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David J. Peter[i]
Assim inicia um livro sobre preparo para o ministério, escrito por um pastor luterano.
Pode-se ficar impressionado com o poder e sentimento desta descrição do ministro
cristão. Alguém poderia acenar com a cabeça, concordando com as características
do ministério pastoral, assim como descrito nesta passagem. Há, no entanto, uma
afirmação apresentada no texto, que convida a uma investigação. O que se quer
dizer com experimentar o “chamado interno de Deus”? É este um conceito válido
teologicamente? A Bíblia fala de um tal chamado interior? A Igreja reconhece sua
legitimidade e necessidade?
Pois o homem que entra no ministério deve fazê-lo a partir de uma força interna. ...
Deve haver um chamado interno para o ministério. Para outras profissões podem
existir inclinações e tendências; estas também podem atuar diante da entrada no
ministério; mas a estas tendências e inclinações, precisa ser acrescentado o
sentimento que o homem precisa, deve e até mesmo tem a obrigação de ter. Ele
precisa ter isto, por causa da fé; ele deve, porque a fé acrescentará o impulso de
Paulo, “o amor de Cristo nos constrange”; ele tem a obrigação de ter o sentimento,
quando chega o período quando as torturas de consciência não lhe darão nenhum
descanso nem paz, dia e noite, e ele exclamará com Paulo, “Ai de mim se não pregar
o evangelho.”[2]
Que esta visão está bastante difundida dentro da igreja cristã é evidente no fato de
que dentro de certos círculos evangélicos, o candidato à ordenação é regularmente
questionado por um grupo de averiguação, acerca de seu chamado interior para o
ministério.[3] Não é raro encontrar denominações que oficialmente exigem um tal
chamado. Por exemplo, A Constituição da Igreja Evangélica Reformada (parte III,
artigo 16) declara: “Um ministro é chamado por Cristo para o ministério da palavra. ...”.
Seu Regimento (parte III, artigo 21) explica a natureza de um tal chamado: “Um
estudante para o ministério é um membro de uma congregação da igreja, que crê ser
ele divinamente chamado e entra no estudo para preparar-se para o ministério.”[4]
Há diversos outros exemplos de denominações que requerem o chamado interior do
Espírito, como exigência para entrada no ministério.
Já vimos como o Novo Testamento fala de um chamado imediato para uma função
ou ofício específicos. Um tal chamado foi feito para Paulo e Barnabé. Poder-se-ia
também entender a escolha direta de Deus, em tempos bíblicos, de outros indivíduos
para a missão, como sendo um “chamado”, apesar da palavra não ser usada
especificamente naquelas situações. Estes são todos chamados imediatos. Mas não
devemos assumir que sejam paradigmas para hoje. Na verdade, mesmo na Escritura,
eles são a exceção, não a regra. Charles Smith observa:
Uma das causas mais frequentes de confusão, no que se refere à vontade de Deus, é
o erro comum de não perceber o aspecto único da maneira como Deus tratava com
aqueles e através daqueles que ele escolheu para revelar-se nas Escrituras. Você
não é um Moisés! Você também não é nenhum Josué, Abraão, Ezequiel, Daniel,
Mateus, João ou Paulo! Você não deve esperar o tipo de revelação que eles
receberam. O método de Deus tratar com eles não foi o método normal de tratar com
os crentes em qualquer época.[23]
É com esta base bíblica que o luteranismo ortodoxo rejeita o chamado interior como
normativo. O chamado interior é negado, porque ele é um chamado imediato e o
chamado imediato não deve ser esperado hoje. Lutero insistiu que todo aquele que
ministra publicamente deve ter um chamado próprio, seja imediatamente da parte de
Deus (em cujo caso, o chamado deveria ser autenticado por sinais e milagres), ou
mediatamente, através do pedido da igreja.[24] Os teólogos luteranos ortodoxos
afirmaram que, apesar de os patriarcas, profetas e apóstolos terem recebido
chamados imediatos da parte de Deus, não se deve esperar que Deus chame seus
ministros de forma imediata. Ao invés disso, Deus chama mediatamente, através de
