DIREITO ADMINISTRATIVO

Princípios da Administração Pública: Art. 37 CFRB/88

Nos primeiros cinco princípios que estudaremos são os chamados PRINCÍPIOS EXPRESSOS, posto estarem previsto no texto
constitucional. O artigo 37, caput, da CR consagra expressamente os 05 primeiros princípios: LEGALIDADE,
IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA: PRODUTIVIDADE, ECONOMICIDADE, RESULTADOS, METAS, OBJETIVOS

DEFINIDOS, REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO DE DINHEIRO PÚBLICO E EXCEÇÃO DE
SERVIÇOS (PRESTEZA E RENDIMENTOS FUNCIONAL).
Princípios Implícitos:
- SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO;
- INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO;
- AUTOTUTELA;
- CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO;
- RAZOABALIDADE;
- PROPORCIONALIDADE.

Órgãos Público:
Como visto, os órgãos são decorrentes do fenômeno da desconcentração na
Administração Pública (1º setor – Administração Direta). A principal característica é que não
apresentam personalidade jurídica. Órgão público não passa de uma repartição interna do
próprio Estado, é resultado da desconcentração. Em regra, são hierarquicamente subordinados
ao próprio Estado.
Órgão Público:
- FRUTO DA DESCONCENTRAÇÃO;
- ESTRUTURAÇÃO EM BASES DE HIERARQUIA E SUBORDINAÇÃO;
- ORGANIZAÇÃO EM REPARTIÇÕES/DEPARTAMENTOS;
- CENTRO DE COMPETÊNCIAS/UNIDADES DE ATUAÇÃO.

ESTRUTURAÇÃO INTERNA DA ADMINISTRAÇÃO;

- CRIAÇÃO DE ESTRUTURA BASEADA NA HIERARQUIA/SUBORDINAÇÃO;
- RACIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO;
- CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS (CENTROS DE COMPETÊNCIAS/UNIDADES DE
ATUAÇÃO)

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com

patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade
econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta.

Requisitos/elementos do Ato Administrativo

Não há consenso doutrinário em relação ao elenco desses elementos que compõem o
ato administrativo. Celso Antônio Bandeia de Mello tem uma posição peculiar, mas,
basicamente a doutrina majoritária vai adotar cinco grandes elementos do ato administrativo:
competência, finalidade, forma, motivo e objeto, cuja ausência provoca a invalidação
do ato. Estão na Lei da ação popular: Lei nº 4.717/65, art. 2º.
*Distinção de motivo, objeto e finalidade, utilizando o exemplo do ato administrativo da
algemação:

O motivo são as causas que levaram a algemação do indivíduo (resistência, risco de fuga,
periculosidade).
O objeto é o efeito imediato, ou seja, a restrição de liberdade.
A finalidade é a garantia da segurança de terceiros (comunidade), dos policiais e do próprio
infrator.

ATRIBUTOS Administrativos
- Presunção (Legitimidade e Legalidade);
- Tipicidade;
- Imperatividade;
- Autoexecutoriedade;

Ato Vinculado e Ato Discricionário

a) Ato Vinculado - É quando o policial não tem oportunidade de escolha. A própria lei estabelece
a única solução possível diante de uma situação concreta, sem qualquer margem de apreciação
subjetiva.

Exemplo, o dever de o policial militar prender o cidadão infrator que seja encontrado em flagrante
delito. O artigo 301 do Código de Processo Penal não dá margem de escolha.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

B) ATO DISCRICIONÁRIO - CONSISTE EM CERTA MARGEM DE ESCOLHA QUE A LEI

CONFERE AO POLICIAL PARA OPTAR, DIANTE DE UM CASO CONCRETO, QUAL A
MELHOR OU A MAIS RAZOÁVEL MEDIDA A SER ADOTADA, OBSERVANDO-SE OS LIMITES
ESTABELECIDOS PELA PRÓPRIA LEI. A DISCRICIONARIEDADE TAMBÉM DIZ RESPEITO A
ESCOLHA ENTRE O AGIR E O NÃO AGIR.
O AUTOEXECUTORIEDADE - É O ato praticado poder ser imediatamente executado SEM
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.

Ato administrativo

Ato Discricionário:
- MÉRITO ADMINISTRATIVO;
- JUÍZO DE CONVENIÊNCIA/OPORTUNIDADE;
- LIBERDADE REGRADA DO ADMINISTRADOR (GRAU DE LIBERDADE);

*O MÉRITO ADMINISTRATIVO NÃO É EXAMINADO PELO PODER JUDICIÁRIO.

*MERITO É O USO CORRETO DA DISCRICIONALIDADE.
*MÉRITO É O JUÍZO DA CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
*NÃO EXISTE MERITO NO ATO VINCULADO
*FINALIDADE SEMPRE SERÁ O INTERESSE PÚBLICO

Ato Vinculado:
- 100% previsto na Lei;
- Não há mérito;
- Não há juízo de conveniência e oportunidade;
- Não há grau de liberdade.

ART. 37 – Adm Direta

Executivo
Adm Indireta
Judiciário
Todos os poderes
Legislativo

PCE (PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS)