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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DO TRABALHO:

PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS

Diniz, Sílvia Correia da Silva Diniz 1

Profª. Lima, Joelma Aparecida de Lima 2

RESUMO
O enfermeiro do trabalho é um profissional que assiste diariamente o trabalhador e
exerce funções de modo a promover a qualidade de vida do profissional. O objetivo
desse estudo é analisar o papel do enfermeiro do trabalho frente às doenças
ocupacionais e sua contribuição para a prevenção dessas doenças. Trata-se de um
estudo do tipo exploratório, bibliográfico com análise integrativa, qualitativa da
literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais a respeito do tema. Os
dados foram extraídos da literatura e agrupados em três núcleos de conhecimentos:
a história da enfermagem do trabalho, o profissional da enfermagem do trabalho e
suas principais atribuições e a assistência de enfermagem do trabalho na prevenção
de doenças ocupacionais. Sabendo que o enfermeiro do trabalho atua na prevenção
de doenças ocupacionais por meio do desenvolvimento de programas de proteção à
saúde do trabalhador. Os achados permitem afirmar que esse profissional é de grande
relevância na avaliação e no desenvolvimento de programas de prevenções de
acidentes e de doenças profissionais divulgando conhecimentos, orientando a adoção
de comportamentos saudáveis, para promoção da saúde e prevenção de doenças
ocupacionais.
Palavras-chave: Enfermagem do Trabalho; Doenças Ocupacionais; Assistência de
Enfermagem.

¹ Enfermeira. Concluinte do curso de Especialização em Enfermagem do Trabalho pela UNINTER


² Orientadora. Bacharel em Enfermagem (Universidade Campus de Andrade, Paraná), Pós Graduada em
Enfermagem do Trabalho (IBPEX, Paraná), orientadora de TCC do Grupo Uninter.
2

1. INTRODUÇÃO

O termo Saúde do Trabalhador refere - se a um campo do conhecimento


que visa inter-relacionar e compreender as relações existentes entre o trabalho e o
processo saúde/doença. Nas últimas décadas muitos foram os avanços das políticas
públicas voltadas para a saúde do trabalhador, nesta incluem ações que envolvem
promoção e prevenção de agravos, assistência e vigilância à saúde dos mesmos
(COSTA et.al.; 2013).
O presente estudo é de suma importância, pois com ele analisaremos o
papel do enfermeiro do trabalho frente às doenças ocupacionais que os trabalhadores
estão expostos, onde muito deles estão sujeitos a contrair uma série de doenças
diretamente relacionada à sua ocupação. Uma vez que trabalhador saudável é
sinônimo de maior produção na empresa.
Em meados dos anos 70, surge em Portugal à obrigatoriedade da
existência de enfermeiros no local de trabalho, e desde então a legislação manteve o
enfermeiro como um dos elementos “x” na equipe de saúde ocupacional.
A Saúde Ocupacional no Brasil mostra que as primeiras atenções para a
tríade saúde–trabalho doença iniciaram-se através da Medicina do Trabalho, a partir
de 1830, passando por expansão na primeira metade do século XX e caracterizada
pelo modelo centrado na ótica biológica da medicina do corpo individual, estruturada
sob a figura do médico do trabalho, de abordagem clínico-terapêutica para análise do
microambiente e da ação patogênica de certos agentes.
No final do século XX, com a incorporação do trabalhador na compreensão
e nas discussões sobre o impacto do trabalho sobre o processo saúde - doença, a
Saúde Ocupacional passou a ser reconhecida como “Saúde do Trabalhador”
(MARZIALE et al, 2010, MENDES; DIAS, 1991). No Brasil, o Estado começou a intervir
na Saúde do Trabalhador em 1920, com a reforma de Carlos Chagas. Mas, uma
política pública claramente definida legalmente sobre o tema, só ocorreu com a
Portaria 3237/72, que criou o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMET) (LINO et al, 2012).
A Enfermagem em Saúde Ocupacional, previamente chamada
Enfermagem do Trabalho, teve início no Brasil a partir da década de 1950. Apesar de
muitas enfermeiras trabalharem em indústrias desde 1940, no contexto da Medicina
Industrial e Ocupacional, a enfermagem brasileira não tinha envolvimento legal na
3