uma terceira parte, a assembleia cristã. O chamado mediato é, portanto, o ´método
ordinário e usual pelo qual Deus provê a igreja pós-apostólica com ministros.[25]
Martin Chemnitz escreve:
Não queremos, nem devemos, prescrever qualquer coisa à vontade livre de Deus e
seu infinito poder. Mas visto que no Novo Testamento não temos nem promessa de
que após os apóstolos, Deus queira enviar trabalhadores para sua seara através de
um chamado imediato, nem há qualquer ordem de que devêssemos esperar até que
ministros fossem escolhidos por um chamado imediato, seguimos e devemos seguir,
por isso, a forma que os apóstolos prescreveram para nós pelo Espírito Santo, ou
seja, que Deus neste tempo quer chamar e enviar ministros para sua igreja através
de um chamado mediato e meios regulares.[26]
Lutero citou 1 Co 14.39,40 como a base para o poder da congregação cristã “pregar,
permitir a pregação e chamar”.[31] Ele insistiu na necessidade do chamado mediato,
em oposição a Esmer, que permitia leigos se tornarem bispos sem um chamado; a
Karlstadt, que se conduzia como pastor em Orlamunde, sem um chamado regular; e
principalmente aos anabatistas, que tiravam de forma subversiva a autoridade de
pastores regularmente chamados.[32] A Confissão de Augsburgo afirma: “Da ordem
eclesiástica se ensina que sem chamado regular ninguém deve publicamente ensinar
ou pregar ou administrar os sacramentos na igreja.”[33] Os teólogos luteranos
ortodoxos dos séculos XVI e XVII afirmaram a uma voz que somente o chamado
mediato deve ser esperado nos tempos pós-apostólicos.[34] Até mesmo Spener
considerou apenas o chamado mediato como sendo regular, apesar de que alguns
de seus sucessores pietistas se desviaram desta regra.[35] A Igreja Luterana –
Sínodo de Missouri – reafirmou esta posição luterana histórica ao aprovar em 1851
dez “Teses sobre o Ministério”, preparadas por C. F. W. Walther. Walther escreve: “...
é igualmente a congregação - e somente pode ser a congregação – pela qual, ou seja,
pela sua eleição, chamado e comissão, o ministério da pregação, que administra
publicamente o ofício das chaves e todos os ofícios sacerdotais na congregação, é
conferido a certas pessoas qualificadas para isto.”[36]
Apesar da boa intenção de uma idéia assim, uma atitude permissiva como a referida
acima ignora os perigos, tanto de ordem teológica como prática, envolvidos no
conceito do chamado secreto. Antes de mais nada, a pessoa estará fundamentando
o ofício do ministério em um terreno bastante subjetivo e, portanto, incerto. Pois
enquanto o chamado mediato externo pode ser substanciado por uma fonte objetiva
de verdade (o convite de uma congregação para servi-la), o chamado interior não o
pode. A falta de clareza e a ambiguidade evidentes nas tentativas de definir o
chamado interior indicam sua natureza extremamente subjetiva. Winthrop Hudson
observa: “mesmo aqueles que têm sido mais insistentes na necessidade de um
chamado ‘interior’, e mais confiantes de que a realidade daquele chamado poderia
ser ‘testada’ e ‘aprovada’, sempre reconheceram que alguma incerteza permanece e
que aquilo que a pessoa sinceramente pensa ser o guiar do Espírito, poderia ser
nada mais do que auto-ilusão.” [37] Alguém pode falar de uma “fraca voz” ou de uma
voz interior, mas a Bíblia não dá critério para um caso como este, para distinguir entre
a voz de Deus e alguma outra voz potencial. Como Garry Friesen observa:
Impressões interiores não são uma forma de revelação. Desta maneira, a Bíblia não
investe de autoridade impressões interiores como indicadores de orientação divina.
Impressões são verdadeiras; os crentes as experimentam. Mas elas não são
autoritativas. Impressões são impressões. Chame-as de “espirituais”, ou as atribua
ao Espírito Santo, mas elas continuarão sendo o mesmo – apenas impressões.
Impressões com qualquer outro nome confundem o assunto e confundem o crente no
processo de tomar decisões.[38]
Com uma orientação assim, no âmbito da lei, não é de se surpreender que culpa,
ansiedade e uma sensação de carga acompanhe a experiência do chamado interior.
