fonte: adaptado de Mamede (2017).


Figura 7 Grau de Proteção – 1º dígito.

Fonte: adaptado de Mamede (2017).


Figura 8 Grau de Proteção – 2º dígito.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Pode-se determinar o grau de proteção para um determinado invólucro metálico, em função


de sua aplicação específica. Porém, os modelos mais comuns são os de grau de proteção IP54 (am-
bientes externos), e os de grau de proteção IP23 (ambientes internos).

2. 4. SIMBOLOGIA
Todo projeto de instalação elétrica requer a adoção de simbologia que represente os diversos
materiais adotados.
A simbologia é definida por normas da ABNT, dentre as quais podemos citar:
• NBR-5446/80: Símbolos gráficos para execução de esquemas. NBR-5444/89: Símbolos
gráficos para instalações elétricas prediais.
• NBR-5443/77: Sinais e símbolos para eletricidade. A seguir, são apresentados os símbo-
los mais utilizados em projetos elétricos.

Quadro 1 Dutos e Distribuição.

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Quadro 2 Quadros de Distribuição.

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Quadro 3 Interruptores.

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Quadro 4 Luminárias, Refletores e Lâmpadas.

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Quadro 5 Tomadas.

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Quadro 6 Motores e Transformadores.

2. 5. ELABORAÇÃO DO PROJETO
Via de regra, um projeto elétrico compreende as partes:
1) Memória de cálculo (justificativa e descrição).
2) Plantas, esquemas e detalhes.
3) Materiais (especificação técnica).
4) Orçamento.
O responsável pelo projeto deve conhecer as informações sobre o contexto do projeto, além
de:
• Condições de fornecimento de Energia Elétrica.
• Características das Cargas.

Concepção do Projeto
As etapas mencionadas a seguir podem servir de orientação para a elaboração do projeto; po-
rém, nessa etapa, a experiência do projetista é fator fundamental para a concepção do projeto.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Figura 9 Concepção do Projeto.

Formulação de um Projeto
Seguem orientações técnicas para a formulação de um projeto elétrico racional.
Vamos iniciar com os fatores utilizados nos projetos para otimizar o uso das cargas elétricas.
Esses fatores estabelecem, por meio das características das cargas, a utilização e/ou o funcionamen-
to destas.
Demanda (D)
De acordo com Mamede (2017) “é o valor médio da potência elétrica em um intervalo de
tempo especificado” – geralmente, 15 minutos.
t +∆t
1
D=
∆t ∫ P ( t ).dt ( kW )
t

Fonte: adaptado de Mamede (2017).

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Figura 10 Conceito de Demanda.

Energia (E)
Para Mamede (2017) “em linhas gerais, a energia elétrica é a quantidade de potência elétrica
utiliza”.
t +∆t
E = D.∆t = ∫ P ( t ).dt ( kWh )
t

Em que: ∆t = t2 − t1

Fonte: adaptado de Mamede (2017).


Figura 11 Conceito de Energia.

Fator de Demanda (Fd)


Relação entre a demanda máxima do sistema e a potência total instalada durante um interva-
lo de tempo considerado.
D
Fd = max
Pinst
A Tabela 1 a seguir determina o fator de demanda para agrupamento de motores.

Tabela 1 Fator de Demanda.


Números de motores em operação Fator de demanda (%)
1 - 10 70 - 80
11 - 20 60 - 70
21 - 50 55 - 60
51 - 100 50 - 60
Acima 100 45 - 55
Fonte: adaptado de Mamede (2017).

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Com base em Mamede (2017), vamos resolver um exemplo prático.


Exemplo 1. A Figura 12 mostra a curva de carga de uma instalação na qual se observa que a
demanda máxima é 650 kW. Calcule o fator de demanda sabendo que a potência instalada é 1015
kW.

Fonte: adaptado de Mamede (2017).


Figura 12 Fator de Demanda – 24h.