proteção dos trabalhadores até 1959, quando a Organização Internacional do


Trabalho, através da Resolução 112, estipulou a obrigatoriedade dos serviços de
saúde ocupacional nas empresas. (Marziale MH, Hong O. AAOHN J. 2005
Aug;53(8):345-52).
De acordo com Paz e Kaiser (2011), na década de 80 começou a acontecer
no Brasil a regulamentação da saúde do trabalhador, dando início então a uma nova
consciência do processo saúde-doença e trabalho.
Os trabalhadores estão expostos a diversos riscos ambientais, físicos,
mentais, riscos de acidentes e doenças ocupacionais e muitas vezes enfrentam
situações laborais inapropriadas. Seja qual for à ótica em que se discuta se faz
necessário o envolvimento do setor de saúde visando interceptar, prevenir, controlar
e erradicar as causas de doenças e morte de profissionais relacionados ao trabalho
em que o trabalho/ocupação é provocador ou agravador de distúrbios e de doenças
pré-existentes (BRASIL, 1997).
O profissional enfermeiro do trabalho, especialista em saúde ocupacional e
que presta assistência de enfermagem aos trabalhadores, promove e zela pela saúde
do trabalhador contra os riscos ocupacionais que ele está exposto. Ele ainda atua no
atendimento aos doentes e acidentados, visando o seu bem-estar físico, emocional e
mental, também gerenciando a assistência, sendo o responsável técnico pelas ações
e pela sua equipe de enfermagem (CASTRO, SOUSA E SANTOS, 2010).
Com o passar dos anos o enfermeiro do trabalho vem conquistando cada
dia mais o seu espaço nas empresas, passando assim a fazer parte do corpo de
funcionários atuando diretamente na orientação e prevenção de doenças
ocupacionais e contribuindo, portanto, na melhoria da qualidade de vida do
trabalhador no seu dia a dia. (LIMA, LIMA, 2009).
Diante da importância do profissional da enfermagem do trabalho no
cenário atual, este artigo teve por objetivo abordar as contribuições da enfermagem
do trabalho, tanto no cuidado ao trabalhador quanto na prevenção de doenças
ocupacionais e na promoção da saúde no local de trabalho. Nesse sentido foi
elaborado um breve histórico sobre a enfermagem do trabalho no Brasil por meio de
revisão de literatura focando o profissional de enfermagem do trabalho, sua formação,
qualificação, atribuições e o seu papel na prevenção de doenças ocupacionais que
esses trabalhadores estão expostos e vulneráveis.
4

Trata-se de um estudo do tipo exploratório, bibliográfico com análise


integrativa, qualitativa da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais
a respeito do tema. Em seguida, realizou se a exploração dos objetos de estudo,
elaborando se a análise dos artigos identificados sobre a temática assistência de
enfermagem na prevenção de doenças ocupacionais. A partir disso, foi possível a
identificação de três núcleos temáticos: a história da enfermagem do trabalho, o
profissional da enfermagem do trabalho e suas principais atribuições e a assistência
de enfermagem do trabalho na prevenção de doenças ocupacionais.
Sabendo que o enfermeiro do trabalho atua na prevenção de doenças
ocupacionais por meio do desenvolvimento de programas de proteção à saúde do
trabalhador.
Os achados permitem afirmar que esse profissional é de grande relevância
na avaliação e no desenvolvimento de programas de prevenções de acidentes e de
doenças profissionais divulgando conhecimentos, orientando a adoção de
comportamentos saudáveis, para promoção da saúde e prevenção de doenças
ocupacionais.

2. RESULTADOS E DISCURSÕES

2.1. História da Enfermagem do Trabalho

A Enfermagem em Saúde Ocupacional, previamente chamada


Enfermagem do Trabalho, teve início no Brasil a partir da década de 1950. Apesar de
muitas enfermeiras trabalharem em indústrias desde 1940, no contexto da Medicina
Industrial e Ocupacional, a enfermagem brasileira não tinha envolvimento legal na
proteção dos trabalhadores até 1959, quando a Organização Internacional do
Trabalho, através da Resolução 112, estipulou a obrigatoriedade dos serviços de
saúde ocupacional nas empresas.
Carvalho (2001) define enfermagem do trabalho como a ciência e a prática
especializada que promove e presta serviços de saúde aos trabalhadores, incidindo
na proteção, na promoção e na recuperação da saúde do trabalhador, e contribuindo
para um local de trabalho saudável e seguro.
Em 1943, foi publicado o Decreto-lei nº 5.453. de 1º de Maio de 1943,
que instituía e aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho no Brasil em todo o
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território nacional. Este dispositivo legal conduz a relação de trabalho e emprego em


toda a República brasileira. Cabe ao Mistério do Trabalho e Emprego – MTE, legislar,
romantizar e emitir pareceres sobre legislação do trabalho, condições de trabalho,
saúde ocupacional dos trabalhadores entre outros, dentro do ordenamento jurídico do
trabalho e das leis trabalhista brasileiras.
Em meados dos anos 70, surge em Portugal à obrigatoriedade da
existência de enfermeiros no local de trabalho, e desde então a legislação manteve o
enfermeiro como um dos elementos “x” na equipe de saúde ocupacional.
No final do século XX, com a incorporação do trabalhador na compreensão
e nas discussões sobre o impacto do trabalho sobre o processo saúde - doença, a
Saúde Ocupacional passou a ser reconhecida como “Saúde do Trabalhador”
(MARZIALE et al, 2010, MENDES; DIAS, 1991).
Como especialidade, a enfermagem do trabalho surgiu em finais do século
XIX na Inglaterra, onde os enfermeiros atuavam na prevenção de doenças, em âmbito
da saúde pública, e faziam visitas domiciliares a trabalhadores doentes ou
acidentados e seus familiares. Particularmente no Brasil, a enfermagem do trabalho
foi incorporada às empresas de forma obrigatória no início da década de 1970, quando
o governo brasileiro passou a exigir que as empresas contratassem profissionais
especializados, tais como “médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de
enfermagem do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho de segurança do
trabalho e técnico de segurança do trabalho” (MORAES, 2010, p. 19).
No Brasil, o Estado começou a intervir na Saúde do Trabalhador em 1920,
com a reforma de Carlos Chagas. Mas, uma política pública claramente definida
legalmente sobre o tema, só ocorreu com a Portaria 3237/72, que criou o Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho.
De fato, a história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante atual. A
assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como um atendimento
emergencial na empresa, o que não a valorizava. Entretanto, o espaço para a atuação
profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho, foi se ampliando, seja na
assistência direta aos trabalhadores e a seus familiares, ou no desempenho de
funções administrativas, educacionais, de integração ou de pesquisa, entre as
décadas de 50 e 70. (LIMA; LIMA, 2009).
Em 1972, o auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de
saúde ocupacional, pela portaria nº 3.237 do Ministério do Trabalho. Em 1973, a partir
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da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), foram criados os órgãos de


regulamentação do exercício da enfermagem no Brasil: o COFEN, elaborado e
aprovado pela lei 7.498/86, e os conselhos regionais de enfermagem.
Em 1974, ocorreu o primeiro curso de especialização em enfermagem do
trabalho no estado do Rio de Janeiro. Porém, a inclusão do enfermeiro do trabalho na
equipe de saúde ocupacional ocorreu por meio da Portaria nº 3.460 do Ministério do
Trabalho, em 1975, após uma manifestação da Escola de Enfermagem Anna Nery da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (ANENT, 2008). No ano de 1978 foi publicada
a Portaria nº 3214 que trata das normas reguladoras da medicina do trabalho, criando
as chamadas NR’s – Normas Regulamentadoras (ANENT, 2008).
Para Castilho (2010), no ano de 2003 no Brasil foi registrado em uma
população de 22.980.911 trabalhadores, 18.510 casos de doenças relacionadas à
profissão. Foram notificados pelo INSS 747.7 mil acidentes do trabalho no ano de
2008 que se comparado com o ano de 2007 representou um aumento de 13,4%.
A empresa é obrigada a fornecer aos funcionários, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. Cabe ao
empregado responsabilizar-se pela guarda e conservação de seu equipamento, assim
como comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e
seguir as orientações sobre o uso adequado, sendo que o enfermeiro do trabalho
poderá orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conserva
(PINTO, et al, 2010).
Toda empresa deve conter o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, regido pela NR-7 que deverá ser planejado e implantado com
base nos riscos à saúde dos trabalhadores. O PCMSO deve incluir, entre outros, a
realização obrigatória dos exames médicos: admissional, periódico, de retorno ao
trabalho, de mudança de função e dimensional. (PINTO, et al, 2010).
O enfermeiro do trabalho como integrante do PCMSO deverá realizar
anamnese nos exames periódicos, planejar ações de saúde a serem executadas
durante o ano e depois lançar no relatório anual, atentar para os equipamentos que
deverá constar na unidade a prestação de primeiros socorros, arquivos os registros
de anotações entre outras atividades.
Segundo Silva; Secco, et al. (2011):
“A enfermagem na área da saúde do trabalhador é responsável pela
educação no sentido de contribuir para uma melhoria nas condições de
trabalho essenciais para o trabalhador alcançar qualidade de vida. Esta área
7

