SA FILHO JCF; OLIVEIRA BMS; MELO CR; BACCI L; SAMPAIO TS; BLANK AF. 2016.

Toxidade do óleo essencial de Mentha x villosa Hudson no controle do curuquerê da couve. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 54. Anais... Recife: ABH, p. 135.

1 Toxidade do óleo essencial de Mentha x villosa Hudson no controle do

2 curuquerê da couve
3 José Carlos Freitas de Sá Filho 1; Carlisson Ramos Melo 1; Bruna Maria Santos de
4 Oliveira1; Taís Santos Sampaio1; Leandro Bacci1; Arie Fitzgerald Blank1
1
5 UFS – Universidade Federal de Sergipe. Jardim Rosa Elze, 49100-000 São Cristóvão – SE,
6 carlos.freitassa@yahoo.com.br; carlisson_melo@hotmail.com; bruna_barreiros02@hotmail.com;
7 tais.parker@gmail.com; bacci.ufs@gmail.com; arie.blank@gmail.com
8 RESUMO
9 O curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis (Lepidoptera: Pieridae) é considerado
10 praga-chave em brassicaceas. Durante o período larval podem consumir quase toda a
11 folhagem, destruindo as plantações. O controle normalmente é realizado com o uso
12 intensivo de inseticidas organosintéticos, o que tem ocasionado diversos problemas
13 econômicos, ambientais e sociais. Os efeitos adversos destes produtos justificam a
14 busca por métodos alternativos de controle. Óleos essenciais de plantas são
15 considerados uma alternativa viável ao uso de inseticidas sintéticos. Objetivou analisar a
16 composição química do óleo essencial de Mentha x villosa e sua toxicidade sobre A.
17 monuste orseis. O óleo essencial de M. x villosa foi obtido por hidrodestilação de folhas
18 secas em aparelho tipo Clevenger, e os compostos foram identificados por
19 Cromatografia Gasosa, Espectrometria de Massas, aclopada por Detector Iônico de
20 Chamas (CG/EM/DIC). Foram realizados bioensaios de toxicidade aguda com lagartas
21 de 2° instar provenientes da criação mantida na Clinica Fitossanitária da UFS. O
22 delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os
23 tratamentos foram o óleo essencial e a testemunha. O óleo foi diluído em acetona como
24 base no peso médio dos insetos (2mg a 12mg do óleo essencial/ g do inseto) e na
25 testemunha utilizou-se apenas este solvente, sendo aplicada em cada lagarta 0,5μL da
26 solução na região protoráxica. Cada parcela experimental foi constituída por um pote
27 plástico transparente (180 mL) contendo 10 lagartas. O óleo essencial apresentou sete
28 compostos, sendo o óxido de piperitona o componente majoritário (90%), assim como
29 atividade larvicida, após 48h de sua aplicação. As doses letais para matar 50% e 90% da
30 população foram DL50 = 5,10µg mg-1 e DL90= 10,81µg mg-1. Os resultados
31 demonstram a eficiência do óleo essencial M. x villosa como potencial inseticida para o
32 controle do curuquerê-da-couve. Estudos futuros poderão dar subsídeos para o
33 desenvolvimento de produtos a base deste óleo essencial.
34 PALAVRAS-CHAVE: Ascia monuste orseis, Controle alternativo, Bioinseticidas.
35 REFERÊNCIAS
36 EHLERT PAD; BLANK AF; ARRIGONI-BLANK MF; PAULA JWA; CAMPOS DA;
37 ALVIANO CS 2006. Tempo de hidrodestilação na extração de óleo essencial de
38 sete espécies de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 8: 79-
39 80.
40 GALLO D; NAKANO O; SILVEIRA NETO S; CARVALHO RPL; BATISTA GC;
41 BERTI FILHO E; PARRA JRP; ZUCCHI RA; ALVES SB; VENDRAMIM JD;
42 MARCHINI LC; SPOTTI LOPES JR; OMOTO C. 2002. Manual de Entomologia
43 Agrícola. Piracicaba: FEALQ. 920p.

Anais 54o Congresso Brasileiro de Olericultura (CD ROM), julho 2016