Fd= Dmáx./Pinst.Figura 1=650.10³/1015.10³=0,64


Fator de Carga (Fc)
É a relação entre a demanda média, em um determinado período, pela demanda máxima re-
gistrada durante o mesmo período. Esse fator é sempre maior que zero e menor ou igual a 1.
Pode ser diária, sendo denominado Fator de Carga Diária (Fcd), e pode ser mensal, Fator de
Carga Mensal (Fcm).
O fator de carga diário é calculado pela expressão:
D
Fcd = med
Dmax

O fator de carga mensal é calculado pela expressão:


CkWh
Fcm =
730.Dmax

Em que:
• CkWh = consumo de energia elétrica, durante o tempo considerado.
• Dmáx. = demanda máxima, para o tempo considerado, em Kw.
• Dméd. = demanda média, para o tempo considerado, calculada por meio da integração
da curva de carga.
Um elevado fator de carga significa obter benefícios, como:
• Otimização dos investimentos da instalação elétrica.

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• Aumento da vida útil da instalação elétrica, e aproveitamento racional no uso dos mo-
tores e equipamentos.
• Redução do valor da demanda de pico.

Exemplo 2. Considere agora a curva de carga apresentada no Exemplo 1. Admita que o con-
sumo de energia elétrica, apresentada na conta da concessionária, foi de 190.000 kWh. Calcular o
fator de carga diário e mensal.
Fcd = 350.10³/650.10³= 0,54
Fcm = 190.000.10³/730.650.10³= 0,40
A melhoria do fator de carga, visando à economia de energia elétrica, pode ser feita com base
na expressão que define o fator de carga mensal, de duas maneiras:

Figura 13 Melhoria do Fator de Carga.

Por meio da curva de carga apresentada nas Figuras 14 – Não otimizado e Otimizado, pode-
mos ver e analisar as situações propostas.

Figura 14 Melhoria do Fator de Carga.

Duas outras medidas, muito eficazes, são adotadas:

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Controle Automático de Demanda: prioriza e segrega determinadas cargas que pas-



sam a ser controladas. Pelas características próprias, as cargas mais selecionadas são:
sistemas de ar condicionado, estufas, fornos, câmaras frigoríficas.
• Reprogramação da operação das cargas: máquinas de grande porte têm o funciona-
mento deslocado para horários de baixo consumo.
O controle automático da demanda e a reprogramação da operação das cargas são práticas
conhecidas das indústrias, desde a época da implantação da tarifa horo-sazonal.
Fator de Perda (Fp)
É a relação entre a perda de potência na demanda média e a perda de potência na demanda
máxima, durante um determinado período.
=Fp 0,30.Fc + 0, 70.Fc 2

Fator de Simultaneidade (Fs)


É a relação entre a demanda máxima do grupo de aparelhos pela soma das demandas indivi-
duas dos aparelhos do mesmo grupo, durante um determinado período.
D
Fs = n max
∑ Dmax
i

i =1

A Tabela 2 a seguir fornece o fator de simultaneidade para grupamento de diferentes potên-


cias de motores e outros equipamentos.

Tabela 2 Fator de Simultaneidade.


Aparelhos Números de Aparelhos
(CV) 2 4 5 8 10 15 20 50
Motores:
0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40
3/4 – 2,5
Motores:
0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45
3 – 4,5
Motores:
0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50
20 - 40
Acima de 40 0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60
Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70
Soldadores 0,40 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30
Fornos Re-
1,00 1,00 - - - - - -
sistivos
Fornos Indu-
1,00 1,00 - - - - - -
ção
Fonte: adaptado de Mamede (2017).

Fator de Utilização
É o fator pelo qual deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho para obter a potência
média absorvida por este, nas condições de utilização.
A Tabela 3 a seguir fornece o fator de utilização para os equipamentos mais utilizados nas ins-
talações elétricas.