de atuação é composta por toda a sistematização do processo de


enfermagem (histórico, diagnóstico, planejamento, intervenção e avaliação, e
específicas da saúde do trabalhador – medidas de prevenção, proteção e
reabilitação). A aplicação desse sistema proporciona uma investigação das
reais e/ou potencias necessidades de saúde dos trabalhadores”.

Aos poucos, o enfermeiro do trabalho passou a exercer papel de destaque


na saúde do trabalhador, atuando no atendimento, orientando ações de promoção da
saúde e segurança no trabalho, prevenção de acidentes e doenças relacionadas com
o processo de trabalho. Atualmente, a tendência é que as empresas contratem
equipes multiprofissionais. Nelas, além dos profissionais referidos no parágrafo
anterior, fonoaudiólogo, ergonomista, nutricionista, fisioterapeuta, preparador físico,
entre outros, com a finalidade de realizar um trabalho interdisciplinar, sob visão
holística voltada para a saúde e segurança do trabalhador (GRAÇA, 2005).

2.2 O profissional da enfermagem do trabalho e suas principais atribuições


Segundo diferentes autores a equipe de Enfermagem do trabalho tem um
papel muito importante na prevenção das doenças, das incapacidades e promoção da
saúde dos trabalhadores nas empresas. (Bulhões,1986; Carvalho 2014).

Conforme afirma Bulhões (1986, p. 204):

“O processo de enfermagem dentro da saúde do trabalhador consiste em


promoção de cuidados e proteção aos trabalhadores, torná-los consciente
dos riscos a que estão expostos e fazer com que participem do seu
autocuidado. Com isso pretendesse minimizar os riscos ocupacionais”.

O profissional que possui pós-graduação em enfermagem do trabalho é


responsável por assistir os trabalhadores, promover e zelar pela saúde dos
funcionários, além de incentivar a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e
prestar cuidados aos doentes e acidentados (SILVA; SECCO, et al. 2011).
Os Conselhos Regional e Federal de Enfermagem são responsáveis por
determinar e supervisionar as funções de todos os profissionais envolvidos na prática
de enfermagem no Brasil (MARZIALE, 2010).
Dentre as principais atribuições que o enfermeiro do trabalho possui podem
ser destacadas: atuação no campo da higiene ocupacional e segurança do trabalho,
elaboração e execução de programas de proteção à saúde dos trabalhadores,
identificação das causas de absenteísmo, de doenças profissionais e lesões
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traumáticas (Lima, Lima 2009; Castro et al, 2010; Oliveira e André, 2010, Barbosa et
al, 2008, Marziale, 2010, COREN, 2007)
Tais atribuições podem ser divididas em três vertentes: administrativas,
assistenciais e educacionais (Lima, Lima 2009; Castro et al, 2010; Oliveira e André,
2010, Barbosa et al, 2008, Marziale, 2010):

Atribuições administrativas:

Planejar, organizar e executar o processo de trabalho da equipe de


enfermagem do trabalho definindo procedimentos de rotina e ou específicos da área;
Planejar, organizar e executar atividades em conjunto com outros profissionais do
SESMET (Serviço Médico Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho)
(diagnósticos de problemas e proposta de intervenções), incluindo trabalho integrado
com a CIPA (BRASIL, 1978); Organizar prontuários e registros dos funcionários, bem
como documentos da empresa ligados ao setor (ex: Programa de Proteção de Riscos
Ambientais (PPRA), Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO),
entre outros (BRASIL;1994a e BRASIL; 1994b).