Paul Southern associa o conceito do chamado interior com os problemas de um bom
número de ministros e estudantes de teologia com quem ele tem trabalhado.
“Relatórios clínicos”, ele relata, “falam de inúmeros homens que experimentam um
‘chamado para o ministério’, para depois da aceitação serem atribulados por dúvida e
incerteza.”[41] Sem dúvida, muitos estão carregados de culpa, porque sentem que
receberam o chamado interior para o ministério, mas não o obedeceram. Assim,
apesar de estarem em outras atividades também agradáveis a Deus, eles pensam
sempre que estão “fugindo de Deus” e, assim, também estariam fora de sua vontade.
Por outro lado, há também aqueles homens qualificados, que desejavam seguir o
ofício pastoral, mas não o fizeram porque não experimentaram o chamado interior.
Eles têm o desejo e são capazes para servir a Deus no ministério público, mas estão
convencidos de que Deus primeiro precisa dar sua “luz verde”, através de uma
experiência extraordinária. Quando uma tal experiência não vem, a pessoa sente-se
impedida de preparar-se para o ministério, e a igreja é quem mais perde com isto.
Finalmente, quantos ministros já abandonaram seu ofício, exatamente porque o
sentimento interior de seu chamado secreto eventualmente diminuiu? Toda esta
indecisão e ansiedade contrastam fortemente com a certeza objetiva do chamado
mediato pela igreja, afirmada por Chemnitz nestas palavras:
A certeza de um chamado divino move os ministros da palavra, assim que cada um,
em seu lugar, no temor de Deus, realiza suas funções com grande diligência, fé e
zelo, sem enfado. E ele não se deixa ser carregado para fora de seu ofício por medo
de qualquer perigo ou perseguição, visto estar certo de que é chamado por Deus e
que aquele ofício foi confiado divinamente a ele.[42]
A Bíblia nunca promete, nem exige um chamado interior a fim de determinar quem
serão os pastores. Mas ela oferece diretrizes para selecionar aqueles que servirão
neste ofício. Podem-se legitimamente citar passagens descritivas da Escritura para
demonstrar estas diretrizes; mas estaremos sobre solo muito mais sólido quando
consultarmos passagens prescritivas. Estas podem ser encontradas em 1 Tm 3.1-7;
Tt 1.5-9 e 1 Pe 5.1-4. Muito pode ser dito acerca destes textos, mas nos
contentaremos com os dois requisitos básicos contidos nos textos, que constituem
motivação válida para o ministério.
Primeiro, deve existir o desejo de servir no ofício pastoral. Paulo inicia suas
orientações a Timóteo com respeito à escolha dos líderes espirituais, com estas
palavras: “Fiel é a palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”
(1 Tm 3.1). Obviamente este desejo deve ser motivado corretamente, pois a Escritura
condena enfaticamente aqueles que buscam o ofício por vaidade ou interesses
egoístas, ou por “sórdida ganância” (2 Tm 4.3,4; Tt 1.11; 1 Pe 5.2). Este desejo deve
derivar de motivação do evangelho, não da lei. Pedro insiste que aquele que exerce
supervisão sobre o rebanho de Deus deve fazê-lo “não por constrangidos, mas
espontaneamente ... de boa vontade” (1 Pe 5.2). Observe como as instruções de
Pedro contradizem a noção inerente ao chamado secreto, que fala de compulsão
interna, constrangimento, pressão, impulso, etc.
Este desejo de servir como pastor do rebanho de Deus é estimulado pela valorização
da graça de Deus e reconhecimento das necessidades da igreja. “Ao invés de
esperar por algum tipo de voz interior,” escreve Garry Friesen, “o homem tem de
cultivar uma resposta interior ao desafio de servir a Deus da maneira mais plena
possível.”[48] A maneira mais plena de servir a Deus é servir sua igreja e o desejo de
fazer isto é uma motivação apropriada para buscar o ofício de pastor. Tal motivação é
teocêntrica e eclesiocêntrica. Assim, ao invés de falar de um chamado interior,
faríamos melhor em falar como o faz o Novo Testamento, a respeito de uma
“aspiração”, ou “desejo” de ocupar o ofício do episcopado na igreja.