Tabela 3 Fator de Utilização.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Aparelhos Fator de Utilização


Fornos a resistência 1,00
Secadores, Caldeiras etc. 1,00
Fornos a Indução 1,00
Motores 3/4 - 2,5 CV 0,70
Motores 3 – 15 CV 0,83
Motores de 20 – 40 CV 0,85
Acima de 40 CV 0,87
Soldadores 1,00
Retificadores 1,00
Fonte: adaptado de Mamede (2017).

Demanda de Potência
A decisão sobre a previsão da demanda da instalação cabe ao projetista, com base nas carac-
terísticas das cargas e da atividade desenvolvida. Em um projeto industrial, basicamente as cargas
são divididas entre o setor de manufatura e o administrativo, em que o projeto deve atender a par-
ticularidades como: nível de iluminação; quantidades de tomadas; outras cargas.
Com base nas cargas localizadas na planta, por meio do layout, determinamos a demanda de
cada carga, aplicando-se os fatores adequados de projeto.

Motores Elétricos
O Cálculo da Potência no eixo do motor (Peim) é realizado pela fórmula:
Peim= Pn ⋅ Fum
Em que:
• Pn = Potência Nominal do motor, (CV).
• Fum= Fator de utilização do motor.
• Peim= Potência no eixo do motor, (CV).

Demanda solicitada da rede de energia (Dm):


P .0, 736
Dm = eim ( kVA )
η .FP
Em que:
• FP= Fator de Potência do motor.
• Ƞ= Rendimento do motor.

Iluminação
Demanda de iluminação (Dil):
 P 
Fm .∑ N l .  Pl + r 
 FP 
Dil = ( kVA)
1000

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Em que:
1) Fm= Fator de multiplicação para compensar perdas no reator e harmônicas.
2) Nl= Quantidade de cada tipo de lâmpada.
3) Pl= Potência Nominal da lâmpada.
4) Pr= Perdas nos reatores.
5) FP= Fator de Potência dos reatores.
Com base em Mamede (2017), vamos resolver um exemplo prático.
Exemplo 3. Determinar as demandas dos CCM1, CCM2, QDL e QGF e a potência necessária do
transformador da subestação. Todos os motores são de indução, rotor em gaiola e de IV polos, mo-
delo W22 IR3 Premium − WEG. Dados: (1) Motores de 75 cv; (2) Motores de 30 cv e (3) Motores de
50 cv. Considerar que todas as lâmpadas são de descarga e possuem reatores com alto fator de po-
tência.

Fonte: adaptado de Mamede (2017).


Figura 15 Indústria.

Demanda de motores
• Motores tipo 1:
75 CV, IV polos, ƞ=95,4%, FP=0,87 (dados do catálogo do fabricante.
Peim = Pn .Fum
Considere o Fum=0,87 (Tabela 3). A potência no eixo do motor é:
Peim=75.0,87=65,25 CV

A demanda solicitada da rede, para ƞ=0,954, FP=0,87 é:


P .0, 736
Dm = eim ( kVA )
η .FP
65, 25.0, 736
= Dm = 57,86 ( kVA )
0,87.0,954

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

• Motores tipo 2:
30 CV, IV polos, ƞ=94%, FP=0,83 (dados do catálogo do fabricante).
Peim = Pn .Fum
Considere o Fum=0,85 (Tabela 3). A potência no eixo do motor é:
Peim=30.0,85=25,50 CV

A demanda solicitada da rede, para ƞ=0,94, FP=0,83 é:


P .0, 736
Dm = eim ( kVA )
η .FP
25,50.0, 736
= Dm = 24, 05 ( kVA )
0,83.0,94

• Motores tipo 3:
50 CV, IV polos, ƞ=94,6%, FP=0,84 (dados do catálogo do fabricante).
Peim = Pn .Fum
Considere o Fum=0,87 (Tabela 3). A potência no eixo do motor é:
Peim=50.0,87=43,50 CV

A demanda solicitada da rede, para ƞ=0,946, FP=0,84 é:


P .0, 736
Dm = eim ( kVA )
η .FP
43,50.0, 736
= Dm = 40, 29 ( kVA )
0,946.0,84

Demanda dos Quadros de Distribuição


• CCM 1 – Centro de Controle de Motores 1
DCCM 1 = N m1.Dm .Fsm
Nm1=10
Fsm=0,65 (Tabela 2)
= =
DCCM 1 10.57,86.0, 65 376,1 kVA
• CCM 2 – Centro de Controle de Motores 2
=DCCM 2 ( N m 2 .Dm 2 .Fsm 2 ) + ( N m3 .Dm3 .Fsm3 )
Nm2=10
Fsm=0,65 (Tabela 2)
= =
DM 2 10.24, 05.0, 65 156,33 kVA
Nm3=5
Fsm=0,70 (Tabela 2)
= =
DM 3 5.40, 29.0, 70 141, 02 kVA
DCCM 2 = ( N m 2 .Dm 2 .Fsm 2 ) + ( N m 3 .Dm 3 .Fsm 3 ) = 297,35 kVA

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Demanda do Quadro de Distribuição de Luz – QDL


 P 
Fm .∑ N l .  Pl + r 
 FP 
DQDL = ( kVA)
1000
Considere:
1) Fm= Fator de multiplicação para compensar perdas no reator e harmônicas=1,8.
2) FP= Fator de Potência dos reatores=0,40.
3) Nlf= 150 (fluorescente).
4) Nli= 52 (incandescente).
5) Plf= 40W.
6) Pli= 100W.
 15,3 
1,8.150.  40 +
 0, 40  52.100
=DQDL = + 26,3 kVA
1000 1000

Demanda do Quadro de Distribuição Geral – QDG


DQDG = DCCM 1 + DCCM 2 + DQDL = 669, 75 kVA

Potência Nominal do Transformador


A solução economicamente viável é a instalação de um transformador de 750 kVA.

Cálculo do Fator de Demanda


Dmax
Fd =
Pinst
Pinst= 10.57,86+10.24,05+5.40,29+26,3=1046,85 kVA
669, 75
= Fd = 0, 64
1046,85

Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no Tópico 4, você deve fazer as leitu-
ras propostas no Tópico 3 para complementar os seus conhecimentos a respeito dos assuntos estu-
dados nessa unidade.

Vídeo complementar _____________________________________________________________


Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida,
selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique
no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: Instalações Elétricas Prediais – Vídeos
Complementares – Complementar 1.
_______________________________________________________________________________

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você
compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade.

3. 1. GRAU DE PROTEÇÃO IP
Para aprofundar seus estudos acerca do Graus de Proteção (IP), acesse o link disponibilizado a
seguir.
• ZAFALON, J. Grau de Proteção (IP). Lumière Electric. Disponível em:
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/artigos/grau_de_protecao_ip.pdf
>. Acesso em: 24 jan. 2018.

3. 2. NBR 5410 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004)
Para conhecer na íntegra a Norma 5410 disponibilizamos o site a seguir. Esta norma estabele-
ce as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a
segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos
bens.
• Disponível em:
<https://www.iar.unicamp.br/lab/luz/normas%20e%20relat%F3rios/NRs/nbr
5410.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2018.

3. 3. NBR 5460 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE


NORMAS TÉCNICAS, 1992)

Para conhecer na íntegra a Norma 5460 disponibilizamos o site a seguir. Esta norma define
termos relacionados com sistemas elétricos de potência, explorados por concessionários de serviços
públicos de energia.
• Disponível em: <www.abnt.catalogo.com.br/norma.aspx?ID=004123>. Acesso em:
Acesso em: 05 jan. 2018.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se
encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estu-
dados para sanar as suas dúvidas.
1) O Sistema Elétrico de Potência (SEP) é composto por quais etapas de operação?
2) Quais os níveis de tensão usual ou comum na transmissão e distribuição e de energia elétrica no Brasil?
3) Considere um equipamento que deve ser utilizado ao tempo. Deve ser protegido contra jatos d’água e
penetração de poeira. Qual deve ser seu grau de proteção?
4) Como deve ser a representação gráfica para:

a) Uma lâmpada comandada por um interruptor simples.

b) Uma lâmpada comandada por um interruptor four way.