Atribuições técnicas:

Realizar a sistematização da assistência de enfermagem voltada para a


saúde ocupacional, atentando-se na fase de coleta de dados para levantamento de
problemas e intervenções, minimizando o absenteísmo (CARVALHO, 2001); Elaborar
um plano de assistência de enfermagem a ser prestada pela equipe de enfermagem
do trabalho para a proteção, recuperação, preservação e reabilitação da saúde do
trabalhador (LIMA e LIMA, 2009; CARVALHO, 2001); Realizar procedimentos de
enfermagem como testes de acuidade visual, curativos, testes funcionais entre outros
(AZEVEDO, 2010); Promover educação em saúde por meio de campanhas
embasadas nos principais problemas de saúde do trabalhador: hipertensão, diabete,
vacinação, tabagismo, alcoolismo, primeiros socorros, obesidade; Promover medidas
de biossegurança; Supervisionar e avaliar o funcionamento do processo de trabalho
em enfermagem, bem como supervisionar a equipe de enfermagem do trabalho;
Estimular a utilização dos Equipamentos de proteção Individual a partir de
treinamentos e conscientização de acordo com a NR-06 (Brasil, 1978).

Atribuições de educação em Saúde e em Serviço:


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Treinamento da equipe de enfermagem do trabalho de todos os processos


de trabalho do setor; Desenvolvimento de estratégias de educação em saúde do
trabalhador com base na problematização dos riscos ocupacionais e nos dados de
morbidade, promovendo proteção da saúde e prevenção de doenças e agravos
ocupacionais; Desenvolver treinamento e capacitação com membros da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA sobre assuntos pertinentes a saúde do
trabalhador para que os mesmos possam se apoderar na prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais; Manter-se atualizado em relação às tendências e inovações
tecnológicas, científicas de sua área de atuação e das necessidades do setor/
departamento; Desenvolvimento de materiais educativos como folders e cartazes,
ações sociais, atividades lúdicas com o objetivo de promover o bem-estar e qualidade
de vida no local de trabalho.
O Enfermeiro em Saúde Ocupacional exerce importante papel na busca de
melhores condições de vida e de trabalho para trabalhadores. É de suma importância
as atividades que esses profissionais desenvolvem no sentido de implementar ações
de segurança e saúde dos trabalhadores, as quais podem ser utilizadas para a
elaboração de diretrizes para a prática da Enfermagem em Saúde Ocupacional no
Brasil (MARZIALE, 2010).
O fluxograma apresentado na Figura 1 abaixo traz uma representação
resumida das ações do Enfermeiro do Trabalho.
Figura 01 – Fluxograma das funções do Enfermeiro do Trabalho

Fonte: Artigo Enfermagem do Trabalho 2014.

2.3 Assistência de enfermagem do trabalho na prevenção de doenças


ocupacionais
10

Os acidentes de trabalho são preocupações constantes no universo das


empresas. A quantidade de empregados que atuam nas organizações demonstra que
os volumes de atividades realizadas são considerados elevados, devido à
necessidade de atendimento de sua demanda (GRAVENA, 2002). Além disso, os
cuidados relacionados à proteção contra acidentes não se restringem apenas à
manutenção dos equipamentos e maquinários, mas também a proteção dos
empregados em seus postos de trabalho (DEMORI, 2008). Ressalte-se que a
segurança no trabalho é garantida através de medidas de prevenção de acidentes no
trabalho, decorrentes de fatores de riscos operacionais. Sob os aspectos legais e de
prevenção:

“Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade do
trabalho. Sob o ponto de vista prevencionista, o acidente de trabalho é o mais
abrangente, englobando também os quase acidentes e os acidentes que não
provocam lesões, mas perda de tempo ou danos materiais” (SALIBA, 2004,
p. 19).

As doenças laborais ou ocupacionais são aquelas que o indivíduo adquire


em função de sua exposição a agentes ou condições que possam desencadeá-la. Em
virtude disso existem hoje padrões mínimos para que determinadas funções sejam
desempenhadas de maneira a oferecer o menor risco possível à saúde do trabalhador
(BARBOSA, 2011).
De acordo com Lasmar e Mejia (2012, p. 04) “por ato inseguro entende-se
como a forma pela qual as pessoas estão expostas de forma consciente ou
inconsciente aos riscos de acidentes”. De acordo com esses autores, por condição
insegura configura-se as condições de um local onde são desenvolvidas as atividades
laborais, colocando em risco a integridade física e a saúde dos colaboradores e a
integridade das instalações e equipamentos.
Através de medidas preventivas busca-se implantar segurança nos
ambientes de trabalho, um adequado planejamento na distribuição de materiais,
controle das condições de ruídos, iluminação suficiente para cada setor
correspondente, são ações que vinculadas a atuação do enfermeiro do trabalho e que
garantem a empresa o funcionamento previsto (SILVA; SECCO, et al., 2011).
As ações no campo da área de saúde ocupacional têm como objetivo
manter adequado padrão de bem-estar físico, mental e social dos empregados. Nesse
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sentido, faz-se necessário adotar medidas de promoção da saúde e prevenção de


agentes nocivos à sua saúde (CASTILHO; OLIVEIRA, et al. 2010).
Ainda Lima, Lima (2009) descrevem que entre os agentes físicos mais
nocivos á saúde do trabalhador estão os ruídos, vibrações, temperaturas extremas
(elevadas ou baixas), a umidade, pressões consideradas anormais e as radiações. Já
entre os fatores químicos pode-se citar a poeira, gases, nevos e vapores, que de
alguma forma penetram no corpo do indivíduo favorecendo uma série de doenças.
Há ainda os fatores biológicos, comuns diante dos contatos do dia-a-dia
das pessoas e os ergonômicos, sem ainda deixar de mencionar o estresse
ocupacional e o assédio moral, como fatores psicossociais. Todos esses fatores
desencadeiam doenças diversas, de natureza infecciosa, parasitária, neoplasias,
doenças sanguíneas, visuais, auditivas e de pele, dos aparelhos respiratório,
digestivo, osteomuscular, gastrointestinal, além de transtornos mentais e de
comportamento, entre outras (BRASIL, 2005; LIMA, LIMA, 2009; CASTRO, 2010).
A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) relata situações de exposições a
riscos à saúde do trabalhador, a saber: riscos biológicos, riscos químicos e radiação
ionizante. A diminuição ou eliminação dos agravos à saúde do trabalhador estão em
grande parte relacionados à sua capacidade de entender a importância dos cuidados
e medidas de proteção às quais deverão ser seguidas no ambiente de trabalho
(BRASIL, 2005). A baixa adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual e o
seu manuseio incorreto são decorrentes de fatores como desconforto, incômodo,
descuido, esquecimento, falta de hábito, inadequação dos equipamentos, quantidade
insuficiente e a descrença quanto ao seu uso. Esses fatores são agravados pela
precária infraestrutura, aspectos organizacionais do trabalho, falta de conhecimento
devido à não existência de educação permanente, sobrecarga de trabalho, estresse,
cansaço físico e falta de tempo (NEVES, 2011).
O fato dos profissionais terem conhecimento sobre os riscos no ambiente
de trabalho nem sempre garante a adesão ao uso de medidas protetoras. Em geral,
esse conhecimento não se transforma numa ação segura de prevenção de acidentes
e doenças ocupacionais, o que sinaliza a necessidade de ações mais efetivas para
mudar essa realidade, assim a presença do enfermeiro pela vigilância em saúde é
indispensável na manutenção da segurança na unidade de trabalho, possibilitando a
promoção de atividades educativas para essa população, com o intuito de diminuir os
12

riscos de estarem adquirindo doenças ocupacionais relacionadas a seu trabalho


(SANTOS, BRASILEIRO, 2013).
Para Rogers (1997), o enfermeiro do trabalho tem como responsabilidade
a gestão da saúde e a segurança dos trabalhadores em suas áreas de trabalho,
respeitando sempre as suas convicções éticas, culturais espirituais e empresariais.
Cabe ao enfermeiro do trabalho, além do levantamento dos riscos e do
trabalho de conscientização, promover ciclos de palestras, incentivar a imunização por
meio de vacinas, a realização de exames periódicos para avaliar a saúde do
trabalhador, o incentivo à atividade física, bem como a conscientização dos perigos
do cigarro, álcool e drogas diretamente em sua saúde (LIMA, LIMA, 2009).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo da literatura verificou-se que o profissional de


enfermagem do trabalho elabora, desenvolve e realizam planos e programas de
proteção à saúde de todos os empregados, realizando inclusive inquéritos sanitários,
estudando as causas de absenteísmo, levantando doenças profissionais e lesões
traumáticas, procedendo a estudos epidemiológicos, coletando dados estatísticos de
morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando e analisando possíveis
relações com as atividades funcionais.

Esse profissional também avalia e desenvolve programas de prevenções


de acidentes e de doenças profissionais divulgando conhecimentos e sempre
estimulando e orientando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças
ocupacionais.

A enfermagem do trabalho busca sempre aprofundar e desenvolver


conhecimentos ampliando seu papel junto a saúde do trabalhador. O enfermeiro tem
como particularidade em seu papel relativo aos riscos ocupacionais e às medidas
preventivas a capacidade de estudar e realizar as condições de segurança e
periculosidade do órgão ou da empresa, promovendo observações nos locais de
trabalho e analisando-as em equipe, para identificar as necessidades relativas ao
campo da segurança, higiene e toda e qualquer melhoria do trabalho.
13

Nesse sentido, pode-se afirmar que o enfermeiro do trabalho desenvolve


suas atividades não somente acompanhando a saúde do trabalhador, mas atento ao
cuidado e prevenção de doenças e acidentes no próprio ambiente de trabalho.
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4. REFERENCIAS

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a Saúde no Trabalho. 2009. Acesso em:
https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/13501/1/Tese_mestrado_Ricardo
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www.anent.org.br.Acesso em: 11/07/2018

3. AZEVEDO, Márcia Valéria. Atenção à saúde do trabalhador. FACINTER.


Curitiba. 2010

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Individual. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1996. Disponível em: <
http://portal.mte.gov.br/data/files/
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ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO
TRABALHO, 1996. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.
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11. BRASIL. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, Portaria nº 24, de


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legislacao/?id=181317, acesso em 20/05/18.

12. BRASIL. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, Portaria nº 25, de


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15

13. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de Novembro de 2005.


NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 nov. 2005. Disponível em:
Acesso em: 23/06/2018.

14. CARVALHO, G. M. de. Enfermagem do trabalho. São Paulo: EPU, 2001.

15. CARVALHO, G.M. Enfermagem do Trabalho. 2ed- Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2014.

16. CASTRO, Angélica Borges Souza de Castro; Sousa, Josie Teixeira Costa;
Santos, Anselmo dos Santos. Atribuições do enfermeiro do trabalho da
prevenção de riscos ocupacionais. 2010. Disponível: em:
http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/
edicoes/2010/01_janmar/V28_n1_2010_p5-7.pd.

17. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. In.: Documentos Básicos de


Enfermagem. Principais leis e resoluções que regulamentam o exercício de
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Conselho Regional de
Enfermagem de São Paulo. São Paulo, 2007

18. LINO, M M et al . Enfermagem do Trabalho à Luz da Visão Interdisciplinar.


Saúde Transform. Soc., Florianopolis , v. 3, n. 1, p. 85-91, jan. 2012 . Disponível
em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S2178-
70852012000100014&lng=pt&nrm =iso>. acessos em 19/06/2018.

19. Lima, Bruna de Oliveira; Lima, Joelma Aparecida. O papel do enfermeiro do


trabalho na orientação e prevenção de acidentes e doenças laborais. 2009.
Disponível em: http:// www.iptan.edu.br/publicacoes/anuario_producao_
cientifica/arquivos/revista1/artigos/artigo09.pdf.

20. MAURO, M Y C.Especialização em Enfermagem do Trabalho: Uma Proposta


de Mudança de Paradgma. R. Bras. Enferm. Brasília. v. 51, n. 3, p. 469-484,
juLlset., 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/ v51n3/v51n3a11.pdf.

21. MARZIALE, MHP. Atribuições e funções dos enfermeiros do trabalho no


Brasil e nos Estados Unidos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2010. Disponível
em:http:// www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_07.pdf
Prezada,

Já incluir minha metodologia na minha introdução no 3º paragrafo.


Tem que colocar tudo?
O resumo já está centralizado e formatado no tamanho 12

Prezada Silvia,

Precisa ajustar alguns itens em seu artigo, perceba que realizei orientações no corpo
do trabalho e abaixo.

*Títulos das sessões: os títulos das sessões do trabalho devem obedecer a norma
ABNT 6024 de 2003, eles devem ter a apresentação gráfica obedecendo a seguinte
orientação: seção primária (LETRAS MAIÚSCULAS E EM NEGRITO) a seção
secundária (LETRAS MAIÚSCULAS SEM NEGRITO, os terciários (Letras
minúsculas e em negrito) e os quaternários, finalmente (Letras minúsculas e em
itálico). Deve-se utilizar texto com fonte Arial, tamanho 12, em negrito, em maiúsculo.
Não colocar ponto final nos títulos.

*Problemática, justificativa, objetivos e metodologia são itens integrantes da


introdução, como forma de simples parágrafos, não precisando inserir intitulações.

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