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A Filha do Teatro - Cênicas Cia de Repertório

Com o elemento trágico, um tiro, tem-se início o enredo de A Filha Do Teatro, 10°
montagem da Cênicas Cia de Repertório fez sua estreia nacional no 19° Janeiro de
Grandes Espetáculos 2013. O espetáculo, com direção de Antônio Rodrigues e texto de
Luís Augusto Reis, é uma homenagem ao fazer teatral. Cumpriu temporada regular no
Teatro arraial – (mar/2013) e realizou participação no 23° Festival de Inverno de
Garanhuns – (jul/2013).
A peça recebeu o 1° Lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia em 2003 e é estruturada
em nove monólogos dispostos em três momentos distintos mostrando o olhar de cada
uma das três personagens contidas no texto: o da diretora teatral, mãe adotiva; o de
uma ex-atriz pornô, a mãe biológica; e o da própria filha. A relação familiar entre essas
mulheres fortes se estabelece com o nascimento da menina e também com a presença
da personagem Elisa, companheira da diretora. Mesmo sendo personagem oculta, Elisa
estará presente no relato das três, definindo importante elo entre elas e sendo uma
espécie de mola propulsora do fio condutor da trama.
É a memória o motor da narrativa. As atrizes Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela
Costa se revezam na interpretação das personagens e revelam aos poucos os fatos que
antecederam o assassinato. O que assistimos em cena é a evocação desse passado: o
público vai montando o quebra cabeça do crime e as motivações de tal ato a partir do
ponto de vista das narradoras. Através de três memórias sonoras que são desvelados
momentos distintos e cruciais de suas vidas: O tiro, o choro e a prece.
Na montagem da Cênicas Cia de Repertório a metalinguagem e o trabalho do ator são
as molas da encenação. Três atrizes em seus camarins dispostos em volta da área de
representação vão criando as narrativas a partir do jogo cênico proposto no texto,
aduzindo à cena o frescor do processo de criação onde as personagens são vividas por
cada uma delas. A disposição dos elementos cênicos e o trabalho corporal e vocal do
elenco vão edificando as atmosferas de cada cena.
Utilizando-se as referências de algumas obras teatrais presentes no próprio texto,
destaca-se a grande influência de Lorca para as personagens, trazendo um forte
elemento da poesia do dramaturgo andaluz para a encenação. Com a utilização de xales
e da sobreposição de tecidos que formam as saias, o figurino de ensaio vai sendo
ressignificado para a composição dessas mulheres. A filha desse teatro, que está
impregnado em cada um de nós, marca à ferro quente a alma daqueles que o fazem e
que o assistem.

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