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

c) Um conjunto de tomadas sendo: 2 monofásicas (F+N+T), 1 bifásica (F+F+T), a 30 cm do piso.


5) Qual o alcance da NBR 5410?
6) Uma determinada indústria, de pequeno porte, apresenta as seguintes cargas:
MIT LÂMPADAS
POT. Nº PO- FLUORESCENTES VAPOR METÁLICO
QUANT.
(cv) LOS QUANT. POT. (w) QUANT. POT. (w)
1 50 2
2 15 4 30 36 20 250
5 3 6

Considere:
• MIT:
Modelo W22, IR3 Premiun, WEG.
Para fins de FP e rendimento (ƞ), considerar o motor a plena carga.
• Lâmpadas:
Fluorescente 36 W, FP reator 0,98, Perdas=4 VA.
Vapor metálico 250 W, FP reator 0,45, Perdas=66,7 VA.
Valores do catálogo: Sistema de Iluminação da Phillips.
Considerar fator de distorção para perdas com harmônicas do reator 1,8.

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas:
1) Geração, Transmissão, Distribuição e Medição.
2) Segundo a ANEEL:
• Transmissão e subtransmissão: 750; 500; 230; 138; 69; 34,5; 13,8 kV.
• Distribuição primária em redes públicas: 34,5 e 13,8 kV.
• Distribuição secundária em redes públicas: 380/220 Volts e 220/127 Volts, em redes trifásicas; 440/220
Volts e 254/127 Volts, em redes monofásicas.
3) IP 65.
4) Respostas:

a) Interruptor simples comandando lâmpada:

b) Interruptor four way comandando lâmpada:

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

c) Tomadas monofásicas (2) e bifásica (1):

5) A NBR 5410:2004 aplica-se a:


a) Áreas descobertas, externas às edificações.
b) Trailers, Campings e Marinas
c) Circuitos alimentados Vnom ≤ 1000V AC.
d) Canteiros de Obras, Feiras, Exposições (temporárias).
e) Circuitos que funcionam com tensão superior a 1 kV, mas, alimentados e V≤1 kV.
f) Toda fiação que não seja coberta por normas específicas.
g) Linhas elétricas fixas de sinal.
6) Solução:
MIT LÂMPADAS
POT. Nº PO- FLUORESCENTES VAPOR METÁLICO
QUANT.
(cv) LOS QUANT. POT. (w) QUANT. POT. (w)
1 50 2
2 15 4 30 36 20 250
5 3 6

Considere:
• MIT:
Modelo W22, IR3 Premiun, WEG.
Para fins de FP e rendimento (ƞ), considerar o motor a plena carga.
• Lâmpadas:

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

Fluorescente 36 W, FP reator 0,98, Perdas=4 VA.


Vapor metálico 250 W, FP reator 0,45, Perdas=66,7 VA.
Considerar fator de distorção para perdas com harmônicas do reator 1,8.

a) Demanda dos motores:


(1) 50 CV, VI P, FP=0,85, ƞ=94,2%, Fum=0,87 (Tabela 3)
=
Peim P=
n .Fum = 43,50 CV
50.0,87
(2) 15 CV, IV P, FP=0,83, ƞ=92,4%, Fum=0,83 (Tabela 3)
=
Peim P=
n .Fum = 12, 45 CV
15.0,83
(5) 3 CV, II P, FP=0,85, ƞ=86,5%, Fum=0,70 (Tabela 3)
=
Peim P=
n .Fum = 2,55 CV
3.0,85

b) Demanda solicitada da rede:


P eim .0, 736
Dm = ( kVA)
η .FP
Dmotores = Dm 50 + Dm15 + Dm 3 = 54, 49 ( kVA )

c) Demanda do Quadro Distribuição de Motores – QDM:


DQDM = ( N m 50 .Dm 50 .Fsm 50 ) + ( N m15 .Dm15 .Fsm15 ) + ( N m 3 .Dm 3 .Fsm 3 )
DQDM = 35,99 + 19,12 + 10, 20 = 63,31( kVA )

d) Demanda do Quadro de Distribuição de Luz – QDL:


 P 
Fm .∑ N l .  Pl + r 
 FP 
DQDL = ( kVA)
1000
 4   66, 7 
1.8.30  36 +  1.8.20  250 +
 0,98   0, 45 
DQDL = + =16,50 ( kVA )
1000 1000
e) Demanda do Quadro Geral de Distribuição – QGD:
DQGD = DQGM + DQGD = 65,31 + 16,50 = 81,81( kVA )
f) Cálculo da Potência Instalada:
Pinst = 1.39,99 + 2.11,95 + 5.2,55 + 16,50 = 93,14 ( kVA )
Dmax DQDG 81,81
=
Fd = = = 0,88
Pinst Pinst 93,14
g) Cálculo do Fator de Demanda:
Dmax DQDG 81,81
=
Fd = = = 0,88
Pinst Pinst 93,14

5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve a oportunidade de trabalhar com o
SEP – Sistema Elétrico de Potência e sua organização. Tratamos também sobre as instalações elétri-

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Unidade 1 – Sistema Elétrico de Potência

cas e os cálculos de demanda das instalações – tudo realizado gradativamente e com exercícios de
aplicação para fixação do conteúdo. Além disso, foram apresentadas as simbologias usuais para pro-
jeto de instalações elétricas prediais e o dimensionamento das cargas.
Na próxima unidade, trataremos sobre o dimensionamento de condutores por meio dos crité-
rios da mínima bitola, máxima capacidade de condução, máxima queda de tensão e curto-circuito,
suas características e aplicações.

6. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Aneel. Resolução Aneel nº 456, de 29 de novembro de 2000. Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as Condições
Gerais de fornecimento de energia elétrica. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bres2000456.pdf>. Acesso em: 23 jan.
2018.
ELEKTRO. Simuladores. Simulador de Consumo e Tarifas. Disponível em: <https://www.elektro.com.br/sua-casa/simuladores>. Acesso
em: 24 jan. 2018.
ELETROBRÁS. Procel Info – Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética. Simuladores. Disponível em:
<https://www.eletrobras.com/pci/main.asp?view=%7ba6340dfb-8a42-41fc-a79d-
b43a839b00e9%7d&team=&params=itemid=%7ba797016a-8d13-4e7b-b5c3-0ece28880269%7d;&uipartuid=%7b05734935-6950-
4e3f-a182-629352e9eb18%7d>. Acesso em: 24 jan. 2018.
WEG. Home page. Disponível em: <http://old.weg.net/br>. Acesso em: 24 jan. 2018.
WEG S. A. Weg Corporate Video. Disponível em: <www.youtube.com/wegvideos>. Acesso em: 24 jan. 2018.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.
______. NBR 13570: Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos. Rio de Janeiro, 1996.
______. NBR 5419: Proteção contra descagas elétricas Parte 1: Princípios gerais e Parte 2: Gerenciamento de risco. Rio de Janeiro,
2015.
______. NBR 5460: Sistemas Elétricos de Potência. Rio de Janeiro, 1992.
______. NBR 13534: Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde – Requisitos para segurança. Rio de Janeiro,
1995a.
______. NBR 5418: Instalações elétricas em atmosferas explosivas. Rio de Janeiro, 1995b.
______. NBR 13570: Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos. Rio de Janeiro, 1996.
______. NBR 6146: Invólucros de Equipamentos Elétricos – Proteção. Rio de Janeiro, 1980.
______. NBR 9884: Máquinas Elétricas Girantes – Graus de Proteção Proporcionados pelos Invólucros. Rio de Janeiro, 1987.
MAMEDE, F. J. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. Rio de Janeiro:LTC, 2017.
WEG. Motor Elétrico Trifásico – W22. Catálogo Técnico Mercado Brasileiro, 2015.

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