Um segundo fator mais importante que define uma motivação apropriada para
preparar-se para o ministério, é o reconhecimento de que a pessoa está em
conformidade com as qualificações listadas por Paulo em 1 Tm 3 e em Tt 1. Os
teólogos luteranos têm tradicionalmente enfatizado estas qualificações como
essenciais tanto para ministros como para estudantes ministeriais. Lutero diz: “Que
qualificações os bispos, ou pastores, a serem escolhidos pelo povo devem ter, Paulo
ensina suficientemente em Tt 1.5ss e 1 Tm 3.2ss.”[49] Com base em 1 Tm 5.22 (“A
ninguém imponhas precipitadamente as mãos”), Francis Pieper argumenta que é
necessário escolher pastores “conforme os atributos enumerados como requisitos
para este ofício,” citando 1 Tm 3 e Tt 1.[50] O relatório da CTRE (Comissão de
Teologia e Relações Eclesiais da Lutheran Church – Missouri Synod), The Ministry:
Offices, Procedures, and Nomenclature, afirma: “Para ser elegível para ser chamado
ao ofício do ministério público, um homem precisa ser considerado como tendo os
requisitos colocados por Deus, listados em 1 Tm 3 e Tt 1.”[51]
Desta forma, o homem deveria estar livre para buscar o ofício de pastor se suas
habilidades, personalidade e atitudes se conformam às qualificações escriturísticas
para o ofício. Seus motivos serão válidos, se ele deseja propriamente esta posição do
ministério na igreja e se, ou já possui ou é capaz de desenvolver as atitudes e
habilidades exigidas para aquela posição. Martin Chemnitz une os fatores de desejo
e qualificações, ao discutir a motivação para o ofício do episcopado:
Como já vimos, o ministério não é centrado no indivíduo, mas na igreja. Segue a isto
que a igreja estará envolvida em todos os aspectos do ofício do ministério, incluindo o
campo motivacional. Um terceiro fator útil para definir a motivação para o pastorado é
o encorajamento que vem da comunidade cristã. Paulo instruiu Tito a “constituir
presbíteros” (Tt 1.5), e “o que de minha parte ouviste, através de muitas
testemunhas”, ele encorajou Timóteo a transmitir “a homens fiéis e idôneos para
instruir a outros” (1 Tm 2.2). Eles deveriam fazer esta constituição e transmissão
assim como Paulo havia previamente lhes orientado, isto é, através da igreja (Tt 1.5;
Rm 10.15; 1 Tm 4.14). Obviamente, então, é a igreja que reconhece as duas
prescrições de um ministério válido em um indivíduo e então o encoraja a continuar a
cultivar seu desejo e habilidades.
Conclusão
Apesar de que a Bíblia não promete o chamado secreto interior, ela não nos deixa
sem instruções a respeito de uma motivação válida para alguém buscar o ofício do
episcopado. Esta motivação deve derivar de um desejo correto de servir a Deus e ao
seu povo, e do reconhecimento que a pessoa possui as qualificações para o ofício,
assim como descritas na Escritura. Estas prescrições são, ainda, reforçadas pelo
encorajamento e conselho da congregação local. Quando tais diretrizes bíblicas são
seguidas, a pessoa pode preparar-se para o ministério com a confiança da
aprovação de Deus e poderá futuramente receber seu chamado legítimo, mediado
através da igreja.
[1] ROCKEY, Carrol J. Fishing for Fishers of Men, Philadelphia: The United Lutheran
Publication House, 1924, p. 13.
[3] Garry Friesen, Decision Making and the Will of God, Portland: Multnomach Press,
1980, pp. 314-315.
[4] Citado em MILLER, Allen O. Discussion of Winthrop S. Hudson’s Paper.
Conference on Motivation for the Ministry, Louisville: Southern Baptist Theological
Seminary, 1959, pp. 47-48.
[6] STRUNK Jr, Orlo. Men, Motives, and the Ministry. Religious Education, v. 54, n. 5,
set.- out. 1959, p. 433.
[7] HUNT, Richard A., CARDWELL, Sue W., DITTES, James E. Theological School
Inventory Manual. Dallas: Ministry Studies Board, 1976. p. 17.
[8] Esta informação foi providenciada pelo pastor Richard Benke, Diretor de
Recrutamento Ministerial do Concordia Seminary, de St. Louis, em 21 de janeiro de
1985.
[11] COENEN, L. Call. The New International Dictionary of New Testament Theology.
Grand Rapids: Zondervan, 1975. v. 1, 273-276.
[13] PIPES, J. C. Motivation for Entering the Ministry Among Mountain Preachers.
Conference on Motivation for the Ministry, p. 19.
[15] NIEBUHR, H. Richard. The Purpose of the Church and its Ministry. New York:
Harper & Brothers, 1956. p. 64.
[17] CALVINO, João. Citado em NIEBUHR, H. Richard, WILLIAMS, David N., eds.
The Ministry in Historical Perspectives. New York: Harper & Brothers, 1956, p. 139.
[18] CALVINO. The Ministry in Historical Perspectives, p. 139.
[19] WALKER, Willinston. The Creeds and Platforms of Congregationalism. New York:
1983, p. 214.
[21] HUDSON, Winthrop S. The Protestant Concept of Motivation for the Ministry.
Conference on the Motivation for the Ministry, p. 34.
[23] SMITH, Charles R. Can You Know God’s Will for Your Life? Winona Lake: M. M.
H. Books, 1977, p. 2.
[24] Luther’s Works, Philadelphia, St. Louis: Fortress, Concordia, 1958, v. 40, pp.
384-393 (citado daqui para a frente como LW).
[25] GERHARD, John. Loci Theologici, traduzido por Richard J. Dinda. St. Louis:
Concordia – microficha, XXIII, parágrafo 76, pp. 48-49. HUTTER, Leonard. Compend
of Lutheran Theology, traduzido por H. E. Jacobs e G. F. Spieker. Philadelphia: The
Lutheran Book Store, 1868, p. 143. QUENSTEDT, John Andrew. Theologicia
Didactio-Polemica. Wittenberg: Haeredes, 1985, IV, 395. BAIER, John W.
Compendium Theologiae Positivae, C. F. W. Walther, ed. St. Louis: Concordia, 1879,
III, b, 689.
[27] GERHARD. XXIII, parágrafo 83, pp. 52-54; QUENSTEDT, IV, 395.
[28] CHEMNITZ, pp. 31-34. Uma abordagem sobre a base bíblica do chamado
mediato pode ser encontrada em: BRUEGGEMANN, H. G. The Public Ministry in the
Apostolic Age. Concordia Theological Monthly, v. 22, n. 2, 1951, pp. 81-109.
[30] Dizemos que nenhum outro chamado é ordinariamente válido, porque, assim
como Chemnitz afirmou acima, não determinamos qualquer coisa que seja à livre
vontade de Deus e seu poder infinito. Da mesma forma, Lutero reconheceu que se
ocorresse uma situação onde não houvesse uma comunidade cristã para administrar
um chamado, a pessoa poderia propriamente assumir os deveres por si mesmo; ver:
LW, v. 11, p. 415 e v. 40, p. 34.
[33] CA XIV.
[34] PRAGMAN, James H. Traditions of Ministry. St. Louis: Concordia, 1983, pp.
65-70. Pragman resume o posicionamento dos dogmáticos luteranos.
[36] WALTHER, C. F. W. The Theses on the Ministry, Tese VI. Walther and the
Church. DALLMANN, William, ENGELDER, Theodore, eds. St. Louis: Concordia,
1938, p 75.
[40] WALTHER, C. F. W. The Proper Distinction between Law and Gospel. Traduzido
por W. H. T. Dau. St. Louis: Concordia, 1929, p. 41.
[46] LUTERO, citado por PIEPER, Francis. Christian Dogmatics. v. 3, St. Louis:
Concordia, 1953, p. 450.
[47] BLOMENBERG, Ralph. Ministers are Made, Not Born: Luther’s Doctrine of the
Ministry. Concordia Student Journal, v. 2, n. 2, 1979, p. 14.
[48] FRIESEN, p. 316.
[i] O autor, na época estagiário de Teologia pelo Concordia Seminary, em St. Louis,
hoje é professor naquela Faculdade. No início do trabalho, o editor da revista
(Concordia Journal) faz a seguinte observação: